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30 abril, 2023

A América Latina e a Índia agregam valor uma à outra nos negócios e além…

*Financial Express, por Embaixador (Retd) R Viswanathan - 18/04/2023

Alguns países latino-americanos tornaram-se mais importantes para as exportações da Índia do que países vizinhos ou parceiros comerciais tradicionais. De acordo com as últimas estatísticas de 2021-22 (ano fiscal da Índia de abril a março) do Ministério do Comércio da Índia, as exportações de 552 milhões de dólares da Índia para a distante Guatemala (população de 11 milhões) são mais que o dobro das exportações de 198 milhões para o vizinho Camboja com uma população de 16 milhões.

As exportações de USD 318 milhões para a remota Honduras (população de 10 milhões) são mais do que as exportações de 235 milhões para o vizinho Cazaquistão com uma população de 19 milhões.

As exportações para o Brasil (US$ 6,48 bilhões) são superiores às dos parceiros comerciais tradicionais, como Japão (US$ 6,18 bilhões) e Tailândia (US$ 5,7 bilhões).

As exportações para o México (US$ 4,43 bilhões) superam as exportações para o Canadá (US$ 3,7 bilhões) e para a Rússia (US$ 3,2 bilhões).

A América Latina responde por um terço das exportações globais de carros e motocicletas da Índia. As exportações de automóveis da Índia para a América Latina são de 1.793 milhões de dólares. Isso representa 30% das exportações globais de carros da Índia, de US$ 5,92 bilhões. O México é o segundo maior mercado global para carros indianos com 941 m. As exportações de motocicletas para a região são de 909 milhões de dólares. Isso representa 30,5% das exportações globais da Índia de 2,99 bilhões. A Índia é o segundo maior fornecedor de motocicletas para a América Latina. A Colômbia é o segundo maior destino global das exportações de motocicletas da Índia, com 309 milhões de dólares. No ano 2014-15, a Colômbia foi o destino número 1.

Esta não é apenas uma maravilha de um ano. Esta é uma tendência desde os últimos anos.

A contribuição da América Latina para a segurança energética e alimentar da Índia
A oferta de petróleo bruto da América Latina (que responde por metade das importações totais da Índia da região) contribui para a segurança energética estratégica da Índia. Ajudou a política da Índia a diversificar as fontes de importações e a reduzir a dependência excessiva do Oriente Médio.

A oferta de óleo vegetal, leguminosas e frutas frescas da América Latina contribui para a segurança alimentar da Índia. A Argentina é o maior fornecedor de óleo de soja. No ano passado as importações da Argentina foram de 3,3 bilhões de dólares e 1 bilhão do Brasil. As terras agrícolas da Índia estão diminuindo a cada ano devido ao desvio da terra para fins residenciais, comerciais, industriais e de urbanização. Mas a população continua aumentando com cerca de 15 milhões anualmente. A agricultura indiana, que usa irrigação por meio do bombeamento de águas subterrâneas, enfrenta problemas, pois os níveis de água continuam caindo. Os agricultores indianos não conseguem investir muito em inovação, pois a maioria deles são pequenos agricultores. Por outro lado, a América do Sul possui grandes áreas excedentes de terras férteis com recursos hídricos adequados. Os agricultores sul-americanos que possuem centenas e milhares de hectares e fazem agricultura comercial em larga escala conseguem ter maior produção com investimento em insumos. Por exemplo, o rendimento médio da soja na Índia é de 1 tonelada por hectare, enquanto na Argentina é de 3 toneladas.

A Índia começou a adquirir ouro bruto da América Latina. No ano passado foram 6 bilhões de dólares de importações globais de mais de 50 bilhões de dólares.

O cobre é outra grande importação da América Latina, principalmente do Chile. A Índia vai precisar de mais Cobre, Lítio e outros minerais da América Latina para seus ambiciosos programas “Make-in- India” e eletrificação de veículos.

Nos últimos anos, empreiteiros indianos começaram a entrar em projetos na América Latina. A Sterlite tem cerca de 2 bilhões de dólares em projetos de transmissão de energia no modelo PPP no Brasil. Kalpataru Power Transmission Ltd de Mumbai ganhou um contrato EPC no Chile no valor de 431 milhões de dólares. Este é o maior contrato de projeto EPC de uma empresa indiana na região. A Kalpataru também tem projetos no Brasil onde mantém uma joint venture com uma empresa brasileira. Empresas indianas fizeram projetos solares e mini-hydel na região.

Agregação de valor da Índia à América Latina
No ano passado, a Índia foi o 7º maior destino das exportações globais da América Latina. As exportações foram de 25 bilhões de dólares. Em 2014-15, a Índia foi a terceira maior depois dos EUA e da China. A América Latina exportou mais para a Índia do que para seus parceiros comerciais tradicionais, como Alemanha, França, Espanha, Itália ou Reino Unido. A Índia foi o primeiro destino das exportações latino-americanas de óleo vegetal, o terceiro de ouro, o quarto de petróleo bruto e o oitavo de cobre.

Importações da Índia da América Latina em 2021-22:
- Petróleo bruto: US$ 9,18 bilhões
- Ouro: US$ 6,91 bilhões
- Óleo vegetal: US$ 4,34 bilhões
- Cobre: ​​USD 995 milhões de dólares
- Máquinas: USD 545 m
- Madeira: USD 480 m
- Produtos químicos: USD 419 milhões
- Ferro e aço: USD321 m
- Frutas e legumes: USD 285 milhões

A Índia vai aumentar suas importações de petróleo bruto, óleo vegetal, ouro, cobre e outros minerais da América Latina para fazer frente à crescente demanda decorrente do crescimento das indústrias e do consumo. Como um grande mercado em crescimento, a Índia se tornará ainda mais importante no futuro para as exportações da América Latina no futuro. Como muitos milhões de indianos saem da pobreza e se juntam à classe média, o mercado indiano será maior no longo prazo.

A Índia fornece 1,5 bilhão de dólares em medicamentos genéricos para a região. Isso ajudou os governos e as pessoas latino-americanas a reduzir o custo da saúde. A entrada de medicamentos genéricos indianos a preços acessíveis forçou as empresas farmacêuticas multinacionais e locais na América Latina a aumentar a oferta de genéricos e reduzir os preços.

A Índia não fornece produtos acabados sozinha. Também fornece matérias-primas e insumos industriais, como produtos químicos (mais de 3 bilhões de dólares) e APIs (matérias-primas farmacêuticas), algodão cru, fios, tecidos e fibras que ajudam o setor manufatureiro latino-americano a se manter competitivo com insumos indianos mais baratos.

Investimento indiano
As empresas indianas investiram cerca de 12 bilhões de dólares na América Latina, gerando empregos para milhares de latino-americanos. Atuam na fabricação de setores como farmacêutico, agroquímico, automotivo, motocicleta, autopeças, pneus, alumínio, negro de fumo e produtos oftalmológicos. Essas unidades indianas ganham divisas para os países anfitriões por meio de exportações. A Índia também investiu na exploração e produção de petróleo na Venezuela, Brasil e Colômbia. É interessante notar que a ONGC da Índia tem uma joint venture 50:50 com uma empresa chinesa na produção de petróleo nos campos de petróleo de Manasarovar. Os dois lados investiram um bilhão de dólares cada.

Cerca de 30 empresas indianas de TI possuem centros de serviços e desenvolvimento de software na região, empregando cerca de 40.000 jovens latino-americanos. Isso é mais do que negócios. É a contribuição da Índia para o desenvolvimento de recursos humanos. Os jovens latino-americanos obtêm oportunidades de desenvolvimento de habilidades e exposição global graças às empresas indianas de TI. As empresas indianas procuram universidades na região, oferecendo desenvolvimento de habilidades e treinamento.

A maior empresa agroquímica indiana UPL faz mais negócios na América Latina (cerca de 1,7 bilhão de dólares) do que na Índia (menos de um bilhão).

A empresa indiana de autopeças Mothersons tem 19 fábricas no México, 7 no Brasil e 1 na Argentina. Eles empregam 22.000 funcionários locais e fornecem peças automotivas para OEMs.

Empresas indianas investiram até em hotéis resort na Costa Rica e em Cuba.

Investimento latino-americano na Índia
As empresas mexicanas fizeram entradas impressionantes na Índia. A Cinépolis está emergindo como a segunda maior proprietária e operadora de multiplexes na Índia. A Kidzania montou parques temáticos de educação e entretenimento em Mumbai e Noida em colaboração com o famoso ator indiano Shah Rukh Khan. O Grupo Bimbo tornou-se um fabricante de pão líder na Índia com aquisições de empresas indianas.

As empresas brasileiras têm investido na produção de motores elétricos, caixas eletrônicos e autopeças. Os fabricantes brasileiros de armas Taurus Armas e a Companhia Brasileira de Cartuchos (CBC) Brasil assinaram um memorando de entendimento (MoU) com empresas indianas para fabricar armas e munições na Índia.

A empresa peruana Aje investiu na Índia para fabricar a marca de refrigerantes Big Cola.

Empresas de software latino-americanas como Globant, Softek e Stefanini têm centros de desenvolvimento de software na Índia, empregando centenas de técnicos indianos. A Falabella, rede varejista chilena, e a siderúrgica argentina Techint possuem centros de tecnologia offshore na Índia.

A mais importante empresa indiana de biotecnologia, a Biocon, tem uma joint venture com Cuba para a fabricação de vacinas na Índia com tecnologia cubana.

Perspectivas futuras
As empresas indianas e latino-americanas começaram a explorar o mercado uma da outra seriamente apenas nas últimas duas décadas. Encorajadas pelas histórias de sucesso, mais empresas de ambos os lados começaram a explorar e descobrir sinergias e complementaridades entre os dois lados.

O comércio pode chegar a US$ 100 bilhões nos próximos cinco anos.

Em sua busca pela diversificação estratégica de mercados e redução da dependência excessiva da China, os latino-americanos veem a Índia não apenas como um mercado grande e em crescimento, mas também como um mercado benigno no qual se sentem confortáveis ​​e seguros.

Os indianos acham fácil se relacionar com os latino-americanos que têm semelhanças emocionais e culturais. Os dois lados, que têm desafios de desenvolvimento em comum, estão aprendendo com as histórias de sucesso e as melhores práticas de cada um, bem como com os fracassos. Inspirada pela história pioneira do programa de etanol combustível do Brasil, a Índia começou a misturar etanol à gasolina.

A Hindustan Aeronautics Limited (HAL), fabricante indiana de aeronaves, tem muito a aprender com a história de sucesso da Embraer.

O que a Índia precisa fazer mais?
A Índia deve abrir embaixadas na Bolívia, Equador, Costa Rica, Honduras, El Salvador e Nicarágua.

É necessário que a Índia assine FTA ou PTA com México, Colômbia e Peru, onde os exportadores indianos estão em desvantagem tarifária em relação aos concorrentes que possuem FTAs ​​com esses países. A Índia precisa ampliar e aprofundar o PTA com o Mercosul.

O Ministério do Comércio da Índia deve reviver o programa Focus-LAC proativamente.

O Conclave de Negócios Índia-América Latina deve ser organizado todos os anos com recursos adequados e mais participação de ambos os lados.

A Índia deve tornar-se membro do Banco Interamericano de Desenvolvimento para que as empresas indianas possam participar das licitações do Banco.

A Índia precisa ampliar suas linhas de crédito para a América Latina. Atualmente, o valor acumulado é inferior a um bilhão de dólares.

O Exim Bank of India deve abrir um escritório na América Latina. Bancos indianos devem abrir filiais em São Paulo e na Cidade do México.

A China tem mais de 60 centros de estudos na América Latina, mas a Índia tem apenas um. Cerca de 80 universidades chinesas têm departamentos de língua espanhola, enquanto menos de seis universidades indianas oferecem cursos de espanhol.

Os chineses realizam reuniões anuais de Fórum Acadêmico e Fórum de Think Tanks além de vários outros encontros de fóruns com a América Latina. A Índia não estabeleceu tais canais de intercâmbio.

O Fórum China-América Latina e a Cúpula de Negócios China-América Latina são realizados todos os anos em grande escala com planejamento e atividades sistemáticas. O Fórum Índia-CELAC e a cúpula de negócios Índia-LAC estão inativos.

A América Latina precisa de muito mais
Embora os negócios indianos tenham explorado e entrado no mercado latino-americano de forma mais vigorosa e séria, os negócios latino-americanos não mostraram o mesmo entusiasmo e iniciativas.

As embaixadas latino-americanas na Índia devem se concentrar na diplomacia econômica e ter mais diplomatas com experiência em negócios para alcançar os negócios do setor privado.

O visto de negócios é o maior obstáculo para os empresários indianos que desejam visitar a América Latina. Algumas embaixadas latino-americanas têm procedimentos burocráticos complicados e desnecessários. Por exemplo, algumas embaixadas insistem em certificados de antecedentes criminais até mesmo para executivos seniores de renomadas empresas indianas com faturamento de centenas de milhões de dólares. Em contraste, a Índia introduziu vistos eletrônicos fáceis para os latino-americanos, juntamente com a maioria das outras nacionalidades do mundo.

Honduras e Nicarágua devem abrir embaixadas na Índia.

Há uma necessidade de maior participação da América Latina em feiras e eventos de negócios indianos. Mais delegações empresariais latino-americanas devem visitar a Índia.

Os governos latino-americanos devem pressionar pelo FTA/PTA com a Índia para obter vantagens tarifárias para seus itens de exportação.

Organizações latino-americanas como CEPAL, CAF e BID devem realizar eventos e seminários de negócios na Índia e preparar estudos de mercado sobre as oportunidades na Índia para os negócios latino-americanos.

As escolas latino-americanas de MBA devem prestar atenção à Índia e incluir o estudo do mercado indiano. Eles deveriam ter programas de intercâmbio com seus homólogos indianos.

As empresas latino-americanas devem aproveitar o boom de consumo e a demanda por uma variedade de produtos pela grande e crescente classe média da Índia.

Nota: O autor considera 19 países (18 de língua espanhola e o Brasil com língua portuguesa) como parte da América Latina.


Em AGO/AGE, Taurus aprova recompra de ações, dividendos e reserva estatutária


*LRCA Defense Consulting - 30/04/2023

Em AGO/AGE ocorrida no dia 28 de abril, os acionistas da Taurus Armas S.A. aprovaram a pauta de propostas apresentada pelo Conselho de Administração e pela Diretoria da empresa.

As principais medidas aprovadas dizem respeito à atualização/alteração do Estatuto Social, à distribuição de dividendos e à criação da Reserva Estatutária.

Assim, foi aprovada a proposta de alteração do Artigo 41 e parágrafo único do Estatuto Social, para a criação de Reserva Estatutária, que passa a vigorar com a seguinte redação:

Artigo 41. A parcela dos lucros que remanescer após as deduções previstas nos artigos anteriores, observada proposta da administração, será destinado para a constituição de reserva para investimentos, com a finalidade de preservar a integridade do patrimônio social, fazer frente a planos de investimentos e acréscimo de capital de giro, permitir programas de recompra de ações de emissão da Companhia, viabilizar planos de outorga de opções de compra de ações e de outros planos de remuneração baseados em ações ou benefícios aos administradores e/ou empregados da Companhia ou de sociedades sob seu controle, permitir a absorção de prejuízos, sempre que necessário, e permitir a distribuição de dividendos a qualquer momento.

Parágrafo Único - O saldo dessa reserva, em conjunto com as demais reservas de lucros, exceto as para contingências, de incentivos fiscais e de lucros a realizar, não poderá ultrapassar o valor do capital social realizado. Atingido esse limite, a Assembleia deverá destinar o excesso à integralização ou aumento do capital social, ou à distribuição de dividendos
."

Nessa alteração, os textos grifados acima por esta Consultoria são os mais relevantes, haja vista que viabilizam um programa de recompra de ações (buyback) e a distribuição de dividendos a qualquer momento, dois itens que eram reivindicações recorrentes dos acionistas da empresa.

Observa-se aqui que a Reserva, "caso ultrapasse o valor do Capital Social", obrigará a empresa, em Assembleia, a "destinar o excesso à integralização ou aumento do capital social, ou à distribuição de dividendos". É relevante ressaltar que, segundo o Art. 41, para a Taurus realizar um programa de recompra de ações ou distribuir dividendos intercalares, basta apenas haver a Reserva, não sendo necessário que o valor desta iguale ou ultrapasse o valor do Capital Social.

Para este ano, foi aprovada uma Reserva no valor de R$ 304.701.727,29, correspondente à parcela dos lucros que remanesceu após as deduções previstas, observada a proposta da administração.

Foi também aprovada a distribuição de R$ 164.070.160,85 correspondentes aos dividendos obrigatórios da Companhia, equivalentes a 35% do lucro líquido ajustado, no valor de R$ 1,29562043803978 por ação ordinária ou preferencial. O pagamento dos dividendos ocorrerá em 09 de maio de 2023, sem qualquer atualização ou juros entre a data da Assembleia e a data do seu pagamento, utilizando-se como base a posição dos acionistas em 28/04/2023.

Foi ainda atualizado o capital social da Companhia (Art. 5º do Estatuto), passando a ser de R$ 367.935.517,53, representado por 126.634.434 ações, sendo 46.445.314 ações ordinárias e 80.189.120 ações preferenciais, todas nominativas, escriturais e sem valor nominal. Com esta quantidade de ações, e apenas em um exercício hipotético, caso a empresa resolvesse destinar toda a Reserva Estatutária para novos dividendos, isso representaria mais R$ 2,40 por ação. No entanto, como é bastante provável que, dos R$ 304 milhões, uma parcela seja destinada ao Programa de Recompra de Ações, esta Consultoria estima que tal valor possa se situar entre R$ 1,50 e R$ 1,80.

Outras propostas aprovadas: a fixação do número de seis vagas para compor o Conselho de Administração da Companhia para o novo mandato a ter início após a posse dos eleitos nessa Assembleia; a eleição dos membros para compor o Conselho de Administração com mandato de dois anos, até a Assembleia Geral Ordinária a ser realizada em 2025; a eleição ou recondução dos membros titulares e respectivos suplentes para compor o Conselho Fiscal; a remuneração anual global do Conselho de Administração, da Diretoria e do Conselho Fiscal para o exercício social de 2023; a substituição do Plano de Outorga de Opção de Compra de Ações (Stock Options) por novo Plano de Outorga de Ações (Stock Grant), nos termos propostos pela administração; e a consolidação do Estatuto Social da Companhia.

No Vietnã, Embraer E-190 inaugura voo direto entre Hanói e Ca Mau

Cerimônia de inauguração do primeiro voo comercial entre Hanói e Ca Mau. Foto: Huynh Anh - VNA

*BNews - 29/04/2023

A rota é operada pela Bamboo Airways, marcando assim a conclusão da companhia aérea de conectar toda a rede de 22 aeroportos domésticos.

Segundo um representante da Bamboo Airways, a rota direta entre Hanói e Ca Mau e vice-versa terá um tempo de voo de mais de 2 horas, com frequência de 3 voos semanais.

Especificamente, os dois horários de partida da companhia aérea serão de 6 horas e 55 minutos de Hanói; 9 horas e 55 minutos de decolagem de Ca Mau, às terças, quintas e sábados todas as semanas. Observe que a frequência geral aumentará gradualmente dependendo das condições e necessidades reais dos passageiros.

Para explorar essa rota direta, a Bamboo Airways utiliza o jato regional Embraer 190 com capacidade para transportar até 98 passageiros. Esta é a principal linha de aeronaves que marcou o pioneirismo da Bamboo Airways em uma série histórica de voos diretos, acessando aeroportos domésticos há muito tempo limitados em capacidade como: Con Dao, Dien Bien...

A rota Hanói - Ca Mau é uma das viagens rodoviárias mais longas do país, com uma distância de mais de 1.900 km. Anteriormente, os passageiros tinham que viajar muitos dias por rodovias e hidrovias, ou por voos de conexão.

Portanto, com a entrada em operação da Bamboo Airways, esta rota não só ajuda os passageiros a encurtar o tempo de viagem, mas também contribui para apoiar a localidade para aumentar as ligações regionais e promover o desenvolvimento econômico. - a sociedade da província e de toda a indústria da aviação.

Compartilhando sobre esse assunto, o Sr. Nguyen Ngoc Trong, presidente da Bamboo Airways, disse que a companhia aérea espera que a rede de voos conecte o centro socioeconômico nacional, a capital Hanói e Ca Mau. as empresas estrangeiras têm a oportunidade de trocar, conectar e promover a cooperação com a localidade, portanto, espera-se contribuir para o desenvolvimento socioeconômico da província, Ca Mau em particular e Delta do Mekong em geral.

Do lado local, o Presidente do Comité Popular Provincial de Ca Mau, Huynh Quoc Viet, disse que com a entrada em funcionamento da rota de voo, Ca Mau determina que esta será uma grande motivação para levar as terras mais meridionais do país a uma forte subida no futuro próximo. “A nova rede de voos diretos que se aproxima de Ca Mau é muito importante no processo de desenvolvimento da localidade. Isso não só encurta a distância entre Ca Mau e outras regiões do país como também cria condições favoráveis ​​para o desenvolvimento da região. "São localidades a atrair investimento, desenvolver o turismo, facilitar o comércio, criar impulso para o desenvolvimento socioeconômico de Ca Mau nos próximos anos", disse o Sr. Huynh Quoc Viet com entusiasmo.

Adicionalmente, prevê-se com esta atividade o reforço da rede de tráfego aéreo local, tanto em termos de capacidade como de qualidade de serviço, otimizando assim a capacidade do aeroporto de Ca Mau. Atualmente, a capacidade operacional do Aeroporto de Ca Mau é estimada em 35.000 - 40.000 passageiros/ano.

Sobre a estratégia de desenvolvimento futuro, o Secretário do Comitê Provincial do Partido, Presidente do Conselho Popular da província de Ca Mau, Nguyen Tien Hai, disse que, tendo a posição de província mais ao sul do país, Ca Mau não é apenas abençoado com muitos presentes da natureza. A paisagem é maravilhosa, há florestas, há mares... mas aqui também há traços culturais muito típicos e únicos das gentes do Sul.


Nguyen Ngoc Trong, presidente da Bamboo Airways, falou na cerimônia de abertura da rota Hanói - Ca Mau. Foto: Huynh Anh - VNA

"Para aproveitar essas grandes potencialidades, nos últimos anos, a localidade tem dado especial atenção ao desenvolvimento do setor dos transportes, no qual se tem dado especial atenção à abertura de voos de ligação à localidade. Com as atuais infra-estruturas, o Aeroporto  de Ca Mau só pode acomodar aeronaves pequenas para exploração.

Portanto, Ca Mau apresentou e aprovou pelo Governo Central para planejar e atualizar o aeroporto para o nível 4C. Atualmente, a província preparou totalmente as condições necessárias para que os investidores sejam elegíveis para investir, construir e criar uma base para mais linhas de aeronaves maiores com um maior número de passageiros que saem e chegam..

29 abril, 2023

1º Seminário de Proteção do Conhecimento para empresas da Base Industrial de Defesa

O seminário tem o objetivo de transmitir orientações sobre proteção do conhecimento sensível e aprimorar estratégias para aumentar a competitividade das indústrias de defesa



*ABIMDE Notícias - 28/04/2023

O Ministério da Defesa realizará o 1º Seminário de Proteção do Conhecimento para empresas da Base Industrial de Defesa, que será coordenado pelo Departamento de Ciência, Tecnologia e Inovação (DECTI), da Secretaria de Produtos de Defesa (SEPROD) deste Ministério, em parceria com a Agência Brasileira de Inteligência (ABIN) e a Associação Parque Tecnológico de São José dos Campos (APTSJC), a fim de tratar de temas sensíveis à Ciência, Tecnologia e Inovação (CT&I) de interesse da Defesa.
 
Esse seminário tem por objetivo difundir orientações sobre proteção do conhecimento sensível para empresas da BID e, por conseguinte, aprimorar estratégias para aumentar a competitividade das indústrias de defesa.
 
O evento será realizado no dia 3 de maio de 2023, no Auditório Lacaz Neto do Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA), situado na Praça Marechal Eduardo Gomes, nº 50, Vila das Acácias, CEP 12228-900, na cidade de São José dos Campos/SP – Brasil.
 
A empresa interessada deverá indicar um representante (nome, função, telefone e e-mail), até o dia 30 de abril de 2023 para a Doutora Fernanda das Graças Corrêa, Coordenadora de Prospecção Tecnológica e Gestão do Conhecimento no DECTI/SEPROD, por meio do endereço eletrônico fernanda.correa@defesa.gov.br com cópia para abimde@abimde.org.br.

Com tecnologia 100% brasileira, quinto míssil antinavio MANSUP foi lançado

Projeto é desenvolvido com tecnologia e mão de obra nacionais e proporcionará ao Brasil total autonomia e independência para a produção desse sistema, que é essencial para proteção da Amazônia Azul


*Agência Marinha de Notícias - 27/04/2023

A Marinha do Brasil (MB) lançou, com sucesso, o quinto Míssil Antinavio Nacional de Superfície (MANSUP), na manhã desta quarta-feira (26), na região ao sul de Cabo Frio (RJ). A operação contou com a participação das Fragatas “Liberal” e “União” e de duas aeronaves AH-11B Wild Lynx. O objetivo do programa é desenvolver e produzir esse tipo de armamento no Brasil com tecnologia 100% nacional. Atualmente, o MANSUP está na fase de produção de um lote piloto, para a qualificação funcional do míssil em voo.

Os lançamentos, nesta fase do lote piloto, serão realizados com cabeça telemétrica, que substitui a cabeça de combate em lançamentos de testes, com a função de transmitir informações do míssil durante o voo, para análise e verificação de falhas.

Este último lançamento foi o primeiro voo das versões atualizadas do computador de guiagem e altímetro, um subsistema do MANSUP com a função de realizar estimativa de altura em relação à superfície média do mar. Ainda nesse teste, foram executadas manobras programadas, para verificar o desempenho do Sistema de Guiagem, Navegação e Controle (SGNC) desses novos equipamentos.

Segundo Robson Duarte, da empresa Sistemas Integrados de Alto Teor Tecnológico (SIATT), que é Gerente do Programa do MANSUP, muitos aprendizados foram adquiridos desde o primeiro lançamento até hoje. "A SIATT desenvolveu o Sistema de Guiagem, Navegação e Controle com componentes críticos, tais como altímetro, atuadores, computador de guiagem e a plataforma inercial fornecida pela Marinha do Brasil, o que traz uma grande autonomia para o País ", afirmou.

Robson ainda ressaltou a importância, para o Brasil, em realizar a fabricação desses mísseis e também o papel da SIATT nessa fabricação. "Este projeto proporcionará ao Brasil total autonomia e independência para a produção desse sistema, que é essencial para proteção da Amazônia Azul, uma das maiores e potenciais riquezas naturais do País, sendo ela fonte de renda, subsistência, trabalhos direto e indiretos para a nação brasileira, devendo ser preservada e protegida".

Para o Diretor de Sistemas de Armas da Marinha, Vice-Almirante Marco Antonio Ismael Trovão de Oliveira, "a aplicação de novos conhecimentos, com resultados práticos visíveis, pode-se dizer que se trata exatamente do objetivo desta etapa de qualificação dos subsistemas do míssil. No lançamento do primeiro modelo de qualificação do MANSUP, denominado ‘P1’, foi testada uma nova versão do software do Sistema de Governo, Navegação e Controle [SGNC], desenvolvida para aquela etapa, já no atual foi testada a versão final do SGNC, com os aprimoramentos oriundos da análise dos dados telemétricos do ‘P1’, bem como o sistema de propulsão desenvolvido para esta etapa. Assim, espera-se que, com os dados analisados deste lançamento, essa seção do míssil seja aprovada na qualificação como produto", explica.

O projeto também é importante para a sociedade brasileira, como fator gerador de empregos e pelo conhecimento adquirido e colocado em prática, conferindo ao Brasil autonomia na produção desse importante setor da Base Industrial de Defesa.

"A mão de obra especializada empregada pelas empresas envolvidas no projeto é composta por engenheiros e técnicos brasileiros, formados nos diversos centros acadêmicos, nas áreas de conhecimento afetas à tecnologia. Portanto, a tecnologia empregada no projeto MANSUP é 100% nacional, desenvolvida por brasileiros formados nas nossas escolas", reforçou o Almirante.

Para os lançamentos desta etapa, as atualizações serão implementadas de modo gradativo, a fim de permitir que cada subsistema possa ser individualmente avaliado e qualificado para versão definitiva do produto. Neste segundo lançamento, foi verificado o desempenho do sistema de propulsão, avaliada a nova versão do Console Lançador de Míssil – CLM e o software de controle (SGNC), que passaram por aprimoramentos com base nos resultados do lançamento anterior.

Características do míssil


Todas essas tecnologias empregadas e lançamentos realizados convergem para a geração de um legado para a Defesa brasileira, por se tratar de um míssil desse porte, completamente desenvolvido e testado no País.

O Comandante em Chefe da Esquadra, Vice-Almirante Edgar Luiz Siqueira Barbosa, ressaltou a importância da participação dos meios da Esquadra no projeto de desenvolvimento do MANSUP. “O lançamento do quinto MANSUP, sendo cada um efetuado por navio diferente, serve para testar o preparo dos sistemas de armas dos meios de superfície e a nossa consequente capacidade de combater. O sucesso no lançamento de armamento inteligente e de grande poder de destruição demonstra que a Esquadra busca sempre estar em elevado nível de prontidão, sempre à disposição para defender os interesses nacionais, protegendo nossas riquezas”.

Para o Comandante da 1ª Divisão da Esquadra e do Grupo-Tarefa (GT) coordenador do lançamento, Contra-Almirante Nelson Leite, o lançamento de uma arma inteligente como o MANSUP demanda o atendimento de requisitos para garantir a segurança da navegação ao tráfego marítimo na região. Além disso, enfatizou que o exercício com armamento é sempre uma excelente oportunidade para os navios da Esquadra se adestrarem nas operações de ataque da guerra naval. Nesse sentido, durante a comissão, os navios do GT também realizaram exercício de tiro de superfície com os canhões de 4,5 polegadas e 40 mm, assim como conduziram adestramentos de fainas marinheiras, operações áreas, trânsito sob ameaça de superfície, postos de combate, entre outros.

Além da Fragata “Liberal”, que foi o navio lançador, participaram da operação: a Fragata “União”, como navio assistente; a aeronave AH-11B (Lince 45), responsável pela telemetria (tecnologia que permite a medição remota e em tempo real dos parâmetros necessários para avaliar o funcionamento e o desempenho do míssil); e a aeronave AH-11B (Lince 43), para garantir a vigilância e a segurança do local.
 
Confira o vídeo do lançamento do míssil:


Taurus apresentará seu 1º Relatório de Sustentabilidade em 02 de maio pelo YouTube


*LRCA Defense Consulting - 29/04/2023

Em Comunicado ao Mercado datado de 28 do corrente, a Taurus informou aos acionistas, investidores e ao mercado em geral que em 02 de maio de 2023, às 14h00, apresentará seu 1º Relatório de Sustentabilidade e promoverá um painel que abordará o tema ESG através do seu Canal no YouTube.

O marcante evento contará com a presença do Governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite, da Secretária de Meio Ambiente do Rio Grande do Sul, Marjorie Kauffman, do Pró-Reitor de Inovação e Relações Institucionais da UFRGS, Prof. Geraldo Pereira Jotz, do CEO Global da Taurus, Salesio Nuhs, e do Diretor de Engenharia da empresa, Leonardo Sesti Brum, além de outros convidados.

Os principais pontos a serem abordados serão:
- Atualização sobre as iniciativas da Companhia;
- Governança Corporativa;
- Desenvolvimento de Pessoas;
- Importância do Engajamento entre empresas, universidades e sociedade; e
- Ações ambientais realizadas pela Taurus e compromissos futuros.

OGMA, do Grupo Embraer, concluiu com sucesso o 1º programa de manutenção pesada de aeronaves E2 do mundo


*LRCA Defense Consulting - 29/04/2023 (atualizada às 14h09)

Em outubro de 2022, a OGMA atingiu um marco histórico para o desenvolvimento de negócio no segmento de aviação comercial ao tornar-se o primeiro Centro de Manutenção Autorizado da Embraer certificado pela Autoridade Nacional da Aviação Civil (ANAC) para realizar manutenção pesada das aeronaves comerciais da família E-Jets E2 na região da Europa, Médio Oriente e África (EMEA). Com esta certificação, a OGMA está preparada para concretizar manutenção pesada, gestão total de frota, soluções de engenharia, gestão da aeronavegabilidade (CAMO, parte M), manutenção de apoio, futuras modificações na aeronave que atendam a requisitos solicitados pelos clientes e retrofit para aeronaves da família de E-Jets E2.

Neste mês, a OGMA concluiu com sucesso o primeiro programa de manutenção pesada de aeronaves Embraer E2 do mundo, significando mais uma grande conquista para a empresa e um exemplo para projetos futuros.

A empresa entregou a terceira aeronave à companhia aérea Widerøe, que nela confiou para realizar este tipo de manutenção em três aeronaves.

Com mais de 100 anos de experiência, a OGMA é reconhecida na indústria aeronáutica por oferecer uma vasta gama de serviços de manutenção de aviação de defesa, aviação civil e executiva, motores e componentes. 

Como Centro de Manutenção Autorizado da Embraer, Lockheed Martin, Rolls-Royce e Pratt & Whitney, a empresa é um dos mais importantes fornecedores de serviços de MRO para clientes de todo o mundo, tanto militares como civis.

Sede da OGMA em Alverca, Portugal

Conhecendo a OGMA
Fundada a 29 de junho de 1918, a OGMA – Indústria Aeronáutica de Portugal S.A. assenta a sua atividade em duas áreas de negócio: Manutenção, Reparação e Revisão Geral de Aeronaves e de Motores e Componentes de Aviação Civil e de Defesa, e Fabrico e Montagem de Aeroestruturas para aeronaves civis e militares.

Desde a privatização, concretizada em 2005, a OGMA é detida em 65% pela Airholding SGPS (100% Embraer) e em 35% idD Portugal Defence (100% Estado Português).

A OGMA é uma empresa de referência mundial na manutenção e manufatura aeroespacial. Instalada em Alverca do Ribatejo, colocou Portugal na vanguarda da construção de aeronaves, tendo participado da produção dos primeiros KC-390, aviões de transporte militar e reabastecimento em voo, marcados pela inovação e com um avanço significativo em termos de tecnologia.

Confirmando a sua cada vez maior importância no setor, a empresa, maioritariamente detida pelo grupo brasileiro Embraer, foi contratada para fazer a manutenção dos motores dos Neo, a nova geração de aviões da Airbus. O compromisso está abrigando um investimento de 74 milhões de euros nas instalações de Alverca.

Além das obras de expansão do hangar e da instalação da tecnologia necessária, o investimento comporta também um novo banco de ensaios e uma aposta na formação dos profissionais.

Em setembro de 2022, a Embraer anunciou o início do processo de capacitação da OGMA para executar suporte e manutenção do A-29 Super Tucano, além de futuras modificações na aeronave que atendam aos requisitos dos clientes atuais e futuros na região. Assim, a OGMA se tornou a primeira empresa na Europa, Oriente Médio e África (EMEA) a possuir estas capacidades. A OGMA já presta suporte logístico ao demonstrador do A-29 Super Tucano, que tem como base de operações a empresa portuguesa, fornecendo técnicos para viabilizar missões de demonstração em todo o mundo para futuros clientes.

A empresa fornece assistência a aviões de forças aéreas de vários países do mundo. No caso de Portugal, são os F16 e os helicópteros da Força Aérea, que ali são assistidos.

As perspectivas da empresa, cuja localização geográfica é privilegiada, são reforçar a sua posição na Europa e conseguir mais clientes de outras zonas do globo, como da Ásia, América Central, América do Sul ou Norte de África. A OGMA tem cerca de mil e oitocentos trabalhadores, a maioria dos quais com elevado nível de formação especializada. É reconhecida internacionalmente pela qualidade e inovação.

A empresa ocupa um espaço de 150 mil metros quadrados na margem direita do Tejo, dispondo de uma pista de aterragem e descolagem com três quilômetros de extensão, que pode funcionar a qualquer hora, cais fluvial e acesso aos trilhos de trem.

Colocando como máximas o cumprimento de prazos, a precisão técnica, a segurança, a sustentabilidade ambiental e a flexibilidade, a OGMA está comprometida com os acionistas, clientes, funcionários e parceiros, sob o lema “Voar cada vez mais alto”.

A empresa foi destaque da Aerospace & Defense Review como uma das “Top 10 Centros de Serviço na Europa" em 2021 e 2022.

OGMA foi um dos top 10 em MRO (manutenção, reparo e revisão) da Europa em 2021 e 2022

A Embraer anunciou no dia 22 último a assinatura de um Memorando de Entendimento com as empresas aeroespaciais de Portugal. O memorando foi assinado com as empresas: Centro de Engenharia e Desenvolvimento de Produto (CEiiA), Empordef Tecnologias de Informação, S.A. (ETI), GMVIS Skysoft, S.A. (GMV) e a OGMA S.A. Entre os diferentes desdobramentos do memorando, destaca-se o potencial relacionamento estratégico nas áreas de desenvolvimento e integração de sistemas envolvendo o A-29 Super Tucano, em sua recém-lançada versão A-29N, voltada para o atendimento das necessidades dos países membros da Organização Tratado do Atlântico Norte (OTAN).

Estima-se que as vendas do novo Super Tucano A29N podem chegar às 200 unidades nos próximos 20 anos.

Portugal é o país onde a Embraer mais tem investido em capacidade industrial fora do Brasil e a empresa mantém o seu compromisso estratégico com ele. Exemplo disso é o investimento de 74 milhões de euros na OGMA para trazer para Portugal a manutenção dos motores GTF da Pratt & Whitney, usados pela nova geração de aviões comerciais. Este acordo, firmado por meio de um contrato de 20 anos, criará 300 postos de trabalho e permitirá quase triplicar o faturamento da OGMA, de € 200 milhões para € 600 milhões por ano.

Mas não é só em unidades industriais que a Embraer tem concentrado os seus novos investimentos em Portugal. Em março de 2022, foi lançado um projeto de cooperação de desenvolvimento tecnológico com a assinatura de um Memorando de Entendimento com a idD Portugal Defence e a ETI. Esta nova parceria tem como objetivo o desenvolvimento de produtos de Defesa e de dupla utilização em áreas relacionadas com tecnologias de treino e simulação, mais especificamente com Realidade Virtual, Realidade Aumentada, Realidade Mista e Análise de Dados.

Um centro de múltiplos serviços. Veja alguns...
Como prestador de serviços de MRO, a OGMA possui uma vasta experiência no setor de Defesa, apoiando as necessidades da frota da Força Aérea Portuguesa e de diversas Forças Aéreas de todo o mundo. A OGMA é um Centro de Serviços de Manutenção Autorizado (HSC) pela Lockheed Martin, e dispõe de serviços de manutenção, reparação e revisão geral de aeronaves e seus componentes, serviços especializados, gestão total de frota e gestão de projetos de modernização de aeronaves.

Com profissionais altamente qualificados, a OGMA fornece serviços de MRO para uma vasta gama de modelos de motores de aeronaves. Como Centro de Manutenção Autorizado (AMC), a OGMA é um parceiro da Rolls-Royce para a série de motores AE. Como Centro Autorizado para os motores AE 2100 A/ D2/D3, AE 1107, AE 3007 e T56, a OGMA tem capacidade para executar grande parte das reparações de componentes de motor aprovadas pela Rolls-Royce, possuindo recursos de backshop e uma ampla experiência em engenharia.

Recentemente, a OGMA tornou-se um Centro de Manutenção Autorizado pela Pratt & Whitney para motores GTF PW1100G-JM e PW1900G, marcando a entrada da área de manutenção, reparação e revisão da Pratt & Whitney em Portugal.

Como Centro de Serviços e Centro de Manutenção Autorizado (EOSC) pela Embraer, a OGMA fornece suporte às famílias de aeronaves ERJ-145 desde 1998, e E-Jets desde 2007, oferecendo uma gama completa de soluções eficientes, para atender as necessidades de manutenção dos nossos clientes e gestão de frota: serviços de MRO, transições de aeronaves e serviços de engenharia.

Com mais de 45 anos de experiência em reparação de componentes, a OGMA tornou-se uma das principais empresas do setor aeronáutico a oferecer serviços de MRO de componentes para diversas aeronaves e helicópteros. Como empresa especializada em serviços de MRO e uma experiência abrangente no mercado de componentes, efetua manutenção de trens de aterragem, hélices, travões, aviónicos e componentes hidráulicos e eletromecânicos, para aeronaves civis e militares.

A OGMA está comprometida com a qualidade, segurança e satisfação dos seus clientes, oferecendo um serviço de excelência no seu Centro de Aviação Executiva, para serviços de MRO, Engenharia e suporte de leasing de aeronaves.

Com mais de 40 anos de experiência no mercado das Aeroestruturas, a OGMA oferece soluções integradas para diversos OEMs como a Embraer, Dassault, Airbus Military, Lockheed Martin, Pilatus Aircraft e Leonardo. Atualmente, a empresa participa em alguns dos programas de maior relevância da indústria aeronáutica, sendo capacitada para o fornecimento de montagens e subconjuntos de Aerostruturas, de metal ou de materiais compósitos.

28 abril, 2023

Aeronave agrícola Embraer Ipanema 203 mantém forte ritmo de vendas


*LRCA Defense Consulting - 28/04/2023

A divisão de aviação agrícola da Embraer realizou 33 vendas de aeronaves modelo Ipanema 203 no primeiro trimestre de 2023, mantendo a forte atividade comercial nesse segmento de negócio. O volume de transações foi 38% maior que o realizado no mesmo período do ano passado.

A expectativa da fabricante brasileira é encerrar o ano com um registro de vendas similar ou melhor que 2022, quando 66 aviões foram vendidos. Com o desempenho positivo deste início de ano e a carteira de pedidos acumulada nos últimos 12 meses, novas encomendas passam agora a entrar no planejamento de produção e entregas do próximo ano.

Até o fim de 2023, a expectativa é produzir e entregar 65 unidades ante 55 e 42 aeronaves agrícolas entregues em 2022 e 2021 respectivamente. Por característica da sazonalidade do setor, a maior parte das entregas ocorre no segundo semestre. 

“São três anos consecutivos de crescimento no volume de aeronaves entregues, o que exalta a altíssima confiança que os nossos clientes e operadores têm no Ipanema 203. Ao combinar alta tecnologia e tradição, o Ipanema 203 se mantém como referência em termos de alta produtividade e baixo custo operacional”, destaca Sany Onofre, Gerente do Programa Ipanema da Embraer.

A aeronave Ipanema, a única do mercado certificada e produzida em série para voar com biocombustível (etanol), é fabricada na unidade da Embraer em Botucatu, interior de São Paulo, e estará entre os destaques da Agrishow – Feira Internacional de Tecnologia Agrícola – que acontece entre os dias 1° e 5 de maio, em Ribeirão Preto.

Ícone tecnológico da agricultura brasileira com cinco décadas de operação, o Ipanema é uma ferramenta que evolui continuamente, atendendo aos mais rigorosos requisitos de segurança e eficiência. No ano passado, a série Ipanema atingiu a marca de 1.500 unidades produzidas e entregues, mantendo-se líder no mercado nacional, com 60% de participação.

Eve Air Mobility sedia evento para colaborar e criar a infraestrutura de apoio à mobilidade aérea urbana


*

A Eve Air Mobility sediou um evento global em suas instalações norte-americanas em Melbourne, Flórida, para colaborar e discutir a infraestrutura necessária para suportar o desenvolvimento da Mobilidade Aérea Urbana (UAM).

O summit de dois dias realizado entre 11 e 12 de abril reuniu mais de 20 operadores, fornecedores, empresas de infraestrutura e autoridades públicas de 16 organizações diferentes para identificar os próximos passos das operações de veículos de decolagem e aterrissagem vertical elétrica (eVTOL).

Durante o evento, a empresa realizou palestras e workshops sobre diferentes temas, incluindo experiência de passageiros, energia, planejamento de redes, além de serviços, som e infraestrutura digital. Os convidados também participaram de exercícios práticos para desenvolver um protótipo de vertiporto e a jornada do usuário.

"À medida que avançamos no desenvolvimento de nossa proposta de eVTOL, Soluções de Serviços e Operações e Gestão de Tráfego Aéreo Urbano (ATM Urbano), procuramos criar um fórum com stakeholders estratégicos para enfrentar os desafios do emergente mercado UAM de forma colaborativa", disse André Stein, co-CEO da Eve Air Mobility. "Há muito mais na equação do que apenas o desenvolvimento de uma aeronave". O evento desta semana destacou setores em que continuaremos a trabalhar em conjunto conforme progredimos".

Desde o início, a Eve tem solicitado feedbacks regulares de operadores e parceiros do setor enquanto avança no lançamento de seu eVTOL e ecossistema de serviços relacionados.

27 abril, 2023

Arábia Saudita está priorizando a cooperação militar-industrial com o Brasil? Akaer, Avibras, CBC, Embraer, Taurus...

HE Khalid A. Al-Falih, Ministro do Investimento da Arábia Saudita, visita o estando da CBC e Taurus durante a 1ª edição do World Defense Show em Mar 22 em Riyadh, na Arábia Saudita

*LRCA Defense Consulting - 27/04/2023

De acordo com o portal Tactical Report, especializado em relatórios de defesa (pagos) com ênfase em países árabes, espera-se que o Ministério da Defesa saudita inicie negociações com várias empresas brasileiras de defesa para diversificar o fornecimento de armas do Reino da Arábia Saudita. Além disso, segundo a fonte, o Reino considera prioritária a cooperação militar-industrial com o Brasil.

Visão 2030 - o grande plano saudita de 15 anos
O Plano Visão 2030, anunciado pelo governo saudita em 2015, mudou economicamente a Arábia Saudita nos últimos anos e é esperado que continue mudando.

Até 2015, o petróleo respondia por cerca de 75% das receitas orçamentárias, 40% do PIB e 90% das receitas das exportações. O "vício do ouro negro" acostumou os sauditas a comprar tudo o que precisavam, pois sempre houve dinheiro farto e era muito mais barato importar do que produzir localmente.

No entanto, o atual governo vislumbrou que o país não poderia manter a dependência da renda petroleira e o enorme gasto público diante de um cenário de grandes mudanças que estão acontecendo no mercado energético internacional (variações enormes nos preços do petróleo, surgimento de fontes alternativas não poluentes e política mundial contra o uso de combustíveis fósseis) e de tendências demográficas que indicam aumento significativo no número de sauditas em idade produtiva até 2030.

A ascensão do príncipe Mohamed Bin Salman (conhecido como MbS) no cenário político saudita e o declínio dos preços do petróleo em 2014 incentivaram o desenvolvimento do plano como meio de abandonar ou, pelo menos, diminuir grandemente essa dependência e diversificar a atividade econômica, abrindo amplamente as portas para o envolvimento de um setor privado ativo e facilitando a entrada dos investimentos estrangeiros no país. Assim, um dos pilares do Visão 2030 é justamente transformar a Arábia Saudita em um centro de investimentos globais.

Segundo análises, a elevação de produtividade por meio da reforma econômica permitirá ao país duplicar seu PIB e criar até 6 milhões de novos empregos até 2030. Com as reformas, Riad pretende elevar sua renda não petroleira, de US$ 43,6 bilhões em 2015 para US$ 267 bilhões em 2030.

Setor de Defesa no Plano Visão 2030
A Arábia Saudita é um dos principais compradores de armas do mundo. Foi o maior importador de armamento entre 2010 e 2014, com 5% das aquisições mundiais. O país possui as forças armadas mais poderosas do Golfo Pérsico, com cerca de 478 mil combatentes na ativa (de um total de 688 mil integrantes), compreendendo o exército, a força aérea e a marinha de guerra, além de unidades de defesa antiaérea, brigadas da Guarda Nacional e paramilitares.  

O país gasta 25% do seu orçamento, ou pelo menos US$ 88 bilhões, com suas forças armadas. Em 2019, operou o terceiro maior orçamento militar do mundo, caindo para o nono lugar em 2020, efeito colateral da queda brutal nos preços do petróleo durante a pandemia.

O príncipe Salman, que também é ministro da Defesa, anunciou que o país buscará desenvolver sua própria indústria bélica como parte do plano de reformas. O primeiro passo nesse sentido foi associar a assinatura de contratos no exterior ao desenvolvimento da indústria local.

"A partir de agora, o Ministério de Defesa, assim como outros órgãos militares e de segurança, só fecharão contratos com provedores estrangeiros se estes estiverem vinculados à indústria local", disse Salman. "Vamos reestruturar vários de nossos contratos militares para atá-los à indústria saudita."

Em fevereiro de 2021, o governador da GAMI - Autoridade Geral para Indústrias Militares saudita, Ahmed bin Abdulaziz Al-Ohali, afirmou que o país iria investir mais de US$ 20 bilhões em sua indústria de defesa local pelos próximos 10 anos. O objetivo é desenvolver e fabricar mais armas e sistemas militares domesticamente, com o objetivo de gastar 50% do orçamento militar localmente até 2030.

Assim, nessa sensível área, onde quase tudo era importado, principalmente dos Estados Unidos, o foco dos sauditas passou a ser o desenvolvimento da sua indústria de defesa, com a produção de armamentos, equipamentos e aeronaves militares, para atingir a autossuficiência na área e aumentar as exportações para os seus parceiros regionais, haja vista que a presença de indústrias estrangeiras permite a obtenção de know-how e a transferência de tecnologia para a economia local.

Nesse campo, o Plano Visão 2030 muito se assemelha às iniciativas Make in India (Fazer na Índia) e Atma Nirbhar Bharat (Índia Autossuficiente), ambas do governo da Índia.

Empresas brasileiras de Defesa presentes ou com interesses na Arábia Saudita

Taurus Armas e CBC

Em 22 de março deste ano, o CEO Global da Taurus Armas S.A., Salesio Nuhs, informou que, durante a recente Feira em Abu Dhabi (IDEX 2023), surgiram boas perspectivas de crescimento no mercado da Arábia Saudita e Emirados, deixando implícito que a empresa está próxima de fechar um importante negócio nessa região.

Em 30 de dezembro de 2021, a Taurus Armas S.A. já havia celebrado um contrato para constituição de joint venture com sua coligada Companhia Brasileira de Cartuchos (CBC), como parte das estratégias de internacionalização de suas operações visando fomentar negócios e oportunidades na Arábia Saudita.

Com o nome de Companhia Brasileira de Cartuchos Taurus Arabia Holding, LLC., a  joint venture tem como principal objetivo possibilitar a busca e antevisão mais eficiente de oportunidades de negócios neste mercado relevante, especialmente considerando os planos do governo do país para estabelecer uma base industrial de defesa local, no âmbito da estratégia denominada “Visão 2030”.

O estabelecimento de uma subsidiária na Arábia Saudita e o interesse da Taurus e da CBC na região estão em consonância com os planejamentos estratégicos das duas empresas, haja vista que o mais rico, poderoso e estratégico país do Oriente Médio passou a desenvolver uma política industrial de defesa bastante similar à da Índia, onde ambas já possuem fábricas.

Localização estratégica reúne Arábia Saudita, Índia e Filipinas na importante e promissora região do Oriente Médio e  Indo-Pacífico

Embraer
Em entrevista ao portal Defense Here, em 26/04/2023, o CEO da Embraer Defesa e Segurança, Bosco da Costa Junior falou sobre os mercados de interesse da Embraer onde destacou a região do Oriente Médio, dizendo “Temos nosso escritório em Dubai desde 2009. Então vemos esta região, a região do Oriente Médio, como uma região muito importante e muito estratégica para a Embraer”. Ele também afirmou que a Embraer está buscando fortalecer suas parcerias com os países da região e ajudá-los a localizar tecnologias, acrescentando que “estamos buscando oferecer nossas soluções para a Arábia Saudita e também para os Emirados”.

Grupo Edge (estatal dos Emirados Árabes Unidos)
A região MENA (sigla em inglês que se refere a regiões do Médio Oriente e Norte da África), e o Golfo em particular, é um mercado natural para o Grupo EDGE, que participou do Riyadh World Defense Show inaugural em 2022, com seu presidente executivo Faisal Al Bannai dizendo que “a Arábia Saudita é um mercado estratégico fundamental para a empresa".

O EDGE fez parceria com a Saudi Arabian Military Industries (SAMI) no passado: em 2021, sua subsidiária NIMR assinou um acordo com a SAMI para a produção de veículos militares na Arábia Saudita.

Na LAAD 2023, ocorrida recentemente no Rio de Janeiro, o Grupo Edge realizou várias parcerias com empresas brasileiras do setor de defesa, a saber:
- com a Akaer: parceria estratégica para a área de Defesa e Aeroespacial. As duas companhias assinaram um Memorando de Entendimento (MOU) com o objetivo de desenvolver e produzir sistemas e equipamentos de altíssima tecnologia no setor de aeroespaço e defesa em ambos os países;
- com a Kryptus: parceria para colaborar para aprimorar os recursos de comunicações cibernéticas e seguras e buscar oportunidades estratégicas nos mercados de tecnologia avançada e defesa;
- com a SIATT: MoU para cooperar no domínio de armas inteligentes;
- com a Condor, especialista em tecnologias não letais do Brasil, para combinar as capacidades das empresas e buscar conjuntamente oportunidades de negócios nos mercados dos Emirados Árabes Unidos e do Brasil. O MoU com a Condor já foi assinado por Marcos Degaut.

Akaer
Também na LAAD, a Akaer, empresa brasileira com mais de 30 anos de atuação no desenvolvimento de tecnologias de ponta para os setores de Defesa e Aeroespacial, além da parceria com o Grupo Edge, promoveu uma outra com a empresa saudita Intra Defense Technologies para o desenvolvimento de drones naquele país.  As duas companhias estabeleceram um contrato para o desenvolvimento de veículos aéreos não tripulados (UAVs, na sigla em inglês) de grande porte para inicialmente atender as necessidades da Arábia Saudita. O projeto, no entanto, poderá se estender para outros países e regiões.

Atualmente, a Intra opera UAVs na Arábia Saudita com grande sucesso, acumulando mais de 4 mil horas de voo em diferentes missões. A empresa parceira desenvolveu dois UAVs VTOL (que realizam pouso e decolagem /verticais), um dos quais foi exposto na LAAD Defense & Security.

Militares brasileiros integrantes do Projeto Estratégico ASTROS 2020 em um intercâmbio sobre artilharia de mísseis e foguetes com o Exército da Arábia Saudita em 2014

Avibras
A Avibras exportou o Sistema Astros II para a Arábia Saudita em meados dos anos 80. Em novembro de 1985, a empresa fechou contrato para o fornecimento de dez baterias Astros II em um negócio de US$ 389 milhões, e esse país chegou a utilizá-lo na 1ª Guerra do Golfo contra as forças iraquianas, sob comando da coalizão liderada pelos Estados Unidos, com grande sucesso.

Enfrentando agora uma delicada situação financeira, um pesado investimento saudita poderia ser muito bem-vindo para a Avibras.


 

O que a Embraer Defesa & Segurança está fazendo em 2023?


*Defense Here - 26/04/2023

A gigante brasileira da defesa e uma das maiores fabricantes aeroespaciais do mundo, a Embraer, apresenta uma aeronave de ataque leve para os membros da OTAN.

Em entrevista ao Defensehere.com, o CEO da Embraer Defesa e Segurança, Sr. Bosco da Costa Junior, deu um vislumbre do que a gigante brasileira da defesa está fazendo em 2023.

Falando sobre o MoU recentemente assinado entre a Embraer e o fabricante de defesa sueco SAAB, Bosco mencionou que eles estão ansiosos para cooperar com o último para vender o C-390 em alguns países, incluindo a Suécia, e também para trabalhar no desenvolvimento de tecnologias avançadas em torno de aeronaves de caça.

Bosco também mencionou que eles lançaram uma nova configuração de seu avião de ataque leve A-29 Super Tucano e disse “estamos ansiosos para lançar o A29 N; isso significa que vamos colocar o A-29 na comunidade da OTAN. Portanto, estamos muito entusiasmados em oferecer a esta comunidade, à comunidade da OTAN, esta solução que lhes trará novas capacidades”.

A nova versão da aeronave, o A-29N, incluirá equipamentos e recursos para atender aos requisitos operacionais da OTAN, como um novo datalink e operação monopiloto.

Ele também falou sobre os mercados de interesse da Embraer onde destacou a região do Oriente Médio, dizendo “Temos nosso escritório em Dubai desde 2009. Então vemos esta região, a região do Oriente Médio, como uma região muito importante e muito estratégica para a Embraer”. Ele também afirmou que a Embraer está buscando fortalecer suas parcerias com os países da região e ajudá-los a localizar tecnologias, acrescentando que “estamos buscando oferecer nossas soluções para a Arábia Saudita e também para os Emirados”.

Por fim, Bosco afirmou que a Embraer estará presente no estande RIAT e no Paris Airshow em 2023, onde estará esperando para atender seus clientes, visitantes e potenciais clientes.

A Embraer Defesa e Segurança é a maior empresa aeroespacial e de defesa da América Latina, com presença em mais de 60 países ao redor do mundo.

A Embraer não oferece apenas suas aeronaves de ataque leve A-29 Super Tucano e o transporte aéreo militar multimissão C-390 Millennium, mas também uma linha completa de soluções e aplicações integradas como Centro de Comando e Controle (C4I), radares, ISR (Inteligência, Vigilância e Reconhecimento) e Espaço.

A empresa também fornece sistemas integrados de informação, comunicação, monitoramento e vigilância de fronteiras, bem como aeronaves para transporte VIP e missões especiais.



WEG finaliza a ampliação da Subestação Tubarão Sul


*LRCA Defense Consulting - 27/04/2023

A WEG informou hoje que finalizou a ampliação da Subestação Tubarão Sul, localizada em Treze de Maio/SC, em fevereiro deste ano.

O serviço fornecido para o cliente EDP Transmissão Litoral Sul consistiu em uma subestação em regime Turn Key (abrangendo projeto, fornecimento, obra e comissionamento).

A ampliação compreende um Bay de Transformador (um Transformador 150 MVA 230 kV/138 kV – Arranjo Barra Dupla Quatro Chaves), autorizado via a Resolução ANEEL 9.975.

Esta obra veio como um reforço do Sistema de Transmissão (Rede Básica SIN) da Região Sul após o sucesso da conclusão da obra original em maio de 2021.

Parceria entre Portugal e Brasil na aviação é "boa para os dois países"

Ministro da Defesa brasileiro admitiu que a parceria aumentará "em muito" as vendas da Embraer.


*Porto Canal - 27/04/2023

O ministro da Defesa do Brasil afirmou que produzir para mercado da NATO é o objetivo da parceria que os governo brasileiros e português fizeram no domínio da aeronáutica e que pode ir para além de aviões.

"Essa parceria que estava interrompida por seis anos é importantíssima para nós brasileiros", mas também para Portugal, afirmou José Múcio Ribeiro, numa entrevista à Lusa em Lisboa, onde permaneceu, após a visita oficial do Presidente Brasileiro Lula da Silva a Portugal, com agenda oficial a cumprir.

"Nós somos complementares. Brasil e Portugal precisam-se, necessitam-se, a nossa parceria é histórica, no presente e pode ser muito mais no futuro", acrescentou, admitindo que há outras iniciativas conjuntas a fazer além das subscritas entre empresas de Defesa dos dois países para o mercado dos aviões.

O ministro descreveu a companhia de avião Embraer como uma empresa brasileira que "tem progredido muito" e conquistado mercados na África, no Oriente Médio e na América do Sul, assim como tem conseguido "algumas parcerias importantes" e "vendido muito".

Mas "esta parceria agora em Portugal, com as OGMA, é importantíssima para nós, primeiro pelo KC-390, que já vendemos cinco para cá, com características da OTAN (NATO) e outros serão adaptados às características da OTAN", disse o ministro, referindo-se ao avião cargueiro que será exportado a partir de Lisboa para a Europa.

O governante salientou que o mercado da NATO justifica a parceria entre os dois países: "esta é a razão de ser da nossa parceria. Nós precisamos de chegar nesse mercado [no da NATO], bom para Portugal, bom para o Brasil".

"O "Brasil tem indústria de defesa que é fruto do orçamento da União e tem a que a que é criada pela iniciativa privada, em que o governo funciona como intermediário de vendas com conversas com diplomatas e governo, é isso que tem de ser feito", reforçou o governante, à margem da vista do Presidente brasileiro, Lula da Silva, a Portugal.

Com o investimento nas indústrias de defesa, os dois países ganham "na geração de emprego, nos impostos", destacou o ministro de Lula, elogiando a aeronave de transporte adquirida por Portugal

KC-390
O KC-390, para o ministro já é uma realidade, já está a voar e Portugal produz equipamentos: "Nós já somos parceiros".

Neste domínio, os dois países já trocam tecnologia, os pilotos de Portugal já são treinados no Brasil, há técnicos de um lado e de outro a trabalharem em parceria e procuram soluções que interessam, especificou.

Para o ministro, o KC-390 tem mercado em qualquer lado e "é um dos bons aviões do mundo".

E agora o cliente europeu já não pode "dizer que não tem chancela da OTAN", porque a aeronave é produzida em solo português e "este brasileiro agora vai ser filho também de Portugal, tem as características da OTAN colocadas aqui. Portugal vai dar a cidadania dele da Europa. Então isso vai abrir um mercado gigantesco", frisou o ministro, e não querendo avançar números admitiu que a parceria aumentará "em muito" as vendas da Embraer.

Em contrapartida, "Portugal vai também ter tecnologia", lembrou, por isso, esta "é uma parceria muito vantajosa para os dois países", concluiu.

Super Tucano
Quanto ao avião Super Tucano, um avião que passará a ser produzido em Portugal, trata-se de "uma aeronave super versátil, de identificação, de caça, que evidentemente pode ser adaptado para combate, mas também falta a ele o o carimbo ou as características da OTAN, que nós precisávamos para ganhar mais mercados", admitiu.

O ministro explicou que é um avião de caça de ataque ao solo, de treino de pilotos, que pode ser adaptado "não para um grande combate, mas para um enfrentamento" com adversários no terreno.

Agora, "tenho a certeza que sendo fabricado aqui em Portugal nós abriremos mais mercado e estamos dando respostas para aqueles que diziam que não nos adquiriam porque que não tínhamos a chancela das características da NATO", adiantou.

Por isso, José Múcio Ribeiro acha que é um avião "que tem mercado na África e no mundo árabe".

"É um mercado muito grande, até porque não é uma aeronave cara", sublinhou, garantindo que Portugal não manifestou interesse em adquirir nenhuma destas aeronaves, nem esse negócio é uma contrapartida na parceria entre os dois países.

A 24 de abril, quarto dia da visita oficial de Lula da Silva a Portugal, várias empresas aeroespaciais portuguesas e a brasileira Embraer assinaram em Alverca, arredores de Lisboa, um memorando de entendimento que visa desenvolver a Base Tecnológica e Industrial de Defesa de Portugal.

26 abril, 2023

Akaer comemora sucesso do primeiro voo da aeronave turca HÜRJET

Aeronave supersônica turca TAI HÜRJET, de treinamento e combate leve

*LRCA Defense Consulting - 26/04/2023

O TAI HÜRJET é um monomotor para missões de treinamento e combate leve, assento tandem e supersônico em desenvolvimento pela Turkish Aerospace.

O papel da Akaer no projeto HÜRJET é de ajudar no desenvolvimento do demonstrador de conceito e avião de série, sendo responsável pela engenharia do produto de toda a fuselagem traseira e por contribuir para o desenvolvimento da fuselagem central e entradas de ar.

A empresa tem, no projeto, um time de profissionais envolvidos nas áreas de desenho e engenharia estrutural, projeto elétrico, hidráulico, sistemas de combustível e sistemas ambientais.

Na terça-feira, 25 de abril, o programa atingiu um grande marco no desenvolvimento desta aeronave com a realização do primeiro voo, na Turquia. Foram 26 minutos de voo até o pouso em segurança, como planejado.

Este marco representa uma grande conquista para a Akaer e sua equipe de profissionais que dedicaram milhares de horas a este projeto, desenvolvendo em tempo recorde a aeronave, desde a concepção até o primeiro voo em pouco mais de dois anos (março 2021 até abril 2023).

Equipe de profissionais da AKaer envolvida com o projeto

A recente aquisição de caças para a Força Aérea Brasileira - FAB, com compensação por meio da transferência de tecnologia (ToT), teve papel de destaque para que este marco fosse atingido, demonstrando na prática que a Akaer e seus 50 engenheiros atuando diretamente no projeto HÜRJET, demonstraram que o Brasil adquiriu a capacidade de projetar aeronaves supersônicas de Ataque e Superioridade aérea, gerando riqueza para o país e comprovando a qualidade da engenharia de ponta.

Entregas da Embraer crescem no 1T23 e pedidos firmes somam US$ 17,4 bilhões


*LRCA Defense Consulting - 26/04/2023 (atualizada às 14 horas)

A Embraer (NYSE: ERJ; B3: EMBR3) entregou 15 jatos no primeiro trimestre de 2022, sendo sete comerciais e oito executivos (seis leves e dois médios). Esse volume representa um crescimento de 7%, quando comparado com o mesmo período do ano anterior. Em 31 de março, a carteira de pedidos firmes totalizava US$ 17,4 bilhões.

O período foi marcado pela confirmação de que, pelo 11º ano consecutivo, a série Phenom 300 da Embraer se mantém como o jato leve mais vendido do mundo, de acordo com a General Aviation Manufacturers Association (GAMA). A Embraer entregou 59 jatos da série Phenom 300 em 2022 e acumula mais de 700 aeronaves entregues desde a sua entrada em serviço. A versão aeromédica (MEDEVAC), o Phenom 300MED, recebeu o Certificado de Tipo Suplementar (STC, na sigla em inglês) da Federal Aviation Administration (FAA), agência reguladora dos Estados Unidos, e da European Aviation Safety Agency, equivalente da União Europeia.

No segmento de Serviços & Suporte, a Embraer anunciou a assinatura de um contrato de serviços com a Força Aérea das Filipinas (PAF, na sigla em inglês) para apoiar a frota de A-29 Super Tucano do país. O acordo fornecerá suporte a mais de 200 componentes do A-29. A empresa também revelou três novos clientes para uso do Beacon, plataforma de coordenação de manutenção que conecta recursos e profissionais para o retorno mais rápido das aeronaves ao serviço.

Air New Zealand e Embraer assinaram acordo de colaboração para programas de aeronaves sustentáveis de próxima geração, ampliando o número de integrante do Grupo Consultivo Energia da Embraer. A Embraer Defesa & Segurança realizou exposição do seu portfólio de produtos e soluções inovadoras nos mercados europeu, asiático e no Oriente Médio, antes dos recentes anúncios realizados na LAAD, a principal feira de defesa e segurança da América Latina. 



25 abril, 2023

Taurus lançará uma revolucionária e disruptiva submetralhadora: a SMG 9mm

A SMG9 será a arma de sua categoria com mais tecnologia embarcada no mundo

Em fevereiro de 2022, este era o mockup provisório da submetralhadora SMG (imagem borrada propositalmente)

*LRCA Defense Consulting - 25/04/2023

A Taurus Armas S.A. está preparando o lançamento, para julho ou agosto deste ano, de uma revolucionária submetralhadora (SMG9: nome provisório), caracterizada por ser a arma de sua categoria com mais tecnologia embarcada no mundo, haja vista que conterá todas as novas e disruptivas tecnologias em uso e/ou em desenvolvimento na Taurus: grafeno, nióbio, Cerakote Graphene, DLC e polímero de fibras longas, tornando-se a primeira arma de fogo no mundo com tais características.

Além disso, conforme a empresa, será a mais compacta e mais leve submetralhadora na categoria, com um peso inferior a 2,5 Kg e - em mais um pioneirismo mundial da Taurus - não terá nenhum parafuso.

A arma já poderá sair de fábrica dotada de supressor de ruído (silenciador), acessório que a Taurus começou a produzir neste ano, lançando uma linha completa (e também com tecnologia disruptiva) na LAAD 2023.

Em desenvolvimento já há cerca de três anos, a SMG - grande novidade tática da Taurus no calibre 9mm - promete ser uma outra arma revolucionária, com possibilidade de obter enorme sucesso nos mercados militar e de segurança do Brasil e do mundo.

Tecnologias de ponta: nióbio, grafeno, Cerakote® Graphene, DLC e polímero de fibras longas
As aplicações de grafeno (no polímero) e de nióbio (no metal), ambas em caráter pioneiro no mundo, são tecnologias revolucionárias e extremamente disruptivas que conferem propriedades únicas ao produto e permitem que, quando combinado a outros materiais (cerâmicos, poliméricos e metais, por exemplo), passem a emprestar suas propriedades para estes, agregando muito valor ao produto final.

Tal como nas pistolas da linha Graphene (GX4 e TS9) e em outras armas mais recentes, a SMG possuirá, juntamente com componentes injetados com nióbio e grafeno, também terá um revestimento exclusivo em Cerakote® Graphene, tecnologia exclusiva da Taurus, que traz ainda mais resistência e durabilidade para a arma.

Além disso, a SMG contará ainda com duas outras tecnologias internacionais de ponta: o DLC (material que dá ao aço a resistência do diamante - diamond like carbon) e o polímero de fibras longas.

O DLC consiste em um filme fino de carbono com características físico-químicas próximas ao diamante. É aplicado em superfícies metálicas para garantir novas propriedades, como altíssima resistência ao atrito e à corrosão. Já o polímero de fibras longas é um material que proporciona maior robustez ao produto, oferecendo resistência ao impacto significativamente melhorada sem sacrificar a resistência e a rigidez, mesmo em temperaturas extremas, além de baratear o custo final.

Tais tecnologias visam proporcionar maior leveza, resistência, robustez e durabilidade à arma, tornando-a também praticamente imune ao "câncer dos metais" (corrosão), qualidades estas que são muito valorizadas pelo mercado de armamento, quer seja este o de segurança, militar ou civil. Conforme a empresa, o uso de tais tecnologias poderá se constituir em um diferencial imbatível nos EUA e no mundo.

Sem dúvida, a Submetralhadora SMG9 será um dos mais significativos lançamentos da história das armas leves.

Neste trecho da live do canal Fabi Venera Gun House na LAAD 2023, o CEO Global da Taurus, Salesio Nuhs, revela o lançamento e algumas de suas características.

Parcerias tecnológicas & CITE
A utilização do grafeno foi possível após ser estabelecida uma parceria com a Universidade de Caxias (UCS) e sua spin-off tecnológica UCSGRAPHENE.
 
Para o desenvolvimento do uso de nanopartículas de nióbio, a Taurus estabeleceu parceria com uma destacada instituição de pesquisa nacional.

A Taurus também negociou um contrato inédito de nacionalização da tecnologia de aplicação de DLC, que já era utilizada no cano da linha de pistolas microcompactas GX4 na Taurus USA, estabelecendo a nova fábrica no Condomínio de Fornecedores, na sede da empresa em São Leopoldo (RS). Para o polímero de fibras longas, foi realizada uma parceria também inédita de transferência de tecnologia com uma empresa norte-americana.

O CITE contará com um pavilhão próprio nas novas instalações da Taurus

As entidades parceiras trabalham em conjunto com o Centro Integrado de Tecnologia e Engenharia Brasil / Estados Unidos (CITE) da Taurus no desenvolvimento das novas e disruptivas tecnologias totalmente brasileiras - como é o caso do nióbio, do grafeno e do Cerakote® Graphene, ou da aplicação de tecnologias de ponta estrangeiras, caso do DLC e do polímero de fibras longas.

No CITE, que contará com um pavilhão próprio nas novas instalações da empresa, trabalham mais de 200 engenheiros voltados à pesquisa e ao desenvolvimento de novos produtos, tecnologias e processos, sempre com foco nas tendências mundiais, nas novas e/ou disruptivas tecnologias e, principalmente, nas necessidades e desejos dos consumidores. Os objetivos são agregar valor aos produtos e reduzir o custo de produção, assim como também reduzir as emissões de poluentes e o consumo de energia elétrica e de água, entre outros focos constantes da pauta ESG da Taurus.

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