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21 novembro, 2021

Coisas reais que são feitas com grafeno


*LRCA Defense Consulting - 21/11/2021

Nesta primeira matéria sobre algumas das "Coisas reais que são feitas com grafeno", esta Consultoria traz o interessante vídeo produzido por Pedro Cipoli para o portal Canaltech, que assim o apresentou:

"Material revolucionário, produto do futuro, ótimo condutor de eletricidade, mais forte que o aço. Você provavelmente já deve ter ouvido todos esses adjetivos quando se fala sobre o grafeno, e a essas qualidades ainda é possível acrescentar leveza, transparência e flexibilidade.

Diante de tantos atributos, a indústria já começou a desenvolver equipamentos feitos exclusivamente de grafeno. De materiais esportivos a roupas futuristas, quase tudo pode se fabricado com esse material formado por átomos de carbono. Neste vídeo, você conhece alguns produtos incríveis que já estão por aí, usufruindo de toda a versatilidade do grafeno."

Em uma próxima oportunidade, serão apresentadas algumas das aplicações do grafeno na Indústria de Defesa, tais como no desenvolvimento de novas armas, aeronaves e outras.



22 setembro, 2021

Seminário de Grafeno: palestra sobre aplicação em blindagem eletromagnética para a indústria militar


*LRCA Defense Consulting - 22/09/2021

O Projeto MGgrafeno, parceria entre CODEMGE, UFMG e CDTN, irá apresentar à comunidade o evento "Seminário de Grafeno 2021: Avanços e Desafios da Produção, Caracterização e Aplicações de Grafenos", mostrando os avanços obtidos pelo projeto na área de produção, caracterização e aplicação de grafeno, além de promover um amplo debate em torno da cadeia industrial de grafeno.

Neste evento, participarão empresas, ICT’s e órgãos governamentais envolvidos com o desenvolvimento dessa nova cadeia produtiva nacional para apresentar e discutir as ações que estão sendo executadas para alavancar o setor de grafeno.

A Capitão do Exército Clara Luz de Souza Santos, professora do Instituto Militar de Engenharia, participará da atividade  com a palestra "Nanocompósitos com Aplicação em Blindagem Eletromagnética para Indústria Militar" no dia 05 de outubro. 

A palestra fará parte do painel "Pesquisa & Desenvolvimento na Área de Grafeno", que ocorrerá de 14h40 às 18h, horário de Brasília.

As inscrições são gratuitas e podem ser feitas pelo link: https://lnkd.in/evTtrRqu

Acesse a programação completa em: https://lnkd.in/dKKPp47t


 
Sobre a Capitão Clara Luz de Souza Santos

Conquistou o 1º lugar na graduação em Engenharia Metalúrgica e de Materiais pelo Instituto Militar de Engenharia - IME (2012), com ênfase nas áreas de ressonância magnética nuclear, química de coordenação, simulação de sequências de pulsos em RMN, tecnologia de vácuo e filmes finos antirefletores na faixa do infravermelho.

Após sua formação, foi professora colaboradora do IME nas disciplinas de Metalurgia dos Materiais não Ferrosos e Metalurgia Física dos Materiais não Ferrosos (2013 - 2014). No período de 2013 a 2017 atuou como engenheira do setor de pesquisa e desenvolvimento de equipamentos rádio militares e seus acessórios na Fábrica de Material de Comunicações e Eletrônica - Indústria de Material Bélico do Brasil. No exercício dessa função, adquiriu ampla experiência em projetos de componentes mecânicos e, quando necessário, de suas matrizes para injeção.

De forma a viabilizar a prototipagem em tempo hábil de todos os produtos da filial, foi idealizadora do Laboratório de Prototipagem da Divisão de Engenharia onde concentrou uma linha para fabricação de placas eletrônicas, um mini centro de usinagem de quatro eixos, e duas impressoras 3D. Desenvolveu processo de prototipação de moldes funcionais para microinjeção utilizando peças impressas que permitiu a fabricação em tempo recorde de mais de cinquenta moldes e matrizes, viabilizando diversos produtos. Ainda como engenheira de produtos, atuou na área de seleção de materiais, tratamentos superficiais e pintura de forma a permitir o robustecimento necessário para a aplicação de produtos militares, em conformidade com as regulamentações específicas.

No seu período de atuação da indústria, dedicou-se a incorporar e aperfeiçoar processos de fabricação, montagem e controle de qualidade nas Divisões de Produção. Seus esforços culminaram em sua nomeação como Chefe da Seção de Engenharia de Processos, onde pode propor e implantar fluxos de trabalho nas etapas de desenvolvimento e fabricação dos produtos. Participou ativamente da revisão do sistema de custeio da fábrica, além de trabalhar na implantação do Sistema de Gerenciamento de Chão de Fábrica para controle em tempo real das atividades de fabricação e de sua documentação técnica pertinente. Atuou também na especificação e incorporação de novos processos de fabricação, montagem e qualidade.

Aplicando conceitos da indústria 4.0 e Lean Manufacture, entre 2016 e 2017, liderou a equipe de projeto e planejamento da nova planta da IMBEL/FMCE, de forma a permitir a construção de uma nova fábrica que atendesse as necessidades de fluxo de processo atual e suas perspectivas de crescimento sendo as obras iniciadas em 2018 e com previsão de finalização em 2020.

Devido a sua grande vontade em atuar na área de formação de recursos humanos, retornou ao ambiente acadêmico e iniciou o curso de mestrado em Ciência dos Materiais no IME no início de 2018, sendo o mesmo convertido para o doutorado direto sem defesa de dissertação no final de 2019 (doutorado direto).

Atualmente, faz parte do corpo docente da Seção de Ensino em Engenharia de Materiais (SE8) do IME.


21 agosto, 2021

Mais grafeno em menos tempo: MGgrafeno quadruplica produção com otimização de processo

Planta do Projeto MGgrafeno – Crédito: Eugenio Sávio

 
*LRCA Defense Consulting - 21/08/2021 (via Codemge)

O Projeto MGgrafeno, iniciativa da Companhia de Desenvolvimento de Minas Gerais (Codemge) em parceria com a Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) e o Centro de Desenvolvimento da Tecnologia Nuclear (CDTN), alcançou a marca de 1,25 tonelada∕ano de capacidade produtiva de grafeno, a partir de uma otimização de processos implantada em agosto. A melhoria permitiu quadruplicar a produção (a capacidade anterior era de 300 kg∕ano) e reduzir em quatro vezes o tempo de conversão do grafite para grafeno, sem custo adicional.

O grafeno do projeto é obtido por meio da esfoliação química do grafite. A otimização consistiu no ajuste de parâmetros do processo, tais como concentração de grafite, força, tempo de cisalhamento, entre outros. Os trabalhos foram conduzidos na planta do MGgrafeno, a primeira unidade de produção de grafeno do Brasil com tecnologia 100% nacional, localizada em Belo Horizonte, no CDTN.

O físico Flávio Plentz, do Departamento de Física da UFMG e coordenador de produção do projeto, esclarece que a otimização e os resultados alcançados atestam um dos diferenciais do MGgrafeno e que lhe confere vantagem competitiva. “Demonstram que a tecnologia que desenvolvemos é profundamente compreendida nos seus aspectos técnicos pela equipe. Comprovam ainda a importância da decisão da Codemge de desenvolver tecnologia própria”, explica.  

Ainda segundo Plentz, uma segunda etapa de otimizações já está em andamento. “São aperfeiçoamentos nos processos de acabamento e separação de produto (grafeno, nanoplacas, nanografite). Temos a expectativa de reduzir ainda mais o tempo de produção e obter grafeno em qualidades superiores às que já produzimos”, diz. Um dos pesquisadores responsáveis pela otimização, o químico Rodrigo Altoé, salienta que a busca pelo aperfeiçoamento dos processos é contínua. “Encontramos um caminho e ainda não o exploramos por completo. Por exemplo, até que ponto nós conseguimos manter a qualidade alterando os parâmetros?”, afirma.

Testes
Altoé relata que a otimização que está sendo executada agora vem de longa data. “Fizemos testes desde 2017. A equipe continuou estudando o assunto e tínhamos um plano de trabalho para 2019∕2020, mas que precisou ser interrompido devido a obras e a pandemia”, conta.

A demanda partiu da Codemge, como explica Plentz. “Buscamos dar uma resposta à demanda pelo aumento da produtividade sem aumento da planta. Este foi um primeiro resultado. Há muitos aspectos de produção a serem trabalhados. Não vamos parar por aí”, afirma.  

Os testes em 2021 começaram em junho, com redução do tempo de conversão em 50%. Em julho, em uma segunda campanha de ensaios, obteve-se a última diminuição, atingindo o tempo de conversão 4,8 vezes menor.

Investidores
O Projeto MGgrafeno conta com diversos parceiros no desenvolvimento de aplicações industriais e agora também abre as portas para investidores interessados na operação do empreendimento.

O presidente da Codemge Thiago Toscano destaca as oportunidades comerciais que a iniciativa oferece. “O grafeno é um negócio de futuro, com amplas possibilidades. O projeto possui uma equipe experiente, com processos maduros e um produto de atestada qualidade, garantindo todo o suporte e segurança ao investidor”, diz Toscano.

O chamamento público para investidores, assim como a modalidade de alienação, será anunciado até outubro deste ano. As informações serão disponibilizadas no site da Codemge.

Empresas interessadas no desenvolvimento de aplicações com grafeno ou no investimento para a fase industrial podem entrar em contato através do e-mail codemge@codemge.com.br.

MGgrafeno
Criado em 2016, o Projeto MGgrafeno visa o desenvolvimento de tecnologia 100% nacional de produção de grafeno, além de aplicações industriais, em parceria com o setor privado. O processo de produção elaborado pelo projeto, a partir da esfoliação química do grafite natural, é reprodutível, escalável e com custo baixo. Todo o resíduo gerado é reutilizado ou reciclado, o ar é monitorado e toda água retorna ao ciclo, tornando a planta segura e sustentável.

Trabalham no MGgrafeno 56 profissionais, sendo 18 doutores e oito mestres, entre químicos, físicos, biólogos e engenheiros.

Três tipos de produtos são desenvolvidos no projeto: grafeno de poucas camadas (1 a 5 camadas, centrada em 2); nanoplacas de grafeno (6 a 10 camadas, centrada em 6); nanografite – material com pelo menos uma dimensão em escala nanométrica. Cada produto tem aplicações específicas. Além da produção de grafeno em escala, o projeto já testou e demonstrou mais de 20 aplicações e materiais, com diversos parceiros empresariais.

Em 2021, o projeto foi destaque no estudo “Panorama Tecnológico Grafeno”, do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI) e da Financiadora de Estudos e Projetos (Finep), que aborda o material, os desafios da indústria e o contexto brasileiro.

Outras informações podem ser obtidas no site: www.mggrafeno.com.br.

Codemge
A Codemge é uma empresa estatal, integrante da administração pública indireta do estado de Minas Gerais, organizada sob a forma de sociedade por ações. Tem como missão contribuir para o desenvolvimento de Minas Gerais, estimulando um ambiente de eficiência, simplificação e sustentabilidade, gerando valor para o estado. Integrante do Grupo Codemge, do qual a Codemig faz parte, a Companhia é responsável por diversos ativos econômicos, em várias frentes de atuação, enquanto a Codemig se dedica ao nióbio.

17 agosto, 2021

Telha solar com grafeno: economia na conta de luz e sustentabilidade

CEO da Telite aposta em parcerias internacionais para impulsionar vendas da telha solar com grafeno | Foto: Telite


*Click Petróleo e Gás, por Júnior Aguiar - 15/08/2021

O Grafeno é um material revolucionário na condução de energia e de dados. A aplicação desse metal em telhados solares, somando outras tecnologias que a empresa carioca Telite vem atuando, são reais potenciais de geração de energia elétrica através da energia solar e sustentabilidade.

De acordo com o CEO da Telite em entrevista exclusiva ao portal CPG, Leonardo Retto, cada pastilha de 3.8 cm de tecnologia da companhia, gera 4.5Kwh mês em sol pleno e 2.8 no tempo nublado ou somente com sensação térmica. Portanto, considerando que a Telha Solar tem 1,90 x 1,10, é possível colocar 50 pastilhas, chegando até 225 KWh de energia solar num mês por telha solar com grafeno.

Ocorre que o grafeno é capaz de se envolver num fenômeno de fricção dos elétrons aplicados na tecnologia, fazendo com que gerem energia também na chuva.

Esse material é 200 vezes mais forte que o diamante, um milhão de vezes mais fino que o fio de cabelo e 100 vezes mais condutor de dados que os atuais dispositivos. Ou seja, superior a qualquer material hoje conhecido no mercado. Portanto, a telha solar com grafeno promove uma combinação perfeita de geração de energia com sustentabilidade através da energia solar, que é renovável e limpa.

Telha solar: um produto tecnológico para um futuro sustentável e de todas as classes sociais
A sustentabilidade através de práticas que não afetam negativamente a natureza também contribui na melhoria social entre todas as classes. É esse o conceito de sustentabilidade que deve ser alcançado pelos países ligados às Nações Unidas até 2030.

Uma das principais ações é erradicar a dependência de combustíveis fósseis e adotar a geração de energia limpa, como a energia solar, que é de graça, limpa e de fácil captação aqui no Brasil.

A telha solar com grafeno vem na mesma linha da telha colonial convencional de plástico. Leonardo Retto é democrático ao dizer a nossa reportagem que a fabricação desse produto é para todas as classes.

“Acreditamos pela procura já antecipada que escalaremos o mercado rapidamente, pois diversas empresas do setor de painéis solares convencionais, também tem nos procurado para revenda de nosso produto, isso já é um indicador do próprio mercado”, conta o empresário.

Equipe Telite que atua no processo de fabricação da telha solar a base de grafeno
Equipe Telite que atua no processo de fabricação da telha solar a base de grafeno

Atualmente, a telha solar com grafeno da Telite está em processo de certificação perante ao Inmetro e Aneel. Em breve, haverá o anúncio de uma multinacional como parceira.

Parcerias internacionais visam acesso à energia solar
Segundo Leonardo Retto, a Telite tem recebido uma na média de 250 e-mails de interessados na compra da telha solar com grafeno. Além disso, ocorreram reuniões com oito países, entre eles Estados Unidos, Japão, Chile e Portugal, além do México onde não é permitido o armazenamento de energia, mas acredita-se que é possível atuar com o sistema de hibrido.

“A Telite já está fabricando a própria telha solar com grafeno no polímero. E no futuro próximo, a telha já será a condutora principal sem precisar de nenhum dispositivo acoplado. Isso já é uma realidade na nossa produção que foi capaz através da parceria com esta grande multinacional Brasileira” destaca Leonardo Retto..

Telha solar com grafeno nos pequenos negócios
A energia solar pode ser uma aliada na retomada da economia. Além da questão da sustentabilidade, a modalidade fotovoltaica traz economia na conta de luz, principalmente no sistema de geração distribuída.

Já desmistificado essa coisa de que energia solar é coisa para gente rica, a telha solar com grafeno é de fácil instalação. O produto de tamanho de 1,90 x 1,10, com apenas 5 KG, tem durabilidade de 80 anos.

“Cerca de 40% com custo menor, muito mais fácil manutenção e instalação, a maior geração por metro quadrado, e um produto altamente sustentável com energia limpa acoplada. É o que o novo consumidor procura”, destaca Leonardo Retto.

Saiba mais
- Telha de energia solar pode gerar mais de R$300 em economia na conta de energia dos brasileiros
- O ramo do petróleo e gás, além de outros combustíveis fósseis, precisam dar lugar para energia solar, eólica e outras renováveis até 2030 antes que seja tarde demais, afirma a ONU

*Júnior Aguiar é jornalista, formado pela Universidade Católica de Pernambuco, produtor de conteúdo web, analista, estrategista e entusiasta em comunicação.

24 julho, 2021

Supercondutor de grafeno pode revolucionar a computação quântica

Supercondutor de grafeno pode revolucionar a computação quântica - Canaltech


*Canaltech, por Gustavo Minari | editado por Douglas Ciriaco - 23/07/2021

Pesquisadores do MIT, nos EUA, descobriram um tipo raro de supercondutor chamado de grafeno de três camadas torcidas por ângulo mágico. Essa “magia” está no fato de o material manter uma supercondutividade em campos magnéticos de até 10 Tesla, quantidade três vezes maior do que a encontrada em supercondutores convencionais.

Essa característica coloca a descoberta na categoria conhecida como tripleto de spin, que agrega materiais impenetráveis a campos magnéticos mais elevados. Com essa tecnologia, seria possível, por exemplo, melhorar a nitidez das imagens produzidas por equipamentos de ressonância magnética, que trabalham com campos magnéticos que variam entre um e três Tesla.

“O valor deste experimento é o que nos ensina sobre a supercondutividade fundamental, sobre como os materiais podem se comportar para tentarmos projetar princípios que possam ser aplicados em outros materiais mais fáceis de fabricar e com uma supercondutividade muito maior”, afirma o professor de física Pablo Jarillo-Herrero, autor principal do estudo.

À prova de ímã
Materiais supercondutores convencionais possuem uma alta capacidade de conduzir eletricidade sem perder energia. O problema é que na maioria dos casos, quando eles são expostos a campos magnéticos mais fortes, a energia de cada elétron é deslocada em direções opostas, fazendo a supercondutividade desaparecer por completo.

Já nos compostos com propriedades de tripleto de spin, a energia de ambos os elétrons muda na mesma direção, mantendo a supercondutividade independente da intensidade do campo magnético ao qual estão submetidos. Foi a partir desse princípio que os pesquisadores do MIT descobriram que o grafeno de três camadas torcidas tinha características mais eficientes do que qualquer outro material.

Variação da supercondutividade em campos magnéticos (Imagem: Reprodução/MIT)


Os primeiros testes positivos foram feitos com apenas duas folhas angulares de grafeno, mas, ao utilizar uma terceira camada, eles perceberam uma supercondutividade muito maior, principalmente em temperaturas mais altas. Em campos magnéticos mais elevados, a configuração com duas camadas não resistiu, perdendo a capacidade de conduzir eletricidade em poucos segundos.

Ângulo mágico
Para aumentar a supercondutividade do grafeno, os pesquisadores fabricaram o material removendo camadas de carbono com a espessura de um átomo. Ao empilhar as três folhas, eles giraram a do meio em 1,56 graus em relação às camadas externas. Com eletrodos ligados a cada uma das extremidades, foi possível medir a energia perdida no processo.

Ao ampliar o campo magnético em torno das três camadas, eles observaram que a supercondutividade se mantinha forte até desaparecer, mas logo em seguida voltava com uma intensidade mais alta. “Em supercondutores convencionais, se você matar a supercondutividade, ela nunca mais volta, ela desaparece para sempre”, explica o pós-doutorando em física Yuan Cao, coautor do estudo.

Esquema de reentrada da supercondutividade (Imagem: Reprodução/MIT)

O reaparecimento da supercondutividade com intensidade de até 10 Tesla exclui as chances de o material ser um supercondutor comum, mantendo sua capacidade de conduzir eletricidade mesmo diante de campos magnéticos mais elevados por longos períodos de exposição controlada. Isso faz com que o grafeno de três camadas torcidas também possa ser aplicado no desenvolvimento de computadores quânticos mais robustos.

“A computação quântica regular é extremamente frágil. 20 anos atrás, os teóricos propuseram um tipo de supercondutividade topológica que poderia habilitar um computador quântico. O ingrediente chave para fazer isso seriam supercondutores de tripleto de spin. Mesmo que esse não seja o nosso caso, isso poderia facilitar a utilização do grafeno de três camadas com outros materiais para projetar essa supercondutividade”, completa o professor Jarillo-Herrero.

Fonte: MIT

17 julho, 2021

A versatilidade do grafeno pode levar a indústria a outro patamar

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Concepção artística de um superjato com aplicações de grafeno


*LRCA Defense Consulting - 17/07/2021

A versatilidade do grafeno pode levar a indústria a outro patamar. Por ser um material leve e resistente, pode ser utilizado na fabricação de peças e estruturas automotivas, por exemplo. Além disso, suas propriedades elétricas o tornam um excelente material para a fabricação de baterias mais duráveis e com melhor desempenho. 

A resistência e leveza do grafeno também fazem com que ele seja um material ideal para a construção civil. Casas e prédios construídos a base de carbono resistem melhor ao tempo, além de conferir maior isolamento térmico e acústico. Veja as múltiplas e revolucionárias aplicações no vídeo abaixo:



Grafeno para permitir armazenamento de dados dez vezes maior nas memórias de computador

*Graphene-info - Jul 2021

Pesquisadores de diversas entidades* demonstraram que o grafeno pode ser usado para produzir unidades de disco rígido de densidade ultra-alta (HDD). Isso pode potencialmente levar ao desenvolvimento de armazenamento de dados magnéticos de densidade ultra-alta: um grande salto do atual terabit por polegada quadrada (Tb / in 2) a dez terabits na mesma área.

Os HDDs contêm dois componentes principais: pratos e uma cabeça. Os dados são gravados nos pratos usando uma cabeça magnética, que se move acima dos pratos conforme eles giram. O espaço entre a cabeça e o prato diminui continuamente para permitir densidades mais altas. Atualmente, os sobretudos à base de carbono (COCs) - camadas utilizadas para proteger os pratos de danos mecânicos e corrosão - ocupam parte significativa desse espaçamento. A densidade de dados dos HDDs quadruplicou desde 1990, e a espessura dos sobretudos foi reduzida de 12,5 nm para cerca de 3 nm, o que corresponde a um Tb / in 2 . No entanto, uma espessura de COCs de menos de um nm seria necessária para fazer uma melhoria significativa no armazenamento de dados e atingir uma densidade de 10 Tb / in 2 .

Como os COCs atuais perdem a maior parte de suas propriedades atraentes abaixo de 2 nm, os pesquisadores os substituíram por 1 a 4 camadas de grafeno e testaram o atrito, desgaste, corrosão, estabilidade térmica e compatibilidade de lubrificante. Além de sua finura imbatível, o grafeno cumpre todas as propriedades ideais de um revestimento HDD: proteção contra corrosão, baixo atrito, resistência ao desgaste, dureza, compatibilidade de lubrificante e suavidade de superfície. Os pesquisadores verificaram que o grafeno permite a redução de duas vezes no atrito e fornece melhor corrosão e desgaste do que os COCs de última geração. Uma única camada de grafeno reduz a corrosão em 2,5 vezes, e o grafeno multicamadas apresentou excelente desempenho com uma diminuição da taxa de desgaste em três ordens de magnitude.

1-4 camadas de grafeno foram cultivadas por meio de deposição química de vapor (CVD) e transferidas em substratos de disco rígido de co-liga como aqueles usados ​​na tecnologia de HDD atual. Os pesquisadores da Graphene Flagship também transferiram o grafeno em discos rígidos feitos de ferro-platina (FePt) como camada de gravação magnética, para testar Gravação Magnética Assistida por Calor (HAMR) - uma nova tecnologia de armazenamento magnético que permite uma densidade de armazenamento muito maior do que a disponível atualmente, aquecendo a camada de gravação a altas temperaturas. Os COCs atuais não sobrevivem às altas temperaturas do HAMR, mas os testes de estabilidade confirmaram que o grafeno pode resistir a condições semelhantes ao HAMR, sem degradação. Assim, sobretudos à base de grafeno usados ​​em combinação com tecnologias inovadoras,2 ou mais.

“Demonstrar que o grafeno pode servir como revestimento protetor para unidades de disco rígido convencionais e que é capaz de suportar as condições de HAMR é um resultado muito importante. Isso impulsionará ainda mais o desenvolvimento de novas unidades de disco rígido de alta densidade de área ”, diz Anna Ott, do Cambridge Graphene Center, um dos autores deste estudo, atualmente baseado no Graphene Flagship Associate Member da Universidade de Exeter, no Reino Unido.

Mar García-Hernández, líder da Graphene em materiais habilitadores, afirma: “Um salto na densidade de dados dos HDDs por um fator de dez e uma redução significativa na taxa de desgaste são essenciais para alcançar um registro de dados magnéticos mais sustentável e durável. Os desenvolvimentos tecnológicos baseados no grafeno estão progredindo no caminho certo em direção a um mundo mais sustentável.”

*Entidades de pesquisa: Graphene Flagship Partners da Universidade de Cambridge (Reino Unido), Ecole Polytechnique Fédérale de Lausanne (EPFL - Suíça), Empa-Swiss Federal Laboratories for Material Science and Technology (Suíça) e Graphene Flagship Associate Member da Universidade de Exeter (Reino Unido), em colaboração com colegas do CSIR-Instituto de Pesquisa de Materiais e Processos Avançados (Índia), Universidade Nacional de Cingapura (NUS), A * STAR (Agência para Ciência, Tecnologia e Pesquisa de Cingapura), Universidade de Illinois e Laboratório Nacional de Argonne (EUA).

10 julho, 2021

Grafeno: conheça o produto que poderá liderar a próxima revolução tecnológica mundial


*LRCA Defense Consulting - 10/07/2021

O grafeno é uma das formas alotrópicas do carbono, assim como o diamante, o carvão e o grafite (do qual é derivado), caracterizando-se pela organização hexagonal dos átomos. Trocando em miúdos, ele tem a capacidade de se apresentar sob formas diferentes. Foi isolado pela primeira vez em 2004, na Inglaterra, pelos cientistas Andre K. Geim e Konstantin S. Novoselov, em uma pesquisa que ganhou o Prêmio Nobel de Física.

Tem elevada transparência, é leve, maleável, resistente ao impacto e à flexão, ótimo condutor térmico e elétrico, em meio a inúmeras vantagens mais. Ganhou fama e é, hoje, considerado o material mais leve e forte do mundo, 200 vezes mais resistente do que o aço, superando mesmo o nobre diamante. Uma folha de grafeno de 1m² pesa 0,0077 gramas, mas, pasmem, é capaz de suportar até 4 quilos.

É também o material mais fino que existe — tem a espessura de um átomo ou 1 milhão de vezes menor que um fio de cabelo. Sua elevadíssima condutividade elétrica se deve ao fato de os elétrons se moverem em seu interior sem, praticamente, nenhuma resistência e, aparentemente, sem massa.

As propriedades mecânicas, elétricas, térmicas, ópticas do grafeno superam materiais convencionais em diversas aplicações. Além disso, tais qualidades podem ser combinadas em um único material, componente ou sistema.

Assim, diante desse crème de la crème dos materiais, as aplicações são promissoras tanto para o aperfeiçoamento de tecnologias existentes, quanto para a criação daquelas disruptivas.

Conheça mais sobre o grafeno na primeira parte do vídeo produzido pela TV Brasil. Na semana que vem, será publicada a segunda parte, vcom ênfase nas suas múltiplas aplicações.



Feira do Grafeno formaliza estímulo a pesquisas com material

Radioagência Nacional - 09/07/2021

Começou hoje e vai até a próxima sexta-feira a Primeira Feira Brasileira do Grafeno, na Universidade de Caxias do Sul, no Rio Grande do Sul. A abertura oficial ocorreu durante a tarde, com a participação do presidente Jair Bolsonaro e do ministro da Ciência, Tecnologia e Inovações, Marcos Pontes.

Bolsonaro afirmou ter grande expectativa sobre o desenvolvimento da cadeia produtiva do produto.

Durante a cerimônia, foram assinados quatro documentos. O primeiro foi um convênio para desenvolver o uso medicinal do grafeno, com investimento de mais de 1 milhão e 800 mil reais. O segundo documento foi um acordo de parceria entre diversas instituições de pesquisa pelo país.

O ministro Marcos Pontes também assinou a portaria que instituiu o programa Inova Grafeno, para desenvolver as cadeias produtivas do grafeno e outros materiais à base de carbono. E Bolsonaro criou, por decreto, a Política de Materiais Avançados, para fabricar produtos com o uso de novas tecnologias.

Marcos Pontes afirmou que o grafeno tem grande potencial de retorno financeiro.

Em entrevista à TV Brasil Gov, o coordenador-geral de Tecnologias Habilitadoras do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações, Felipe Belucci, explicou o que é o grafeno e como o material pode ser usado.

O evento também marcou a inauguração da UCSGraphene. É a primeira fábrica de grafeno em escala industrial da América Latina.

Saiba mais:

- Taurus mostra ao Presidente da República armas e capacetes com o revolucionário grafeno

- Tecnologia revolucionária: Taurus e UCS desenvolverão as primeiras armas leves com grafeno no mundo

- Na 1ª Feira Brasileira do Grafeno, Taurus estará expondo a primeira arma com este material no mundo

- CEO Global da Taurus comenta sobre a revolução que o grafeno poderá trazer à empresa

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