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30 setembro, 2022

Exército testa o Rádio Mallet, produzido pela Imbel


*LRCA Defense Consulting - 30/09/2022

O Departamento de Ciência e Tecnologia (DCT), por meio do Comando de Comunicações e Guerra Eletrônica do Exército, coordenou um exercício para testar o Rádio Mallet, equipamento de comunicação produzido pela Indústria de Material Bélico do Brasil (Imbel). Denominada de Rondon-Mallet II, a atividade foi realizada no Campo de Instrução de Formosa, entre os dias 9 e 30 de setembro.

O exercício teve a finalidade de testar o desempenho do Rádio Mallet e verificar a adequação do material de emprego militar aos requisitos operacionais e técnicos estabelecidos para o apoio de comunicações da Força Terrestre. Na oportunidade, foram testados enlaces de voz e de dados em diferentes situações de emprego do rádio pelas tropas das armas, quadros e serviços.

A atividade contou com o emprego do 1º Batalhão de Guerra Eletrônica e da Companhia de Comando e Controle. Participaram ainda integrantes do Centro Tecnológico do Exército, do Centro de Avaliação do Exército e do 3º Esquadrão de Cavalaria Mecanizada.


Rádio Transceptor Mallet Veicular TRC-1193V
O Transceptor TRC-1193, também conhecido como Rádio Mallet, é um rádio digital, totalmente desenvolvido e fabricado no Brasil, especialmente concebido para atender aos mais rigorosos requisitos das comunicações táticas.

Dotado de uma interface de fácil utilização pelo usuário, possui menu totalmente em português; função autoteste, que permite a identificação de falhas; possui um servidor web integrado com planejador de missões que permite ao usuário configurar rapidamente diversos equipamentos; permite a pré-configuração de mensagens e canais, agilizando a operação do equipamento durante o combate e a atualização do firmware para acréscimo de funcionalidades.

Possibilita ao usuário a comunicação criptografada (COMSEC) entre rádios. Também é capaz de prover uma infraestrutura de Wi-Fi para conexão com tablets e notebooks.

*Com informações do Exército Brasileiro e da Imbel.

Embraer entrega E-Jet de número 1.700


 

*LRCA Defense Consulting - 30/09/2022

A Embraer atingiu um novo marco no programa E-Jets de jatos comerciais ao entregar a aeronave de número 1.700. Um E195-E2, adquirido pela Aircastle, foi entregue à KLM Cityhopper durante cerimônia ocorrida na Embraer em São José dos Campos.

Desde 2004, quando entraram em operação, os E-Jets são um sucesso global, voando em frotas de 150 companhias aéreas e empresas de leasing de mais de 50 países. O E195-E2 faz parte da avançada geração da família de E-Jets, cujas aeronaves são as mais silenciosas, menos poluentes e mais eficientes no consumo de combustível no segmento de até de 150 assentos.

O E195-E2 é o maior avião comercial da Embraer com capacidade para até 146 passageiros. A configuração KLM Cityhopper tem 132 assentos divididos em três áreas de cabine – classe executiva, economy comfort e econômica. Este é o 60º E-Jet da companhia aérea holandesa, que opera uma frota mista de 47 jatos de primeira geração e 13 E2 de nova geração, a maior da Europa. A KLC tem uma encomenda para mais 12 jatos E195-E2, com opção para outros 10.

Durante a cerimônia no Brasil, Warner Rootliep, Diretor da KLM Cityhopper, destacou a eficiência do E2: “estamos orgulhosos que, com a mais recente adição à frota da KLM Cityhopper, a Embraer alcance este marco, ou seja, a entrega da aeronave produzida de número 1.700. Um grande momento para celebrar os muitos anos de colaboração entre a KLM Cityhopper e a Embraer. Este E2 será muito importante para seguirmos em frente com o objetivo de nos tornarmos um dos líderes em sustentabilidade da indústria da aviação.”

Francisco Gomes Neto, Presidente e CEO da Embraer, atribuiu a longevidade do programa de E-Jets à melhoria contínua: “estamos sempre procurando formas de tornar nossas aeronaves mais eficientes – seja reduzindo custos operacionais, seja estendendo intervalos de manutenção ou adicionando novas tecnologias. Recentemente, os jatos E2 provaram que podem voar com 100% SAF, o que os torna ainda mais sustentáveis.” Gomes Neto também citou a liderança da KLM no campo ambiental: “não consigo pensar em um cliente mais adequado do que a KLM para demostrar os atributos sustentáveis do E2.”

A inovadora família de E-Jets da Embraer tem transformado a aviação comercial. O programa já registrou mais de 1.900 pedidos firmes de mais de 100 clientes. Atualmente, 80 companhias aéreas voam com os E-Jets da Embraer. Estes aviões versáteis voam em todos os continentes com companhias aéreas tradicionais, de baixo custo e regionais. 

29 setembro, 2022

Visando expansão estratégica e automação, Taurus adquire 42 novas grandes máquinas


*LRCA Defense Consulting - 28/09/2022

Cumprindo fielmente seu Planejamento Estratégico de 5 Anos - que visa aumentar a capacidade produtiva em 50%, torná-la um hub de produção de kits, peças e produtos acabados para as unidades dos EUA e da Índia, automatizar/robotizar os processos produtivos e transformá-la em uma indústria 4.0 - a multinacional gaúcha Taurus Armas S.A. está investindo pesado em máquinas e equipamentos de última geração.

Em 2021, a empresa investiu R$ 181 milhões, sendo que máquinas e equipamentos representaram R$ 113 milhões. Para 2022, estão orçados R$ 170 milhões e, no 2º trimestre de 2022, foram investidos R$ 109 milhões, com máquinas e equipamentos representando R$ 68 milhões.

Assim, o total investido nesses itens no período que engloba o ano de 2021 e o de 2022 (até o 2º trimestre) foi de R$ 181 milhões.

Desse total, os maquinários destinados à produção no novo pavilhão (foto abaixo), que a empresa reformou e que se localiza na área adquirida pela Taurus no final de 2021, mereceram R$ 85 milhões. Este pavilhão tem aproximadamente 2.000 m2 e irá comportar as máquinas e seus processos inovadores.


Uma megaoperação logística para trazer 14 centros de usinagem
A Taurus investiu R$ 14,6 milhões de reais em 14 novos maquinários que estão chegando na empresa este mês. São oito centros de usinagem verticais série KF, quatro centros de usinagem verticais série I-CUT e dois centros de torneamento horizontal que chegaram nesta leva.

Essas 14 novas máquinas fazem parte de um grupo de 42 que foram adquiridas da Hyundai (Coreia do Sul) mediante um investimento de  R$ 49 milhões e contribuirão para que a Taurus instale novos sistemas produtivos compostos por processos robustos e inovadores.
 
Uma megaoperação foi montada para receber os 14 novos maquinários que chegaram de navio. A MBX, empresa 100% brasileira e gaúcha, foi contratada para o embarque; a linha marítima responsável pela vinda dos maquinários do exterior ao Brasil foi a dinamarquesa "MAERSK LINE", atualmente a maior companhia marítima de contêineres do mundo.

O navio saiu do Porto de Busan, na Coreia do Sul, no dia 27 de julho, e chegou ao porto de Itapoá (SC) no dia 6 de setembro. Em seguida, os maquinários foram transportados por 14 caminhões especiais (caminhões pranchas, que medem em média 22 metros de comprimento) que saíram do porto e chegaram juntos até o destino, a estação aduaneira de Canoas (RS), no Bagergs. Em seguida, deslocaram-se para a fábrica da Taurus, em São Leopoldo. Foram cerca de 308 metros de comprimento de comboio de caminhões que percorreram a estrada (vídeo abaixo).


Automação, aumento de capacidade, inovação tecnológica e novos empregos
Os maquinários recém adquiridos serão utilizados para:
- aumento de capacidade de fabricação de famílias de produtos estratégicos para a companhia;
- desenvolvimento de processos de fabricação de componentes estratégicos;
- instalação do primeiro sistema autônomo de manufatura da Taurus.

A partir da utilização destes equipamentos, a Taurus terá um significativo aumento de produção nas famílias de pistolas e armas táticas.


Tais aquisições evidenciam que a empresa segue investindo fortemente em tecnologias de última geração para aumentar sua capacidade produtiva e agregar ainda mais qualidade, tecnologia e inovação às armas que produz.

Os novos equipamentos irão gerar inúmeras contribuições para a empresa, sendo que o principal benefício é o de alavancar a Taurus no patamar tecnológico de meios produtivos. O desenvolvimento e a inovação tecnológica nestes processos terão impacto extremamente positivo no posicionamento competitivo da empresa no mercado.

Também irão gerar novos empregos, além de oportunizar o desenvolvimento dos colaboradores atuais da Taurus. A projeção inicial é que sejam contratadas mais de 60 pessoas, entre as áreas operacionais e de apoio, com previsão de início para 2023.

C-390 Millennium – Criando uma nova filosofia global em manutenção e desempenho


*Aviation Week - 26/09/2022

O Embraer C-390 Millennium já está estabelecendo novos padrões no mercado de transporte aéreo tático, tendo os projetistas criado uma nova geração de aeronaves com capacidade multimissão. Ele fornece a combinação perfeita de tecnologia madura e comprovada com pensamento de última geração para garantir o melhor dos dois mundos – confiabilidade e uma nova experiência em desempenho.

A Força Aérea Brasileira (FAB) opera o C-390 desde 2019, e a aeronave já está comprovada e em serviço em missões de alto nível. Há dois anos, por exemplo, a aeronave provou ser fundamental na resposta à crise da COVID no país, trazendo esperança e alívio prático aos mais necessitados. 

Em termos de crises globais, também completou missões de apoio humanitário em Beirute para apoiar as vítimas de uma explosão devastadora no porto, no Haiti para apoiar as vítimas de um terremoto mortal e, mais recentemente, ajudando na repatriação de brasileiros e outros nacionais que fogem do conflito na Ucrânia.

Em 2021, a aeronave impressionou durante a Operação Culminante, um exercício de treinamento conjunto inédito entre a BAF, o Exército dos Estados Unidos e o Exército Brasileiro, para preparar paraquedistas e tripulações para desdobramento em operações aereoterrestres. Ao longo do exercício, o C-390 Millennium demonstrou com sucesso sua excelente interoperabilidade com outras aeronaves e forças armadas realizando missões de Ataque Aéreo, Infiltração Aérea e Evacuação Médica.


Mais recentemente, o Millennium fez parte de um exercício combinado de ajuda humanitária (Operação 'Cooperación VII') envolvendo um componente aéreo combinado com aeronaves dos Estados Unidos, Canadá, Chile, Honduras, Colômbia e Brasil, além de contingentes militares de outras oito países. Um total de 36 missões foram realizadas pelo C-390, desde missões de transporte aerologístico até lançamentos aéreos, com 100% de disponibilidade da aeronave em todos os momentos. Também foi capaz de demonstrar sua versatilidade, operando a partir de aeródromos com elevações muito diferentes, de 570 pés a 8.400 pés.

O C-390 Millennium é uma aeronave verdadeiramente notável que rapidamente ganha reputação por sua confiabilidade e desempenho. Tal confiabilidade e desempenho, no entanto, não acontecem por acaso. Eles são o resultado de uma estratégia comercial claramente pensada que permite que a resiliência seja 'embutida' no projeto e na operação da aeronave.

A Embraer trabalha com mais de uma dezena de parceiros globais que, entre eles, entregam cerca de 60% das peças, equipamentos e sistemas do Millennium. Também possui licenças de exportação para mais 11 países, o que garante uma disseminação global de expertise, incluindo o conhecimento e a capacidade de dar suporte às aeronaves C-390 Millennium onde quer que estejam operando. Essa experiência, juntamente com uma rede de suporte de mais de 80 MROs, mais de 10 centros de serviços próprios, mais 80 ou mais centros de serviços autorizados e mais de 200 representantes de suporte de campo, demonstram a profundidade e amplitude do compromisso da Embraer com a plataforma C-390.

Embora o Millennium possa ser fabricado localmente no Brasil, o negócio de Soluções de Materiais da Embraer suporta uma frota global de mais de 4.000 aeronaves. Possui uma rede de nove centros de distribuição de peças e sobressalentes e mais de 70 locais de armazenamento, interligados para garantir que as peças essenciais estejam sempre disponíveis, onde e quando forem necessárias.

Filosofia de manutenção essencial
A manutenção é, obviamente, uma parte essencial para manter uma aeronave operacional por mais tempo. Mas a manutenção desnecessária pode criar mais problemas do que soluções. A Embraer usa a filosofia do Grupo de Direção de Manutenção 3 (MSG-3) para planejar a manutenção em intervalos que reconhecem a confiabilidade inerente dos sistemas e componentes da aeronave.

Funciona com base em quatro princípios orientadores: que a manutenção só é eficaz se a tarefa for aplicável; manutenção excessiva não oferece confiabilidade aprimorada; tarefas desnecessárias podem introduzir erro humano, criando um problema que não existia anteriormente; e que o monitoramento rigoroso de peças e sistemas é geralmente mais eficaz do que revisões em tempo difícil.

A filosofia MSG-3, preferida por muitas aeronaves modernas, é complementada pelo AHEAD – Diagnóstico de Análise de Saúde da Aeronave da Embraer. Ele coleta e interpreta os dados dos sistemas integrados, permitindo que os operadores solucionem rapidamente os problemas quando ocorrem, para evitar que um problema menor se torne um incidente potencialmente grave. Os sistemas da aeronave e os dados de desempenho do motor podem ser transmitidos ao vivo para qualquer lugar do mundo, permitindo que ações corretivas sejam tomadas antes mesmo de a aeronave tocar o solo.

Ao adotar esta filosofia, o C-390 pode ir para intervalos maiores entre cada visita de manutenção. O plano também reflete a simplicidade dos operadores comerciais ao ser dividido em três fluxos específicos:

• Verificações de linha – compreendendo aquelas verificações que podem ser realizadas durante a noite ou durante uma pausa no trânsito, incluindo drenagem e reabastecimento dos sistemas de óleo, troca de freios ou pneus, reabastecimento de lubrificantes e verificações visuais de flaps e slats.

• Verificações intermediárias – compostas pelas verificações necessárias a cada 600 horas de voo, que são classificadas como de baixa complexidade e podem ser feitas fora do hangar.

• Verificações de base – verificações previstas para serem realizadas a cada cinco anos, que vão desde as simples verificações visuais e operacionais até as tarefas mais detalhadas, incluindo inspeções estruturais.

A essas três atividades principais, cada operador pode adicionar suas próprias verificações ao programa de manutenção conforme e quando julgar necessário. A chave é adaptar o programa de manutenção aos requisitos do operador, manter a confiabilidade de despacho técnico da aeronave (TDR) e manter um alto padrão tanto no interior quanto no exterior. O MSG-3 aliado a um programa de manutenção enxuto e inteligente reflete em mais disponibilidade e menor custo de operação.

A confiabilidade é essencial e é resultado das pessoas, infraestrutura, filosofia e experiência da Embraer. É também fruto dos parceiros da Embraer, escolhidos para trabalhar com a organização e entregar muitos de seus principais componentes.

Tecnologia e suporte comprovados
Por exemplo, O C-390 usa o Pro Line Fusion da Rockwell Collins, um sistema de aviônicos integrado. Possui arquitetura escalável, conectividade total, ferramentas intuitivas de tomada de decisão e recursos avançados de conscientização situacional para aprimorar a segurança e a eficiência de cada missão. O C-390 usa Unidades de Potência Auxiliares (APUs) da Hamilton, amplamente adquiridas por outros OEMs em todo o mundo e, portanto, de fácil suporte com peças e sobressalentes prontamente disponíveis. E aproveita os motores V2500-E5 do consórcio International Aero Engines, que consiste na Pratt & Whitney, Japanese Aero Engine Corporation e MTU Aero Engines.

O motor V2500 agora é usado em três fuselagens separadas: a Família Airbus A320; o Boeing MD-90; e o Embraer C-390 Millennium. Para colocar isso em contexto, aproximadamente 190 companhias aéreas e locadoras de cerca de 70 países diferentes operam o motor V2500, o que demonstra como eles são comprovados em campo, altamente confiáveis ​​e fáceis de suportar. Eles são projetados para operar por 30 anos sem a necessidade de grandes revisões, reduzindo os custos de vida útil em até 30% em relação a aeronaves comparáveis.

Esses e outros fatores, como a capacidade total fly-by-wire do C-390, que elimina a necessidade de quaisquer inspeções e ajustes de cabos de controle, e um trem de pouso com mais de 30 milhões de horas de voo de experiência em engenharia por trás dele, ajudam a suportar a confiabilidade de uma aeronave já incrivelmente confiável.

Quando todos os fatores são levados em consideração, os custos operacionais do C-390 são, em média, 30% menores por missão do que outros aviões de transporte aéreo táticos típicos. Ele vem entregando uma disponibilidade operacional acima de 80% e uma taxa de conclusão (confiabilidade operacional) de 99% na Força Aérea Brasileira - uma estatística realmente notável.

Ao escolher o C-390 Millennium, portanto, as operadoras estão comprando um fabricante local com uma visão verdadeiramente global e capacidade comprovada, desde as peças e equipamentos que usa até a infraestrutura que implanta para manter essas aeronaves no ar. E respalda sua filosofia de fabricação e manutenção com uma abordagem similarmente global de suporte, dando aos operadores acesso a ferramentas e dispositivos de treinamento de ponta e treinamento no mundo real para preparar os pilotos para os desafios do mundo real que estão por vir.

28 setembro, 2022

WEG possibilita ganhos de potência em até 20% nos serviços de reforma e repotenciação de transformadores


*LRCA Defense Consulting - 28/09/2022

Estudos realizados por empresas do setor Elétrico, apontam que as tecnologias existentes permitem a fabricação de transformadores com 30% a mais de eficiência. Pensando em atender esse nicho de mercado, a WEG Transmissão & Distribuição, através de sua área de Vendas de Serviços de reforma, busca cada vez mais desenvolver tecnologias para o máximo reaproveitamento dos componentes, além de promover ganhos de potência em até 20% com relação a versão original do produto. Desse modo é possível reduzir custo, recuperando materiais nobres, reduzindo os prazos de entrega e promovendo a sustentabilidade.

Sendo assim, ao falarmos de eficiência energética, relacionamos não somente à redução de perdas, e a eliminação de desperdícios, como também, melhorias nas características e na performance dos transformadores reformados ou repotênciados. Com isto, desempenhamos um papel importante na conservação de energia e preservação da natureza. Além da WEG atender toda legislação aplicável, coletar e destinar corretamente os resíduos, a empresa, também, está orientada para crescimento sustentável. Os treinamentos de nossas equipes, prioriza, não somente o serviço de engenharia, mas também a conscientização para preservação do meio ambiente em todas as etapas de fabricação.

Dentre as principais ações da WEG, está o estabelecimento de metas de redução de consumo de matéria-prima, reaproveitando os núcleos magnéticos e tanques (compostos por aço silício e aço carbono), materiais essenciais na fabricação de transformadores. Partindo destes componentes, um novo projeto de enrolamentos, refrigeração, controle, automação e modernização tecnológica, tem como produto final um transformador praticamente novo, revitalizado e disponível para vários anos de operação.

Um estudo realizado pela Equipe de Serviços da WEG Transmissão e Distribuição, concluiu que, no período de um ano são economizadas aproximadamente 500 toneladas de aço silício e 230 toneladas aço carbono. Quanto ao descarte de materiais, no processo de reforma e repotenciação, a WEG retira as bobinas danificadas em uma área especifica, efetuando a devida separação de papel e cobre, e os envia para fornecedores certificados, evitando o retorno e o descarte indevido no meio ambiente.

Embraer entrega nova geração de radares SABER M60 ao Exército Brasileiro


*LRCA Defense Consulting - 28/09/2022

A Embraer entregou ao Exército Brasileiro as duas primeiras unidades dos radares SABER M60, em sua versão 2.0, que serão utilizados nas Unidades de Artilharia Antiaérea do Exército Brasileiro. Além desses dois radares, a Embraer anunciou em abril deste ano um novo contrato que contempla quatro radares adicionais do mesmo modelo.

A aquisição dos radares SABER M60 está prevista no Planejamento Estratégico do Exército Brasileiro 2020-2023 e amplia a capacidade operacional da Força Terrestre. Desenvolvido pela Embraer em conjunto com o Exército Brasileiro, o SABER M60 é um radar de artilharia antiaérea de baixa altura com 100% de conteúdo nacional e que já se encontra em operação com o Exército. Em 2019, houve a conclusão da fase de atualização tecnológica do radar, resultando na versão 2.0.

O SABER M60 é um radar de busca que integra um sistema de defesa antiaérea de baixa altura visando a proteção de pontos e áreas sensíveis como instalações governamentais e infraestruturas estratégicas. Com tecnologia 3D, possui alcance de 60 quilômetros e até 16.400 pés de altura, permitindo rastrear até 60 alvos simultaneamente, incluindo a detecção e classificação automática de alvos. Trata-se de um radar tático de grande flexibilidade operacional, fácil montagem e transporte, podendo ser desdobrado em até 15 minutos. Possui ainda tecnologia LPI (Low Probability Interception), o que permite alta capacidade de atuar na identificação de alvos sem ser facilmente identificado.

O SABER M60 pode ser integrado aos sistemas de armas baseados em mísseis ou canhões antiaéreos, além de possuir provisão para integração com outros sistemas de defesa aérea, tal como o Sistema de Defesa Aeroespacial Brasileiro (SISDABRA).

27 setembro, 2022

Taurus vence mais um processo judicial


*LRCA Defense Consulting - 27/09/2022

A Justiça de São Paulo julgou improcedente a ação de um policial que reclamava defeitos em uma pistola 24/7 de fabricação da Taurus.  

Na sentença, o Juiz de Primeira Instância concluiu que a prova técnica produzida pela Polícia Militar do Estado de São Paulo não evidenciou a ocorrência de defeito no armamento e que o Instituto de Criminalística de São Paulo demonstrou que a arma estava apta para uso.

Essa sentença foi confirmada pelo Tribunal de Justiça de São Paulo que, no seu acórdão, apontou que os peritos da Polícia Militar examinaram a arma e constataram que o sistema de segurança (travas manuais e trava do percussor) estavam em condições normais de funcionamento; que a pistola foi submetida aos testes protocolares com intuito de verificar o sistema de segurança do armamento e que durante esses testes não foram constatadas irregularidades; e houve indicação de que, após o término da sindicância, a arma poderia ser recolada em uso operacional.

A sentença e o acórdão transitaram em julgado e não cabe mais recurso.

Mais uma vez se restabelece a verdade sobre a qualidade dos produtos Taurus.

A tragédia de ser militar aposentado na Venezuela: pensões miseráveis, negação de direitos e proibição de entrar no quartel

Além disso, o atendimento outrora excelente que recebiam em hospitais militares, atendimento clínico e fornecimento de medicamentos, hoje é apenas uma memória do passado.


*Infobae, por Sebastiana Barraez - 21/09/2022

Se o serviço de assistência médica dos militares ativos venezuelanos é deficiente, o dos aposentados é uma tragédia. Embora ao longo de suas carreiras tenham pago a previdência social e assegurado cuidados na aposentadoria, especialmente na velhice, a crise econômica não só despedaça sua escassa pensão, mas também os cuidados outrora excelentes que recebiam nos hospitais militares, atendimento nas clínicas, fornecimento de medicamentos para eles e seus familiares, hoje é apenas uma lembrança do passado.

Em 15 de setembro, a Diretoria do Instituto de Oficiais Aposentados das Forças Armadas (Iorfan) reuniu-se com GD Alberto Miltiniano Bermúdez Valderrey, presidente da Seguros Horizonte, que informou que durante 2022 o convênio entre o Instituto de Previdência Social da Forças Armadas (IPSFA) com a Seguros Horizonte, razão pela qual o quadro filiado não possui apólice de grupo, para a qual oferece apólices complementares de mil bolívares (aproximadamente $120) até 50 mil bolívares (mais de 6 mil dólares), que "Os afiliados podem pagar em parcelas bimestrais, sem limite de idade, com carência de 6 e 8 meses, mas as emergências são atendidas imediatamente."

É impressionante o número de militares que, quando adoecem, não encontram local para serem atendidos, nem como cobrir exames médicos, tratamentos, cirurgias, entre outros, de modo que vários camaradas fazem coletas e desenvolvem campanhas de solidariedade. O mesmo acontece quando alguém morre.

Por outro lado, a grande maioria dos militares aposentados não tem acesso às instalações militares, porque foi proibido que quem não seja militar ativo não possa entrar em um quartel ou visitar. Aqueles que se manifestaram contra o governo nacional ou simplesmente caíram sob suspeita não são apenas perseguidos, presos e alguns torturados, mas nas fotos deles na Galeria dos Comandantes eles têm uma faixa com a palavra “traidor”.

Enquanto o empobrecimento dos militares aposentados ou da Reserva se deteriorou a níveis alarmantes, um setor da revolução bolivariana vê a oportunidade de tirar vantagem política dos militares aposentados, tentando uni-los, como fazem com outros setores, para fazê-los votar nos candidatos do chavismo, principalmente por Nicolás Maduro Moros que pretende ficar no Palácio de Miraflores.

Em maio de 2018, a ilegal Assembleia Nacional Constituinte (ANC) convocou eleições presidenciais antecipadas, cuja presença foi mínima e permitiu que Maduro permanecesse no poder, sem uma eleição válida e transparente, agravando a crise que já vivia.

Uma das estratégias do setor que Maduro tem na revolução é estudar o lançamento de uma megaeleição, para que a participação de inúmeros candidatos lhe dê a aparência de maior possibilidade de se legitimar no poder.

O general Juan Antonio Herrera Betancourt considera que “estão buscando, através da tributação, ter toda a 'reserva ativa' sob seu controle, ideologizá-la e, sob pressão, levá-los a fazer parte do PSUV, sob o pretexto de outra organização. Isso foi amplamente rejeitado e há grupos se organizando para rejeitá-lo”.

A Lei Orgânica das Forças Armadas foi modificada como Lei Constitucional

A reserva
Uma das estratégias utilizadas pelo chamado Movimento Social da Reserva Ativa Bolivariana (MovSocRsvaAct) é recrutar os milhares de soldados aposentados das Forças Armadas Nacionais Bolivarianas para utilizá-los com fins políticos.

Um oficial ativo disse ao Infobae : “Isso é repreensível. Tem sido muito desagradável ter que dizer a um colega que não se pode recebê-lo em seu escritório sem fazê-lo parecer suspeito e ameaçado de ser chamado à DGCIM (Direção Geral de Contra-Inteligência Militar) para entrevistas e com o temor de que devido a qualquer intriga você deixa que eles o detenham e o classifiquem como um traidor”.

“Agora eles também querem manipular os aposentados. Pena que meu general Chourio se preste a isso; tivemos um bom relacionamento e compartilhamos muitas anedotas, ele é bem-humorado, mas é vergonhoso que um oficial que chegou a um cargo tão alto (chefe-general) não se aposente com dignidade e queira usar seus companheiros de armas para manter-se no poder, porque esse é o verdadeiro objetivo. É uma pena o que acontece com soldados aposentados, jogados no esquecimento, humilhados e muitos na miséria”.

“Já perdi a conta das vezes que enviei secretamente ajuda a colegas que caíram em desgraça e vagam em busca de um hospital onde possam ser tratados, implorando por remédios, esperando uma equipe médica ou remédios. Não posso dizer o quanto muitos de nós estão desapontados por não poder lidar com os casos de oficiais que foram professores ou instrutores, porque fizeram inimigos de soldados a aposentados. Agora pretendem manipulá-los para comprometê-los nas eleições, aproveitando-se da situação de miséria em que muitos se encontram. Não menina, isso dá arr… não sei como classificar essa ação”, diz por fim.

Reservar ou combinar
O Coronel Aposentado (GN) Hidalgo Antonio Valero Briceño, doutor em Ciências Jurídicas, preside o Movimento Defensores Populares (DPR), que em 13 de setembro de 2022 catalogou como o cúmulo da degeneração que existem “oficiais militares aposentados que propõem a criação do partido político que chamou: Reserva Ativa Bolivariana, tentando incluir os militares, da situação outrora honrosa de aposentadoria, hoje denegrindo pela situação socioeconômica, de desprezo em que o Regime Comunista nos conduziu”.

“Todos nós militares, como a maioria da população, com exceção de um pequeno grupo de bandidos corruptos, estamos passando pela crise mais profunda que nosso povo viveu em sua história política contemporânea. É lamentável a forma como são tratados os nossos camaradas de armas, depois de terem dado a vida ao serviço da Pátria ”.

"Muitos, de generais a sargentos, estão em situação de pobreza crítica, alguns até indigentes, têm que recorrer à caridade de colegas e amigos, quando surge uma emergência médica, para salvar suas vidas e as de seus familiares."

“A situação dos salários dos militares é degradante. As pensões são para a fome; um sargento e sua família não podem sobreviver com um salário-base sem bônus, de US$ 43 por mês, ou um coronel com US$ 104 por mês, quando só a cesta básica ultrapassa US$ 380 por mês”.

Destaca a “situação caótica dos serviços de saúde e assistência social dos militares da mal nomeada Reserva Ativa. É o cúmulo da bajulação dos promotores desta monstruosidade aberrante, de converter a organização de militares aposentados em partido político ligado ao PSUV, com o consentimento do GJ (Ex) Jesús Suárez Chourio, que ordenou que unidades militares iniciassem trabalho para o PSUV, com o 1X10″.

“Para piorar, agora estão propondo a eliminação do único bastião de defesa de nossos direitos, como o IORFAN. Por que não cuidam de melhorar as condições socioeconômicas e de saúde do sindicato?"

“As primeiras Leis do Exército e da Marinha falavam de militares aposentados, que se estivessem em condições físicas, poderiam ser chamados em caso de mobilização. A última Lei Orgânica das Forças Armadas, aprovada pela Assembleia Nacional, de acordo com as normas constitucionais, foi promulgada no Diário Oficial nº 38.280, de 26 de setembro de 2005. Reserva Nacional e Guarda Territorial”.

“A partir da análise dos regulamentos, podemos concluir que a Reserva Ativa ou Reserva Nacional, enquanto organização que reúne todos os militares reformados, nunca poderá tornar-se um partido político, independentemente da preferência partidária de cada um dos seus membros.”

O Coronel Valero Briceño conclui dizendo que “a situação aberrante é motivada pelo desespero do Regime , que viola inescrupulosamente todas as nossas normas, valores e princípios, para se firmar no poder, usando vantagem eleitoral e tentando usar os militares como ovelhas para seus fins desprezíveis."

Quando os militares da ativa se aposentam, a magia que dá o poder ao uniforme acaba.

Apenas para as Forças Armadas
Por sua vez, o Coronel aposentado (Ex) Ángel Alberto Bellorín, turma de 1977, que é advogado Magna Cum Laude, além de graduado em Educação Física e Esportes, bem como em Ciências e Artes Militares, com mestrado e doutorado em Direito Constitucional, diz que “Constitucionalmente, reformar leis orgânicas por lei habilitante, ou seja, Decreto-Lei, mais do que inconstitucional, quando se refere às Forças Armadas é imoral. Isso pode ser discutido na linguagem política obscena venezuelana, mas não na linguagem acadêmica com argumentos epistêmicos e gramaticais”.

Vale lembrar que, a partir de 2008, começou essa prática de modificação da Lei Orgânica das Forças Armadas (LOFAN) e demais leis orgânicas por decreto-lei. O plano óbvio no campo militar era eliminar progressivamente as poucas regras que ainda existiam sobre as promoções militares, preparar o terreno para a criação da Milícia e outras mudanças organizacionais que dispensavam a destruição.

Muitos advogados “incluindo colegas militares, tentaram sem sucesso recursos de anulação perante um Supremo Tribunal que desde 2004 já era controlado pelo chavismo. As sucessivas reformas nos decretos-leis, todas por Lei Habilitante, foram lentamente fazendo seu trabalho. É na reforma de 2014 que o oxímoro da reserva ativa aparece pela primeira vez. Não foi isolado, em paralelo fizeram o trabalho com o controle partidário das demais instituições para eliminar a possibilidade de anulação daquelas leis”.

“A última aberração aplaudida pela ignorância, é aquela falta de racionalidade chamada Direito Constitucional, aprovada pela Constituinte inconstitucional. Qualquer pessoa moderadamente honesta intelectual e moralmente sabe que é uma monstruosidade legalmente inexistente”.

“Foi aprovado para propaganda política e para disfarçar o motivo secundário da convocação da referida assembleia, que além de ser arbitrariamente constituída para anular uma Assembleia Nacional adversa ao governo, pretendia vincular emocionalmente uma FAN subjugada e diminuída a outra farsa de 'lealdade constitucional' . Uma fraude constitucional grosseira”.

Ele sugere analisar “por que a atual Lei que rege os destinos do que resta das Forças Armadas é a primeira e única lei venezuelana intitulada 'constitucional'. Da mesma forma, os militares foram 'privilegiados' com uma Lei Previdenciária também única, sendo batizados com a alcunha de um personagem do qual devemos nos orgulhar já que simbolicamente o levaram ao panteão”.

“Claro que pouco importa para a propaganda do governo que a lei de segurança com o nome de um herói não garanta nada e não cumpra seu conteúdo. Enorme privilégio dado aos militares venezuelanos para substituir salários reduzidos, bônus reduzidos, pensões embaraçosas e dívidas não pagas”, diz Bellorín.

WEG anuncia investimentos de R$ 660 milhõe para expansão de capacidade de produção de motores industriais e de tração no Brasil


*LRCA Defense Consulting - 27/09/2022

A WEG S.A. anunciou investimentos de R$ 660 milhões, ao longo dos próximos três anos, para expansão de capacidade de produção de motores industriais e de tração elétrica no Brasil.

Além da ampliação dos prédios de fabricação de componentes e de logística de exportação, a companhia também vai construir uma nova fábrica dedicada a produção de motores industriais e principalmente motores para atender o segmento de mobilidade elétrica. O projeto será realizado no parque fabril de Jaraguá do Sul / SC, cidade sede da companhia, e aumentará em até 25% a atual capacidade produtiva de motores industriais da WEG.

O Diretor Superintendente de Motores Industriais da WEG, Alberto Kuba, afirmou que “esses são investimentos fundamentais para o crescimento da WEG no futuro, pois amplia consideravelmente nossa capacidade de fabricação para atendermos as demandas das linhas de montagens e filiais comerciais no exterior, e nos capacita fortemente no Brasil para atendermos a crescente demanda de mobilidade elétrica".

O cronograma dos investimentos prevê a conclusão da nova fábrica de motores industriais e tração já no 1º trimestre de 2024. O prédio terá aproximadamente 18.000 m² de área construída e será projetado de forma a permitir o aumento gradual e contínuo da capacidade de produção e atender às necessidades de expansão da companhia ao longo dos próximos anos.

O plano de investimentos da WEG inclui ainda a atualização e modernização das fábricas de componentes e logística já existentes, totalizando uma ampliação de aproximadamente 23.000 m² de área construída, para dar suporte à demanda projetada.

Atech, do Grupo Embraer, participa da Conferência Geral da Agência Internacional de Energia Atômica


*LRCA Defense Consulting - 27/09/2022

A Atech, empresa do Grupo Embraer, participa da Conferência Geral da Agência Internacional de Energia Atômica, que começou nesta segunda-feira (26) e segue até sexta-feira (30), em Viena, Áustria.

Em sua 66ª edição, a conferência reúne representantes dos países membros da AIEA e profissionais de alto escalão do setor público e privado. Durante o evento, os participantes irão debater questões relevantes para o desenvolvimento, segurança e sustentabilidade do setor nuclear no mundo.

A Atech fará parte da delegação brasileira, composta por autoridades da Marinha do Brasil e representantes da Nuclep, Eletronuclear e INB, entre outras empresas e instituições do ecossistema nuclear brasileiro.

Certificada pelo Ministério da Defesa do Brasil como Empresa Estratégica de Defesa, a Atech atua em importantes programas das Forças Armadas brasileiras, entre eles, o LABGENE (Laboratório de Geração de Energia Nucleoelétrica).

No LABGENE, programa conduzido pela Marinha do Brasil, a Atech desenvolve todos os sistemas de monitoramento, controle e proteção do laboratório, e fará a integração dos sistemas de instrumentação e dos sistemas auxiliares que vão operar na unidade. A empresa será ainda responsável pelas atividades de treinamento, operação assistida e suporte ao comissionamento do laboratório.

“A Atech, que possui uma expertise única em integração e engenharia de sistemas, adquiriu também ao longo do tempo capacidades raras nas áreas de instrumentação e controle nuclear, formando um time de profissionais altamente qualificados para desenvolver soluções que possam atender às atuais demandas do setor nuclear”, destaca o Diretor de Negócios da Atech para Defesa e Segurança, Giacomo Staniscia.

Sobre a Atech
Reconhecida como uma “System House” brasileira, a Atech sempre se pautou pela inovação com o objetivo de ajudar a transformar o país.

Com uma expertise única em engenharia de sistemas e tecnologias de consciência situacional e apoio a tomada de decisão, a Atech trabalha no desenvolvimento de soluções inovadoras com aplicações nas áreas de tráfego aéreo, gestão de ativos, segurança digital, conexões Inteligentes, logística, sistemas de comando e controle, de instrumentação e controle, embarcados e simuladores.

Monitoramento de milho e soja vai inaugurar o primeiro nanossatélite agrícola brasileiro

Fruto de parceria entre a Embrapa e a Visiona Tecnologia Espacial, nanossatélite VCUB será validado por meio de monitoramento de lavouras de milho e soja no Maranhão, e será lançado no início de 2023 por foguete da empresa norte-americana SpaceX.

Nanossatélite deverá ser colocado em órbita em 2023 e validará tecnologias de aplicação agrícola

*Embrapa, por Valéria Cristina Costa - 27/09/2022

O monitoramento agrícola e a estimativa de produção de soja e milho no estado do Maranhão vão iniciar os trabalhos do Visiona CUB (VCUB), o primeiro nanossatélite concebido integralmente pela indústria brasileira para validar tecnologias de aplicação agrícola. O satélite, de apenas 12 quilos e do tamanho aproximado de uma caixa de sapatos (veja quadro), deverá ser colocado em órbita no início de 2023.

A primeira missão do equipamento foi acordada este ano por meio de cooperação técnica e financeira assinada entre a empresa Visiona Tecnologia Espacial, a Embrapa Agricultura Digital e a Fundação de Apoio à Pesquisa e ao Desenvolvimento (Faped). Esse passo foi a evolução de uma parceria entre as empresas iniciada em 2018 e voltada ao desenvolvimento do uso agrícola de nanossatélites.

As imagens públicas de satélites governamentais americanos e europeus já são largamente utilizadas em suporte ao monitoramento da safra agrícola brasileira para subsidiar, com informações, políticas públicas e o setor produtivo. Os dados são obtidos de forma gratuita pelas instituições, porém, o serviço carecia de aperfeiçoamento na visualização de alvos agrícolas, localizados no solo, abaixo das nuvens. Por isso, os especialistas acreditam que as tecnologias modernas embarcadas no VCUB são uma solução inédita para se obter estimativas com maior precisão sobre a produtividade de lavouras.

Os pesquisadores lembram que eventos climáticos severos registrados na última safra (2021/2022), ocasionaram prejuízos significativos nas culturas da soja e do milho, em especial. Por isso, no atual cenário, é um fator crítico o aumento da quantidade e da qualidade das imagens destinadas ao mapeamento e monitoramento das áreas em produção e de conservação.

Preparado para a internet das coisas
O presidente da Embrapa, Celso Moretti, destaca que a atual fase da agricultura digital é marcada pelo uso combinado de sensores, aplicativos e inteligência artificial. “As instituições, empresas e produtores buscam, cada vez mais, soluções de tecnologia da informação para suporte em seus processos de tomada de decisão”, relata.

“Quando se associa dados agrometeorológicos com imagens de satélite, os modelos ganham precisão, permitindo maior assertividade nas decisões. Além disso, o sistema de coleta de dados poderá atender ao mercado de internet das coisas (IoT) em localidades com pouca infraestrutura. Daí a importância da aproximação com uma integradora de sistemas espaciais como a Visiona”, aponta o dirigente ao frisar que o VCUB integra sistemas espaciais e computacionais, visando melhorar o desempenho e aumentar a sustentabilidade socioeconômica e ambiental do setor.

Para João Paulo Campos, presidente da Visiona, o VCUB é um marco para o avanço e autonomia da indústria aeroespacial brasileira, que ganha significado ainda maior por ter como primeira missão atender ao agronegócio, setor fundamental para o País. “A possibilidade de conjugar imagens com alta qualidade e coletar dados de sensores no campo faz do VCUB uma plataforma poderosa para aplicações agrícolas, e a parceria com a Embrapa será fundamental para transformar esse potencial em soluções concretas voltadas para o mercado brasileiro”, avalia Campos.

Curiosidades sobre o nanossatélite brasileiro
Tamanho   – O VCUB utiliza uma plataforma de 12 quilos, com dimensões de 30 centímetros de comprimento, 20 centímetros de altura e 10 centímetros de largura,  trazendo o “estado da arte” em tecnologias de pequenos satélites.

Microssatélite  – São considerados nanossatélites aqueles que tenham até 10 quilos; a partir desse peso e até 30 quilos, a denominação técnica passa a ser “microssatélite”. Apesar de o VCUB ter ganhado dois quilos adicionais, ele continua sendo considerado um nanossatélite.

Em sentido contrário – O nanossatélite vai passar 14 vezes em órbita quase polar (sentido norte-sul, aproximadamente), girando em direção oposta à da Terra.

Vida útil  – O VCUB é programado para operar por três anos, mas existem satélites que têm a vida útil planejada para cerca de cinco anos e operam há mais de 15 anos.

Constelações – A partir de três satélites em operação conjunta já se considera uma constelação. Estudos mostram que nove satélites seriam suficientes para cobrir o Brasil inteiro em 20 dias.

APIs  – A sigla API significa Interface de Programação de Aplicativos e vem do termo em inglês Application Programming Interface. APIs servem de base para o desenvolvimento de produtos de software específicos, de acordo com a área de atuação de cada empresa que desenvolve soluções para o mercado.

SpaceX – Para realizar o lançamento do VCUB, a Visiona contratou a norte-americana SpaceX, companhia pertencente ao empresário Elon Musk.

“Entramos com conhecimentos das equipes que atuam com geotecnologias, monitoramento agroambiental e sistemas de TI [tecnologia da informação] aplicados à agricultura; e a Visiona aporta a experiência em tecnologia espacial, para, juntos, desenvolvermos um conjunto de sistemas inteligentes para o agronegócio”, explica Stanley Oliveira, chefe-geral da Embrapa Agricultura Digital.

O gestor destaca que a Embrapa poderá contribuir em outros temas de interesse da área agrícola, envolvendo inclusive mais centros de pesquisa da Empresa e diversas tecnologias, pois há em vigor um acordo de cooperação geral.

Cleber Oliveira, diretor de operações da Visiona, destaca que o desenvolvimento conjunto de sistemas inteligentes atenderá inicialmente ao mercado de produção de grãos, mas poderá evoluir para outras espécies vegetais e se ampliar para diversas regiões do País. O executivo conta que o setor agropecuário é um dos focos da integradora brasileira de sistemas espaciais.

Maquete do satélite / Magda CruciolMais qualidade e quantidade de dados
Mesmo com seu pequeno porte, o Visiona CUB carrega a tecnologia dos grandes satélites e vai passar 14 vezes por dia ao redor da Terra. São esperados ganhos na periodicidade de coleta de imagens, podendo passar de intervalos de cinco dias para uma frequência de até dois dias, aumentando a probabilidade de coletar imagens sem nuvens – obstáculos à visualização de alvos no solo.

O satélite estará equipado com câmera de alta resolução espacial especificamente projetada para captar alvos agrícolas com maior detalhamento. A inovação é resultante da parceria com a Embrapa e conta com a instalação de sistema inédito no País, que permite ao satélite apontar com precisão sua câmera para o local desejado ou realizar uma correção de órbita, entre outras aplicações.

“Atualmente, os satélites em operação fornecem imagens com detalhamento de 5 a 30 metros de distância do solo. O nosso vai alcançar 3,5 metros”, destaca  Cleber Oliveira. Além disso, a adição de uma banda espectral, denominada borda do vermelho, confere maior definição às imagens, melhorando a acurácia na visualização de cultivos, indica o diretor.

Até então, para a agricultura, vinham sendo utilizadas as bandas do azul, verde, vermelho e infravermelho próximo. O VCUB contará também com um sistema de coleta de dados na banda de Frequência Ultra-Alta (UHF) baseado na tecnologia de rádio definido por software (SDR). Os cientistas ressaltam que os sistemas embarcados serão validados no primeiro trimestre de 2023, quando o VCUB entrar em operação.
 
A pesquisa
O pesquisador João Antunes, da Embrapa, gestor técnico do acordo, avalia que a iniciativa conjunta – denominada Estimativa de Produtividade Agrícola por meio de Modelo Agrometeorológico-Espectral – significará uma evolução da API Agritec (interface de programação voltada ao agro), viabilizando maior assertividade nas previsões de produtividade das culturas da soja e milho no estado do Maranhão.

“A solução tecnológica deve ser aperfeiçoada com a incorporação futura de dados obtidos das imagens do VCUB”, prevê o pesquisador. Pelo acordo, caberá ao centro de pesquisa validar as informações, imagens espaciais e mapas dos cultivos agrícolas cedidos pela Visiona.

A Visiona igualmente prestará informações técnicas referentes à execução do acordo e fornecerá informações necessárias ao desenvolvimento do sistema. A Faped será responsável pela gestão administrativa e gerenciamento dos recursos financeiros, em conformidade com o cronograma e o plano de trabalho, bem como pela prestação de contas.

Módulos
Na primeira etapa, conduzida pela Visiona em conjunto com o estado do Maranhão, os agricultores fizeram o cadastro indicando localização, cultivos realizados e estimativa de produtividade.

No segundo módulo, utilizando dados agrometeorológicos, a Embrapa atua na indicação da localização dos cultivos e na estimativa de produtividade das áreas em que há produção de soja e milho no estado. O pesquisador Santiago Cuadra, da Embrapa, é o responsável pela inclusão de dados espectrais na API Agritec.

O módulo 3 do sistema entrará em produção antes do lançamento do VCUB e usará imagens públicas de satélites para aprimorar a estimativa de produtividade por meio de Modelo Agrometeorológico-Espectral. “Quando o VCUB estiver em operação, os dados coletados pelo nanossatélite poderão ser incorporados nessa nova versão da API Agritec", avalia o pesquisador.

Primeiros meses de testes
Thiago Rodrigues, gerente de Projetos e Desenvolvimento de Soluções, da Visiona, lembra que o VCUB é considerado um satélite de validação de tecnologias. Depois de lançado, ele deve passar pelo período de comissionamento, quando todos os subsistemas são colocados à prova, testados e validados.

“Vamos testar se a comunicação com o satélite está adequada, se a câmera a bordo do satélite está coletando os dados corretamente. Também será calibrada a coleta de dados em solo e a resposta dos alvos que estão sendo detectados pela câmera”, detalha o gerente.

Somente após esse período, com duração de três a seis meses, é que o nanossatélite entra em operação para aplicações. Rodrigues informa que o foguete lançador do VCUB contratado pela Visiona é da empresa americana Space X.

Sobre a Visiona
A Visiona tem sede em São José dos Campos e é uma joint-venture entre a Embraer Defesa & Segurança e a Telebras, voltada para a integração de sistemas espaciais. Criada em 2012 para atender os objetivos do Pnae (Programa Nacional de Atividades Espaciais) e do Pese (Programa Estratégico de Sistemas Espaciais).

A empresa foi a responsável pelo Programa do Satélite Geoestacionário de Defesa e Comunicações Estratégicas, o SGDC, lançado em 2017. Em 2018, a Visiona anunciou o programa do primeiro satélite projetado integralmente pela indústria nacional, o VCUB1, e concluiu com êxito o primeiro Sistema de Controle de Órbita e Atitude de satélites desenvolvido no Brasil. A Visiona também fornece produtos e serviços de Sensoriamento Remoto e Telecomunicações por satélite, bem como Aerolevantamento SAR nas Bandas X e P.

BLADE Índia assina acordo de compra para até 200 eVTOLs da Eve


*LRCA Defense Consulting - 27/09/2022

A FlyBlade India, uma joint-venture entre Hunch Ventures e Blade Air Mobility, Inc., e a Eve Air Mobility anunciaram hoje uma parceria estratégica que inclui um acordo de compra condicional para até 200 aeronaves elétricas de decolagem e pouso vertical (eVTOL ou EVA), serviços e suporte e a solução de software para Gerenciamento de Tráfego Aéreo Urbano ("UATM") da Eve. As empresas também planejam colaborar em um projeto piloto de três meses, conectando passageiros ao aeroporto local usando helicópteros.

A Índia é um mercado único devido à sua grande extensão, questões de acessibilidade, congestionamentos e legislação de trânsito. Por seu pioneirismo no fornecimento de serviços de mobilidade aérea de curta distância na Índia, a BLADE Índia será a parceira da Eve para a criação do ecossistema de Mobilidade Aérea Urbana (UAM) no país. Os dados coletados pela BLADE Índia por meio da operação e da experiência do cliente serão usados para ajudar no desenvolvimento do eVTOL da Eve, de suas soluções de serviço e suporte, e no software de UATM. A BLADE Índia prevê iniciar a operação do eVTOL no país com 50.000 horas de voo por ano.  

"Estima-se que os problemas de congestionamento no trânsito da Índia piorem. Essa parceria nos permitirá aproveitar a vasta experiência da Eve não somente no design do eVTOL, mas também na infraestrutura necessária para apoiar o desenvolvimento da mobilidade aérea urbana," disse Amit Dutta, diretor geral da BLADE Índia.

"Estamos entusiasmados pela parceria com a BLADE India e pelo pioneirismo no mercado de mobilidade aérea urbana do país, que tem potencial para ser um dos maiores mercados do mundo. Esse acordo inicial nos permitirá operar na Índia e desenvolver o ecossistema de acordo com as necessidades da comunidade. Estamos empolgados para oferecer ao povo indiano uma solução de UAM que terá emissão zero, será silenciosa, eficiente e acessível em um futuro próximo," disse André Stein, co-CEO da Eve.

O surgimento da aviação elétrica, com veículos eVTOL, reduzirá significativamente a pegada de carbono, o ruído e o custo de voar, tornando-o mais acessível às massas.

Sobre a Blade
A Blade é uma plataforma tecnológica de mobilidade aérea urbana comprometida em reduzir atritos de viagens, fornecendo alternativas econômicas de transporte aéreo para algumas das rotas terrestres mais congestionadas nos EUA e no exterior. Hoje, a empresa utiliza predominantemente helicópteros e aeronaves anfíbias, e é também uma das maiores transportadoras aeromédicas de órgãos humanos para transplante do mundo. Seu modelo de ativo leve, juntamente com sua infraestrutura exclusiva de terminal de passageiros, foi projetado para facilitar uma transição perfeita para Aeronaves Elétricas Verticais ("EVA" ou "eVTOL"), permitindo mobilidade aérea de baixo custo para o público, silenciosa e com zero emissões.

Sobre a BLADE Índia

A BLADE India começou em 2019 e oferece alternativas econômicas de transporte aéreo para algumas das rotas terrestres mais congestionadas da Índia, com voos de Mumbai, Shirdi, Pune e Bangalore. A Hunch Ventures é uma empresa de investimentos privada com sede em Nova Délhi, na Índia, e investiu em diversos setores, incluindo educação, saúde, mídia imersiva, hospitalidade, alimentos e bebidas, logística e outros que podem ter sinergias distintas entre si.
 

26 setembro, 2022

Exército Indiano mais uma vez revive planos para adquirir carabinas de combate de curta distância


*The Wire - 25/09/2022

Depois de repetidas tentativas de adquirir carabinas de combate a curta distância (CQB) nos últimos anos, o Exército Indiano (IA) reviveu mais uma vez os planos para adquirir esse sistema de armas crítico sem o qual opera há quase três décadas em sua contra-insurgência. operações.

Na sexta-feira, o IA reeditou seu pedido de informações (RfI) aos fornecedores indianos para a aquisição planejada de 425.213 carabinas CQB 5,56x45mm, no valor estimado de Rs 3.500 crore [US$ 420 milhões], a fim de coletar informações de potenciais fornecedores domésticos.

Prazos e características
O prazo para responder à RfI é 21 de outubro, após o qual o Ministério da Defesa (MoD) deve enviar uma proposta ou solicitação de proposta (RfP) para um seleto grupo de fornecedores em novembro, para avançar a compra da malfadada carabina que viu inúmeras tentativas anteriores dar em nada. O RfI relançado exige que o fornecedor pré-selecionado inicie as entregas de carabinas dentro de oito meses após a assinatura do contrato e conclua todas dentro de cinco anos.

Autoridades da indústria de defesa, no entanto, disseram ao The Wire que finalizar a compra da carabina, após a RfP, exigiria navegar pelo menos oito procedimentos complexos complementares antes que o contrato fosse assinado de acordo com o Procedimento de Aquisição de Defesa, 2020 (DAP 2020), e poderia facilmente levar mais 2-3 anos para concluir. Esses processos adicionais incluíam a solicitação de licitações, sua avaliação técnica, testes de campo em grandes altitudes, planícies e regiões desérticas, avaliação de relatórios de testes pela equipe, avaliações de supervisão técnica e benchmarking de preços de carabinas.

Isso seria sucedido pela abertura de propostas comerciais e início das negociações com o fornecedor mais baixo, ou L1, aprovação financeira para o contrato do Comitê de Segurança do Gabinete liderado pelo primeiro-ministro Narendra Modi e, eventualmente, assinatura do acordo, possivelmente por volta de 2025- 26. Portanto, o IA começaria a receber as carabinas CQB apenas em meados de 2027 e concluiria sua indução 60 meses depois, em 2032, ou cerca de uma década a partir de agora, disseram fontes oficiais. [Leia a Nota da LRCA no final]

De acordo com o RfI, as carabinas CQB propostas deveriam pesar cerca de 3 kg, sem carregador e acessórios, não medir mais de 800 mm de comprimento em condição estendida e possuir um alcance efetivo de ataque de 200m. Disparadas de um suporte fixo a uma distância de 100 metros, as carabinas precisariam atingir uma precisão de 15 cm x 15 cm agrupando em 9 de 10 tiros, e 60% de exatidão em um conjunto de 24 cm x 24 cm, enquanto disparasse um pente em rajadas curtas de 2 a 3 rodadas em um modo semelhante.

Montadas com um trilho Picatinny para acomodar miras e outros acessórios, as carabinas também precisariam ter alças verticais removíveis e ser equipadas com baionetas destacáveis ​​​​de 120 mm de comprimento. Elas também devem ser capazes de operar em condições climáticas extremas, variando entre menos 10° Celsius em regiões de alta altitude do Himalaia e 45° Celsius em áreas desérticas, além de ter uma vida útil operacional total de 15 anos, ou 15.000 rodadas, o que ocorrer antes.

Para ser adquirido na categoria Comprar (Indiano) do DAP 2020, as ofertas de carabina CQB por fornecedores locais incorporariam empreendimentos colaborativos com fabricantes de equipamentos originais no exterior. Tais parcerias ou joint ventures são permitidas sob o DAP 2020.

Um histórico complicado
A saga de aquisição de carabinas do IA, em andamento desde 2008, foi catastrófica, repleta de lapsos processuais e burocráticos por parte do IA e do MoD, para os quais nenhuma responsabilidade foi atribuída ou sequer considerada. Durante anos antes disso, um debate interno havia ocorrido dentro da Diretoria de Infantaria da IA ​​sobre a formulação dos requisitos qualitativos de carabinas (QRs), ou especificações, para substituir suas submetralhadoras 9mm 1A1/2 legadas - versões locais das armas L2A3 Sterling que remonta à Segunda Guerra Mundial.

Estas estavam sendo construídos sob licença pelo antigo Ordnance Factory Board, mas sua fabricação havia terminado no final dos anos 1990/início dos anos 2000. Esforços sustentados no período intermediário pela Organização de Pesquisa e Desenvolvimento de Defesa (DRDO),, administrada pelo governo, para projetar uma carabina por anos também falharam.

Após prolongada prevaricação, o tortuoso processo para adquirir essas substituições finalmente começou há 13 anos, com o Ministério da Defesa lançando uma licitação global para 44.618 carabinas CQB em 2008. Mas esse processo foi sumariamente encerrado logo depois, devido ao 'excesso' do IA na determinação das carabinas QRs em relação aos seus complementos, como miras a laser termicamente designadas.

Um RfP de acompanhamento foi emitido em dezembro de 2010 para um número igual de armas. Após testes prolongados, que duraram incríveis três anos, este contrato também foi comprometido por um pequeno recurso de segurança semelhante a um parafuso instalado por uma das carabinas selecionadas para tornar as miras 'seguras' para o usuário quando empregadas no modo de baixa intensidade, para evitar danos na retina.

Um comitê sênior de IA de três membros não conseguiu resolver o assunto, resultando em toda a aquisição de carabinas sendo cancelada mais uma vez, em um momento em que os incidentes insurgentes na Caxemira estavam aumentando, assim como as baixas da IA.

Posteriormente, em março de 2018, o MoD emitiu mais um RfP, o terceiro em uma década, para 93.895 carabinas CQB desta vez, na qual a carabina CAR 816 dos Emirados Árabes Unidos Caracal International foi selecionada sete meses depois para aquisição através do Procedimento Fast Track do MoD (FTP), sobre o modelo rival F60 colocado em campo pela Thales da Austrália, após testes de campo.

Sob a rota FTP, através da qual os CAR 816 deveriam ser adquiridos, a licitação de US $ 110 milhões deveria ser concluída dentro dos 12 a 14 meses obrigatórios ou até agosto de 2019. Mas 13 meses depois, em setembro de 2020, o MoD optou por abandonar o negócio por razões desconhecidas, e acredita-se que ainda não encerrou formalmente o negócio.

“O processamento da compra da carabina via FTP indicou a urgência da compra, mas isso foi bloqueado de maneira desconcertante”, disse um oficial sênior do exército. É simplesmente incompreensível, acrescentou, recusando-se a ser identificado, pois não estava autorizado a comentar sobre aquisições.

Ausência de carabinas CQB é crítica
Oficiais de alto escalão do Exército disseram que a ausência de carabinas se tornou crítica nos últimos anos, já que a força está sendo cada vez mais empregada em operações de contra-insurgência na Caxemira, onde o Paquistão intensificou a infiltração de militantes antes do inverno na região inquieta. O exército também está posicionado contra o Exército de Libertação Popular da China (PLA) ao longo da disputada Linha de Controle Real (LAC) no leste de Ladakh, onde a falta de uma carabina está sendo sentida.

Atualmente, o Exército está empregando fuzis de assalto como substitutos das carabinas, que muitos soldados de infantaria afirmam reduzir a eficiência operacional. Em comparação com os fuzis de assalto, as carabinas de tamanho menor e relativamente mais leves são mais fáceis de implantar em situações de batalha de curta distância, semelhantes às que prevalecem em operações de contra-insurgência

As carabinas têm canos relativamente mais curtos e, ao contrário dos rifles de assalto, têm menos ricochete quando empregadas em espaços confinados. Disparadas a uma distância relativamente curta, as carabinas são até capazes de penetrar em armaduras e capacetes e, segundo oficiais do Exército, seriam mais eficazes sob as novas regras de combate ao longo da LAC, que foram revisadas após a morte de 20 soldados indianos após um confronto com o Exército PLA na região de Galwan de Ladakh em meados de junho de 2020. O RoE alterado agora dá aos comandantes do exército local ao longo da LAC a 'liberdade de iniciar respostas adequadas e proporcionais a quaisquer atos hostis do PLA', nos quais as carabinas CQB se mostrariam altamente eficazes, disseram fontes do exército.

Talvez, desta vez, o MoD e o IA aumentem seu ritmo de aquisição glacial e finalmente bloqueiem a crucial lacuna operacional que os soldados enfrentam ao [tentar] adquirir as carabinas CQB.
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Nota da LRCA Defense Consulting
Baseada em fontes indianas próximas ao negócio, esta Consultoria discorda do The Wire no que se refere aos prazos citados, haja vista que a delicada situação que o Exército Indiano está enfrentando em seus conflitos de fronteira com o Paquistão e, principalmente, na fronteira com a China, tudo aliado às instabilidades mundiais causadas pela guerra na Ucrânia e pelo contencioso China & Taiwan, tornam o negócio como de "urgência urgentíssima", o que poderá fazer com que as demandas e os prazos burocráticos que foram normais até hoje sejam drasticamente abreviados, fazendo com que o negócio esteja devidamente alinhavado já em 2023.

25 setembro, 2022

Com pistolas Taurus TS9 e 1911, atiradores brasileiros conquistam pódio em Pan-Americano nos EUA


*LRCA Defense Consulting - 25/09/2022

Os experientes atiradores esportivos Alex Chang, Eurico Auler e Tamara Auler, levaram o Brasil ao pódio, apresentando excelente desempenho com a pistola Taurus Striker modelo TS9, no Pan American Handgun Championship VIII, que aconteceu em Frostproof, na Flórida (EUA), entre os dias 14 e 21 de setembro de 2022.

A competição conta com mais de 600 atletas e reúne os melhores atiradores da América Latina e do mundo, com a participação de equipes de vários países integrantes dos quadros de IPSC.

Na modalidade Production Optics Light, categoria Senior, Alex Chang foi o campeão Pan-Americano com o score perfeito, ou seja, pontuação 100/100, e Eurico Auler o vice-campeão com pontuação 94.04/100. Eurico além de competir com a pistola Taurus TS9, utilizou na ocasião munições da marca CBC.

Já Tamara Auler conquistou o 2º lugar na Production Optics, categoria Damas por equipe, junto com as atiradoras Dália Amorim, Amanda Marques e Eduarda Araujo Nunes, sendo a única competidora com uma pistola de polímero na divisão.

Eurico e Tamara são atletas patrocinados pela Taurus e pela Companhia Brasileira de Cartuchos (CBC).

A participação dos atletas no Pan-Americano pode ser descrita como um orgulho para o Brasil. Com suas armas de fabricação nacional, eles representaram brilhantemente o país e conquistaram seu lugar no pódio.

Ideal para o tiro esportivo e desenvolvida especialmente para o uso policial e militar, a pistola TS9 possui sistema de ação com percussor lançado – Striker, mecanismo com o exclusivo sistema de segurança de dupla trava de gatilho, trava do percussor e trava de queda, que aliados ao mecanismo de disparo e design inovador, asseguram a praticidade de pronto emprego e a facilidade de manutenção.

As palavras que definem a TS9 são inovação, confiabilidade, segurança e precisão. O projeto exclusivo da pistola Striker foi desenvolvido atendendo aos mais rigorosos padrões de qualidade e segurança exigidos pelos policiais mais qualificados do mundo. A Taurus reuniu policiais brasileiros e das mais exigentes polícias ao redor do mundo e assim surgiu esta arma.

De acordo com o atleta Eurico Auler, a pistola TS9 é uma arma bem equilibrada e muito competitiva no tiro esportivo. Auler coleciona histórias de sucesso há mais de 30 anos em vários campeonatos nacionais e internacionais e é autor dos procedimentos para inclusão da TS9 no Tiro Prático, através de sua homologação na IPSC – International Practical Shooting Confederation (Confederação Internacional de Tiro Prático).

“Foi realmente formidável este Pan-Americano. Estava muito focado, conclui 24 estágios muito difíceis e terminei com uma única penalidade, um miss em um alvo móvel a jato. Já venho há mais de um ano participando de competições e treinamentos com a TS9 e isto me dá tranquilidade na certeza de que minha arma funcionará nos limites que o esporte exige. Tivemos muitos alvos de metais a mais de 15 metros, a recuperação rápida do dot, devido ao equilíbrio excepcional da TS9, foi fundamental para as pontuações altas que tive”, afirma Eurico Auler.

O atleta Luis Cesar Costa, patrocinado pela CBC, também teve um ótimo resultado na competição utilizando a pistola Taurus 1911 45 ACP e munições Magtech (marca da CBC no mercado civil internacional), sendo o vice-campeão Pan-Americano de IPSC na divisão Classic Senior.

Também de fabricação nacional, a Taurus 1911 é uma arma utilizada em diversos segmentos como esportivo, militar, policial e defesa pessoal. A arma possui cano de 128mm e mecanismo de disparo em ação simples, com cão externo e armação de aço forjado, trava manual e de empunhadura. É equipada com trilho picatinny para acoplamento de acessórios e miras em tritium.

Consideradas entre as líderes mundiais no segmento de armas e munições, a Taurus e a CBC além de oferecerem ao segmento um completo portfólio de produtos de alto desempenho e qualidade, apoiam a Confederação Brasileira de Tiro Prático (CBTP), assim como outras entidades organizadoras, incluindo Confederações, Federações e Ligas, e mais de 40 atletas em diversos campeonatos da temporada 2022, reconhecendo a grande importância desses eventos esportivos e com o objetivo de enaltecer os atletas que representaram o Brasil nesta e em outras relevantes competições internacionais e nacionais.

As empresas há anos investem fortemente em apoio ao esporte do tiro por meio de um importante programa de patrocínios com o objetivo de oferecer apoio e recursos de que as entidades e atletas necessitam para atingir seu potencial máximo. Além de seguir incentivando o ingresso e formação de novos atiradores e jovens talentos.

Outra importante iniciativa é o programa Pro Training, lançado este ano pela CBC com o objetivo de atender e valorizar os atletas confederados ativos. Mais de 5 mil atletas em todo país foram contemplados diretamente neste programa na compra de munições e insumos para treinos e competições, por meio das entidades do esporte do tiro, resultando em mais um movimento pró-esporte.

WEG entre as Melhores e Maiores de 2022


*LRCA Defense Consulting - 25/09/2022

A WEG recebeu o segundo lugar no prêmio de melhor empresa do setor de bens de capital e eletroeletrônicos do anuário Melhores e Maiores da revista Exame.

O título é resultado da pesquisa realizada pela revista, em parceria com o Ibmec, com participação do Comitê Executivo da Exame.

Como em todos os anos, a revista publica a lista das 1.000 melhores e maiores empresas do Brasil que movimentam o mercado financeiro. As empresas campeãs, que são identificadas em 22 setores da economia, despontam pelo sucesso que obtiveram na condução de seus negócios e por serem responsáveis por movimentar grande parte da economia brasileira.

A metodologia utilizada para a avaliação das empresas que participaram do anuário é baseada nos dados financeiros de 2021 e é distribuída em três critérios: resultados contábeis das empresas, crescimento dentro do segmento e responsabilidade social, ambiental e compliance corporativo (que inclui governança, responsabilidade social e ambiental e histórico).

O evento aconteceu de forma híbrida, com apresentação presencial e transmissão online. Além das categorias principais, foram contemplados os setores de cooperativas e de empresas de educação, o setor de seguradoras e o segmento de bancos.

24 setembro, 2022

Embraer prepara seus dois maiores saltos na área de Defesa

Aeronave Embraer KC-390 e UAV XMobots Nauru 1000C

*LRCA Defense Consulting - 24/09/2022 (atualizada em 25/09, às 09h40)

Com o sucesso que sua aeronave militar multitarefa C-390 Millennium está obtendo no mundo, com vendas para Portugal, Hungria e Holanda, além do interesse de diversos países, a gigante brasileira Embraer está se preparando para dar o seu maior salto na área de Defesa e Segurança.

No dia 19, a empresa anunciou que, em parceria com a americana L3Harris, será desenvolvido um “Agile Tanker” (solução de tanque aerotransportado que é otimizada para Agile Combat Employment e Joint All-Domain Command and Control) baseado no KC-390, uma opção de reabastecimento aéreo tático ágil para atender às diretrizes operacionais da Força Aérea dos Estados Unidos (USAF) e aos requisitos da Força Conjunta, especialmente para ambientes sob disputa.

O KC-390 Millennium é veloz, versátil e pode ser rapidamente reconfigurado para executar uma série de missões com alto índice de confiabilidade. Ao combinar a experiência da L3Harris em integrar sistemas de missão com a avançada plataforma Embraer KC-390 Millennium, ambas as empresas estão preparadas para fornecer a próxima geração de aeronaves de reabastecimento ao Departamento de Defesa dos EUA e à USAF, bem como às forças aéreas de países aliados.

Para atender aos requisitos da legislação dos Estados Unidos (“Buy American Act”), as duas empresas estão estudando a produção do programa “Agile Tanker” com montagem final nos Estados Unidos, seguida de modernização e preparação para a missão no centro de modificação da L3Harris em Waco, no Texas.

Assim, com essa associação, o objetivo explícito da Embraer fica bastante claro, sendo - nada mais, nada menos - do que disputar o maior mercado militar do mundo para esse tipo de aeronave: o dos Estados Unidos e de seus aliados.

Drones de reconhecimento, observação e combate
Os recentes conflitos bélicos no Oriente Médio, no Azerbaijão/Armênia e, principalmente, na invasão russa à Ucrânia, estão mudando radicalmente a doutrina militar no que se refere à utilização de drones (RPAS, ARP, VANT, UAV) para missões de reconhecimento, observação e combate, bem como às contramedidas para lhes fazer frente.

Em 2013, a Embraer anunciou a assinatura de uma joint venture com a Avibras para a produção de drones. Por ele, a Avibras entraria no capital social da Harpia Sistemas, uma empresa criada pela Embraer em 2011 em conjunto com a AEL Sistemas (uma subsidiária da israelense Elbit Systems, na qual tem uma participação de 25%), com o objetivo de desenvolver aeronaves não tripuladas no Brasil.

No entanto, em 2016, a Embraer decidiu encerrar as atividades dessa joint venture, afirmando que a decisão ocorreu tendo em vista o cenário de restrição orçamentária da época no Brasil e que a parceria foi dissolvida amigavelmente, ressalvando que “Devido ao fator estratégico do projeto para concepção de um SARP nacional, as empresas continuarão a desenvolver as tecnologias para atendimento futuro das demandas das Forças Armadas brasileiras e do mercado civil em um novo formato, podendo inclusive atuar em conjunto no futuro”.

Em 2020, a Embraer lançou a Eve Urban Air Mobility Solutions, Inc. (hoje Eve Holding) como uma empresa nova e independente dedicada a desenvolver o ecossistema da Mobilidade Aérea Urbana. O estrondoso sucesso da empresa após seu lançamento fez também com que a Embraer firmasse um Memorando de Entendimento (MoU) com a poderosa BAE Systems visando criar uma joint venture que reunirá as reconhecidas competências de ambas para o potencial desenvolvimento de uma variante de defesa, que terá a Eve como fornecedora da plataforma.

Além da BAE Systems, a Embraer e a Eve estão associadas a diversos e importantes grupos ligados às indústrias de defesa e de aviação, como o Thales Group, um líder global em soluções tecnológicas, serviços e produtos nas áreas de defesa, aeronáutica, aeroespacial, transporte, identidade digital e mercados de segurança.

A expertise adquirida pela Embraer desde então fez com com que a empresa se voltasse novamente para o mercado de drones militares, visando uma solução mais leve e totalmente nacional, haja vista que o drone da Harpia Sistemas era um similar melhorado do Hermes 450, UAV israelense da Elbit Systems operado pela FAB desde 2011.

Assim, no dia 20 deste mês, a Embraer anunciou a assinatura de acordo de investimento para participação minoritária na XMobots, empresa localizada em São Carlos (SP), classificada como a maior companhia de drones da América Latina e fabricante do Nauru 1000C, o RPAS CAT 2 (Remotely Piloted Aircraft System) selecionado pelo Exército Brasileiro para missões ISTAR (Inteligência, Vigilância, Aquisição de Alvos e Reconhecimento), pesando 150kg.

O negócio tem, como objetivos, acelerar o futuro do mercado de drones autônomos de médio e grande porte, explorar conjuntamente novos nichos de mercado e ampliar a rede de colaboração em pesquisa de novas tecnologias que tenham sinergias com as áreas de desenvolvimento tecnológico, unidades de negócio e inovação da Embraer, bem como da Embraer-X.

Iniciativas estratégicas
No entender desta Consultoria, as duas iniciativas estratégicas da Embraer visam reposicioná-la para um lugar de destaque no cenário mundial de aeronaves de Defesa, conquistando também uma fatia dos cobiçados mercados militares de aeronaves de reabastecimento e de drones de reconhecimento, observação e combate.

Caso tenha sucesso, a gigante brasileira de aviação poderá experimentar o seu maior salto na área de Defesa desde sua criação em 1969.  

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