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O governador do estado da Geórgia, Brian Kemp, visitou na manhã de 26 de agosto de 2025 as instalações da Taurus Armas em São Paulo.
O governador e sua comitiva se reuniram com o presidente do Conselho de Administração da Taurus, Bernardo Birmann, o CEO Global da Taurus, Salesio Nuhs, e com os diretores estatutários Sergio Sgrillo, Leonardo Sesti e Eduardo Minghelli.
Durante a reunião, foi destacado que a estratégia de negócios da Taurus é manter uma operação forte no Brasil, incluindo produção em larga escala, desenvolvimento de produtos, processos, materiais e equipamentos para dar suporte às operações fora do Brasil, como já é feito na Geórgia desde 2019 e em Haryana, na Índia, desde 2022.
Na ocasião, o governador da Geórgia observou que seu gabinete entraria em contato com parceiros na Casa Branca para compartilhar as preocupações da Taurus sobre as tarifas atuais e seu impacto nas operações da empresa. A Taurus, por sua vez, confirmou sua intenção de continuar investindo no Estado da Geórgia, assim que a atual disputa comercial entre o Brasil e os Estados Unidos for resolvida.
Durante a visita oficial ao Brasil, o governador Brian Kemp também participou de uma recepção empresarial, na noite de 26 de agosto na Residência Oficial dos EUA em São Paulo, em comemoração aos 30 anos de parceria comercial entre o Brasil e a Geórgia. O evento contou com a presença do Governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, representantes da Taurus, da Companhia Brasileira de Cartuchos (CBC) e de outros líderes empresariais.
Em um movimento que redefine sua trajetória global, a Taurus
International Manufacturing, subsidiária da gigante brasileira Taurus Armas
S.A., anunciou a aprovação oficial da pistola GX2 para comercialização no
estado da Califórnia. Esta conquista não é apenas uma vitória de mercado; ela
representa um selo de validação técnica e estratégica incomparável, abrindo um
novo e promissor capítulo para a empresa no mais desafiador e lucrativo mercado
de armas de fogo dos Estados Unidos.
A notícia, aguardada com grande expectativa, posiciona a
Taurus como uma das poucas fabricantes capazes de atender aos padrões mais
rigorosos do mundo, solidificando sua reputação de inovação e qualidade. Como a
empresa declarou em seu comunicado oficial: "A espera acabou,
Califórnia. A aclamada Taurus GX2, que já vem causando impacto em todo o país,
finalmente chega ao Estado Dourado."
Uma conquista estratégica em um mercado de alto valor Desde seu lançamento nacional em janeiro de 2025, a GX2
acumulava reconhecimento em todo o território americano. Agora, com a aprovação
californiana, a pistola desenvolvida com maestria em Bainbridge, Geórgia, ganha
acesso a um mercado com aproximadamente 39 milhões de consumidores, o que
representa cerca de 12% da população total dos Estados Unidos.
Esta expansão geográfica é, na verdade, uma profunda
validação técnica e regulatória. A entrada na Califórnia é um testemunho da
capacidade da Taurus de inovar e adaptar seus produtos para superar barreiras
regulatórias historicamente intransponíveis, estabelecendo um precedente para
futuras expansões em mercados igualmente exigentes.
Superando barreiras regulatórias históricas: o desafio
californiano A Califórnia é notoriamente conhecida por possuir algumas
das regulamentações mais restritivas dos Estados Unidos para armas de fogo. O
estado impõe critérios técnicos e de segurança rigorosos, que frequentemente
eliminam a entrada de produtos de fabricantes já estabelecidos. Para que uma
pistola seja comercializada, ela deve passar por testes de segurança
exaustivos, incorporar dispositivos de proteção específicos e, crucialmente,
ser incluída na "Roster of Handguns Certified for Sale" – uma lista
de modelos permitidos que é extremamente seletiva.
A aprovação californiana
funciona como um 'selo de qualidade' reconhecido nacionalmente, sinalizando
conformidade com os mais altos padrões de segurança e engenharia." A
superação desses obstáculos complexos demonstra não apenas a excelência da
engenharia da Taurus, mas também sua dedicação inabalável à segurança e
conformidade.
As especificações técnicas da GX2: o padrão de excelência
aprovado A versão californiana da GX2 mantém as características que a
tornaram uma favorita em todo o país, agora adaptadas meticulosamente às
exigências locais. Sua capacidade de conciliar características premium com um
design otimizado para o mercado de defesa pessoal é um diferencial notável.
Entre suas especificações técnicas aprovadas, destacam-se:
Calibre
9mm com capacidade para 10 cartuchos (com dois carregadores inclusos)
Sistema
striker-fired com trava de segurança integrada ao gatilho,
oferecendo agilidade e confiabilidade
Segurança
manual adicional, proporcionando maior tranquilidade aos usuários
Cano
Sharpshooter com engenharia de precisão, garantindo alta acurácia
Miras
steel dovetail compatíveis com padrões industriais, permitindo
personalização
Trilho
MIL-STD-1913 para acessórios táticos, ampliando a versatilidade
Estrutura
polímera ergonômica, que balanceia leveza, resistência e conforto no
manuseio
Antes de sua histórica estreia californiana, a GX2 passou
por testes extensivos em instalações de renome nacional, incluindo a lendária
academia Gunsite. A validação através de testes rigorosos aponta que
especialistas da indústria, mídia especializada e usuários finais confirmaram
sua "confiabilidade excepcional, design amigável e valor
incomparável." Essa validação independente fortalece a credibilidade da
marca em um mercado onde reputação e confiança são pilares para o sucesso
comercial.
Impacto no mercado e posicionamento competitivo
estratégico A aprovação da GX2 ocorre em um momento estratégico para o
mercado americano de armas de fogo. Dados da indústria apontam para um
crescimento sustentado na demanda por armas de defesa pessoal, com um aumento
significativo entre compradores de primeira arma e atiradores iniciantes. Este
segmento, que antes era predominantemente dominado por fabricantes americanos
estabelecidos, agora oferece oportunidades expressivas para empresas capazes de
oferecer qualidade superior a preços acessíveis.
O material promocional da empresa sublinha este ponto
crucial: "A GX2 prova que acessibilidade não significa compromisso. Com
características premium encontradas em modelos de preço mais elevado,
estabelece um novo padrão para armas de nível básico compatíveis com a
Califórnia." Esta declaração ressoa com o segmento entry-level em
expansão, que busca um equilíbrio perfeito entre desempenho e
custo-benefício.
Análise de mercado e tendências setoriais: um setor em
transformação O mercado americano de armas de fogo movimenta anualmente
mais de US$ 8 bilhões, impulsionado por fatores demográficos e sociais. Apesar
de suas restrições, a Califórnia sozinha representa aproximadamente 15% desse
mercado, tornando-se um território estratégico para qualquer fabricante com
ambições de crescimento sustentável.
As tendências recentes do setor são promissoras e a Taurus está bem
posicionada para capitalizá-las:
Crescimento
do segmento feminino: um aumento notável de 42% na participação de
mulheres como compradoras de armas nos últimos cinco anos.
Diversificação
demográfica: expansão do público consumidor entre grupos étnicos
tradicionalmente sub-representados.
Foco
em treinamento: uma demanda crescente por produtos adequados para o
desenvolvimento de habilidades de tiro.
Tecnologia
integrada: um interesse cada vez maior em acessórios e sistemas de
mira avançados.
O posicionamento estratégico da Taurus na Califórnia
é moldado para atender a essas tendências, oferecendo "Preço competitivo
adequado a orçamentos de iniciantes", "Facilidade de uso atrativa
para novos atiradores", "Versatilidade permitindo uso em defesa
pessoal, porte e treinamento" e "Compatibilidade com acessórios
facilitando personalização futura".
Implicações para acionistas e stakeholders: perspectivas
financeiras robustas Para os acionistas da Taurus Armas S.A., a aprovação
californiana da GX2 representa múltiplas oportunidades de criação de valor e um
reforço significativo na posição da empresa no mercado global. As perspectivas
financeiras são altamente positivas:
Receita
imediata: acesso a um mercado de alto valor com demanda já
estabelecida para produtos entry-level de qualidade.
Validação
de marca: fortalecimento da reputação internacional da Taurus, o que
facilitará futuras expansões e lançamentos de produtos em outros mercados
desafiadores.
Diversificação
geográfica: redução da dependência de mercados específicos através de
uma expansão estratégica em território vital.
Plataforma
de crescimento: uma base sólida para o desenvolvimento de variantes da
GX2 e de produtos complementares, maximizando o retorno sobre o
investimento em pesquisa e desenvolvimento.
Além disso, o impacto na competitividade global é
inegável. A conquista californiana demonstra a capacidade da Taurus de competir
eficazmente com fabricantes americanos e europeus, baseando-se em
"Engenharia de qualidade validada por testes independentes",
"Conformidade regulatória comprovada em mercado exigente",
"Eficiência operacional permitindo preços competitivos" e
"Inovação contínua em segurança e ergonomia".
Perspectivas futuras e estratégias de expansão: um
roadmap ambicioso A aprovação da GX2 na Califórnia não é um ponto final, mas
sim o ponto de partida para um ambicioso roadmap de crescimento de médio
e longo prazo para a Taurus.
Naturalmente, este caminho não estará isento de desafios
e oportunidades. A empresa precisará lidar com a resposta competitiva de
fabricantes estabelecidos, a manutenção da qualidade com o aumento de escala, a
adaptação a possíveis mudanças regulatórias e a construção contínua de marca em
um mercado saturado. Contudo, as oportunidades estratégicas superam os
desafios, incluindo o crescimento do mercado de defesa pessoal, a demanda por
produtos de qualidade e preço acessível, a expansão demográfica do público
atirador e a integração com tecnologias emergentes.
Reação do mercado e análise de especialistas: um sinal de
força internacional A recepção da indústria, a reação do mercado e
análise de especialistas confirmam a magnitude desta aprovação.
Especialistas do setor destacam a significância
desta conquista para empresas não-americanas: "A entrada da Taurus na
Califórnia demonstra que fabricantes internacionais podem competir efetivamente
no mercado doméstico americano quando focam em qualidade, conformidade e
valor," analisa uma fonte próxima à indústria.
Esta vitória é vista como uma validação da estratégia da
Taurus de investir em instalações americanas, permitindo maior proximidade com
reguladores e consumidores finais. O impacto na concorrência já é
sentido, com a expectativa de que fabricantes estabelecidos respondam com
ajustes de preço, aceleração no desenvolvimento de produtos similares,
intensificação de campanhas de marketing e fortalecimento de parcerias com
distribuidores. A Taurus, ao invés de apenas reagir, está moldando ativamente o
cenário competitivo.
Marco estratégico para o futuro: qualidade comprovada e
acessibilidade A aprovação da Taurus GX2 na Califórnia transcende uma
simples expansão de mercado; ela representa um Marco estratégico para o
futuro que valida de forma inequívoca a capacidade da empresa brasileira de
competir e vencer nos mercados internacionais mais exigentes. Para acionistas,
a conquista sinaliza um potencial de crescimento sustentável, alicerçado em
fundamentos sólidos de engenharia, qualidade e uma rigorosa conformidade
regulatória.
O sucesso californiano estabelece um precedente vital para
futuras expansões, demonstrando que a combinação de inovação técnica,
eficiência operacional e um foco inabalável no cliente pode superar as
barreiras tradicionais de entrada em mercados maduros.
Com a GX2 agora disponível em todo o território americano, a
Taurus está perfeitamente posicionada para capitalizar as tendências de
crescimento do setor, consolidando sua presença como uma alternativa crível e
acessível no competitivo mercado de defesa pessoal.
Para entusiastas e
profissionais do setor, a chegada da GX2 à Califórnia representa uma nova opção
de qualidade comprovada, combinando características premium com um preço
acessível – exatamente o que o mercado entry-level demandava e agora tem
à sua disposição. A Taurus não está apenas vendendo uma arma; está construindo
um legado de excelência e acessibilidade em escala global.
Empresa brasileira do setor de defesa reage a imposto de 50% com estoques antecipados, transferência de produção, lobby intensivo e otimismo para resultados
positivos em 2025
*LRCA Defense Consulting - 13/08/2025
Em um cenário econômico global marcado por incertezas e uma recente escalada de tensões comerciais, a Taurus Armas S.A. se encontra no olho do furacão de um "tarifaço" imposto pelos Estados Unidos sobre produtos brasileiros. Contudo, a companhia, que já havia surpreendido o mercado com resultados sólidos no segundo trimestre de 2025, reage com uma combinação de agilidade operacional e uma ofensiva estratégica de múltiplas frentes, buscando proteger sua competitividade e rentabilidade no principal mercado mundial de armas.
No 2T25, a Taurus registrou um lucro líquido de R$ 33,2 milhões e, mais notavelmente, uma margem bruta de 38,0% – o melhor patamar desde 2023. Isso ocorreu mesmo sob o impacto inicial de uma tarifa de 10% já em vigor nos EUA e um "pênalti" cambial do dólar, que teve uma queda de 13% em relação ao trimestre anterior. Para Salésio Nuhs, CEO Global da Taurus, o resultado demonstra uma "resiliência operacional muito grande", com a empresa mostrando capacidade de se adaptar "rapidamente a situações novas e até situações adversas".
Segundo Marco Saravalle, analista principal e CEO da MSX Invest, um dos destaques foi o forte crescimento de vendas nas três geografias: EUA +10,2%, Brasil
+100% e ROW +85%, com a estratégia de diversificação geográfica
mostrando mais uma vez sua assertividade. "Os resultados da Taurus no 2º trimestre de 2025 vieram acima das expectativas, reforçando a consistência operacional da companhia mesmo em um ambiente global de incertezas e volatilidade", afirmou Saravalle.
A luta contra os 50%: estoques, fábrica e diplomacia A partir de 6 de agosto, a entrada em vigor de uma tarifa de 50% sobre produtos brasileiros nos EUA representa um "impacto severo" para a Taurus, dado que o mercado norte-americano responde por cerca de 77% da receita do segmento de armas e acessórios da empresa. Em resposta, a companhia acionou um plano de guerra de cinco frentes.
A primeira delas foi o reforço preventivo de estoques nos EUA. "Quando começou a se falar de taxação lá em abril, a gente imediatamente decidiu por transferir estoque para os Estados Unidos", revelou Salésio Nuhs na conferência de resultados que fez hoje, juntamente com o CFO Sérgio Sgrillo, no canal MSX Invest no YouTube, com Marco Saravalle. Essa manobra resultou em um estoque estratégico de cerca de 300 mil armas, avaliadas em aproximadamente US$ 90 milhões, importadas antes da nova tarifa, além de mais de 5 mil carregadores/dia enviados para reforçar a capacidade de montagem local.
A segunda frente envolve uma reestruturação produtiva sem precedentes. A Taurus está transferindo parte da linha de montagem da popular "família G" para sua fábrica nos EUA. A partir de setembro, a unidade americana terá capacidade para montar cerca de 900 armas/dia dessa linha, de um total de 2.100 armas/dia destinadas ao mercado americano. "Nós vamos mandar as peças para os Estados Unidos não montadas... para minimizar o efeito da taxa nas peças", explica Salésio, indicando uma mudança estratégica de exportar produtos acabados para kits de montagem.
Financeiramente, a empresa também age com proatividade. Houve uma redução nos preços de transferência de armas do Brasil para a operação nos EUA, buscando mitigar a incidência da tarifa sobre as margens. No Brasil, o foco é a geração de caixa através da liberação de créditos de ICMS junto ao governo do Rio Grande do Sul e a modificação de benefícios fiscais. Sérgio Sgrillo, CFO da Taurus, destaca que a "grande questão agora... é caixa", e que a dívida nos EUA, apesar de um pequeno aumento, é "barata" (cerca de 6,5%-6,8% ao ano), sendo utilizada para financiar o estoque estratégico.
Por fim, a mais visível das frentes é o lobby diplomático intensivo. A Taurus, ciente de sua relevância (é a maior exportadora do RS para os EUA e empresa estratégica de defesa para o Brasil), tem mantido contato com altas autoridades. Reuniões com o Vice-Presidente da República do Brasil, governadores estaduais (inclusive o da Geórgia, onde a Taurus tem fábrica, que virá ao Brasil para discutir o tema), Embaixada dos EUA e equipe da Vice-Presidência dos EUA mostram a força da articulação. Salésio Nuhs se permite um otimismo pessoal, acreditando que "dificilmente as taxas ficarão em 50%", argumentando o interesse americano no produto da Taurus e na Segunda Emenda.
Mercados: o Brasil reage, o mundo abre portas Enquanto o desafio americano domina a pauta, a Taurus observa sinais promissores em outros mercados. O mercado brasileiro, embora ainda estagnado pela regulamentação, apresenta uma "expectativa de melhora" para o segundo semestre. A transferência do controle dos CACs (Caçadores, Atiradores, Colecionadores) do Exército para a Polícia Federal é vista com otimismo pela gestão, que projeta uma maior agilidade nas autorizações (promessa de 11 dias). Essa mudança pode destravar uma "demanda reprimida".
Além disso, a Taurus consolidou sua distribuição direta para lojistas no Brasil a partir de fevereiro/março, movimento que "aumenta muito a nossa margem" e permite uma interação mais próxima com o consumidor, otimizando o mercado nacional de "melhores margens".
No cenário internacional (ROW), a empresa registrou um crescimento de 18,2% nas exportações para 26 mil unidades no 2T25. Há uma "retomada das licitações do mundo", com 150 mil armas mapeadas em potencial em diversas regiões como América Latina, África, Ásia e Oriente Médio. Na Índia, apesar de ter ficado em terceiro lugar em uma grande concorrência, a Taurus participa de outras licitações com potencial de venda de 34 mil unidades, avaliadas em US$ 27 milhões. A inovação também impulsiona resultados, com 26,5% da receita líquida do 2T25 vindo de novos produtos, como a bem-sucedida pistola GX2.
Perspectivas e o jogo de xadrez da Taurus Apesar do aumento da dívida líquida (R$ 607,8 milhões) e da alavancagem (Dívida Líquida/EBITDA de 3,23x), devido ao financiamento dos estoques nos EUA (muito mais barato que o tarifaço), o CFO Sérgio Sgrillo considera a estrutura de capital segura, esperando uma redução da dívida com a venda dos estoques nos EUA. A empresa mantém a disciplina financeira e o foco no investimento em tecnologia.
A Taurus se autodenomina uma empresa "ágil" e que "toma decisões sempre antecipadas". Assim foi quando da pandemia, em se tornou a maior vendedora de armas leves do mundo, e assim está sendo agora, pois desde abril a companhia já vinha tomando medidas (aumento de estoques nos EUA e planejamento prévio da então possível transferência da Linha G para este país) para mitigar o tarifaço que poderia vir. A complexidade do cenário atual exige um "jogo de xadrez" inteligente, proativo e constante, mas a gestão expressa total confiança na empresa.
Para Salesio Nuhs, "mesmo que a taxa de cinquenta por cento aconteça... a companhia vai continuar uma companhia que o resultado é positivo no cenário que a gente desenhou".
A capacidade da Taurus de transformar desafios em oportunidades (antifragilidade), aliada à sua visão estratégica e à execução disciplinada, será o fator determinante para seu sucesso em 2025 e nos anos seguintes, consolidando seu papel como um player global em um setor de alta sensibilidade política e econômica.
Nesta quarta-feira (06), data em que entra em vigor a tarifa de 50% imposta pelos Estados Unidos sobre produtos brasileiros, o CEO Global da Taurus, Salesio Nuhs, recebeu a visita institucional de autoridades gaúchas. Estiveram presentes o prefeito de São Leopoldo, Heliomar Franco; a primeira-dama, Simone Dutra; o deputado estadual Rodrigo Zucco; Leonardo Hoff, chefe de gabinete da bancada do Republicanos na Assembleia Legislativa; e Nataniel Corrêa, chefe de gabinete do prefeito.
Salesio informou que, apesar dos esforços empreendidos nas esferas federal e estadual, a medida tarifária foi implementada, limitando alternativas à indústria nacional. Como estratégia, a Taurus já iniciou o processo de transferência de parte de sua linha de montagem para os Estados Unidos — especificamente a linha G — que está prevista para operar em setembro, com projeção de 900 pistolas por dia, escalando para 1.100 em outubro e
1.330 em novembro — enquanto a produção em São Leopoldo atualmente chega
a 2.100 unidades diárias.
Durante o encontro, o prefeito Heliomar Franco reiterou seu apoio à empresa, colocando-se, mais uma vez, à disposição para contribuir com o fortalecimento da Taurus.
Impactos na produção, nos empregos e na arrecadação local A mudança pode reduzir o faturamento da planta gaúcha em pelo menos 30%, o que implica menor retorno de ICMS ao município. Além disso, a empresa já anunciou que demissões são prováveis nessa operação, embora ainda não tenha definido números. Antes disso, poderá haver adoção de férias coletivas, além da suspensão do reajuste salarial devido à impossibilidade de compensação futura.
Exportação de peças e plano estratégico Apesar da mudança na linha final de montagem, a Taurus continuará exportando partes das pistolas — o que, segundo o CEO, significa pagar taxas sobre frações da arma em vez da peça inteira, prática considerada mais vantajosa se comparada à tributação de 50% sobre o produto completo. Além disso, a empresa já vinha adotando medidas preventivas, como a formação de estoques nos EUA desde abril, capazes de suprir o mercado norte-americano pelos próximos 90 dias.
Negociações institucionais e fiscais em curso A Taurus tem se mobilizado em várias frentes: solicitou ao governo do Rio Grande do Sul a liberação antecipada de créditos de ICMS visando melhorar seu fluxo de caixa em momento crítico. Paralelamente, representantes da empresa já se reuniram com autoridades estaduais, federais e da embaixada americana para discutir possíveis isenções e ajustes fiscais
Reposicionamento significativo A fábrica de São Leopoldo emprega cerca de 2.700 pessoas diretamente, além de gerar impacto para aproximadamente 15 mil postos de trabalho indiretos no RS. A transferência da linha de montagem representa uma mudança estratégica drástica, que visa preservar a competitividade no maior mercado consumidor da marca.
Embora a empresa afirme que “não sairá do Brasil”, a ampliada operação nos EUA e a retração da produção doméstica indicam um reposicionamento significativo de parte da operação industrial da Taurus no exterior. *Com informações da Taurus Armas e do jornal ABC Mais.
A Taurus Armas S.A. comunicou oficialmente, por meio de Fato Relevante divulgado nesta quinta-feira (31), o encerramento das negociações com a empresa Scopa Military Industries (anteriormente Scopa Defense Trading) para a criação de uma joint venture na Arábia Saudita. O projeto previa a fabricação local de armamentos da Taurus com comercialização em toda a região do Conselho de Cooperação do Golfo (GCC), que inclui Arábia Saudita, Bahrein, Catar, Emirados Árabes Unidos, Kuwait e Omã.
A proposta estava em avaliação desde julho de 2023, quando foi assinado um Memorando de Entendimentos (MoU) não vinculante entre as partes. No entanto, conforme ressaltado pela companhia, a continuidade da parceria estava condicionada à viabilidade técnica, comercial e estratégica do projeto, além da formalização de um compromisso mínimo de compras por parte do governo saudita – condição que não foi atendida.
Diante disso, a Taurus optou por encerrar as tratativas. Em nota, a empresa informou que o fim das negociações não acarretará qualquer impacto nas suas operações atuais e que segue atenta a novas oportunidades comerciais na região do Golfo, desde que em cenários mais favoráveis.
A Taurus Armas esclareceu que não é verdadeira a informação publicada pelo portal G1 em 12.jul.2025 e replicada por outros canais de notícias de que a Secretaria de Segurança Pública de São Paulo aplicou multa à Taurus. Trata-se de sanção aplicada pelo Centro de Material Bélico da Polícia Militar do Estado em processo administrativo que foi iniciado no ano de 2016.
Desde então, já houve outras penalidades aplicadas nesse mesmo processo, todas anuladas pela Justiça de São Paulo ou pela própria Polícia Militar, por sua instância superior.
Também não é verdadeira a informação de que a Taurus esteja proibida de participar de licitações do governo de São Paulo desde julho de 2020.
Fato é que a Polícia Militar tem sistematicamente violado garantias processuais da empresa nesse processo, que infelizmente não tem um fim e tem sido utilizado para prejudicar a imagem da Taurus.
Conforme a Taurus divulgou em Comunicado ao Mercado:
(i) o processo administrativo é relativo a sucessivos contratos de fornecimento de pistolas assinados com o Estado de São Paulo nos anos de 2007, 2008, 2009, 2010 e 2011. Não foram comercializadas pela atual gestão e se referem a modelos de armas que não são mais fabricados ou comercializados;
(ii) a Companhia cumpriu integralmente esses contratos administrativos, fornecendo as pistolas nas especificações contratadas e cumprindo todas as suas obrigações correlatas de garantia e assistência técnicas;
(iii) não há evidências técnicas ou fundamentos jurídicos que permitam a penalização da Companhia, que tomará todas as medidas administrativas e judiciais cabíveis para reversão da penalidade aplicada;
(iv) há decisões e pareceres judiciais e administrativos que determinaram a anulação das penalidades proferidas em decisão administrativa anterior, para que fossem tomadas as providências para realização de perícia técnica, com a participação da empresa, o que novamente não aconteceu;
(v) a suspensão do direito de contratar com a administração, se vier a ser confirmada, deve ser restrita à PMESP, não afetando contratações com outros órgãos e Estados; e
(vi) a decisão administrativa não produzirá efeitos imediatos, uma vez que está sujeita a recurso, com efeito suspensivo.
Ilação de matéria do G1 não é verdadeira Ainda sobre a matéria publicada no portal G1 em 12/07/2025, a Taurus esclarece que também não é verdadeira a ilação da reportagem sobre a ocorrência de defeito no armamento mencionado no início do vídeo do programa Fantástico de 2017 veiculado junto com a notícia. A ação judicial relativa ao episódio que alegava supostos defeitos de fabricação de uma submetralhadora Taurus foi julgada totalmente improcedente pelo Poder Judiciário do Estado de Alagoas. A sentença se baseou no laudo pericial elaborado pelo Instituto de Criminalística que concluiu pela ausência de qualquer defeito de fabricação no equipamento. A sentença foi confirmada de forma unânime pelo Tribunal de Justiça do Estado de Alagoas e é definitiva.
Desde 2015, quando ocorreu a mudança do controle acionário, a Taurus e seus administradores vem seguindo os mais rígidos e estritos padrões de controle e qualidade dos seus produtos.
A Taurus, respeitando seu compromisso com a transparência, manterá seus investidores e o mercado em geral informado de eventual desdobramento do processo administrativo, naquilo que lhe for de sua responsabilidade, através de seus canais de comunicação.
Dependendo de sua extensão, a provável parceria estratégica entre as duas gigantes de armamento leve poderá se constituir em um movimento disruptivo no mercado de armamento leve.
*LRCA Defense Consulting - 16/05/2025
A Taurus Armas S.A. recebeu, nesta quinta-feira (15), a visita de altos dirigentes da CZ (Česká zbrojovka), conceituada fábrica de armamentos da República Tcheca integrante do Colt CZ Group SE.
O Colt CZ Group SE, juntamente com suas subsidiárias, é um das principais fabricantes mundiais de armas de fogo, acessórios táticos e munições para uso militar e policial, defesa pessoal, caça, tiro esportivo e outros usos comerciais. Seus produtos são comercializados e vendidos principalmente sob as marcas Colt, CZ (Česká zbrojovka), Sellier & Bellot, Colt Canada, Dan Wesson, swissAA, Spuhr e 4M SYSTEMS.
Em meados de 2024, a multinacional brasileira CBC Global Ammunition, controladora da Taurus
Armas S.A., tornou-se acionista do Colt CZ Group SE com uma participação de
aproximadamente 27%, com um seu representante assumindo um lugar no
conselho de supervisão do grupo tcheco. Com a aquisição, a CBC passou a ser o seu segundo maior acionista, atrás apenas do grupo controlador, e marcou seu ingresso definitivo na produção de armamento leve no mundo.
Na visita à Taurus, participaram os executivos: - Jan Zajíc – CEO - Libor Láznička – COO - Ivan Barančík – Diretor de Desenvolvimento de Investimentos - David Doležálek – Gerente Sênior CCO
A delegação foi recepcionada por Salesio Nuhs, CEO Global da Taurus, acompanhado pelos diretores: - Sergio Sgrillo – CFO - Leonardo Sesti – Diretor do CITE (Centro Integrado de Engenharia Brasil e Estados Unidos) - Eduardo Minghelli – Diretor de Novos Negócios e Supply Chain - Jayme Peixoto – Diretor Industrial - Henrique Gomes – Diretor da Divisão Militar e de Exportação
A visita incluiu a Taurus Shooting Academy, que será inaugurada em breve, com espaço exclusivo para treinamento, prática de tiro, além de testes e avaliações de produtos.
Como é possível constatar, os principais executivos de ambas as empresas estiveram presentes, o que dá a medida da importância do encontro.
No dia 26 de junho de 2024, o CEO Global da Taurus, Salesio Nuhs, visitou a COLT
CZ em West Hartford - EUA, e foi recebido por Dennis Velleux, CEO da
Colt CZ Group North America. Acompanhados de suas equipes de
engenharia de produtos, processos e logística, discutiram sobre as
sinergias e estratégias para ambas as companhias, buscando o
fortalecimento das marcas Colt CZ e Taurus, a curto, médio e longo
prazo. Este encontro foi uma retribuição à visita da Colt CZ realizada à Taurus no Brasil, em abril do mesmo ano.
Taurus: hub de peças para unidades produtivas no mundo Somente
duas fábricas de armas tem a tecnologia M.I.M. no mundo, e a Taurus é a única no Hemisfério Sul.
Em uma arma, estão presentes cerca de
14 peças de M.I.M. e a empresa, hoje, fabrica mais de 110 mil dessas peças
por dia. A unidade fabril de São
Leopoldo (RS) é a responsável pela fabricação e distribuição de peças M.I.M. para todas as
unidades produtivas (Brasil, EUA, Índia e, provavelmente, Arábia Saudita e Turquia).
Como
a CBC, controladora da Taurus Armas S.A., adquiriu cerca de 27% do
Grupo Colt CZ, a alta direção da Taurus já visitou a sededa Colt CZ, nos Estados Unidos, enquanto que a equipe da Colt CZ, por
sua vez, esteve em visita à Taurus, em São Leopoldo. Durante essas
visitas, foram encontradas importantes sinergias entre as
duas empresas, que devem potencializar a produção da Taurus.
A
primeira delas se transformará em um novo e promissor negócio para a
multinacional gaúcha, representado pela produção de peças M.I.M. e de
peças usinadas por processo robótico (Taurus 4.0) para uso em armas
produzidas pelo Grupo Colt CZ em várias partes do mundo.
Tal
necessidade da Colt CZ, segundo informações do mercado, é devida ao
fato de a empresa não estar conseguindo atender seus clientes por estar
lotada de pedidos e não ter como aumentar a produção. Nos últimos anos,
cresceu muito e precisa de mais unidades produtivas. Como o Brasil tem
mão de obra muito especializada, mas barata (em relação aos EUA e à
Europa), e fartura de matéria prima de excelente qualidade, uma parceria
com a "sócia" Taurus, empresa de alta tecnologia e reconhecida
qualidade, é a melhor solução para esse problema.
Além disso, a empresa
quer recuperar o prestígio da marca Colt, a mais icônica dos EUA, que
estagnou antes de ser adquirida pela CZ.
A visita havida no dia 15 de maio, diferentemente da anterior (que trouxe os executivos da Colt CZ - EUA), envolveu agora a alta direção da CZ da República Tcheca, sem que fossem divulgados os assuntos tratados, o que leva a considerar que estes podem ser relativos ao fornecimento de peças MIM para todo o Grupo (ou para unidades específicas) e/ou a uma parceria entre as duas empresas.
Taurus, CBC e Colt CZ: uma nova gigante mundial de armamento leve? A Taurus - maior vendedora de armas
leves do mundo - é a quarta marca mais vendida nos EUA, sendo a
primeira em revólveres e a quinta em pistolas, além de ser a marca mais
importada no país. No entanto, mesmo após os laçamentos tecnológicos da
família de pistolas GX4, da GX2 e de revólveres também de alta qualidade, ainda
briga diariamente para se livrar da pecha de produzir "armas de
entrada".
Uma parceria estratégica com a Colt
CZ levaria a uma consequente associação das marcas Taurus & Colt,
tanto no sentido prático como no psicológico. Em termos de Estados
Unidos - maior mercado mundial para armas leves - a multinacional
brasileira estaria fazendo um belíssimo "gol de bicicleta no ângulo",
tal é a tradição, o respeito e o conceito que a marca Colt goza no país
(e no mundo), sem falar nas também reconhecidas qualidade e excelência
dos produtos CZ.
Além disso, a Taurus, com essa parceria,
teria sua cobiçada porta de entrada no multimilionário mercado americano de Law
Enforcement, haja
vista que o Grupo Colt CZ, e a Colt em especial, é um parceiro de
primeiríssima linha pela participação histórica que já tem nesse
mercado.
Embora não se espere uma fusão, no sentido estrito do termo, uma provável parceria estratégica entre as duas gigantes de armamento leve, caso se desenvolva para além da produção de peças MIM para o Colt CZ Group, poderá se constituir em um movimento tão disruptivo que teria força suficiente para remodelar o atual cenário que
rege a produção e venda de armamento leve no mundo capitalista e, em
particular, nos Estados Unidos.
O grande destaque da LAAD 2025 foi o Taurus TAS – Tactical Air Soldier, um projeto inédito no cenário mundial. Trata-se de um drone equipado com armamento tático e tecnologias de última geração, desenvolvido para ampliar significativamente as capacidades operacionais em missões policiais e militares.
O equipamento conta com tecnologias de ponta, incluindo um módulo que conecta a arma ao drone, o fire control system,
com câmera 4K estabilizada em 3 eixos, rádio controle com transmissão
em tempo real das imagens captadas, sensor de distância para navegação
precisa, apontador a laser, mecanismo de movimentação horizontal e
vertical e inteligência artificial embarcada para identificação de
alvos, entre outros recursos.
Com esse conjunto de tecnologias, o
Taurus TAS poderá, em determinadas situações, substituir o uso de
helicópteros em ações de progressão, reduzindo o risco às equipes em
solo, eliminando o risco à equipe aérea e minimizando danos materiais em
casos de alvejamento ou quedas do equipamento. Ao operar acima do solo,
oferece não apenas cobertura tática, mas também uma presença constante,
funcionando como um verdadeiro suporte aéreo em tempo real.
O
TAS será disponibilizado em um duas versões: uma armada com a
Submetralhadora RPC em calibre 9x19mm, voltada para o mercado policial, e
outra, voltada para operações militares, será armada com um modelo do
fuzil T4, em calibe 5,56mm, ou do T10, em calibre 7,62mm.
Após divulgar os números de seus balanços do 4º trimestre de 2024 e do ano passado, a Taurus Armas evidenciou que, mesmo diante de um desafiador mercado nacional, a empresa conseguiu mostrar resiliência e solidez, gerando uma rentabilidade muito boa, especialmente no último trimestre do ano, e uma excelente margem bruta de 36%, superior à Ruger e à Smith & Wesson, seus concorrentes diretos no Estados Unidos, onde vende mais de 82% de seus produtos. Assim, no resumo desse período, a empresa cortou despesas e potencializou receitas, como pretende continuar fazendo em 2025.
Dividendos e Bonificação A Taurus deverá distribuir 35% do lucro líquido ajustado de 2024 a seus acionistas, conforme prevê o seu Estatuto.
No Programa de Recompra de Ações, encerrado em 2024 e retomado agora em nova edição, as
ações adquiridas estão em tesouraria, ou seja, não geram direito a
dividendos ou bonificação.
Em AGE a ser realizada em 29 de abril, a empresa irá "deliberar sobre a proposta de aumento do capital social mediante a capitalização de parte do saldo da conta de Reserva Estatutária (prevista no art. 41 do Estatuto Social), no montante de R$ 100.000.000,00 (cem milhões de reais), com emissão de novas ações, a serem bonificadas aos acionistas nos termos da proposta da administração". Ou seja, além dos dividendos estatutários, os acionistas também deverão uma bonificação em ações.
Mercado militar de armas mais pesadas - um passo estratégico O mercado militar mundial de armas mais pesadas tem altíssimo potencial e poucas empresas concorrentes, estimando-se que vá gerar cerca de US$71,5 bilhões até 2032.
Frente a isso, a Taurus, depois de planejar por dois anos, decidiu dar um passo estratégico e decisivo para galgar um outro patamar, desenvolvendo um novo portfólio, chamado de TAURUS MILITARY PRODUCTS, que reúne metralhadoras leves e pesadas, bem como drones de combate e um lançador de granadas, visando disputar cerca de 40% desse mercado, ou algo em torno de US$28,6 bilhões. As armas militares atuais já em seu portfólio disputam em torno de outros 30% desse mercado.
Assim, a multinacional brasileira, maior vendedora de armas leves do mundo, passará a contar com metralhadoras leves e pesadas nos calibres 5,56mm e 7,62mm, nos quais já tem expertise, e também no calibre .50, que está sendo desenvolvido. Além disso, um revolucionário drone armado para operações militares e policiais também passará a ser disponibilizado ao mercado mundial, produzido em parceria com uma empresa brasileira que já possui expertise no ramo, sendo que a estação de tiro é Taurus.
Ao fim, a Taurus será a única empresa no mundo a fabricar armas do calibre .22 LR ao .50 BMG.
M&A com empresa turca Mertsav e nova diretoria Para abreviar a velocidade do projeto do novo portfólio e o ingresso no mercado mundial, a Taurus firmou hoje um MoU (Memorando de Entendimento) com a empresa turcaMertsav Savunma Sistemleri que já tem forte presença no mercado militar de armas leves e de mais pesadas. Após a assinatura, será realizada uma due diligence para definir se adquirirá (ou não) toda ou parte da empresa, mas com o controle. Caso tudo dê certo, como se espera, a Taurus Turquia será a quarta unidade produtiva da empresa no mundo (Brasil, EUA, Índia, e Turquia).
Considerando a importância estratégica do projeto, a Taurus criou uma nova diretoria, recrutando um experiente profissional de mercado, um brasileiro que morou 20 anos em Israel, que ficará responsável pela área mundial e pela exportação desses produtos.
Segundo a Taurus, há mais de 50 países em conflito no mundo atualmente, o que gera uma demanda enorme por produtos militares, estimando-se que, somente a reposição deles levaria ainda 10 anos, se todos os conflitos cessassem hoje.
Além de abreviar em muito o seu tempo de ingresso no mercado militar, a
eventual aquisição da Mertsav também abrirá à Taurus novos mercados no
Oriente Médio e em outras regiões para onde aquela empresa direciona
suas vendas.
A empresa está convicta do sucesso de sua nova iniciativa, haja vista que foi muito bem maturada e planejada, inclusive com a aquisição de máquinas apropriadas (marteladora etc.). Além disso, todos os seu projetos levados a cabo nos últimos seis anos conquistaram pleno sucesso. E este será o grande passo estratégico para os próximos cinco anos.
Sem dúvida, um grande trabalho do CEO Global, Salésio Nuhs, e de sua dinâmica equipe de executivos.
Acordo com a Mertsav Por meio de Fato Relevante, a Taurus informou hoje aos seus acionistas e ao mercado que, após autorização do Conselho de Administração, celebrou nesta data Memorando de Entendimentos (MoU) não vinculante, para possível operação de aquisição do controle societário da empresa MERTSAV, localizada na Turquia.
A empresa MERTSAV possui mais de 20 anos de experiência no setor de defesa e foi fornecedora durante muitos anos da indústria estatal turca que fornecia produtos militares às Forças Armadas desse país. Atualmente, possui três unidades de produção nas cidades de Istambul e na Área Industrial de Defesa de Kırıkkale, na Turquia.
A MERTSAV possui um amplo portfólio de produtos militares com as mais recentes tecnologias, incluindo fuzis de infantaria e de precisão, lançadores de granadas, submetralhadoras e metralhadoras leves e pesadas, abastecendo os mercados doméstico e internacional. Seus sistemas de armas são projetados para atender às
necessidades operacionais de unidades militares e policiais.
MoU com a Mertsav na LAAD 2025
Segundo seu site na Internet, a Mertsav tem como objetivo fornecer as
soluções de defesa mais eficazes para campos de combate modernos,
combinando engenharia inovadora e sistemas de armas de alto desempenho.
Com seus designs fortes e duráveis, as armas de fogo da Mertsav oferecem
alta precisão, confiabilidade e durabilidade nas condições mais
desafiadoras.
Ao longo de mais de 20 anos, a MERTSAV produziu os
principais componentes de armas como MG-3, G-3, MP-5, HK-33, MPT-76,
MPT-55, Bora-12, além de lançadores de granadas, fuzis de gás e
equipamentos para desativação de explosivos, com alta qualidade e em
grande escala. Essa expertise fez da empresa um dos mais importantes
fornecedores da MKEK (Corporação de Máquinas e Indústrias Químicas), das
Forças Armadas da Turquia (TSK) e da Direção Geral de Segurança (EGM).
A transação entre a Taurus e a Mertsav está sujeita à celebração dos documentos definitivos, bem como à realização, pela Taurus, de diligência legal, contábil e financeira. As partes terão prazo até 31 de julho de 2025, renovável por mais dois meses, para concluir os estudos de viabilidade para a possível aquisição.
A celebração desse MoU é um passo estratégico muito importante e agilizará a entrada da Taurus no segmento militar. O mercado de armas mundial movimentou mais de U$ 41 bilhões de dólares americanos no ano de 2023 e possui potencial para atingir o valor de U$ 71,5 bilhões de dólares americanos até o ano de 2032, o segmento militar corresponde atualmente a 39% do mercado total de armas leves do mundo, mercado esse que a Taurus vinha pesquisando nos últimos anos.
Esta aquisição, caso efetivada, reduzirá em vários anos o tempo para desenvolvimento destes produtos e permitirá um salto no patamar do portfólio de produtos da empresa, complementando sua linha de armas leves e tornando a empresa muito mais competitiva neste segmento.
Ative as legendas em português
Índia e Arábia Saudita Na Índia, foram vendidas mais de 5.000 armas para o mercado civil em 2024, com a Taurus detendo cerca de 50% do mercado local, onde também está lançando novos produtos. Em janeiro, foi lançado um revólver; em junho, lançará uma pistola .380 nas versões metálica e polímero; e em setembro, lançará uma pistola .45.
Na megalicitação de 425.000 fuzis, o fuzil T4 da Taurus passou plenamente em todos os longos e extenuantes testes requeridos. O resultado final será divulgado em quatro a seis semanas.
A empresa está participando ainda de 14 licitações para as forças militares e policiais do país.
Com relação a uma possível joint venture na Arábia Saudita com produção local, a empresa já concluiu o Plano de Negócios, que está agora nesse país, aguardando apenas a análise e a decisão final. No documento consta a necessidade de o governo saudita garantir a compra de um volume mínimo de produtos para que o negócio possa ser viabilizado de maneira rentável.
Taurus Military Products O pioneirismo está entre as características que levaram a Taurus a ocupar um lugar de destaque na indústria mundial. Por meio do Centro Integrado de Tecnologia e Engenharia Brasil / Estados Unidos (CITE), que reúne mais de 250 engenheiros, a empresa se dedica à busca das soluções tecnológicas mais avançadas, tendo já conquistado 40 prêmios internacionais e 46 patentes, tanto no Brasil quanto no exterior. A empresa segue desenvolvendo projetos pioneiros contemplando novo ciclo tecnológico de materiais inéditos utilizados na fabricação de armamentos, adicionando ao seu portfólio equipamentos cada vez mais leves, resistentes e eficazes.
A partir da LAAD 2025, maior feira do setor da América Latina, com lançamentos e desenvolvimentos disruptivos voltados aos mercados policial e militar, a empresa dá um passo decisivo em sua estratégia de internacionalização e diversificação de portfólio. Os novos produtos, especialmente no segmento de maiores calibres, marcam o início de uma nova fase, onde a empresa deixa de ser reconhecida apenas como líder em armas leves para se consolidar como uma referência global em soluções completas de defesa.
Conheça, a seguir, os novos produtos que compõe o portfólio TAURUS MILITARY PRODUCTS, apresentados em primeira mão na LAAD 2025, além de toda a linha de revólveres, pistolas, armas táticas e supressores que estará em exposição.
Estão sendo também apresentadas na LAAD armas táticas com novas opções de tamanho de cano: T10 (.308 Win / 7,62x51mm) com cano de 16” e T9 (9x19mm) com canos de 5,5” ou 11”.
Metralhadoras Leves 5,56 e 7,62 e Metralhadora Pesada .50 BMG Outro
projeto de grande relevância é a nova linha de armamentos de maior
calibre, marcando um avanço significativo no portfólio da empresa
voltado ao segmento militar. Entre os destaques em desenvolvimento estão
as metralhadoras leves nos calibres 5,56x45mm e 7,62x51mm, e a
metralhadora pesada em calibre .50 BMG. Esses novos produtos reforçam a
entrada definitiva da empresa em uma categoria de armamentos mais
pesados e evidenciam o seu compromisso com a soberania nacional e com o
fortalecimento das Forças Armadas e instituições de Segurança Pública.
Caso
seja efetivada a aquisição da Mertsav, o processo de desenvolvimento
das metralhadoras leves e pesadas será abreviado drasticamente, haja
vista que a empresa turca possui reconhecida expertise nesses tipos de
armas.
Metralhadora pesada em calibre .50 BMG
TX9: a evolução da performance em qualquer missão A inovadora pistola TX9, plataforma completamente modular em calibre 9x19mm com três tamanhos - subcompacta, compacta e full size (serviço) - foi desenvolvida sob rigoroso protocolo militar para utilização sob condições extremas. Com mecanismo Striker-Fire, assegura pronto emprego. Conta com trilho Picatinny para instalação de acessórios, backstraps intercambiáveis para ajuste de empunhadura, teclas totalmente ambidestras, retém do carregador reversível, sistema T.O.R.O. (Taurus Optic Ready Option) pronto para receber miras ópticas e opcional de mira Tritium.
Submetralhadora RPC: a mais leve, compacta e com maior capacidade A Submetralhadora RPC em calibre 9x19mm, a mais compacta, mais leve e com maior capacidade da categoria, também foi desenvolvida sob protocolo militar. Ergonômica e totalmente ambidestra, possui carregador de 32 disparos e - em mais um pioneirismo mundial da Taurus - não possui nenhum parafuso na parte estrutural da arma. Seu sistema de blowback com retardo de abertura utilizando solução com roletes (roller delayed blowback), impacta de forma significativa a percepção do recuo, otimizando a controlabilidade do conjunto. Com cano de 4,5” e coronha retrátil ou cano de 8” com coronha também rebatível, conta com trilho Picatinny e M-LOCK Sistem para acoplamento de acessórios, sendo ideal para operações urbanas ou condução em viaturas e aeronaves, aliando ostensividade e versatilidade.
Submetralhadora RPC em calibre 9x19mm
T4 Pistão: confiabilidade em todos os cenários O Fuzil T4 Pistão em calibre 5,56x45mm, baseado na consagrada plataforma T4, agora com opção de sistema de ação por pistão a gás, traz vantagens significativas para operações em ambientes adversos. Projetado para atender às exigências das forças militares e de segurança que atuam em condições extremas, este produto entrega confiabilidade e durabilidade. Diferente do sistema de ação direta por gases, o mecanismo por pistão evita que os gases da combustão entrem em contato direto com o conjunto do ferrolho. Com isso, reduz-se significativamente o acúmulo de sujeira e o aquecimento excessivo do ferrolho, tornando o T4 Pistão uma escolha ideal para missões críticas.
Fuzil T4 Pistão em calibre 5,56x45mm
TAS - Tactical Air Soldier: drone para cobertura tática sempre presente Um dos projetos mais inovadores em desenvolvimento pelo CITE: o TAS - Tactical Air Soldier. Trata-se de uma solução de alto valor estratégico: um drone equipado com armamento tático, projetado para ampliar as capacidades operacionais em missões policiais e militares.
O equipamento conta com tecnologias de ponta, incluindo um módulo que conecta a arma ao drone, o fire control system, com câmera 4K estabilizada em 3 eixos, rádio controle com transmissão em tempo real das imagens captadas, sensor de distância para navegação precisa, apontador a laser, mecanismo de movimentação horizontal e vertical e inteligência artificial embarcada para identificação de alvos, entre outros recursos.
Com esse conjunto de tecnologias, o Taurus TAS poderá, em determinadas situações, substituir o uso de helicópteros em ações de progressão, reduzindo o risco às equipes em solo, eliminando o risco à equipe aérea e minimizando danos materiais em casos de alvejamento ou quedas do equipamento. Ao operar acima do solo, oferece não apenas cobertura tática, mas também uma presença constante, funcionando como um verdadeiro suporte aéreo em tempo real.
O TAS será disponibilizado em um duas versões: uma armada com a Submetralhadora RPC em calibre 9x19mm, voltada para o mercado policial, e outra, voltada para operações militares, será armada com um modelo do fuzil T4, em calibe 5,56mm, ou do T10, em calibre 7,62mm.