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08 outubro, 2024

IEAv e Orbital Engenharia firmam parceria para o avanço da tecnologia hipersônica no Brasil


*LRCA Defense Consulting - 08/10/2024

No dia 16 de setembro de 2024, o Instituto de Estudos Avançados (IEAv), do Departamento de Ciência e Tecnologia Aeroespacial (DCTA), e a Orbital Engenharia firmaram um acordo de parceria que promete impulsionar o desenvolvimento da tecnologia de propulsão hipersônica no Brasil. A colaboração visa a execução de projetos de pesquisa científica e tecnológica, com foco no inovador em um Sistema de Controle Eletrônico de Injeção de Combustível (SISCRAMJET) para motores hipersônicos aspirados, que poderá transformar o cenário da propulsão no país.

O acordo foi celebrado como parte do Projeto Propulsão Hipersônica 14-X, uma iniciativa estratégica que busca dominar a tecnologia de voo hipersônico. Para o IEAv, esse é mais um marco em sua missão de desenvolver tecnologias que fortalecem o Poder Aeroespacial Brasileiro, enquanto para a Orbital Engenharia, é uma oportunidade de aplicar sua expertise em um dos desafios mais complexos da engenharia moderna.

O SISCRAMJET desempenha um papel fundamental na operação eficiente dos motores SCRAMJET, uma tecnologia de propulsão hipersônica que permite alcançar velocidades extremamente altas, cruciais para missões de acesso ao espaço. Um dos grandes desafios enfrentados pela equipe é controlar com precisão a injeção de combustível em um ambiente onde os gases queimam em velocidades supersônicas. "É como manter uma vela acesa dentro de um furacão", explica o Gerente do Projeto PROPHIPER 14-X, Tenente-Coronel Aviador Lucas Galembeck. Ele ainda destaca a dificuldade de equilibrar o fluxo de oxigênio e combustível em tais condições extremas. A parceria entre o IEAv e a Orbital Engenharia garantirá que as soluções criadas para o SISCRAMJET sejam testadas em um ambiente controlado antes de serem aplicadas em voos reais, que são caros e demorados.

A assinatura deste acordo é um exemplo do sucesso da colaboração entre instituições públicas e privadas no Brasil, com o objetivo de superar os desafios de Pesquisa e Desenvolvimento (P&D). Segundo o CEO da Orbital Engenharia, Célio Costa Vaz, “O IEAv e a Orbital Engenharia já possuem um histórico de cooperação, e este novo acordo fortalece ainda mais nossa parceria, permitindo o uso de recursos da Subvenção Econômica da Financiadora de Estudos e Projetos (FINEP) para inovação na Base Industrial de Defesa”.

Para o Diretor do IEAv, Coronel Aviador Charlon Goes Cunha, esse acordo ressalta “o compromisso do DCTA em desempenhar um papel fundamental no avanço da pesquisa, inovação e crescimento tecnológico”. Ele destacou que, no ano em que o Marechal do Ar Casimiro Montenegro Filho completa 120 anos, o DCTA mostra que mantém ativo o DNA da inovação, aperfeiçoando a aplicação no Brasil do modelo internacional de sucesso da Tríplice Hélice, que envolve Governo, Academia e Indústria trabalhando juntos para superar desafios tecnológicos e garantir maior competitividade para a indústria nacional, com subsequentes benefícios socioeconômicos para o povo brasileiro.

A aprovação deste acordo de parceria foi resultado de um esforço conjunto do DCTA, IEAv e Orbital Engenharia, alicerçados pela assessoria da Consultoria Jurídica da União de São José dos Campos (CJUSJC), representada pelo Doutor Carlos Freire Longato.

Com esse acordo, o IEAv e a Orbital Engenharia caminham juntos para consolidar o Brasil como um dos protagonistas no desenvolvimento de tecnologias hipersônicas. Essa conquista não apenas reforça a capacidade tecnológica nacional, mas também insere o Brasil no seleto grupo de nações que buscam dominar a tecnologia hipersônica, uma inovação estratégica que representa um diferencial competitivo para a indústria aeroespacial nacional, trazendo benefícios socioeconômicos para o povo brasileiro.


*Com informações do IEAv.

07 outubro, 2024

Atletas do Team TAURUS CBC conquistam pódio no Campeonato Sul-Americano de Tiro Esportivo

Ao centro, a atleta do Team TAURUS CBC Daiana Camaz com a medalha de ouro

*LRCA Defense Consulting - 07/10/2024

Os atletas do Team TAURUS CBC se destacaram em mais uma competição internacional de tiro esportivo nesta temporada de 2024 e subiram ao pódio no XXI Campeonato Sul-Americano de Pistola, Rifle e Tiro ao Prato. 

A competição aconteceu de 21 a 25 de setembro, no Polígono José Abelardo Quiñones, localizado na Base Aérea Las Palmas, em Lima, no Peru.  

Daiana Camaz foi campeã na Fossa Olímpica Feminino, categoria Damas. A representante do estado de Alagoas no Team TAURUS CBC é uma atiradora habilidosa que domina o tiro esportivo. Seu foco e precisão, combinados com sua dedicação incansável, renderam-lhe títulos e reconhecimento na Fossa Olímpica. 

Destacando-se não apenas no Brasil, mas também em todo continente, Daiana foi vice-campeã Sul-Americana em 2022, sendo o melhor resultado feminino do país, na modalidade, no ano em questão, e campeã Sul-Americana no Rio de Janeiro em 2023.

Já Roberth Vieira conquistou no XXI Campeonato Sul-Americano de Pistola, Rifle e Tiro ao Prato a medalha de bronze no Skeet Team (Tiro ao Prato por equipe), em equipe formada também por Daniel Pacheco, atleta da Colômbia, e Isa Yarad, do Equador. Na ocasião, empataram com a equipe medalhista de prata e o critério de desempate foi o countback no somatório das séries. 

O pernambucano Roberth Vieira é conhecido por sua técnica e consistência no tiro esportivo. Sua dedicação incansável aos treinamentos e seu talento natural o posicionam como um dos melhores atletas de tiro do país no Skeet. Em 2016, participou da cerimônia de abertura dos Jogos Olímpicos Rio 2016 e, no ano seguinte, confirmando sua alta performance, foi campeão brasileiro. Determinado e resiliente, conquistou a medalha de prata no Campeonato Iberoamericano 2019, em Lima, no Peru, e desde então vem colecionando diversos títulos, tornando-se um dos embaixadores do Team TAURUS CBC

Atleta do Team TAURUS CBC Roberth Vieira no pódio

Apoio ao esporte do Tiro
Atualmente, 22 atletas, de competidores consagrados a jovens talentos, fazem parte do Team TAURUS CBC, representando as marcas em diversas modalidades e categorias do esporte do tiro. 

A estratégia da TAURUS e da CBC, como entusiastas do esporte, é intensificar o crescimento das diversas modalidades e contribuir para que os atletas se destaquem em competições pelo Brasil e pelo mundo, assim como incentivar o ingresso e a formação de novos atiradores no esporte. 

Desde 2022, em conjunto com as principais entidades brasileiras de tiro, a CBC lançou o Pro Training, maior programa de incentivo ao esporte do tiro já desenvolvido no Brasil, apoiando o treinamento e atividade em competições oficiais nacionais e internacionais, abrangendo milhares de atletas. 

A TAURUS e a CBC oferecem ao mercado um completo portfólio de produtos de alto desempenho e qualidade, apoiam a Confederação Brasileira de Tiro Esportivo (CBTE), assim como outras entidades relacionadas ao esporte do tiro (Confederações, Federações e Ligas), campeonatos nacionais e internacionais, assim como atletas em diversas competições da temporada 2024. 

Mais informações sobre os atletas brasileiros no XXI Campeonato Sul-Americano de Pistola, Rifle e Tiro ao Prato no site da Confederação Brasileira de Tiro Esportivo (CBTE).

WEG conclui serviço de revisão e recuperação de Redutor de empresa do segmento de Cimento e Mineração


*LRCA Defense Consulting - 07/10/2024

A WEG, empresa de referência global em soluções industriais, realizou recentemente a revisão e recuperação de um redutor de moinho vertical na Cimento Tupi, em Minas Gerais. O serviço foi executado no parque fabril da WEG em Sertãozinho, São Paulo.

O redutor, com mais de 60 toneladas, aciona o principal moinho da Cimento Tupi, que tem capacidade nominal de 300 toneladas por hora de farinha. Esse equipamento exige alta disponibilidade operacional, funcionando 24 horas por dia, sem interrupções. A revisão adequada é essencial para garantir seu desempenho contínuo e seguro.

A WEG, reconhecida mundialmente por sua expertise em máquinas elétricas e mecânicas, além de oferecer manutenção de redutores e outros equipamentos rotativos, assumiu a responsabilidade completa pelo projeto, garantindo precisão em cada etapa. O trabalho envolveu uma colaboração estreita entre a equipe técnica da WEG e da Cimento Tupi, que forneceu informações e histórico operacional detalhado do equipamento, permitindo uma execução eficiente dos serviços.

O escopo dos serviços realizados pela WEG incluiu:
- Remoção do equipamento
- Desmontagem completa para análise e laudo técnico
- Recuperação e fabricação de peças, como sapatas e eixos
- Substituição de rolamentos e outros componentes
- Ajustagem mecânica e remontagem completa
- Testes em bancada (operação sem carga)
- Montagem em campo e acompanhamento durante o start-up

Esse projeto reforça a capacidade da WEG de lidar com desafios complexos no setor industrial. A empresa oferece uma gama completa de serviços que visam aumentar a eficiência e a segurança operacional de seus clientes.
 

Exército Brasileiro e SIATT firmam contrato de licenciamento do Míssil Anticarro MAX 1.2 AC


*LRCA Defense Consulting - 07/10/2024

O Departamento de Ciência e Tecnologia (DCT) do Exército Brasileiro e a empresa SIATT assinaram, no dia 26 de setembro, o contrato de licenciamento do míssil anticarro MAX 1.2 AC, para produção e comercialização. Durante a cerimônia, realizada nas instalações do Centro de Avaliações do Exército (CAEx), na Marambaia, no Rio de Janeiro, o Exército Brasileiro oficializou também a nova denominação do míssil, anteriormente conhecido como MSS 1.2 AC, agora batizado como “MAX 1.2 AC”.

O míssil MAX 1.2 AC é um míssil anticarro do tipo beam riding, com alcance superior a 2000 metros. O sistema beam riding permite que o míssil siga um feixe de laser apontado pelo operador até o alvo, tornando-o extremamente preciso e eficaz.

O nome “MAX” é uma homenagem ao Sargento Max Wolf Filho, um herói brasileiro que serviu com bravura na Força Expedicionária Brasileira (FEB) durante a Segunda Guerra Mundial, participando da Campanha da Itália. A escolha deste nome carrega uma conexão simbólica com a coragem e determinação demonstradas pelo sargento em batalha, valores que o míssil MAX 1.2 AC também representa em sua concepção e aplicação.

Nos próximos anos, o programa MAX 1.2 AC deverá receber investimentos para aumentar seu alcance, desenvolver estratégias para o voo autônomo, além de melhorar sua capacidade de perfuração, ampliando-a para mais de 1000 mm, e aumentar a eficiência contra blindagens reativas. As blindagens reativas são sistemas que utilizam explosivos para reduzir o impacto de mísseis anticarro, dificultando a penetração.

“Essas melhorias garantirão maior capacidade de atuação em ambientes de combate modernos, assegurando a modernidade e superioridade do sistema frente às necessidades da defesa nacional”, afirmou Ricardo Ramos, Sócio-Diretor da SIATT. Esse avanço reflete o empenho contínuo em dotar as Forças Armadas de tecnologias avançadas que garantam a soberania e segurança do país.

O diretor-presidente da SIATT, Rogério Salvador, ressaltou a importância do trabalho conjunto entre a empresa e as Forças Armadas, destacando os desafios superados ao longo dos anos e o comprometimento da SIATT com o desenvolvimento do setor de defesa. “Este contrato é o resultado de anos de cooperação e esforço conjunto, sempre em busca da inovação e da excelência, que são valores fundamentais para o nosso trabalho. Temos orgulho de contribuir para a capacidade de defesa do Brasil e de fortalecer essa parceria com as Forças Armadas”, destacou Salvador.

A assinatura do contrato de licenciamento entre o DCT do Exército Brasileiro e a SIATT representa um importante marco na colaboração entre as Forças Armadas e a indústria nacional de defesa, fortalecendo a capacidade do Brasil de desenvolver tecnologias autônomas e modernas para a proteção da soberania nacional. O MAX 1.2 AC é um míssil anticarro desenvolvido para oferecer precisão e eficácia em campo, sendo uma peça essencial no sistema de defesa do país.

O evento foi presidido pelo Comandante do Exército, General de Exército Tomás, e contou com a presença de oito generais do Alto Comando, dentre eles, o General de Exército Furlan, Chefe do Departamento de Ciência e Tecnologia; o General de Exército Novaes, Comandante de Operações Terrestres; e o General de Exército Lancia, Comandante Logístico.

O licenciamento do míssil MAX 1.2 AC marca mais um passo na trajetória do Brasil em direção à autossuficiência em defesa e segurança, além de reforçar o compromisso com a valorização dos heróis que contribuíram para a história do país.

 

BIZÚ Space é uma nova Empresa Estratégica de Defesa


*LRCA Defense Consulting - 07/10/2024

A BIZU Space, uma empresa aeroespacial brasileira dedicada a acelerar a exploração espacial com o desenvolvimento de tecnologias de foguetes, conquistou o selo de Empresa Estratégica de Defesa.

Criada em 2020 como um spin-off da equipe ITA Rocket Design do ITA (Instituto Tecnológico de Aeronáutica), sua jornada começou com um grupo de entusiastas colaborando em projetos de foguetes como um hobby. A empresa foi oficialmente incorporada em 2022. Esses dois anos iniciais foram cruciais para estabelecer sua cultura de equipe, entender o cenário de negócios aeroespaciais no Brasil e selecionar os melhores talentos para se juntar a ela.

A empresa se define como "apaixonada por desafios e inovação, ambos culminando no desenvolvimento de foguetes". Seu objetivo é reunir as mentes mais brilhantes do Brasil para trabalhar em prol de um objetivo comum: chegar ao espaço e torná-lo mais acessível e barato.
 
Para tanto, sua visão é se tornar a principal referência no setor espacial da América Latina e ganhar reconhecimento internacional ao atingir marcos espaciais e entregar valor aos clientes em todo o mundo, apoiando assim a exploração aeroespacial global. O seu principal valor vem da experiência dos seus fundadores no ITA, e é chamado de Disciplina Consciente.

Em dezembro de 2023, a BIZÚ Space ganhou tração significativa ao garantir dois contratos para apoiar o desenvolvimento do programa MLBR (Microlançador Brasileiro). O programa MLBR tem como objetivo realizar um sonho brasileiro de 1979, que é lançar um satélite brasileiro a partir de solo nacional em um foguete feito por brasileiros.

Serviços de Engenharia
A BIZU Space é especializada em serviços para a indústria de lançamento, incluindo sistemas e engenharia aeroespacial, planejamento de operações de lançamento e organização. Sua expertise se estende a simulações de voo suborbital e orbital, análise de segurança de voo e solo e obtenção de autorização de lançamento sob FAA Parte 450 e AEB REB 02.

Foguetes de Sondagem

A empresa desenvolve foguetes de sondagem como bancos de ensaio para sistemas de propulsão e de bordo. O Beija-Flor-1 (BF-1) foi seu primeiro foguete com propulsão sólida, telemetria e recuperação de paraquedas. Mais tarde, foi atualizado para BF-1E com o Bizu Composite Propellant (BCP).

Fabricação e Suporte a Projetos
Na BIZU Space, é fornecida impressão 3D avançada em metal para estruturas complexas, como motores de foguete, bombas, turbinas e impulsores, além de suporte completo de design e desenvolvimento.

BCP
O Bizu Composite Propellant (BCP) é um propelente sólido inteiramente desenvolvido usando materiais de origem local do Brasil. Este projeto foi iniciado para criar um propelente sólido livre de ITAR e independente de fornecedores estrangeiros, garantindo alta disponibilidade e custos reduzidos.

Microlauncher MLBR
O programa MLBR, financiado pela FINEP, foca no desenvolvimento do MLBR Microlauncher. Este veículo de lançamento é um esforço colaborativo entre sete empresas, com a CENIC servindo como coordenadora principal. A BIZU Space desempenha um papel crucial nesta iniciativa, contribuindo com expertise em sistemas e engenharia aeroespacial, desenvolvimento de propulsores e operações de lançamento.

Árion

O Arion é um motor de foguete líquido desenvolvido pela BIZU Space, utilizando Peróxido de Alto Teste (HTP) e querosene (Jet-A) como propelentes. Ele é projetado especificamente para o estágio superior do veículo de lançamento MLBR, fornecendo um alcance de empuxo entre 3-5 kN.​

O desenvolvimento do Arion é focado na otimização do desempenho do estágio superior em veículos de lançamento, aumentando tanto a capacidade de carga útil quanto a precisão de inserção orbital. O MLBR será o primeiro veículo a integrar esse motor.

Para dar suporte ao desenvolvimento do motor, a BIZÚ Space está construindo a Instalação de Testes T8, construída especificamente para testes rigorosos de qualificação em injetores, ignitores, sistemas de pressurização e câmaras de combustão. 

Atleta do Team TAURUS CBC conquista prata no Campeonato Mundial Júnior de Fossa Olímpica (Tiro ao Prato)

 


*LRCA Defense Consulting - 07/10/2024

No último domingo (06), Hussein Daruich, atleta do Team TAURUS CBC, conquistou a medalha de prata no Campeonato Mundial Júnior de Fossa Olímpica (Tiro ao Prato Olímpico) em Lima, no Peru!

Na final, disputada em até 50 pratos, os competidores se alternaram para cada disparo. Hussein encerrou sua brilhante participação com 39 acertos, ficando a apenas três pontos do espanhol Andres Garcia, que garantiu o ouro com 42 acertos.

“Comecei a treinar com meu tio Adl Darwich com quatro anos. Naquela época não tinha muita força para atirar, mas ele sempre estava junto comigo e me ajudava. Me carregou no colo porque sempre tive essa paixão pelo esporte. Com certeza, nada seria possível sem ele e meu pai, é claro, que está comigo nas viagens e me apoiando. Essa conquista não é só minha, é do Brasil e principalmente deles dois que fazem isso acontecer”. (Hussein Daruich – vice-campeão mundial júnior de Fossa Olímpica) 

Fossa Olímpica
Fossa Olímpica é uma prova olímpica de tiro desportivo, disputada por ambos os sexos. O objetivo é disparar sobre um número específico de alvos, ou pratos, em forma de disco com 11 cm de diâmetro, feitos com base em betume e calcário.

Em cada prova são lançados 125 pratos para os homens e 75 para as mulheres, em séries de 25 unidades. No final da fase classificatória, os seis atiradores com a maior soma de pratos quebrados disputam uma série final na qual se disputam as medalhas. A pontuação final é a soma do número de pratos quebrados da final com os pontos da fase classificatória. O prato é classificado como bom quando se quebra um pedaço visível para o juiz, caso o prato não se quebre é considerado prato perdido ou “zero”.

A pedana de fossa olímpica se divide em cinco posições e, para cada posição, encontram-se três máquinas lançadoras de pratos a 15 metros de distância enterradas em uma fossa. As máquinas lançam os pratos variando em ângulo, de 45° para esquerda até 45° para direita, e em altura. O prato possui uma velocidade inicial de cerca de 100 km/h, e é lançado imediatamente após um comando de voz do atirador, quando este está preparado com a arma empunhada no ombro. O atirador, ocupando um dos 5 postos, não possui conhecimento qual máquina irá lançar o prato.

O atirador pode dar dois disparos por prato (com exceção da fase final, em que só é permitido um), sendo indiferente se quebrar no primeiro ou no segundo disparo. O atirador tem o tempo que necessitar para disparar o tiro após o lançamento do prato, contudo o alvo se afasta cada vez mais dificultando o acerto. Geralmente o primeiro disparo se dá em 7 décimos de segundo e o segundo entre 9 à 10 décimos, necessitando de um alto nível de reflexo dos praticantes.

O recorde do mundo da modalidade corresponde ao máximo possível de pontos alcançados numa prova: 75 nas senhoras e 125 nos homens.

05 outubro, 2024

Embraer está adaptando o E190-E2 para aplicações militares


*Aviacioline, por Gaston Dubois - 05/10/2024

A Embraer está trabalhando em uma versão militarizada de sua família de aviões de fuselagem estreita E190-E2, otimizada como plataforma de missão especial.

Durante a atual edição da Exposição Internacional de Defesa do Exército da Coreia (KADEX), a renomada empresa aeroespacial brasileira começou a apresentar um conceito de sua aeronave E190-E2 configurada para missões especiais, com potenciais variantes para Aeronaves de Patrulha Marítima (MPA), Inteligência, Vigilância e Reconhecimento (ISR), Alerta Antecipado e Controle Aerotransportado (AEW&C), etc.

A Embraer possui experiência anterior na área, tendo demonstrado sua capacidade de transformar a plataforma da aeronave regional ERJ 145 em aeronaves de missão especial , obtendo diversos sucessos comerciais nesta área. No Brasil, a Força Aérea adquiriu cinco unidades E-99 AEW&C, equipadas com o radar sueco Erieye, e três R-99 ISRs para tarefas de inteligência. Na Grécia, a Força Aérea Helênica opera quatro aeronaves aerotransportadas de alerta precoce EMB-145-H, também com radar Erieye. No México, a Força Aérea Mexicana utiliza uma versão EMB-145-SA para missões de alerta antecipado (radar Erieye), enquanto duas aeronaves EMB-145-RS/MP são dedicadas a patrulhamento marítimo e operações de inteligência de fronteira. Além disso, a Força Aérea Indiana adquiriu três aeronaves EMB-145-I, que foram modificadas com um sistema de radar local AESA sob a designação Netra, para realizar missões AEW&C.

A família ERJ, estando fora de produção, tornou-se tecnologicamente desatualizada para missões especiais, onde os mais recentes modelos modificados de aeronaves executivas e comerciais estabeleceram novos padrões. Diante desse cenário, a Embraer parece ter redefinido sua estratégia, apresentando propostas inovadoras. O Preator P600 AEW&C, desenvolvido em parceria com a IAI-Elta, tem como alvo o “low end” do mercado. Por outro lado, para competir no “high end” contra os E-7 e P-8 , derivados do Boeing 737, a empresa brasileira busca posicionar seu E190-E2 como uma alternativa operacionalmente mais econômica.

O programa Sea Sultan, por meio do qual a Marinha do Paquistão busca converter até 10 Embraer Lineage 1000 (versão VIP do E190) em aeronaves de patrulha naval (MPA) e de guerra antissubmarina (ASW) para substituir sua frota de 6 P-3A Orion, poderia ser tomado como um precedente para as futuras aeronaves de missão especial E190-E2.

04 outubro, 2024

Taurus MIM: nasce uma nova e promissora indústria gaúcha


*LRCA Defense Consulting - 02/10/2024

A Taurus MIM estará presente na 33ª Mercopar (Feira de Inovação Industrial), no Rio Grande do Sul. O evento ocorrerá entre os dias 15 e 18 de outubro, no estande X23 do P341 - Pavilhão Azul, Centro de Feiras e Eventos da Festa da Uva, em Caxias do Sul.

Com um processo altamente tecnológico, que produz peças com geometrias complexas e tolerâncias apertadas em Metal Injection Molding (MIM), a Taurus mostrará na feira os diferenciais desta tecnologia, assim como algumas de suas aplicações, que podem ser utilizadas em diversos segmentos, como automotivo, aeroespacial, defesa, ortodontia, eletrônicos, instrumentos médicos, entre outros.

Assim, a Mercopar deste ano marcará a estreia da Taurus MIM, a nova e promissora unidade de negócios da Taurus Armas S.A. que, inclusive, já possui um site próprio em inglês, que pode ser acessado em https://taurusmim.com

A Taurus MIM poderá representar, no médio e longo prazos, uma inflexão significativa nos negócios e nos lucros da Taurus Armas S.A., na medida em que marca seu ingresso em um mercado bilionário e com poucos grandes players no mundo.

Para que se entenda as características e o potencial do novo negócio, esta editoria reposta abaixo informações de uma matéria recente.

Na LAAD Security & Defence 2024, a Taurus expôs, pela primeira vez em uma feira do setor, algumas de suas peças com a tecnologia M.I.M.

Indo-MIM é a maior exportadora de defesa da Índia e uma referência para o novo negócio da Taurus
O maior exportador privado de produtos de defesa da Índia não é o Tata Group com seus múltiplos acordos, ou outro player gigante do setor, como o Mahindra Group ou o Kalyani Group, que fechou acordos com a Armênia para suas armas de artilharia. Dados do Ministério da Defesa desse país divulgados nesta semana mostram que a Indo-MIM, sediada em Bengaluru, ocupa o primeiro lugar. 

Fundada em 1996, a Indo-MIM se tornou líder global em produtos de moldagem por injeção de metal (M.I.M.), atendendo clientes em mais de 45 países nas Américas, Europa e Ásia. Como um produtor de peças MIM totalmente integrado, destaca-se em design, ferramentas, materiais e operações abrangentes de acabamento e montagem. Além disso, é especializada em moldagem por injeção de cerâmica (CIM), fundição de investimento (IC), manufatura aditiva/impressão 3D, usinagem de precisão e soluções de automação. A Indo-MIM é a maior empresa de M.I.M. do mundo, com uma instalação bem estabelecida em Bangalore, Índia, e Texas, EUA, desenvolvendo mais de 6.000 variedades de peças/componentes M.I.M. para vários segmentos, como defesa, automotivo, consumidor, médico e aeronáutico.

Taurus: hub de peças para unidades produtivas no mundo
Somente duas fábricas de armas tem a tecnologia M.I.M. no mundo, e a Taurus é a única no Hemisfério Sul.

Em uma arma, estão presentes cerca de 14 peças de M.I.M. e a empresa, hoje, fabrica mais de 110 mil dessas peças por dia. A unidade fabril de São Leopoldo (RS) é a responsável pela fabricação e distribuição de peças M.I.M. para todas as unidades produtivas (Brasil, EUA, Índia e, provavelmente, Arábia Saudita).

Como a CBC, controladora da Taurus Armas S.A., adquiriu cerca de 27% do Grupo Colt CZ neste ano, a alta direção da Taurus já visitou as sedes da CZ, na República Tcheca, e da Colt CZ, nos Estados Unidos, enquanto que a equipe da Colt CZ, por sua vez, esteve em visita à Taurus, em São Leopoldo. Durante essas visitas, foram encontradas importantes sinergias entre as duas empresas, que devem potencializar a produção da Taurus. A primeira delas se transformará em um novo e promissor negócio para a multinacional gaúcha, representado pela produção de peças M.I.M. e de peças usinadas por processo robótico (Taurus 4.0) para uso em armas produzidas pelo Grupo Colt CZ em várias partes do mundo.

Um novo centro de negócios
Em 2021, a Taurus Armas adquiriu o mais moderno e atualizado equipamento para processamento M.I.M. Fabricado pela empresa alemã Cremer Thermoprozessanlagen GmbH - líder mundial em fornos contínuos de debinding e sinterização - o MIM Master NEO XL é a mais recente tecnologia da Cremer para a produção em larga escala de peças metálicas complexas com alta produtividade e significativa redução de custos de energia e operação.

Em 2024, a empresa, em linha com a estratégia de investimento em tecnologia de equipamento e em pesquisa e desenvolvimento de materiais, anunciou que está previsto para o 2º semestre a chegada de um novo forno elétrico contínuo de M.I.M. O equipamento proporcionará maior eficiência e produtividade, além da utilização de maior gama de ligas metálicas (grafeno, nióbio etc.), levando à uma significativa redução de custos. 

Com esse forno de última geração, que deverá começar a operar ainda neste ano, a Taurus dobrará a capacidade instalada do M.I.M., o que permitirá ampliar a venda para terceiros em diferentes negócios e mercados, com o M.I.M. se tornando um novo centro de negócios da Taurus.

O novo forno, combinado com a utilização da fórmula própria do composto (veja abaixo), além de gerar uma economia de custos de cerca de 25% e tornar a empresa independente de fornecedores estrangeiros desse material, possibilitará dobrar as vendas de produtos M.I.M., podendo gerar uma significativa receita adicional, já que a intenção da empresa é passar a ofertar tais produtos em nível global, diferentemente do âmbito local atual. Isso sem contar com a eventual comercialização do próprio composto M.I.M. produzido pela Taurus.

Como está explicado em detalhes no último item desta matéria, a importância do processo M.I.M reside no fato de ser capaz de produzir grandes quantidades de peças de altíssima complexidade geométrica, garantindo toda a precisão necessária, por um custo muito competitivo. 

De acordo com a capacidade instalada e com a demanda do mercado, a intenção da empresa é expandir os negócios de produtos M.I.M., podendo assim, à semelhança da indiana Indo-MIM, atender também outros segmentos, além do armamento leve, como defesa (amplo), automotivo, médico/odontológico e aeroespacial.

Forno elétrico contínuo de M.I.M da Taurus

Fórmula própria
Como só duas empresas no mundo produzem o composto para injeção de metal, os engenheiros do CITE - Centro Integrado de Tecnologia e Engenharia BR/EUA da empresa desenvolveram uma fórmula interna, viabilizando a injeção de metal (M.I.M.) com 25% do composto produzido pela própria fábrica, inclusive com a adição de grafeno e nióbio.

Assim, a multinacional brasileira líder em vendas de armas no mundo já está fabricando 25% de todo o composto M.I.M. que necessita para produzir as peças em polímero de suas armas e acessórios.

O fato é significativo na medida em que possibilita a verticalização do processo produtivo, gera uma economia de custos também na ordem de 25% e está tornando a empresa independente de fornecedores estrangeiros desse material.

No primeiro semestre de 2024, a receita com venda de produtos M.I.M. para terceiros foi de RS 8,56 milhões, representando 1% da receita total da empresa. Com o aumento e diversificação da produção e dos clientes, espera-se que essa receita possa se multiplicar nos próximos anos, tornando-se um dos grandes negócios da Taurus.

Mercado global
Entre os principais mercados globais, além do Brasil, estão Índia e Estados Unidos, onde a empresa já está presente e tem canais de venda e de distribuição, mas os países tecnológicos das regiões Ásia-Pacífico e Oriente Médio são também muito promissores.

O tamanho do mercado global de peças de moldagem por injeção de metal (peças M.I.M.) foi de cerca de US$ 2,5 bilhões em 2022, devendo atingir US$ 3,4 bilhões em 2028, exibindo um CAGR (crescimento anual) de 5,7% durante o período de previsão. O mercado pode ser segmentado em automotivo, eletrônico, componentes industriais, médicos e odontológicos, armas de fogo, produtos de consumo, entre outros.

Espera-se que as regiões Ásia-Pacífico e Oriente Médio testemunhem um grande crescimento na participação de mercado de peças moldadas por injeção de metal, devido à crescente demanda por eletrônicos de consumo e automóveis. O aumento da população e o aumento dos níveis de renda também estão contribuindo para o desenvolvimento do mercado. Prevê-se que o aumento dos investimentos dos principais players do mercado para os empreendimentos de P&D e a ampliação de suas capacidades de produção e portfólios de produtos aumentem o crescimento. A expansão do mercado regional está sendo auxiliada pela evolução tecnológica.
Peças de armas produzidas pelo processo M.I.M.

Tecnologia M.I.M. - Metal Injection Molding
A tecnologia M.I.M. permitiu a produção de peças de geometria complexa, com baixo custo e alto volume, dispensando a necessidade de fornecedores externos utilizados pela maioria dos fabricantes de armas, com grande vantagem sobre processos tradicionais, como microfusão e usinagem. Esta tecnologia de alta performance une a resistência mecânica dos metais com a versatilidade de forma dos polímeros, a partir da injeção dos componentes, com posterior processo térmico de remoção dos polímeros e sinterização.

Assim, o M.I.M. combina dois processos comprovados: moldagem por injeção de plástico e sinterização de alta densidade. O processo molda a liga metálica como se fosse plástico e, com o avanço da tecnologia, foi realmente refinado ao ponto de as peças poderem ser fabricadas de forma rentável utilizando os aços de alta qualidade atuais.

O processo M.I.M. é ideal para a produção de componentes metálicos relativamente pequenos (de 1 a 50 gramas), de formato complexo, com tolerância restrita, alta resistência e muito bons requisitos de acabamento superficial, haja vista que as diversas partes precisam ser fortes o suficiente para suportar as pressões que se desenvolvem ao disparar uma arma.

Muitas peças pequenas e complexas não podem ser produzidas usando usinagem tradicional; ou, se puderem ser usinadas, o processo será tão extenso que se tornará proibitivamente caro. Outras peças podem ser fundidas, mas requerem operações secundárias, como usinagem para adicionar recursos e polimento para melhorar o acabamento superficial. O processo M.I.M., entretanto, oferece grande flexibilidade em termos de design, formato e recursos da peça. As peças M.I.M. têm formato quase final sem exigir operações secundárias.

Uma outra grande vantagem na utilização desta tecnologia é que o processo M.I.M. não se aplica apenas aos aços, permitindo uma ampla seleção de ligas metálicas, incluindo aço inoxidável, aços-liga, aços para ferramentas, latão, cobre, titânio, tungstênio, cerâmica e muitas ligas especiais, como o aço inoxidável sem níquel ASTM F17 e, mais recentemente, ligas com grafeno e nióbio, ambas desenvolvidas pela Taurus e seus parceiros.

Lançados o Cluster Naval e o Cluster Tecnológico Naval da Bahia


*LRCA Defense Consulting - 04/10/2024

Nesta quinta-feira, 03 de outubro, foi lançado o Cluster Naval da Bahia. O Cluster é uma associação que reúne empresas, instituições acadêmicas e órgãos governamentais interessados em fomentar o crescimento da Economia do Mar, por meio de debates, negociações e projetos que integram tecnologia, sustentabilidade e desenvolvimento econômico.

A programação teve início com um seminário na Associação Comercial da Bahia (ACB) que contou com a presença além de seu presidente, Sr. Paulo Sérgio Costa Pinto Cavalcanti, do ex-Comandante da Marinha, Almirante (RM-1) Ilques, do Comandante de Operações Navais, Almirante Mello, do Comandante do 2º Distrito Naval, Almirante Cambra, do Presidente do Cluster Tecnológico do Rio de Janeiro, Almirante (RM-1) Da Silva, do Diretor Técnico-Comercial da EMGEPRON, Almirante (RM-1) Gurgel, do Presidente da CODEBA, Sr. Antônio Gobbo, e do Sr. Eduardo Athayde, Presidente do Comitê da Amazônia Azul da Associação Comercial da Bahia, além de importantes nomes da sociedade local.

O evento teve início com uma apresentação do Almirante Ilques sobre a "Economia do Mar" com enfoque nas suas perspectivas e implicações no Brasil e no mundo, sendo seguido de palavras do Comandante de Operações Navais sobre a importância do relacionamento da Marinha do Brasil e o Cluster Naval e por fim com uma apresentação do Diretor Técnico-Comercial da EMGEPRON que tratou das capacidades e possibilidades negociais da empresa junto ao Cluster Naval da Bahia; tendo sido encerrado com as palavras do Sr. Athayde sobre a importância do evento e do envolvimento de todas as instâncias da sociedade baiana para que ele se tornasse realidade.

Na sequência, o Farol da Barra sediou a cerimônia de lançamento oficial do Cluster Tecnológico Naval da Bahia, um projeto que visa promover o avanço das atividades econômicas ligadas ao setor marítimo, também conhecida como Economia Azul. Tal esforço abrange iniciativas relacionadas a oceanos, mares e rios, com foco em sustentabilidade e governança.

Com o lançamento do Cluster, a Bahia espera se posicionar como um centro de inovação e excelência no setor marítimo, atraindo investimento e novas empresas, enquanto fomenta a criação de empregos e reforça seu compromisso com a sustentabilidade e a governança no desenvolvimento da Economia do Mar.

Marinha sedia Reunião de Projetos de Interesse da Defesa


*Agência Marinha de Notícias - 03/10/2024

A Marinha do Brasil, por meio da Diretoria-Geral de Desenvolvimento Nuclear e Tecnológico da Marinha (DGDNTM), sediou a 22ª Reunião de Projetos de Interesse da Defesa (REPID), organizada pelo Ministério da Defesa (MD). Autoridades e especialistas do setor de Ciência, Tecnologia e Inovação participaram do encontro.

O evento ocorreu de 1º a 3 de outubro de 2024, no Comando da Força de Submarinos, situado no Complexo Naval de Itaguaí (CNI), Rio de Janeiro, com o objetivo de promover o desenvolvimento de projetos estratégicos para fortalecer as capacidades das Forças Armadas e da Base Industrial de Defesa (BID).A REPID foi aberta pelo Secretário de Produtos de Defesa (SEPROD), Tenente-Brigadeiro do Ar Heraldo Luiz Rodrigues, seguida pelo pronunciamento do anfitrião, o Diretor-Geral de Desenvolvimento Nuclear e Tecnológico da Marinha, Almirante de Esquadra Alexandre Rabello de Faria.Segundo o SEPROD, a cooperação entre os envolvidos é essencial para o sucesso dos projetos de Ciência, Tecnologia e Inovação (CT&I) desenvolvidos pelas Forças Armadas.

O SEPROD destacou a importância da gestão eficiente dos projetos de Ciência, Tecnologia e Inovação - Imagem: 3SG-ET Coronha“Os projetos priorizados pelas Forças Armadas, ajustados às linhas estratégicas de Defesa e às demandas de órgãos de fomento, resultaram em melhor aproveitamento dos recursos e recebimento para os projetos em CT&I. Alinhar os projetos às diretrizes estratégicas da Defesa traz a garantia do trabalho em prol de um objetivo comum, fortalecendo a capacidade de resposta das Forças Armadas e assegurando a proteção do Brasil”, explicou o Tenente-Brigadeiro Heraldo. Para o Diretor-Geral, o evento foi uma oportunidade singular de promover ainda mais a integração entre as Forças Armadas, o setor industrial e a academia.

O DGDNTM comentou que sediar o evento reforça o compromisso contínuo da Marinha com o avanço da Ciência, Tecnologia e Inovação foi um fórum importante para promover o intercâmbio de experiências, a discussão de projetos e a coordenação de esforços, incentivando a obtenção e o aprimoramento de capacidades, com base no desenvolvimento científico e tecnológico, com a cooperação da comunidade científica e a participação da indústria nacional. Dessa forma, avançamos continuamente na modernização e na capacitação das nossas Forças Armadas. Além disso, criamos oportunidades para gerar a sinergia necessária ao fortalecimento de setores estratégicos, como o nuclear, o cibernético e o espacial, bem como para a Base Industrial de Defesa.

 

Os processos de obtenção de capacidades militares são reconhecidamente indutores de desenvolvimento científico, tecnológico e industrial, contribuindo para fortalecer a soberania do nosso País e assegurar a defesa dos nossos interesses”, afirmou o Almirante de Esquadra Rabello. 

Durante o evento, foi apresentada a proposta de criação de Grupos de Trabalho Temáticos Interforças (GTTI), no qual cada Força será responsável pela liderança de um grupo de pesquisa, definidos em quatro temas: grupo sobre Interoperabilidade de Comunicações, a ser coordenado pela Seção de Operações do Comando e Controle do Ministério da Defesa, grupo sobre Materiais Avançados, coordenado pela Marinha do Brasil, grupo sobre Tecnologias Quânticas, coordenado pelo Exército Brasileiro, e grupo sobre Sistemas de Navegação Inercial, de responsabilidade da Força Aérea Brasileira.

A DGDNTM, o Departamento de Ciência e Tecnologia (DCT) do Exército e o Departamento de Ciência e Tecnologia Aeroespacial (DCTA) da Força Aérea apresentaram considerações sobre projetos e programas estratégicos, ressaltando a importância de iniciativas que fortalecem o setor de Defesa. Além disso, foram expostos os resultados alcançados em parceria com a Financiadora de Estudos e Projetos (FINEP), pelo presidente Celso Pansera. Houve ainda a apresentação da Portaria de Apoio à Governança em CT&I, realizada pelo Departamento de Ciência, Tecnologia e Inovação (DECTI), e a apresentação dos resultados das deliberações da Ata da 21ª REPID/2023, além de debates sobre as propostas em andamento. 

O diretor de inovação da FINEP, Elias Ramos, afirmou que a REPID é essencial para unir esforços entre o Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI), o Ministério da Defesa, as Forças Armadas e a FINEP. O objetivo dessa colaboração é fortalecer a Defesa e a Base Industrial, promovendo maior autonomia tecnológica e redução da dependência estrangeira em materiais de defesa. Ele também ressaltou a recuperação e o descontingenciamento do Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (FNDCT) como fundamental para o avanço da política de inovação associada à política industrial. Elias destacou, ainda, que somente em 2023 foram contratados projetos na área de Defesa e Aeroespacial no valor de R$ 1,1 bilhão em recursos de subvenção econômica, não reembolsáveis. Esses valores são altamente representativos. “A FINEP prosseguirá com expressivos investimentos, em especial por meio do Programa Pró-infra, do Mais Inovação e dos programas estratégicos nacionais e de autonomia em tecnologias críticas de Defesa”, ressaltou.

Outro tema importante abordado foi a V Conferência Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação, conduzida pelo Diretor do Centro de Gestão e Estudos Estratégicos (CGEE), Anderson Gomes. O representante da unidade de pesquisa, vinculada ao Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), explanou sobre a relevância da Conferência para o fortalecimento da agenda de CT&I no Brasil.Além das apresentações e discussões de projetos, o evento proporcionou um espaço para debates sobre o avanço da governança em projetos de Ciência e Tecnologia, com ênfase na inovação e na entrega de resultados para a sociedade e para as Forças Armadas. O assessor de Ciência, Tecnologia e Inovação da DGDNTM, Vice-Almirante Alfredo Martins Muradas, pontuou a importância estratégica do evento e das visitas realizadas.

“A REPID contribuiu para novas iniciativas interoperáveis e integradoras da área de Ciência, Tecnologia e Inovação das Forças Armadas e do MD. As visitas ao Estaleiro de Construção, ao elevador de navios, a maquete 3D do CNI e ao Departamento de Treinadores e Simuladores (DTS) permitiram demonstrar na prática o desenvolvimento tecnológico da Marinha do Brasil e reforçaram a importância de projetos inovadores para a Defesa Nacional. Esse tipo de interação busca caminhos para que o conhecimento científico gere processos de inovação e produtos de defesa, tanto para as Forças Armadas quanto para a nossa Base Industrial de Defesa, fomentando o desenvolvimento científico-tecnológico e, por consequência, o desenvolvimento sustentável do País”, afirmou o Almirante Muradas.

Setor aeroespacial e de defesa brasileiro está em plena transformação


*Mirelly Silveira, via LinkedIn - 04/10/2024

O setor aeroespacial e de defesa brasileiro está em plena transformação. Os anos de 2023 e 2024 marcaram uma verdadeira virada no cenário, com movimentos estratégicos de grandes empresas e aquisições que reforçam a relevância do país no setor. 

Entre os destaques, vimos a compra da SIATT e da Condor pela gigante árabe EDGE, o crescimento meteórico da EVE e o investimento de R$ 2 bilhões da Embraer no Brasil. A unidade de defesa e segurança da Embraer viveu um momento inédito, com pedidos internacionais (backlog) superando os nacionais pela primeira vez, impulsionados pelo sucesso global do C-390. 

Agora, o retorno da Avibras, em fusão com outro grande nome da defesa, Akaer. Isso sem mencionar os investimentos da FINEP em editais que, somados, ultrapassaram R$ 300 milhões para área aeroespacial, e ainda a Mac Jee, que nos últimos anos investiu mais de R$ 120 milhões em suas fábricas. 

Esse movimento causará a "explosão" de centenas de pequenas e médias empresas no setor. Desde 2023, a BID - Base Industrial de Defesa passou a contar com 1.365 Produtos de Defesa (PRODE) e Produtos Estratégicos de Defesa (PED); e com 290 Empresas de Defesa (ED) e Empresas Estratégicas de Defesa (EED), sendo esse número crescente e passando de 100 em 2024. Muito disso ocorreu por questões geopolíticas e cenários mundiais, mas também houve o reposicionamento brasileiro nos últimos cinco anos em relação à fomentar a base industrial de tecnologia aeroespacial e, sobretudo, a BID. Esta última acumulou R$ 8,4 bilhões em vendas para o exterior entre janeiro e julho deste ano.

Neste ano, espera-se que um terço dos países membros da OTAN atinja a meta de gastar 2% do PIB em defesa, incluindo a Finlândia, recentemente admitida na organização. Nos EUA, os gastos com defesa podem ultrapassar US$ 880 bilhões. Na Ásia, países como Japão, Filipinas, Taiwan e Paquistão, além de China e Índia, estão aumentando significativamente seus orçamentos devido ao risco de conflitos. Nos países árabes, como os Emirados Árabes Unidos, a demanda por armamentos cresce, apesar de dificuldades de fornecimento devido a restrições geopolíticas e produção limitada. E agora o Brasil, mostrando seu empenho em garantir a soberania nacional.

Um novo capítulo mundial, e o Brasil se preparando para fazer parte dele!

*Mirelly Silveira possui formação em Engenharia Aeronáutica; realiza um doutorado especializado na área de inteligência artificial aplicada a nanomateriais, computação quântica e semicondutores; e possui ainda uma sólida base em ciência de dados e experiência em investimentos.

03 outubro, 2024

Governo propõe criação da Alada, a empresa aeroespacial brasileira


*LRCA Defense Consulting - 03/10/2024

O  presidente Luiz Inácio Lula da Silva assinou nesta quinta-feira, 3 de outubro, o Projeto de Lei (PL) de criação da Alada, uma empresa pública aeroespacial. O objetivo é explorar economicamente a infraestrutura e navegação aeroespaciais e as atividades relacionadas ao desenvolvimento de projetos e equipamentos aeroespaciais.

Subsidiária da NAV Brasil, também ficará responsável pela realização de projetos e atividades de apoio ao controle do espaço aéreo.

Conforme o Ministério da Defesa, o PL de criação da Alada, enviado nesta quinta-feira ao Congresso Nacional, atende a diversos imperativos de segurança nacional ao apoiar o desenvolvimento científico, a pesquisa, a capacitação científica e tecnológica e a inovação; ao contribuir para a segurança do país, em particular do espaço aéreo; e ao promover o desenvolvimento econômico e social em prol do bem-estar da sociedade.

Em linha com a Estratégia Nacional de Defesa, busca a autossuficiência do Brasil em materiais aeronáuticos, espaciais e bélicos. E poderá minimizar a forte dependência de fornecedores estrangeiros, especialmente para materiais que envolvem tecnologias sensíveis e que sofrem restrições para a exportação, por critérios políticos dos governos dos seus fabricantes.

Modirum Defence e Gespi anunciam investimento estratégico na produção de munições de 155mm


*LRCA Defense Consulting - 03/10/2024

Após a recente aquisição da participação majoritária no fabricante de defesa latino-americano Gespi, a Modirum Defence tem o prazer de anunciar um investimento significativo nas instalações da Gespi. Esta estratégia visa aprimorar a capacidade de produção, com foco no desenvolvimento de munições de alta qualidade e padrão NATO de 155mm, um recurso essencial para operações militares.

A partir de abril de 2025, Modirum e Gespi iniciarão a produção regular de munições de 155mm, com um volume mensal constante em unidades. Essa expansão atende à crescente demanda global por munições de alta precisão e capacidade, com planos para aumentar os volumes de produção conforme as exigências do mercado. Esse investimento reforça o compromisso da Modirum Defence em aprimorar a prontidão militar e garantir cadeias de suprimentos robustas para as forças de defesa em todo o mundo.

Fortalecimento das Capacidades de Defesa Moderna
As munições de artilharia de 155mm são essenciais para as estratégias militares, fornecendo poder de fogo de longo alcance e superioridade no campo de batalha. O investimento da Modirum Gespi reflete o compromisso em fornecer soluções avançadas que estejam alinhadas com as demandas crescentes das forças armadas modernas. Acelerando o plano de produção, a Modirum Defence demonstra uma abordagem dinâmica para reforçar suas capacidades de defesa e garantir um fornecimento confiável desse produto  de alta demanda no mercado internacional.

Elias Silvola, CEO da Modirum Defence, afirmou: “Este investimento estratégico na produção de munições de 155mm de padrão NATO marca um marco significativo em nossa trajetória de crescimento. Ao expandir nossas capacidades de produção, reforçamos nosso papel como um player chave na indústria de defesa global. Mais importante ainda, estamos comprometidos em garantir um fornecimento seguro de munições de alta qualidade e precisão para as forças de defesa em todo o mundo.”

João B. Scarparo, CEO da Gespi, acrescentou: "Estamos entusiasmados em ver que nossa parceria com a Modirum Defence já está resultando em investimentos significativos. Essa colaboração nos permite expandir nosso portfólio com tecnologias avançadas e lançar novos produtos que atendam às demandas crescentes do mercado de defesa, garantindo soluções inovadoras que atendam às necessidades críticas de nossos clientes."

Jussi Tammelin, EVP Nórdico na Modirum Defence, completou: “A Gespi há muito tempo é reconhecida pela sua fabricação de munições de alta qualidade. A expansão para munições de artilharia de 155mm marca um desenvolvimento significativo e estratégico, ampliando ainda mais o já extenso e diversificado portfólio da Gespi. Nosso foco está em fornecer munições que atendam aos padrões da NATO e superem as expectativas do mercado. Estamos também explorando ativamente tecnologias avançadas para melhorar a precisão e a eficácia das nossas munições de 155mm, como inovações em tecnologias de espoletas e aprimoramentos nos sistemas de mira.”

Crescimento Estratégico e Expansão do Portfólio
Este investimento segue a aquisição da Gespi pela Modirum Defence, posicionando a empresa como líder global no crescente setor de defesa, com capacidade para fornecer soluções completas aos clientes em todo o mundo. Ao integrar suas soluções avançadas de inteligência artificial crítica à missão com a expertise de fabricação de hardware militar da Gespi, a Modirum Defence continua a expandir seu portfólio de tecnologias de defesa. Esse crescimento reforça o papel da empresa como um fornecedor chave de soluções de defesa completas e inovadoras, desde a produção de munições avançadas até sistemas impulsionados por inteligência artificial. 

Sobre a Modirum Defence
A Modirum Defence faz parte do Modirum Group, uma empresa multinacional especializada em soluções tecnológicas para os setores globais de Defesa, Telecomunicações, Comunicações Críticas, Governamentais e Bancários.

 A Modirum Defence é uma empresa líder em tecnologia, desenvolvendo soluções avançadas para os desafios de defesa modernos. Com operações na Finlândia, EUA, Reino Unido e Oriente Médio, a Modirum Defence é dedicada a fortalecer a liderança da Europa em tecnologia de defesa, garantindo os mais altos padrões de segurança e confiabilidade.
Saiba mais sobre nossas soluções aqui e siga-nos no LinkedIn e YouTube.

Sobre a Gespi
Com uma rica história de 50 anos, sediada em São José dos Campos, Brasil, a Gespi tornou-se uma empresa significativa na indústria de defesa da América Latina e foi classificada como Empresa Estratégica de Defesa (EED) pelo Ministério da Defesa Brasileiro, como fornecedora de produtos estratégicos para as Forças Armadas Brasileiras. A empresa fabrica uma ampla gama de produtos, incluindo munições pesadas, foguetes, lançadores de foguetes, bombas aéreas e de uso geral, embarcações de patrulha de fronteira e outras plataformas militares. A extensa experiência da Gespi em atender forças armadas e agências governamentais, combinada com sua expertise no desenvolvimento de produtos especializados para defesa e segurança pública, destaca seu compromisso com segurança, inovação e excelência.

02 outubro, 2024

Ministério da Defesa tcheco vai adquirir duas aeronaves de transporte Embraer C-390 Millennium


*Ceské Noviny - 02/10/2024

O Ministério da Defesa da República Tcheca vai adquirir duas aeronaves de transporte médio Embraer C-390 Millennium. O preço total do contrato, incluindo equipamento adicional que permite o combate a incêndios ou a evacuação dos feridos, é de 11,3 mil milhões de coroas (US$ 493 milhões) sem IVA. A compra foi aprovada hoje pelo governo, disse a ministra da Defesa, Jana Černochová (ODS), em conferência de imprensa após a reunião de gabinete. A Defesa iniciou negociações com a empresa brasileira Embraer no outono passado. Os aviões podem ser usados, entre outras coisas, para transportar equipamento militar pesado e pessoas.

O ministério quer fechar o contrato com o fabricante dentro de algumas semanas, a primeira máquina deverá estar à disposição dos militares no próximo ano. “O Exército da República Checa ganhará novas capacidades no transporte de pessoas e materiais pesados ​​em distâncias mais longas, porque atualmente não temos aviões para evacuar um grande número de pessoas de áreas de crise, que também teriam a segurança adequada”, disse Černochová. Segundo ela, isso foi demonstrado pelas evacuações do Afeganistão e do Sudão ou pela recente evacuação de Israel.

“Este ano esperamos um adiantamento de oito mil milhões de coroas, graças ao qual receberemos a primeira máquina no próximo ano”, afirmou o ministério. A República Tcheca deverá receber a segunda aeronave em 2027 ou 2028.

Segundo o ministro, a República Tcheca adquirirá a aeronave em condições semelhantes às de outros países aliados. Por exemplo, Portugal, Hungria e Áustria compram o mesmo. Além dos próprios aviões, a defesa também adquirirá equipamentos adicionais, como módulo aéreo de combate a incêndios, módulo de reabastecimento em voo ou módulo de transporte de pacientes.

“O contrato inclui também a aquisição de equipamento de terra, o fornecimento inicial de peças sobressalentes ou a formação de pessoal”, afirmou o ministério num comunicado de imprensa. O montante total de 11,3 mil milhões de coroas excluindo IVA inclui também uma reserva cambial. O IVA é de 21 por cento, pelo que o preço deveria ser de 13,7 mil milhões de coroas, de acordo com os cálculos do ČTK.

A aeronave, que tem capacidade de decolar e pousar em aeroportos com pistas não pavimentadas, pode transportar até 26 toneladas de carga, segundo o ministério, ou acomodar 80 passageiros ou 64 paraquedistas totalmente armados. “O alcance, como acontece com todas as máquinas de transporte, varia de acordo com o peso da carga transportada. Uma aeronave totalmente carregada (26 toneladas) tem alcance de 2.000 quilômetros, com uma carga de 23 toneladas depois 2.720 quilômetros e com uma carga de 14 toneladas, 5.020 quilômetros, o alcance máximo é então superior a 6.000 km, com tanques adicionais de até 8.000 km", disse o ministério.

Segundo o ministério, o módulo de combate a incêndios em voo permitirá o deslocamento de aeronaves para auxiliar o sistema integrado de resgate no manejo de incêndios de grande porte. “Também estamos comprando um módulo para os aviões que permitirá o reabastecimento em voo, um módulo para transporte de pacientes, incluindo a possibilidade de colocação de macas para pacientes que necessitam de cuidados intensivos, tanques de combustível adicionais para ampliar o alcance, um sistema de autoproteção para operações em ambientes perigosos, um sistema de distribuição de combustível no solo FARP e um módulo para operações de Busca e Resgate", disse a agência. Os aviões também contarão com equipamentos para transporte de passageiros de alto padrão e repetidor GPS para forças especiais.

A indústria de defesa checa estará envolvida no contrato, o ministério assinou hoje um acordo de cooperação industrial, disse Černochová. Segundo ela, o valor estimado dos programas de cooperação industrial é superior a 82,3 milhões de dólares (1,87 mil milhões de coroas).

“Os projetos dizem respeito à expansão da produção existente na empresa Aero Vodochody e à cooperação da empresa estatal LOM Praha para garantir o ciclo de vida da aeronave adquirida”, acrescentou a ministra. Segundo ela, a Embraer também irá cooperar com universidades da República Tcheca na área de veículos autônomos e de voo.
 

Embraer fortalece cooperação industrial com a República Checa com foco no C-390 Millennium


*LRCA Defense Consulting - 02/10/2024

A Embraer, líder global na indústria aeroespacial, dá um grande passo à frente ao assinar um Acordo de Cooperação Industrial (ICA) com o Ministério da Defesa Tcheco (MOD). Este acordo estratégico reflete o profundo comprometimento da Embraer em fortalecer sua parceria de longo prazo com a República Tcheca, visando aprimorar as capacidades industriais e tecnológicas locais, ao mesmo tempo em que promove a inovação, cria empregos altamente qualificados e contribui para o crescimento do setor aeroespacial e de defesa do país.

Acordos separados também assinados durante a cerimônia aumentarão a participação da Aero Vodochody no programa C-390 Millennium e a troca de conhecimento, transferência de know-how e experiência para a LOM Praha.

A Diretora Geral de Cooperação Industrial do Ministério da Defesa Tcheco, Sra. Radka Konderlova, acrescentou: “A cooperação industrial é uma parte importante de todos os projetos de armamento estratégico, incluindo a aquisição da aeronave C-390 Millennium. Graças ao seu envolvimento de longo prazo com a indústria tcheca, que remonta à fase de desenvolvimento do C-390, a Embraer foi uma excelente parceira durante as negociações do Acordo de Cooperação Industrial. A empresa conseguiu propor projetos que contribuirão significativamente para garantir os interesses essenciais de segurança da República Tcheca. Além disso, a Embraer se compromete a explorar mais oportunidades de trabalhar com a indústria tcheca para expandir e fortalecer sua cadeia de suprimentos global”.

“Estamos entusiasmados em estender nossa cooperação com a República Tcheca, uma nação com uma rica história em aeroespacial e defesa. A Aero Vodochody, a LOM Praha e as universidades locais são parceiras essenciais. Estamos ansiosos para trabalhar juntos enquanto contribuímos para o crescimento da indústria aeroespacial tcheca”, disse Jose Gustavo, vice-presidente de Vendas e Desenvolvimento de Negócios da Embraer Defesa & Segurança para a Europa e África.

“A cooperação bem-sucedida entre a Aero e a Embraer, que iniciamos em 2011, está se aprofundando constantemente. Somos fornecedores exclusivos de peças para as aeronaves C-390 Millennium, participamos tanto na sua produção como no seu desenvolvimento. Somos o principal parceiro da Embraer na República Tcheca e um dos mais importantes de toda a Europa Central. Estamos agora a atingir um novo objetivo e 2024 é um ponto de viragem para nós. A assinatura do aditivo ao contrato é um passo importante não só para a Aero, mas também para toda a República Checa. Este projeto estratégico tem um impacto positivo no desenvolvimento sustentável de toda a indústria da aviação checa, que a Aero representa. O efeito no emprego, no desenvolvimento de inovações, no know-how e no fortalecimento da nossa posição no mercado global também é positivo.", disse o Sr. Viktor Sotona, Presidente e CEO da Aero Vodochody.

Filip Kulštrunk, vice-presidente executivo da Aero, acrescentou: “A expansão da nossa cooperação com a Embraer é o resultado de um esforço conjunto para entregas estáveis, maior envolvimento das empresas tchecas no programa e um rápido aumento na capacidade de produção para que possamos responder ao crescente interesse nas aeronaves C-390. Gostaria de agradecer ao Ministério da Defesa da República Tcheca e à empresa Embraer pela cooperação e apoio, que foram fundamentais para a concretização deste acordo. Sem o seu apoio e confiança contínuos, esta expansão da parceria não teria sido possível.”

“Este acordo de cooperação é um marco importante para a LOM Praha. Cooperar com a Embraer é para nós a oportunidade perfeita para adquirir uma experiência e know-how significativos em aeronaves de transporte militar de nova geração”, disse o Sr. Jiří Protiva , CEO da LOM Praha.

O novo contrato confirma o fortalecimento da parceria entre Aero e Embraer para garantir a segurança de fornecimento de longo prazo para o programa C-390. Um elemento-chave desta cooperação é o aumento da participação checa na produção, incluindo a transferência de parte da produção diretamente para a Aero e para outros fornecedores checos.

Além disso, a produção da aeronave será aumentada significativamente – de quatro conjuntos em 2024 para oito em 2025, com o objetivo de produzir até doze conjuntos por ano nos anos seguintes. O aumento reflete a crescente procura pelo C-390, com a Coreia do Sul, a Áustria e os Países Baixos a tornarem-se novos clientes nos últimos dois anos, e espera-se outra aquisição por parte do Ministério da Defesa Checo.


Com base no aumento planejado da produção e no aumento da participação da Aero no programa C-390, espera-se que o valor total anual das entregas ultrapasse 700 milhões de coroas e cresça nos anos seguintes. Esta cooperação representa não apenas benefícios econômicos significativos para a Aero e a República Checa, mas também novos investimentos em tecnologias que permitirão à Aero oferecer as suas capacidades únicas a outros clientes no domínio da aviação civil e militar na Europa Ocidental. 

A compra de aeronaves C-390 pela República Tcheca é fundamental para manter a capacidade de produção da Aero. Se a aquisição e o acordo de cooperação industrial relacionado não se concretizassem, a Embraer poderia transferir a produção para outro país no futuro, o que teria um impacto negativo no emprego e no desenvolvimento das capacidades tecnológicas da indústria checa.

A Aero está envolvida no programa C-390 Millennium desde o seu início em 2011 e é responsável pela fabricação da fuselagem traseira, portas para paraquedistas e tripulação, portas de emergência, escotilhas, rampa de carga e bordo de ataque. Graças à parceria de longo prazo com a Embraer, a Aero está agora a aumentar significativamente a produção, não só expandindo a sua capacidade de exportação, mas também criando novos empregos na República Checa. O programa C-390 tornou-se um sucesso global e, além do Brasil, de Portugal e agora da Hungria, onde a aeronave já está em serviço, também será entregue à Áustria, à Holanda e à República da Coreia, enquanto também é deverá ser implantado na República Checa.

A empresa estatal Maintenance Repair and Overhaul, LOM Praha, se beneficiará da troca de conhecimento sobre a manutenção da aeronave C-390, preparando seus técnicos para executar atividades de manutenção orgânica e intermediária, e permitindo que a empresa seja integrada ao gerenciamento do ciclo de vida do C-390. Além disso, este acordo também permitirá que as empresas explorem mais oportunidades em serviços e suporte para o C-390, abrindo caminho para uma possível parceria de longo prazo.

"A LOM PRAHA terá a oportunidade de treinar seus técnicos para a manutenção de aeronaves C-390 Millennium diretamente no fabricante. O anexo do contrato descreve em pormenores a formação teórica e prática dos trabalhadores da empresa pública. O programa de treinamento, liderado por instrutores qualificados da Embraer, visa adquirir o conhecimento técnico e as habilidades necessárias para a operação segura e eficiente de aeronaves de transporte", diz Jiří Protiva, Diretor da LOM PRAHA.

Este novo marco reforça o compromisso da Embraer em estreitar os laços com seus parceiros locais, contribuindo assim para seu crescimento.

Como parte de sua estratégia, a Embraer também pretende colaborar com universidades locais e instituições de pesquisa em projetos aeroespaciais avançados. Essas iniciativas promoverão a troca de conhecimento, criarão oportunidades para talentos de engenharia tchecos e impulsionarão a inovação em tecnologias aeroespaciais de próxima geração.

Segundo informações da mídia tcheca, não confirmadas por esta editoria, o acordo de cooperação industrial assinado hoje teve o valor de US$ 82,3 milhões.

Sobre AERO Vodochody
AERO Vodochody AEROSPACE se concentra no desenvolvimento, produção, manutenção e melhoria de aeronaves civis e militares e é o maior fabricante de aeronaves da República Tcheca e um dos mais antigos fabricantes de aeronaves do mundo. No campo de aeronaves próprias, a AERO é parceira permanente de várias forças aéreas militares e tem uma forte posição no mercado de aeronaves de treinamento militar e de combate leve. Com 11.000 aeronaves produzidas em seus 100 anos de existência, centenas de aeronaves L-39 Albatros ainda em serviço com dezenas de operadores militares e várias equipes de demonstração, e especialmente com sua nova aeronave L-39NG, a AERO se estabeleceu como líder no mercado global de treinamento a jato. No setor de aviação civil, a AERO trabalha com grandes fabricantes de aeronaves em uma ampla gama de projetos e é parceira em vários programas de compartilhamento de riscos, onde é responsável não apenas pela fabricação e montagem de conjuntos de aeronaves, mas também por seu desenvolvimento.

Sobre LOM Praga
A LOM Praha sp é uma empresa líder especializada em manutenção, suporte ao ciclo de vida e modernização de helicópteros da série Mi, incluindo fuselagens, motores, caixas de câmbio e outros componentes, bem como a revisão de motores a pistão e L-39. Certificada por autoridades de aviação domésticas, a empresa também fornece treinamento especializado para pilotos de helicópteros e jatos de caça, bem como equipes de cabine e de solo, ao mesmo tempo em que oferece soluções abrangentes de simulação aérea e terrestre. Atualmente, a LOM Praha está envolvida no rearmamento da Força Aérea da República Tcheca com os helicópteros AH-1Z Viper e UH-1Y Venom, com foco em tecnologias de manutenção e simulação de alto nível. Além disso, a empresa participou do projeto F-35 e atende governos e empresas de aviação de prestígio em todo o mundo. Estabelecida pelo Ministério da Defesa da República Tcheca, a LOM Praha opera como uma empresa estatal.

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