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17 maio, 2025

Alta direção da fabricante tcheca de armas CZ visita a Taurus. Parceria estratégica em vista?

Dependendo de sua extensão, a provável parceria estratégica entre as duas gigantes de armamento leve poderá se constituir em um movimento disruptivo no mercado de armamento leve.



*LRCA Defense Consulting - 16/05/2025

A Taurus Armas S.A. recebeu, nesta quinta-feira (15),  a visita de altos dirigentes da CZ (Česká zbrojovka), conceituada fábrica de armamentos da República Tcheca integrante do Colt CZ Group SE.

O Colt CZ Group SE, juntamente com suas subsidiárias, é um das principais fabricantes mundiais de armas de fogo, acessórios táticos e munições para uso militar e policial, defesa pessoal, caça, tiro esportivo e outros usos comerciais. Seus produtos são comercializados e vendidos principalmente sob as marcas Colt, CZ (Česká zbrojovka), Sellier & Bellot, Colt Canada, Dan Wesson, swissAA, Spuhr e 4M SYSTEMS.

Em meados de 2024, a multinacional brasileira CBC Global Ammunition, controladora da Taurus Armas S.A., tornou-se acionista do Colt CZ Group SE com uma participação de aproximadamente 27%, com um seu representante assumindo um lugar no conselho de supervisão do grupo tcheco. Com a aquisição, a CBC passou a ser o seu segundo maior acionista, atrás apenas do grupo controlador, e marcou seu ingresso definitivo na produção de armamento leve no mundo.

Na visita à Taurus, participaram os executivos:
- Jan Zajíc – CEO
- Libor Láznička – COO
- Ivan Barančík – Diretor de Desenvolvimento de Investimentos
- David Doležálek – Gerente Sênior CCO

A delegação foi recepcionada por Salesio Nuhs, CEO Global da Taurus, acompanhado pelos diretores:
- Sergio Sgrillo – CFO
- Leonardo Sesti – Diretor do CITE (Centro Integrado de Engenharia Brasil e Estados Unidos)
- Eduardo Minghelli – Diretor de Novos Negócios e Supply Chain
- Jayme Peixoto – Diretor Industrial
- Henrique Gomes – Diretor da Divisão Militar e de Exportação

A visita incluiu a Taurus Shooting Academy, que será inaugurada em breve, com espaço exclusivo para treinamento, prática de tiro, além de testes e avaliações de produtos.

Como é possível constatar, os principais executivos de ambas as empresas estiveram presentes, o que dá a medida da importância do encontro. 

No dia 26 de junho de 2024, o CEO Global da Taurus, Salesio Nuhs, visitou a COLT CZ em West Hartford - EUA, e foi recebido por Dennis Velleux, CEO da Colt CZ Group North America. Acompanhados de suas equipes de engenharia de produtos, processos e logística, discutiram sobre as sinergias e estratégias para ambas as companhias, buscando o fortalecimento das marcas Colt CZ e Taurus, a curto, médio e longo prazo. Este encontro foi uma retribuição à visita da Colt CZ realizada à Taurus no Brasil, em abril do mesmo ano. 

Taurus: hub de peças para unidades produtivas no mundo
Somente duas fábricas de armas tem a tecnologia M.I.M. no mundo, e a Taurus é a única no Hemisfério Sul.

Em uma arma, estão presentes cerca de 14 peças de M.I.M. e a empresa, hoje, fabrica mais de 110 mil dessas peças por dia. A unidade fabril de São Leopoldo (RS) é a responsável pela fabricação e distribuição de peças M.I.M. para todas as unidades produtivas (Brasil, EUA, Índia e, provavelmente, Arábia Saudita e Turquia).

Como a CBC, controladora da Taurus Armas S.A., adquiriu cerca de 27% do Grupo Colt CZ, a alta direção da Taurus já visitou a sede da Colt CZ, nos Estados Unidos, enquanto que a equipe da Colt CZ, por sua vez, esteve em visita à Taurus, em São Leopoldo. Durante essas visitas, foram encontradas importantes sinergias entre as duas empresas, que devem potencializar a produção da Taurus. 

A primeira delas se transformará em um novo e promissor negócio para a multinacional gaúcha, representado pela produção de peças M.I.M. e de peças usinadas por processo robótico (Taurus 4.0) para uso em armas produzidas pelo Grupo Colt CZ em várias partes do mundo.

Tal necessidade da Colt CZ, segundo informações do mercado, é devida ao fato de a empresa não estar conseguindo atender seus clientes por estar lotada de pedidos e não ter como aumentar a produção. Nos últimos anos, cresceu muito e precisa de mais unidades produtivas. Como o Brasil tem mão de obra muito especializada, mas barata (em relação aos EUA e à Europa), e fartura de matéria prima de excelente qualidade, uma parceria com a "sócia" Taurus, empresa de alta tecnologia e reconhecida qualidade, é a melhor solução para esse problema. 

Além disso, a empresa quer recuperar o prestígio da marca Colt, a mais icônica dos EUA, que estagnou antes de ser adquirida pela CZ.

A visita havida no dia 15 de maio, diferentemente da anterior (que trouxe os executivos da Colt CZ - EUA), envolveu agora a alta direção da CZ da República Tcheca, sem que fossem divulgados os assuntos tratados, o que leva a considerar que estes podem ser relativos ao fornecimento de peças MIM para todo o Grupo (ou para unidades específicas) e/ou a uma parceria entre as duas empresas.

Taurus, CBC e Colt CZ: uma nova gigante mundial de armamento leve?
A Taurus - maior vendedora de armas leves do mundo - é a quarta marca mais vendida nos EUA, sendo a primeira em revólveres e a quinta em pistolas, além de ser a marca mais importada no país. No entanto, mesmo após os laçamentos tecnológicos da família de pistolas GX4, da GX2 e de revólveres também de alta qualidade, ainda briga diariamente para se livrar da pecha de produzir "armas de entrada".

Uma parceria estratégica com a Colt CZ levaria a uma consequente associação das marcas Taurus & Colt, tanto no sentido prático como no psicológico. Em termos de Estados Unidos - maior mercado mundial para armas leves - a multinacional brasileira estaria fazendo um belíssimo "gol de bicicleta no ângulo", tal é a tradição, o respeito e o conceito que a marca Colt goza no país (e no mundo), sem falar nas também reconhecidas qualidade e excelência dos produtos CZ.

Além disso, a Taurus, com essa parceria,  teria sua cobiçada porta de entrada no multimilionário mercado americano de Law Enforcement, haja vista que o Grupo Colt CZ, e a Colt em especial, é um parceiro de primeiríssima linha pela participação histórica que já tem nesse mercado.

Embora não se espere uma fusão, no sentido estrito do termo, uma provável parceria estratégica entre as duas gigantes de armamento leve, caso se desenvolva para além da produção de peças MIM para o Colt CZ Group, poderá se constituir em um movimento tão disruptivo que teria força suficiente para remodelar o atual cenário que rege a produção e venda de armamento leve no mundo capitalista e, em particular, nos Estados Unidos. 

Saiba mais:
- Taurus MIM: nasce uma nova e promissora indústria gaúcha

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- Grupo Colt CZ (& CBC) adquire a tecnologia do sistema lançador automático de granadas Mk 47

- Fabricante de armas tcheca CZG compra a Colt em dinheiro e negocia ações

04 abril, 2022

Pistolas [estrangeiras] compradas pela PMDF dão defeito e polícia aciona fornecedora


*Terra Brasil Notícias - 04/04/2022

A Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF) abriu processo administrativo contra a empresa tcheca Ceska Zbrojoka, conhecida como CZ, por um possível descumprimento de cláusulas contratuais. A companhia vendeu 11.550 pistolas para policiamento ostensivo em 2020, no valor de R$ 17,4 milhões, mas a corporação percebeu problemas recorrentes nos armamentos.

Foram adquiridos pela PMDF pistolas semiautomáticas de 9mm – 5 mil delas em tamanho padrão, 6 mil compactas e 550 subcompactas, todas do modelo P-10. A fabricante de armamentos é representada no Brasil pela empresa HFA Importação e Distribuição de Produtos de Segurança, baseada em Aparecida de Goiânia (GO) e que atua sob o nome fantasia de CZ Armas do Brasil.

Na portaria que abriu o processo administrativo, publicada no Diário Oficial do Distrito Federal (DODF), a PM afirma que os problemas acontecem “em especial no pino 31 e também na rampa de acesso à câmara de pistolas que precisam de polimento, ocasionando falha de carregamento e pane de trancamento”. Ainda de acordo com a publicação, os defeitos elevaram “e muito” a demanda do Centro de Material Bélico da Força.

A PM encarregou a major Gisele da Mata Santos, lotada na Diretoria de Apoio e Logística, para produzir um relatório dentro de 30 dias, que podem ser prorrogados. O parecer deve conter “responsabilização e devida indicação de penalidades à contratada por quebra de cláusula contratual, se houver”.

Além disso, a major pode “apontar responsabilidade e/ou possível erro da administração, se for o caso” de membros da própria corporação. “Caso haja indícios de negligência, imprudência ou dolo por parte de qualquer integrante da Corporação, indicá-los e requerer ao final o tombamento em sindicância ou Inquérito Policial Militar”, diz a portaria.

A compra das armas com a empresa tcheca foi celebrada no Contrato nº 72 de 2020 e foram gastos pouco mais de R$ 17,4 milhões com a compra. Questionada, a PMDF informou que cada arma custou R$ 1.480, no entanto, não especificou quantas unidades do montante adquirido apresentaram defeitos até agora. Já a empresa afirma que apenas 26 pistolas apresentaram defeitos.

12 fevereiro, 2021

Fabricante de armas tcheca CZG compra a Colt em dinheiro e negocia ações

*Reuters, por Jason Hovet - 11/02/2021

O CZG-Ceska Zbrojovka Group disse na quinta-feira que iria adquirir o grupo Colt Holding Company por US $ 220 milhões e ações da CZG à medida que o armador tcheco se expande no maior mercado dos EUA.

CZG, cujas armas incluem CZ (Ceska Zbrojovka), Dan Wesson e Brno Rifles, já está ativo nos Estados Unidos e construindo uma fábrica em Little Rock, Arkansas.

O grupo tcheco disse que iria adquirir 100% da Colt Holding, controladora da Colt's Manufacturing Company e uma subsidiária canadense, pelo valor em dinheiro e 1,099 milhão de unidades de ações da CZG recém-emitidas.

O grupo combinado teria receita de mais de US $ 500 milhões, disse CZG. As ações da CZG fecharam em 360 coroas na quinta-feira, avaliando a parte das ações do negócio em cerca de 395,5 milhões de coroas (US $ 18,65 milhões).

Havia também uma consideração potencial de outro 1,099 milhão de ações se as metas de EBITDA fossem atingidas em 2021-2023, disse CZG.

Ela esperava que o negócio da Colt, uma marca com uma história de 175 anos, que emergiu da falência em 2016, fosse fechado no segundo trimestre.

Ele seria financiado com o caixa da CZG, incluindo receitas de uma oferta recente de ações e uma possível emissão de títulos.

“Com este movimento estratégico, a CZG adquirirá capacidade de produção significativa nos Estados Unidos e Canadá e expandirá substancialmente sua base de clientes globais”, disse CZG, acrescentando que a Colt era um fornecedor tradicional para militares e policiais, um grupo de clientes-alvo para o grupo tcheco .

A CZG fechou uma oferta pública inicial em Praga em outubro, embora o negócio tenha sido atendido com demanda moderada, levantando 812 milhões de coroas, menos de um quinto de seu objetivo.

As ações da CZG fecharam na quinta-feira acima de um preço de IPO de 290 coroas. Com 32,64 ações, a CZG tinha uma capitalização de mercado de 11,75 bilhões de coroas ($ 554,09 milhões).

A fabricante de armas registrou receita recorde de 5,0 bilhões de coroas nos primeiros nove meses de 2020, um aumento de 10% alimentado em grande parte pelo crescimento das vendas no mercado dos EUA.

$ 1 = 21,2060 coroas tchecas

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