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14 maio, 2025

Taurus vence mais uma importante licitação federal na Índia

Pistola JD Taurus TS9

*LRCA Defense Consulting - 14/05/2025

A Taurus, maior vendedora de armas leves do mundo, acaba de conquistar, por meio da JD Taurus -  joint venture com o grupo indiano Jindal Defence Systems Pvt Limited - uma importante licitação para o fornecimento de pistolas TS9 calibre 9 mm destinadas à Railway Protection Force (RPF), consolidando ainda mais sua entrada no mercado institucional neste país e demonstrando a confiança das autoridades locais na qualidade e confiabilidade dos produtos da marca.

A Railway Protection Force (RPF - Força de Proteção Ferroviária) é a polícia ferroviária da Índia, responsável pela segurança das ferrovias, composições ferroviárias, plataformas e passageiros dos trens da malha ferroviária indiana. A RPF, subordinada ao Ministério das Ferrovias, é um órgão do governo indiano que se concentra especificamente na segurança ferroviária.

Pistola JD Taurus TS9

Armamento leve
O pessoal da RPF é treinado e equipado com uma variedade de armas de fogo, incluindo pistolas, carabinas, rifles de assalto, rifles autocarregáveis ​​(SLRs) e metralhadoras leves. 

O armamento da RPF varia conforme o posto e a unidade. Segundo diretrizes internas, a distribuição de armas é a seguinte:

- Oficiais (Subinspetor Assistente e acima): pistolas 9mm.

- Cabos e Soldados: 15% recebem fuzis AK-47, 20% são equipados com fuzis INSAS e 10% utilizam fuzis SLR. O restante porta carabinas e pistolas.

Força de Proteção Especializada (RPSF):

- Cabos: 30% com AK-47, 40% com INSAS, demais com pistolas e carabinas; Soldados: 55% com INSAS, 20% com AK-47, restante com pistolas e carabinas.

Além disso, todos os motoristas treinados, independentemente do posto, são armados com pistolas 9mm. 


Efetivo

A Força de Proteção Ferroviária da Índia possui atualmente um efetivo de aproximadamente 75.000 a 80.000 agentes ativos. Esse número inclui tanto o pessoal operacional quanto o administrativo, distribuído por todo o país para garantir a segurança da extensa rede ferroviária indiana.

Nos últimos anos, a RPF tem buscado aumentar sua força de trabalho. Em 2019, por exemplo, foi realizada a maior campanha de recrutamento da história da força, com a contratação de mais de 10.500 novos agentes, incluindo subinspetores, soldados e pessoal auxiliar.

Além disso, a RPF destaca-se por ter a maior proporção de mulheres entre as forças paramilitares centrais da Índia, com cerca de 9% a 10% do efetivo composto por agentes femininas. Essas profissionais desempenham um papel essencial em iniciativas como a "Meri Saheli", que visa proteger passageiras em viagens de longa distância.

Fuzil JD Taurus T4 5,56mm sobre tecido camuflado no padrão do Exército Indiano

14 licitações e uma megalicitação
Desde que começou a operar na Índia, no início do ano passado, a JD Taurus ingressou em 14 licitações para o fornecimento de armas para as Forças Armadas, órgãos policiais e órgãos paramilitares do país. Destas, a empresa já venceu duas (esta e uma de 500 submetralhadoras T9 para o Exército), uma não teve seguimento e 11 ainda estão em curso.

Em breve, a empresa estará também concorrendo em outra licitação federal para o fornecimento de mais 2.000 submetralhadoras JD Taurus T9 para o Exército.

Isso sem contar a megalicitação de 425.000 fuzis (a maior do mundo) em que a empresa concorre com seu conceituado fuzil JD Taurus T4 e que deverá ter sua conclusão no final deste mês, provavelmente, após cerca de três anos de burocracias e testes extremamente difíceis. 

No dia 23 deste mês, o gerente do Projeto Índia, Sérgio Sgrillo Filho, está com viagem marcada para a Índia, o que pode indicar que, desta vez, o negócio será concluído. Ainda mais que a situação tensa gerada pelo conflito com o Paquistão faz com que o país tenha urgência em dotar seus soldados com um fuzil moderno produzido localmente, como o T4.

Das 15 empresas que iniciaram nesta megalicitação, somente seis passaram em todos os processos e testes, e a JD Taurus o fez com louvor. O CEO Global da Taurus, Salesio Nuhs, e CFO, Sérgio Sgrillo Filho, estão confiantes de que a empresa fique classificada em primeiro ou segundo lugar, haja vista que a arma é excelente, o preço ofertado é bastante competitivo e os dois melhores classificados poderão ser aproveitados (60% e 40%). Se ficar em 1º lugar e o 2º não bancar seu preço, leva tudo; se ficar em 2º, terá que concordar com o preço do 1º para levar os 40%.

Mesmo que não vença, a significativa importância e tamanho dos mercados militar e civil da Índia, bem como os sucessos que a empresa vem obtendo, fazem com que as perspectivas da Taurus no país sejam muito promissoras.

No caso de vitória, quer leve 40%, 60% ou 100% do negócio, o porte deste e suas consequências futuras são fatores tão importantes que podem mudar radicalmente as perspectivas mercadológicas e financeiras da Taurus na Índia e no mundo, principalmente no que diz respeito ao mercado de armas militares.

Saiba mais:
- Conflito Índia & Paquistão: consequências para a Indústria Brasileira de Defesa

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