*LRCA Defense Consulting - 25/10/2025
O uso irregular de drones tem se tornado uma das principais preocupações das forças de segurança em todo o mundo. Em presídios, equipamentos são usados para lançar drogas e celulares; em eventos, sobrevoam multidões sem autorização; em fronteiras, cruzam o espaço aéreo para contrabando e espionagem. A facilidade de acesso e o avanço tecnológico desses dispositivos ampliaram os riscos e colocaram em xeque a capacidade de monitoramento e resposta das autoridades.
“Estamos diante de um cenário em que o espaço aéreo de baixa altitude virou uma nova fronteira de segurança”, afirma Claudio Nascimento, gerente comercial da Atech. “Os drones podem ser usados de forma legítima, mas também representam uma ameaça concreta quando operados sem controle. O desafio é identificar rapidamente o que é risco e reagir antes que o problema se torne um incidente.”
Arkhe Integrated Surveillance
Com esse objetivo, a Atech, empresa do Grupo Embraer,
desenvolveu o Arkhe Integrated Surveillance, uma solução nacional voltada à
detecção e neutralização de drones suspeitos. O sistema combina sensores de
radiofrequência, radares e câmeras para rastrear aeronaves não tripuladas em
tempo real, mapeando rotas, origens e comportamentos anômalos. Integrado a
outras soluções da empresa, como o Arkhe GDI, plataforma de comando e controle,
o sistema permite que as forças de segurança atuem de forma coordenada, mesmo
em locais sem cobertura de rede convencional, graças à conectividade via
satélite em banda estreita.
Além da identificação de drones irregulares, a tecnologia amplia a consciência situacional e permite ações preventivas em operações de grande porte, áreas de fronteira e infraestrutura crítica. A solução pode gerar alertas automáticos, acionar protocolos de segurança e fornecer dados estratégicos para investigações posteriores.
“O Arkhe é resultado de anos de desenvolvimento para unir vigilância, análise e comando em um único ambiente operacional”, explica Nascimento. “A meta é fortalecer a capacidade de resposta das forças públicas e garantir que o Brasil tenha autonomia tecnológica para proteger seu espaço aéreo e suas fronteiras.”

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