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07 setembro, 2025

Parceria entre Exército e indústria brasileira impulsiona independência energética em operações

 


*LRCA Defense Consulting - 07/09/2025

O Exército Brasileiro está avançando rapidamente na integração de tecnologias nacionais para garantir resiliência energética em suas operações, com destaque para a adoção de semicondutores OPV fabricados no país. O movimento se insere em um contexto mais amplo de investimentos recentes em infraestrutura e inovação para segurança nacional.

Inovação nacional garante energia em operações
O Departamento de Engenharia e Construção do Exército (DEC), por meio da Diretoria de Material de Engenharia, realizou uma demonstração técnica de semicondutores orgânicos impressos em substrato plástico (OPV) desenvolvidos pela PHD Semicondutores. O evento, ocorrido no Comando de Operações Terrestres (COTer), reforçou a sinergia entre o governo e a indústria nacional para promover autonomia energética em áreas remotas ou afetadas por desastres.

Eficiência e flexibilidade para operações militares e missões humanitárias
A tecnologia OPV se destaca por sua leveza, flexibilidade, resistência e capacidade de funcionamento mesmo sob baixa luminosidade. Esses atributos tornam a solução ideal para o carregamento de equipamentos críticos — como rádios, notebooks, tablets e smartphones — durante operações militares e missões humanitárias.

Compromisso com a soberania e segurança
O investimento em tecnologias nacionais é estratégico para fortalecer a soberania e a capacidade de pronta resposta do Exército Brasileiro em situações emergenciais. Além de potencializar a eficiência das tropas, a inovação em energia renovável contribui para a proteção e o apoio à população brasileira durante crises ou desastres naturais.

Panorama ampliado: parcerias e expansão de projetos
Além da OPV, o Exército vem expandindo suas ações, incluindo discussões sobre energia renovável em fóruns regionais, contratação de profissionais especializados e implementação de projetos de cogeração de energia em instalações militares. Essas iniciativas integram o Programa Estratégico de Resiliência Energética e ampliam a utilização de fontes sustentáveis no setor de defesa.

Futuro da resiliência energética militar
A preferência por soluções tecnológicas avançadas, totalmente desenvolvidas no Brasil, fortalece a independência energética das forças armadas, garantindo continuidade operacional mesmo em ambientes desafiadores. Essa estratégia posiciona o Exército Brasileiro na vanguarda do uso de inovação em defesa da soberania e da segurança nacional.

 


 

16 maio, 2025

Sustentabilidade e Defesa: o Brasil que quer liderar precisa saber se proteger


*Por Luiz Alberto Cureau Júnior, via LinkedIn - 16/05/2025

Com a COP30 se aproximando e marcada para ocorrer em Belém do Pará, o Brasil tem diante de si uma oportunidade estratégica rara: assumir papel de liderança global na agenda climática, sem abrir mão de suas necessidades mais urgentes em defesa, soberania e inovação tecnológica.

Sustentabilidade, muitas vezes tratada apenas pelo viés ambiental, acaba por tratar de maneira menor o problema. Nossos ativos são cobiçados, sim, e tudo isso precisa ser ampliado para abarcar também a capacidade do país de proteger seus ativos naturais e sua posição geopolítica em um cenário internacional cada vez mais competitivo.

A experiência das Forças Armadas dos Estados Unidos é um exemplo concreto de como inovação e defesa podem caminhar juntas. Por lá, consolidou-se uma estrutura que lembra um “Vale do Silício militar”, no qual engenheiros da indústria e operadores militares atuam integrados, desenvolvendo e aplicando soluções tecnológicas com velocidade. Drones autônomos, sensores remotos, redes de comunicação seguras e inteligência artificial não ficam anos esperando licitação: são testados, aplicados e otimizados em ciclos curtos, com foco em resultados práticos. A eficácia desse modelo é visível em cenários como a guerra na Ucrânia, onde a agilidade na incorporação de tecnologias fez diferença real no campo de batalha.

Para o Brasil, adotar esse modelo pode representar um salto. A aproximação entre a Base Industrial de Defesa (BID) e as Forças Armadas, com o envolvimento de startups e empresas nacionais, pode acelerar a criação de soluções sob medida. Isso é essencial para regiões sensíveis como a Amazônia – território estratégico, cobiçado e vulnerável, com biodiversidade, água doce, minerais raros e relevância climática global. Defender essa região exige mais que boas intenções: é necessário investir em sistemas de monitoramento aéreo, sensores terrestres e veículos autônomos, capacidades que a indústria nacional pode desenvolver, desde que haja articulação.

E a nossa indústria está pronta para isso. Durante meu comando na 6ª Brigada de Infantaria Blindada, estabelecemos uma parceria com o Grupo Moura para desenvolver baterias nacionais específicas para o Leopard 1A5, nosso principal vetor blindado. Eles apresentaram soluções tecnicamente viáveis. Mas a burocracia e a falta de visão estratégica impediram sua adoção. Exemplos como esse revelam que temos capacidade industrial e talento técnico e até vontade da indústria participar, o que falta é decisão política, agilidade e integração.

A COP30 não pode ser apenas uma vitrine ambiental. Deve marcar a afirmação de uma soberania sustentável. O Brasil precisa parar de importar soluções e começar a construir as suas. Não haverá sustentabilidade sem soberania. E não haverá soberania sem uma defesa tecnologicamente preparada e estrategicamente conectada à proteção ambiental. 

*Luiz Alberto Cureau Jr. é General de Brigada R/1 do Exército Brasileiro e Consultor em meio ambiente e projetos de crédito de carbono no Instituto Climático VBH em Brasília.

10 maio, 2025

Sem Defesa forte, não há Sustentabilidade real

 


*Por Luiz Alberto Cureau Júnior, via LinkedIn - 10/05/2025

Enquanto o Brasil assume o protagonismo global na liderança da COP30, há um tema essencial ainda tratado à margem: a segurança climática. A carta da Presidência da Conferência é clara ao convocar um “Mutirão Global” para enfrentar a crise ambiental. Mas quem sustentará essa mobilização nos territórios mais vulneráveis e estratégicos do país? A resposta é simples: as Forças Armadas.

É ingênuo imaginar que a transformação ecológica pode ocorrer apenas por meio de boas intenções e ações simbólicas. Softpower tem valor, mas sem capacidade real de dissuasão, controle e presença, não há governança ambiental efetiva. O crime ambiental na Amazônia, na foz do Amazonas, o garimpo ilegal, o desmatamento e a biopirataria já operam com logística militarizada. Não basta plantar árvores; é preciso proteger o território onde elas crescem.

As Forças Armadas do Brasil desempenham um papel silencioso, mas essencial, na preservação dos biomas. Em regiões remotas como a Amazônia Legal, no nosso oceano, são muitas vezes a única presença do Estado, garantindo soberania, monitoramento e auxílio logístico a operações ambientais e científicas. Ainda assim, persistimos em discutir Defesa como um “gasto” a ser contido, quando, na verdade, é um investimento de segurança estratégica , inclusive climática.

Se queremos liderar o debate internacional sobre clima, precisamos alinhar discurso e estrutura. Isso implica integrar a Defesa Nacional à política ambiental com orçamento próprio, previsível e contínuo. O Brasil deve instituir um orçamento permanente para ações de Defesa, criar Centros Integrados de Vigilância Ambiental com tecnologia dual e capacitar tropas em temas como geopolítica ambiental e operações sustentáveis.

A COP30 é a chance de apresentar ao mundo um novo paradigma: o da Defesa Verde. Um modelo onde nossas Forças Armadas são agentes de sustentabilidade, guardiãs do território e garantidoras da ordem ambiental. A diplomacia brasileira precisa da retaguarda de uma estrutura de Defesa forte e atualizada. Não há argumento climático que se sustente sem soberania territorial. E não há soberania sem Forças Armadas equipadas, treinadas e valorizadas.

O Brasil pode e deve mostrar que proteger o meio ambiente também é uma missão de Defesa Nacional. Porque sem segurança, não há transição ecológica. E sem Defesa, não há futuro verde possível. 

*Luiz Alberto Cureau Jr. é General de Brigada R/1 do Exército Brasileiro e Consultor em meio ambiente e projetos de crédito de carbono no Instituto Climático VBH em Brasília.

30 março, 2025

Energia elétrica extraída de plantas já é realidade no Peru

Hernán Asto, jovem peruano visionário, criou uma tecnologia inovadora que leva eletricidade sustentável a comunidades carentes, promovendo saúde e preservando o meio ambiente. Tecnologia pode ser replicada no Brasil para beneficiar quem mora em rincões distantes e sem acesso à energia elétrica.

Foto: Alinti

*Portal Sustentabilidade - 21/01/2025

Em Ayacucho, Peru, uma inovadora fusão de tecnologia e natureza está iluminando comunidades rurais e trazendo uma nova esperança para milhares de pessoas.

Hernán Asto Cabezas, um jovem empreendedor e visionário, desenvolveu o Alinti, um sistema revolucionário que gera eletricidade a partir de plantas.

Utilizando a fotossíntese e microorganismos do solo, o Alinti oferece uma solução sustentável para iluminar residências e ruas em áreas remotas sem acesso à eletricidade.

Luz a partir das plantas
O nome Alinti é uma fusão das palavras “ali” (planta, em aymara) e “inti” (sol, em quéchua), refletindo a conexão com a natureza e as raízes culturais do criador. Este dispositivo inovador aproveita os resíduos da fotossíntese e a interação de microorganismos no solo para gerar eletricidade.

Durante o processo, compostos orgânicos liberados pelas raízes das plantas são decompostos, liberando elétrons que são capturados por um ânodo de polímero condutor não metálico, uma invenção exclusiva da Alinti.

Cada unidade de Alinti é capaz de fornecer entre 6 e 8 horas de iluminação ou recarregar dois celulares. Desde sua implementação, mais de 4.000 famílias foram beneficiadas, e estima-se que 540 toneladas de CO₂ tenham sido evitadas. Isso não apenas reduz a pegada de carbono, mas também oferece uma alternativa segura às velas e lâmpadas de querosene, prevenindo doenças respiratórias, irritações oculares e queimaduras.

Foto: Alinti

Iluminação pública sustentável
Além das residências, o Alinti evoluiu para o Gleam, um sistema de iluminação pública que combina células bioeletroquímicas e sensores de movimento para ativar as luzes somente quando necessário.

O Gleam já está em operação em Ayacucho e se expandindo para outras regiões, com potencial para ser adotado em países vizinhos. Estima-se que o Gleam possa evitar 20 toneladas de CO₂ por ano, além de melhorar a segurança e promover a biodiversidade urbana.

A trajetória de Hernán Asto é uma verdadeira inspiração. Criado em uma família humilde, ele estudava à luz de velas, mas sua determinação e paixão pela ciência o levaram a desenvolver tecnologias que hoje transformam vidas.

Seu trabalho com o Alinti é um símbolo de resiliência e inovação, demonstrando que é possível encontrar soluções sustentáveis para os desafios energéticos.

Foto: Alinti

Benefícios para a saúde e educação
A substituição de fontes tradicionais de iluminação, como velas e lâmpadas de querosene, resultou em uma redução de 30% nas doenças respiratórias. Além disso, o Alinti tem contribuído para um aumento de 20% na frequência escolar, proporcionando iluminação segura para o estudo noturno e melhorando o desempenho acadêmico das crianças.

O Alinti e-GRASS, projetado para iluminação urbana, ocupa apenas 1 m² e é capaz de fornecer iluminação eficiente de 25 W para ruas e parques.

Cada unidade absorve 210,24 kg de CO₂ por ano, o equivalente a compensar 1.752 km percorridos por um carro médio, e libera oxigênio suficiente para 175,2 dias de respiração de uma pessoa. Este sistema elimina a necessidade de baterias poluentes e reduz a dependência de combustíveis fósseis.

Foto: Reprodução/Pexels

Um futuro sustentável
Com mais de três milhões de pessoas sem acesso à eletricidade no Peru, a tecnologia desenvolvida por Hernán Asto não apenas ilumina lares e ruas, mas também simboliza uma mudança para um futuro mais sustentável. A Alinti representa uma fusão perfeita entre tecnologia e natureza, demonstrando como a inovação pode ser usada para reduzir emissões de CO₂, melhorar a saúde pública e promover a conscientização ambiental.

Ao unir ciência, cultura e sustentabilidade, Hernán Asto e sua equipe estão não apenas iluminando comunidades, mas também pavimentando o caminho para um planeta mais limpo e justo. Através da Alinti, a energia renovável se torna acessível a todos, marcando uma revolução na forma como o mundo enxerga e utiliza os recursos naturais.


*Fonte primária: Noticias Ambientales Alinti

09 fevereiro, 2025

CBC recebe certificação IS0 14001, que implementa Sistema de Gestão Ambiental


*LRCA Defense Consulting - 09/02/2025

A Companhia Brasileira de Cartuchos (CBC) acaba de conquistar, nas unidades de Ribeirão Pires, Montenegro e no Centro de Distribuição em São Paulo, a certificação ISO 14001, norma internacional que estabelece diretrizes para o Sistema de Gestão Ambiental.

 A certificação ISO 14001 é resultado do comprometimento da CBC no atendimento aos requisitos legais e demonstra a credibilidade da empresa em garantir processos sustentáveis, assim como confirma a atuação socioambiental e o comprometimento com o planeta e com as gerações futuras. 

A norma contribui com a criação de requisitos de gestão de produtos e processos mais eficientes, que identifiquem e reduzam os impactos ambientais, assim como a promoção do engajamento da equipe através de conscientização ambiental dentro da Companhia e junto as famílias dos colaboradores, estendendo o engajamento à comunidade. 

A ISO 14001 traz vantagens, como: o controle e minimização de impactos ambientais dos processos, a redução da geração de resíduos, desperdícios e custos, garantindo a sustentabilidade do negócio, promovendo a agilidade e produtividade necessária para as atividades, identificando excessos e eliminando-os. Também garante o processo de melhoria contínua e reforça a necessidade da busca constante da evolução no negócio e, principalmente, das pessoas, promovendo assim o aprimoramento dos processos. 

“Este é um marco importante para a nossa empresa, reafirmando nosso compromisso com a sustentabilidade, a preservação ambiental e a melhoria contínua dos nossos processos. Agradecemos a todos os colaboradores e parceiros que contribuíram para essa conquista. Vamos seguir trabalhando juntos para um futuro mais verde e responsável”, afirma Fabio Mazzaro, Presidente da Companhia Brasileira de Cartuchos. 

A certificação foi emitida pela TÜV NORD Brasil, com validade até 26 de novembro de 2027.

Comprometimento Ambiental e Social
Comprometida em assegurar o cumprimento de suas responsabilidades ambientais e sociais, a CBC vem realizando uma série de ações, entre elas a implementação do Sistema de Gestão Ambiental, de acordo com os padrões da norma ISO 14001. 

A CBC mantém uma atitude positiva e ativa em relação à conservação do meio ambiente em seus diferentes aspectos, buscando realizar o controle do possível impacto de suas atividades.  

A empresa tem como compromisso gerenciar e controlar adequadamente os resíduos gerados, priorizando a não geração, redução, reutilização, reciclagem, tratamento e disposição final ambientalmente adequada. O tratamento e disposição final dos resíduos gerados em todas as operações são realizados de acordo com as diretrizes da Política Nacional de Resíduos Sólidos (Lei 12.305/2010) e com processos e parâmetros estabelecidos pelos órgãos ambientais.  

A CBC também promove a gestão racional e eficiente dos recursos, como água e energia, com especial atenção à redução do consumo e ao uso de energia renovável.   

A Companhia tem uma grande preocupação com a potencial escassez global de água no futuro e o compromisso com o uso sustentável da água é uma das prioridades de suas operações. Neste sentido, desenvolve estratégias e projetos para garantir a máxima eficiência no uso deste recurso, por meio de máquinas e equipamentos mais econômicos e processos para a reutilização da água. 

A empresa busca prevenir a poluição e minimizar os impactos ambientais significativos associados às atividades desenvolvidas. Além disso, a CBC possui uma constante campanha ambiental interna, assim como boletins internos, que visam educar a todos sobre as melhores práticas.

Preservando a Mata Atlântica
Instalada na cidade de Ribeirão Pires, a 40 km de São Paulo, e às margens da represa Billings, responsável pelo abastecimento de água de todo o ABC paulista e cidades vizinhas, a matriz da CBC ocupa uma área de 1.883.564 m² (188 hectares), sendo 75% da área total de Mata Atlântica nativa totalmente preservada, rica em biodiversidade e constituída por florestas naturais. 

Além disso, em maio de 2023, a CBC promoveu o plantio, com o apoio dos colaboradores da empresa, de 2 mil mudas de árvores nativas da Mata Atlântica em Ribeirão Pires. 

É também mantenedora da Sociedade Brasileira para Conservação da Fauna (SBCF), organização privada sem fins lucrativos que promove a defesa e preservação da fauna silvestre brasileira e seu habitat, incentivando o desenvolvimento de práticas de gestão, uso sustentável e manejo adequado do meio ambiente, visando assegurar a conservação da diversidade biológica e dos ecossistemas e promover o desenvolvimento socioeconômico sustentável.

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