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30 junho, 2023

Frasle Mobility inicia comercialização pioneira de produtos com revestimento contendo nanotecnologia


*LRCA Defense Consulting - 30/06/2023

A Frasle Mobility, por meio da Fremax, divulgou hoje o início da comercialização da linha de produtos Maxcoating. Lançada oficialmente neste ano, na feira Automec, a nova linha traz ao mercado global discos e tambores de freio revestidos com pintura que contém nanotecnologia exclusiva e patenteada. As primeiras unidades comercializadas chegam nas próximas semanas para clientes da América do Norte, um dos principais mercados potenciais para essa tecnologia inovadora.

Nanopartículas de pentóxido de nióbio podem dobrar a vida útil da peça
A linha Maxcoating recebe um revestimento protetivo contendo nanopartículas de pentóxido de nióbio, que agem para aumentar a performance da pintura e a resistência à corrosão. Tais características, associadas com uma formulação à base d’água, permitem a aplicação de camadas mais finas, aumentando a vida útil do revestimento. A alta performance contra corrosão é ideal para o uso dos discos e tambores de freio em condições climáticas extremas, como em regiões com muita ocorrência de neve – onde a aplicação de sal nas estradas para garantir a trafegabilidade acelera a oxidação de componentes dos automóveis, por exemplo. Testes em laboratório mostraram que a nova tecnologia aplicada nos produtos da Fremax garante aproximadamente mil horas de proteção, o que pode dobrar a vida útil da peça.

Tecnologia aplicada no processo produtivo, único no mundo em suas características
Outro diferencial do investimento realizado pela Frasle Mobility é a tecnologia aplicada no processo produtivo, único no mundo em suas características. O uso de robotização e automação aumenta a versatilidade no desenvolvimento dos componentes, atendendo diferentes especificidades de cores, com maior precisão na pintura e garantia de qualidade na entrega da solução. A nova linha de pintura também apresenta ganhos de desempenho no processo de fabricação, com secagem ultrarrápida e baixo consumo de energia, por meio de um exclusivo processo de cura por micro-ondas. A companhia investiu R$ 3 milhões na estruturação de uma nova área de produção, junto da planta fabril da Fremax em Joinville (SC).

“A linha Maxcoting chega para agregar mais tecnologia ao portfólio da marca, já reconhecido pela alta performance e resistência dos seus produtos premium. Este processo, nos moldes que fizemos, é único no mundo. Percebemos uma relevante aceitação do mercado para essa solução, que contribui para um uso mais sustentável do disco de freio, aliando durabilidade com um processo produtivo inovador”, destaca Hemerson de Souza, diretor de Negócios da Fremax e diretor de M&A e Relações com Investidores da Frasle Mobility.

Parceria Instituto Hercílio Randon e WEG Tintas, com solução da NIONE
O projeto da Maxcoating com nanopaint foi desenvolvido em parceria com o Instituto Hercílio Randon (IHR) e com a empresa WEG Tintas, com solução fornecida pela NIONE, empresa da Randoncorp e Frasle Mobility especializada no desenvolvimento de nanotecnologia para a melhoria das propriedades físico-químicas de materiais.

“Este lançamento reforça nossa visão de futuro, baseada no investimento contínuo em inovação de produtos, em processos cada vez mais sustentáveis, e na colaboração para soluções disruptivas e de alcance mundial”, salienta o COO da Frasle Mobility, Anderson Pontalti.

A segurança e qualidade aplicadas aos produtos da marca Fremax são reconhecidos por certificações internacionais, como a ISO 9001, que atesta a qualidade uniforme e a segurança na aplicação dos produtos da marca, e a IATF 16949, que atende aos requisitos exigidos pelas montadoras de todo o mundo.

Embraer KC-390 da FAB realiza primeira missão de reabastecimento em voo noturno


*Agência Força Aérea - 29/06/2023 (atualizado com vídeo em 02/07)

O Primeiro Grupo de Transporte de Tropa (1º GTT) - Esquadrão Zeus realizou a primeira missão de Reabastecimento em Voo (REVO) noturno da aeronave KC-390 Millennium.

Na missão, realizada na segunda-feira (26/06), no Rio de Janeiro (RJ), o KC-390 Millennium decolou da Base Aérea do Galeão (BAGL), às 21h, e transferiu um total de 3.000 libras de combustível para os caças F5-M, do Primeiro Grupo de Aviação de Caça (1°GAVCA), sediado na Base Aérea de Santa Cruz (BASC).

O fato representou um significativo avanço nas possibilidades de emprego e de desenvolvimento de doutrina do cargueiro multimissão. Segundo o Comandante do 1º GTT, Tenente-Coronel Aviador Bruno Américo Pereira, o objetivo do treinamento foi incorporar mais uma capacidade da aeronave, capaz de atuar em missões complexas a qualquer hora do dia ou da noite. “A missão representou um salto doutrinário e operacional importante para a Força Aérea Clique aqui para baixar a imagem originalBrasileira (FAB), pois ampliará ainda mais as possibilidades de emprego desse vetor”, declarou o Oficial.

Conforme o Comandante da Base Aérea de Anápolis (BAAN), Coronel Aviador Renato Leal Leite, a capacidade de realizar missões REVO noturno traz uma nova dimensão operacional aos operadores do KC-390 Millennium. "A incorporação e a consolidação dessa capacidade representam um grande avanço para as Forças Armadas brasileiras, que, agora, têm à disposição uma nova aeronave de transporte capaz de operar, efetivamente, em qualquer hora do dia ou da noite, em missões de reabastecimento em voo, permitindo que a FAB potencialize sua capacidade estratégica”, finalizou.

Reabastecimento em voo

O REVO é o processo de transferir combustível de uma aeronave para outra durante o voo e permite que a aeronave recebedora permaneça em missão por mais tempo, estendendo sua autonomia e alcance. O KC-390 consegue transferir até 25 toneladas de combustível para outras aeronaves, com uma razão mínima de, aproximadamente, 800 litros por minuto.



29 junho, 2023

Urgência da Índia em ter aviões de reabastecimento aéreo pode beneficiar Embraer


*LRCA Defense Consulting - 29/06/2023

Segundo divulgou recentemente o portal Indian Defence Research Wing, a Força Aérea Indiana (IAF) renovou seus esforços para garantir um contrato de locação com tripulação para um avião-tanque de reabastecimento da França, especificamente o Airbus A330 MRTT, para atender à crescente demanda por treinamento de reabastecimento ar-ar. Esta iniciativa visa cobrir os requisitos de treinamento para vários caças indianos, incluindo Rafale, Su-30MKI, Jaguar e Tejas.

Limitações dos aviões-tanque baseados em IL-78
Atualmente, a IAF enfrenta desafios na condução de um mínimo de 100 horas de treinamento mensal devido às limitações dos seis aviões-tanque russos baseados em IL-78. Esses aviões-tanque foram afetados por problemas de baixa capacidade de manutenção, dificultando as atividades de treinamento. Para resolver esse problema e garantir treinamento ininterrupto, a IAF está buscando soluções alternativas.

Para preencher a lacuna, a Hindustan Aeronautics Limited (HAL) e a Israel Aerospace Industries (IAI) firmaram um Memorando de Entendimento (MoU) para converter aeronaves civis de passageiros em aeronaves Multi-Mission Tanker Transport (MMTT) na Índia. No entanto, estima-se que a entrega desses petroleiros convertidos à IAF demore mais 4 a 5 anos. Consequentemente, a IAF está explorando a opção de alugar o Airbus A330 MRTT para atender às suas necessidades imediatas de treinamento enquanto o programa de conversão de MMTT indígena progride.

Aprimoramento das capacidades operacionais da IAF
O treinamento de reabastecimento ar-ar desempenha um papel crucial no aprimoramento das capacidades operacionais da IAF. Ele permite que aeronaves de caça estendam sua resistência, aumentem o alcance da missão e maximizem a eficácia operacional. Ao adquirir um reabastecedor confiável e eficiente, a IAF pode garantir que seus pilotos e tripulações recebam o treinamento necessário para manter sua proficiência e prontidão de combate.

KC-390: dois coelhos com uma só cajadada
A Força Aérea Indiana está procurando aeronaves de transporte médio que possam levantar 18 a 30 toneladas, um processo que espera concluir até 2025-26. A Embraer, que apresentou o produto na Aero India 2023 em Bengaluru em fevereiro, lançou seu mais recente produto de defesa – a aeronave de transporte aéreo tático multimissão C-390 Millennium – para o pedido.

“A Índia tem um processo de aquisição para até 80 unidades de aviões táticos de carga; então, estamos vendo esse mercado como um mercado muito importante para nós, e temos a intenção de ser muito agressivos nesse tipo de iniciativa até para ter uma linha de montagem final lá”, disse o CEO de Defesa e Segurança da empresa, Bosco Costa Junior.

Junior também apresentou o KC-390, que é uma variante de reabastecimento aéreo, e afirmou que o KC-390 oferece versatilidade devido ao seu design moderno e exclusivo, o que o torna mais adequado para a Força Aérea Indiana, que opera em diferentes tipos de terreno e pode fornecer facilmente reabastecimento aéreo para caças de alta velocidade devido ao seu sistema de sonda e drogue muito flexível.

A Embraer vê “uma boa oportunidade” na Índia, disse o presidente e diretor executivo (CEO) Francisco Gomes Neto ao Mint. “A IAF já viu nossas aeronaves; eles gostam. Tivemos boas experiências de países como a Holanda com relação ao C-390 Millennium. Para (o pedido de) informação (RFI), achamos que o C-390 Millennium é a melhor solução para esse tamanho de aeronave", acrescentou.

Almejando  expandir sua presença na Índia, a Embraer está em negociações com os megagrupos privados indianos Tata e Mahindra, bem como com a estatal Hindustan Aeronautics Limited (HAL) para produzir localmente C-390 no país se a IAF concordar em adquiri-los. A HAL é a principal indústria dos setores aeronáutico e aeroespacial da Índia.

“Estamos em contato com vários parceiros em potencial, como Tata, Mahindra e outras empresas também. Não vamos demorar tanto. Acredito que em algum momento do final deste ano decidiremos com que tipo de parceiro estaremos", disse o CEO de Defesa e Segurança da empresa, Bosco Costa Junior.

O Embraer C-390 Millennium é uma moderníssima aeronave de transporte aéreo médio multimissão, capaz de transportar tropas e cargas, podendo ser utilizada para reabastecimento aéreo, combate a incêndio, evacuação médica, busca e salvamento e mais uma ampla gama de missões.

Com o KC-390, a Índia poderia, então, resolver dois problemas de uma só vez, pois supriria suas necessidades em aviões táticos de carga e, também, em aeronaves de reabastecimento aéreo tático.

Glossário para o futuro da Mobilidade Aérea Urbana


*Honeywell - 28/06/2023

O advento do transporte sob demanda sobrevoando o tráfego e o terreno está mudando a forma como pensamos em ir do ponto A ao ponto B.

O mundo emergente da mobilidade aérea urbana (UAM)  tornará o transporte mais eficiente ao lançar um setor totalmente novo da indústria aeroespacial .

A tecnologia que está sendo desenvolvida hoje — pelos maiores fabricantes aeroespaciais do mundo e por startups inovadoras — está tornando realidade os táxis aéreos, a entrega por drones e o voo totalmente elétrico e autônomo.

Esta nova indústria já abrange muitos conceitos e subsetores em evolução. Aqui estão alguns termos importantes a serem conhecidos, pois essa tecnologia nos leva a novos patamares.

Voo autônomo (Autonomous flight):  Refere-se a aeronaves capazes de sentir, decidir e agir com maior autonomia em todas as fases do voo, desde a decolagem até o pouso.

Mobilidade aérea urbana (Urban air mobility - UAM): Este campo emergente da aviação e aeroespacial concentra-se no desenvolvimento de aeronaves e infraestrutura para transportar pessoas em ambientes urbanos sob demanda. Avanços na tecnologia de baterias, propulsão elétrica distribuída e automação estão impulsionando a inovação neste campo. 

Mobilidade Aérea Rural (Rural Air Mobility - RAM): conceito similar ao da UAM só que aplicado em áreas rurais e insulares (caso da Noruega, por exemplo).

Mobilidade aérea avançada (Advanced air mobility - AAM): expandindo esses conceitos, a mobilidade aérea avançada prevê casos de uso além dos ambientes urbanos, incluindo pares de cidades regionais, serviços públicos, resposta a emergências e entrega de carga.

Decolagem e pouso vertical elétrico (Electric vertical takeoff and landing - eVTOL): A tecnologia por trás dos veículos de mobilidade aérea mais avançados é o eVTOL. Aeronaves normalmente usam rotores para decolar verticalmente. Então, esses rotores mudam mecanicamente no lugar para vôo de cruzeiro de asa fixa ou outro sistema de propulsão assume.

Veículos aéreos não tripulados (Uncrewed aerial vehicles - UAVs): também conhecidos como veículos aéreos não tripulados ou drones, os UAVs geralmente são aeronaves pilotadas remotamente usadas para fotografia aérea e vigilância, combate a incêndios, aplicações militares, ajuste de seguros e pulverização de culturas. UAVs maiores estão atualmente em desenvolvimento para entrega de cargas e pacotes.

Sistemas aéreos não tripulados (Uncrewed aerial systems - UAS)
: Um termo frequentemente usado na indústria aeroespacial, pelos militares dos Estados Unidos e pela Administração Federal de Aviação, "sistema aéreo não tripulado" enfatiza elementos além da aeronave, incluindo links de dados, estações de controle, pilotos remotos em o solo e outros sistemas.

Sistema fly-by-wire (Fly-by-wire system): Veículos totalmente elétricos, tanto para mobilidade aérea urbana quanto para UAVs, requerem sistemas ultraleves. Essas aeronaves avançadas, como os aviões modernos, são controladas por um sistema fly-by-wire – essencialmente o cérebro da aeronave. Embora os sistemas de controle convencionais sejam mais pesados ​​e consumam energia considerável, os engenheiros da Honeywell desenvolveram um sistema fly-by-wire compacto do tamanho de um livro de bolso, eliminando a necessidade de hidráulica pesada, melhorando a segurança e consumindo menos energia.

Além da linha visual de visão (Beyond visual line of sight - BVLOS):  Detectar e evitar é um componente chave das  operações além da linha visual de visão  . Drones equipados com a tecnologia BVLOS podem voar mais longe e carregar mais peso, com menos intervenção humana. Os veículos de mobilidade aérea urbana também precisarão de sistemas de detecção e prevenção altamente avançados para operar além da linha de visão de seus pilotos remotos - e, eventualmente, operar de forma autônoma.

Detectar e evitar (Detect-and-avoid):  para voar com segurança, as aeronaves autônomas precisarão detectar o tráfego aéreo e decidir sobre um curso de ação para manobrar com segurança. Essa  capacidade de detectar e evitar  é extremamente complexa no ar. Para testar as habilidades de detectar e evitar do radar Honeywell IntuVue RDR-84K, nossos engenheiros  voaram dois drones quadricópteros um contra o outro  sobre o deserto. Em vários voos, a aeronave detectou a rota de voo da outra e calculou uma manobra para evitá-la com segurança.

Operações simplificadas de veículo (Simplified vehicle operations - SVO):  Um conceito em que um piloto a bordo supervisiona as operações de voo e intervém apenas quando necessário. Assim que o público voador se sentir confortável com a automação, será possível retirar o piloto de bordo e colocá-lo em um centro de operações para supervisionar a aeronave remotamente. 

*Com a colaboração da LRCA Defense Consulting no caso da Mobilidade Aérea Rural.

28 junho, 2023

Wideroe quer fazer Mobilidade Aérea Rural com Eve, da Embraer, na Noruega


*AirInsightGroup, por Richard Schuurman - 28/06/2023

A transportadora regional norueguesa  Wideroe causou alguma surpresa ao anunciar uma Carta de Intenções para cinquenta  Eve Air Mobility eVTOLs no Paris Airshow. Embora a companhia aérea tenha um Memorando de Entendimento com Eve para desenvolver operações eVTOL na Escandinávia desde 2021 , sua intenção de operar cinquenta delas em áreas remotas e desabitadas da Noruega parece estranha. Mas pode fazer muito sentido, diz o CEO da Wideroe, Andreas Aks. Wideroe quer fazer Mobilidade Aérea Rural com Eve na Noruega.

“Nossas operações serão diferentes de como os eVTOLs serão usados ​​em outras regiões. O que estamos planejando fazer é ver como os eVTOLs podem expandir as operações curtas de decolagem e pouso que temos hoje”, diz Aks.

“Como operadora regional, estamos operando dentro e fora de 45 pequenos aeródromos. Mas para além desta rede, acreditamos que existe potencial para expandir e criar mais mobilidade para todas as ilhas da Noruega. A costa da Noruega é cheia de ilhas, onde você tem diferentes sociedades. Com uma combinação de aeronaves convencionais e eVTOLs, poderíamos expandir isso e trazer uma mobilidade muito mais eficiente entre as ilhas. Portanto, isso é muito diferente da mobilidade aérea urbana, é mais sobre mobilidade aérea rural.”

A LOI também inclui a implementação do software Urban ATM da Eve para otimizar as operações UAM da Wideroe, pois o software ajudará a integrar o uso de eVTOLs com o de outros usuários do espaço aéreo em espaço aéreo de baixo nível. A parceria estendida também cobre o projeto Air Mobility Labs em toda a Noruega com novas soluções AAM, assim como Andreas Aks mencionou. Nenhuma linha do tempo foi dada para quando a Wideroe planeja introduzir a aeronave Eve.

Parceiro da Embraer Energia
A Wideroe está em parceria com a Embraer, controladora de Eve, há algum tempo. Foi a operadora de lançamento do E190-E2 e opera a aeronave em sua rede doméstica e europeia. A companhia aérea também tem grande interesse no  projeto Energia da Embraer , que contempla aeronaves elétricas e híbridas elétricas para até trinta passageiros. No Farnborough Airshow de 2022, a Wideroe disse que se juntou ao Energia Advisory Group de companhias aéreas que trabalham com a Embraer nos projetos de aeronaves net zero.

Energia e Eve são complementares, diz Andreas Aks. “Na Noruega e acho que na Europa em geral, o foco na sustentabilidade é enorme. Há um grande impulso para a descarbonização. Portanto, também estamos analisando como poderíamos substituir a frota existente de aeronaves Dash 8 por um novo tipo de aeronave. Por exemplo, a Energia com um sistema de propulsão híbrido-elétrico onde reduzimos as emissões a zero líquido. Portanto, estamos procurando substituições para a frota existente, mas também se os eVTOLs poderiam expandir a rede que temos hoje. É um plus-plus.”

Isso não significa que a Wideroe esteja de olho apenas na Embraer. Andreas Aks foi visto no estande da Eviation em Paris, mas ele apenas sorriu quando perguntado se isso significava que sua companhia aérea também poderia comprar a aeronave totalmente elétrica de nove lugares Alice no futuro.

Adiamento da Tecnam
A companhia aérea planejava operar a Tecnam P-Volt em 2026 e trabalhou em conjunto com a fuselagem e a Rolls-Royce para desenvolver a aeronave e as operações. Mas então a Tecnam disse pouco antes do Paris Airshow que  adiaria o desenvolvimento da aeronave. O fabricante de aeronaves italiano acha que o caso de negócios para nove lugares não funcionará com a atual tecnologia de bateria.

“O que foi dito por Eve e outros é que a capacidade da bateria, no começo, será limitada. Pode funcionar para eVTOLs e pequenos passageiros. Foi decisão da Tecnam sair do conceito P-Volt. O alcance seria limitado. Mesmo que conseguíssemos fazê-lo funcionar em certas rotas, a viabilidade comercial na fase inicial não existiria. Então é melhor esperar”, diz Aks.

Isso significa que a Wideroe apoia a decisão da Tecnam? “Temos trabalhado muito com eles e teria sido difícil ver alguma viabilidade comercial na fase inicial, mas isso pode vir depois. É sobre a maturidade da tecnologia da bateria. Por esse motivo, também estamos analisando muito o hidrogênio e a tecnologia de célula de combustível de hidrogênio. Que ainda pode ser uma aeronave eletrificada com uma fonte de energia diferente para uma aeronave maior que pode voar mais longe que os eVTOLs.”

Que a Tecnam saia - por enquanto - mas outros como Eviation, Aura Aero ou mesmo Rolls-Royce estão otimistas sobre a taxa em que a tecnologia de bateria está se desenvolvendo parece contraditório. “É um código difícil de decifrar. Alguns conceitos de aeronaves podem fazê-lo funcionar com a tecnologia de bateria atual, enquanto outros não. Mais aeronaves poderão usar a tecnologia de bateria no futuro, mas precisamos ser realistas. Para aeronaves maiores além dos eVTOLs e até pequenos passageiros, o hidrogênio talvez seja o caminho a seguir.”

C-390 Millennium, da Embraer, na Grécia para testes e demonstrações


*Nemesis HD, por Vassilis K. - 28/06/2023

Diante da renovação da frota de transporte da Aeronáutica, um Embraer C-390 Millennium esteva na Grécia para testes. Os testes de voo foram feitos em paralelo com a informação aos oficiais da Força Aérea sobre as capacidades da aeronave. Vale ressaltar que não é a primeira vez que essa aeronave entra no "radar" da Aeronáutica, pois, conforme voltamos a informar no NEMESIS HD, no início do ano foi realizada uma reunião entre representantes da Embraer e funcionários da GEA.

Sobre a apresentação e o voo de demonstração, a Aeronáutica (grega) afirma em seu comunicado: "Na segunda-feira, 26 de junho de 2023, foi realizada uma reunião dos representantes da empresa Embraer, Sr. Simon Johns (Vice-Presidente Europa), Sra. Carla Salleron (Diretora de Vendas) e Sr. Gabriel Ramalho (Engenheiro de Vendas) com oficiais da Aeronáutica. O objetivo do encontro foi informar sobre as capacidades e características de voo da aeronave C-390 Millennium, de sua fabricação, com demonstração de carregamento e condução de voos”, conclui o comunicado.

Sobre o C-390 Millennium

O C-390M é uma das escolhas mais valiosas na categoria de aeronaves de transporte. Pode transportar até 26 toneladas de carga na forma de paletes e pode transportar até 80 soldados ou 66 pára-quedistas. Os usuários do C-390M (irão) incluir Brasil, Hungria, Portugal e Holanda, que escolheram a aeronave para substituir transportes mais antigos, como o C-130B/H.

Em NEMESIS HD mencionamos o C-390M como uma das melhores escolhas para substituir o antigo C-130B/H.
 

Armadillo: o compacto, rápido, versátil e eficaz lança-foguetes da Mac Jee


*LRCA Defense Consulting - 28/06/2023

O sistema Armadillo foi concebido como um sistema totalmente nacional pelo Grupo Mac Jee, desenvolvido para atender às necessidades modernas do combate e da defesa no Brasil.

Projetado como um lançador de foguetes retrátil, modular e autocarregável, sua versatilidade permite que seja facilmente carregado em veículos militares leves 4x4 amplamente utilizados.

Compacto, rápido e versátil
O Armadillo é um sistema de lançadores múltiplos de foguetes de 70 mm totalmente compacto, rápido e versátil. Com sua plataforma de lançamento de foguetes retrátil e mecanismo de recarga automática, é capaz de disparar até 72 foguetes, distribuídos em três cápsulas de lançamento carregadas com 24 foguetes cada.

Uma das principais vantagens deste sistema é a sua capacidade de tomar posição e sair rapidamente, pronto para disparar em menos de 1 minuto, onde são necessários apenas dois combatentes para operá-lo, o que aumenta a eficiência e agilidade nas missões.

Alto nível de precisão e confiabilidade
O Armadillo possui um sistema de comunicação criptografado de médio e longo alcance, além de sensores meteorológicos, sistema de localização inercial e GPS. Estas características garantem um alto nível de precisão e confiabilidade nas operações. O sistema pode ser operado diretamente pela unidade ou remotamente, oferecendo flexibilidade e adaptabilidade às necessidades da missão.

Ampla gama de cenários
O veículo Armadillo pode ser configurado em três versões diferentes, cada uma com aplicações específicas: Veículo de Comando e Controle Avançado, Veículo Lançador de Foguetes e Veículo de Operações Especiais. Esta variedade de configurações permite que o sistema seja adaptado a uma ampla gama de cenários e requisitos operacionais.

Poder de fogo e mobilidade
Em resumo, o sistema Armadillo é uma solução avançada e eficiente para operações militares que exigem poder de fogo e mobilidade. Com sua capacidade de recarga automática, alcance significativo e versatilidade em configurações, o Armadillo se destaca como uma ferramenta crucial para as forças de defesa do Brasil.


AerCap anuncia locação de três aeronaves Embraer E195-E1 com Airlink

*AerCap - 28/06/2023

A AerCap Holdings NV anunciou hoje a colocação de contratos de arrendamento com a Airlink, a maior companhia aérea regional da África Austral, para três Embraer E195. A primeira aeronave foi entregue em março, enquanto a segunda e a terceira aeronave estão programadas para entrega em julho de 2023.  

“Estamos muito satisfeitos em dar as boas-vindas à Airlink como um novo cliente da AerCap com o arrendamento de três aeronaves E195”, disse Peter Anderson, diretor comercial da AerCap. "Desejamos a toda a equipe da Airlink todo o sucesso e esperamos trabalhar com eles por muitos anos."

"A Airlink está em um caminho de crescimento constante, expandindo sua rede, programação e participação de mercado. Com o suporte da AerCap nesses arrendamentos, poderemos manter essa trajetória ascendente. As eficiências derivadas da continuidade em nossa frota nos ajudarão a conter custos e continuar fornecendo viagens aéreas de grande valor e acessíveis aos nossos clientes." disse o CEO e diretor administrativo da Airlink, Rodger Foster.

Sobre a AerCap
A AerCap é líder global em leasing de aviação com uma das carteiras de pedidos mais atraentes do setor. A AerCap atende aproximadamente 300 clientes em todo o mundo com soluções abrangentes para frotas. A AerCap está listada na Bolsa de Valores de Nova York (AER) e está sediada em Dublin, com escritórios em Shannon, Miami, Cingapura, Memphis, Amsterdã, Xangai, Dubai, Seattle, Toulouse e outros locais ao redor do mundo.

Sobre Airlink
A Airlink é a principal companhia aérea regional privada da África Austral. A frota da Airlink, com mais de 60 aeronaves Embraer, atende a 45 destinos na África Austral e Oriental, bem como em Madagascar e na Ilha de Santa Helena. A Airlink tem sido consistentemente a companhia aérea mais confiável da África do Sul nos últimos dois anos, com uma média de 95,87% de pontualidade até agora neste ano. A Airlink é membro da IATA e credenciada em seu programa de auditoria de segurança.

Embraer conclui venda de uma aeronave E190-E2 para a instituição financeira Crefisa


*LRCA Defense Consulting - 28/06/2023

A Embraer concluiu a venda de uma aeronave E190-E2 para a instituição financeira Crefisa, que planeja usar o jato para oferecer serviços de fretamento aéreo aos principais clubes de futebol do Brasil. A aeronave, que vai operar sob as cores da Placar Linhas Aéreas S.A., foi oficialmente entregue hoje em uma cerimônia na sede da Embraer em São José dos Campos, interior de São Paulo.

O E2 é a aeronave mais silenciosa e mais eficiente em consumo de combustível disponível no setor e será usada pela Crefisa para transportar delegações esportivas bem como outras operações regulares de fretamento. O E190-E2 tem alcance de 2.850 milhas náuticas (5.278 km), permitindo voos sem escalas para todos os destinos na América do Sul a partir de São Paulo. A transação foi conduzida pela equipe de Gerenciamento de Ativos da Embraer e foi incluída na carteira de pedidos do quarto trimestre de 2022.

Leila Pereira, Dona do Grupo Crefisa e Presidente da Sociedade Esportiva Palmeiras, disse que “o E2 é uma aeronave extremamente confortável e eficiente – perfeita para viagens de equipes de futebol. Estamos orgulhos em trabalhar com a Embraer, que é mais uma história de sucesso global do Brasil, para o desenvolvimento da nossa própria operação de fretamento aéreo com a Placar Linhas Aéreas S.A. Chegar em alto estilo a bordo do jato mais moderno do Brasil é uma ótima forma de qualquer equipe se preparar para uma partida.”

“Esse acordo une dois dos maiores sucessos do Brasil: futebol e aviação. Os colaboradores da Embraer são grandes fãs do esporte e estão entusiasmados em poder acompanhar seus ídolos do futebol voando no nosso moderno E2”, disse Francisco Gomes Neto, Presidente e CEO da Embraer. “As delegações esportivas vão se beneficiar de um conforto incomparável, cabine espaçosa e baixo ruído. A eficiência de combustível e a performance de pista são importantes diferenciais para os novos operadores, que podem voar para aeroportos regionais, incluindo aqueles onde aeronaves de maior porte não operam. Os jatos comerciais da Embraer têm um papel fundamental para que as companhias aéreas abram, desenvolvam e aumentem suas malhas de forma lucrativa.”

A família de aeronaves E2 está em operação em diversas companhias aéreas ao redor do mundo, incluindo a KLM (Holanda), Helvetic Airlines (Suíça), Azul (Brasil), Air Peace (Nigéria) e Porter Airlines (Canadá).

27 junho, 2023

Em Barretos, Taurus vence mais um processo judicial


*LRCA Defense Consulting - 28/06/2023

O juízo da Comarca de Barretos (SP) julgou totalmente improcedente a ação judicial que alegava supostos defeitos em pistola de fabricação da Taurus Armas S.A.

A perícia técnica realizada no processo constatou que todos os dispositivos de segurança da arma se encontravam íntegros e em perfeitas condições de funcionamento em relação às suas especificidades de segurança.

De acordo com a sentença de improcedência proferida pelo magistrado, restou comprovada categoricamente a inexistência de problemas nos sistemas de segurança do armamento. O juiz também considerou inobservância dos deveres de cuidado e prevenção de acidentes do autor em relação ao equipamento. A decisão é definitiva.

As inúmeras ações judiciais vencidas pela Taurus, apesar de restabelecer a verdade sobre a qualidade dos produtos e punir irresponsáveis, infelizmente não repararam os danos sofridos pelas acusações infundadas e inverídicas feitas contra a empresa no passado e fartamente repercutidas pela imprensa.

Air Serbia aluga dois Ejets da Embraer e quer ampliar frota adicionando aviões regionais de 100 lugares


*LRCA Defense Consulting - 27/06/2023

A Air Serbia está alugando um E190 e um E195 da Marathon Airlines, da Grécia.

O Embraer E-190, matrícula SX-PTM, chegou a Belgrado está fazendo seus primeiros voos para a Air Serbia. A capacidade do avião é de 100 assentos na classe econômica, e a configuração da cabine é 2-2, devendo ligar a capital sérvia a outras grandes cidades europeias neste verão, incluindo Hamburgo, Marselha, Zurique, Colônia e Roma.

 “Estamos honrados por sermos escolhidos para fazer parceria com a Air Sérvia na operação de nossos E190 e E195 para conectar destinos e criar experiências de viagem inesquecíveis para seus passageiros”, disse a Marathon Airlines em comunicado.

O CEO da transportadora sérvia, Jiri Marek, disse anteriormente ao EX-YU Aviation News que a empresa estava interessada em adicionar aviões regionais de 100 lugares à sua frota para preencher a lacuna entre seus turboélices ATR e a frota Airbus de corpo estreito. No entanto, afirmou que inicialmente seriam arrendados por meio de um provedor de capacidade. “Porque isso é de baixo risco – observar como aquela aeronave ou segmento pode funcionar antes de começar a criar a complexidade de adicionar um jato que requer licenças adicionais, treinamento de tripulação, engenharia etc.”, disse Marek.

De acordo com o portal “TangoSix”, a transportadora sérvia receberá dois jatos E195 em julho e agosto, respectivamente.

26 junho, 2023

Rentabilidade e sustentabilidade são focos da Taurus com o novo Programa de Remuneração por Ações


*LRCA Defense Consulting - 26/06/2023

Em Assembleia Geral Extraordinária e Ordinária de 28 de abril de 2023, a Taurus Armas S.A. aprovou o Plano de Remuneração Baseado em Ações, em substituição ao Plano de Outorga de Opções de Compra de Ações aprovado anteriormente.

Como participantes do programa, foram eleitos os Diretores Salesio Nuhs, Sergio Castilho Sgrillo Filho, Leonardo Brum Sesti, Eduardo Minghelli, Bret Vorhees (Taurus USA) e David McCallum (Taurus USA) aos quais foram oferecidos Direitos de Receber Ações, nos termos aprovados pelo Conselho de Administração da empresa.

Ações da empresa como forma de recompensar os administradores
A utilização de ações da empresa como forma de recompensar os administradores não é exatamente uma novidade. A DuPont implementou nos Estados Unido seu primeiro plano de bônus em ações em 1904. A concessão de opções de compra de ações, mais conhecidas como stock options, como parte da remuneração dos cargos de liderança, passou a ser amplamente adotada por grandes empresas a partir dos anos 1970 e 1980. Por representar uma pequena parcela da remuneração de executivos, seu impacto era relativamente pequeno à época.

Na última década, entretanto, esta prática tem adquirido uma nova dimensão com o advento das empresas de tecnologia e seus programas de remuneração inovadores e tipicamente mais agressivos do que os das indústrias tradicionais. A grande diferença nestas é que, não só a parcela representada pelas ações no mix de remuneração dos colaboradores é muito mais significativa, como a população elegível às ações é bem maior. Além disso, as empresas mais jovens, como as modernas startups, têm usado as ações para atrair os melhores talentos, que apostam no potencial de ganhos a longo prazo ao fazer uma movimentação de carreira.

Impactos no valor de mercado das empresas
Esta tendência tem trazido à tona uma questão até então pouco relevante: qual o impacto que este mecanismo representa no valor de mercado das empresas?

Uma consequência que pode ser bastante significativa no valor de uma empresa diz respeito à sua capacidade de reter os principais executivos. É um impacto difícil de ser medido, mas não menos tangível e relevante. Ao tomar a decisão sobre investir ou não em uma empresa, um dos principais fatores levados em consideração pelos investidores mais conscientes é a existência de um programa de incentivos baseado em ações e a sua efetividade para garantir a permanência dos executivos no longo prazo.

Assim, como estratégia de rentabilidade, perenidade e sustentabilidade, as companhias implementam planos de incentivo de longo prazo baseados em ações com o intuito de alinhar os interesses entre seus administradores e seus acionistas, de forma a maximizar o seu desempenho, uma vez que o primeiros estarão recebendo a mesma unidade de valor que os últimos utilizam como medida de sua riqueza. Desta maneira, esses planos são uma forma simples e inteligente de fazer com que seus executivos tomem decisões como sócios dela (literalmente), perseguindo o sucesso de longo prazo da empresa.

Tais planos são usados também como uma ferramenta eficaz para atrair e reter profissionais-chave para o negócio. Atualmente, a inclusão desse tipo de incentivo é parte da maioria dos pacotes de remuneração de executivos.

Em síntese, é possível afirmar que a concessão de ações é uma ótima forma de alinhar os interesses da empresa e dos administradores, incentivar a permanência a longo prazo e aumentar a competitividade para atrair novos talentos. Assim, empresas que têm um bom programa de incentivos de longo prazo certamente merecerão a preferência de investidores conscientes e verão o seu valor de mercado potencializado em um eventual IPO ou na captação de investimentos através de um aumento de capital.

Evitando distorções na performance acionária de curto e médio prazos
Uma alternativa para evitar eventuais distorções na performance acionária de curto e médio prazos é a dilatação do prazo do plano, haja vista que, no longo prazo, os movimentos relacionados à macroeconomia e ao setor tendem a se anular e o preço das ações converge para seu valor intrínseco, refletindo o impacto das decisões dos administradores. Além disso, um plano com um vesting (prazo a partir do qual os contemplados podem vender suas ações) mais longo também aproxima o management da perspectiva do acionista, que usualmente tem uma visão de longo prazo.

Unidades fabris da Taurus no Brasil e nos Estados Unidos

Restricted Stock Unit (RSU) - a opção da Taurus para o seu programa
O mecanismo de remuneração das RSUs é bem parecido com o Stock Option (SOP), onde o beneficiário também precisa de permanecer por um período predeterminado na empresa (vesting period). A diferença é que as ações serão entregues automaticamente, sem que o beneficiário precise optar pelo recebimento. Importante ressaltar que neste tipo de remuneração não há fixação de valor por ação, ou seja, decorrido o vesting period, é entregue ao beneficiário a quantidade de ações em uma ou mais datas (vesting date) e proporção acordadas em contrato, como é o caso da Taurus.

Diferente do Stock Option, onde existem planos que preveem um dispêndio do beneficiário para realizar a compra das ações, as RSU são um dispêndio da empresa, ou seja, o beneficiário recebe as ações livres e desembaraçadas, sem necessidade de qualquer pagamento ou outra contraprestação.

No caso da Taurus, o vesting period do seu Plano de Remuneração Baseado em Ações se estenderá de 28/04/2024 a 30/03/2029, da seguinte forma:
- 28/04/2024: 20% das ações;
- 30/03/2025: 10% das ações;
- 30/03/2026: 10% das ações;
- 30/03/2027: 10% das ações;
- 30/03/2028: 10% das ações;
- 30/03/2029: 40% das ações.

Nos Estados Unidos, as principais concorrentes da Taurus - Smith & Wesson Brands Inc. e Sturm, Ruger & Co, Inc.-  também utilizam um plano de remuneração baseado em ações do tipo Restricted Stock Unit. A sua recente adoção pela multinacional brasileira também representa mais um passo para alinhar as melhores práticas e estratégias administrativas com suas concorrentes, o que poderá facilitar uma eventual futura listagem da empresa em uma bolsa de valores dos EUA.

Em time que está ganhando não se mexe
Esta máxima do futebol é bastante adequada também para as empresas que estão tendo sucesso em seus negócios devido à excelência de seus administradores, valendo a pena investir para mantê-los na casa.

Assumindo como CEO Global da Taurus Armas em 2018, o experiente administrador Salesio Nuhs montou uma competente equipe de executivos e impulsionou decisivamente as transformações necessárias, realizando o mais icônico turnaround empresarial deste século no Brasil, tanto na unidade brasileira como na americana, onde mudou a sede para a Georgia em 2019 (com muitas vantagens), trocou o CEO local por um executivo dinâmico e experiente, e otimizou os processos de produção, vendas, marketing e inteligência de mercado, passando a responder prontamente às necessidades e desejos dos consumidores.

Com relação à dívida, desde que a nova equipe assumiu, estabeleceu um rígido controle de despesas e do custo final, que começa já no Departamento de Engenharia, quando novos produtos são planejados e desenvolvidos. Aliando este fato a toda uma reengenharia financeira, o que se vê hoje é que a alavancagem da companhia, medido pela relação do EBITDA dos últimos 12 meses sobre a dívida líquida em 31/03/23, caiu de um índice de 11,2 (em 2014) para apenas 0,15 ao final do 1T23, mostrando que 15% da geração de caixa anual medida pelo EBITDA seria suficiente para quitar a totalidade da dívida bancária registrada em 31/03/2023.

Salesio também criou o CITE - Centro Integrado de Tecnologia e Engenharia Brasil/EUA, centralizando no Brasil todo o desenvolvimento de novas armas e tecnologias disruptivas (como grafeno, nióbio, DLC e polímero de fibras longas). O CITE é alimentado pelo Setor de Inteligência de Mercado da empresa, que procura antecipar as tendências de mercado, bem como as necessidades e os desejos dos consumidores.

Em 2020, a empresa firmou uma joint venture com o poderoso Jindal Group para produzir armas leves na Índia. A fábrica, que deverá entrar em operação em breve, já está participando de vultuosas licitações para fornecer armas às enormes forças armadas, policiais e paramilitares desse país, bem como a seu inexplorado e gigantesco mercado civil.

O executivo e sua equipe criaram um projeto estratégico de expansão 2020/2025, com o objetivo de tornar a Taurus a maior e melhor fabricante mundial de armas leves, alcançando parte deste objetivo com três anos de antecedência. Nesse bojo, foi estabelecido um Condomínio de Fornecedores junto à empresa e estão para entrar em operação as moderníssimas Células de Manufatura Autônomas, baseadas em robotização e inteligência artificial, que trabalharão por meio de Processos Tracionados de Valor.

Juntamente com o processo de Trem Logístico que está sendo estabelecido e a construção de novas instalações (CITE, Estande de Tiro, Centro de Logística, laboratórios e administração), a síntese culminará na transformação da Taurus em uma Indústria 4.0, possibilitando que a empresa passe a ser também um hub de fornecimento de produtos acabados, kits e peças para as unidades dos EUA e da Índia. 

Sob sua liderança, a Taurus estabeleceu convênios e parcerias com importantes universidades brasileiras, com ênfase na Universidade de Caxias do Sul e na Unisinos, visando desenvolver novos e disruptivos materiais (grafeno e nióbio), além de colaborar na formação e no aperfeiçoamento de recursos humanos altamente especializados.

Em 2022, a Taurus e a CBC finalizaram a criação da joint venture CBC Taurus Arabia Holding, LLC., visando possibilitar a busca e antevisão mais eficiente de oportunidades de negócios neste mercado relevante, especialmente considerando os planos do governo da Arábia Saudita para estabelecer uma base industrial de defesa local, no âmbito da estratégia denominada “Visão 2030”, muito semelhante às iniciativas Make in India (Fazer na Índia) e Atma Nirbhar Bharat (Índia Autossuficiente), ambas do governo da Índia.

O elevado padrão de qualidade, tecnologia e inovação que passou a caracterizar a Taurus, especialmente a partir de 2018, já recebeu diversas premiações nacionais e 38 prêmios internacionais, entre eles os mais importantes da indústria de armas dos Estados Unidos. A marca é detentora de sete prêmios concedidos pela National Rifle Association, uma das premiações de maior prestígio na indústria de armas de fogo nos Estados Unidos, e seus produtos foram eleitos 14 vezes como a arma do ano. Desde 2018, a Taurus vem conquistando aproximadamente três grandes prêmios americanos a cada dois anos.

Em prestigiada live ocorrida no dia 02 de maio, a Taurus Armas S.A. apresentou o seu 1º Relatório de Sustentabilidade e promoveu um painel abordando o tema ESG. Na oportunidade, a empresa comunicou seus esforços e conquistas em relação à gestão social, ambiental e de governança, ou seja, na consolidação de suas ações quanto à pauta ESG. A divulgação do relatório ESG celebrou uma nova etapa na história da companhia, em que a Taurus se consolida como a primeira empresa estratégica de defesa ESG.

Projeto das novas instalações da Taurus após as ampliações em curso

Em síntese, sob a proativa liderança de seu CEO Global e de seus executivos, a Taurus está fazendo com maestria o seu dever de casa, ou seja:
- completou seu turnaround, focando em qualidade, tecnologia e dinâmica de vendas/distribuição;
- aumentou significativamente seus números (produção, vendas, lucros, EBITDA), a ponto de se tornar referência mundial no mercado e a maior vendedora de armas leves do mundo;
- diminuiu drasticamente seu endividamento e alavancagem para números totalmente confortáveis;
- surfou nos anos atípicos de 2020 e 2021, obtendo resultados históricos;
- aumentou seu market share no atual maior mercado mundo (EUA);
- em breve começará a produzir na Índia, país que representa o maior e mais inexplorado mercado mundial militar e civil para armas leves modernas;
- criou um joint venture com a CBC na Arábia Saudita, para aproveitar a iniciativa Visão 2030 e poder fornecer armas para esse país e para outros do Oriente Médio, onde hoje não tem penetração;
- estabeleceu convênios com universidades para desenvolvimento de novos materiais e formação ou aperfeiçoamento de recursos humanos especializados;
- recomeçou a pagar dividendos significativos a seus acionistas em 2022 e tornou isso um objetivo estratégico daqui para a frente, inclusive com pagamentos intermediários;
- está realizando um programa de recompra de ações para valorizar o capital de seus acionistas e para atender ao Plano de Remuneração Baseado em Ações;
- consolidou-se como a primeira empresa estratégica de defesa brasileira com princípios e atuação ESG;
- seu excepcional desempenho fez com que fundos de investimento americanos já detenham mais de 4% da empresa, com ênfase no Vanguard e no BlackRock, dois dos maiores investidores em fabricantes de armamento leve dos EUA;
- criou um programa de remuneração baseado em ações para seus principais executivos, visando rentabilidade, perenidade e sustentabilidade;
- está se organizando para ingressar no cobiçado mercado de Law Enforcement (agências de aplicação da lei) nos EUA.

Além disso, Salesio também se caracteriza por saber escolher, liderar e motivar os principais colaboradores da empresa, haja vista ter montado uma invejável equipe de competentes e dinâmicos executivos que colaboram decisivamente para que os objetivos da Taurus sejam atingidos. 

Os permanentes exemplos de trabalho, de dedicação e de seriedade de Salesio Nuhs e de seus executivos são os faróis que estimulam e  conduzem os mais de 3.500 colaboradores da empresa, engajando-os e os tornando partícipes decisivos nas inegáveis conquistas da empresa. 

Portanto, ao decidir estimular ainda mais o seu principal time de executivos, tornando-o sócio da empresa, o competente Conselho de Administração da Taurus Armas, além de lhes reconhecer a capacidade e a dedicação, revela, mais uma vez, que está plenamente sintonizado com as mais modernas práticas de administração e com os anseios de seus acionistas.



*Fontes consultadas: Administradores, Capital Aberto, Investnews e Contabilidade no ABC.

Profitability and sustainability are the focuses of Taurus with the new Stock-Based Compensation Program


*LRCA Defense Consulting - 26/06/2023

In the Extraordinary and Ordinary General Assembly held on April 28, 2023, Taurus Armas S.A. approved the Stock-Based Compensation Plan, replacing the previously approved Stock Option Grant Plan.

As participants in the program, Salesio Nuhs, Sergio Castilho Sgrillo Filho, Leonardo Brum Sesti, Eduardo Minghelli, Bret Vorhees (Taurus USA), and David McCallum (Taurus USA) were elected as Directors and were offered Stock Rights, according to the terms approved by the company's Board of Directors.

Using company stocks as a form of rewarding administrators
The use of company stocks as a means of rewarding administrators is not exactly new. DuPont implemented its first stock bonus plan in the United States in 1904. The granting of stock options, also known as stock options, as part of the compensation for leadership positions, became widely adopted by large companies in the 1970s and 1980s. As it represented a small portion of executive compensation, its impact was relatively minor at the time.

However, in the last decade, this practice has taken on a new dimension with the advent of technology companies and their innovative and typically more aggressive compensation programs compared to traditional industries. The major difference is that not only is the portion represented by stocks in the employee's compensation mix much more significant, but also the eligible population for stocks is much larger. Additionally, younger companies like modern startups have used stocks to attract the best talent, as these individuals see the potential for long-term gains when making a career move.

Impacts on companies' market value
This trend has brought up a previously less relevant question: what impact does this mechanism have on companies' market value?

One significant consequence for a company's value is its ability to retain top executives. It is an impact that is difficult to measure but nonetheless tangible and relevant. When making a decision to invest in a company, one of the main factors considered by conscientious investors is the existence of an equity-based incentive program and its effectiveness in ensuring the long-term commitment of executives.

As a strategy for profitability, longevity, and sustainability, companies implement long-term equity incentive plans to align the interests of their administrators with those of their shareholders, thereby maximizing performance. By receiving the same unit of value that shareholders use as a measure of their wealth, executives are encouraged to make decisions as true partners, pursuing the long-term success of the company.

Such plans are also used as an effective tool to attract and retain key professionals for the business. Currently, the inclusion of this type of incentive is part of most executive compensation packages.

In summary, it can be said that the granting of equity is an excellent way to align the interests of the company and its administrators, encourage long-term commitment, and enhance competitiveness in attracting new talent. Therefore, companies with a strong long-term incentive program will certainly be preferred by conscientious investors and will see their market value amplified in an eventual IPO or when raising capital through an equity increase.

Avoiding distortions in short and medium-term share performance

One alternative to avoid potential distortions in short and medium-term share performance is to extend the duration of the plan. In the long term, movements related to macroeconomics and the sector tend to offset each other, and stock prices converge towards their intrinsic value, reflecting the impact of management decisions. Additionally, a plan with a longer vesting period (the period after which recipients can sell their shares) also aligns management with the shareholder's perspective, which typically has a long-term outlook.

Restricted Stock Units (RSUs) - Taurus' choice for its program
The compensation mechanism of RSUs is similar to Stock Options (SOP), where the recipient also needs to remain with the company for a predetermined period (vesting period). The difference is that the shares are automatically delivered to the recipient without the need to exercise an option. It is important to note that this type of compensation does not establish a fixed value per share. At the end of the vesting period, the recipient receives the agreed-upon quantity of shares on one or more dates (vesting dates), as specified in the contract, as is the case with Taurus.

Unlike Stock Options, which may require recipients to incur expenses to purchase the shares, RSUs are an expense borne by the company. In other words, the recipient receives the shares free and clear, without the need for any payment or other consideration.

For Taurus, the vesting period of its Stock-Based Compensation Plan will extend from 04/28/2024 to 03/30/2029, as follows:
- 04/28/2024: 20% of the shares;
- 03/30/2025: 10% of the shares;
- 03/30/2026: 10% of the shares;
- 03/30/2027: 10% of the shares;
- 03/30/2028: 10% of the shares;
- 03/30/2029: 40% of the shares.

In the United States, Taurus' main competitors, Smith & Wesson Brands Inc. and Sturm, Ruger & Co, Inc., also utilize a Restricted Stock Unit-based compensation plan. The recent adoption of this plan by the Brazilian multinational represents another step towards aligning best practices and administrative strategies with its competitors, which could facilitate a potential future listing of the company on a US stock exchange.

In a winning team, you don't make changes
This football maxim is also highly applicable to companies that are achieving success in their businesses due to the excellence of their administrators, making it worthwhile to invest in keeping them on board.

Assuming the role of Global CEO of Taurus Firearms in 2018, the experienced executive Salesio Nuhs assembled a competent team of executives and decisively propelled the necessary transformations, accomplishing the most iconic corporate turnaround of this century in Brazil. This success extended to both the Brazilian and American units, where the headquarters was relocated to Georgia in 2019 (with numerous advantages). The local CEO was replaced with a dynamic and experienced executive, and production, sales, marketing, and market intelligence processes were optimized, resulting in a prompt response to consumer needs and desires.

Regarding debt, since the new team took charge, strict expense control and cost management have been established, starting from the Engineering Department during the planning and development of new products. Coupled with comprehensive financial restructuring, what we see today is that the company's leverage, as measured by the ratio of the last 12 months' EBITDA to net debt on 31/03/23, dropped from a rate of 11.2 (in 2014) to just 0.15 at the end of 1Q23. This indicates that 15% of the annual cash generation measured by EBITDA would be sufficient to fully repay the bank debt recorded on 31/03/2023.

Salesio also created the CITE - Integrated Technology and Engineering Center Brazil/USA, centralizing all the development of new firearms and disruptive technologies (such as graphene, niobium, DLC, and long-fiber polymer) in Brazil. The CITE is fueled by the company's Market Intelligence Sector, which seeks to anticipate market trends as well as consumer needs and desires.

In 2020, the company entered into a joint venture with the powerful Jindal Group to produce firearms in India. The factory, which is expected to start operations soon, is already participating in substantial tenders to supply weapons to the enormous armed forces, police, and paramilitary forces of the country, as well as its untapped and massive civilian market.

The executive and his team created a strategic expansion project for 2020/2025 with the goal of making Taurus the largest and best manufacturer of small arms in the world, achieving part of this objective three years ahead of schedule. As part of this initiative, a Supplier Condominium was established alongside the company, and state-of-the-art Autonomous Manufacturing Cells, based on robotics and artificial intelligence, are about to come into operation, working through Value-Driven Processes.

Alongside the establishment of the Logistics Train process and the construction of new facilities (CITE, Shooting Range, Logistics Center, laboratories, and administration), the synthesis will culminate in the transformation of Taurus into an Industry 4.0, enabling the company to also become a hub for supplying finished products, kits, and parts to the US and Indian units.

Under his leadership, Taurus established agreements and partnerships with important Brazilian universities, with a focus on the University of Caxias do Sul and Unisinos, aiming to develop new and disruptive materials (graphene and niobium), as well as contribute to the training and improvement of highly specialized human resources.

In 2022, Taurus and CBC finalized the creation of the joint venture CBC Taurus Arabia Holding, LLC., aiming to enable more efficient pursuit and anticipation of business opportunities in this relevant market, especially considering the Saudi Arabian government's plans to establish a local defense industry base, as part of the "Vision 2030" strategy, which is very similar to the Make in India and Atma Nirbhar Bharat initiatives of the Indian government.

The high standard of quality, technology, and innovation that has come to characterize Taurus, especially since 2018, has received numerous national awards and 38 international awards, including the most prestigious ones in the firearms industry in the United States. The brand has received seven awards from the National Rifle Association, one of the most prestigious awards in the US firearms industry, and its products have been chosen as the firearm of the year 14 times. Since 2018, Taurus has been winning approximately three major American awards every two years.

In a prestigious live event held on May 2nd, Taurus Armas S.A. presented its 1st Sustainability Report and hosted a panel discussing the ESG theme. On this occasion, the company shared its efforts and achievements in social, environmental, and governance management, consolidating its actions regarding the ESG agenda. The release of the ESG report marked a new milestone in the company's history, solidifying Taurus as the first strategic ESG defense company.


In summary, under the proactive leadership of its Global CEO and executives, Taurus is successfully carrying out its homework, namely:

- Completing its turnaround, focusing on quality, technology, and sales/distribution dynamics.
- Significantly increasing its numbers (production, sales, profits, EBITDA), becoming a global benchmark in the market and the world's largest seller of small arms.
- Drastically reducing its debt and leverage to comfortable levels.
- Capitalizing on the atypical years of 2020 and 2021, achieving historic results.
- Increasing its market share in the current largest market in the world (USA).
- Soon starting production in India, a country representing the largest and most untapped global market for modern small arms in the military and civilian sectors.
- Establishing a joint venture with CBC in Saudi Arabia to leverage the Vision 2030 initiative and supply weapons to that country and others in the Middle East, where it currently has no presence.
- Establishing agreements with universities for the development of new materials and the training or improvement of specialized human resources.
- Resuming significant dividend payments to its shareholders in 2022 and making it a strategic objective going forward, including interim payments.
- Implementing a share buyback program to enhance shareholder value and meet the Equity-Based Remuneration Plan.
- Establishing itself as the first Brazilian strategic defense company with ESG principles and operations.
- Its exceptional performance has led American investment funds to already hold more than 4% of the company, with a focus on Vanguard and BlackRock, two of the largest investors in light weapon manufacturers in the USA.
- Creating a stock-based remuneration program for its key executives, aiming for profitability, longevity, and sustainability.
- Organizing itself to enter the coveted Law Enforcement market in the USA.

Furthermore, Salesio is also known for his ability to choose, lead, and motivate key employees of the company, as evidenced by assembling an enviable team of competent and dynamic executives who contribute decisively to achieving Taurus' objectives.

The ongoing examples of work, dedication, and seriousness demonstrated by Salesio Nuhs and his executives serve as beacons that inspire and guide the company's 3,500 employees, engaging them and making them vital participants in the undeniable achievements of the company.

Therefore, by deciding to further empower their top team of executives by making them shareholders of the company, the competent Board of Directors of Taurus Armas not only recognizes their abilities and dedication but also demonstrates once again that they are fully aligned with the most modern management practices and the aspirations of their shareholders.

Eficácia decisiva no combate – a letalidade única do Gripen E


*Saab - 26/06/2023

Em primeiro lugar, o objetivo do um avião de combate - e dos homens e mulheres que o operam - é manter o controle e a integridade do seu território soberano. Para isso, o caça precisa entrar com sucesso e permanecer vivo em um ambiente altamente contestado, hostil e de alta ameaça, concluir a missão designada e retornar com segurança à base.

Para isso, o Gripen E garante a capacidade de sobrevivência com o uso de uma poderosa Guerra Eletrônica (Electronic Warfare - EW) fornecida por sistemas internos e externos de última geração. Os sensores hostis são bloqueados em amplas bandas de frequência por contramedidas autônomas e colaborativas de múltiplos aspectos, usando técnicas ativas e passivas.

Complementado pelo Jammer de Escolta (Electronic Attack Jammer Pod – EAJP),  e pelo Sistema Decoy para Míssil Lançado do Ar (Air-Launched Decoy Missile System), o Gripen E oferece uma supressão eletrônica altamente eficiente - para evitar, negar, enganar e defender-se contra qualquer ameaça inimiga. No domínio dos caças, isso é definido como Live Chain, ou Cadeia Viva.

Em segundo lugar, o objetivo de um caça é produzir efeitos operacionais precisos e em tempo hábil, por meio da supressão de sistemas hostis por meio de Guerra Eletrônica e/ou pelo efeito dos seus armamentos contra os alvos selecionados. Para cumprir essa missão, uma plataforma de caça deve ter uma alta Consciência Situacional para verificar as ameaças hostis existentes e definir suas coordenadas com precisão, a fim de encontrar, reconhecer, acompanhar, engajar e destruir estes alvos, e levantar os danos pós-engajamento. No mundo dos caças, isso é definido como Kill Chain, ou Cadeia de Morte.

Neste artigo, vamos explorar as capacidades de armamento do Gripen E, conforme a seguir.

Projetado para o combate em guerra
Quando se trata de armamento lançados por via aérea, alguns aspectos devem ser normalmente considerados:

Alcance cinemático – A distância do alvo em que uma arma pode ser lançada com efetividade e precisão sem expor o caça atacante às defesas antiaéreas ou caças inimigos. Além disso, a carga de armas de um caça deve ser projetada com armamentos que possibilite uma efetiva gama de alcance, para poder combater as ameaças a qualquer momento e manter a flexibilidade de engajamento.

Tipo de munição - Isto se refere ao tamanho e à finalidade do efeito explosivo de uma munição e ao tipo de alvos que esta munição foi projetada para ser usada, sejam alvos aéreos de voo rápido ou estruturas terrestres fixas reforçadas. Refere-se também à capacidade de qualquer munição individual de se posicionar contra alvos na fase de engajamento terminal, ou seja, através de sensores próprios ou de orientação para encontrar, fixar, rastrear e engajar de forma independente um ponto de impacto desejado.

Número de armamentos - trata-se do número e variação de diferentes armamentos que podem ser transportadas por uma aeronave de combate. Isto é determinado pela natureza da missão tática, o tipo e número de alvos, a ameaça e, é claro, também pelo projeto da plataforma de combate. Um número maior de armamento sempre aumentará a letalidade e a flexibilidade da missão, representando uma ameaça maior e uma importante dissuasão ao enfrentar o inimigo.

Probabilidade de Interceptação – quais são os fatores que permitem que um armamento encontre efetivamente seu caminho desde um lançador até a coordenada certa do alvo, sem arriscar nenhum efeito colateral à infraestrutura indesejada? Como um armamento pode ser efetivamente guiada e apoiada durante todo o engajamento? Como as contramedidas adversárias podem ser suprimidas para permitir que os armamentos alcancem os alvos? Quantos armamentos serão necessários para alcançar o efeito desejado?

No Gripen E, todos os requisitos acima, e muitos outros, foram cuidadosamente considerados. Ele foi totalmente projetado para sobreviver e operar em um ambiente de Anti-Acesso e Negação de Área (A2/AD). Os novos e exclusivos recursos de sensores e armas habilitados para operação em rede de dados foram projetados com todas as ameaças mais recentes em mente, permitindo que a mira flexível e dinâmica seja conduzida de maneiras totalmente novas, de forma autônoma por um único Gripen, pela colaboração entre vários caças em uma unidade tática aérea (TAU) e/ou pelo fornecimento de dados de mira de terceiros por outros caças colaboradores no ar, unidades de comando e controle (C2) ou um Controlador Aéreo Tático Conjunto (Joint Tactical Air Controller - JTAC).

A construção do quadro tático, a orientação para o engajamento de alvos, a orientação dos armamentos, o lançamento e o suporte de mísseis são mecanizados de maneiras novas e revolucionárias, permitindo que o piloto do Gripen E sempre maximize a probabilidade de interceptação de armas com a manutenção da própria capacidade de sobrevivência. Com a nova Colaboração Humano-Máquina (Human-Machine Collaboration - HMC), o piloto sempre saberá o que esperar em seguida e qual será a melhor ação possível na próxima fase da missão.

Escolha sua arma
Com o Gripen E, as Forças Aéreas terão a possibilidade de escolher os armamentos mais modernos e inteligentes, dos melhores fornecedores do mundo. Isto permite um acesso flexível e independente, sem ter que ser restringido por políticas ou regulamentações individuais das nações fabricantes ou das autoridades de projeto.

Um exemplo é o míssil ar-ar Meteor BVRAAM, em serviço no Gripen desde o início de 2016, seguindo um programa de integração muito bem-sucedido. O Meteor proporciona um desempenho cinemático imbatível, oferecendo um nível totalmente novo de letalidade - capacidade operacional de próximo nível para os combatentes. Um projeto de operação em rede exclusivo permite uma mira eficiente e flexível e suporte de armas, além de uma valiosa consciência situacional de combate. Para uma missão ar-ar, o Gripen E pode transportar até sete mísseis Meteor, reforçando o seu status de superioridade no Báltico pelas próximas décadas.

Outro exemplo é o Selected Precision Effects at Range - SPEAR, a arma de ataque à superfície de última geração, que oferece capacidade de ataque de precisão em longas distâncias. Equipado com um buscador multissensor inteligente, o SPEAR pode operar em todas as condições de combate contra alvos terrestres complexos em movimento e em manobra. A funcionalidade habilitada para operar em rede garantirá flexibilidade de mira e total segurança de combate durante qualquer combate. O Gripen E e o SPEAR maximizarão o potencial da futura capacidade aérea de combate nos ambientes de batalha mais disputados. Como alternativa, o míssil ar-superfície RBS-15ER altamente otimizado, com alcance estendido, está disponível para uso no Gripen E para oferecer capacidade de ataque de precisão, seja em uma capacidade anti-navio ou de ataque terrestre.

Nas operações ar-terra, o foco também costuma estar no segmento de ataque stand-off, uma capacidade de alto valor estratégico. Para essa missão, o Gripen E pode ser equipado com o míssil de ataque Taurus, que oferece uma capacidade imbatível de ataque de longo alcance contra vários tipos e complexos de alvos. O míssil Taurus mantém a sua capacidade de sobrevivência navegando o mais próximo da superfície possível evitando a sua detecção por meio do terreno físico, o que também significa um uso muito eficiente do alcance do míssil. Devido à sua ogiva muito potente, inteligente e escalonável, na maioria das vezes é necessário apenas um míssil para atingir o efeito desejado. O Gripen E e o Taurus proporcionam uma dissuasão estratégica muito importante contra qualquer ameaça.

O Gripen E foi projetado para enfrentar um adversário avançado. Um inimigo que poderá se dar ao luxo de escolher o método, o local e o momento de seu ato de agressão e que provavelmente terá a capacidade de atacar em grande número. A capacidade de combater essa ameaça só pode ser alcançada com o uso de sensores e armas de última geração, táticas, técnicas e procedimentos superiores e a maior disponibilidade da frota ao longo do tempo.

Isso garantirá que os combatentes estejam prontos, quando e onde forem necessários. Para sobreviver e para produzir efeitos operacionais. Para vencer!




25 junho, 2023

P600 AEW: a solução da Embraer e da Elta Systems para Inteligência, Vigilância e Reconhecimento


*LRCA Defense Consulting - 25/06/2023

O P600 AEW (Airborne Early Warning) é uma aeronave de próxima geração baseada na avançada plataforma super midsize do jato executivo Embraer Praetor 600. O P600 AEW pode fornecer uma Imagem Situacional Aérea estendida, monitorando a atividade aérea em áreas fora da cobertura do radar terrestre. Ele pode executar várias missões, como Defesa Aérea, Alerta Antecipado, Comando e Controle, Eficiência da Frota de Caça, Defesa Territorial e Vigilância Marítima.

O P600 AEW pode ser configurado com toda a gama de sensores AEW&C e sistemas de controle: Radar digital AESA AEW, IFF civil e militar, ESM/ELINT com capacidade de receptor de aviso de radar, comando e controle, suíte de comunicação abrangente, incluindo redes de dados e links de satélite, e um robusto Self Protection Suite (SPS).

O P600 AEW atende ao crescente mercado de recursos de Inteligência, Vigilância e Reconhecimento para países que exigem soluções econômicas, de alto desempenho e flexíveis para missões de defesa e segurança interna.

O Embraer Praetor 600 é o bizjet super-médio de melhor desempenho em sua categoria, oferecendo alcance intercontinental com excelente capacidade de carga útil, alta disponibilidade e confiabilidade, curto prazo de entrega e baixos custos de ciclo de vida. Juntamente com a tecnologia de radar superior da ELTA, o P600 AEW oferece os benefícios de sistemas comprovados de ponta e fornece recursos disponíveis até agora apenas em plataformas muito maiores.

Família Arkhe, da Atech, a alma do P600 AEW
A Atech, uma empresa do Grupo Embraer, conta com mais de 20 anos de experiência e desenvolvimento de soluções em Defesa e Segurança Pública e integrou todos os produtos e serviços em uma só base – a Família Arkhe, para reforçar o quanto estão interligados e podem ser aplicados nas mais diversas situações, de acordo com as necessidades do cliente.

A Família Arkhe é composta por soluções de planejamento, vigilância e monitoramento, que oferecem uma completa visão de cenário operacional para a tomada de decisões em uma missão atuando como um sofisticado sistema C3I Center (Command, Control, Communication and Intelligence), sendo capaz de realizar, por exemplo, o monitoramento das fronteiras aéreas e terrestres de um País cliente do sistema. Além do centro C3I principal, considerado o “coração” do atual Programa de Defesa, a solução pode acrescentar, se o cliente assim desejar, centros fixos e móveis em pontos estratégicos do território, todos com foco na Vigilância Aérea e Terrestre.

A Família Arkhe tem como foco cinco eixos principais, o Arkhe Command & Control (sistemas de C4ISR); o Arkhe Mission & Combat (sistemas embarcados); o Arkhe Intelligence (sistemas de inteligência); o Arkhe Cyber (segurança cibernética); e o Arkhe Academy (formação, simulação e treinamento).

A solução Atech a bordo do P600 AEW tem como base a plataforma de produtos de Defesa e Segurança da Família Arkhe, utilizando o Arkhe Mission & Combat. Essa ferramenta pode receber apoio de outros módulos do sistema disponibilizados em rede como o Arkhe Integrated Surveillance, concebido para realizar o monitoramento, planejamento e controle de operações militares, além da manutenção de uma rede de transmissão de dados estratégicos; o Arkhe Intelligence, usado modularmente para o processamento de informações nos centros de controle e, desta forma, colaborando ativamente nas análises e tomadas de decisão; e o Arkhe Academy, um Programa de Treinamento e Simulação que cria um centro de formação para operadores e instrutores capaz de desenvolver e aplicar as doutrinas de operação no próprio C3I.


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