Saab fecha contrato milionário com país da América Latina para radar avançado Giraffe 4A

 

*LRCA Defense Consulting - 05/09/2025

Em um movimento estratégico que reforça a segurança regional, a empresa sueca Saab anunciou hoje (05) a venda de seus sofisticados sistemas de radar Giraffe 4A a um país da América Latina ainda não revelado. O contrato, avaliado em cerca de 550 milhões de coroas suecas (aproximadamente 58 milhões de dólares), marca a primeira venda da versão terrestre deste radar multifuncional na região e destaca o crescente interesse latino-americano em modernizar suas defesas aéreas e marítimas.

Um marco para a vigilância regional
O Giraffe 4A representa o que há de mais avançado em tecnologia de radar móvel, capaz de identificar e rastrear simultaneamente um grande número de objetos, tanto no ar quanto no mar. Seu design digital e autônomo possibilita atualizações contínuas por software, garantindo ao cliente uma capacidade de vigilância aérea terrestre moderna e adaptável a novas ameaças.

Carl-Johan Bergholm, chefe da área de Vigilância da Saab, ressalta a importância do negócio: “Este marco representa um passo significativo na expansão de nossa presença na América Latina, fornecendo ao cliente capacidade de vigilância de última geração".

Brasil e Colômbia: parceiros estratégicos da Saab com os caças Gripen
A presença da Saab na América Latina vai além do radar Giraffe 4A. O Brasil já opera ativamente seus caças Gripen F-39, com dez unidades entregues até junho de 2025 e pilotos brasileiros plenamente capacitados, resultado de um programa de transferência de tecnologia que fortalece a indústria nacional de defesa. O caça é parte central da modernização da Força Aérea Brasileira, integrando missões estratégicas e exercendo papel fundamental na defesa do espaço aéreo nacional.

Paralelamente, a Colômbia já selecionou o caça Gripen para sua Força Aérea, sinalizando uma parceria robusta e crescente com a fabricante sueca. Essa decisão reforça o comprometimento do país em modernizar sua frota aérea com tecnologia de ponta, ampliando sua capacidade de vigilância, defesa e controle territorial.

Quem pode estar por trás do pedido?
Embora o país comprador do radar não tenha sido revelado oficialmente, Brasil e Colômbia são candidatos naturais, dada sua relação consolidada com a Saab e sua necessidade de avanços tecnológicos em defesa. O Chile também figura entre os principais interessados, devido aos seus recentes investimentos em equipamentos militares para vigilância e segurança marítima e aérea.

Tecnologia que redefine a segurança
O radar Giraffe 4A é uma solução móvel e autônoma que combina alcance médio com capacidades multifuncionais, detectando ameaças aéreas e marítimas em tempo real. Sua tecnologia permite a integração com sistemas de defesa aérea e controle de tráfego, fortalecendo a infraestrutura nacional contra ameaças convencionais e emergentes.

Este avanço tecnológico vai ao encontro de uma tendência global: países da América Latina buscam ampliar sua soberania sobre o espaço aéreo e marítimo com equipamentos capazes de enfrentar desafios como o tráfico ilícito, a vigilância fronteiriça e a defesa contra ataques modernos.

Crescimento e visão internacional
Para a Saab, que já conta com uma presença significativa globalmente, a expansão para a América Latina é vista como uma peça-chave em sua estratégia de crescimento. A empresa sueca, conhecida por inovação em sensores, sistemas de comando e controle, e tecnologia aeroespacial, projeta um futuro promissor na região, acompanhando a crescente demanda por sistemas avançados de defesa.

O futuro da segurança na América Latina
À medida que a região investe mais em tecnologia e cooperação internacional para fortalecer sua defesa, contratos como o da Saab refletem um cenário em transformação, onde a segurança é prioridade e a inovação, um aliado indispensável. Este acordo com o radar Giraffe 4A não apenas eleva o patamar tecnológico do país comprador, mas indica uma tendência de modernização contínua que pode redesenhar o equilíbrio geopolítico da América Latina nos próximos anos.