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18 março, 2024

Exército indiano licita 550 submetralhadoras. JD Taurus T9 é uma das duas finalistas

*LRCA Defense Consulting - 18/03/2024

Na Índia, a JD Taurus recém iniciou suas operações na unidade fabril de Hisar, estado de Haryana, e já está participando - e muito bem - de uma licitação militar.

Em recente licitação do Exército Indiano para a compra de 550 submetralhadoras, a JD Taurus T9 (JD Taurus) e a ASMI 9x19mm MP (Lokesh Machines Limited - LML)  foram as duas classificadas para prosseguirem para a segunda fase (avaliação financeira), sendo rejeitadas na avaliação técnica armas de conceituados fabricantes internacionais: Tanfoglio CBR-9/TCMP, IWI UZI Pro, G72 9mm SMG, CZUB CZ Scorpion e B&T MP-9.

Veja abaixo o texto publicado pelo portal indiano Alpha Defense:

550 submetralhadoras para o Exército

*Alpha Defense, por Prafull Kumar - 16/03/2024

As submetralhadoras representam uma categoria de armas de fogo compactas conhecidas por sua capacidade de alternar entre os modos de disparo semiautomático e totalmente automático. Essas armas são projetadas especificamente para acomodar calibres de pistola e vêm em diversos tipos, desde adaptações de pistolas existentes, como a Glock-18, até modelos de engenharia exclusiva, como a Mac-10. Amplamente adotadas por militares e agências de aplicação da lei em todo o mundo, as submetralhadoras desempenham um papel crucial em vários cenários operacionais. Notadamente, essas armas de fogo são parte integrante do arsenal das forças militares, policiais e das Forças Policiais Armadas Centrais (CAPFs) da Índia.

Dentro das forças armadas indianas, unidades especializadas como as Forças Especiais do Exército Indiano e os Pelotões Ghatak contam com submetralhadoras avançadas, como a IWI UZI e a B&T MP-9. Da mesma forma, os Comandos da Marinha de elite da Marinha Indiana estão equipados com B&T MP-9 e MP-5K, demonstrando a versatilidade e eficácia destas armas de fogo em diversos ambientes marítimos. Além disso, agências como a Unidade Antiterrorista do Ministério dos Assuntos Internos (MHA) e a Guarda de Segurança Nacional (NSG) implementam modelos de ponta como a B&T APC-9 PRO e a ARDE-LML ASMI, esta desenvolvida internamente, sublinhando a importância estratégica das submetralhadoras modernas em combate ao terrorismo e operações especiais.

Um desenvolvimento significativo no domínio da tecnologia de armas de fogo indiana é a criação da submetralhadora ASMI por um oficial do exército indiano em colaboração com o Estabelecimento de Pesquisa e Desenvolvimento de Armamento (ARDE) da Organização de Pesquisa e Desenvolvimento de Defesa (DRDO). Esta inovação local não só demonstra a crescente experiência da Índia no desenvolvimento de armas ligeiras, mas também destaca a parceria estratégica entre as indústrias militar e nacional.

O processo de seleção para aquisição de submetralhadoras automáticas pelo Exército Indiano reflete uma avaliação rigorosa e competitiva. A ARDE, na qualidade de parceira de desenvolvimento e produção (DcPP) da ASMI, envolveu-se num processo de licitação competitivo em duas fases para garantir transparência e eficiência. Recentemente, o Exército Indiano iniciou um Pedido de Informação (RFI) para adquirir 550 unidades de uma submetralhadora 9×19 mm, atraindo o interesse de diversas empresas conceituadas.

As empresas participantes no processo de licitação incluem Defind Enterprises Private Limited (DEPL) com sua oferta italiana, a Tanfoglio CBR-9/TCMP; Stump Schuele Lewis Machine Tools (SS-LMT) apresentando a G72 9mm SMG; Lokesh Machines Limited (LML) apresentando a ASMI da ARDE;  PLR Systems com a israelense IWI UZI Pro; Optic Electronic (Índia) Private Limited apresentando a suíça B&T MP-9; Vinveli Automated Systems Limited oferecendo a CZUB Evo 3 A1 Scorpion da República Tcheca; e Jindal Defense com a brasileira Taurus T9.

Após uma avaliação técnica, apenas a ARDE-LML ASMI e a Jindal Taurus T9 avançaram com sucesso, cumprindo os rigorosos critérios estabelecidos pelo Exército Indiano. A próxima etapa envolverá a apresentação de propostas financeiras pela Lokesh Machines Limited (LML) e pela Jindal Defense, com a seleção do licitante L1 dessas duas empresas marcando um marco crucial no processo de aquisição. 

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Submetralhadora JD Taurus T9

Submetralhadora JD Taurus T9
A Submetralhadora JD Taurus T9 é uma arma de fogo de última geração que foi projetada para forças de segurança e militares que procuram uma subetralhadora com precisão e confiabilidade excepcionais.

Esta Submetralhadora automática excepcional possui um comprimento de cano de 5,5" e um calibre 9X19, proporcionando exatidão e precisão incomparáveis. Seu comprimento total mede 22,8" (com coronha estendida) e 19,7" (com coronha retraída) e pesa apenas 5,3 libras (sem carregador), tornando-a leve e fácil de manusear.

A Submetralhadora JD Taurus T9 possui um seletor de tiro que permite modos de disparo seguros, semiautomáticos e automáticos, dando aos atiradores a versatilidade necessária para lidar com qualquer situação. Seu carregador pode conter até 32 tiros, proporcionando amplo poder de fogo quando é mais necessário.

Fabricadas em alumínio anodizado rígido 7075 T6, as partes superior e inferior desta submetralhadora são construídas para durar. A seção superior possui um trilho superior plano (Mil STD 1913), tornando-o compatível com uma ampla gama de miras. Enquanto isso, o acabamento Cerakote preto fosco garante que a arma seja durável e elegante.

A Submetralhadora automática JD Taurus T9 também é equipada com coronha retrátil que pode ser ajustada em seis posições diferentes, proporcionando ao atirador o conforto e o controle necessários para atingir seus objetivos.

Enfim, é possível afirmar que a submetralhadora automática JD Taurus T9 oferece alto desempenho, precisão, potência e confiabilidade excepcionais.

Taurus efetiva alunos destaques da 1ª turma do programa Jovem Aprendiz Talento


*LRCA Defense Consulting - 18/03/2024

A Taurus efetivou quatro alunos destaques da primeira turma do programa Jovem Aprendiz Talento, realizado em parceria com o SENAI e que faz parte do projeto de Educação Continuada Taurus. 

Os novos colaboradores Evelyn Adriana da Silva, Gustavo da Silva Pinto, Júlia Gabriela Borges da Silveira e Mateus Henrique Farias de Oliveira agora fazem parte da equipe do setor de MIM (Metal Injection Molding), na unidade fabril de São Leopoldo, no Rio Grande do Sul. 

"Quero parabenizar os efetivados desta 1ª turma de Jovens Aprendizes da Taurus. Estes jovens foram selecionados por se destacarem e têm uma carreira longa e promissora pela frente. Fico muito feliz de trabalharem conosco. A Taurus faz parte de um Grupo que oferece muitas oportunidades e meu desejo é que eles se desenvolvam aqui dentro. Espero encontrá-los na Companhia daqui há 20 anos", afirma Salesio Nuhs, CEO Global da Taurus.

O programa Jovem Aprendiz Talento busca preparar os alunos para trilharem sua jornada profissional no setor industrial, oferecendo, além de qualificação acadêmica, oportunidades no mercado de trabalho. 

A primeira turma contou, ao todo, com a participação de oito alunos que finalizaram com sucesso o curso de “Injetora e Extrusora de Plástico”, do SENAI, e tiveram a oportunidade de realizar as atividades práticas na unidade MIM (Metal Injection Molding) na planta da Taurus, com o apoio e supervisão de seus padrinhos e gestores.

Compromisso com a capacitação e desenvolvimento contínuo das pessoas
A Taurus está comprometida com a capacitação e desenvolvimento contínuo das pessoas e em ter um papel ativo no desenvolvimento e uso de tecnologia, construindo um ambiente de colaboração entre a equipe, a empresa e a sociedade. 

O projeto de Educação Continuada Taurus é uma importante iniciativa da empresa no sentido de ampliar as oportunidades de aprendizado e crescimento dos colaboradores da companhia.
 
O programa oferece incentivos aos colaboradores para se qualificarem nos cursos de Master of Business Administration (MBA), Master of Business Economics (MBE), mestrado e doutorado em renomadas instituições de ensino, desenvolvendo projetos de melhoria contínua em produtos ou processos.

Com números fortes no balanço e boas perspectivas, Embraer cresce e se fortalece


*LRCA Defense Consulting - 18/03/2024

A Embraer entregou 75 jatos no 4T23, sendo 25 aeronaves comerciais, 49 jatos executivos (30 leves e 19 médios) e 1 C-390 militar. Em 2023, a empresa entregou um total de 181 jatos, dos quais 64 foram aeronaves comerciais, 115 jatos executivos (74 leves e 41 médios) e 2 C-390 militares. As entregas da Embraer aumentaram 13% na comparação com os 160 jatos em 2022. A companhia continua enfrentando desafios na cadeia de suprimentos, que impactaram negativamente os resultados de 2023. 

A carteira de pedidos firmes (backlog) encerrou o 4T23 em US$18,7 bilhões, o maior volume registrado nos últimos 6 anos. A Aviação Executiva e a Aviação Comercial registraram book-to-bill superior a 1:1. O backlog da Embraer Serviços & Suporte atingiu o valor mais alto desde 2017, encerrando o ano em US$3,1 bilhões. 

A receita totalizou R$9,7 bilhões no 4T23 e R$26,1 bilhões em 2023, em linha com as estimativas da empresa e 11% maior do que em 2022. Todas as unidades de negócios tiveram um crescimento nas receitas e volumes em relação ao ano anterior; a Embraer Defesa & Segurança foi o destaque, com crescimento de 21%, seguida pela Aviação Comercial, com 15%. 

O EBIT ajustado atingiu R$889,6 milhões no 4T23, com margens EBIT e EBITDA ajustadas de 9,1% e 12,8%, respectivamente. Em 2023, a empresa reportou um EBIT ajustado de R$1,7 bilhão, com margens EBIT e EBITDA ajustadas de 6,5% e 10,6%. Os valores atenderam as estimativas para o ano da companhia, e foram impulsionados por volume e eficiências corporativas e tributárias. 

O fluxo de caixa livre ajustado sem EVE (FCL) no 4T23 foi de R$3,4 bilhões e elevou o FCL do ano para R$1,4 bilhão, superando as estimativas da companhia. O FCL foi impulsionado por robustos adiantamentos de vendas (PDPs). 

A S&P Global Ratings elevou a classificação da Embraer para grau de investimento (IG), enquanto a Moody's a elevou para Ba1 (um nível abaixo do IG). Enquanto isso, a Fitch, que classifica a empresa como BB+ (um nível abaixo do IG), revisou a perspectiva da empresa para positiva. 

Estimativas para 2024: entregas de aeronaves da aviação comercial entre 72 e 80 e entregas de aeronaves da aviação executiva entre 125 e 135. Receita total da empresa entre US$6,0 e US$6,4 bilhões, margem EBIT ajustada entre 6,5% e 7,5% e fluxo de caixa livre ajustado de US$220 milhões ou maior para o ano.

 
Principais indicadores financeiros
As informações operacionais e financeiras da empresa são apresentadas, exceto quando indicado de outra forma, em uma base consolidada em dólares dos Estados Unidos (US$), de acordo com o IFRS. Os dados financeiros apresentados para os trimestres encerrados em 31 de dezembro de 2023 (4T23), 30 de setembro de 2023 (3T23) e 31 de dezembro de 2022 (4T22) são derivados das demonstrações financeiras não auditadas, exceto os dados financeiros anuais e quando indicado de outra forma.

Receita e margem bruta
A receita consolidada de R$26,1 bilhões em 2023 representou um aumento de 11% em relação ao ano anterior. Todas as unidades de negócio tiveram expansão nas receitas: Defesa & Segurança (21%), Aviação Comercial (15%), Aviação Executiva (8%) e Serviços & Suporte (8%). A receita total ficou dentro da faixa das estimativas de US$5,2 a US$5,7 bilhões para o ano. 

Aviação Executiva teve receitas que atingiram R$6,9 bilhões, 8% a mais do que no mesmo período do ano anterior. O crescimento se deve principalmente a um aumento nos volumes. A margem bruta caiu de 23,4% para 19,3% em relação ao mesmo período do ano anterior, devido ao mix de produtos (proporcionalmente mais jatos médios do que jatos leves) e benefícios fiscais não recorrentes. 

Defesa & Segurança atingiu uma receita de R$2,6 bilhões, valor 21% maior em relação a 2022, impulsionada por maiores volumes de C-390. A margem bruta reportada foi de 20,8% em 2022, versus 16,7% em 2023. O resultado na margem bruta deveu-se ao mix de produtos e a revisão de linha de base dos contratos atuais, de acordo com a metodologia de cálculo da porcentagem de conclusão (POC). 

Aviação Comercial apresentou receitas de R$9,1 bilhões, 15% superior ao ano anterior, em virtude do maior número de entregas e do mix de produtos. A margem bruta reportada diminuiu de 10,4% em 2022 para 8,0% em 2023 devido a variação do mix de produtos, frete mais alto (ramp-up das estruturas E2) e benefícios fiscais não-recorrentes. 

Serviços & Suporte expandiu a receita para R$7,1 bilhões, valor 8% maior em relação ao ano anterior. A expansão da unidade de negócios se deve principalmente ao crescimento do segmento. A margem bruta reportada de 28,0% em 2022 diminuiu para 26,7% em 2023 devido ao mix de serviços, com maior contribuição de MRO (Manutenção, Reparo e Revisão, na sigla em inglês) e benefícios fiscais não-recorrentes. 

EBIT ajustado
No 4T23, o EBIT ajustado foi de R$890 milhões, enquanto a margem EBIT ajustada foi de 9,1%, com a exclusão dos itens ajustados acima. Enquanto isso, em 2023, o EBIT ajustado foi de R$1,7 bilhões e a margem EBIT ajustada foi de 6,5%, com um aumento de R$328 milhões em relação ao ano anterior, devido a volumes mais altos em todas as unidades de negócios e outras receitas operacionais (eficiências tributárias em 2023 e despesas corporativas mais altas em 2022).
 
Lucro líquido
O lucro líquido atribuível aos acionistas da Embraer e o lucro por ADS foram de R$943,6 milhões e R$1,2845 por ação no 4T23, comparados a R$119,2 milhões e R$ 0,1623 no 4T22. Se excluirmos os efeitos extraordinários, o lucro líquido ajustado foi de R$350,6 milhões no trimestre, comparado a R$226,2 milhões no ano anterior, e representou um aumento de 55%. No 3T23, os custos de desenvolvimento da EVE começaram a ser capitalizados como ativos intangíveis, devido ao programa ter atingido maturidade suficiente. 

Gestão de dívidas e passivo
A dívida líquida da Embraer sem EVE diminuiu para R$3,9 bilhões no 4T23, comparada com R$5,4 bilhões no trimestre e no ano. O significativo fluxo de caixa livre positivo gerado no trimestre ajudou a explicar a melhora sequencial na posição da dívida líquida da empresa, conforme detalhado abaixo. 

O prazo médio dos empréstimos aumentou para 4,6 anos no 4T23, comparado a 3,4 anos no comparativo anual. A estrutura de prazo da dívida foi de 96% em contratos de longo prazo e apenas 4% em contratos de curto prazo. O custo dos empréstimos denominados em dólares dos Estados Unidos foi de 6,33% a.a. no 4T23, mantendo os níveis do 3T23. Já o custo dos empréstimos denominados em reais diminuiu para 7,11% a.a. no trimestre, comparado a 10,85% no trimestre anterior.

Fluxo de caixa livre
O fluxo de caixa livre ajustado totalizou R$1,4 bilhão em 2023 e superou a orientação para o ano devido aos robustos adiantamentos de vendas (PDPs) no 4T23. 

CAPEX
As adições líquidas ao total de imobilizado foram de R$446,2 milhões no 4T23, contra R$273,8 milhões no 4T22. No trimestre, o CAPEX totalizou R$296,2 milhões, enquanto as adições de peças de reposição do Programa Pool atingiram R$150,0 milhões, e foram parcialmente compensadas por R$12,5 milhões de receitas de vendas de imobilizado. O aumento sequencial em imobilizado está relacionado ao crescimento em serviços de treinamento, manutenção e Aviação Executiva. Em 2023, a empresa investiu um total de R$1,1 bilhão em adições líquidas ao imobilizado e R$974,0 milhões em P&D sem EVE. No 3T23, os custos de desenvolvimento da EVE começaram a ser capitalizados como ativos intangíveis, uma vez que o programa atingiu maturidade suficiente.
 
Capital de giro
O estoque de produtos em andamento diminuiu R$2,5 bilhões em relação ao trimestre anterior, devido ao maior número de entregas no 4T23, o que foi parcialmente mitigado pelo aumento dos passivos contratuais (PDPs e receita diferida) e apoiou a sólida geração de fluxo de caixa no final do ano.

 Backlog - Pedidos firmes em carteira
O backlog da empresa aumentou em US$1,2 bilhão em relação ao ano anterior e atingiu um total de US$18,7 bilhões em 2023 - o maior número registrado nos últimos 6 anos. A Embraer Serviços & Suporte foi o destaque, com uma carteira de pedidos de US$3,1 bilhões, US$400 milhões a mais em relação ao ano anterior e o nível mais alto já registrado. A Aviação Executiva, por sua vez, encerrou o ano com um book-to-bill superior a 1,3:1 e uma carteira de pedidos de US$4,3 bilhões, US$400 milhões a mais em relação ao ano anterior. Em Defesa & Segurança, a Coreia do Sul foi destaque com a vitória do C-390 Millennium. Por fim, a Aviação Comercial encerrou o ano com um book-to-bill superior a 1,1:1.

A Embraer entregou 75 jatos no 4T23, sendo 49 jatos executivos (30 leves e 19 médios), 25 jatos comerciais e 1 C-390 militar. Em 2023, a Embraer forneceu 181 aeronaves, um aumento de 13% em relação ao ano anterior, quando a empresa entregou 160 unidades. A empresa continua enfrentando atrasos na cadeia de suprimentos que impactaram negativamente as entregas de 2023.
 
Aviação Executiva
A Aviação Executiva entregou 30 jatos leves e 19 médios, totalizando 49 aeronaves no 4T23 e 115 em 2023. O volume representa um aumento de 13% em relação ao mesmo período de 2022, quando foram entregues 102 jatos.

A unidade de negócios continuou seu impulso positivo de vendas com demanda sustentada em todo o seu portfólio de produtos e forte aceitação dos clientes nos mercados de varejo e de frota. O Phenom 300 foi o jato leve mais entregue pelo 12º ano consecutivo e o jato bimotor mais entregue pelo 4º ano consecutivo.

A Embraer anunciou a entrega de um Praetor 600 ao Centro de Serviços de Inspeção de Voo da Coreia do Sul. O jato é capaz de realizar uma ampla gama de tarefas de inspeção de voo. Este é o primeiro Praetor 600 no país asiático. 

Defesa & Segurança
A Coreia do Sul anunciou o C-390 Millennium da Embraer como o vencedor da licitação pública Large Transport Aircraft (LTA) II para o fornecimento de novas aeronaves de transporte militar. O país é o 7º cliente do C-390 Millennium e o 1º na região. O contrato inclui um número não revelado de aeronaves, bem como um pacote de serviços e suporte que inclui treinamento, equipamentos de apoio em solo e peças de reposição.

No Oriente Médio, foi assinado um Memorando de Entendimento (MoU) entre a Embraer e a SAMI, com o objetivo de apoiar a expansão da presença operacional de ambas as empresas no Reino da Arábia Saudita. O acordo é focado na promoção das capacidades da aeronave C-390 Millennium e na prestação de suporte ao Ministério da Defesa do reino. A SAMI e a Embraer trabalharão para estabelecer diversas atividades no país, incluindo manutenção, montagem final de aeronaves, integração de sistemas de missão e atividades de treinamento.

Na Europa, a Embraer assinou outro Memorando de Entendimento (MoU) com a Netherlands Industries for Defence & Security (NIDV) com o objetivo de explorarem conjuntamente oportunidades alinhadas com a Estratégia da Indústria de Defesa da Holanda, com foco principal no C-390 Millennium e no A-29N Super Tucano.

Finalmente, em outubro, entrou em serviço o 1º KC-390 Millennium da Força Aérea Portuguesa (FAP). A aeronave inclui equipamentos padrão da OTAN (Organização do Tratado do Atlântico Norte) e, desde então, tem demonstrado o mesmo nível excepcional de produtividade registrado pela frota da Força Aérea Brasileira. 

Aviação Comercial
A Embraer entregou 25 jatos comerciais no 4T23 e 64 aeronaves em 2023, 12% a mais do que no ano anterior.

Na América do Norte, a Porter Airlines exerceu seus direitos de compra para fazer um pedido firme de 25 jatos E195-E2, que se somaram aos seus 50 pedidos firmes existentes. A companhia aérea canadense utilizará as novas aeronaves para ampliar seu premiado serviço para destinos em todo o continente. O negócio, avaliado em US$2,1 bilhões a preço de lista, entrou na carteira de pedidos no 4T23 e aumentou os pedidos firmes da companhia aérea com a Embraer para 75 aeronaves, com 25 direitos de compra remanescentes.

Na Ásia, o E190-E2 e o E195-E2 obtiveram a certificação de tipo da Autoridade de Aviação Civil de Cingapura (CAAS). As aeronaves são as de corredor único mais silenciosas e eficientes em termos de combustível do mundo. A Scoot, subsidiária de baixo custo da Singapore Airlines, deve começar a operar o E190-E2 em 2024.

Por fim, o E195-E2 recebeu da EASA (Agência Europeia para a Segurança da Aviação) a certificação para Steep Approach no Aeroporto da Cidade de Londres (LCY). Essa conquista é um desenvolvimento significativo, que permite que as companhias aéreas operem o E195-E2 no Aeroporto da Cidade de Londres, conhecido por sua aproximação desafiadora e pista curta. Juntamente com o E190-E2, que recebeu a certificação Steep Approach em 2021, ambos os membros da família E2 estão agora aprovados para operações a partir do LCY. 

Serviços e Suporte
A Embraer Serviços & Suporte atingiu um marco significativo no 4T23 com o avanço do programa de conversão de aeronaves de passageiros para cargueiros, marcando o início de uma nova fase com a apresentação da nova pintura e o início dos testes em solo.

A unidade de negócios continuou a acelerar sua expansão e dobrou a capacidade de serviços de manutenção de jatos executivos nos Estados Unidos. A expansão apoiará o crescimento contínuo de sua base de clientes por meio da adição de 3 instalações de Manutenção, Reparo e Revisão (MRO) da Aviação Executiva em Dallas Love Field (Texas), Cleveland (Ohio), e Sanford (Flórida).

A Embraer-CAE Training Services (ECTS) anunciou uma expansão estratégica de sua capacidade de treinamento com a introdução de dois simuladores de voo do Phenom 300. O principal objetivo da joint-venture é atender à crescente demanda por treinamento em jatos executivos nos mercados norte-americano e europeu, reforçando o compromisso da companhia com os clientes da Aviação Executiva.

Estimativas 2024 (não considera a EVE)
- Entregas da Aviação Comercial 72 - 80
- Entregas da Aviação Executiva 125 - 135
- Receitas consolidadas (US$ bilhões) 6,0 – 6,4
- Margem EBIT ajustada 6,5% - 7,5%
- Fluxo de caixa livre (US$ milhões) 220 ou maior

Início de um novo ciclo para a empresa
Segundo CEO da Embraer, Francisco Gomes Neto, "Hoje divulgamos os resultados financeiros do ano passado e tenho orgulho de dizer que 2023 foi um ano marcante para a Embraer. Ele representou o início de um novo ciclo para a empresa: uma fase focada no crescimento sustentável para capturar todo o nosso potencial. Nossa atividade comercial se intensificou em todas as unidades de negócios, com sólida demanda nos principais mercados da empresa. O foco contínuo na eficiência e inovação dos negócios, bem como o maior esforço de vendas, foram fundamentais para alcançar os expressivos resultados de 2023 e continuarão a ser chave neste e nos próximos anos. Portanto, vamos comemorar os 55 anos da Embraer neste ano em ótima forma. Continuamos otimistas com a nossa estratégia de crescimento e geração de valor para clientes, acionistas, colaboradores e sociedade".

Dividendos em 2025
Em meio à euforia justamente pelo crescimento das encomendas da companhia, a Embraer anunciou que pode voltar a pagar dividendos ano que vem.

“A gente ainda tem prejuízos acumulados. Então, a gente precisa de 2024 e um pedaço de 2025 para zerar o prejuízo. Sendo assim, a empresa está qualificada a voltar a pagar dividendos, que é o nosso plano e nosso sonho para 2025”, disse o CFO Antonio Carlos Garcia a analista.

“Sobre quantidade de pagamento de dividendos, a gente não chegou lá ainda, pois estamos revendo nossa política. A gente hoje tem uma política que é muito simples de 25% do lucro líquido no período, mas a gente está fazendo uma revisão até para desenhar o futuro da companhia”, ressaltou.

“Então, no geral, 2025 (para pagamento de dividendos), mas a primeira fronteira é zerar o prejuízo acumulado que ainda existe”, afirmou.

Pelo balanço da Embraer, o prejuízo acumulado em 31 de dezembro de 2023 era de R$ 1,593 bilhão.
 

17 março, 2024

Embraer voa alto com encomendas e analistas projetam novo horizonte

 


*MSN - 15/03/2024

A Embraer anunciou, no início deste mês, um dos maiores negócios de sua história. O pedido de 90 aviões ­— com direito de compra de mais 43 — pela American Airlines, pelo valor que pode superar os US$ 7 bilhões, deixou o mercado financeiro animado e as ações da companhia se valorizaram quase 20% no período, dado que já havia especulação antes do anúncio oficial.

A brasileira venceu a concorrência com a rival Airbus e seu modelo A220, antigo C Series da canadense Bombardier, que vendeu sua operação de aviões comerciais para a fabricante europeia em 2017. O anúncio e o rali das ações da fabricante brasileira de aviões ajudaram a resgatar um pouco da credibilidade da companhia, ferido durante a pandemia com a redução dos pedidos, além do fracasso das negociações com a Boeing, que pretendia incorporar o segmento de aviação comercial da brasileira, em 2020.

O modelo encomendado pela aérea americana é o E175, com as entregas começando a partir de 2025, configurados com 76 assentos, e cabine de duas classes, que substituirão os modelos antigos nos voos domésticos pelos Estados Unidos. A Embraer já vendeu 837 aeronaves desse modelo para empresas americanas.

Para o economista Enrico Cozzolino, sócio e head de análise da Levante Investimentos, o mercado viu o anúncio como positivo, dada a recuperação nos preços das ações. “Estamos vendo o que fazia um bom tempo que não víamos para Embraer”, disse.

Cozzolino afirmou que o acordo dá uma injeção de ânimo na empresa, com números muito expressivos, e que mesmo que haja um desconto nos preços, o impacto nas margens será limitado e o tamanho do pedido justifica a negociação.

“Vendo o book-to-bill (relação entre as ordens recebidas e os valores faturados) dos últimos 12 meses estamos falando de 2,5 vezes, então realmente os pedidos coincidem com a recuperação econômica e o processo pós-pandemia, algo que demorou e fez a Embraer sofrer.”

A equipe de análise do Bradesco BBI, liderada por Victor Mizusaki, apontou que o pedido anunciado superou, por muito, as projeções do banco. “Nossa estimativa era de 40 a 50 aeronaves, fomos superados por uma ampla margem”, disse em relatório enviado aos clientes.

O analista Stephen Trent, do Citi, afirmou que a ordem de compra dos aviões é muito encorajadora para a brasileira, mesmo citando um provável desconto que a fabricante brasileira ofereceu diante do tamanho do acordo.

Na mesma linha, o banco americano JP Morgan pontuou que a operação foi muito positiva, citando o crescimento de sua carteira de pedidos (backlog), que ultrapassa os US$ 22 bilhões, maior valor desde 2015. A equipe do JP, liderada por Marcelo Motta, avaliou ainda que o pedido confirma a forte procura pelo jato E175 para voos regionais, além da qualidade do projeto.

Quem também citou a qualidade do produto oferecido pela Embraer foi o BTG Pactual, em relatório, citando a forte posição do avião em um mercado-chave como o dos Estados Unidos. “Também adiciona um importante backlog na divisão comercial, reduzindo as preocupações com a concorrência mais acirrada no segmento e melhorando a visibilidade no longo prazo”, completou o BTG.

A ideia da American Airlines é substituir as aeronaves atuais, de 50 assentos em classe única, até o fim da década, e operar voos regionais com cabines maiores em duas classes para ampliar sua conectividade entre mercados menores e a sua malha aérea global. O E175 encomendado também é mais econômico e gasta em média 6,5% menos combustível que o modelo em uso atualmente.

“Quando falamos de expectativa para o futuro do portfólio, diante dessa evolução dos novos segmentos acontecendo, eu prefiro seguir cauteloso, sem me empolgar muito e olhar para o básico sendo bem feito, pois as vezes o mercado antecipa o preço e qualquer stress, devolução, impacto econômico resulta em uma queda brusca, mas olhando o que está sendo bem feito, a Embraer está indo bem”, disse Cozzolino.

Nos próximos meses a divisão de aviões comerciais da Embraer deve enfrentar outro embate com a eterna rival e seu Airbus A220, para substituir a frota de Fokker 100 da Virgin Australia Regional Airlines. A aérea australiana publicou que reduziu as opções de substituições dos Fokker 100 por aviões dos modelos E190-E2 da Embraer ou Airbus A220-100. “Essas são aeronaves de nova geração que oferecem performance superior, menor consumo de combustível e emissões e melhor performance operacional”, disse o diretor-executivo, Nathan Miller.

O banco Goldman Sachs apontou que a Embraer detém participação dominante no mercado de jatos regionais, deixando o rival A220 para trás. O Sachs vê uma oportunidade de crescimento nas vendas diante da idade atual das frotas desse tipo de avião pelo mundo, o que deve impulsionar um ciclo de substituição no médio prazo.

OUTROS SEGMENTOS
Além da aviação comercial, que fabrica aviões para companhias aéreas, a Embraer possui outras três principais linhas de negócios:

• A Aviação Executiva, na qual se destaca por seus jatos executivos como o Legacy, Preator, Phenom e o Lineage.

• A divisão de Defesa & Segurança, com destaque para os tucanos, super tucanos e o cargueiro KC-390.

• A divisão de Serviços & Suporte, que oferece serviços de manutenção e reposição de peças.

Além disso, a Embraer também é dona de 88% na EVE, empresa que está desenvolvendo um eVTOL (veículo elétrico voador ­— uma espécie de drone tripulado) e atualmente tem um valor de mercado de US$ 1,5 bilhão, tendo o maior backlog potencial para eVTOLs no mundo, com 2.850 aeronaves, representando uma participação de mercado de maior de 20%.

O Goldman Sachs afirmou que a divisão de jatos executivos da Embraer vem com muita força, especialmente se comparada ao restante da indústria. “A demanda se normalizou diante do ritmo acelerado visto no início da recuperação pós-pandemia, mas ainda permanece bastante forte. Os preços continuam subindo com taxas mais elevadas do que os aumentos históricos”, disse.

Para a divisão de Defesa & Segurança, o Sachs afirmou que a empresa tem visto uma forte demanda de novos pedidos para o cargueiro KC-390, com projeção de aumentar seus pedidos entre 6% e 9% nos próximos anos.

*O post Embraer voa alto com encomendas e analistas projetam novo horizonte apareceu primeiro em ISTOÉ DINHEIRO.

16 março, 2024

Aérea polonesa LOT escolherá entre Embraer e Airbus para entrega de 84 aviões


*Zonebourse - 16/03/2024

A transportadora nacional polaca LOT escolherá entre o seu atual fornecedor Embraer e a rival Airbus para a entrega de 84 novos aviões que planeia comprar para servir as suas rotas regionais, informou no sábado o Ministério da Propriedade do Estado.

A LOT enviará uma proposta às duas empresas num futuro próximo, disse o ministério num comunicado no seu site, acrescentando que planeia comprar até 110 aviões até 2028.

“A LOT deve tomar uma decisão estratégica: continuar a cooperação com o atual fornecedor (Embraer) no segmento regional ou mudar para uma plataforma concorrente (Airbus)”, afirmou o ministério.

“Em um futuro próximo, a empresa pretende enviar licitação para aquisição de 84 aeronaves regionais a dois fabricantes que ofereçam aeronaves que atendam aos requisitos. São eles a Embraer e a Airbus.

A LOT possui atualmente uma frota de 75 aeronaves, sendo mais da metade aeronaves Embraer e o restante Boeing B737 e B787.

(Reportagem de Alan Charlish; Edição de Clelia Oziel) 

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Saiba mais: 

- LOT se prepara para substituir as aeronaves regionais. Brasileiros [da Embraer] estão esfregando as mãos

- LOT Polish Airlines renova e expande contrato de serviços com a Embraer

Imprensa indiana destaca o início das operações da JD Taurus e sua importância para o país

A JD Taurus dá ênfase significativa à qualidade em todas as etapas da produção para garantir uma fabricação consistente e confiável de armas de fogo. (Imagem: JD Taurus)

*LRCA Defense Consulting - 16/03/2024

A imprensa indiana destacou o início das operações da JD TAurus, joint venture entre a multinacional brasileira Taurus Armas S.A. e a empresa indiana Jindal Defense Systems Pvt Limited (Jindal Group), ressaltando a importância da iniciativa para as estratégias prioritárias de defesa do país conhecidas como "Make in India" (Fazer na Índia) e "Atmanirbhar Bharat" (Índia Autossuficiente).

Uma das principais tônicas das reportagens enfatiza que "Sob a marca JD Taurus, a JDSPL está preparada para transformar o cenário da fabricação de armas de fogo na Índia e reduzir a dependência do país das importações".

O assunto mereceu registro em diversos órgãos de imprensa, como o The Print e o Financial Express, este o mais conceituado portal de negócios da Índia, cuja matéria segue abaixo, além de outros como MSN, The Week, Tribune India, Devdiscourse, United News of India, Maritime Gateway, Press Trust of India, Aviation World, Janta Serishta, Indian Defence Research Wing (IDRW), Market Beat, ANI, Raksha Anirveda, The Hindu Business Line etc.

Visão parcial da unidade fabril da JD Taurus

JD Taurus: pioneira na fabricação indígena de armas de fogo em Hisar
- Abrangendo mais de dois hectares, a instalação representa uma fusão de experiência global e tecnologia de ponta.

*Financial Express - 15/03/2024

Logo após o recém-concluído Diálogo 2+2 Índia-Brasil, a Jindal Defense Systems Private Limited (JDSPL) iniciou operações em sua moderna fábrica de armas de fogo localizada em Hisar. Este é um empreendimento colaborativo com a Taurus Armas SA, fabricante líder de armas de fogo com sede no Brasil. Sob a marca JD Taurus, a JDSPL está preparada para revolucionar o cenário de fabricação de armas de fogo na Índia e diminuir a dependência do país de armas importadas.

Abhyuday Jindal, descendente da estimada família OP Jindal, fez investimentos na empresa, solidificando ainda mais a sua fundação. Abrangendo mais de dois hectares, a instalação representa uma fusão de conhecimento global e tecnologia de ponta. 

Com uma capacidade de produção anual de até 250.000 armas, a JD Taurus está estrategicamente posicionada para atender à crescente demanda no país. No próximo exercício financeiro, a empresa pretende produzir de 25.000 a 30.000 armas de fogo. Projetado para rápida escalabilidade e diversificação de produtos, a JDSPL obteve todas as aprovações e autorizações regulatórias necessárias, incluindo as do Ministério de Assuntos Internos.

Medidas rigorosas de controle de qualidade, refletindo os padrões da Taurus Armas, foram implementadas em todo o processo de fabricação, abrangendo design, integração, testes e verificações de disparo.

Abordando a importância da produção local e alinhando-se com a iniciativa “ Make in India ”, o Coronel Amit Baveja (Retd), Diretor de Negócios da JD Taurus, enfatizou o compromisso da empresa em reforçar as capacidades de defesa do país, ao mesmo tempo que estimula o talento local e promove o desenvolvimento socioeconômico. desenvolvimento na região. O foco principal continua a ser equipar o setor governamental, particularmente as forças militares, paramilitares e várias unidades policiais estatais, com armamento superior para responder às crescentes exigências.

A JD Taurus obteve certificações para uma ampla gama de produtos, com agregação de valor significativa na Índia para vários itens, incluindo rifles, carabinas, submetralhadoras, metralhadoras e revólveres.

Salesio Nuhs, CEO Global da Taurus Armas, expressou orgulho em iniciar a produção nas instalações da joint venture em Hisar, citando a confiança nos pontos fortes combinados e nos avanços tecnológicos para atender às crescentes necessidades do setor de defesa.

A instalação está equipada com um campo de tiro dedicado para testes rigorosos, garantindo a confiabilidade de cada arma de fogo e o cumprimento de rigorosas medidas de controle de qualidade. Além disso, foram criados laboratórios de qualidade para ensaios metalográficos e meteorológicos, além de uma área de montagem gerenciada por Sistema de Controle de Acesso.

Guiada pelos padrões ISO 9001 e 27001, a JD Taurus dá ênfase significativa à qualidade em todas as etapas da produção para garantir a fabricação consistente e confiável de armas de fogo. Protocolos de segurança rigorosos estão em vigor para salvaguardar o bem-estar dos funcionários, enquanto pessoal altamente qualificado mantém padrões de precisão e qualidade nos processos de fabricação.

Em última análise, a JD Taurus aspira ser reconhecida como um fabricante de armas de classe mundial, fornecendo produtos de qualidade superior capazes de operar em diversos terrenos e temperaturas extremas. Através da dedicação incansável à excelência e à inovação, a JD Taurus pretende deixar uma marca indelével no panorama da indústria de defesa da Índia, contribuindo para a segurança nacional e a prosperidade econômica.
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Fuzil JD Taurus T4 é um forte concorrente na megalicitação para as Forças Armadas indianas


O vídeo acima (Canal H&H Gun Custom, do YouTube), embora esteja em inglês, pode ter legendas em português quando visto no YouTube, bastando habilitá-las e, depois, habilitar a tradução para o português.

 Saiba mais:

- Na Índia, JD Taurus inicia produção de lotes-piloto de suas armas Made in India

- O enorme potencial da pistola PT57, a primeira arma civil a ser fabricada pela JV da Taurus na Índia 

- Mercado civil indiano pode aumentar em 40% o faturamento trimestral da Taurus

- Ainda sobre o potencial do mercado civil indiano para a Taurus

- Pronta para iniciar sua operação na Índia, JD Taurus ativa seu site e informa as armas a serem produzidas

Como a longa guerra na Ucrânia está mudando as atitudes em relação à artilharia

Países como a Alemanha e o Reino Unido transferiram alguns de seus sistemas de lançamento múltiplo de foguetes da série M270 para a Ucrânia, juntamente com seus foguetes associados. (Foto: KMW)

*Shephard, por Christopher F Foss - 14/03/2024

A conferência Future Indirect Fires, realizada em Bristol, Reino Unido, no início de março, viu muitos usuários importantes de artilharia e palestrantes do setor atualizarem um público especializado sobre os últimos desenvolvimentos no campo. Naturalmente, a guerra na Ucrânia foi um tema proeminente.

A forma como a artilharia é usada por ambos os lados no conflito em curso atraiu, sem surpresa, muita atenção. Aqui, plataformas de artilharia dispersas estão usando táticas de tiro e fuga sempre que possível para evitar o fogo de contra-bateria.

A implantação de sistemas de artilharia em posições bem camufladas também aumenta a capacidade de sobrevivência. Quando necessário, esses obuses ou lançadores deslocam-se para a posição de tiro, que pode ter alguma munição pré-posicionada, cumprem a missão e retornam à cobertura.

Embora grande parte do terreno na Ucrânia seja arborizado, existem espaços abertos e trilhas feitas por todos os tipos de veículos, incluindo sistemas de artilharia, que muitas vezes podem ser facilmente vistas de cima, especialmente quando neva. Seguir essas trilhas leva naturalmente à plataforma.

Outro aspecto destacado pelo representante da Ucrânia na conferência foi o aumento maciço da utilização de UAVs de todos os tamanhos no campo de batalha.

Estes têm sido tradicionalmente usados ​​para reconhecimento e avaliação de danos pós-ataque, mas agora são cada vez mais empregados para usos ofensivos, incluindo o fornecimento de munições de ataque de topo para penetrar nas superfícies superiores vulneráveis ​​dos AFVs.

Os veículos logísticos também são vulneráveis ​​quando entregam munições, combustível e outros fornecimentos essenciais, sem os quais as unidades avançadas não podem sustentar as operações de combate.

Neutralizar UAVs maiores e de alto valor é uma alta prioridade para ambos os lados, sendo os drones menores muito difíceis de detectar e combater, especialmente quando operam em enxames.

Camuflagem e dissimulação estão sendo usadas por ambos os lados, com a Ucrânia visando radares de localização de artilharia russa de alto valor que possuem uma assinatura eletrônica durante a operação.

Embora a Ucrânia ainda utilize uma variedade de artilharia russa rebocada e autopropulsada (AP), especialmente de calibre 122 mm e 152 mm, está a migrar para os padrões da OTAN de 105 mm e 155 mm, uma vez que o Ocidente é famoso por fornecer um grande número de armas deste tipo como bem, enormes quantidades de munição.

Os sistemas de foguetes de artilharia russos ainda são usados ​​pela Ucrânia, mas um número crescente de HIMARS M142 de seis cartuchos estão agora sendo implantados ao lado de um número menor de lançadores MLRS M270 de lagarta mais antigos.

Além de disparar foguetes não guiados mais antigos das séries M30 e M31 de 227 mm, o MLRS também usou munições que distribuem minas antitanque AT-2 e cartuchos MLRS guiados para atingir alvos de alto valor com efeito de precisão em distâncias muito maiores, de mais de 70 km.

Isto será seguido pelo Extended Range GMLRS, que é eficaz até 499 km graças a mais propelente.

Apesar de seu tamanho, tanto o HIMARS quanto o MLRS são móveis o suficiente para usar as táticas de atirar e fugir descritas acima.

O conflito também tem repercussões para as nações doadoras, é claro. A Artilharia Real do Reino Unido transferiu cerca de 30 sistemas de artilharia AS90 155mm/39cal para a Ucrânia e para preencher a lacuna até a chegada da Plataforma de Fogo Móvel (MFP), 14 Sistemas BAE. Os sistemas de artilharia Bofors Archer 155mm SP estão sendo fornecidos pelos estoques do Exército Sueco e estes devem estar todos no Reino Unido em abril.

O requisito original do MFP era para 116 sistemas, e o boato na conferência era que o KMW Remote Controlled Howitzer 155 (RCH 155) era a opção preferida.

Este é baseado no ARTEC Boxer 8x8, dos quais cerca de 623 foram encomendados para o Exército Britânico em diversas variantes.

O RCH 155 foi desenvolvido como um empreendimento privado há muitos anos e está agora em produção na Ucrânia com 18 sistemas a serem fornecidos pela linha de produção de Kassel da KMW.

O Exército Alemão também tem uma necessidade provável de até 200 RCH 155 e os potenciais clientes de exportação incluem a Suíça, onde está em concorrência com o Archer. A Itália representa outra oportunidade, pois ainda utiliza o FH-70 rebocado de 155 mm/39 cal, desenvolvido há mais de 50 anos.

Tudo isto reflecte a tendência crescente para sistemas de artilharia AP com rodas, que têm maior mobilidade estratégica e podem ser implantados em longas distâncias sob o seu próprio poder.

O Exército Francês terá em breve uma frota de 109 dos mais recentes obuseiros CAESAR Mk II 6x6 SP e as vendas de exportação foram feitas para muitos países.

A linha de base CAESAR carrega projéteis de 18x155mm e cargas associadas. Uma versão 8x8 baseada em chassi Tatra possui maiores níveis de mobilidade e pode transportar mais de 30 cartuchos com opção de carregamento semiautomático.

O primeiro cliente do sistema de artilharia Nexter CAESAR 155 mm/52cal 8x8 SP baseado em um chassi Tatra foi a Dinamarca, que agora passou sua frota completa para a Ucrânia. (Foto: Nexter)

Em outros lugares, a Rheinmetall e a Elbit Systems estão cooperando em um sistema de artilharia 10x10 AP que será conhecido como Sigma no serviço das Forças de Defesa de Israel.

A versão alemã é baseada no mais recente caminhão Rheinmetall MAN Military Vehicles HX equipado com munições de 155 mm/52 cal. Há potencial de crescimento para 60cal para permitir alcances de 70 km.

No entanto, os sistemas de artilharia AP rastreados ainda são implantados por muitos países e o KMW PzH 2000 está agora de volta à produção para o Exército Alemão, que em 2023 assinou um contrato para dez novos sistemas para substituir os exemplares passados ​​para a Ucrânia. Há também opção de mais 18 em três lotes de seis.

Nos EUA, a série BAE Systems 155mm M109 foi construída em grande número para os mercados doméstico e de exportação, mas ainda está equipada com um material bélico de 39cal que limita seu alcance efetivo.

A artilharia de obus de alcance estendido XM1299 58cal acaba de ser cancelada e teria proporcionado uma mudança radical no alcance do Exército dos EUA se tivesse sido colocada em campo. Uma solução alternativa deve agora ser encontrada.

O sistema de artilharia AP rastreado mais vendido nos últimos anos foi o Hanwha K9 Thunder, que é equipado com um material bélico de 155 mm/52 cal e foi desenvolvido para atender aos requisitos do Exército da República da Coreia, juntamente com o veículo de reabastecimento de munição K10.

O K9 já foi encomendado ou implantado por um número crescente de usuários, incluindo Austrália, Egito, Estônia, Finlândia, Índia, Noruega, Polônia (Krab), Coreia do Sul, Turquia (Firtina) e Ucrânia.

O K9 original foi seguido pelo K9A1 e K9A2, mapeando um caminho claro de crescimento com um material bélico de 58cal mais longo e maior automação para reduzir o complemento da tripulação.

Os obuseiros, sejam eles de lagartas ou de rodas, não servem para nada sem munições, algo de que a Ucrânia carece notavelmente. Apesar dos pontos de interrogação política iminentes sobre a ajuda futura, muitos empreiteiros nos EUA, na Europa e noutros locais intensificaram a produção de munições de artilharia, principalmente de 155 mm, mas alguns países no Ocidente também estão a fornecer munições de 122 mm e 152 mm.

Por exemplo, os EUA produziam apenas 14 000 projécteis de 155 mm por mês antes da guerra, mas este número já aumentou para uma taxa de 40 000, estando planejada uma maior expansão.

Além das naturezas alto explosiva, fumegante e iluminante da munição de 155 mm, os EUA também forneceram à Ucrânia projéteis M483 que carregam 64 submunições M42 e 24 M46 de dupla finalidade.

A Ucrânia também confirmou que tem utilizado com sucesso munições guiadas com precisão Raytheon 155mm M982 Excalibur e Diehl/Leonardo Vulcano para atingir alvos russos de alta prioridade.

Muitos empreiteiros na Europa estão agora a intensificar a produção de munições para a Ucrânia. Esta é uma instalação da BAE Systems que fabrica projéteis de artilharia de 155 mm . (Foto: Sistemas BAE)

Fornecer mais munições à Ucrânia é apenas uma parte do problema, uma vez que existem outros consumíveis, como artilharia e tubos de tanques.

Em um sistema de artilharia de 155 mm disparando com carga máxima, o tubo real poderia durar apenas 1.000 tiros e, se usado além deste ponto, os projéteis começariam a ficar aquém.

De acordo com o orador da conferência da Ucrânia, a Rússia disparava até 30.000 cartuchos de munição de artilharia por dia, embora este número tenha sido agora reduzido.

Por seu lado, a Ucrânia posiciona a sua artilharia e morteiros o mais à frente possível para dar o máximo alcance ao território inimigo, mas movimenta as suas armas sempre que possível.

Em certos casos, com artilharia rebocada, como o canhão D-30 de 122 mm e alguns morteiros, uma vez realizada uma missão de fogo, a tripulação move-se para uma distância segura, livre do fogo da contra-bateria, deixando a própria arma para trás.

O fogo de artilharia e morteiros causou 80% das vítimas na guerra, embora isto não deva ser uma surpresa, uma vez que números semelhantes foram observados em conflitos anteriores.

Antes da eclosão destas hostilidades específicas, muitos acreditavam que os futuros conflitos convencionais seriam curtos e agudos, como a Guerra dos Seis Dias e a Operação Tempestade no Deserto.

Nos primeiros dias dos combates havia alguma margem para manobras de guerra, mas hoje é quase um conflito estático com, do lado russo, pelo menos três linhas de defesa com campos minados antitanque e antipessoal que se revelaram muito difíceis de violar, mesmo com veículos de engenharia de combate fornecidos pelo Ocidente e equipados com equipamento de remoção de minas.

Isto levou a grandes perdas de materiais e pessoas e ao consumo de enormes quantidades de munições de ambos os lados, que têm sido difíceis de substituir.

Onde isso deixa a artilharia? Embora o poder aéreo, seja ele de asa fixa ou rotativa, seja valioso, apenas a artilharia de campanha pode fornecer rapidamente apoio de fogo 24 horas por dia, 7 dias por semana.

Na verdade, como disse um orador, “o poder aéreo não pode substituir o poder de fogo orgânico”, enquanto outro acrescentou que “a artilharia de campanha pode hoje fornecer poder de fogo supressivo, bem como ataque de precisão”.

Enquanto durar a guerra, os sistemas de artilharia e os seus suprimentos vitais de munições terão necessariamente um papel importante.

 

15 março, 2024

Na Índia, JD Taurus inicia produção de lotes-piloto de suas armas Made in India


*LRCA Defense Consulting - 15/03/2024

A nova unidade fabril na Índia da JD Taurus, joint venture entre a multinacional brasileira Taurus Armas S.A. e o grupo indiano Jindal Defense Systems Pvt Limited, iniciou a produção de lotes-piloto de armas de fogo em março de 2024.

Nesta fase, a produção está sendo assistida in loco pela equipe da Taurus do Brasil, conforme estabelecido no processo de transferência de tecnologia (ToT) e conhecimento para o corpo profissional da Planta indiana.

O objetivo dos lotes-piloto é garantir que nos lotes industriais propostos estejam estabelecidas condições técnicas, operacionais e de processo de fabricação, bem como alto nível de segurança e qualidade para que os produtos e processos sejam reproduzidos em escala industrial.

A unidade fabril na Índia produzirá armas de fogo para o mercado militar e civil. A fabricação de armas de fogo destinadas ao mercado militar, policial e de segurança ocorrerá de acordo com as propostas que serão adjudicadas.

A fábrica tem atualmente capacidade de produção anual de até 250 mil armas, mas tem possibilidade de aumento, dependendo da demanda.

Megalicitação de carabinas e outras licitações
Está em andamento a maior licitação já realizada no mundo para 425.000 carabinas para o Ministério da Defesa, na Índia, na qual a JD Taurus está participando com versões do seu Fuzil T4. O envio de amostras de carabinas será realizado ainda neste mês para as avaliações classificatórias, que seguirão um rigoroso protocolo de testes a serem realizados em uma base no Himalaia, em condições de baixa temperatura, e no deserto, em altas temperaturas. 

A empresa também participa em outras licitações de menor volume para forças policiais e paramilitares para as quais, a médio prazo, os negócios estimados são superiores a US$ 30 milhões.

A Taurus é conhecida no mercado global por preços competitivos, tecnologia de ponta, qualidade superior e alto volume de produção (algo que poucos fabricantes do setor são capazes). Esses são alguns dos fatores que fizeram a Taurus vencer, entre outras, a licitação para fornecimento dos fuzis T4 ao Exército das Filipinas em 2022, competindo com outros grandes fabricantes internacionais de armas de fogo.

Pioneira
A Taurus, Empresa Estratégica de Defesa e integrante da Base Industrial de Defesa Brasileira (BID), é pioneira no programa de transferência de tecnologia para o promissor mercado de defesa indiano, em conformidade com o programa "Make in India" que visa desenvolver a indústria e o mercado local. A JD Taurus é uma das primeiras empresas privadas a ter uma fábrica de armas de fogo de pequeno porte no estado de Haryana.

A parceria com a Jindal Defense, que também contou com apoio institucional da Nebraska Capital de Porto Alegre, foi celebrada em 2020 durante o primeiro Diálogo Brasil-Índia da Indústria de Defesa realizado no Fórum Empresarial Índia-Brasil (IBBF), organizado pelo Ministério das Relações Exteriores do Governo da Índia. Jindal Defense e Taurus Armas S.A. possuem participação acionária na razão de 51:49. Enquanto a Taurus contribuirá com sua tecnologia, a Jindal Defense contribuirá com o capital.

Dessa forma, o Brasil, conhecido como um país que tradicionalmente exporta bens do setor primário, tornou-se, através da Taurus, uma referência na exportação de tecnologia para um dos países mais importantes do mundo, o maior em termos de população e em um setor de Defesa extremamente estratégico, onde a Índia já se destaca em termos de investimentos para o desenvolvimento de armas e equipamentos com tecnologia de ponta.

Índia: um grande mercado
A Índia possui uma das maiores Forças Armadas do mundo em termos de efetivo. Existem cerca de 1,4 milhão de militares. O mercado indiano possui cerca de 7 milhões de profissionais de segurança privada. Com uma população de mais de 1,4 bilhão de habitantes, a Índia é o país mais populoso do mundo. 

Entre os anos de 2018 e 2023, a Índia foi o maior importador de armas do mundo e está entre os cinco primeiros países do mundo com maior gasto no setor de Defesa. 

A Índia é considerada a quarta potência militar do mundo, atrás apenas dos EUA, Rússia e China. Além disso, possui o quinto maior PIB do mundo, à frente de países como Reino Unido, França, Itália, Canadá, Rússia e Coreia do Sul. 

O potencial na Índia no setor de Defesa é imenso. Os empregos criados com a nova planta e a transferência de tecnologia estão sem dúvida fazendo desta uma nova era no setor de Defesa indiano.

Saiba mais:

- O enorme potencial da pistola PT57, a primeira arma civil a ser fabricada pela JV da Taurus na Índia 

- Mercado civil indiano pode aumentar em 40% o faturamento trimestral da Taurus

- Ainda sobre o potencial do mercado civil indiano para a Taurus

Fator-chave para mais vendas: E2 da Embraer liberado para operações com ETOPS-120

Operadores do E2 podem agora voar em rotas diretas e ilimitadas sobre a água e outras áreas remotas, economizando tempo e combustível


*LRCA Defense Consulting - 15/03/2024

A Embraer recebeu a autorização das autoridades aeronáuticas do Brasil (ANAC), Estados Unidos (FAA) e Europa (EASA) para que as aeronaves comerciais E190-E2 e E195-E2 possam voar sob as regras de operação estendida ETOPS-120 (Extended-range Twin-engine Operations Performance Standards), permitindo percorrer rotas que tenham um desvio para um aeroporto alternativo que esteja até 120 minutos da rota de voo.

Esta nova capacidade abre caminho para que os operadores dos jatos E2 voem em percursos diretos e ilimitados sobre a água e outras áreas remotas, economizando tempo e combustível.

A concessão da capacidade ETOPS 120 é uma prova da maturidade do projeto e sistemas da aeronave e é obtida a partir do atingimento de marcos acumulativos que consideram horas de voo da frota em operação. O tempo de aprovação foi impactado pela pandemia que reduziu significativamente as operações dos jatos comerciais ao redor do mundo e consequentemente o acúmulo dessas horas de voo necessárias.

“O ETOPS é uma capacidade adicional importante para o E2, e um facilitador-chave para mais vendas, especialmente na região da Ásia-Pacífico. As companhias aéreas que voam em rotas com tempo de desvio de até 120 minutos agora poderão usar percursos mais diretos, rápidos e com maior eficiência no consumo de combustível, além de terem acesso a mais aeroportos para alternar,” disse Arjan Meijer, Presidente e CEO da Embraer Aviação Comercial. “A capacidade ETOPS é mais uma forma de otimização do E2, que já tem a maior eficiência do segmento.”

ETOPS – O padrão de desempenho para aeronaves bimotoras de alcance estendido considera regras de voo para eventuais condições de voo com um motor inoperante. A Organização da Aviação Civil Internacional (ICAO) utiliza a sigla para operação de bimotores no espaço aéreo a mais de uma hora de um aeroporto alternativo na velocidade de cruzeiro com um motor inoperante, sobre água ou terras remotas, ou em rotas anteriormente restritas para aeronaves de três e quatro motores.

14 março, 2024

Brasil e Índia aprofundam laços de defesa com foco em submarinos


*India Defence - 13/03/2024

A parceria estratégica em evolução entre a Índia e o Brasil deverá atingir um novo nível à medida que as duas nações se preparam para o seu Diálogo Ministerial 2+2 inaugural em Nova Deli, no próximo mês.

Este compromisso diplomático inovador, confirmado pelo Embaixador brasileiro Kenneth Haczynski Da Nobrega, destaca a crescente importância da cooperação em defesa dentro do seu já próspero relacionamento económico.

Colaboração submarina: um foco principal​

Um pilar central deste aprofundamento da parceria de defesa é o potencial para uma ampla colaboração no domínio da manutenção e tecnologia submarina.

O Brasil, com a sua frota de submarinos da classe Scorpene, e a Índia, que possui um robusto programa de submarinos domésticos, poderão beneficiar enormemente do intercâmbio tecnológico e da cooperação mútua.

Atualmente, estão em curso negociações entre as duas marinhas para potencialmente assinar um Memorando de Entendimento (MoU) que visa:

- Redução de Custos: Um objetivo central do Memorando de Entendimento é identificar e implementar estratégias para reduzir os custos substanciais envolvidos na manutenção e reparo dos submarinos Scorpene do Brasil. Isto poderia incluir uma maior partilha de conhecimentos, a criação de programas de formação conjuntos ou mesmo o potencial desenvolvimento de instalações de manutenção cooperativas.

- Cooperação Técnica e Treinamento: Espera-se que o acordo facilite uma maior cooperação técnica entre as marinhas indiana e brasileira. Isto poderia significar que a experiência indiana em manutenção e operações submarinas seria sistematicamente compartilhada para melhorar as capacidades brasileiras.

- Desenvolvimento Futuro: Os ganhos potenciais vão além dos requisitos imediatos de manutenção. O desenvolvimento contínuo do Brasil do seu próprio programa de submarinos de ataque com propulsão nuclear poderia fazer com que o Brasil se valesse da vasta experiência da Índia nesta área. A cooperação poderia florescer em potenciais joint ventures e partilha de conhecimentos no futuro desenvolvimento de tecnologia submarina.


Contexto estratégico mais amplo
O próximo Diálogo 2+2, juntamente com o potencial Memorando de Entendimento sobre cooperação submarina, reflete um alinhamento estratégico entre a Índia e o Brasil.

À medida que ambas as nações procuram navegar nas mudanças estratégicas na região do Indo-Pacífico, o reforço dos seus laços de defesa contribui directamente para os seus objectivos comuns de garantir a segurança marítima e promover a estabilidade regional.

Conclusão​
A intensificação da cooperação bilateral em defesa entre a Índia e o Brasil marca um ponto de viragem significativo na sua relação estratégica.

O foco nos submarinos como uma área chave de colaboração reflecte a importância crescente que ambas as nações atribuem ao poder naval e o seu compromisso no desenvolvimento de capacidades robustas para enfrentar o cenário de segurança em evolução na região Indo-Pacífico.

Embraer seleciona tecnologia de simulação da Dassault Systèmes para eVTOL


 

*LRCA Defense Consulting - 14/03/2024

A Dassault Systèmes e a Embraer anunciaram hoje que a tecnologia de simulação da Dassault Systèmes foi utilizada para simular, analisar e testar virtualmente as aeronaves elétricas de decolagem e pouso vertical (eVTOL) da Eve Air Mobility.

O aplicativo SIMULIA PowerFLOW da Dassault Systèmes forneceu simulação de dinâmica de fluidos robusta e comprovada pela indústria para prever condições operacionais do mundo real, permitindo que os engenheiros da Embraer e da Eve avaliassem como a aeronave voa e testassem sua emissão sonora.

“Uma das principais vantagens das aeronaves eVTOL é que elas são movidas eletricamente e são uma opção mais sustentável do que as aeronaves movidas a combustão. No entanto, destinam-se a operar em áreas urbanas, tornando a redução de ruído um factor-chave na sua concepção. As aplicações de dinâmica de fluidos SIMULIA permitirão que a Embraer e a Eve experimentem e otimizem as partes mais críticas de suas aeronaves eVTOL em um ambiente virtual”, disse David Ziegler, Vice-Presidente da Indústria Aeroespacial e de Defesa da Dassault Systèmes.

A Embraer e a Eve têm trabalhado em esforços colaborativos com parceiros globais, alinhados ao compromisso de fornecer com segurança soluções de Mobilidade Aérea Urbana (UAM) mais confiáveis, acessíveis, sustentáveis, integradas e centradas no ser humano.

“Modelos numéricos validados demonstraram precisão quando comparados com resultados experimentais e ajudaram a acelerar a definição do produto”, disse Micael Gianini, Gerente Sênior de Interiores, Ruído e Vibração da Embraer. “O design centrado no ser humano garante a segurança, acessibilidade e conforto dos passageiros, do piloto e da comunidade, minimizando o ruído.”

Em julho de 2023, a Embraer e a Eve anunciaram que a primeira unidade de produção de eVTOL da Eve estará localizada na cidade de Taubaté, no estado de São Paulo, Brasil. A empresa iniciou a montagem de seu primeiro protótipo eVTOL em grande escala, que será seguido por uma campanha de testes em 2024. O eVTOL da Eve está programado para começar a ser entregue e entrar em serviço em 2026.

Sobre a Dassault Systèmes

Dassault Systèmes, a empresa 3D EXPERIENCE®, é um catalisador para o progresso humano. Fornece às empresas e às pessoas ambientes virtuais colaborativos para imaginar inovações sustentáveis. Ao criar experiências gémeas virtuais do mundo real com a sua plataforma e aplicações 3D EXPERIENCE, seus clientes podem redefinir os processos de criação, produção e gestão do ciclo de vida da sua oferta e, assim, ter um impacto significativo para tornar o mundo mais sustentável. A beleza da Economia da Experiência é que é uma economia centrada no ser humano para o benefício de todos – consumidores, pacientes e cidadãos. A Dassault Systèmes agrega valor a mais de 300.000 clientes de todos os tamanhos, em todos os setores, em mais de 150 países.

Por que estatizar a Avibras, pioneira na criação de foguetes e mísseis


*Sputnik Brasil, por Fabian Falconi - 13/03/2024

O plano de recuperação judicial da Avibras foi homologado no último dia 19 de fevereiro, mas o futuro da empresa ainda é incerto.

Enquanto a companhia busca um "investidor estratégico para capitalizar a empresa", segundo nota enviada à Sputnik Brasil, trabalhadores e analistas militares lutam por sua nacionalização junto ao governo federal.

O que produz a Avibras?
Com mais de 60 anos de existência, a Avibras projeta e desenvolve mísseis e foguetes para aplicações militares e pesquisa espacial. A maior parte dos seus clientes são as Forças Armadas internacionais, como Iraque, Arábia Saudita, Catar, Angola, Líbia, Indonésia e Malásia.

A companhia também é reconhecida no desenvolvimento de uma extensa classe de propelentes sólidos compósitos de alta energia; em outras palavras, combustíveis para foguetes. Isso torna a empresa brasileira um pivô estratégico e tecnológico no setor da Defesa nacional.

Suas instalações principais ficam localizadas em São José dos Campos e regiões próximas, onde são produzidos equipamentos militares de alta tecnologia. Entre seus principais produtos estão o míssil Skyfire, cuja empresa possui um contrato de fornecimento para o Exército brasileiro, e o lançador de foguetes Astros II.

O Astros II é considerado um dos melhores lançadores de foguetes do mundo, graças à sua alta mobilidade, blindagem, rapidez de disparo e emprego, tripulação reduzida e possibilidade de transporte em aviões cargueiros como o Hercules C-130 e o Embraer KC-390.

Como está a Avibras hoje?

Em seu plano de recuperação judicial, a Avibras deve pagar todas as dívidas contraídas até 18 de março de 2022, data em que protocolou na Justiça o pedido de recuperação judicial. Na época, a empresa alegava uma dívida de R$ 600 milhões. Atualmente, o montante da dívida é impreciso, mas dados do mercado financeiro o colocam acima de R$ 1,2 bilhão.

Desse total, R$ 14,5 milhões se referem a dívidas trabalhistas. Segundo o acordo de recuperação judicial, os trabalhadores poderão escolher entre receber 82% do valor devido ou aguardar até agosto deste ano para receber 100% dos débitos.

Para Weller Gonçalves, presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos e Região, a possibilidade de a companhia não pagar integralmente a dívida com os trabalhadores demonstra como a lei de recuperação judicial "não é boa para os trabalhadores". "O trabalhador — quando tem uma dívida na sua realidade financeira, quando está desempregado ou quando não consegue pagar as contas dentro do mês — não pode escolher pagar da forma que quiser."

Outra parte da dívida, R$ 386 milhões de passivo fiscal, será reduzida para R$ 63 milhões graças à negociação com a União, por meio do mecanismo da transação tributária, que oferece descontos sobre juros e multas, estende prazos e pode até mesmo amortizar a dívida.

O que aconteceu com a Avibras?

Segundo a empresa, a situação deficitária foi causada por dois fatores: a imprevisibilidade das compras anuais das Forças Armadas do Brasil e a pandemia de COVID-19, que fechou fronteiras e paralisou as atividades. A Avibras alegou uma queda de 70% na receita entre 2020 e 2021, caindo de R$ 848 milhões para R$ 232 milhões.

Para os trabalhadores da Avibras, no entanto, isso não justifica a contração dessas dívidas. Nos anos anteriores, ressalta Gonçalves, "a empresa teve lucros absurdos que dariam para, em um momento sem contratos, manter minimamente o salário e o emprego dos trabalhadores".

Em 2022, quando entrou com o processo de recuperação, a Avibras demitiu, sem verbas rescisórias, 420 trabalhadores da fábrica de Jacareí, São Paulo. Em luta na Justiça, o sindicato conseguiu reverter as demissões e estabelecer um layoff, período de inatividade temporária na fábrica em que os empregos ficam assegurados. Em acordos com a companhia, o layoff foi sendo renovado, e os trabalhadores obtiveram estabilidade até março deste ano.

Historicamente, sublinha Gonçalves, a Avibras nunca dependeu das Forças Armadas para obter lucro. Em 2017, por exemplo, a empresa anunciou um faturamento de R$ 1,7 bilhão. Desse valor, 90% foi oriundo de exportações. "Cerca de 75% do que a Avibras vende vai para o Oriente Médio", disse.

Esse fato, contudo, ressalta a falta de apoio que a empresa brasileira encontra do governo. Para Robinson Farinazzo, analista militar e oficial da reserva da Marinha do Brasil, a indústria de Defesa precisa "ter um um arcabouço de apoio do governo em termos de financiamentos, isenções e subsídios". "Ela não é uma fábrica de refrigerante, de chocolate, de cigarro que vende toda hora. Ela às vezes faz uma única venda no ano. Então precisa de suporte."

A Avibras pode ser estatizada?
A Avibras, ressalta Gonçalves, "é a principal indústria de Defesa que temos no nosso país, uma das mais importantes do mundo". Com mais de 60 anos de história, de qualificação de sua mão de obra e de geração de tecnologia, a companhia é "estrategicamente importante para a defesa da soberania do país", afirmou o líder sindical.

Nesse sentido, a Avibras é parte fundamental da Base Industrial de Defesa (BID) e, portanto, detentora de conhecimento e expertise inestimáveis para o Brasil. Com a crise na empresa, ressalta Gonçalves, muitos dos trabalhadores desistiram de esperar uma solução e "foram para outras companhias também do segmento de defesa, como a Akaer, a Mac Jee e a Siatt.

Em busca de melhorar seu caixa e arcar com as dívidas, a Avibras hoje busca um investidor, e empresas estrangeiras interessadas já se apresentaram. Para Weller Gonçalves, no entanto, por sua importância, a Avibras deveria ser estatizada. "Uma empresa tão importante como a Avibras ser entregue para o capital estrangeiro ameaça não só os empregos, mas toda essa tecnologia na fabricação de armamento bélico."

"Se for para vender para fora, é melhor o governo nacionalizar", afirma Farinazzo. De fato, apontam os especialistas, uma maior participação do governo na empresa, da forma que seja é necessária, e Gonçalves ressalta que há espaços para isso. "O Brasil compra 75% do armamento de fora e, com isso, ele não desenvolve a sua indústria de defesa nacional […]. O governo tem que minimamente fazer compras dos produtos da Avibras."

Já Farinazzo destaca que um volume alto de compras é só o início. "O governo precisava investir em pesquisa e desenvolvimento apoiando essas empresas e, então, lançar concorrência para projetos novos". Dessa forma, as empresas da BID poderiam "acelerar os seus processos de pesquisa e desenvolvimento". "Mesmo que você tenha um projeto em pesquisa e ele não vá para frente, aquilo que você obteve em termos de conhecimento vai te dar base para o projeto seguinte", explicou o oficial da Marinha.

Há possibilidade de que o governo federal possa obter uma participação na Avibras com a conversão de sua dívida em ações douradas, ou golden shares, assim como é com a Embraer. De acordo com Farinazzo, contudo, esse modelo pode se mostrar insuficiente para uma empresa como a Avibras. "A natureza da Embraer é diferente da natureza da Avibras", disse. A Embraer é uma companhia com perfil duplo, afirmou. "Ela se vira muito bem no mercado civil, tem uma linha de jatos reconhecido internacionalmente." "Agora uma empresa que nem a Avibras já é desenhada para o mercado militar dificilmente vai ter essa dualidade. É um perfil diferente da Embraer."

Quem é o dono da Avibras?

Hoje, 98% das ações pertencem a uma única pessoa, João Brasil Carvalho Leite, filho de um dos fundadores, João Verdi Carvalho Leite, engenheiro formado no Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA).

Para os trabalhadores da empresa, a única solução possível para o dilema que vive a Avibras é a sua estatização. Em conversas com o ministro da Defesa, José Mucio, e o vice-presidente da República e também ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, o sindicato expõe seu desejo e a revolta com os dez meses de salário em atraso.

"O pedido principal e a campanha do sindicato é a sua estatização", afirmou Gonçalves.

"Mas esse é um debate que deve ser feito a partir da estratégia da defesa do nosso país, e que deve ser levado à sociedade, cobrando todos os governos tanto na esfera municipal, estadual e principalmente federal."
 

Morgan Stanley: Embraer entra em "período de colheita" que "deverá render benefícios financeiros significativos"


*Investing.com, por Emilio Ghigini - 13/03/2024

Na quinta-feira, o Morgan Stanley manteve sua classificação Overweight (exposição acima da média do mercado) na Embraer (NYSE:ERJ) e aumentou significativamente o preço-alvo de suas ações para US$ 40, dos US$ 19,50 anteriores.

O ajustamento segue-se a uma revisão abrangente do modelo financeiro da empresa e a um mergulho profundo no seu potencial de ganhos a longo prazo à medida que transita de ciclos de investimento para um período de colheita dos benefícios desses investimentos.

A perspectiva revisada do Morgan Stanley sugere um aumento aproximado de 21% nas expectativas de receita acumulada para os anos de 2023 a 2028, elevando a previsão para US$ 3,905 bilhões. Além disso, a empresa prevê um aumento substancial de 153,6% nas projeções de fluxo de caixa livre, estimando agora US$ 433 milhões para o mesmo período.

O comentário do analista enfatizou que, após anos de investimentos, a Embraer está entrando agora em um “período de colheita”, que deverá render benefícios financeiros significativos. O modelo atualizado reflete uma visão mais otimista das receitas e da capacidade de geração de caixa da empresa.

A Embraer foi elevada à categoria Top Pick do Morgan Stanley no setor aeroespacial, refletindo a confiança da empresa na capacidade da empresa de romper o duopólio de longa data da Boeing (NYSE: BA ) e da Airbus no mercado aeroespacial comercial. O analista destacou o potencial da Embraer para se tornar um terceiro player significativo no setor.

O novo preço-alvo de US$ 40 reflete a crença do Morgan Stanley no valor e nas perspectivas de crescimento da Embraer à medida que a empresa avança com suas iniciativas estratégicas. O endosso da empresa posiciona a Embraer como uma oportunidade de investimento de destaque no setor aeroespacial.

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