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30 novembro, 2021

CBC firma contrato com laboratório independente Techss para serviços de avaliação técnica de Produtos Controlados

Edinei Russi, Diretor da Techss, e Fabio Mazzaro, presidente da CBC

*LRCA Defense Consulting - 30/11/2021

A Companhia Brasileira de Cartuchos (CBC) e a empresa Techss Serviços Especializados, firmaram, no dia 19 de novembro, contrato de serviços de avaliação técnica de Produtos Controlados pelo Exército Brasileiro (PCE).

A Techss atuará como laboratório independente, acreditado pelo INMETRO (Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia), para realização de ensaios técnicos de munições e armas portáteis, em conformidade com a Portaria nº 189-EME, de 18 de agosto de 2020, a qual aprovou as Normas Reguladoras dos Processos de Avaliação de PCE e permitiu a certificação de produtos por Organismo de Certificação de Produto (OCP).

Estas medidas possibilitarão mais agilidade nos processos de desenvolvimento e de lançamento de produtos CBC no mercado brasileiro, reduzindo os prazos e aumentando a competitividade da empresa, especialmente frente aos produtos importados, que, até o momento, não possuem a mesma exigência de homologação para serem comercializados no Brasil.

Com o compromisso de oferecer aos consumidores brasileiros um amplo portfólio de produtos voltados à defesa, à segurança, ao esporte e ao lazer, com todo suporte de uma empresa brasileira, a CBC investe constantemente em inovação, pesquisa e desenvolvimento. Desde 2019, a CBC já desenvolveu cerca de 60 novos produtos, entre armas e munições.

Antes de serem disponibilizados ao mercado consumidor, todos os produtos controlados fabricados no Brasil, como munições e armas de fogo, precisavam de homologação do Exército Brasileiro. Mesmo uma simples alteração estética, requeria um novo processo de homologação, o que era prejudicial para o desenvolvimento tecnológico no país.

Somando o alto volume de novos produtos produzidos pela CBC com os das demais empresas do segmento, o número ultrapassou em muito a capacidade de avaliação e certificação do órgão técnico do Exército, causando uma espera de meses ou até anos para a homologação. Essa demora prejudicava as indústrias nacionais e, principalmente, os consumidores brasileiros, pois os produtos que já eram comercializados em outras partes do mundo não podiam ser lançados no Brasil.

Edinei Russi, Diretor da Techss, Fabio Mazzaro, presidente da CBC,
e Paulo Ricardo Gomes, Diretor Comercial & Marketing da CBC

Com o intuito de solucionar essa questão, a CBC, em setembro deste ano, contratou para realizar a homologação de seus produtos a empresa T&A Brasil, um Organismo de Certificação de Produto (OCP) já acreditado no INMETRO e designado pela Diretoria de Fiscalização de Produtos Controlados do Exército Brasileiro. A empresa passou, então, a não necessitar mais submeter seus novos produtos ou modificações em outros já existentes para certificação do Exército Brasileiro, podendo fazê-lo por meio do OCP contratado, cabendo à Diretoria de Fiscalização de Produtos Controlados do Exército (DFPC) apenas a homologação final do processo (apostilamento do produto ao Título de Registro do fabricante) após a aceitação dos certificados de conformidade emitidos pelo OCP.

De acordo com o Diretor Comercial & Marketing da CBC, Paulo Ricardo Gomes, o contrato com a empresa Techss Serviços Especializados irá agregar nesta estratégia da CBC de garantir mais agilidade para o lançamento de produtos no mercado brasileiro, trazendo importantes ganhos no que se refere a pesquisa e desenvolvimento (P&D), inovação e competitividade.

Embraer e Pratt & Whitney firmam parceria para combustível de aviação 100% sustentável

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*LRCA Defense Consulting - 30/11/2021

A Embraer anunciou hoje a assinatura de um memorando de entendimento com a Pratt & Whitney para colaboração nos estudos de Combustível de Aviação 100% Sustentável (SAF, na sigla em inglês). Equipes técnicas das duas empresas trabalharão em conjunto para definir um plano integrado de testes de solo e voo com uso de 100% de SAF, em uma aeronave E195-E2, da Embraer, com motores GTF.

A iniciativa reflete o compromisso compartilhado da Embraer e da Pratt & Whitney em apoiar as ambiciosas metas ambientais da indústria da aviação, incluindo a meta de atingir zero emissões líquidas de CO2 nos voos até 2050. Juntamente com os esforços para melhorar continuamente a eficiência das aeronaves e dos motores, o SAF desempenha papel importante para a descarbonização das viagens aéreas, reduzindo a dependência de combustíveis fósseis.

O SAF é produzido a partir de matérias-primas renováveis, como óleo de cozinha usado ou resíduos sólidos urbanos, e podem reduzir as emissões de CO2 do ciclo de vida em até 80%, em comparação com o combustível fóssil para aviação. Hoje, os padrões técnicos elaborados pela ASTM International permitem que as aeronaves operem com SAF em misturas de até 50% com querosene. A colaboração entre fabricantes aeronáuticos (OEMs, na sigla em inglês), fornecedores de combustível e reguladores permitirá que novos padrões certifiquem a operação com 100% SAF.

“Temos o compromisso de aprimorar continuamente a eficiência e o desempenho de nossos produtos e, ao ampliar ainda mais sua compatibilidade com o SAF, possibilitaremos que nossos clientes operem da forma mais sustentável possível”, disse Arjan Meijer, Presidente e CEO da Embraer Aviação Comercial. “A Embraer tem um histórico reconhecido de inovação em combustíveis sustentáveis, o que inclui a primeira aeronave certificada a operar com etanol, em 2004, e a colaboração é um pré-requisito essencial para que nossa indústria alcance nossos objetivos ambientais. Estamos muito satisfeitos com a parceria com a Pratt & Whitney para esta tarefa crítica de possibilitar a operação de aeronaves com 100% SAF.”

“A Pratt & Whitney atua em testes e certificação de SAF há quase duas décadas. Continuaremos estrategicamente a apoiar os testes de voo com 100% SAF para clientes importantes que expandem a aceitação do SAF, incluindo a parceria com a Embraer para testar as aeronaves E-Jets E2 com 100% SAF, como parte de sua meta de emissões líquidas zero para 2050”, disse Graham Webb, Diretor de Sustentabilidade da Pratt & Whitney. “Por meio de nossa busca constante por tecnologias de propulsão de aeronaves mais eficientes, estamos determinados a apoiar nossos clientes a alcançar suas metas de emissões líquidas de CO2 zero até 2050 e garantir que nossos motores estejam prontos para operação com 100% SAF.”

O jato Embraer E195-E2, equipado com motores GTF™ da Pratt & Whitney, oferece mais de 24% em melhoria de eficiência de combustível e emissões mais baixas de CO2 por assento do que a geração anterior do E195. A Pratt & Whitney equipa uma série de outras aeronaves da Embraer, incluindo os jatos executivos das séries Phenom 300 e 100, e a aeronave de transporte militar C-390 Millennium, que usa motores IAE V2500.

WEG amplia parceria com a Stellantis para atender frotistas

 WEG amplia parceria com a Stellantis para atender frotistas


*LRCA Defense Consulting - 30/11/2021

A WEG S.A. reforçou sua parceria com a Stellantis durante o lançamento dos novos utilitários elétricos: e-EXPERT da Peugeot e o Ë-JUMPY da Citroën.

Já homologada pelo Grupo Stellantis como fornecedora oficial de estações de recarga para os veículos elétricos e-208 GT, da Peugeot, e para o 500e, da Fiat, na América do Sul, a WEG agora amplia seu escopo oferecendo soluções para a recarga dos novos veículos utilitários do Grupo.

O novo acordo amplia a parceria para oferta completa da infraestrutura para recarga dos veículos utilitários elétricos. Os clientes da Stellantis contarão a partir de agora com a nova geração de estações de recarga WEMOB (WEG Electric Mobility) PARKING e o STATION da WEG, para recargas rápidas e ultrarrápidas de 30kW até 150kW em corrente contínua,  no catálogo de oferta da Peugeot e da Citröen, bem como o serviço de consultoria conjunta para a melhor solução, visita técnica, instalação e manutenção das estações de recarga aos frotistas.

Desenvolvidas para recargas semirrápidas em estacionamentos, empresas e frotistas, a WEMOB PARKING de até 22 kW, traz maior segurança, confiabilidade e conectividade com informações em tempo real e de forma remota para gestão de frotas de veículos elétricos. Ela permite a recarga de um ou dois veículos elétricos simultaneamente e pode incluir tela LCD para facilitar o uso.

A grande novidade é a oferta de estações de recarga em corrente continua no padrão CCS-2 de 30kW, seu tamanho compacto, com possibilidade de instalação em parede ou totem, assegura o melhor custo/benefício do mercado para acelerar o retorno do investimento. A WEMOB STATION também estará disponível nas potências de 60kW, 90kW, 120kW e 150kW, sendo a escolha ideal para recargas rápidas e ultrarrápidas dos veículos elétricos. Todas as informações da recarga são apresentadas numa tela LCD de 10”, possibilitando também a coleta dos dados em tempo real para o gerenciamento remoto.

“Estamos ampliando cada vez mais a infraestrutura necessária para a adoção da tecnologia dos veículos elétricos no Brasil. Nosso escopo com a Stellantis vai do atendimento ao cliente usuário de um veículo leve, ao frotista engajado na redução dos gases de efeito estufa na sua logística de transporte”, explica Manfred Peter Johann, Diretor Superintendente da WEG Automação.

A WEG possui ecossistema completo para gestão de frotas, incluindo plataforma de gestão WEMOB Fleet Station com o aplicativo WEMOB EV Drivers para usuários com análise de custos e receitas, disponibilidade das estações, frequência de utilização, além de sistema para controle de demanda – WEMOB Smart Charging System – para os casos em que a potência consumida pela estação excede a demanda contratada no local de instalação.

As estações de recarga da WEG são atualizadas Over-The-Air (conexão pela rede de internet do cliente), com suporte através de ampla rede de assistência técnica na América do Sul. Além disso, a WEG homologa e treina integradores especializados para instalação das estações, configuração da plataforma de gestão e demais serviços, ofertando com estas soluções um escopo completo para a manutenção e operação de frotas de veículos elétricos, assegurando elevada disponibilidade do serviço.

Sobre as Estações de Recarga WEG e os tempos de recarga das baterias do e-EXPERT da Peugeot e o Ë-JUMPY da Citroën

  • Modelo WEMOB Wall em 110V ou 220V (monofásico e bifásico) de até 7,4kW de potência, proporciona uma recarga de 80% das baterias em aproximadamente 9 horas.
  • Modelo WEMOB Parking em 220V ou 380V (trifásico) de até 22kW de potência, proporciona uma recarga de 80% das baterias em aproximadamente 6 horas.
  • Modelo WEMOB Station em 380V (trifásico) de 30kW até 150kW de potência. Na versão 90kW proporciona uma recarga de 80% das baterias em aproximadamente 45 minutos.

29 novembro, 2021

Embraer E2 é uma das opções da LOT na encomenda que fará de 50 novas aeronaves

Aeroporto de Chopin


*Fly4Free, por Mariusz Piotrowski - 28/11/2021

Muito se falou sobre a grande encomenda de novos aviões para a LOT Polish Airlines antes do início da pandemia, e agora o assunto está de volta, pois a companhia aérea nacional polonesa está gradualmente se aproximando de uma decisão. O CEO da LOT, Rafał Milczarski , falou sobre os planos de reconstrução da frota há dois meses em Dubai, e agora, Maciej Wilk, membro do conselho de administração da LOT para questões operacionais, nos deu mais detalhes sobre todo o cronograma. Então, como mudará a frota da transportadora nacional? Vamos começar do começo.

A pandemia forçou a LOT a fazer algumas mudanças - a operadora renunciou, entre outras do recebimento dos últimos dois Boeing 787-9 Dreamliner e 10 Boeing 737 MAX 8 (a indenização pelo encalhe dessas aeronaves está atualmente pendente em juízo entre a LOT e o fabricante americano). Mas essas não são as únicas mudanças - em alguns meses terá início o processo de retirada do Bombardier Q400, o popular Dasha, da frota.

- Estamos em processo de concordar com os locadores sobre o cronograma final para a entrega dos Bombardier Q400s. O programa de retorno começará nos primeiros meses de 2022 e vai durar vários meses - são 12 aviões, então eles vão desaparecer gradualmente de nossa frota - disse Wilk em uma entrevista com Fly4free.pl.

Isso significa que a frota da transportadora, que atualmente é composta por 75 máquinas, diminuiria para 63 aeronaves. Portanto, a LOT planeja introduzir máquinas de reposição para a frota, mas apenas temporariamente . Então, quais máquinas a LOT usará para realizar rotas domésticas e outras conexões regionais?

- Não haverá mais locações no sistema ACMI. Estamos pensando em substituir o Q400, que poderia ser uma solução de ponte antes da substituição final da frota e encomenda de novas aeronaves. Certamente, esses aviões serão dry-lease, mas como parte desse projeto, não devemos esperar novos tipos de aviões em nossa frota, diz Wilk.

- Não se pode simplificar que os Bombardiers serão substituídos pelos menores Embraer, pois embora a retirada dos aviões turboélice signifique que focaremos nos jatos, ajustamos a alocação dos aviões à demanda de uma determinada rota. Acontece que voamos Boeing 737 na rota para Lviv, e, por exemplo, para Londres com aviões menores - tal flexibilidade é uma grande vantagem do nosso ponto de vista - acrescenta um membro do conselho de administração da LOT.

Novos aviões: decisão em seis meses, primeiras unidades em 2-3 anos
Então, como será a ordem dos novos aviões?

- De acordo com o que comunicamos anteriormente, estamos perante uma operação de substituição de frota gradual, ao longo de vários anos, tanto no segmento regional como no segmento narrowbody. Antes do início da pandemia, tínhamos um projeto para assumir um grande número de Embraer da linha aérea Azul, do Brasil, que acabou não sendo finalizado. O que mudou nos últimos dois anos foi a agenda verde que avançou tanto que as operadoras tiveram que mudar para aviões de geração mais nova, mais eficientes e mais verdes. Que tipo de aviões vamos escolher? No momento, estamos avaliando, e atualmente a escolha é entre o Embraer E2 e o Airbus A220 - afirma Wilk em entrevista ao Fly4free.pl.
 
Com certeza será uma grande encomenda. Wilk acrescenta que a transportadora nacional planeja substituir sua frota regional quase inteiramente no longo prazo.

- Em termos de construção, peças de reposição e outros fatores, os Embraer Série 1 e Série 2 são aeronaves 90% diferentes. Atualmente, contamos com 49 aeronaves regionais em nossa frota, portanto podemos assumir com segurança que independente da máquina que escolhermos, será um pedido de pelo menos 50 aeronaves, que substituirão sucessivamente as máquinas utilizadas até agora ao longo dos anos - diz Wilk .
 
- Essa é uma decisão estratégica que será de fundamental importância para nossas operações nas próximas duas décadas, pois provavelmente serão as últimas aeronaves totalmente a combustão que encomendaremos. As máquinas que escolhermos agora voarão pelo menos até a década de 40 do século 21 - acrescenta.

E a seguir? Claro, isso ainda é uma grande incógnita, porque embora os trabalhos em aeronaves híbridas ou de emissão zero estejam em andamento, eles ainda estão em um estágio bastante preliminar.

“Não espere grandes aviões totalmente elétricos, a menos que haja uma revolução na vida útil da bateria. Acho que não é irrealista o surgimento de aeronaves híbridas, onde a fase de decolagem seria baseada em combustíveis fósseis e o vôo em altitude de cruzeiro seria feito com baterias. Em última análise, também acredito que haverá aviões movidos a hidrogênio ou outro combustível ecológico, mas o projeto de tal máquina é uma questão de pelo menos uma dúzia de anos - diz Maciej Wilk.

O que mais sabemos sobre os planos da LOT?
Ao mesmo tempo, a LOT não está analisando atualmente a diversificação de pedidos de aeronaves de fuselagem larga. Os Dreamliners estão funcionando bem e servirão à transportadora. No próximo ano, a LOT planeja utilizar totalmente a frota, o que significa que todos os aviões voarão, embora, é claro, com uma frequência mais baixa, o que está associado a uma rede de conexões mais modesta em comparação com antes da pandemia de coronavírus. É improvável que a operadora alugue seus aviões para outras companhias aéreas, como recentemente para a vietnamita Bamboo Airways.

Ajuda pública? Nada se sabe ainda
Claro que os planos de frota da LOT merecem destaque, mas não podemos esquecer que a empresa não se encontra em perfeitas condições financeiras. Isso é evidenciado pela recente declaração do presidente Milczarski, segundo a qual a LOT se candidataria à segunda parcela da ajuda pública. A decisão final sobre o montante desta ajuda deveria ser conhecida até ao final do ano, mas, como pudemos constatar, ainda não foram tomadas decisões vinculativas. Nem em termos de assistência nem no valor que se aplica à LOT.

Fabricantes americanos correm para aliviar a escassez de munição desencadeada pela pandemia


*The Economist - 27/11/2021

As empresas Ust Two, Vista Outdoor e Olin Corp atendem à maior parte da demanda americana por munições, principalmente por meio de duas marcas estabelecidas há muito tempo: a Remington, parte da Vista, foi fundada em 1816, e a Winchester Ammunition, de propriedade da Olin Corp, começou em 1866. Por causa da crescente demanda por balas, ambas as empresas estão desfrutando do tipo de crescimento estonteante que apenas novos negócios geralmente desfrutam.

Três vezes por dia, filas de caminhonetes surgem do lado de fora da fábrica de munições da Remington, nos arredores de Little Rock, Arkansas, para levar embora os frutos dos turnos 24 horas por dia. É uma reversão brusca em relação ao verão passado, quando a Remington faliu pela segunda vez desde 2018. A produção foi reduzida a um gotejamento de balas feitas de qualquer matéria-prima que pudesse ser obtida dos fornecedores, que não tinham certeza de serem pagos.

Mesmo enquanto a Remington definhava - na época era propriedade de uma firma de private equity, Cerberus Capital, que parecia mais focada em transações financeiras complexas do que em expandir as vendas da empresa - o mercado de munições decolou. O maior fator foi a covid-19 e as restrições associadas, que encorajaram milhões de pessoas a sair para o ar livre para caçar e atirar. A verificação de antecedentes na compra de armas [NICS], uma medida comumente usada para rastrear o mercado, vinha aumentando anualmente, mas no ano passado subiu 40%, sem precedentes.

A Remington conseguiu aumentar os preços sete vezes e tem pedidos não atendidos no valor de bilhões de dólares. Varejistas de munição pesquisados ​​pela National Shooting Sports Foundation (NSSF), um grupo comercial, disseram que poderiam ter vendido três vezes mais munição durante o primeiro semestre de 2021 se ela estivesse disponível. Vista, a nova controladora da Remington, injetou capital de giro e aumentou o tamanho de sua força de trabalho. Os lucros operacionais da unidade neste ano devem ser semelhantes aos US$ 81 milhões que a Vista pagou pelo negócio. Quanto à munição Winchester, sua receita no terceiro trimestre quase dobrou de ano para ano, para US$ 400 milhões, e seu lucro operacional bruto quase quadruplicou.

As indústrias de munições e armas rezam para que os bons tempos durem. No passado, o aumento da demanda ocorria quando os proprietários de armas - a maioria brancos e homens - temiam novas restrições. Agora se trata de novos grupos demográficos. Uma pesquisa da NSSF mostra que a proporção de atiradores recreativos do sexo feminino aumentou de 19% para 25% entre 2006 e 2019. Atualmente, 28% dos proprietários de armas são hispânicos, 25% são negros e 19% são asiáticos. Clubes de armas estão surgindo para todos os nichos. The Pink Pistols, por exemplo, um grupo de tiro e social para minorias sexuais, tem 48 franquias em toda a América. Seu lema: “Escolha alguém do seu calibre”.

A oposição política às armas de fogo continua forte, fazendo com que as empresas mudem suas operações recentemente para locais que podem ser um pouco mais amigáveis. A divisão de armas de fogo licenciadas da Remington está se mudando de Nova York para a Geórgia, onde as leis sobre armas são mais permissivas, e a Smith & Wesson, outra marca lendária, disse recentemente que vai vender de Massachusetts ao Tennessee. Mas os clientes de armas e munições parecem estar surgindo em todos os lugares.

Airbus Helicopters [Helibras] entrega a primeira versão naval H225M para a Marinha do Brasil


*Sou de Canoas - 29/11/2021

O H225M entregue à Força Aérea Naval Brasileira vem de um programa desenvolvido pela Helibras, em colaboração com a Airbus Helicopters e o Brasil, desde 2016. Segundo a Airbus, essa variante é a mais complexa de todas as versões para esse tipo de helicóptero.

O H225M da Marinha do Brasil pode ser armado com dois mísseis AM.39 Exocet Bloco 2 Mod 2 fabricados pela MBDA. Com um Exocet único a bordo, o helicóptero pode ser equipado com um sistema adicional no lado direito da fuselagem que permite seu reabastecimento em vôo.

Para a aprovação do H225M em configuração naval, foi realizado um disparo com o míssil Exocet em junho de 2021.

A Marinha do Brasil irá estacionar seu H225M, internamente denominado AH-15B, na base de São Pedro da Aldeia, aproximadamente 100 quilômetros a leste do Rio de Janeiro.

Já em 2008, as Forças Armadas brasileiras encomendaram um total de 50 H225s. Destes, 39 helicópteros já foram montados pela Helibras no Brasil e entregues ao Exército Brasileiro, Força Aérea Brasileira e Marinha do Brasil.

16 dos 50 H225Ms destinados ao Brasil irão para a aviação naval do país. Oito são projetados como helicópteros de transporte, três como helicópteros de busca e salvamento (SAR) e cinco como helicópteros de combate naval.

Motores WEG são instalados em planta de dessalinização em Singapura

Motores WEG são instalados em planta de dessalinização em Singapura


*LRCA Defense Consulting - 297/11/2021

Não há dúvida de que um dos maiores problemas de saneamento que o mundo enfrenta hoje é o fornecimento de água potável. A escassez de água foi listada em 2019 como um dos maiores riscos globais em termos de impacto potencial nas próximas décadas.

Por meio de uma equipe de engenheiros especialistas dedicados ao segmento de água, a WEG sempre esteve na vanguarda no fornecimento de soluções elétricas para este segmento no mundo. Sendo assim, os produtos WEG foram escolhidos como parte do projeto Keppel Marina East Desalination Plant (KMEDP) em Singapura.

O KMEDP é uma instalação de dessalinização inovadora em grande escala, e é também a primeira usina de dessalinização de modo duplo do mundo. Sua capacidade inovadora pode tratar água doce e água do mar, dependendo das condições climáticas. A planta vai produzir 137.000 m³/dia de água limpa, o que é suficiente para preencher 45 piscinas olímpicas e 7% da demanda diária de água de Singapura.

Para este projeto, a WEG Singapura em parceria com a Torishima, empresa pioneira em bombas de dessalinização de água do mar, forneceram bombas e motores de alta eficiência para o Sistema de Osmose Reserva (RO).  

Em sistemas de dessalinização, de pequenas e grandes capacidades, a economia de energia é sempre uma preocupação, portanto, é comum considerar dispositivos de recuperação de energia (ERD) para alcançar as melhores condições de operação e alta economia de energia. Este dispositivo combinado com as bombas de reforço ERD e bombas de alta pressão proporcionará economia de custos e redução de emissões. Existem dois tipos de bombas usadas no sistema RO, bomba de alta pressão e bomba auxiliar ERD.

O escopo de fornecimento de motores WEG foi: 

  • 8 motores da linha W60, 2.050 kW, 6,6 kV, 2 polos, B3 para bombas de alta pressão RO de 1ª passagem
  • 8 motores da linha W21, 160 kW, 400 V, 2 polos, B3 para bombas de reforço ERD

Os motores para uso em usinas de dessalinização são obrigados a operar em climas severos, 24 horas por dia, sete dias por semana, com alta durabilidade, plano de pintura especial contra corrosão e alta eficiência para minimizar o consumo de energia.

A WEG manifestou ter muito orgulho em fazer parte do projeto Keppel Marina East Desalination Plant (KMEDP), com o fornecimento de produtos especialmente desenvolvidos para atender as necessidades do cliente, haja vista este projeto ser mais um passo da empresa no segmento de água no mundo, impulsionando a eficiência e a sustentabilidade.

28 novembro, 2021

Armas da Taurus serão avaliadas pelo Exército e forças policiais da Índia em dezembro

Slide da apresentação institucional


*LRCA Defense Consulting - 28/11/2021

Durante visita de uma equipe de analistas e de investidores private da casa de análises Sara Invest à fábrica brasileira da Taurus Armas S.A. (São Leopoldo -RS), realizada no dia 26 de novembro, Sérgio Sgrillo Filho - Diretor Financeiro, de Relações com Investidores e Gerente da joint venture na Índia, e Ricardo Guimarães - Coordenador de Relações com Investidores, anunciaram que, após a situação pandêmica estar sob maior controle, a equipe da Taurus finalmente irá se deslocar para a Índia a fim de apresentar seus produtos, conforme já estava combinado desde o primeiro trimestre deste ano.

A previsão, formulada anteriormente, é de que a empresa leve para a Índia 10 unidades de cada um desses tipos de armas: fuzil T4 em três versões, três tipos de pistola e um de submetralhadora (metralhadora de mão), para serem analisados pelas Forças Armadas e Policiais indianas 

Esse evento começará a acontecer no dia 10 de dezembro, quando a joint venture Jindal Taurus Defence Systems Private Ltd. iniciará a apresentação e demonstração dos produtos Taurus para o Exército.

A seguir, são listadas as principais armas que a empresa gaúcha estará levando para a Índia, bem como as organizações militares ou policiais interessadas.

Fuzil T4 participará de megalicitações de fuzis CQB
No dia 13 de fevereiro, a imprensa indiana informou que o exército desse país emitiu um novo pedido de informações (RFI) para uma aquisição rápida de 93.895 carabinas CQB (a carabina/fuzil Close Quarter Battle é uma arma mais curta que o fuzil de assalto, própria para o combate aproximado). Isso ocorreu cinco meses depois que o Ministério da Defesa revogou a licitação para adquirir um número semelhante de carabinas sob o Procedimento Fast-Track (FTP). Após fevereiro, a licitação não teve seguimento devido às questões da pandemia.

Além da licitação urgente e emergencial de 93.895 carabinas/fuzis CQB, a Índia solicitou 10 unidades do Fuzil T4 para submetê-los a testes, haja vista que pretende fazer, em data ainda não definida, uma megalicitação ainda maior, que poderá variar entre 350.000 e 500.000 fuzis/carabinas CQB para suas unidades de Infantaria, especialmente as que atuam nas regiões de fronteira, onde há a possibilidade de serem travados combates aproximados.

O fuzil T4 será apresentado também à polícia de um estado indiano, que poderá adquirir até 4.000 unidades da arma.

Submetralhadora SMT9 para a Guarda de Segurança Nacional
Contando com um efetivo de cerca de 14.000 integrantes, a Guarda de Segurança Nacional (NSG) é uma unidade indiana de elite contra o terrorismo subordinada ao Ministério de Assuntos Internos da Índia. Embora utilize as submetralhadoras Heckler & Koch MP5 e a SIG Sauer MPX, a NSG está procurando padronizar seu armamento e substituir os atuais modelos estrangeiros por uma opção que seja também moderna e de alta qualidade, mas produzida na Índia, como será o caso da submetralhadora brasileira Taurus SMT9.

A grande perspectiva para a SMT9 é o fato de a submetralhadora mais utilizada pelas forças policiais indianas ser a JVPC - Joint Venture Protective Carbine, também conhecida como MSMC - Modern Sub Machine Carbine até 2014, uma arma hoje com calibre 9 × 19mm Parabellum (anteriormente 5,56 × 30 mm MINSAS) que está substituindo as obsoletas submetralhadoras Sten (inglesa) e SAF Carbine 2A1 (indiana).

Trata-se de uma submetralhadora indiana projetada pelo Armament Research and Development Establishment of Defense Research and Development Organization e fabricada pela estatal Ordnance Factory Board na Fábrica de Armas Pequenas, em Kanpur, e na Fábrica de Armas Tiruchirappalli. Foi desenvolvida para o Exército Indiano com base na experiência anterior da família de armas de fogo da estatal INSAS.

Embora com um design aparentemente mais moderno, é uma arma de concepção mais antiga (2006), carecendo dos aperfeiçoamentos tecnológicos presentes nas modernas submetralhadoras, como as SMT9 da Taurus, por exemplo.

File:MSMC - Modern Sub Machine Carbine.jpg
Submetralhadora MSMC


Pistolas TS9 e THc para a
polícia do estado de Mizoram
A polícia da cidade de Aizawl, capital do estado indiano de Mizoram, irá avaliar as pistolas Taurus TS9 e THc, ambas no calibre 9mm, com o objetivo de dotar o efetivo estadual com armas de mão modernas e de alta qualidade, podendo também se interessar pelo fuzil T4 e pela submetralhadora SMT9.

O armamento da polícia de Mizoram é bastante diversificado, causando um grande problema logístico de manutenção e reposição de peças, pois usam:

  • pistolas: Glock 19 (unidades especiais) e as antigas Pistol Auto 9mm 1A (predominante); 
  • fuzis: AK47, AKM e AKMS (todos no calibre 7,62 x 39), 1A1 Self Loading Rifle (versão indiana do FN FAL, no calibre 7,62 x 51), os antiquados fuzis INSAS (indiano, predominante) e Colt M4 (USA, unidades especiais), estes no calibre 5,56; 
  • submetralhadoras: a alemã Heckler e Koch MP5 (unidades especiais) e a inglesa Sterling Sub Machine Gun (predominante), ambas em 9mm.

Com algumas exceções, a pistola padrão das forças armadas e policiais indianas é a Pistol Auto 9mm 1A, uma antiga e obsoleta pistola semiautomática de ação simples, cópia licenciada da pistola Inglis 9mm (Browning Hi-Power), fabricada sob licença na Índia pela empresa estatal Rifle Factory Ishapore desde 1981. A Hi-Power foi descontinuada em 2017 pela Browning Arms, mas permanece em produção sob licença e ainda é utilizada como pistola padrão pelas forças armadas e policiais de diversos países.

Em virtude desse fato, a Jindal Taurus Defence Systems Private Ltd., caso seja escolhida para produzir uma nova pistola padrão para os mercados militar, paramilitar e policial desse país, poderá ter aí um negócio bilionário para a empresa, haja vista os grandes efetivos dessas forças.

File:Pistol Auto 9 mm 1A - Kolkata 2012-01-23 8779.JPG
Pistol Auto 9mm 1A

Índia mudará
completamente a perspectiva da Taurus
Se a pandemia prejudicou por um lado, causando demora no processo, por outro ela também impediu que, por enquanto, a concorrência passasse a produzir no país, no âmbito do Programa Make in India.

Em termos do imenso mercado militar e de segurança indiano, é preciso considerar que esse país conta com forças armadas que têm mais de 1,3 milhão de integrantes e forças de segurança (policiais e paramilitares) que possuem um efetivo de mais de 1,4 milhão de pessoas, além de segurança privada com mais de 7 milhões de homens e mulheres. 

A obsolescência e a diversidade de origens de seu armamento leve faz com que a Índia esteja enfrentando graves problemas operacionais e também logísticos, haja vista a dificuldade para suprir, manutenir as armas e repor peças gastas ou defeituosas.

Como seu objetivo é se tornar uma das nações proeminentes no mundo dentro de alguns anos, suas forças armadas e de segurança necessitarão caminhar no sentido de padronizar o respectivo armamento leve, limitando-o a poucos modelos e passando a utilizar armas modernas e de alta qualidade fabricadas no próprio país (Make in India / Atmanirbhar Bharat - Feito na Índia / Índia Autossuficiente). Só assim obterão excelência operacional e logística, com grande economia de tempo e recursos.

Em síntese, a JV Jindal Taurus Defence Systems Private Ltd. tem um gigantesco mercado potencial, civil e militar, sem parâmetros no mundo capitalista, o que levou o CEO e o CFO da multinacional brasileira a afirmarem, por mais de uma vez, que, no momento em que a Taurus entrar lá, mudará completamente a perspectiva da empresa.
 
Segundo tudo indica, esse fato está bem próximo de se tornar real....

27 novembro, 2021

Variante Omicron: associação médica sul-africana afirma que causa 'doença leve, sem síndromes proeminentes'


*The Times of India - 27/11/2021

A nova variante Omicron do coronavírus resulta em doença leve, sem síndromes proeminentes, disse Angelique Coetzee, presidente da Associação Médica da África do Sul, ao Sputnik no sábado.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) identificou na sexta-feira a nova cepa sul-africana como uma fonte de preocupação, já que ela carrega um grande número de mutações - 32 - o que possivelmente a torna mais transmissível e perigosa. A OMS a apelidou de Omicron, a 15ª letra do alfabeto grego.

"Apresenta uma doença leve com sintomas como músculos doloridos e cansaço por um ou dois dias sem se sentir bem. Até agora, detectamos que as pessoas infectadas não sofrem perda de paladar ou cheiro. Eles podem ter uma leve tosse. Não há sinais de sintomas proeminentes. Dos infectados, alguns estão sendo tratados em casa", disse Coetzee.

O funcionário observou que os hospitais não foram sobrecarregados por pacientes com Omicron e que a nova cepa não foi detectada em pessoas vacinadas. Ao mesmo tempo, a situação pode ser diferente para os não vacinados.

"Só saberemos disso depois de duas semanas. Sim, é transmissível, mas por enquanto, como médicos, não sabemos por que tanto ruído está sendo gerado, pois ainda estamos investigando isso. Só saberemos depois de duas para três semanas, pois alguns pacientes foram internados e são jovens com 40 anos ou menos ", acrescentou Coetzee.

A presidente também criticou que a decisão de alguns países de proibir voos da África do Sul é prematura, pois não há informações suficientes sobre o quão perigoso é.

Seguindo os relatórios sobre a nova variante, os Estados Unidos, a União Europeia, o Canadá, Israel, a Austrália e outros países restringiram viagens de vários países da África Austral por questões de saúde.

27 Nov - Minha continência ao Capitão de Infantaria Danilo Paladini


*Leonardo RC Araujo - Coronel de Infantaria

Era véspera de 27 de novembro de 1935...

O jovem 1º Tenente de Infantaria Taltibio Araujo, meu pai, servia no 3º Regimento de Infantaria, no Rio de Janeiro, e estaria de serviço como Oficial de Dia, no dia seguinte, 27, no 1º Regimento de Aviação (do Exército), localizado no Campo dos Afonsos. Não sabia ele que estava marcado para ser assassinado...

Como era solteiro, um companheiro seu, o 1º Ten Inf Danilo Paladini, solicitou-lhe que trocasse de serviço, ficando em seu lugar, já que era casado e sua esposa grávida teria uma consulta médica no dia 28, quando ele estaria de Oficial de Dia.

Trocada a escala, Paladini assumiu e cumpriu suas tarefas normalmente pela manhã e pela tarde. A noite desse dia estava muito escura e a chuva caia a cântaros.

Em certa hora, o 1º Ten Paladini pegou a viatura para realizar uma ronda externa. Ao chegar no Corpo da Guarda, o 1º Ten Ivan Ramos Ribeiro, seu companheiro até o dia anterior, simplesmente levantou a janela de lona da viatura e, de imediato, desferiu um tiro de revólver calibre 45 nas costas do 1º Ten Paladini, sem ao menos verificar quem era. Não sabia ele que o serviço havia sido trocado... e que assassinara o Oficial errado.

Enquanto isso, diversos militares, alguns ainda dormindo, foram mortos a facadas ou a tiros em quartéis do Rio de Janeiro, principalmente no 3º RI e no Campo de Aviação dos Afonsos, onde esse Regimento também fazia a segurança. Era o início, no RJ, de uma tentativa de revolução armada liderada por Luis Carlos Prestes, Agildo Barata e outros líderes comunistas, mais tarde conhecida como a Intentona Comunista de 1935.

Jornal O Globo - final de Nov 35


Prestes, Capitão do Exército e líder tenentista convertido ao comunismo, passou a estudar marxismo na Bolívia, para onde havia se transferido no final de 1928, quando a maioria dos integrantes da Coluna Miguel Costa / Prestes lá se exilara. Nesse país, travou contato com os comunistas argentinos Rodolfo Ghioldi e Abraham Guralski, este último dirigente da Internacional Comunista (IC).

Em 1931, mudou-se para a União Soviética, a convite deste país, continuando seus estudos marxistas-leninistas. Por pressão do Partido Comunista da União Soviética, o Partido Comunista Brasileiro (PCB) o aceitou como filiado em agosto de 1934. Sendo eleito membro da comissão executiva da Internacional Comunista, voltou como clandestino ao Brasil em dezembro, acompanhado pela alemã Olga Gutmann Benário, também membro da IC. Na época, a URSS criara em Montevidéu, Uruguai, o Secretariado Latino-Americano, que operava clandestinamente e tinha por objetivo aproximar de Moscou as organizações comunistas da América Latina. Olga e Prestes eram apoiados financeira e logisticamente através dessa organização.

Sob a capa de uma coligação denominada Aliança Libertadora Nacional, ALN, o Partido Comunista tentou deflagrar um golpe militar. Foi Prestes quem dirigiu o levante, em articulação direta com a direção da Internacional Comunista, que mantinha junto a ele um grupo de militantes comunistas internacionais, composto por sua companheira, a alemã e agente soviética Olga Gutmann Benário, o argentino Rodolfo Ghioldi, o alemão Arthur Ernest Ewert, Ranieri Gonzales e alguns outros militantes ligados ao Comitê Executivo da Internacional Comunista.

Militares comunistas ocuparam algumas unidades militares em Natal (23 e 24 Nov), em Recife (24 Nov), tendo, inclusive, assassinado companheiros desarmados. Depois, distribuíram armas e munições para simpatizantes civis. O movimento resultou em saques, furtos e depredações, e na ocupação de instalações governamentais e militares naquelas capitais.

Os combates mais intensos ocorreram no Rio de Janeiro, a partir do dia 27, no 3º Regimento de Infantaria, na Praia Vermelha (histórico prédio da antiga Escola Militar), e no Regimento de Aviação. Ao final, os rebelados foram rapidamente derrotados, ao custo de 28 mortos legalistas (até 33, segundo outras fontes) e um número incerto de revoltosos, além de feridos e muita destruição. Dos três levantes comunistas de 1935, foi o de Pernambuco o mais sangrento, recolhendo-se 720 mortos só na operação na frente de Recife (Glauco Carneiro, em Histórias das Revoluções Brasileiras).

As próprias lideranças duvidavam do sucesso da rebelião, mas foram obrigadas pelo dever de obediência ao Comintern (Internacional Comunista), de Lenin. O governo chamou o movimento de “intentona”, ou “intento louco”, nome com o qual passou à História.

Em síntese, meu pai viveu, felizmente, mas o 1º Ten Danilo Paladini e outros tantos militares tombaram, alguns deles da mesma maneira covarde por aqueles que deveriam ser “irmãos de armas”, somente porque não professavam a mesma ideologia e representavam perigo para a "revolução comunista".

Matar um companheiro de armas dormindo, ainda sonâmbulo ou pelas costas não é combate, não é luta… é traição e covardia.


Monumento no Rio de Janeiro aos militares e civis mortos pelo comunistas em 1935


Em 1989, Irma, a filha do capitão Paladini, deu o seguinte depoimento: “Vi, tive em mãos, cuidadosamente guardada para mim por minha mãe, a farda que meu pai vestia quando foi morto. Ali estava nítida a marca do tiro que, pelas costas, lhe penetrara o pulmão, saindo pelo coração.”As famílias dos mortos pelos comunistas, tanto civis como militares, jamais receberam qualquer indenização. Danilo Paladini foi promovido post mortem a Capitão.

Assim, a cada 27 de novembro, presto a minha mais emocionada continência ao Capitão de Infantaria Danilo Paladini. Se não fosse por esse herói, minha família não existiria...

Na foto acima (da esquerda para a direita e de cima para baixo), algumas da vítimas da ação comunista: Tenente-Coronel Misael Mendonça, Capitão Armando de Sousa e Mello, Capitão João Ribeiro Pinheiro, Primeiro-Tenente Danilo Paladini, Primeiro-Tenente Benedicto Lopes Bragança e Primeiro-Tenente Geraldo de Oliveira.


 

25 novembro, 2021

Saab e Embraer inauguram o Centro de Projetos e Desenvolvimento do Gripen

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*Jornal do Comércio - 22/11/2021

A sueca Saab e a Embraer Defesa & Segurança inauguraram nesta terça-feira, 22, o Centro de Projetos e Desenvolvimento do Gripen (Gripen Design Development Network - GDDN), na unidade da companhia brasileira de aviação em Gavião Peixoto (SP). O GDDN vai desenvolver a tecnologia para o caça Gripen NG no Brasil para a Saab e a Embraer, junto às empresas e instituições brasileiras parceiras: AEL Sistemas, Atech, Akaer e Força Aérea Brasileira (FAB), por meio de seu departamento de pesquisa.

Além do GDDN, o complexo industrial da Embraer no interior paulista para produtos de defesa e segurança será sede da produção do avião e ainda de ensaios e cerca de mil testes de voos do modelo montado aqui. Construído em 14 meses, o GDDN possui hoje 25 engenheiros brasileiros e 10 suecos e o número de funcionários chegará a 150 em 2017, segundo o diretor geral do programa, Mikael Franzén. "Mais de 120 engenheiros brasileiros foram para a Saab, mais de 25 mil horas de treinamento já foram feitas e um total de 350 engenheiros, técnicos e pilotos irão à Suécia", disse.

Entre 2019 e 2024, 36 caças Gripen NG - 28 com um lugar e 8 com dois lugares - serão entregues à FAB. O programa de transferência de tecnologia é dividido em 60 projetos-chave, com duração de até 24 meses.

A Embraer desempenhará um papel de liderança na execução do programa e realizará uma grande parte do trabalho de produção e entrega das versões do Gripen NG. A empresa será responsável por uma quantidade considerável do trabalho em desenvolvimento de sistemas, integração, testes de voo, montagem final e entregas de aeronaves.

Durante o CBC Eley Test Day, atiradores esportivos atestam a alta performance das munições CBC e Eley by CBC


*LRCA Defense Consulting - 25/11/2021

Pensando na satisfação e desempenho dos atiradores esportivos, a Companhia Brasileira de Cartuchos, líder mundial em munições, promoveu a primeira edição do CBC Eley Test Day. O evento aconteceu de 12 a 14 de novembro no Clube América de Tiro Esportivo, em Luís Antonio (SP), e contou com a presença de diversos atletas, entre eles Alexandre Galgani que representou o Brasil nos Jogos Paralímpicos de Tóquio, no Japão.

Os praticantes tiveram a oportunidade de testar lotes de munições .22LR Eley by CBC Tenex e Match e CBC Precision e Target, e determinar, em cada caso, qual melhor agrupamento obtido com o seu armamento, assim como também tiveram acesso a condições comerciais exclusivas para aquisição dos produtos.

Embora os cartuchos Eley by CBC ofereçam desempenho excelente como padrão, combinar o cano e munição em testes técnicos faz a diferença em uma competição e é uma prática altamente recomendada pelos melhores atiradores do mundo. Além disso, em seu processo de fabricação, um software avançado fornece muitas informações sobre cada resultado de testes que são realizados nesta etapa, ajudando o atirador a encontrar o melhor lote para o seu cano.


"Este evento foi um sucesso e também um ‘divisor de águas’ no tiro brasileiro, pois os atiradores em sua grande maioria não sabem que, de um lote para outro, pode haver diferença significativa de desempenho, de acordo com o armamento utilizado. Uma munição que foi bem na minha arma, não necessariamente irá bem em outra. Com isso, o atleta que está com o lote correto irá ter um desempenho superior. Poder ser o pioneiro em trazer esse novo conceito de aquisição do lote mais adequado, completa minha carreira de atleta", afirma Beto Veroneze, atirador e diretor do Clube América de Tiro Esportivo.

Veroneze possui uma carreira de grandes conquistas. Foi três vezes recordista Brasileiro, 12 vezes campeão Brasileiro e 18 vezes campeão Paulista, entre outras importantes vitórias.



"A performance das munições CBC foi tão boa quanto e, em alguns casos, até melhor que as da marca Eley. Isso prova que todo investimento da CBC está dando resultado. Todos se impressionaram com os resultados dos testes. O evento foi maravilhoso, um dos mais bonitos que já fui, e o espaço que tem no Clube América de Tiro Esportivo é diferenciado. Tenho certeza que vai virar referência no Brasil. Só tenho a parabenizar a CBC e todos os envolvidos no evento, que se empenharam e fizeram um trabalho muito bonito", comenta o paratleta Alexandre Galgani.

Galgani conquistou diversos títulos em sua carreira, entre eles o 4° lugar no Falling Target Rifle, em Suhl - Alemanha, em 2014, obtendo a melhor colocação do Brasil em campeonatos mundiais no tiro esportivo paraolímpico, foi heptacampeão Brasileiro nas modalidades R4 Carabina Ar de Pé à 10m, R5 Carabina Ar Deitado à 10m, hexacampeão em R9 Carabina .22 Deitado à 50m, e foi o único atleta brasileiro classificado e que participou da Paralimpíada de Tóquio no tiro esportivo.

Os cartuchos Eley são mundialmente utilizados por atiradores desportivos em treinamentos e competições de alto rendimento. A importante parceria entre a CBC e a Eley proporcionou aos atiradores brasileiros as mesmas condições de desempenho ao representar o Brasil em competições. A CBC importa e comercializa no Brasil as linhas premium Tenex e Match, reconhecidas pelo excelente desempenho de precisão.

A CBC também investiu em uma nova fábrica de munições .22, inaugurada em outubro de 2020, que reúne o que há de mais moderno em processos produtivos para a fabricação do calibre .22. Da produção dos estojos ao carregamento das munições, sob o rigoroso controle de qualidade CBC, todas as etapas foram cuidadosamente desenvolvidas para assegurar qualidade e segurança, com desempenho em padrão internacional. Os investimentos garantiram também maior rigor nas dimensões e no peso dos projéteis, dos estojos e na dosagem de pólvora, aprimorando a qualidade balística das munições.

"Todo conhecimento acumulado no Centro de Pesquisa & Desenvolvimento da CBC é aplicado no desenvolvimento e fabricação de alta qualidade, para oferecer o que há de melhor ao mercado brasileiro. A CBC faz isso há 95 anos e é com muita alegria que promovemos este dia de testes com atiradores esportivos, para que nossos clientes possam escolher os produtos que melhor atendem as suas necessidades e para que tenham um excelente desempenho em treinos e competições", diz o Diretor Comercial & Marketing da CBC, Paulo Ricardo Gomes.

Novas edições do evento CBC Eley Test Day estão previstas para ocorrer ao longo de 2022 em diferentes locais.


DAGGER, sistema de guiagem para munições aéreas da Mac Jee, foi destacado na edição de novembro da revista Nation Shield


*Nation Shield - novembro de 2021

Hoje, a indústria de defesa enfrenta desafios constantes. As empresas do setor precisam acompanhar as inovações tecnológicas e garantir que seus equipamentos sejam de última geração para a proteção adequada das nações.
 
O Grupo Mac Jee, formado por empresas brasileiras, desenvolveu um sistema inteligente de orientação de munições aéreas do tipo GPB MK para o mercado nacional e internacional de defesa e segurança. DAGGER é um kit de orientação ativo projetado para atender aos requisitos das forças aéreas modernas que operam em cenários operacionais complexos.
 
O sistema de orientação de munição aérea é uma virada de jogo. Aumenta a porcentagem de acertos no alvo em comparação com atividades realizadas sem o equipamento. Há também uma redução maciça dos danos colaterais, aumentando a segurança da aeronave. Além disso, o kit de orientação reforça a tendência da indústria global de defesa e segurança, que cada vez mais adota os UAVs (veículos aéreos não tripulados) para operações de reconhecimento.
 
DAGGER é um kit de orientação de munição aérea com sensores eletrônicos, visão computacional e extensão de alcance (mais de 120 km) desenvolvido para atingir alvos fixos e móveis, incluindo terra, mar e alvos de longo alcance, com alta precisão. Além disso, para preservar a segurança da aeronave e de sua tripulação, possui recursos como disparar e esquecer e além do alcance visual (BVR) que aumentam a proteção da operação.

O buscador avançado exclusivo fornece capacidade de afastamento autônomo para emprego de armas de alta precisão em ambientes hostis, visibilidade deficiente, dia e noite. Combinado com a aquisição automática de alvo, antena anti-spoofing e sistema inercial de alto grau, DAGGER detecta, classifica e fornece uma análise morfológica da cena para localizar e superar bloqueios ou falsificações de GPS, navegação e erros de localização de alvos.
 
A Mac Jee é responsável pela engenharia e produção do kit de orientação de acordo com as especificações militares mais recentes, incluindo a bomba de uso geral BGB 82 (tipo MK), fusíveis mecânicos e eletrônicos, sistemas embarcados, sensores, componentes e energia material, fornecendo uma solução chave na mão.
 
A introdução do DAGGER pelo Grupo Mac Jee é um dos destaques do Dubai Airshow 2021. “Percebemos que há uma tendência crescente na adoção de VANTs e falta de kits de orientação para munições aéreas. Por isso, escolhemos o Dubai Airshow para lançar nosso mais novo produto, pois o show é de grande importância e reúne profissionais de alto nível e fortes influenciadores da indústria de defesa ”, disse Simon Jeannot, presidente do grupo.

24 novembro, 2021

Gripen E entra na fase de entrega em série para as Forças Aéreas do Brasil e da Suécia

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*LRCA Defense Consulting - 24/11/2021

Hoje, a Saab realizou uma reunião de alto nível com autoridades do Brasil e da Suécia para apresentar as primeiras seis aeronaves Gripen E de produção em série, que deixaram a fábrica e entraram em fase de entrega. As delegações de ambos os países também tiveram a oportunidade de discutir atividades conjuntas que serão benéficas para o programa Gripen.

A reunião contou com as seguintes presenças: Tenente-Brigadeiro do Ar Carlos de Almeida Baptista Junior, Comandante da Força Aérea Brasileira; Major General Carl-Johan Edström, Comandante da Força Aérea Sueca; Micael Johansson, presidente e CEO da Saab; e Jonas Hjelm, vice-presidente sênior e chefe da área de negócios da Saab Aeronáutica.

“Essas entregas são uma parte importante do fortalecimento de nossas capacidades e da defesa da Suécia. O JAS 39 E Gripen aumentará a capacidade de defesa da Suécia, permitindo-nos construir uma Força Aérea mais forte e taticamente superior para cada situação ”, disse o General Carl-Johan Edström, Comandante da Força Aérea Sueca.

“É uma satisfação acompanhar a concretização de mais uma etapa no processo de entrega dos F-39 Gripen, que vai liderar a evolução da capacidade de combate da Força Aérea Brasileira. Este projeto representa um novo patamar tecnológico para o Brasil e é de fundamental importância para o desenvolvimento de nossa Base de Defesa Industrial ”, disse o Tenente-Brigadeiro do Ar Carlos de Almeida Baptista Junior, Comandante da Força Aérea Brasileira.

“O início da fase de entrega em série com essas quatro aeronaves para a Força Aérea Brasileira e duas para a Força Aérea Sueca é uma conquista de extrema importância para o programa do Gripen. Isso mostra que temos um produto maduro e que cumprimos nossas obrigações contratuais ”, disse Micael Johansson, presidente e CEO da Saab. “Tudo isso foi possível graças às nossas formas inteligentes de trabalho, tecnologias de produção inovadoras e estreita cooperação com os clientes”, acrescentou.

Durante a visita à Saab, várias aeronaves de produção em série e de teste foram apresentadas às autoridades, que também tiveram a oportunidade de testar o novo simulador de treinamento de missão Gripen e ver uma exibição aérea com aeronaves Gripen suecas e brasileiras. 

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Taurus Armas (TASA4) rumo à liderança mundial


*Portal Small Caps, por Christian Lima - 24/11/2021

Como já é de conhecimento geral, em 2015, quando a CBC assumiu o controle da companhia, foi dado início a um robusto processo de reengenharia que transformou a então Forjas Taurus S.A.. A empresa que estava a beira de ingressar em uma recuperação judicial transformou-se no que é hoje a Taurus Armas S.A., referência mundial de indicadores no setor, superando todos os seus pares de capital aberto.

Diante de tal crescimento, surgem então os questionamentos: esse crescimento é sustentável? Qual é o segredo da companhia?

A importância do dólar

Diferente do que muitos erroneamente pensam, o mercado nacional representa apenas aproximadamente 20% do faturamento da companhia, sendo composto majoritariamente por licitações vencidas, apesar do expressivo crescimento recente na demanda do mercado civil.

Diante desse cenário de receita dolarizada, a companhia estrategicamente optou por concentrar seus custos em moeda real. Dessa forma, cria-se então um hedge natural onde quanto maior for a valorização do dólar frente ao real, maiores serão as margens da companhia.

Em linhas gerais, para que essa estratégia seja 100% concretizada, a unidade brasileira está sendo transformada em um grande centro de desenvolvimento, produção e distribuição de peças, enquanto a unidade americana vai se transformando em uma grande montadora. Hoje, o processo ainda é misto, pois a unidade brasileira também exporta armas para a Taurus USA e para o mercado externo.

Condomínio Industrial de São Leopoldo

Seguindo a estratégia de crescimento e aumento contínuo de produtividade, em 15 de dezembro a Taurus inaugurará seu Condomínio Industrial, onde concentrará no mesmo pátio e integrados à unidade brasileira seus principais fornecedores.

O condomínio possibilitará aumento de produtividade tanto para a unidade brasileira quanto para a unidade americana, podendo ainda atender a futura instalação indiana.

Mercado consumidor

Nos EUA, maior mercado consumidor da empresa, a Taurus já é a quarta marca mais vendida e a primeira mais importada. É importante destacar que no país, diferentemente do Brasil, a empresa atende majoritariamente o mercado civil.

Com isso, é possível afirmar que esses dois mercados compõem as receitas ordinárias da Taurus, porém a empresa está presente em mais de 100 países, atendendo não apenas o mercado civil, mas principalmente atuando em grandes licitações internacionais, que podem ser classificadas como receitas extraordinárias da empresa.

Como a Taurus tem os melhores indicadores dentre seus principais concorrentes, em períodos de possível baixa na demanda por armas no mercado civil, a empresa pode escolher qual licitação internacional participar e consequentemente vir a ganhar, suprindo uma eventual queda em seu faturamento. Tal estratégia proporciona linearidade de resultados e mitiga eventuais surpresas negativas.

Joint Venture indiana

Por questões estratégicas, a empresa ainda não divulgou em detalhes o potencial financeiro da Joint Venture formada com a gigante indiana Jindal, mas sem dúvidas é possível afirmar que este pode ser um novo marco para a companhia.

Além dos mercados já citados, a companhia iniciará sua produção na Índia em janeiro de 2022, visando atender inicialmente o mercado civil que ainda é relativamente restrito. No entanto, por meio do programa “Make in India”, a empresa já está habilitada a participar de licitações bilionárias no país. Essa pode ser a grande sacada da companhia, pois o governo indiano já anunciou que em breve tais licitações serão iniciadas.

Diante disso, a Taurus já informou ao mercado que está enviando amostras de seu fuzil para as forças indianas, para que estes sejam submetidos aos devidos testes de qualidade.

Passado e futuro

Além dos robustos resultados apresentados trimestre a trimestre, a empresa sempre faz questão de ratificar que ainda tem muito mais por vir, fato este que é confirmado com os recordes que são apresentados a cada trimestre há seis trimestres consecutivos.

Esta entrega expressiva de resultados proporcionou a empresa reverter seu patrimônio líquido, que já permanecia negativo há 7 anos.

Outra conquista a ser apresentada pela empresa será a quitação dos prejuízos acumulados herdados da antiga gestão da companhia. O mercado acredita que tal fato será concretizado na AGE agendada para o dia 30/11/2021, através da redução de capital social.

Tais conquistas habilitam a Taurus Armas a entrar no radar de alguns fundos de investimento que até então eram contabilmente impedidos de ter ações da empresa em sua carteira.

Liderança mundial

Assim como a CBC é a líder mundial na produção de cartuchos para armas leves, a Taurus, além de apresentar os melhores indicadores do setor atualmente, já é líder mundial na produção de revólveres. Seu principal objetivo agora é assumir a liderança mundial na produção de armas leves.

Diversificação de portifólio

Embora possa parecer contraditório, pois em 2019 a empresa anunciou que focaria na produção apenas de seu produto principal (armas), em 2021 a empresa inaugurou sua primeira loja física em Brasília. A loja será modelo para implantação de um sistema de franquias, dessa forma sendo possível identificar que a Taurus está oferecendo cada dia mais produtos e acessórios que possam agregar valor à marca.

O grande diferencial é que a produção desses produtos não é feita pela Taurus e sim por parcerias estratégicas.

Ainda nessa linha, é possível destacar a Joint Venture formada com a brasileira Joalmi para a produção de carregadores. A parceria proporcionou a Taurus ingressar em um mercado ainda não explorado, com margens superiores às de seus principais produtos.

Além, claro, dos inúmeros lançamentos que estão surpreendendo positivamente o público, enquadrados na categoria seu principal produto que são as armas como é o caso da GX4, uma pistola micro compacta que foi lançada para competir em um nicho de mercado que a companhia até então não atuava. O produto possui maior valor agregado e foi muito bem recebido pelo mercado, sendo inclusive premiado.

Retorno ao acionista

Em 2020 a Taurus Armas foi a empresa que mais valorizou na B3 e, com os fatos aqui elencados, fica evidente que esse crescimento está bem longe de seu topo.

Fato é que a bolsa precifica expectativas, e, no caso da Taurus, nem o que já é fato está precificado em sua cotação, por isso há analistas que são categóricos em afirmar que há potencial para a companhia dobrar de valor e ainda continuar “barata”. Em termos fundamentalistas, como isso é atestado?

Um dos principais indicadores de uma empresa pode ser considerado para embasar a tese de que a empresa está subvalorizada, e este é o EV/EBITDA. Hoje, a Taurus apresenta um EV/EBITDA de 3,5x. Como na B3 não há outras empresas do setor de armas, temos que buscar tais informações no mercado americano para fins de comparação, e com isso podemos destacar as seguintes empresas:

  • Sturm Ruger: Empresa do fabricante de armas. Antes da Taurus assumir a liderança em indicadores, a Ruger ocupava tal posição e seus números eram um objetivo a ser alcançado pela Taurus. Hoje apresenta um EV/EBITDA de 8,5x;
  • Smith & Wesson: Empresa do fabricante de armas; tem perdido mercado devido a suposta queda na qualidade de seus produtos nos EUA. Hoje apresenta um EV/EBITDA de 3,9x.
  • Vista Outdoor: Empresa do setor de comércio de material outdoor, incluindo armas e munições. Apresenta um EV/EBITDA de 6,9x
  • American Outdoor:  Empresa do setor de comércio de material outdoor, incluindo armas e munições. Apresenta um EV/EBITDA de 16,8x.
  • Ammo: Empresa do setor de munições; não comercializa armas, mas seu produto está diretamente ligado ao setor. Hoje apresenta um EV/EBITDA de 35,2x.

O retorno dos dividendos

Além do grande potencial de valorização que a empresa pode entregar a seus acionistas, com a reversão do patrimônio líquido já consolidada e com a zeragem dos prejuízos acumulados, a Taurus – que tem em seu Estatuto a remuneração mínima de 35% – já anunciou que após quase 10 anos, em 2022, em referência ao 4T21, pagará a seus acionistas dividendos tão agressivos quanto tem sido seus resultados, o que possibilitará mais um prêmio ao acionista.

Conclusão

Em um cenário mundial recente tão conturbado devido à pandemia do COVID 19, a Taurus Armas se apresenta como uma empresa blindada e capaz de crescer, seja em tempos de crise ou em tempos de calmaria. Afinal, a empresa faz questão de enfatizar que seus ganhos não são meramente sazonais ou dependentes de um governo de direita ou de esquerda. Desse modo fica o questionamento: seria a Taurus a maior oportunidade da bolsa brasileira?

*Texto escrito por Christian Lima com a colaboração da LRCA Consulting. Christian Lima é graduado em Engenharia de Produção pela Universidade Veiga de Almeida, possui MBA em Gerenciamento de Projetos pela FGV e é graduando em Engenharia Civil pela UNESA. Atua no setor de construção civil há dez anos e no mercado de importação há seis anos. Estuda e investe no mercado financeiro há quatro anos.

*Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do Portal Small Caps

NÃO SE TRATA DE RECOMENDAÇÃO DE COMPRA OU VENDA

Iveco Defence Vehicles entrega a unidade 500 do Guarani e lote do LMV-BR para o Exército Brasileiro

da esquerda para a direita - Humberto Spinetti, presidente da IDV e o Comandante do Exército, General Paulo Sérgio Nogue

*

Em 2006, o Exército Brasileiro iniciou o processo de aquisição de novas unidades de veículos blindados sobre rodas para o transporte de pessoal e a Iveco Defence Vehicles venceu o processo de concorrência com o veículo blindado anfíbio Guarani VBTP 6x6.

Em 2013, foi inaugurada a primeira fábrica de veículos blindados da marca fora da Europa, localizada em Sete Lagoas e, em 2014, foram entregues as primeiras 86 unidades do Guarani. Hoje, sete anos depois, a Iveco Defence Vehicles tem a honra de entregar a 500ª unidade do Guarani ao Exército Brasileiro.

A solenidade oficial em comemoração a este importante momento aconteceu na fábrica da IDV, em Sete Lagoas. O evento contou com a presença de executivos da marca, autoridades civis e militares, entre eles o Comandante do Exército, General Paulo Sérgio Nogueira de Oliveira. Outro marco comemorado hoje foi a entrega simbólica das 31 unidades LMV-BR 4X4 ( (Light Multirole Vehicle), encerrando assim o contrato de aquisição do primeiro lote (32 unidades) da nova Viatura Blindada Multitarefa, Leve de Rodas - VBMT-LR 4x4.

A parceria entre a Iveco Defence Vehicles e o Exército Brasileiro contribui para o crescimento da indústria de defesa nacional e fortalece o desenvolvimento estratégico das Forças Terrestres Brasileiras.

Projeto Guarani

O Projeto Guarani foi concebido pelo Sistema de Ciência, Tecnologia e Inovação do Exército Brasileiro em parceria com a Iveco Defence Vehicles. Com previsão de duração de 20 anos, contempla mais de 1.500 veículos. Dezenas de unidades do Guarani 6x6 já foram exportadas para outros países.


Projeto LMV-BR
O projeto do LMV-BR teve início em 2015, quando a Iveco Defence Vehicles ganhou a licitação para a entrega de 186 unidades ao Exército Brasileiro. Em 2019, foi assinado o 1º contrato entre EB e IDV e, até dezembro de 2021, todas as 32 unidades da VBMT-LR serão entregues. Enquanto as unidades são fabricadas na Itália, a integração dos Sistema de armas, Comando e Controle, bem como a montagem de diversos componentes nacionais, vem sendo realizada na fábrica da empresa em Sete Lagoas.

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WEG recebe prêmio Kaizen na categoria excelência em produtividade

 WEG recebe prêmio Kaizen na categoria excelência em produtividade


*LRCA Defense Consulting - 24/11/2021

O Kaizen Institute, líder global em implementação KAIZEN, promove desde 2011 o KAIZEN™ Award, sendo essa a 6ª edição no Brasil. Este evento visa reconhecer o empenho das organizações em desenvolver e implantar projetos cada vez mais inovadores, com a metodologia KAIZEN, trazendo grandes avanços as suas organizações.

Inovação é um dos pilares da WEG, que neste ano recebeu pela 3° vez o prêmio Kaizen, sendo agora contemplada na categoria excelência em produtividade por desenvolver e implantar uma linha integrada de manufatura (LIM).

O projeto Linha Integrada de Manufatura (LIM) surgiu da necessidade do aumento da capacidade produtiva e a busca por excelência em um departamento que já havia passado por outros trabalhos de melhoria e já apresentava resultados significativos. A solução encontrada foi a unificação de processos com tempos de ciclo muito diferentes sem impactos negativos na qualidade e na segurança. Os resultados obtidos foram a otimização do espaço com células de alta produtividade proporcionando a redução de 85% do lead time.

Reinaldo Stuart Junior, Diretor Industrial de Desenvolvimento de Produtos destaca que o trabalho desenvolvido pela equipe foi fundamental para o sucesso das linhas LIM e sem elas a WEG não estaria atendendo a demanda solicitada pelos clientes.

Para a WEG esse prêmio reforça sua excelência em desenvolver boas práticas e criar projetos com inovação para a melhoria contínua em seus processos produtivos.

Confira no vídeo a Linha Integrada de Manufatura (LIM):


 

23 novembro, 2021

Taurus fornece mais fuzis T4 à Polícia Civil de Minas Gerais

 LRCA: Taurus comunica que demanda pelo Fuzil T4 superou todas as  expectativas e que haverá atraso nas entregas


*LRCA Defense Consulting - 23/11/2021

O Governo do Estado de Minas Gerais realizou a compra de mais 41 fuzis Taurus T4 calibre 5,56. Essas armas serão destinadas para o trabalho da Policia Civil e, além de ampliar o acervo da instituição, irão reforçar a segurança no Estado.

Em agosto deste ano, a Diretoria de Material Bélico da Polícia Civil de MG já havia adquirido 51 unidades dessa arma.

As aquisições refletem a credibilidade e a confiança da instituição policial mineira nos produtos Taurus.

Arma longa ideal para forças militares e de segurança pública
Além de o fuzil Taurus T4 ser uma arma moderna, leve, versátil e de fácil operação/manutenção, segue o rígido e exigente protocolo militar de fabricação, o que lhe permite maior durabilidade, rusticidade e resistência às mais diversas condições de combate (água, lama, poeira, temperaturas máximas e mínimas extremas, etc.), sendo assim ideal para uso por forças militares ou de segurança.

Seu cano é fabricado para resistir até 12 mil tiros, enquanto o cano de um fuzil AR-15 americano de plataforma semelhante (M4), mas fabricado para uso civil (como a maioria nos EUA), só resiste a cerca de 2 a 3 mil tiros.

Essas características fazem com que o Fuzil T4 seja o preferido das forças de segurança brasileiras e de outros países, como a Polícia Real de Omã e a Gendarmeria Nacional do Senegal, que já o adotam como arma padrão. 

Ideal também para o uso militar, o Fuzil T4 foi o escolhido para dotar o Exército das Filipinas, após ter vencido duas históricas e recentes licitações internacionais onde concorreu com armas fabricadas pelas grandes empresas mundiais do setor. São históricas porque foi a primeira vez que o Exército Filipino adquiriu um fuzil fabricado fora dos Estados Unidos para o seu exército; também foi a primeira venda do Fuzil T4 para um exército.

Recentemente, um "estratégico" país da África Subsaariana, adquiriu 5.500 fuzis T4, a fim de mobiliar o Exército e a polícia nacional .O nome do país é mantido sob sigilo por questões contratuais, mas o fato marcou a ampliação da atuação da Taurus no mercado dessa região.

Há também grandes chances que seja concretizada a venda de uma expressiva quantidade de fuzis T4 para as Forças Armadas da Malásia e para a Polícia Real deste país.

Embraer e Centro Aeroespacial da Holanda assinam MoU para colaboração estratégica em pesquisa aeroespacial


*LRCA Defense Consulting - 23/11/2021

A Embraer e o Centro Aeroespacial Real da Holanda (Royal NLR, em inglês) assinaram um Memorando de Entendimento para uma potencial colaboração estratégica relacionada à pesquisa aeroespacial. As áreas de pesquisa incluem desenvolvimento de tecnologia e inovação em sistemas de defesa e espaciais, aviação geral, MRO, mobilidade aérea e sustentabilidade.
 
O memorando traz a possibilidade de estender e aumentar as relações de longo prazo entre a Embraer e a Royal NLR durante o projeto e desenvolvimento de produtos da Embraer, como a família de E-Jets e os modelos recentes de E-Jets E2, jatos executivos, a aeronave multimissão C-390 Millennium além de outros programas. Nesse contexto, as duas empresas já discutem potenciais oportunidades relacionadas a automação de procedimentos de manutenção.
 
“A Embraer e a NLR têm uma longa história de colaboração, com cada parte contribuindo com expertise específica necessária para conduzir pesquisas e desenvolvimentos complexos a serem aplicados em tecnologias avançadas e produtos inovadores. Este memorando é mais um passo importante em nosso relacionamento de longo prazo na Holanda e reitera o compromisso em fortalecer ainda mais nossa parceria com a NLR em um dinâmico ecossistema aeroespacial”, disse Jackson Schneider, Presidente e CEO da Embraer Defesa & Segurança.
 
“De fato, a Embraer e a Royal NLR têm um longo relacionamento e estamos felizes em fortalecer e prolongar ainda mais esta relação por meio deste memorando. Essa parceria é uma oportunidade para ambas as partes trabalharem em desafios compartilhados, identificarem interesses comuns e desenvolverem abordagens e métodos inovadores para endereçar questões da aviação global. O aumento da cooperação entre a Embraer e a Royal NLR é bem-vindo, e estou ansioso para ver benefícios mútuos”, disse Michel Peters, CEO da Royal NLR.
 
Nas últimas duas décadas, Embraer e Royal NLR têm trabalhado em estreita colaboração em pesquisa e desenvolvimento em áreas como novos materiais, tecnologias de cabine de pilotos, desenvolvimento de sistemas, aerodinâmica e ruído externo aplicados nos produtos de ponta da empresa, incluindo ensaios e modelos avançados de aerelasticidade em túnel de vento.
 
A Embraer e a Royal NLR são membros do Grupo Aeroespacial da Holanda (NAG, em inglês). Este memorando é um passo adicional ao Memorando de Entendimento assinado entre a Embraer e o NAG em setembro de 2021 para discutir possíveis colaborações estratégicas nas áreas de aviação e sustentabilidade.

Guia de Empresas e Produtos de Defesa - edição 2021 já está disponível


*LRCA Defense Consulting - 23/11/2021

O Guia de Empresas e Produtos de Defesa, edição 2021, produzido pelo Ministério da Defesa, já está disponível ao público neste link.

A excelente e completa publicação se destina a divulgar as Empresas Estratégicas de Defesa / Empresas de Defesa credenciadas pelo Ministério da Defesa e seus respectivos Produtos Estratégicos de Defesa / Produtos de Defesa, em conformidade com o preconizado na Lei nº 12.598/12, de forma ordenada por Bens, Serviços e Informações, nos idiomas português, inglês e espanhol.

A edição 2021 do Guia de Empresas e Produtos de Defesa apresenta cerca de 140 empresas da área de defesa e aproximadamente 900 produtos específicos. Nela, é possível saber as diferenças entre Empresa Estratégica de Defesa e Empresa de Defesa, por exemplo, bem como entre Produtos de Defesa e Produtos Estratégicos de Defesa, além de outros conceitos, definições e informações.

Os itens correlatos, com suas respectivas fotos, quando existirem, são reunidos em grandes “famílias”, chamadas de grupos, representados por um código numérico de dois dígitos, originários da Federal Supply Group, visando estabelecer uma uniformidade de identificação do material.

Cada grupo é dividido em classes, representadas por quatro dígitos, originárias da Federal Supply Class, as quais agrupam itens relativamente homogêneos, baseados em critérios de similaridade de características, visando estabelecer uma uniformidade de identificação do material.

As Empresas e os respectivos Códigos de Empresas (CODEMP/NCAGE) estão relacionados aos produtos e seus respectivos Nato Stock Number (NSN) ou não, além da classe a que pertencem, e-mail, telefone e classificação nacional das suas atividades econômicas.

22 novembro, 2021

Taurus inaugurará condomínio estratégico de fornecedores em 15/12, com uma surpresa


*LRCA Defense Consulting - 22/11/2021

Os pavilhões que abrigarão os principais fornecedores da Taurus Armas S.A. estão em fase final de construção, só faltando a pavimentação externa e obras de acabamento.

Conhecido como Projeto Estratégico Condomínio, a ampliação faz parte da nova área fabril da unidade brasileira da empresa, localizada na cidade de São Leopoldo (RS).

Após inaugurada, os grandes fornecedores da Taurus virão para dentro do complexo industrial, entre eles a joint venture de carregadores com a Joalmi, onde vão entregar seus produtos, já auditados e aprovados pelo pessoal de recebimento e qualidade, direto na linha de produção da empresa, por meio do processo conhecido como "trem logístico". Isso vai proporcionar importantes ganhos em termos de garantia de abastecimento, qualidade, rapidez e custo.

Prevista para ser inaugurada em 15 de dezembro, a ampliação total de 22 mil metros quadrados realizada pela Macro Engenharia permitirá que a Taurus dê o primeiro grande passo de seu Plano Diretor de cinco anos, que visa:

  • ampliar em 50% a produção de armas no RS, passando a até 9.000 armas/dia;
  • estabelecer um hub de produção de peças e componentes (kits) com capacidade para 1.500 armas/dia, distribuindo-os às unidades fabris dos EUA e da Índia, onde serão utilizados para a montagem das armas que receberão o Made in USA ou Made in India, conforme o caso;
  • isso permitirá, por exemplo, que a fábrica americana dobre sua produção.

É importante ressaltar que o Projeto Estratégico Condomínio é apenas um dos componentes que integram o Plano Diretor, o qual irá modernizar completamente a fábrica com a agregação de novas instalações, equipamentos e tecnologias, entre as quais a revolucionária fabricação de armas com grafeno, a produção totalmente robotizada da pistola GX4 e o revólver "mais barato do mundo", além de uma outra tecnologia também revolucionária, que a empresa ainda mantém em segredo.

A ampliação completa contemplará também as novas instalações do Centro de Distribuição Logístico, do Centro Integrado de Tecnologia e Engenharia BR/EUA e de outras áreas vitais da companhia, como a Unidade MIM (Metal Injection Molding), o Laboratório de Tiro Externo e um novo Centro Administrativo, entre outras.

O futuro Centro de Distribuição Logístico, que englobará o condomínio de fornecedores, contará com o emprego de recursos e ferramentas que levarão a Taurus ao conceito de indústria 4.0, permitindo-lhe otimizar ainda mais seus processos administrativos, operacionais e logísticos, o que se traduzirá em uma redução drástica de custos e de tempos internos, bem como em um significativo aumento da qualidade dos produtos e das margens de lucro da empresa.  

Embora ainda não tenham sido divulgado oficialmente os fornecedores que ocuparão os pavilhões do Condomínio, esta Consultoria levantou que ali serão produzidos:

  • 3.000 ferrolhos/dia para a Linha G e Striker;
  • 3.000 canos/dia para as pistolas da linha G, Striker e Metálicas;
  • 3.000 ferrolhos/dia para as linhas G, Hammer e 1911;
  • 6.000 conjuntos/dia; solução completa para entrega de subconjuntos, usinagem, acabamento, tratamento térmico e montagem;
  • 30.000 carregadores/dia na JV com a Joalmi;
  • expansão da produção da pistola TS9.

 Joint venture de carregadores com a Joalmi
A joint venture de carregadores com a Joalmi, uma das empresas do Condomínio, é considerada como estratégica pela Taurus, haja vista que o custo de produção dessas peças no Brasil é muitas vezes inferior ao preço de aquisição praticado no mercado internacional.

A produção foi iniciada na unidade da Joalmi em São Paulo pelos carregadores da família G calibre 9mm 12 tiros e está sendo realizado um extenso trabalho de desenvolvimento para melhoria da qualidade do carregador atual e equalização ao benchmarking mundial. Foi também aumentada a capacidade da linha de solda & tratamento superficial para possibilitar um incremento de produção para atender à alta demanda. Neste ano, está havendo um aumento do mix, com desenvolvimento de novos modelos. 

 

O carregador que está sendo produzido pela joint venture possui a qualificação premium, ou seja, é considerado igual ou melhor que os famosos similares italianos. No entanto, enquanto estes são importados com um custo de 6 euros, os novos carregadores brasileiros custam apenas cerca de 17/18 reais, significando uma enorme economia para a empresa.

Em virtude da alta demanda do mercado brasileiro e internacional, a Taurus continua, por enquanto, mantendo a importação do item e está destinando os novos carregadores para o mercado de reposição, com direcionamento principal para exportação, haja vista que este  mercado proporciona uma excepcional margem de lucro.

A joint venture se encontra em ramp up de produção, com mais de 7.000 carregadores/dia, o que poderá aumentar consideravelmente após a Joalmi se instalar dentro do parque produtivo da Taurus. A nova fábrica terá uma capacidade instalada de 7,4 milhões de carregadores por ano (30.000 unidades/dia) até o final de 2022, mas sua ampliação poderá ser antecipada, dependendo da atuação da empresa no mercado de reposição.

Apesar de a Taurus não divulgar o custo dos componentes de suas armas, ao se saber que a demanda por carregadores pela própria companhia gira em torno de 6 milhões de unidades/ano, estima-se que a nova JV possa representar uma receita milionária e uma drástica redução nos custos operacionais de produção. Tal afirmativa é reforçada ainda pelo fato de que, até 2022, a capacidade produtiva de carregadores poderá quadruplicar em relação a hoje. Estas peças serão fornecidos não apenas à Taurus, mas também a outras empresas nacionais e internacionais, bem como a representantes, distribuidores e varejistas.

Em outubro do ano passado, a Taurus estimava que, entre resultados operacionais e redução de custos, o projeto poderá gerar mais de R$ 100 milhões nos próximos cinco anos. No entanto, o aumento de produção em curso nas unidades fabris do Brasil e dos EUA, bem como o forte aquecimento da demanda por armamento leve, especialmente nos Estados Unidos, levam esta Consultoria a acreditar que tal valor tenha sido conservadoramente estimado, podendo ser incrementado substancialmente. Observa-se que ainda não foi levada em conta a futura fabricação na Índia.

Aumento de produção da pistola TS9
A surpresa divulgada pela empresa foi a destinação de um dos pavilhões do Condomínio para a instalação de novas linhas de produção da pistola Striker TS9.

Tal fato se deveu a um aumento excepcional da demanda por essa arma, tanto no mercado nacional como no internacional, justificando a alteração da estratégia inicial e devendo permanecer assim até acontecer a nova expansão do parque fabril.

A pistola TS9 é reconhecida internacionalmente como uma arma que possui inovação, confiabilidade, segurança, robustez e precisão, o que a torna ideal para uso por forças militares e de segurança. Fabricada sob rígido protocolo militar, seu projeto exclusivo foi desenvolvido atendendo aos mais rigorosos padrões internacionais de qualidade e segurança. 
 
Tais características fazem com que a TS9 seja uma pistola equivalente às melhores similares existentes no mercado internacional. No entanto, diferentemente destas, a arma da Taurus traz junto uma completa logística de pós-venda, ou seja, uma ampla e ágil rede de distribuidores, pontos de venda e assistência técnica treinada em todo o território nacional, além de uma equipe de instrutores credenciados e peças de reposição rapidamente acessíveis.

Rumo a se tornar a maior e mais rentável fabricante de armas leves do mundo
Segundo Salesio Nuhs, CEO Global da Taurus, com o início do funcionamento do condomínio de fornecedores, "as peças estratégicas para o nosso negócio serão produzidas dentro do nosso complexo industrial, sob a nossa supervisão de engenharia e de processos".

Ao se referir ao Plano Diretor de cinco anos, Salesio afirmou que a expansão será "um marco importante na estratégia global de crescimento da Taurus, no desenvolvimento econômico e social do Estado do Rio Grande do Sul e no futuro da indústria nacional de defesa. Um passo que alavancará ainda mais a posição de destaque da Taurus no mercado mundial de armas. Estamos alinhados com os movimentos mundiais do setor e seguimos firme com processos baseados em rentabilidade sustentável, qualidade e melhora dos indicadores financeiros e operacionais, além do forte investimento no desenvolvimento de novos produtos e tecnologias".

Aumentando significativamente a produção e a produtividade, reduzindo custos e incrementando ainda mais a qualidade e a tecnologia de seus produtos e processos, a Taurus almeja se tornar a maior e mais rentável fabricante de armas leves do mundo, gerando orgulho e divisas para o Brasil, além de um maior valor para seus acionistas.

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