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26 julho, 2025

Workshop de integração do Link-BR2 no F-39 Gripen acontece no DCTA

 


*LRCA Defense Consulting - 26/07/2025

Entre os dias 22 e 24/07, o Departamento de Ciência e Tecnologia Aeroespacial (DCTA), sediado em São José dos Campos (SP), realizou o Workshop de Integração do Link-BR2 na aeronave F-39 Gripen.

O encontro técnico-operacional foi realizado no Laboratório de Guerra Eletrônica do Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA) e reuniu militares da Comissão Coordenadora do Programa Aeronave de Combate (COPAC), do Comando de Preparo (COMPREP), do Primeiro Grupo de Defesa Aérea (1º GDA) e do DCTA.

O evento teve como objetivo avançar na integração do Sistema de Enlace de Dados Link-BR2 ao F-39, caça de última geração incorporado pela Força Aérea Brasileira (FAB), ampliando significativamente as capacidades de Comando e Controle no âmbito do Comando da Aeronáutica (COMAER).

Durante o workshop, foram discutidos e aprimorados aspectos do Conceito Operacional (CONOPS) relacionados ao emprego do Link-BR2, alinhando suas funcionalidades técnicas aos objetivos estratégicos da FAB. Um dos principais focos foi a interoperabilidade entre diferentes vetores aéreos da Força, reforçando a coesão entre os diversos meios de combate e elevando a consciência situacional no ambiente operacional.

Ferramenta essencial de Comando e Controle
De acordo com o representante da COPAC, que compõe a Gerência do Projeto F-X2, o Coronel Especialista em Comunicações Romulo Silva de Oliveira, a atividade foi decisiva para o progresso operacional da Força. “O workshop teve grande relevância para as áreas técnica e operacional, pois marca o progresso profissional das equipagens de combate, além de consolidar o Link-BR2 como ferramenta essencial de Comando e Controle no âmbito do COMAER”, destacou.

O Gerente Técnico do Projeto F-X2, Coronel Aviador George Luiz Guedes de Oliveira, também ressaltou o impacto estratégico do encontro. “Esta fase de integração é um marco para a consolidação das capacidades do F-39. O Link-BR2 representa uma das principais ferramentas de conectividade e consciência situacional da FAB, e a participação conjunta das áreas técnica e operacional é fundamental para assegurar sua eficácia no ambiente real de missão”, pontuou.

A iniciativa reforça o compromisso da FAB com a modernização de suas plataformas e doutrinas, promovendo a excelência no preparo e emprego do poder aeroespacial em prol da soberania do espaço aéreo brasileiro. 

Link-BR2
O programa Link-BR2 brasileiro visa fornecer recursos de datalink nacional seguro, habilitar a conectividade digital de todas as plataformas aéreas entre si e estabelecer a interoperabilidade Multi Domínio. A próxima fase de integração será a bordo das aeronaves Gripen NG da SAAB, enquanto o roteiro do programa Link-BR2 inclui a integração dos recursos do Sistema a bordo de todas as aeronaves da FAB.

As funcionalidades incluem o fornecimento de consciência situacional multidomínio, permitindo ligações de dados baseadas em Rede Ad Hoc Móvel (MANET) (ar-ar e ar-terra), facilitando a transmissão de aplicações aéreas por longos alcances incluindo áudio e dados simultâneos e exibição de uma imagem operacional comum que é compartilhada entre todos os membros da rede – segmentos aéreos e segmentos terrestres.

Demonstrando a capacidade de transmissão multicanal simultânea, o Link-BR2 permite que forças aéreas e terrestres realizem interceptação de alvos, recebimento de informações de radares terrestres e fechamento rápido de loops sensor-atirador, como parte da arena multidimensional. O programa estratégico Link BR2 levará as Forças Armadas Brasileiras a operar no conceito NCW, uma tecnologia disruptiva que traz uma enorme vantagem no cenário operacional local.

AEL Sistemas
A AEL Sistemas - principal empresa responsável pelo desenvolvimento e integração do Link‑BR2, em parceria com a Força Aérea Brasileira (FAB) e outras empresas nacionais (Embraer, Atech, Kryptus Defesa e Segurança e Aeromot) -  é uma empresa brasileira subsidiária da israelense Elbit Systems que, há 40 anos se dedica ao projeto, desenvolvimento, fabricação, manutenção e suporte logístico de sistemas eletrônicos militares e espaciais, para aplicações em plataformas aéreas, marítimas e terrestres. Atualmente, participa do desenvolvimento de diversos Projetos Estratégicos das Forças Armadas do Brasil e dos principais programas de Comando e Controle do Ministério da Defesa, como: Link-BR2, STERNA, SIC2MB e RDS Defesa. Atualmente, a empresa é considerada um Centro de Excelência em Tecnologia de Defesa. 

10 junho, 2025

Atech, da Embraer, e ITA-DCTA irão modernizar tecnologias de Guerra Eletrônica no Brasil



*LRCA Defense Consulting - 10/06/2025

A Atech, empresa do Grupo Embraer, e o Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA), em colaboração com o Departamento de Ciência e Tecnologia Aeroespacial (DCTA), firmaram hoje um Acordo de Cooperação Técnica para impulsionar o desenvolvimento de pesquisas voltadas para a área de Guerra Eletrônica (GE).

A parceria consolidada tem como foco a utilização de Inteligência Artificial (IA) para classificação de sinais e ameaças, com técnicas de de-interleaving, visando fortalecer a capacidade de análise e resposta em cenários de defesa.

O acordo representa um marco estratégico para a empresa, que se mantém atualizada tecnologicamente e próxima do seu mercado de atuação. A iniciativa também está alinhada com o objetivo de promover a colaboração e parceria   da Atech com as Instituições Científicas, Tecnológicas e de Inovação (ICT) das Forças Armadas.

O projeto abre portas para a expansão das pesquisas com recursos de agências de fomento, visando o desenvolvimento de soluções na área de Guerra Eletrônica.

"A parceria com o ITA-DCTA representa um passo importante para o avanço tecnológico da Atech no campo da Guerra Eletrônica. A iniciativa reforça o nosso compromisso em liderar projetos de inovação no Brasil, unindo forças com instituições de excelência como o ITA e o DCTA para promover avanços tecnológicos significativos, alinhados às necessidades do mercado”, afirmou o Diretor de Negócios de Defesa da Atech, Giacomo Feres Staniscia.

O Reitor do ITA, Professor Doutor Antonio Guilherme de Arruda Lorenzi, destacou que esta é mais uma parceria relevante para o desenvolvimento nacional. “O ITA possui um longo histórico de atividades estratégicas que envolvem diversos atores externos, como representantes da indústria e do governo. Por meio desta parceria, esperamos seguir contribuindo, com ensino, pesquisa, inovação e extensão, para o fortalecimento das capacidades brasileiras na área de Guerra Eletrônica, impulsionando ainda mais o progresso do país”, afirmou.

Sobre a Atech
A Atech é uma empresa do Grupo Embraer reconhecida como uma “System House” brasileira voltada para as áreas de Defesa e ATM. É uma empresa orientada pela inovação e tecnologia, com expertise única em engenharia de sistemas críticos, integração e tecnologias de consciência situacional. Com base em padrões internacionais, a Atech é responsável pelo desenvolvimento de soluções tecnológicas para o sistema brasileiro de defesa aeroespacial (SIDABRA) e para o sistema de controle do espaço aéreo (SISCEAB), este reconhecido pela ICAO como um sistema de referência mundial. Com base neles, a Atech desenvolveu a família de produtos de defesa ARKHE e a família de produtos de controle do espaço aéreo MAKRON, que atendem com soluções tecnológicas para essas áreas organizações civis e militares no Brasil e no exterior, exportando tecnologias e criando divisas para o país. Mais informações em www.atech.com.br 

31 maio, 2025

Revisão Crítica de Projeto (CDR) marca importante avanço do Microlançador Brasileiro (MLBR)


 

*RCA Defense Consulting - 31/05/2025

Nos dias 29 e 30 de maio, a Agência Espacial Brasileira (AEB) participou da Revisão Crítica de Projeto (CDR, na sigla em inglês) do Microlançador Brasileiro (MLBR), veículo lançador de pequeno porte (VLPP) em desenvolvimento nacional. 

O encontro, realizado em São José dos Campos–SP, contou com a presença de representantes da Financiadora de Estudos e Projetos (Finep), do Departamento de Ciência e Tecnologia Aeroespacial (DCTA), do Instituto de Aeronáutica e Espaço (IAE), do Centro de Gestão e Estudos Estratégicos (CGEE), das empresas que compõem o arranjo industrial responsável pelo projeto, liderado pela CENIC: Plasmahub, Concert, Delsys, Etsys e de outras empresas participantes, como a Bizu Space, Almeida's, CLC e Fibraforte.

A CDR é importante para avaliar a maturidade do projeto e sua prontidão para avançar à próxima fase do ciclo de desenvolvimento, o que inclui a fabricação e os ensaios de qualificação dos equipamentos; a montagem e os testes dos subsistemas; bem como a integração e os testes do sistema completo. A revisão demonstra que o projeto apresenta um design consolidado, com os requisitos técnicos atendidos nos níveis de sistema e subsistemas, e com interfaces críticas devidamente definidas.

Durante a reunião, foram analisados a situação da qualificação de processos críticos, a compatibilidade com interfaces externas, o planejamento das atividades de montagem, integração e testes (AIT), além de aspectos relacionados à segurança, à garantia do produto, à mitigação de riscos e aos destroços espaciais (debris).

Para o Coordenador da Unidade Regional da AEB em São José dos Campos, Alexandre Macedo, a realização da CDR marca um avanço significativo rumo à materialização do lançador nacional. “A participação da AEB na CDR do MLBR é essencial para assegurar que os marcos técnicos estejam sendo cumpridos com rigor e que o sistema esteja pronto para a fase de implementação. Essa etapa demonstra o comprometimento das instituições e empresas envolvidas com o desenvolvimento de uma capacidade autônoma de acesso ao espaço no Brasil”, afirmou.

Já o Coordenador de Veículos Lançadores da AEB, Fábio Rezende, destacou o papel do trabalho conjunto entre governo e indústria nacional: “A CDR do MLBR mostra como a articulação entre instituições públicas e empresas privadas pode gerar resultados concretos e sustentáveis para o setor espacial brasileiro. O fortalecimento da base industrial e o domínio tecnológico são fundamentais para o avanço do nosso Programa Espacial".

O MLBR é um projeto estratégico que visa consolidar a base tecnológica nacional na área de lançadores e fortalecer a indústria espacial brasileira. A conclusão bem-sucedida da CDR representa um passo importante para o Brasil avançar na construção de um sistema completo de lançamento de satélites de pequeno porte com inovação, engenharia de ponta e protagonismo nacional.

Saiba mais:

Projeto de foguete brasileiro conclui primeira fase e é apresentado em São José dos Campos

*Com informações da Agência Espacial Brasileira  

22 outubro, 2024

Avança o projeto brasileiro para desenvolver tecnologia hipersônica


*Agência Força Aérea - 21/10/2024

O Departamento de Ciência e Tecnologia Aeroespacial (DCTA), localizado em São José dos Campos (SP), deu um passo crucial no desenvolvimento de tecnologias espaciais ao iniciar os trabalhos do Projeto RATO-14X (do inglês Rocket Assisted Take-Off),  que significa decolagem assistida por foguete para o 14-X, focado em veículos hipersônicos e lançadores espaciais.

Financiado pelo Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), pela Financiadora de Estudos e Projetos (FINEP) e pelo Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (FNDCT), o projeto busca impulsionar a inovação no Setor Aeroespacial Brasileiro. Seu principal objetivo é desenvolver um sistema de decolagem assistida por foguetes para veículos hipersônicos.

No evento de lançamento do Projeto, realizado no dia 15/10, foram discutidos planos detalhados, como documentos de engenharia de sistemas e a Estrutura Analítica do Projeto, elementos fundamentais para o sucesso da iniciativa. A reunião contou com a participação de empresas e Instituições de Ciência e Tecnologia (ICTs) do DCTA, incluindo o Instituto de Estudos Avançados (IEAv), o Instituto de Aeronáutica e Espaço (IAE) e o Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA).

O RATO-14X tem como meta aumentar a eficiência dos veículos hipersônicos e dos processos de satelitização, marcando um avanço significativo para consolidar o Brasil como um dos líderes globais em tecnologia hipersônica.

Na reunião inicial, ocorrida em 07/10, estiveram presentes executivos da Mac Jee, empresa parceira no desenvolvimento da tecnologia, além de autoridades do DCTA, IAE e IEAv. Na ocasião, o Diretor-Geral do DCTA, Tenente-Brigadeiro do Ar Maurício Augusto Silveira de Medeiros, destacou a importância da colaboração entre governo, indústria e academia. “O modelo de Tríplice Hélice - governo, indústria e academia - é fundamental para o desenvolvimento de soluções inovadoras que atendam às necessidades do país”, afirmou.

O sistema RATO-14X tem o potencial de impulsionar significativamente a indústria nacional, estreitando os laços entre a Força Aérea Brasileira (FAB) e o setor industrial do país. O Diretor do IAE, Brigadeiro do Ar Frederico Casarino, ressaltou a sinergia do projeto com o VLM-AT (Autonomia Tecnológica), que visa aumentar a autonomia tecnológica do Brasil. O Diretor do IEAv, Coronel-Aviador Charlon Goes Cunha, reforçou o objetivo de alcançar a independência tecnológica nacional.

Os representantes da Mac Jee, Simon Pierre Jeannot (Presidente) e Alessandra Stefani (CEO), reafirmaram o compromisso da empresa com o sucesso do projeto e seu impacto positivo no avanço tecnológico do Brasil.

O Projeto RATO-14X reforça o compromisso do DCTA com a pesquisa científica e o desenvolvimento de tecnologias avançadas, que fortalecem o setor aeroespacial brasileiro e são benefícios diretos para a sociedade. Com investimentos em iniciativas como essa, o Brasil se posiciona de maneira competitiva no mercado aeroespacial, contribuindo para o crescimento econômico e tecnológico do país.

08 outubro, 2024

IEAv e Orbital Engenharia firmam parceria para o avanço da tecnologia hipersônica no Brasil


*LRCA Defense Consulting - 08/10/2024

No dia 16 de setembro de 2024, o Instituto de Estudos Avançados (IEAv), do Departamento de Ciência e Tecnologia Aeroespacial (DCTA), e a Orbital Engenharia firmaram um acordo de parceria que promete impulsionar o desenvolvimento da tecnologia de propulsão hipersônica no Brasil. A colaboração visa a execução de projetos de pesquisa científica e tecnológica, com foco no inovador em um Sistema de Controle Eletrônico de Injeção de Combustível (SISCRAMJET) para motores hipersônicos aspirados, que poderá transformar o cenário da propulsão no país.

O acordo foi celebrado como parte do Projeto Propulsão Hipersônica 14-X, uma iniciativa estratégica que busca dominar a tecnologia de voo hipersônico. Para o IEAv, esse é mais um marco em sua missão de desenvolver tecnologias que fortalecem o Poder Aeroespacial Brasileiro, enquanto para a Orbital Engenharia, é uma oportunidade de aplicar sua expertise em um dos desafios mais complexos da engenharia moderna.

O SISCRAMJET desempenha um papel fundamental na operação eficiente dos motores SCRAMJET, uma tecnologia de propulsão hipersônica que permite alcançar velocidades extremamente altas, cruciais para missões de acesso ao espaço. Um dos grandes desafios enfrentados pela equipe é controlar com precisão a injeção de combustível em um ambiente onde os gases queimam em velocidades supersônicas. "É como manter uma vela acesa dentro de um furacão", explica o Gerente do Projeto PROPHIPER 14-X, Tenente-Coronel Aviador Lucas Galembeck. Ele ainda destaca a dificuldade de equilibrar o fluxo de oxigênio e combustível em tais condições extremas. A parceria entre o IEAv e a Orbital Engenharia garantirá que as soluções criadas para o SISCRAMJET sejam testadas em um ambiente controlado antes de serem aplicadas em voos reais, que são caros e demorados.

A assinatura deste acordo é um exemplo do sucesso da colaboração entre instituições públicas e privadas no Brasil, com o objetivo de superar os desafios de Pesquisa e Desenvolvimento (P&D). Segundo o CEO da Orbital Engenharia, Célio Costa Vaz, “O IEAv e a Orbital Engenharia já possuem um histórico de cooperação, e este novo acordo fortalece ainda mais nossa parceria, permitindo o uso de recursos da Subvenção Econômica da Financiadora de Estudos e Projetos (FINEP) para inovação na Base Industrial de Defesa”.

Para o Diretor do IEAv, Coronel Aviador Charlon Goes Cunha, esse acordo ressalta “o compromisso do DCTA em desempenhar um papel fundamental no avanço da pesquisa, inovação e crescimento tecnológico”. Ele destacou que, no ano em que o Marechal do Ar Casimiro Montenegro Filho completa 120 anos, o DCTA mostra que mantém ativo o DNA da inovação, aperfeiçoando a aplicação no Brasil do modelo internacional de sucesso da Tríplice Hélice, que envolve Governo, Academia e Indústria trabalhando juntos para superar desafios tecnológicos e garantir maior competitividade para a indústria nacional, com subsequentes benefícios socioeconômicos para o povo brasileiro.

A aprovação deste acordo de parceria foi resultado de um esforço conjunto do DCTA, IEAv e Orbital Engenharia, alicerçados pela assessoria da Consultoria Jurídica da União de São José dos Campos (CJUSJC), representada pelo Doutor Carlos Freire Longato.

Com esse acordo, o IEAv e a Orbital Engenharia caminham juntos para consolidar o Brasil como um dos protagonistas no desenvolvimento de tecnologias hipersônicas. Essa conquista não apenas reforça a capacidade tecnológica nacional, mas também insere o Brasil no seleto grupo de nações que buscam dominar a tecnologia hipersônica, uma inovação estratégica que representa um diferencial competitivo para a indústria aeroespacial nacional, trazendo benefícios socioeconômicos para o povo brasileiro.


*Com informações do IEAv.

04 outubro, 2024

Marinha sedia Reunião de Projetos de Interesse da Defesa


*Agência Marinha de Notícias - 03/10/2024

A Marinha do Brasil, por meio da Diretoria-Geral de Desenvolvimento Nuclear e Tecnológico da Marinha (DGDNTM), sediou a 22ª Reunião de Projetos de Interesse da Defesa (REPID), organizada pelo Ministério da Defesa (MD). Autoridades e especialistas do setor de Ciência, Tecnologia e Inovação participaram do encontro.

O evento ocorreu de 1º a 3 de outubro de 2024, no Comando da Força de Submarinos, situado no Complexo Naval de Itaguaí (CNI), Rio de Janeiro, com o objetivo de promover o desenvolvimento de projetos estratégicos para fortalecer as capacidades das Forças Armadas e da Base Industrial de Defesa (BID).A REPID foi aberta pelo Secretário de Produtos de Defesa (SEPROD), Tenente-Brigadeiro do Ar Heraldo Luiz Rodrigues, seguida pelo pronunciamento do anfitrião, o Diretor-Geral de Desenvolvimento Nuclear e Tecnológico da Marinha, Almirante de Esquadra Alexandre Rabello de Faria.Segundo o SEPROD, a cooperação entre os envolvidos é essencial para o sucesso dos projetos de Ciência, Tecnologia e Inovação (CT&I) desenvolvidos pelas Forças Armadas.

O SEPROD destacou a importância da gestão eficiente dos projetos de Ciência, Tecnologia e Inovação - Imagem: 3SG-ET Coronha“Os projetos priorizados pelas Forças Armadas, ajustados às linhas estratégicas de Defesa e às demandas de órgãos de fomento, resultaram em melhor aproveitamento dos recursos e recebimento para os projetos em CT&I. Alinhar os projetos às diretrizes estratégicas da Defesa traz a garantia do trabalho em prol de um objetivo comum, fortalecendo a capacidade de resposta das Forças Armadas e assegurando a proteção do Brasil”, explicou o Tenente-Brigadeiro Heraldo. Para o Diretor-Geral, o evento foi uma oportunidade singular de promover ainda mais a integração entre as Forças Armadas, o setor industrial e a academia.

O DGDNTM comentou que sediar o evento reforça o compromisso contínuo da Marinha com o avanço da Ciência, Tecnologia e Inovação foi um fórum importante para promover o intercâmbio de experiências, a discussão de projetos e a coordenação de esforços, incentivando a obtenção e o aprimoramento de capacidades, com base no desenvolvimento científico e tecnológico, com a cooperação da comunidade científica e a participação da indústria nacional. Dessa forma, avançamos continuamente na modernização e na capacitação das nossas Forças Armadas. Além disso, criamos oportunidades para gerar a sinergia necessária ao fortalecimento de setores estratégicos, como o nuclear, o cibernético e o espacial, bem como para a Base Industrial de Defesa.

 

Os processos de obtenção de capacidades militares são reconhecidamente indutores de desenvolvimento científico, tecnológico e industrial, contribuindo para fortalecer a soberania do nosso País e assegurar a defesa dos nossos interesses”, afirmou o Almirante de Esquadra Rabello. 

Durante o evento, foi apresentada a proposta de criação de Grupos de Trabalho Temáticos Interforças (GTTI), no qual cada Força será responsável pela liderança de um grupo de pesquisa, definidos em quatro temas: grupo sobre Interoperabilidade de Comunicações, a ser coordenado pela Seção de Operações do Comando e Controle do Ministério da Defesa, grupo sobre Materiais Avançados, coordenado pela Marinha do Brasil, grupo sobre Tecnologias Quânticas, coordenado pelo Exército Brasileiro, e grupo sobre Sistemas de Navegação Inercial, de responsabilidade da Força Aérea Brasileira.

A DGDNTM, o Departamento de Ciência e Tecnologia (DCT) do Exército e o Departamento de Ciência e Tecnologia Aeroespacial (DCTA) da Força Aérea apresentaram considerações sobre projetos e programas estratégicos, ressaltando a importância de iniciativas que fortalecem o setor de Defesa. Além disso, foram expostos os resultados alcançados em parceria com a Financiadora de Estudos e Projetos (FINEP), pelo presidente Celso Pansera. Houve ainda a apresentação da Portaria de Apoio à Governança em CT&I, realizada pelo Departamento de Ciência, Tecnologia e Inovação (DECTI), e a apresentação dos resultados das deliberações da Ata da 21ª REPID/2023, além de debates sobre as propostas em andamento. 

O diretor de inovação da FINEP, Elias Ramos, afirmou que a REPID é essencial para unir esforços entre o Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI), o Ministério da Defesa, as Forças Armadas e a FINEP. O objetivo dessa colaboração é fortalecer a Defesa e a Base Industrial, promovendo maior autonomia tecnológica e redução da dependência estrangeira em materiais de defesa. Ele também ressaltou a recuperação e o descontingenciamento do Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (FNDCT) como fundamental para o avanço da política de inovação associada à política industrial. Elias destacou, ainda, que somente em 2023 foram contratados projetos na área de Defesa e Aeroespacial no valor de R$ 1,1 bilhão em recursos de subvenção econômica, não reembolsáveis. Esses valores são altamente representativos. “A FINEP prosseguirá com expressivos investimentos, em especial por meio do Programa Pró-infra, do Mais Inovação e dos programas estratégicos nacionais e de autonomia em tecnologias críticas de Defesa”, ressaltou.

Outro tema importante abordado foi a V Conferência Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação, conduzida pelo Diretor do Centro de Gestão e Estudos Estratégicos (CGEE), Anderson Gomes. O representante da unidade de pesquisa, vinculada ao Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), explanou sobre a relevância da Conferência para o fortalecimento da agenda de CT&I no Brasil.Além das apresentações e discussões de projetos, o evento proporcionou um espaço para debates sobre o avanço da governança em projetos de Ciência e Tecnologia, com ênfase na inovação e na entrega de resultados para a sociedade e para as Forças Armadas. O assessor de Ciência, Tecnologia e Inovação da DGDNTM, Vice-Almirante Alfredo Martins Muradas, pontuou a importância estratégica do evento e das visitas realizadas.

“A REPID contribuiu para novas iniciativas interoperáveis e integradoras da área de Ciência, Tecnologia e Inovação das Forças Armadas e do MD. As visitas ao Estaleiro de Construção, ao elevador de navios, a maquete 3D do CNI e ao Departamento de Treinadores e Simuladores (DTS) permitiram demonstrar na prática o desenvolvimento tecnológico da Marinha do Brasil e reforçaram a importância de projetos inovadores para a Defesa Nacional. Esse tipo de interação busca caminhos para que o conhecimento científico gere processos de inovação e produtos de defesa, tanto para as Forças Armadas quanto para a nossa Base Industrial de Defesa, fomentando o desenvolvimento científico-tecnológico e, por consequência, o desenvolvimento sustentável do País”, afirmou o Almirante Muradas.

04 setembro, 2023

Criptocomputador brasileiro de alto nível tecnológico CM4-B é entregue à sueca Saab, fabricante do Gripen


*DCTA e Agência Força Aérea - 02/09/2023

O Instituto de Aeronáutica e Espaço (IAE) e o Centro de Computação da Aeronáutica de São José dos Campos (CCA-SJ), subordinados ao Departamento de Ciência e Tecnologia Aeroespacial (DCTA) e ao Comando-Geral de Apoio (COMGAP), respectivamente, realizaram, em agosto, em Gavião Peixoto (SP), a entrega do Criptocomputador CM4-B à empresa sueca Saab, fabricante da aeronave F-39 Gripen.

Entrega marca o início da integração entre FAB e Kryptus
O dispositivo é um equipamento de alto nível tecnológico e estratégico para a defesa do Brasil e faz parte da Fase 2 do Projeto Identification Friend or Foe (IFF) Modo 4 Nacional (IFFM4BR) e marca o início da integração entre Força Aérea Brasileira (FAB) e a empresa Kryptus EED, 100% nacional, que colaborou no desenvolvimento do aparato. “A entrega do Criptocomputador é um importante marco para o projeto e representa mais um passo do Brasil na direção de obter soberania nacional nas tecnologias de sistemas de comunicação militar seguras IFF”, pontuou o Diretor do IAE, Brigadeiro do Ar Frederico Casarino.

A criação do Criptocomputador (CM4-B) representa, internacionalmente, que a FAB atingiu o nível tecnológico para a integração e os testes em solo do Sistema IFF Modo 4 Nacional. Nesse contexto, o Chefe do CCA-SJ, Coronel Aviador Josemir Ribeiro Lima, destacou a importância do IAE no projeto. “A participação do Instituto foi uma grande oportunidade e a equipe se sente honrada em participar de algo dessa magnitude e de tamanha relevância, para contribuir para a defesa nacional”, finalizou o Oficial-Superior.

Além da entrega do equipamento, o Diretor do IAE, o Chefe do CCA-SJ e suas equipes técnicas ainda visitaram o laboratório Gripen Design and Development Network (GDDN), onde será realizado o início da integração do Criptocomputador. Até março de 2024, está prevista a entrega de mais dois Criptocomputadores qualificados para ensaios em voo.

Como o Criptocomputador (CM4-B) será utilizado?
Será conectado aos equipamentos transponder (utilizados para receber, amplificar e retransmitir um sinal em uma frequência diferente) e interrogadores localizados em aeronaves, embarcações, plataformas terrestres e radares, possibilitando ao interrogador transmitir desafios criptografados a um possível alvo, desde que o seu transponder também esteja equipado com um CM4-B, ou seja, precisa conter a mesma chave criptográfica que o Criptocomputador que o interrogador possui. Deste modo, o transponder responderá corretamente aos desafios e o alvo será classificado como amigo.

Entenda o Projeto IFF (Identification Friend or Foe) Modo 4 Nacional
O IFFM4BR visa a classificação remota eletrônica segura de plataformas militares (aeronaves, embarcações e veículos) no âmbito do Sistema de Defesa Aeroespacial Brasileiro (SISDABRA). Sua utilização aspira à consciência situacional (mapa tático), identificando essas plataformas no combate e provendo o suporte necessário às regras de engajamento, o que permite o emprego seguro de mísseis, além do alcance visual (BVR), evitando dessa forma, o fratricídio e a violação do sistema por adversários.

A principal vantagem do Sistema IFF é a sua capacidade de interoperabilidade. O Criptocomputador CM4-B pode ser usado em diferentes plataformas marítimas, terrestres e aéreas, por meio de sua integração com transponders e interrogadores de cada plataforma, permitindo a classificação em combate, rápida e segura, entre os vetores. Também se integra a esse sistema uma suíte de aplicativos responsável por gerar, proteger e distribuir chaves criptográficas a todos os Criptocomputadores. O desenvolvimento desses aplicativos é essencial para a segurança do sistema e está sob a responsabilidade do CCA-SJ.

24 agosto, 2023

Grupo EDGE, dos Emirados, assina acordo com DCTA da Força Aérea Brasileira

Cerimônia de assinatura

*TradeArabia - 24/08/2023

O Grupo EDGE (Emirados Árabes Unidos), um dos principais grupos de tecnologia avançada e defesa do mundo, assinou acordo com o Departamento de Ciência e Tecnologia Aeroespacial (DCTA) da Força Aérea Brasileira.
 
De acordo com o acordo, as duas organizações explorarão oportunidades para desenvolver conjuntamente projetos nos domínios aéreo e espacial, armas inteligentes e plataformas não tripuladas e autônomas, bem como outras áreas. Está em linha com a estratégia do Edge de construir parcerias mutuamente benéficas que apoiam o desenvolvimento da capacidade de defesa nos Emirados Árabes Unidos e na América Latina, onde o Edge estabeleceu recentemente o seu primeiro escritório internacional, localizado em Brasília.
 
A cerimônia de assinatura ocorreu na cidade de São José dos Campos como parte de uma visita contínua da delegação de alto nível do Edge ao Brasil, e foi testemunhada por membros da alta administração do Edge e pelo Diretor Geral do Departamento de Ciência e Tecnologia Aeroespacial, Tenente-Brigadeiro do Ar Maurício Augusto de Medeiros.
 
Maior colaboração
O grupo também se reuniu com dignitários locais e grandes players e parceiros da indústria brasileira, incluindo SIATT e Turbomachine. As visitas permitirão ao Edge abrir caminho para uma maior colaboração no intercâmbio de conhecimentos, cooperação em I&D e co-desenvolvimento de sistemas avançados de defesa, entre outros.
 O Edge anunciou recentemente um acordo de parceria com a Marinha do Brasil para co-desenvolver um míssil anti-navio de longo alcance, bem como fornecer soluções avançadas, como a tecnologia anti-jamming, que é desenvolvida pelo Edge nos Emirados Árabes Unidos. 

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Grupo EDGE dos Emirados Árabes Unidos irá co-desenvolver sistemas de defesa com organização militar brasileira

*Breaking Defense, por Agnes Helou - 24/08/2023

O conglomerado de defesa dos Emirados EDGE Group anunciou hoje que unirá forças com o Departamento de Ciência e Tecnologia Aeroespacial (DCTA) da Força Aérea Brasileira para co-desenvolver sistemas não tripulados e autônomos, armas inteligentes e projetos aéreos e espaciais.

A cerimônia de assinatura do acordo estratégico ocorreu “na cidade de São José dos Campos, como parte de uma visita contínua da delegação de alto nível da EDGE ao Brasil, e foi testemunhada por membros da alta administração da EDGE e pelo Diretor Geral do Departamento de Aeroespacial Ciência e Tecnologia, General da Aeronáutica Maurício Augusto de Medeiros”, segundo comunicado do EDGE.

Um grande helicóptero não tripulado está entre as muitas exibições do conglomerado de defesa dos Emirados Árabes Unidos EDGE Group na IDEX 2023. (Lee Ferran / Breaking Defense)

O EDGE disse que sua delegação manteve discussões com as empresas de defesa brasileiras SIATT e Turbomachine, bem como com outros participantes da indústria local. De acordo com o comunicado da empresa, “as visitas permitirão ao EDGE abrir caminho para uma maior colaboração no intercâmbio de conhecimentos, cooperação em I&D e co-desenvolvimento de sistemas avançados de defesa, entre outros”.

O acordo surge no momento em que o EDGE tenta expandir o seu alcance para além da região do Golfo e para a América Latina. A empresa dos Emirados já possui extensos acordos com algumas empresas brasileiras e inaugurou seu primeiro escritório internacional em Brasília em abril.

No início deste mês, o EDGE assinou um acordo com a Turbomachine, desenvolvedora brasileira de motores de turbina, para desenvolver conjuntamente motores com turbofan e propelente para os sistemas não tripulados e sistemas de mísseis do conglomerado dos Emirados. Em junho, a empresa sediada em Abu Dhabi assinou uma parceria estratégica para desenvolver mísseis anti-navio de longo alcance para a marinha brasileira e plataformas anti-bloqueio desenvolvidas pelos Emirados. (A SIATT, uma das empresas com quem a EDGE disse ter conversado, é especializada em parte no desenvolvimento de mísseis anti-navio)

“O EDGE está a tentar encontrar uma região de nicho que tenha ambições de desenvolver as suas forças armadas, mas que não enfrente ameaças militares urgentes”, disse Ryan Bohl, analista sénior do Médio Oriente e Norte de África da Rede RANE, Ryan Bohl, à Breaking Defense. “A América Latina em geral se enquadra nessa categoria, com países como o Brasil querendo se tornar mais independentes e procurando novos parceiros de defesa, mas não estão em uma posição em que enfrentem ameaças iminentes pelas quais não possam assumir riscos. uma organização como o EDGE.”

Ele acrescentou que a empresa dos Emirados também precisa ter em mente a economia dos seus novos parceiros. “Há uma razão pela qual o EDGE não está tentando trabalhar, digamos, com a Argentina ou a Venezuela. Poderão existir outras vias de cooperação para o EDGE e outros países latino-americanos, mas eles também precisarão competir com as empresas dos EUA, os fornecedores tradicionais de armas para a região.”

19 março, 2023

Foguete sul-coreano é lançado a partir de Alcântara, no Maranhão


*DCTA e Agência Força Aérea - 19/03/2023

Um novo capítulo para o Programa Espacial Brasileiro teve início neste domingo (19/03), às 14h52, com o lançamento do foguete sul-coreano HANBIT-TLV, o de número 500 do Centro de Lançamento de Alcântara (CLA). O veículo levou a bordo carga útil desenvolvida 100% no Brasil em um voo que durou 4 minutos e 33 segundos.

O Chefe do Subdepartamento Técnico do Departamento de Ciência e Tecnologia Aeroespacial (DCTA), Brigadeiro Engenheiro Luciano Valentim Rechiuti, destacou que a Operação, denominada Astrolábio, é o resultado da parceria entre o DCTA e a empresa sul-coreana INNOSPACE e demonstra a capacidade nacional em desenvolver tecnologias espaciais e lançar foguetes.

“O sucesso deste lançamento binacional, envolvendo o Brasil e a Coreia do Sul, ratifica que o Centro está totalmente apto, tanto do ponto de vista técnico-operacional, quanto do ponto de vista administrativo, para realizar lançamentos de foguetes nacionais e estrangeiros em praticamente quaisquer épocas do ano, com precisão e segurança. Afinal, o Centro conta com equipes especializadas e altamente qualificadas, bem como infraestruturas e sistemas de preparação, lançamento e rastreio plenamente operacionais”, explicou.

“Estamos extremamente felizes com o resultado, pois ele reflete o trabalho de muitos profissionais envolvidos e diversos desafios superados ao longo do processo”, pontuou o Diretor do CLA, Coronel Engenheiro Fernando Benitez Leal.


O Presidente da Agência Espacial Brasileira (AEB), Carlos Augusto Teixeira de Moura, também celebrou o momento e ressaltou que o CLA já foi concebido com a ideia de abrigar não só o nosso Programa Espacial, mas também outros operadores. “Concretizamos o ideal lá dos anos 80, pois temos agora um operador privado internacional trabalhando aqui, o que abre a oportunidade de o Brasil efetivamente se inserir no mercado internacional de transporte espacial”, comentou.

Para o Diretor-Geral do DCTA, Tenente-Brigadeiro do Ar Maurício Augusto Silveira de Medeiros, a Operação Astrolábio mostrou ao Brasil e ao mundo a capacidade do CLA, que ainda será ampliada por meio do Centro Espacial de Alcântara (CEA).

“Este lançamento quebrou um paradigma, pois poderemos ter diversas operações comerciais, a partir do CEA, nos colocando entre os centros espaciais reconhecidos mundialmente e inseridos nesse mercado tão grande e que se desenvolve a cada dia mais, que é o mercado espacial. O lançamento do HANBIT-TLV e as parcerias futuras trarão uma série de benefícios, pois são receitas que vêm para o município de Alcântara, para o estado do Maranhão e para o Brasil”, concluiu.

02 outubro, 2021

Foguete S50: maior Motor-Foguete já fabricado no Brasil tem primeiro ensaio de Tiro em Banco do Motor


*Agência Força Aérea - 02/10/2021

A Força Aérea Brasileira (FAB), por meio do Departamento de Ciência e Tecnologia Aeroespacial (DCTA) e da equipe técnica do Instituto de Aeronáutica e Espaço (IAE), localizados em São José dos Campos (SP), promoveu nesta sexta-feira (01/10), o primeiro ensaio de Tiro em Banco do Motor-Foguete S50. Trata-se de um projeto 100% nacional, com financiamento do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações por meio de sua autarquia vinculada, a Agência Espacial Brasileira (AEB) e da empresa pública Financiadora de Estudos e Projetos (FINEP). A empresa Avibras Indústria Aeroespacial S/A é responsável pela execução do projeto.

O evento contou com a presença do Ministro da Ciência, Tecnologia e Inovações, Marcos Pontes; do Diretor-Geral do DCTA, Tenente-Brigadeiro do Ar Hudson Costa Potiguara; do Diretor do Instituto de Aeronáutica e Espaço, Brigadeiro do Ar César Augusto O'Donnell Alván, além de representantes das organizações que atuam no projeto, bem como Oficiais-Generais da FAB, Comandantes, Diretores e Chefes de Organizações Militares.

Para o Ministro, este é um momento histórico para o Brasil e de comemoração. “Pensando no Programa Espacial Brasileiro é como se estivéssemos, agora, ascendendo ao segundo estágio. Graças ao esforço de muita gente, temos a possibilidade de melhorar o Programa Espacial e esperar muitas novidades pela frente”, disse.

O S50 é o maior Motor-Foguete já fabricado no Brasil, com 12 toneladas de propelente sólido, e com tecnologias inovadoras para o Programa Espacial Brasileiro, como o uso de fibra de carbono para a produção do envelope-motor, o que o torna mais leve e eficiente. O Tenente-Brigadeiro Potiguara comentou a importância do ensaio. “Este momento é histórico e significativo para o Programa Espacial Brasileiro. A nação brasileira tem que se orgulhar disso. Por vários anos temos buscado o início desse estabelecimento, de um círculo completo de lançamento, e começamos com a produção do motor S50. A partir de agora estamos a alguns passos do nosso VLM [Veículo Lançador de Microssatélites], quando poderemos orbitar cargas de até 50 quilos", afirmou.

O sucesso deste ensaio é fundamental para que o Brasil possa avançar nas fases finais de desenvolvimento do motor S50, que permitirá ao País novas capacidades em termos de produção de veículos suborbitais e lançadores de microssatélites. O Veículo Lançador de Microssatélites (VLM-1) é um Projeto Estratégico da Força Aérea Brasileira (FAB) e visa ao desenvolvimento de um VLM em parceria com o Centro Aeroespacial Alemão. 

O Diretor do IAE, Brigadeiro O'Donnell, comentou sobre o ensaio. “A partir deste momento podemos caminhar com mais firmeza e segurança rumo aos objetivos do Programa Espacial Brasileiro. Esse trabalho vem sendo realizado há alguns anos e os preparativos iniciaram há seis meses, envolveu dezenas de profissionais e 32 equipes de trabalho”, esclareceu o Oficial-General.

O ensaio do primeiro teste de queima em ponto fixo do motor é resultado de um trabalho complexo e desafiador, que conta com o profissionalismo de técnicos e engenheiros do IAE e da empresa contratada. O Gerente do Projeto VLM-1, Major Engenheiro Rodrigo César Rocha Lacerda, comemora o sucesso do ensaio. “Essa campanha marca um trabalho muito intenso ao longo de anos, envolvendo o IAE e a Avibras. Esse sucesso é fundamental para que possamos avançar no nosso Programa Espacial Brasileiro”, finalizou o Oficial.

 

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