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29 outubro, 2024

Com cibersegurança e criptografia aeroembarcadas, Link-BR2 entra em fase final de integração na FAB

Kryptus é responsável por garantir a comunicação sigilosa e autenticada entre aeronaves e estações de solo da Força Aérea Brasileira

 

*LRCA Defense Consulting - 29/10/2024

O Link-BR2, projeto de datalink da Força Aérea Brasileira (FAB) executado pela AEL Sistemas, concluiu com sucesso mais uma etapa de testes para demonstrar a robustez e estabilidade do sistema de enlace de dados táticos nacional. Em operação desde 2020, o Link-BR2 atualmente é integrado aos caças do modelo F-5M, e nesta nova fase as aeronaves contaram, pela primeira vez, com as soluções embarcadas de cibersegurança e criptografia desenvolvidas pela Kryptus.

A criptografia ativa no rádio para os voos de teste é uma etapa crucial para a certificação final do sistema, responsável por fornecer comunicação sigilosa e autenticada em tempo real entre as aeronaves e estações de solo da Aeronáutica.

“Desde o início do projeto, a Kryptus é encarregada por todo o desenvolvimento dos protocolos de comunicação e da camada de segurança da informação, que envolve desde a proteção dos computadores e terminais em solo até a criptografia embarcada no rádio, assegurando a transmissão segura das informações”, explica Fernando Farias, Gerente de Projeto da empresa.

“Trabalhamos lado a lado no design, montagem e validação das placas criptográficas e na implementação dessas soluções em nossos rádios e sistemas de solo, que requerem uma infraestrutura robusta para garantir seu funcionamento eficaz. Como parceira estratégica, a Kryptus nos oferece tecnologia de ponta que agora é aplicada nos testes em voo”, completa Ismail Rodrigo Müller, gerente de programas da AEL Sistemas.

Reconhecida pelo Ministério da Defesa com o selo EED (Empresa Estratégica de Defesa) e responsável por iniciativas como o desenvolvimento do Typhon, primeiro sistema autônomo inteligente de defesa cibernética brasileiro, a Kryptus traz para o Link-BR2 toda sua expertise no setor, fornecendo soluções avançadas que incluem:

- Criptocomputador: parte da fase 2 do Projeto IFF Modo 4 Nacional (IFFM4BR), é crucial para a interoperabilidade entre diferentes plataformas (aéreas, terrestres e marítimas), permitindo a classificação rápida e segura dos vetores em combate;
- Sistema de credenciamento, autenticação e autorização: visa garantir que apenas usuários e terminais autorizados tenham acesso à rede Link-BR2, protegendo a integridade e a segurança das comunicações;

- Segurança do sistema operacional, rede e logs: implementa medidas robustas para proteger o sistema contra possíveis ameaças cibernéticas, mantendo a segurança das operações;

- Sistema de distribuição segura de chaves e arquivos: garante que todas as chaves criptográficas e arquivos sejam distribuídos de forma segura, mantendo a confidencialidade e a integridade dos dados;

- kNET HSM: equipamento que centraliza e protege as autoridades certificadoras do sistema, garantindo a segurança das operações criptográficas;

- KeyGuardian: dispositivo portátil equipado com Gerador de Números Aleatórios Verdadeiros (TRNG) para criar chaves criptográficas impossíveis de quebrar, protegendo comunicações, cifrando documentos e armazenando credenciais de forma segura;

- Tokens de segurança: fornecem uma camada adicional de proteção, garantindo a autenticação segura dos usuários nos subsistemas do projeto.

Os próximos estágios do projeto Link-BR2 incluem a integração com os caças F-39 Gripen e também sua expansão para as plataformas das demais forças da Defesa. “Há conversas avançadas com a Marinha para integrar o sistema em seus teleports, e o Exército também demonstrou interesse em adotar o Link-BR2 como o padrão de datalink tático do Brasil”, observa Müller.

“Quando atingir sua maturidade, o Link-BR2 será um dos datalinks mais avançados e seguros do mundo, com capacidade de comando e controle que colocará o Brasil na vanguarda da tecnologia de guerra centrada em redes, com desenvolvimento 100% nacional, o que reitera o compromisso de todos os envolvidos com a soberania do país”, conclui Farias.

Sobre a Kryptus
A Kryptus é uma multinacional brasileira provedora de soluções de criptografia e segurança cibernética altamente customizáveis, confiáveis e seguras para aplicações críticas, com foco na entrega de serviços de alto nível para resolução das missões de seus clientes. Fundada em Campinas (SP), em 2003, atua hoje nos setores público e privado dos mercados do Brasil, LATAM, Europa, Oriente Médio e África, sendo reconhecida pelo Ministério da Defesa do Brasil com o selo EED – Empresa Estratégica de Defesa, além de contar com selo Gartner Cool Vendor.

Sobre a AEL Sistemas

A AEL Sistemas é uma empresa brasileira que, há 40 anos se dedica ao projeto, desenvolvimento, fabricação, manutenção e suporte logístico de sistemas eletrônicos militares e espaciais, para aplicações em plataformas aéreas, marítimas e terrestres. Atualmente, participa do desenvolvimento de diversos Projetos Estratégicos das Forças Armadas do Brasil e dos principais programas de Comando e Controle do Ministério da Defesa, como: Link-BR2, STERNA, SIC2MB e RDS Defesa. Atualmente, a empresa é considerada um Centro de Excelência em Tecnologia de Defesa.

07 março, 2024

Aeronáutica contrata solução de comunicação unificada segura da Dígitro Tecnologia


*LRCA Defense Consulting - 07/03/2024

O Departamento de Controle do Espaço Aéreo (DECEA) avança na modernização da Rede de Telecomunicações de Comando do Comando da Aeronáutica (COMAER). No dia 28 de fevereiro de 2024 foi assinado o contrato da solução de comunicação unificada segura (UNA) com a Dígitro Tecnologia, resultado do Primeiro Termo de Licitação Especial (TLE) do COMAER.

Conduzido pelo Subdepartamento Técnico do DECEA (SDTE) este contrato representa um marco na modernização da Rede de Telecomunicações de Comando do Comando da Aeronáutica (RTCAER).

A demanda por essa solução nasceu da visão estratégica do DECEA, que reconheceu a necessidade premente de prover uma rede de telecomunicações segura, com capacidades de mobilidade e compartilhamento de informações entre seus usuários, incluindo áudio, texto, vídeo, imagens, documentos e até a localização geográfica.

Após implantado, o sistema permitirá a realização de conferências e telas compartilhadas, promovendo uma comunicação mais eficaz e colaborativa para os usuários da Rede.

Um dos pontos cruciais dessa solução é a sua ênfase na segurança, motivo basilar para implementação de um Produto Estratégico de Defesa junto a uma Empresa Estratégica de Defesa.

A solução assegura a proteção das informações sensíveis e estratégicas que serão compartilhadas pelos usuários da Rede, com o emprego de criptografia comercial e capacidade de implementar criptografia de Estado. Além disso, o sistema foi projetado para permitir uma operação, supervisão e auditoria por parte das Organizações Militares responsáveis do COMAER, garantindo o controle e a integridade das comunicações.

O evento de assinatura do contrato da solução marca, não apenas um avanço significativo na modernização da infraestrutura de comunicação da Força Aérea Brasileira (FAB), mas também reflete o compromisso contínuo do DECEA em buscar soluções de vanguarda tecnológica que garantam a segurança e eficácia de suas operações, aperfeiçoando os meios de comunicação da FAB para enfrentar os desafios do futuro e cumprir sua missão com excelência e segurança. 

Sobre a Dígitro Tecnologia
Sediada em Florianópolis (SC), a Dígitro nasceu há 46 anos como uma startup e hoje é uma empresa com mais de 300 colaboradores, 1.200 clientes e com atuação em todo o Brasil e América Latina.

Ao longo da sua história, inovou, cresceu e evoluiu. Seu portfólio de soluções sempre foi adequado e atualizado para atender o mercado em suas necessidades atuais e futuras.

A Dígitro é especializada em segurança e defesa, com um amplo portfólio de soluções de monitoramento, gestão e inteligência investigativa em condições de atender as necessidades das empresas da administração pública.

Em virtude do seu know-how e qualidade da entrega de soluções, a empresa é reconhecida pelo Ministério Brasileiro de Defesa como Empresa Estratégica de Defesa (EED).

*Com informações do DECEA e da Dígitro.

29 janeiro, 2024

Ordan Cargo entrega equipamentos de segurança para Força Aérea Brasileira em Tel Aviv


*AJOT American Jounal of Transportation - 29/01/2024

A Ordan Cargo, com sede em Israel, facilitou com sucesso o envio de equipamentos de segurança para a Força Aérea Brasileira, demonstrando sua eficiência e expertise em logística de cargas.

O contêiner de 40 pés foi transportado por via aérea em um Embraer KC-390 da Força Aérea Brasileira. Todo o projeto, gerenciado pela equipe da Ordan Cargo no local, foi concluído em quatro horas.

Apesar dos desafios colocados pelas atuais circunstâncias políticas e de segurança, a equipa Ordan garantiu a execução oportuna do projeto, enfatizando o seu compromisso em oferecer excelência no transporte de carga.

14 janeiro, 2024

HELICONTROL: o sistema que garante segurança e fluidez no controle de helicópteros na cidade de São Paulo


*LRCA Defense Consulting - 14/01/2023

O Brasil é detentor da maior frota de helicópteros do mundo, com mais de duas mil aeronaves, segundo dados levantados pela Associação Brasileira de Pilotos de Helicóptero (ABRAPHE) e pela Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC). Somente a cidade de São Paulo registra, em média, cerca de 2.200 pousos e decolagens todos os dias.

O desafio de gerenciar e controlar esse movimento aéreo específico trouxe soluções pioneiras e da mais alta complexidade. Único no mundo, o sistema HELICONTROL, desenvolvido pela Força Aérea Brasileira (FAB), por meio do Departamento de Controle do Espaço Aéreo (DECEA), é operado na Torre de Controle de Congonhas e garante a convivência segura de aviões e helicópteros na aproximação do aeroporto, que é o segundo mais movimentado do Brasil.

A área de controle de helicópteros da Torre de Controle de São Paulo foi uma solução criada em 2004 pelo DECEA, como uma alternativa para viabilizar o crescente número de operações de helicópteros nesta porção do espaço aéreo. “O serviço foi criado baseado nos pilares básicos de controle do espaço aéreo, que são a fluidez e a segurança, visando buscar a convivência harmônica entre a circulação de helicópteros e a de aeronaves de asas fixas no aeroporto de Congonhas”, destaca o chefe da Subdivisão de Gerenciamento de Tráfego Aéreo (ATM) do Centro Regional de Controle do Espaço Aéreo Sudeste (CRCEA-SE), Major Aviador Roberto Manoel Francisco Júnior.

Confira no vídeo como funciona o HELICONTROL e descubra a complexidade do controle de tráfego aéreo de helicópteros na capital paulista.


*Com informações da Assessoria de Comunicação Social – ASCOM DECEA

29 dezembro, 2023

Plataforma Única: inovação nacional com flexibilidade e maior capacidade no controle do tráfego aéreo e defesa aeroespacial

 


*LRCA Defense Consulting - 29/12/2023

Uma nova tecnologia, em resposta a uma demanda do Departamento de Controle do Espaço Aéreo (DECEA), foi desenvolvida para integrar os diversos sistemas que compõe o cenário aeroespacial e de defesa brasileiro: a Plataforma Única. A sua concepção concretiza a resposta inovadora aos desafios de integração e modernização dos programas do Sistema de Controle do Espaço Aéreo Brasileiro (SISCEAB), o que representa economia de tempo, esforço e, consequentemente, redução de modo significativa dos custos.

A inovação está sendo conduzida pela Comissão de Implantação do Sistema de Controle do Espaço Aéreo (CISCEA), em parceria com a empresa Atech, que faz parte do Grupo Embraer. A Atech também é reconhecida por ser uma expertise em tecnologias avançadas e inovação nos setores Aeroespacial e de Defesa.

A natureza dessa plataforma, que não se encontra pronta no mercado como um produto comercial, reflete a necessidade de uma solução customizada e abrangente para atender às demandas específicas dos diferentes sistemas que envolvem o Controle do Espaço Aéreo Brasileiro, tais como: Sistema de Defesa Aérea e Circulação Operacional Militar (DACOM), Sistema Avançado de Gerenciamento de Informações de Tráfego Aéreo e Relatórios de Interesse Operacional (SAGITARIO), Plataforma Avançada de Treinamento e Atualização Operacional (PLATAO), Sistema Integrado de Gestão de Movimentos Aéreos (SIGMA) e Consciência Situacional de Movimentos Aéreos (COSMOS).

A Plataforma Única tem uma característica fundamental que é a adoção de arquitetura tecnológica padronizada e modular, além da criação de uma Interface Homem-Máquina (IHM) flexível, que permitirá que operadores acessem módulos e serviços de outros sistemas a partir de uma única estação de trabalho, centralizada e compartilhada. Essa tecnologia contrasta com a tradicional criação de plataformas específicas para cada sistema. Na arquitetura atual do DACOM e do SAGITARIO, quando ocorre alguma alteração, necessária, podem surgir problemas em outros que estão a ele conectados.

“Quando um módulo é alterado na arquitetura modernizada, não são afetados os outros módulos do mesmo sistema porque todos eles estão conectados apenas à Plataforma Única, e não um ao outro. É como se cada módulo fosse uma peça independente que não influencia as demais”, declarou o coordenador de projetos da Divisão Operacional da CISCEA, engenheiro Fabio Louback Espíndola.

A operação da Plataforma Única, tanto em ambientes de controle de tráfego Aéreo (ATC) quanto de Defesa Aeroespacial, proporcionará flexibilidade ao Comando da Aeronáutica e ampliará significativamente sua capacidade de resposta a diferentes demandas e cenários operacionais. 

*Com informações do DECEA.

18 novembro, 2023

Kryptus Segurança da Informação obtém a Certificação AQAP 2110 da OTAN


*LRCA Defense Consulting - 18/11/2023

A Kryptus Segurança da Informação anunciou ontem (17) um marco significativo em sua jornada rumo à excelência em segurança da informação e tecnologia aeroespacial ao obter a prestigiada certificação AQAP 2110 da OTAN emitida pela IFI/Força Aérea Brasileira - FAB. A conquista marca um momento crucial em seu compromisso de fornecer soluções de ponta para sistemas aéreos. 

O que é a Certificação AQAP 2110 da OTAN?
A AQAP 2110 da OTAN, ou Allied Quality Assurance Publication 2110, é uma norma mundialmente reconhecida que estabelece padrões rigorosos de qualidade e segurança para organizações envolvidas no desenvolvimento e produção de sistemas aeroespaciais e de defesa. Esta certificação significa que a Kryptus cumpre o mais alto nível de requisitos de segurança e qualidade exigidos pela OTAN e pela comunidade aeroespacial internacional.

Por que essa certificação é tão importante?
- Qualidade e Segurança Intransigentes: a certificação AQAP 2110 da OTAN garante que a Kryptus estabeleceu e adere a rigorosos protocolos de segurança, qualidade e proteção em seu compromisso com a salvaguarda da aeronavegabilidade de todos os programas aeroespaciais em que trabalha.

- Excelência Aeroespacial: a conquista desta certificação demonstra sua dedicação à excelência em tecnologia aeroespacial, estando agora mais bem equipada do que nunca para apoiar o desenvolvimento e a produção de sistemas aéreos críticos, atendendo às necessidades exigentes de seus clientes.

- Reconhecimento Global: a OTAN AQAP 2110 é reconhecida mundialmente, ressaltando sua capacidade de oferecer soluções que atendam aos padrões internacionais. A importante certificação demonstra seu compromisso com a conformidade e com a excelência em escala global.

- Parceria de Confiança: a certificação atesta que a Kryptus Segurança da Informação oferece parceria com uma empresa que atendeu aos mais altos padrões da indústria, fornecendo soluções e serviços de topo, ultrapassando os limites da tecnologia aeroespacial, aumentando a segurança e oferecendo a inovação que importa e faz a diferença.


29 setembro, 2023

Empresas dos Emirados expandem o alcance global, com o Brasil assumindo o papel central para o Grupo EDGE

O Grupo EDGE exibe alguns veículos aéreos não tripulados na exposição de defesa IDEX em Abu Dhabi em 2023. (Breaking Defense)

*Breaking Defense, por AGNES HELOU - 28/09/2023

Para uma nação relativamente pequena numa região que ainda não é conhecida pela sua indústria militar, os Emirados Árabes Unidos têm vindo a ganhar fama no cenário global, com empresas e organizações dos Emirados a assinarem acordos e parcerias de defesa a meio mundo de distância. .

E embora alguns desses acordos estejam ainda na sua infância, os analistas disseram à Breaking Defense que as empresas dos Emirados até agora conseguiram expandir o seu alcance muito além do Golfo, escolhendo os seus locais – geográfica e tecnologicamente.

“Onde existe uma lacuna, parece que os EAU estão a tentar preencher a exigência observando a dinâmica do mercado. Com certeza, as regiões e países alvo de investimento são parceiros de longo prazo na visão estratégica dos EAU”, disse Theodore Karasik, consultor sénior do think tank Gulf State Analytics, à Breaking Defense.

Brasil: foco do Grupo EDGE
E embora empresas dos Emirados tenham assinado acordos nos últimos anos desde a Europa de Leste até à África Austral, há um país distante que parece deter grande parte do foco do maior conglomerado de defesa dos EAU, conhecido como Grupo EDGE: o Brasil.

Lá, disse o analista Ryan Bohl, a EDGE encontrou uma entrada em um “nicho de região que tem ambições de fortalecer suas forças armadas, mas não enfrenta ameaças militares urgentes”. Isso significa que é um ambiente de risco relativamente baixo para iniciativas de defesa, tanto para as empresas dos EAU como para os seus clientes latino-americanos.

E embora os EAU tenham geralmente mantido um controle apertado sobre a propriedade intelectual local para produtos de defesa, as parcerias permitem a partilha de informações e um desenvolvimento tecnológico mais rápido num país com a sua própria base industrial madura.

Para este relatório, a Breaking Defense examinou vendas de defesa anunciadas publicamente, parcerias e outros movimentos corporativos, e conversou com analistas especializados. Os responsáveis ​​da EDGE recusaram-se a ser entrevistados para a reportagem, tal como os do Conselho Tawazun, a autoridade de aquisições dos EAU e outro importante interveniente na expansão global da nação do Golfo.

Invadindo o Brasil
Talvez em nenhum outro lugar fora da sua própria região, a EDGE, um conglomerado de mais de 25 empresas de defesa, esteja a fazer mais barulho do que no Brasil, que tem o maior orçamento de defesa da América do Sul e é sede da empresa aeroespacial multinacional Embraer.

Em abril, a EDGE escolheu o Brasil como local para seu primeiro escritório internacional, e ainda hoje o conglomerado anunciou um novo acordo estratégico com o Corpo de Fuzileiros Navais do Brasil para “mostrar seu portfólio avançado de soluções multidomínio, com foco em veículos autônomos, eletrônicos guerra e comunicações seguras”.

Esse anúncio seguiu-se a um mês passado em que a EDGE disse que estava trabalhando com organizações militares brasileiras para co-desenvolver sistemas de defesa. Especificamente, a empresa Emitari disse que unirá forças com o Departamento de Ciência e Tecnologia Aeroespacial (DCTA) da Força Aérea Brasileira para desenvolver conjuntamente sistemas não tripulados e autônomos, armas inteligentes e projetos aéreos e espaciais.

Antes disso, em 11 de agosto, a EDGE assinou um acordo com a empresa brasileira de engenharia Turbomachine para co-desenvolver motores, incluindo turbofan e ventilador propelente, para os UAVs e mísseis do conglomerado dos Emirados. No início de julho, a EDGE assinou um importante acordo para desenvolver mísseis antinavio de longo alcance para a marinha brasileira.

Durante a exposição de defesa e segurança LAAD no Brasil em abril passado, a Edge assinou uma série de acordos com empresas de defesa, incluindo um acordo com a brasileira Kryptus para cooperar em capacidades cibernéticas, outro com a SIATT para armas inteligentes e integração de sistemas de alta tecnologia, e com a AKAER para “combinar experiência e fornecer recursos críticos para apoiar os usuários finais”, de acordo com a declaração da empresa.

“As empresas de defesa de Abu Dhabi procuram outros mercados regionais para construir laços comerciais. Entrar no mercado latino-americano, e no Brasil especificamente, ajuda a construir a atração de produtos dos Emirados para vários cenários hipotéticos na região”, disse Karasik ao Breaking Defense. “O Brasil é um país-alvo devido à capacidade dos Emirados de fazer parceria com instituições brasileiras”, nas parcerias que Karasik disse ter mais probabilidade de obter apoio do governo brasileiro do que empresas estrangeiras independentes.

O coronel aposentado das Forças Armadas brasileiras Paulo Roberto da Silva Gomes Filho disse ao Breaking Defense que o Brasil é um mercado atraente porque “o país tem uma forte base industrial de defesa, uma força de trabalho técnica e científica bem treinada e vários centros de excelência”.

“Um exemplo notável é o setor aeronáutico, onde a fabricante de aviões Embraer é mundialmente conhecida. O país tem energia abundante e uma oferta significativa de matérias-primas (minerais) para a produção industrial”, acrescentou.

Filho disse que a estratégia é “vantajosa para ambas as partes porque não se limita apenas às duas nações; cada um também pode funcionar como porta de entrada para os mercados da América Latina, no caso dos Emirados Árabes Unidos, e do Golfo Árabe, no caso do Brasil, respectivamente.”

Acrescentou que a parceria beneficia ambos os países, permitindo-lhes ganhar autonomia tecnológica e adquirir sistemas defensivos a custos mais baixos e em menos tempo. “Isso ocorre porque as despesas e as tecnologias podem ser combinadas para acelerar os empreendimentos essenciais de ambos os países”, disse ele.

O Brasil também é um bom parceiro para se ter diplomaticamente, disse Filho.

“É um país que mantém relações fortes tanto com o Oriente como com o Ocidente, participando ativamente tanto no G20, onde atualmente ocupa a presidência, como nos BRICS, onde assumirá a presidência em 2024”, afirmou. “Tem também uma liderança natural na América Latina e ligações sólidas com os países africanos.”

E embora o Brasil gaste uma quantia significativa em defesa – cerca de US$ 19 bilhões em 2022, de acordo com dados do Instituto Internacional de Pesquisa para a Paz de Estocolmo – Bohl, analista sênior do Oriente Médio e Norte da África da Rede RANE, enfatizou que não enfrenta ameaças militares significativas no região.

O Brasil e outros países da América do Sul, disse ele, querem “tornar-se mais independentes e [estão] em busca de novos parceiros de defesa, mas não estão em uma posição em que enfrentem ameaças iminentes, pelas quais não possam assumir um risco para uma organização como a EDGE.”

A EDGE não é a única empresa dos Emirados que percebe o potencial de negócios na América Latina. O Grupo Paramount, que foi fundado na África do Sul, mas está sediado em Abu Dhabi, anunciou este mês que seu Veículo de Combate de Infantaria (ICV) 6X6 foi encomendado por militares latino-americanos.

Além da América do Sul
No mesmo anúncio, a Paramount disse que os seus veículos de infantaria também foram encomendados pelo governo indiano, apenas um exemplo recente da base global de clientes que as empresas dos Emirados estão a tentar chegar muito além dos confins do Golfo ou da América do Sul.

A parceria industrial existente entre a Paramount e o conglomerado de engenharia e tecnologia Bharat Forge Ltd, com sede na Índia, e sua subsidiária, Kalyani Strategic Systems, resultou, até o momento, no desenvolvimento e produção bem-sucedidos de grandes volumes de veículos blindados KM4 fabricados localmente para o Exército Indiano. (Há uma década, a Paramount ganhou um contrato para fornecer veículos táticos para a polícia no Brasil.)

Em outros lugares, a EDGE está alcançando todas as direções. Na semana passada, o conglomerado anunciou dois novos acordos com empresas búlgaras: o primeiro para transferência de conhecimento e investigação relacionada com tudo, desde tecnologia espacial a veículos terrestres, e o segundo para “identificar conjuntamente oportunidades de negócios no domínio do desenvolvimento eletrónico múltiplo”, de acordo com a declaração da EDGE. .

No anúncio, Omar Al Zaabi, Presidente de Trading & Mission Support da EDGE, destacou que estes acordos irão expandir a presença da empresa na Europa Oriental.

A EDGE já tem uma presença na Europa de Leste desde que adquiriu uma participação majoritária na Milrem Robotics da Estônia no início deste ano. (Milrem e uma subsidiária da EDGE fundiram recentemente tecnologias para colocar um lançador de munição ociosa (vagante) em um veículo de combate terrestre.)

Além da América Latina e da Europa de Leste, o Grupo EDGE também tem clientes na África Subsaariana, onde a empresa assinou um acordo de mil milhões de dólares para equipar a marinha angolana com três corvetas BR71 MKII de 71 metros.

Em outros lugares, o Conselho Tawazun, a organização de aquisições dos Emirados, está olhando para o leste para se juntar a um programa de caças sul-coreanos, de acordo com uma reportagem local – um desenvolvimento que Karasik disse que faria sentido para Abu Dhabi.

“Os Emirados Árabes Unidos e a Coreia do Sul têm excelentes relações de defesa, conforme representado pelos acordos anteriores de Seul com Abu Dhabi, incluindo sistemas antimísseis sofisticados, como o Cheongung II KM-SAM”, disse Karasik à Breaking Defense. Ele acrescentou que é natural que Abu Dhabi queira aderir ao programa de caça KF-21 como parte da natureza expansiva das relações de defesa e energia entre os dois estados.
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Saiba mais:

- Grupo EDGE, dos Emirados Árabes Unidos, adquire 50% de participação na SIATT

24 agosto, 2023

Grupo EDGE, dos Emirados, assina acordo com DCTA da Força Aérea Brasileira

Cerimônia de assinatura

*TradeArabia - 24/08/2023

O Grupo EDGE (Emirados Árabes Unidos), um dos principais grupos de tecnologia avançada e defesa do mundo, assinou acordo com o Departamento de Ciência e Tecnologia Aeroespacial (DCTA) da Força Aérea Brasileira.
 
De acordo com o acordo, as duas organizações explorarão oportunidades para desenvolver conjuntamente projetos nos domínios aéreo e espacial, armas inteligentes e plataformas não tripuladas e autônomas, bem como outras áreas. Está em linha com a estratégia do Edge de construir parcerias mutuamente benéficas que apoiam o desenvolvimento da capacidade de defesa nos Emirados Árabes Unidos e na América Latina, onde o Edge estabeleceu recentemente o seu primeiro escritório internacional, localizado em Brasília.
 
A cerimônia de assinatura ocorreu na cidade de São José dos Campos como parte de uma visita contínua da delegação de alto nível do Edge ao Brasil, e foi testemunhada por membros da alta administração do Edge e pelo Diretor Geral do Departamento de Ciência e Tecnologia Aeroespacial, Tenente-Brigadeiro do Ar Maurício Augusto de Medeiros.
 
Maior colaboração
O grupo também se reuniu com dignitários locais e grandes players e parceiros da indústria brasileira, incluindo SIATT e Turbomachine. As visitas permitirão ao Edge abrir caminho para uma maior colaboração no intercâmbio de conhecimentos, cooperação em I&D e co-desenvolvimento de sistemas avançados de defesa, entre outros.
 O Edge anunciou recentemente um acordo de parceria com a Marinha do Brasil para co-desenvolver um míssil anti-navio de longo alcance, bem como fornecer soluções avançadas, como a tecnologia anti-jamming, que é desenvolvida pelo Edge nos Emirados Árabes Unidos. 

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Grupo EDGE dos Emirados Árabes Unidos irá co-desenvolver sistemas de defesa com organização militar brasileira

*Breaking Defense, por Agnes Helou - 24/08/2023

O conglomerado de defesa dos Emirados EDGE Group anunciou hoje que unirá forças com o Departamento de Ciência e Tecnologia Aeroespacial (DCTA) da Força Aérea Brasileira para co-desenvolver sistemas não tripulados e autônomos, armas inteligentes e projetos aéreos e espaciais.

A cerimônia de assinatura do acordo estratégico ocorreu “na cidade de São José dos Campos, como parte de uma visita contínua da delegação de alto nível da EDGE ao Brasil, e foi testemunhada por membros da alta administração da EDGE e pelo Diretor Geral do Departamento de Aeroespacial Ciência e Tecnologia, General da Aeronáutica Maurício Augusto de Medeiros”, segundo comunicado do EDGE.

Um grande helicóptero não tripulado está entre as muitas exibições do conglomerado de defesa dos Emirados Árabes Unidos EDGE Group na IDEX 2023. (Lee Ferran / Breaking Defense)

O EDGE disse que sua delegação manteve discussões com as empresas de defesa brasileiras SIATT e Turbomachine, bem como com outros participantes da indústria local. De acordo com o comunicado da empresa, “as visitas permitirão ao EDGE abrir caminho para uma maior colaboração no intercâmbio de conhecimentos, cooperação em I&D e co-desenvolvimento de sistemas avançados de defesa, entre outros”.

O acordo surge no momento em que o EDGE tenta expandir o seu alcance para além da região do Golfo e para a América Latina. A empresa dos Emirados já possui extensos acordos com algumas empresas brasileiras e inaugurou seu primeiro escritório internacional em Brasília em abril.

No início deste mês, o EDGE assinou um acordo com a Turbomachine, desenvolvedora brasileira de motores de turbina, para desenvolver conjuntamente motores com turbofan e propelente para os sistemas não tripulados e sistemas de mísseis do conglomerado dos Emirados. Em junho, a empresa sediada em Abu Dhabi assinou uma parceria estratégica para desenvolver mísseis anti-navio de longo alcance para a marinha brasileira e plataformas anti-bloqueio desenvolvidas pelos Emirados. (A SIATT, uma das empresas com quem a EDGE disse ter conversado, é especializada em parte no desenvolvimento de mísseis anti-navio)

“O EDGE está a tentar encontrar uma região de nicho que tenha ambições de desenvolver as suas forças armadas, mas que não enfrente ameaças militares urgentes”, disse Ryan Bohl, analista sénior do Médio Oriente e Norte de África da Rede RANE, Ryan Bohl, à Breaking Defense. “A América Latina em geral se enquadra nessa categoria, com países como o Brasil querendo se tornar mais independentes e procurando novos parceiros de defesa, mas não estão em uma posição em que enfrentem ameaças iminentes pelas quais não possam assumir riscos. uma organização como o EDGE.”

Ele acrescentou que a empresa dos Emirados também precisa ter em mente a economia dos seus novos parceiros. “Há uma razão pela qual o EDGE não está tentando trabalhar, digamos, com a Argentina ou a Venezuela. Poderão existir outras vias de cooperação para o EDGE e outros países latino-americanos, mas eles também precisarão competir com as empresas dos EUA, os fornecedores tradicionais de armas para a região.”

11 agosto, 2023

Programa do governo prevê investimentos de R$ 53 bilhões no eixo Defesa

*LRCA Defense Consulting - 11/08/2023

Em cerimônia realizada nesta sexta-feira (11), no Rio de Janeiro, o Presidente da República lançou o novo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). Durante o evento, que contou com a participação do Ministro da Defesa, o Governo Federal detalhou a iniciativa, que prevê investimentos de R$ 53 bilhões no eixo Defesa, um dos nove contemplados no programa. Por meio da iniciativa, serão investidos, ao todo, R$ 1,7 trilhão em todos os estados.

Os recursos destinados à Defesa serão utilizados para equipar o país com tecnologias de ponta e aumentar a capacidade de defesa nacional, além de fortalecer a Base Industrial de Defesa (BID), gerando mais empregos e renda. Atualmente, o setor representa cerca de 5% do Produto Interno Bruto (PIB) e gera 2,9 milhões de empregos, diretos e indiretos. O eixo Defesa do PAC abrange projetos estratégicos para as Forças Armadas, como equipamentos navais, terrestres, aéreos e sistemas integradores.

Confira abaixo os programas estratégicos contemplados no eixo Defesa do novo PAC:

Marinha:
Programa Nuclear da Marinha (PMN) – Construção da Planta Nuclear Embarcada (PNE) do Submarino Convencionalmente Armado com Propulsão Nuclear (SCPN). Como objetivos intermediários, serão desenvolvidos e obtidos o Laboratório de Geração Nucleoelétrica - LABGENE, que é o protótipo em terra da PNE, e a infraestrutura do Ciclo do Combustível.

Programa de Desenvolvimento de Submarinos (PROSUB) - Construção no País do primeiro Submarino Convencionalmente Armado com Propulsão Nuclear (SCPN). Além disso, o Programa contribui para o aprimoramento e inovação da Força de Submarinos da Marinha do Brasil (MB), com a construção de quatro Submarinos Convencionais de Propulsão Diesel-Elétrica. Também está previsto a continuação das obras do Complexo Naval de Itaguaí (RJ)

Programa de Desenvolvimento de Navios-Patrulha (PRONAPA) - Construção de navios patrulha, que serão desenvolvidos e construídos a nível nacional, para emprego em ações de inspeção naval e na fiscalização de águas interiores, do mar territorial, da Zona Contígua e da Zona Econômica Exclusiva (ZEE).

Projeto Fragatas Classe Tamandaré - Promover a renovação da Esquadra com a construção no país de quatro navios modernos, de alta complexidade tecnológica. As fragatas serão escoltas versáteis de significativo poder combatente, capazes de se contraporem a múltiplas ameaças e destinadas à proteção do tráfego marítimo, podendo realizar missões de defesa, aproximada ou afastada, do litoral brasileiro.

Exército:
Programa Estratégico Força Blindada - Obter viaturas blindadas sobre rodas e sobre lagartas, além dos seus subsistemas componentes, como os sistemas de armas e comunicações, contribuindo na transformação da Infantaria Motorizada em Mecanizada (Inf Mec), na modernização da Cavalaria Mecanizada (Cav Mec) e da Infantaria e Cavalaria Blindadas (Bld).

Programa Estratégico ASTROS
- Contribuir para a organização da artilharia de mísseis e foguetes do Exército Brasileiro (EB), possibilitando o aparelhamento da Força Terrestre com um sistema de apoio de fogo estratégico de longo alcance e de elevada precisão, capaz de empregar foguetes guiados e mísseis táticos de cruzeiro a um alcance de 300 Km, o que contribuirá para o fortalecimento da capacidade dissuasória do Brasil.

Sistema Integrado de Monitoramento de Fronteiras (SISFRON) - Equipar o Exército com meios necessários para o monitoramento e o controle da faixa de fronteira terrestre brasileira, com o apoio de sensores, processadores e atuadores, entre outros meios tecnológicos.

Programa Aviação do Exército
- Manter a aviação do Exército atualizada, face aos modernos meios e formas de combate existentes, contribuindo para a dissuasão extrarregional; para a ampliação da projeção do EB no cenário internacional; para o desenvolvimento sustentável e para a paz social.

Aeronáutica:
FX-2 - Reequipar a frota de aeronaves militares de combate, para proteção do território nacional e manutenção da soberania do espaço aéreo brasileiro. A iniciativa prevê a aquisição/produção de aeronaves de caça multiemprego (F-39 Gripen NG), a fim de ampliar a capacidade da FAB no cumprimento das tarefas de Controle Aeroespacial, Interdição, Inteligência, Reconhecimento e Proteção da Força, entre outras. O projeto contempla, também, os periféricos necessários para suporte e emprego do equipamento com capacidade de combate de última geração.

KC-390 - Desenvolver e adquirir aeronaves de transporte multimissão, tipo cargueiro, para a realização de missões de transporte aéreo logístico (tropa e carga) em território nacional e/ou global, reabastecimento, evacuação aeromédica e combate a incêndio em voo, bem como a adequação da infraestrutura das bases aéreas para suporte e operação desses equipamentos.

KC-X - Aquisição de aeronaves para missões de reabastecimento em voo, transporte aéreo logístico (carga e passageiros), ações humanitárias e evacuação aeromédica, nacionais ou internacionais. São as maiores já operadas pela FAB, com elevada capacidade para transporte de carga e para percorrer grandes distâncias.

Transporte e Reabastecimento - Conversão das aeronaves de transporte A330-200 da FAB para reabastecimento em voo, com preparo para evacuação aeromédica, além de materiais, equipamentos e serviços.

HX-BR - Aquisição de helicópteros de médio porte destinados à tarefa de sustentação ao combate e de interdição, bem como para missões de treinamento, podendo ser utilizados, também, em ações humanitárias, de integração nacional e cívico-sociais. Além disso, o projeto prevê aquisição de armamentos específicos para helicópteros, sistemas de integração, suporte logístico, simuladores de voo e transferência de tecnologia na área de aeronaves de asas rotativas.

TH-X - Aquisição de helicópteros leves para instrução na FAB, e instrução e operação em ambientes marítimos na MB. Os equipamentos irão substituir e padronizar as frotas de helicópteros leves da FAB e da MB, propiciando o aumento da interoperabilidade e a efetividade do emprego. 

*Com informações do Ministério da Defesa.

14 junho, 2023

CMS e UFRGS convidam para o VI Curso de Extensão em Iniciação de Simulação de Combate e Blindados


*LRCA Defense Consulting - 14/06/2023

O Comando Militar do Sul (CMS) e a Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) convidam a comunidade interessada para o VI Curso de Extensão em Iniciação de Simulação de Combate e Blindados, que será realizado em formato eletrônico e a distância na plataforma do ISAPE, com certificação fornecida pela UFRGS.

O curso é fruto do Memorando de Entendimento de 2015 e do Acordo de Cooperação de 2020 estabelecido entre o Comando Militar do Sul (CMS) e a Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), tendo como bases instituidoras e executoras a Faculdade de Ciências Econômicas (FCE-UFRGS), o Programa de Pós-Graduação em Estudos Estratégicos Internacionais (PPGEEI-UFRGS) e o Núcleo de Estudos Estratégicos do CMS (NEE-CMS).

O Curso será realizado no período de 3 a 7 de julho de 2023, na modalidade de Educação a Distância (EaD), por meio de videoaulas e chats. Sua estrutura compõe-se de 36  Módulos Didáticos a serem ministrados por 51 palestrantes, que apresentarão as inovações e modernizações existentes nas Forças Armadas e os projetos desenvolvidos no meio acadêmico (IES) e nas Empresas Estratégicas de Defesa (EED), reunidos nos conceitos de Sistemas de Defesa, Indústria, Academia e Inovação (SisDIA Inovação/DCT) ou a Tríplice Hélice.

Objetivos do VI CEISCB EaD/23
- Proporcionar aos convidados as noções básicas de Simulação de Combate (construtiva, virtual e viva) e Blindados.
- Estreitar os laços de amizade, camaradagem e profissionalismo entre as instituições partícipes.
- Fomentar a mentalidade de Defesa na sociedade brasileira.
- Proporcionar aos participantes conhecimentos sobre Simulação de Combate e Blindados.
- Ampliar a Integração do Exército Brasileiro à sociedade brasileira.
- Verificar os trabalhos de Simulação existentes no meio acadêmico, nas Empresas Estratégicas de Defesa (EED), e nas Forças Armadas, a fim de conhecer as modernidades e inovações tecnológicas que possam atender as demandas dos atores da Tríplice Hélice.
- Proporcionar aos participantes conhecimentos sobre Simulação de Combate e Blindados, na visão do(a):

  • Marinha do Brasil, por meio do Centro de Análises e Sistemas Navais (CASNAV) e Centro de Instrução Almirante Sylvio de Camargo (CIASC); 
  • Exército Brasileiro, por meio do Escritório de Projetos do Estado-Maior do Exército (EPEX/EME); Comando de Operações Terrestres (COTER), por meio da Chefa do Preparo da Força Terrestre e da Gerência do Sistema de Simulação da Força Terrestre; Comando Militar do Sul (CMS), por meio das: 6ª Brigada de Infantaria Blindada/3ª DE, 15ª Bda Inf Mec/5ª DE, Centro de Adestramento Sul (CA-Sul) e Centro de Instrução de Blindados (CI Bld); Comando Militar do Oeste (CMO), por meio da 4ª Bda C Mec; Departamento de Ciência e Tecnologia do Exército (DCT) por meio do Centro de Desenvolvimento de Sistemas (CDS); Comando Militar do Sudeste (CMSE), por meio do Comando de Aviação do Exército (CAvEx); Comando Militar do Planalto, por meio do Comando da Artilharia do Exército (CArtEx); 
  • Aeronáutica por meio do Centro de Computação da Aeronáutica de São José dos Campos (CCA-SJC), Academia da Força Aérea (AFA) e Instituto Tecnológico da Aeronáutica (ITA);
  • Universidades: Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS); Federal de Santa Maria (UFSM); e Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS); 
  • Empresas Estratégicas de Defesa: AEL Sistemas Ltda; DEFFI Atelliê Software e IDV (Iveco Defence Vehicles); 
  • AMRIGS e Instituto SIMUTEC.


Instituições Apoiadoras

Marinha do Brasil; Exército Brasileiro; Aeronáutica; Universidade Federal do Rio Grande do Sul; Universidade Federal de Santa Maria (UFSM); Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS); Instituto Sul-Americano de Política e Estratégia (ISAPE); Empresas Estratégicas de Defesa (EED) AEL Sistemas Ltda e DEFII Atelliê Software; Associação Médica do Rio Grande do Sul (AMRIGS); Instituto SIMUTEC; COMDEFESA/FIERGS; Associação dos Diplomados da Escola Superior de Guerra (ADESG); POUPEX e GBOEX.

Público-alvo, inscrições, certificado e outras informações
Público-alvo: integrantes das Forças Armadas; alunos de graduação, pós-graduação e professores de Universidades Federais, Estaduais e Privadas; Órgãos do Governo Estadual; Secretaria de Educação e Secretaria de Segurança Pública; Polícia Federal; Corpo de Bombeiros Militar do RS; Empresas de Defesa (ED); Empresas Estratégicas de Defesa (EED); Federações do RS; ADESG; civis com formação acadêmica ou Ensino Médio completo (ou cursando) interessados em temas ligados à Defesa, Estudos Estratégicos, Tecnologia, Simulação de Combate e Blindados.

O certificado será emitido pela Pró-Reitoria de Extensão da UFRGS (PROREXT/UFRGS), com 40 horas de atividades.

Inscrições: até 29 de junho no endereço https://isape.org.br/inscrições

Ao clicar no botão “INSCREVA-SE”, o participante deverá preencher com seus dados todos os campos solicitados pelo sistema.

Após a realização da inscrição, o participante receberá pelo seu e-mail cadastrado uma senha de acesso restrito a ser utilizada no site do ISAPE, para acesso à página do Curso e às transmissões das videoaulas. Nesse e-mail também constará um link para a realização da pesquisa de opinião.

Realização em formato eletrônico e a distância: de 03 a 07 de julho de 2023.

Acesso às palestras: em 03 Jul 2023, às 07:30 h, pelo link: https://isape.org.br/simulação





07 junho, 2023

Embraer KC-390 realiza primeira operação com equipamento de visão noturna


*Agência Força Aérea - 06/06/2023

Uma operação conjunta entre o Primeiro Grupo de Transporte de Tropa (1° GTT), Esquadrão Zeus, e o Primeiro do Primeiro Grupo de Transporte (1°/1° GT), Esquadrão Gordo, criou um marco inicial nas operações com óculos de visão noturna na aeronave KC-390 Millenium. A ação aconteceu na Base Aérea de Anápolis (BAAN) entre os dias 02 e 07/06.

O equipamento, que passou a ser incorporado, também chamado de NVG (Night Vision Goggles), amplifica, em até 50 mil vezes, a luminosidade ambiente e aproveita a luz da lua e das estrelas para que os pilotos e demais tripulantes consigam voar com elevada capacidade operacional, mesmo em condições de baixíssima iluminação. Nesse cenário, o primeiro voo somente com tripulantes da Força Aérea Brasileira (FAB) na aeronave KC-390, ocorreu durante a madrugada do dia 03/06, tendo representado um significativo avanço nas possibilidades de emprego dessa aeronave.

Segundo o Comandante do 1º GTT, Tenente-Coronel Aviador Bruno Américo Pereira, o objetivo da missão foi desenvolver uma doutrina de atuação a qualquer hora do dia ou da noite. “Todas as missões com o KC-390 Millennium poderão ser realizadas com o NVG, ampliando a capacidade de emprego desta aeronave em qualquer tipo de cenário. Infiltração e Exfiltração Aérea, Assalto Aeroterrestre, Ressuprimento Aéreo e Reabastecimento em Voo são exemplos de missões que poderão ser realizadas”, explicou o Oficial.Clique aqui para baixar a imagem original

O treinamento, na BAAN, contempla decolagens, navegações táticas para ambientação dos tripulantes e pousos com equipamentos de visão noturna. A incorporação da técnica de voo com NVG, no KC-390 da FAB, aumenta ainda mais a versatilidade da aeronave, pois permite ampliar a pouca luz disponível no ambiente noturno, possibilitando o cumprimento das missões de forma plena, 24 horas por dia.

Segundo o Comandante da BAAN, Coronel Aviador Renato Leal Leite, o NVG deu uma nova dimensão operacional para os tripulantes da FAB e agora dará também para os operadores do KC-390 Millennium. "A incorporação e consolidação do NGV no KC-390, técnica já consagrada na FAB, representa um grande avanço para as Forças Armadas brasileiras, que, agora, têm à disposição uma nova aeronave de transporte capaz de operar efetivamente em qualquer hora do dia ou da noite. As novas aeronaves KC-390, com sua capacidade de transporte, alcance e com a visão noturna aprimorada, fortalece e potencializa o Brasil no cenário da Aviação Militar da América do Sul”, concluiu.

O NVG tem seu emprego consolidado em muitas aeronaves militares, sendo que a FAB já o opera há mais de uma década em aeronaves como a A-29 Super Tucano, C-105 Amazonas, H-36 Caracal, H-60 Black Hawk e a A-1. O KC-390, a partir de agora, passa também a fazer parte desse seleto grupo.

17 dezembro, 2021

Do 14-Bis ao 14-X: sucesso total no teste do 1º Motor Aeronáutico Hipersônico do Brasil

*Agência Força Aérea - 16/12/2021

A Força Aérea Brasileira (FAB), por meio do Centro de Lançamento de Alcântara (CLA), realizou, na terça-feira (14), o lançamento para viabilizar o ensaio em voo do 14-X S, primeiro demonstrador brasileiro da tecnologia hipersônica aspirada, conhecida pela sigla em inglês scramjet, por meio da Operação Cruzeiro. O ensaio faz parte do desenvolvimento do Projeto PropHiper, Projeto Propulsão Hipersônica 14-X, um dos Projetos Estratégicos da FAB e coordenado pelo Departamento de Ciência e Tecnologia Aeroespacial (DCTA).

O 14-X S foi acelerado a uma velocidade próxima a Mach 6 (seis vezes a velocidade do som), a mais de 30 km de altitude, por meio de um Veículo Acelerador Hipersônico (VAH).Após a realização do ensaio, o conjunto seguiu a trajetória prevista, atingindo o apogeu em 160 Km, percorrendo um total de 200 km de distância, até seu impacto numa área segura no Oceano Atlântico.

Além do CLA, o Centro de Lançamento de Barreira do Inferno (CLBI) atuou como Estação Remota de Rastreamento. Com esse primeiro ensaio, o Brasil ingressa, de maneira definitiva, no seleto grupo de nações que detém o conhecimento técnico e os meios para projetar, construir, lançar e rastrear um sistema hipersônico aspirado.

O Projeto PropHiper teve início em 2006, e visou capacitar o Brasil na área estratégica e prioritária da hipersônica, em atendimento à Estratégia Nacional de Defesa (END), por meio da operação em voo de um sistema com propulsão hipersônica aspirada (tecnologia de propulsão scramjet). Para cumprir seus objetivos, o projeto foi dividido em quatro grandes metas, associadas, respectivamente, aos ensaios em voo dos demonstradores de tecnologia designados como: 

I. 14-XS: demonstração em voo ascendente balístico da combustão supersônica;

II. 14-XSP: demonstração em voo ascendente balístico da propulsão hipersônica aspirada;

III. 14-XW: demonstração em voo planado (sem propulsão) de um veículo hipersônico controlável e manobrável com sistemas de guiamento, navegação e controle (GNC), emprego de materiais avançados, durante o voo hipersônico na estratosfera; e

IV. 14-XWP: demonstração em voo autônomo de um veículo hipersônico controlável e manobrável com propulsão hipersônica aspirada ativa.

Até o presente momento foram capacitados recursos humanos, construídos laboratórios e túneis de vento hipersônico (únicos na América Latina), além da realização de diversos ensaios em laboratório. O Nível de Maturidade Tecnológica da tecnologia de propulsão scramjet nacional é atualmente TRL 6, significando que a tecnologia constitui um protótipo totalmente funcional, sendo qualificado e aceito para operação em ambiente relevante, ou seja, fora do ambiente laboratorial. Após a Operação Cruzeiro, a tecnologia de propulsão hipersônica avançará para o TRL 7, com a comprovação e demonstração de seu funcionamento em ambiente relevante (voo atmosférico).

De acordo com o Coordenador Geral da Operação, Coronel Aviador Eduardo Viegas Dalle Lucca a realização da Operação Cruzeiro permitiu ao País dar um salto qualitativo no domínio da tecnologia hipersônica aspirada. Ressaltou, ainda, o ineditismo de lançar uma carga útil tecnológica nacional, empregando um veículo totalmente idealizado e fabricado no Brasil e usando a infraestrutura e meios operacionais dos nossos centros de lançamento. "A sinergia dos vários atores evidenciou a capacidade do DCTA de realizar um ensaio em voo desse nível de complexidade. Além disso, deixamos uma equipe qualificada e preparada para os novos desafios", destacou o Coordenador Geral.

“O Centro de Lançamento de Alcântara ao receber uma operação de grande porte como a Cruzeiro se habilita cada vez mais para receber as empresas estrangeiras e consolidar a capacidade operacional do Brasil no segmento solo do Programa Espacial Brasileiro”, afirma o Coronel Aviador Marcello Corrêa de Souza, Diretor do Centro de Lançamento de Alcântara.

Para o Diretor do Instituto de Estudos Avançados (IEAv), Coronel Engenheiro Fábio Andrade de Almeida, "testar tecnologias hipersônicas em condições reais de voo é o auge das pesquisas que são desenvolvidas no IEAv. Sistemas inerciais e sensores de imageamento concebidos no laboratório do Instituto já realizaram ensaios em voo bem sucedidos em aeronaves e veículos suborbitais. Na Operação Cruzeiro, testamos um motor aeronáutico em voo hipersônico utilizando o hidrogênio como combustível, algo inédito na aviação nacional".

O Diretor do Instituto de Aeronáutica e Espaço (IAE), Brigadeiro do Ar César Augusto O'Donnell Alván, ressaltou que o desenvolvimento do Veículo Acelerador Hipersônico pelo IAE, para viabilizar o lançamento do 14-X S, demonstrou que as tecnologias espaciais dominadas pela FAB são pilares indispensáveis para a inserção do Brasil em novos projetos espaciais. E demonstrou, mais uma vez, a capacidade da FAB em superar desafios de grande complexidade tecnológica.

Clique aqui e assista ao vídeo sobre o lançamento.


 

Imagens: DCTA

 

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