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05 julho, 2025

Venda de caças Gripen E/F para Peru e Colômbia abre caminho para produção conjunta com a Embraer

 Brasil poderá se posicionar como polo regional na fabricação e manutenção do caça sueco


*LRCA Defense Consulting - 05/07/2025

Em um momento que poderá ser emblemático para a indústria de defesa sul-americana, o Peru anunciou ontem (04) a aquisição de 24 caças Gripen E/F, produzidos pela sueca Saab. Esse movimento ocorre logo após a Colômbia, no início de abril, confirmar a compra de um lote de 16 a 24 aeronaves do mesmo modelo.

Embora tenha sido anunciado pela própria Presidente do Peru, Dina Boluarte, o negócio aguarda ainda a assinatura de um decreto presidencial de interesse nacional, previsto para este mês, autorizando o uso dos recursos necessários para a aquisição dos novos caças. 

Se o contrato for adiante, o Peru se tornará o terceiro país latino-americano a operar o Gripen, depois do Brasil e da Colômbia. 

A Embraer como parceira natural
A Embraer já é parceira do programa Gripen no Brasil, atuando na produção de aeroestruturas, aviônicos e integração de sistemas. O know-how acumulado servirá como base para que futuros contratos para o Peru e a Colômbia também prevejam o envolvimento da empresa brasileira.

A Saab, inclusive, já declarou que vê a Embraer como um hub industrial regional, capaz de atender múltiplos clientes latino-americanos, o que facilita a logística, reduz os custos de transporte e acelera os prazos de entrega.

No entanto, durante as discussões que levaram à decisão peruana, fontes da defesa do país teriam expressado preocupação com a potencial dependência logística do Brasil, especialmente sob o atual governo. 

Cooperação regional intensificada
Produzir no Brasil traria significativos benefícios operacionais e geopolíticos, como:

- Redução expressiva de custos e maior velocidade na entrega aos países vizinhos, que já cooperam militarmente com o Brasil.

- Maior autonomia logística e agilidade para manutenção e suporte técnico, com a possibilidade de transferir ainda parte da montagem final para os próprios Peru e Colômbia.

- Consolidação do Brasil como hub regional de defesa, com ganhos industriais e econômicos permanentes.

Detalhes dos anúncios
Na Colômbia, embora o contrato ainda esteja em fase de negociação, bas questões operacionais estão bem encaminhadas, com possível assinatura entre julho e setembro de 2025 e consequente entrega das primeiras unidades de 16 e 18 meses depois.

No caso do Peru, o Ministro da Defesa sueco, Pål Jonson, deverá chegar ao país em 10 de julho para uma reunião bilateral com seu homólogo peruano, Walter Astudillo Chávez, em uma visita que deverá finalizar o acordo intergovernamental sobre os caças. O ministro sueco e o CEO da Saab, Micael Johansson, estarão ainda presentes na 12ª edição da Feira Internacional Aeronáutica e Espacial da Colômbia, que será realizada de 9 a 13 de julho no Aeroporto Internacional José María Córdova, em Rionegro, Antioquia, onde deverão se reunir com autoridades colombianas e peruanas. 

Perspectivas estratégicas
Um arranjo de coprodução similar ao do Brasil, com a Embraer fornecendo estruturas e sistemas, e com montagem final possivelmente no Brasil (ou até, em parte, em solo peruano ou colombiano, de acordo com cláusulas de offset), combinado com a possibilidade de a Embraer se aproximar de um contrato robusto para mais de 40 unidades (somando os dois países), criaria enorme sinergia com a linha de produção brasileira.

Com isso, o Brasil poderia expandir sua posição de liderança em defesa na América Latina, com impacto positivo em renda, empregos qualificados, tributos e protagonismo industrial.

O que vem a seguir
Julho/setembro de 2025: possível assinatura oficial do contrato com a Colômbia.

Até o final do ano ou início de 2026: conclusão das negociações formais com o Peru, incluindo a definição do envolvimento da Embraer.

Em 2026/2027: chegada das primeiras aeronaves colombianas e inauguração de uma nova fase de produção regional do Gripen para o continente.

Centro industrial estratégico
O avanço dos acordos com a Colômbia e com o Peru poderá consolidar o Brasil, especialmente a Embraer e seu sistema de empresas envolvidas, como um centro industrial estratégico na montagem e logística de caças na América Latina, firmando a empresa como o principal parceiro industrial da Saab na região, haja vista que, neste cenário, ela realizará fabricação parcial, montagem, suporte e manutenção dos caças Gripen E/F para os três países. 

18 abril, 2025

OGMA, do Grupo Embraer, poderá fabricar os Gripen portugueses, caso o país feche com a Saab

Imagem gerada por IA

 *LRCA Defense Consulting - 18/04/2026

A imprensa internacional está repercutindo a decisão portuguesa de pausar as negociações para a aquisição do caça do quinta geração americano Lockheed Martin F-35 e voltar sua atenção para o caça sueco Saab JAS-39 Gripen, caracterizado como de geração 4,5.

O excelente artigo de Bulgarian Military detalha o assunto e levanta a possibilidade de os Gripen portugueses, caso seja fechado o negócio, serem produzidos pela OGMA, uma gigante aeroespacial portuguesa que tem a Embraer como a principal acionista.

Assim, além de vir a produzir os Gripen do Brasil, da Colômbia (e, provavelmente, do Peru) em sua sede no Brasil, a Embraer também teria uma forte participação na produção das aeronaves suecas destinadas a Portugal e, por que não, a outros países europeus e não europeus, haja vista que, com isso, a fabricante sueca diversificaria as unidades produtivas e agilizaria seus prazos de entrega, obtendo mais um trunfo sobre a concorrência.

Em outra reportagem, o ministro da Defesa de Portugal afirmou à mídia portuguesa ECO: "Temos de produzir mais na Europa e comprar mais na Europa. As opções têm de ser as europeias e Portugal tem de estar no ciclo produtivo. Não quer dizer que esteja de A a Z, mas na produção de componentes ou manutenção”. Esta e outras declarações do ministro português reforçam a hipótese de seu país optar pelo Gripen e fazer todo o esforço para que as aeronaves sejam produzidas pela OGMA, total ou parcialmente.
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A ousada mudança de Portugal para o Gripen choca os apoiadores do F-35 na OTAN



*Bulgarian Military, por Boyko Nikolov - 17/04/2025

Em 6 de abril de 2025, Micael Johansson, CEO da gigante aeroespacial sueca Saab, confirmou que a empresa está em negociações com Portugal para potencialmente fornecer caças JAS 39 Gripen, uma medida que pode reformular a estratégia de defesa aérea do país europeu.

O anúncio, feito em uma entrevista ao jornal sueco Dagens Industri , sinaliza a ambição da Saab de expandir sua presença no mercado aeroespacial da OTAN em um momento em que Portugal, um membro de longa data da aliança, busca modernizar sua frota envelhecida de aeronaves F-16.

Este desenvolvimento ocorre em meio a tensões geopolíticas crescentes na Europa e a um debate mais amplo sobre a dependência do continente em equipamentos militares de fabricação americana. Enquanto Portugal avalia suas opções, o Gripen surge como uma alternativa econômica e versátil a plataformas mais caras como o Lockheed Martin F-35, levantando questões sobre as tendências futuras de aquisição da OTAN e as implicações estratégicas para a cooperação transatlântica em defesa.

Resposta pragmática às necessidades de defesa
O interesse de Portugal no Gripen reflete uma resposta pragmática às suas necessidades de defesa e restrições orçamentárias. Com um orçamento de defesa de aproximadamente US$ 4 bilhões anuais, segundo um estudo de 2024 do Instituto Internacional de Estudos Estratégicos, Portugal não está entre os pesos pesados ​​da OTAN.

A sua força aérea opera atualmente 24 jatos F-16AM e quatro F-16BM, muitos dos quais estão perto do fim da sua vida útil. Durante anos, a Força Aérea Portuguesa manifestou o desejo de adquirir caças stealth F-35 de quinta geração, preferência reiterada pela sua liderança em 2019.

No entanto, os altos custos de aquisição e manutenção do F-35, somados às recentes mudanças na política externa dos EUA, levaram Lisboa a explorar alternativas.

Em março de 2025, o então Ministro da Defesa português, Nuno Melo, declarou ao jornal Público que o país estava reconsiderando seus planos para o F-35, citando preocupações com a imprevisibilidade geopolítica e a necessidade de avaliar as opções europeias. O Gripen da Saab, conhecido por sua acessibilidade e flexibilidade operacional, preencheu essa lacuna, posicionando-se como um concorrente viável.

O JAS 39 Gripen E/F, a mais recente versão do caça multifuncional da Saab, está no centro dessas discussões. Projetado para combater ameaças avançadas em campos de batalha modernos, o Gripen E/F é um jato leve e monomotor que combina tecnologia de ponta com eficiência de custos.

Equipado com o motor General Electric F414G, ele atinge velocidade máxima de Mach 2 e um raio de combate de aproximadamente 800 km. O radar de varredura eletrônica ativa Leonardo ES-05 Raven e o sensor infravermelho de busca e rastreamento Skyward G proporcionam robusta consciência situacional, enquanto seu avançado conjunto de guerra eletrônica, incluindo um sistema de alerta de aproximação de mísseis de 360 ​​graus, aumenta a capacidade de sobrevivência em ambientes contestados.

Com 10 pontos de fixação, o Gripen E/F pode transportar até sete mísseis ar-ar MBDA Meteor além do alcance visual, além de mísseis de curto alcance IRIS-T e munições guiadas de precisão para missões ar-solo. Sua arquitetura aviônica modular permite atualizações rápidas de software, permitindo que os operadores integrem novos recursos sem grandes revisões de hardware.

A Saab enfatiza a capacidade do jato de operar a partir de bases austeras, uma característica enraizada na doutrina sueca de operações dispersas da época da Guerra Fria, o que pode atender à necessidade de Portugal de implantação flexível na região do Atlântico.

Comparado aos seus concorrentes, o Gripen E/F oferece vantagens distintas para uma nação como Portugal. O Lockheed Martin F-35A, embora incomparável em furtividade e fusão de sensores, tem um custo unitário superior a US$ 80 milhões e despesas anuais de manutenção que podem sobrecarregar orçamentos menores de defesa.

Um relatório de 2023 do Escritório de Prestação de Contas do Governo dos EUA (GCO) observou que apenas 55% dos F-35 americanos estavam aptos a operar em missões em determinado momento, destacando a complexidade logística da plataforma. O Eurofighter Typhoon, outra opção europeia, oferece desempenho formidável, mas a um preço mais alto que o Gripen, com custos operacionais estimados em US$ 18.000 por hora de voo, em comparação com os US$ 7.000 do Gripen, de acordo com uma análise da Jane's de 2020.

O F-16V modernizado, produzido pela Lockheed Martin, continua sendo um forte concorrente devido à infraestrutura existente do F-16 em Portugal, mas sua falta de recursos de quinta geração pode limitar sua viabilidade a longo prazo.

O Gripen, por outro lado, encontra um equilíbrio entre tecnologia avançada e acessibilidade, com um custo de voo de cerca de US$ 40 milhões por unidade e um design que minimiza o tempo de inatividade para manutenção. Sua capacidade de conduzir missões ar-ar, ar-solo e de reconhecimento o torna uma plataforma versátil e adequada às necessidades multifacetadas de defesa de Portugal.

OGMA/Embraer
A proposta da Saab para Portugal vai além da aeronave em si, enfatizando benefícios industriais e econômicos que poderiam repercutir em Lisboa. A empresa tem um histórico de oferecer transferência de tecnologia e acordos de produção local, como demonstrado em seu acordo de US$ 5,4 bilhões com o Brasil em 2014, que incluiu a instalação de uma linha de produção do Gripen E em Gavião Peixoto, São Paulo.

Em um comunicado à imprensa de 9 de maio de 2023, a Saab observou que a unidade emprega 200 trabalhadores e fortaleceu a indústria aeroespacial brasileira, um modelo que poderia ser atraente para o governo português em sua busca por impulsionar sua economia. Tais acordos poderiam envolver empresas portuguesas como a OGMA, uma empresa de manutenção e fabricação parcialmente controlada pela brasileira Embraer, que já colaborou com a Saab no passado.

Ao integrar Portugal à cadeia de suprimentos do Gripen, a Saab poderia criar empregos e promover parcerias industriais de longo prazo, uma perspectiva que tem peso político em um país que se recupera dos desafios fiscais da última década.

Além disso, a disposição da Saab em personalizar pacotes de suporte, incluindo treinamento e manutenção, pode garantir alta disponibilidade operacional para a força aérea portuguesa, um fator crítico dados os recursos limitados do país.

Portugal desempenha um papel vital nas operações atlânticas da OTAN
O momento dessas negociações é significativo, visto que a Europa enfrenta a evolução da dinâmica de segurança e a busca por maior autonomia de defesa. A agressão contínua da Rússia na Ucrânia, aliada ao seu reforço militar no Ártico, intensificou o foco da OTAN na superioridade aérea e na capacidade de resposta rápida.

Portugal, embora geograficamente distante da Europa Oriental, desempenha um papel vital nas operações atlânticas da aliança, incluindo patrulha marítima e policiamento aéreo sobre os Açores, um arquipélago estratégico que serve como centro de logística militar transatlântica.

A capacidade do Gripen de operar em pistas curtas e sua compatibilidade com a rede de compartilhamento de dados Link 16 da OTAN o tornam ideal para essas missões. Além disso, a recente entrada da Suécia na OTAN em 2024 fortaleceu a credibilidade da Saab como fornecedora para os membros da aliança, posicionando o Gripen como um símbolo da colaboração europeia.

Estratégia mais ampla da Saab
Como Micael Johansson disse ao Dagens Industri, a Saab também está em negociações com o Canadá e vários países latino-americanos, sugerindo uma estratégia mais ampla para desafiar o domínio dos EUA no mercado global de caças.

Historicamente, o Gripen obteve sucesso em países menores da OTAN com orçamentos limitados, o que constitui um estudo de caso para a potencial decisão de Portugal. A República Tcheca, que alugou 14 jatos Gripen C/D em 2004, recentemente estendeu seu contrato com a Saab até 2035, avaliado em US$ 675 milhões, para cobrir a lacuna até o início das entregas do F-35 em 2031.

A Hungria, outra operadora do Gripen, expandiu sua frota com quatro modelos C/D adicionais em fevereiro de 2024, elevando o total para 18 aeronaves. Ambas as nações elogiaram a confiabilidade e os baixos custos operacionais do Gripen, com a Hungria utilizando os jatos para policiamento aéreo sobre a Eslovênia desde 2014. Esses exemplos reforçam o apelo do Gripen para países que buscam equilibrar os compromissos da OTAN com a responsabilidade fiscal.

No entanto, a decisão de Portugal pode ter implicações mais amplas, especialmente à luz das recentes mudanças na política americana. A ênfase do governo Trump no comércio recíproco e a imposição de tarifas sobre produtos europeus, conforme noticiado pela Reuters em 4 de março de 2025, têm tensionado as relações transatlânticas, levando alguns membros da OTAN a diversificar seus fornecedores de defesa.

Imagem gerada por IA e inserida pela LRCA

Desafio
Um desafio para a Saab reside na dependência do Gripen de componentes fabricados nos EUA, notadamente o motor F414G, que exige licenças de exportação e suporte de manutenção de empresas americanas. O Defense Express noticiou em 12 de abril de 2025 que essa dependência poderia complicar os esforços da Saab para comercializar o Gripen como uma alternativa totalmente autônoma às plataformas americanas.

Em meados da década de 2010, a Saab avaliou a substituição do F414G por uma variante produzida localmente do motor EJ200 do Eurofighter Typhoon, mas o projeto foi paralisado. Embora essa questão não tenha prejudicado as vendas anteriores do Gripen, pode gerar preocupações em Portugal, especialmente se as tensões comerciais entre EUA e Europa aumentarem.

Para atenuar esse problema, a Saab enfatizou a arquitetura aberta do jato, que permite aos clientes desenvolver seu próprio software e integrar sistemas não americanos, conforme observado em um comunicado de imprensa da Saab de 2021. Para Portugal, essa flexibilidade poderia permitir a colaboração com empresas de defesa europeias, reduzindo a dependência das cadeias de suprimentos americanas ao longo do tempo.

Mudança nas tendências de aquisição da OTAN para alternativa europeia
As ramificações geopolíticas de um possível acordo para o Gripen estendem-se além das fronteiras de Portugal. A decisão de escolher a Saab em vez da Lockheed Martin pode sinalizar uma mudança nas tendências de aquisição da OTAN, incentivando outros membros a priorizar custo e interoperabilidade em detrimento de plataformas centradas em stealth.

Polônia e Noruega, ambas compradoras do F-35, enfrentaram atrasos nas entregas, com os primeiros jatos poloneses não esperados antes de 2026, de acordo com um relatório militar búlgaro de 9 de abril de 2025. Esses contratempos alimentaram o interesse em soluções provisórias como o Gripen, que oferece prazos de entrega mais rápidos e custos de ciclo de vida mais baixos.

Além disso, a compra do Gripen por Portugal poderia reforçar o papel da Suécia como líder em defesa na Europa, reforçando a necessidade de projetos colaborativos como o Future Combat Air System, um programa de caças de última geração envolvendo França, Alemanha e Espanha. Por outro lado, os EUA poderiam encarar tal movimento como um desafio ao seu domínio aeroespacial, potencialmente prejudicando os laços bilaterais com Portugal, um membro fundador da OTAN.

As negociações também destacam o debate mais amplo sobre a autonomia de defesa europeia, um tópico que vem ganhando força desde que o conflito na Ucrânia se intensificou em 2022. O Gripen, juntamente com o Rafale da França e o Eurofighter Typhoon, representa uma alternativa construída na Europa aos sistemas dos EUA, alinhando-se aos apelos por maior autossuficiência.

Em um comentário de 2025 no site Opex360, analistas de defesa franceses argumentaram que a consideração de Portugal pelo Gripen reflete uma abordagem pragmática para equilibrar as obrigações da OTAN com os interesses nacionais. No entanto, a decisão não é isenta de riscos.

Riscos
Optar pelo Gripen pode limitar o acesso de Portugal aos recursos avançados de compartilhamento de dados do F-35, essenciais para operações conjuntas com aliados como os EUA e a Holanda. Além disso, a instabilidade política em Portugal, com eleições parlamentares antecipadas marcadas para 18 de maio de 2025, pode atrasar qualquer decisão final, já que o próximo governo terá a palavra final.

Confiabilidade, potencial em combate e opção atraente
Do ponto de vista operacional, o desempenho do Gripen E/F em exercícios e implantações em situações reais oferece um vislumbre do seu potencial valor para Portugal. Em um exercício Red Flag de 2006 no Alasca, os jatos Gripen C abateram 10 caças F-16, Eurofighters e F-15 sem perdas, demonstrando sua agilidade e eficácia em combate, conforme documentado em uma entrada da Wikipédia de 2025 sobre o Gripen.

Imagem inserida pela LRCA

Mais recentemente, os F-39 Gripens do Brasil passaram por testes climáticos em 2024, operando em temperaturas de 35°C e 85% de umidade, condições semelhantes ao clima costeiro de Portugal. Esses testes, detalhados em um comunicado à imprensa da Saab de 26 de março de 2025, confirmaram a confiabilidade do jato em diversos ambientes, um fator fundamental para as missões portuguesas focadas no Atlântico.

A capacidade do Gripen de realizar reabastecimento em condições adversas e manobras rápidas, com substituições de motor concluídas em menos de uma hora, aumenta ainda mais seu apelo para uma pequena força aérea que prioriza a eficiência.

À medida que Portugal avança na aquisição de caças, a combinação de preço acessível, versatilidade e origem europeia do Gripen o posiciona como uma opção atraente. No entanto, a decisão depende de mais do que especificações técnicas ou custo.

Vontade política, incentivos industriais e dinâmicas de alianças moldarão o resultado, com implicações para a coesão da OTAN e o cenário de defesa da Europa. A persistência da Saab em mercados como Canadá, Colômbia e agora Portugal sugere um esforço calculado para interromper o domínio do F-35, mas o sucesso está longe de ser garantido.

O destino do Gripen em Lisboa dependerá se Portugal o verá como uma ferramenta prática para modernização ou uma declaração ousada de independência estratégica.

Poderá este acordo marcar o início de uma mudança mais ampla na Europa, afastando-se dos sistemas americanos, ou permanecerá uma exceção em um mercado ainda dominado por gigantes americanos? Só o tempo dirá, mas a conversa em si destaca um momento crítico na evolução do poder aéreo global.
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“Portugal tem de estar no ciclo produtivo” da defesa europeia, diz Nuno Melo


*ECO, por Mariana Bandeira - 17/04/2025

Portugal deve ‘pressionar o gatilho’ das linhas de produção de maquinaria e componentes para a defesa. É esta a mensagem do ministro Nuno Melo, que acredita que o país tem uma nova oportunidade de reindustrialização perante os desafios que a segurança europeia enfrenta.

“Temos de produzir mais na Europa e comprar mais na Europa. As opções têm de ser as europeias e Portugal tem de estar no ciclo produtivo. Não quer dizer que esteja de A a Z, mas na produção de componentes ou manutenção”, apelou esta quinta-feira o ministro da Defesa, na conferência “Relatório Draghi” sobre segurança e defesa, organizada pelo ECO.

As aquisições da União Europeia (UE) na área da defesa, a maioria provinda de países extra-UE, também são uma preocupação do atual Governo, que considera Portugal uma nação com capacidade exportadora neste setor. “Cerca de 80% das aquisições da UE vêm de fora da UE, portanto há uma margem brutal. E têm de ser nossas também”, disse.

O ministro da Defesa referia-se a aquisições no âmbito da Lei de Programação Militar (LPM) e fora deste quadro legislativo, nomeadamente de aeronaves de instrução, simuladores, bombardeiros para combate aos fogos, sistema de artilharia, viaturas blindadas e não blindadas, drones ou navios reabastecedores.

“Fabricam-se em Portugal alguns dos melhores drones que se produzem no mundo inteiro, para contextos de guerra ou de paz. Devemos encarar as fragilidades nas indústrias da defesa na União Europeia como uma oportunidade. Não a podemos perder. Portugal não pode ficar à margem da dinâmica de um processo que não volta atrás”, advertiu o governante.

Segundo Nuno Melo, o investimento nacional na defesa – atualmente de 3,1 mil milhões de euros – não requer retirar verbas de outros setores nem “se compara com outras áreas da soberania”, como a educação, para onde estão alocados mais de sete mil milhões de euros, anualmente. “Queremos gerar retorno para a economia e não retirar dinheiro do Orçamento do Estado”, reiterou.

Imagem inserida pela LRCA

“Cada KC vendido são 10 milhões para o Estado”
E deu como exemplo da recente aquisição de 12 aeronaves A-29N Super Tucano por 200 milhões de euros, cuja reforma será realizada em Portugal. Ou seja, a reconfiguração das aeronaves da Embraer para o contexto da NATO será feita exclusivamente por empresas portuguesas e 75 milhões de euros serão investidos nos privados para o desenvolvimento de tecnologias de defesa. “Mesmo na política de aquisições queremos assegurar retorno para a economia”, explicou Nuno Melo, esclarecendo que as compras em Portugal são de dimensão militar e civil.

O ministro da Defesa disse ainda que Portugal opera quase como uma agência de vendas de aviões militares KC na Europa. “Cada KC que é vendido significam 10 milhões que entram nos cofres do Estado”, revelou.

A propósito do relatório Draghi sobre a competitividade europeia, Nuno Melo elencou uma série de tópicos que se relacionam com o país, entre os quais o capital – importância da “indústria intensiva que requer reforço do investimento e financiamento” -, o controle das contas públicas – pasta entregue a Miranda Sarmento, com quem se está a coordenar – e a contratação pública com a ‘via verde’, “que envolve transparência” e desburocratização.

Destacou ainda a estreita ligação do Ministério que dirige com o Ministério da Economia, liderado por Pedro Reis, de forma a maximizar o retorno econômico do reforço do investimento em Defesa.
 

02 abril, 2025

Colômbia decide pelos caças suecos JAS 39 Gripen para sua Força Aérea. Brasil poderá ser beneficiado


*LRCA Defense Consulting - 02/04/2026

Conforme informaram a imprensa da Colômbia e a internacional nesta noite, o presidente colombiano Gustavo Petro anunciou que seu país comprará uma frota de caças JAS 39 Gripen de última geração, produzidas pela empresa sueca Saab, uma aquisição que faz parte do fortalecimento da defesa aérea estratégica da Colômbia.

Petro afirmou que a decisão foi tomada após a Suécia assinar uma carta de intenções na Colômbia para aprovar o projeto como uma medida prioritária para a segurança do país.

"A frota de aeronaves a ser adquirida é totalmente nova, com tecnologia de ponta, já implementada no Brasil, e são da marca Saab 39 Gripen", escreveu Petro pela rede social X, complementando que serão feitos investimentos sociais em diferentes regiões da Colômbia em colaboração com o governo sueco.

Entre os projetos citados está a construção de uma fábrica para produzir painéis solares, última tecnologia, em Córdoba, bem como a instalação de sistemas de água potável em La Guajira. Também haverá restauração e instalação de equipamentos médicos de última tecnologia no Hospital San Juan de Dios, em Bogotá.

"Esta compra representa um marco na modernização da Força Aeroespacial Colombiana e no fortalecimento da infraestrutura social em regiões que historicamente enfrentam dificuldades no acesso a serviços básicos", afirmou o presidente colombiano.

Embraer poderá fabricar os Gripen colombianos. C-390 é outra possibilidade
Em 2024, a empresa de defesa sueca Saab fez uma oferta mais ampla para a venda de sua aeronave supersônica leve JAS 39 Gripen para a República da Colômbia. O possível contrato foi revelado pela primeira vez de forma não oficial pela agência de notícias pública sueca Sveriges Radio, de acordo com uma reportagem da Reuters.

Em uma entrevista no final de 2024, o CEO da Saab, Micael Johansson, confirmou isso, dizendo que a empresa sediada em Estocolmo se comprometeu com uma proposta “completa” para o país latino-americano.

A Saab e a Embraer, sua parceira industrial brasileira, planejam fazer do Brasil uma fábrica primária do Gripen para outro possível acordo com o Peru e pedidos futuros de outros clientes latino-americanos.

“Faz sentido trabalhar a partir deste centro no Brasil se tivermos a oportunidade de também convencer a Colômbia e o Peru a selecionar o Gripen”, disse Johansson na atualização da Reuters à época.

Em julho de 2024, o RR já publicava que a direção da Embraer e o próprio governo brasileiro estavam irmanados em uma tour de force junto ao presidente da Colômbia, Gustavo Petro. Na área de Defesa, havia informações de que a companhia, com o auxílio do Itamaraty, teria aberto conversações com autoridades colombianas para a venda dos caças que vão substituir 16 aeronaves Kfir da Força Aérea local. Em jogo, um negócio que pode chegar a US$ 3 bilhões.

A Embraer fala por si e pela sueca Saab, sua parceira. A operação envolveria o fornecimento dos aviões Gripen montados pela dupla em Gavião Peixoto (SP).

A Colômbia, apesar dos problemas com Israel, tem todo o interesse nos modernos e avançados caças Gripen da Saab/Embraer, haja vista que seriam produzidos em um país vizinho e com governo ideologicamente alinhado, com todas as facilidades logísticas que essa proximidade física significa. 

A propósito, a Colômbia que já opera o Embraer A-29 Super Tucano em combate contra a narcoguerrilha, é uma antiga interessada no C-390 Millennium. Com a aquisição dos Gripen e sua fabricação no Brasil, a compra do C-390 poderia ser encarada como uma consequência natural. O C-390, inclusive, já foi empregado para debelar incêndios florestais na Colômbia.

13 janeiro, 2025

Nações sul-americanas acrescentam 'melhoria das forças aéreas' às resoluções de 2025


*Breaking Defense, por Wilder Alejandro Sanchez - 13/01/2025 

No final de dezembro, a primeira aeronave F-16 Bloco 10 da Força Aérea Argentina chegou ao país, no que o Ministro da Defesa Luis Petri saudou como a aquisição "mais importante" desde o "retorno à democracia" do país em 1982.

A nação sul-americana operou sem uma aeronave de combate primária por quase uma década, mas agora, após muitas negociações e falsos começos, Buenos Aires recebeu o primeiro de 25 F-16s (incluindo uma aeronave de treinamento) anteriormente operados pela Força Aérea Dinamarquesa. O preço do contrato é de cerca de US$ 300 milhões , auxiliado por cerca de US$ 40 milhões em Financiamento Militar Estrangeiro pelos EUA.

Poucas semanas antes, os Gripens fabricados pela Saab e pertencentes à Força Aérea Brasileira (FAB) fizeram sua estreia em exercícios internacionais na CRUZEX 2024 liderada pelo Brasil, dois anos após os caças suecos se juntarem oficialmente à força.

Argentina e Brasil não estão sozinhos na busca por aeronaves de combate mais capazes, já que países como Peru e Uruguai assinaram ou estão considerando novos acordos recentemente.

Mas esta não é uma corrida armamentista aérea na América do Sul, que não vê uma guerra interestatal desde 1995. Na verdade, é uma corrida principalmente contra a obsolescência, de acordo com especialistas, e, para qualquer nação que não se chame Brasil, uma corrida limitada por orçamentos de defesa apertados.

As forças aéreas regionais “precisam modernizar seus inventários e também treinar seu pessoal para operar tecnologias mais novas”, mas apenas “dentro das possibilidades econômicas de cada país”, explicou o Brigadeiro-General aposentado argentino Jorge Antelo à Breaking Defense.

Embora a ameaça de guerra seja baixa, as aeronaves ainda funcionam como dissuasores e para auxiliar operações antidrogas. André Carvalho, pesquisador PhD na Escola de Comando e Estado-Maior do Exército Brasileiro, disse que as aeronaves de combate “são um grande símbolo do hard power de um Estado e ressaltam o comprometimento de um governo em defender a soberania do país”.

Grandes compras da Argentina e do Brasil
O primeiro F-16 recebido pela Argentina, a aeronave de treinamento, já foi bem recebido pela força aérea de lá, de acordo com Andrei Serbin Pont, analista e diretor do centro de pesquisa argentino CRIES. O avião “dá ao serviço uma ideia do status do resto da frota”, disse ele.

Também em dezembro, a Argentina assinou uma Carta de Acordo com os EUA para equipamentos americanos avançados para os novos caças. Antelo, que recentemente serviu como secretário de estratégia nacional da Argentina, disse à Breaking Defense que os acordos sinalizaram um marco tecnológico para os militares.

Mas Serbin Pont observou que os F-16 não serão capazes de resolver todos os problemas da força aérea argentina. A força ainda opera o Douglas A-4 Skyhawk, que Serbin Pont diz que não está voando e não tem "nenhum papel" nas operações atuais.

A Argentina também voa com sua aeronave de ataque leve e aeronave de combate IA-63 Pampa , de fabricação nacional . O fabricante local do Pampa, FADEA, está desenvolvendo uma nova versão da aeronave de ataque leve Pucará, chamada Pucará Fénix, explicou Serbin Pont. No entanto, a nova versão permanece no nível de protótipo.

Enquanto isso, o Brasil enfrenta uma situação semelhante: está em processo de aquisição de uma grande frota de Gripens, mas ainda precisa atualizar aeronaves de companhia mais antigas.

“A frota de Gripens não é suficiente para substituir o número envelhecido de F-5s e A-1s”, disse Serbin Pont, referindo-se ao ataque leve americano F-5EM e ao AMX A1 brasileiro-italiano.

Brasília está supostamente atualizando sua aeronave de ataque leve A-29 Super Tucano para operar com o Gripen, mas Carlos Eduardo Valle Rosa, coronel da reserva da Força Aérea Brasileira, disse que estudos estão em andamento para determinar a melhor maneira de substituir o F-5 e o A-1.

Orçamentos menores, grandes ambições
Além da Argentina e do Brasil, alguns países menores da América do Sul também estão de olho em atualizações que podem ser caras, se puderem pagar por elas.

O Peru atualmente voa aviões de guerra Dassault Mirage 2000, mas eles foram comprados originalmente na década de 1980, assim como Sukhoi Su-25s de fabricação russa comprados de segunda mão pela Bielorrússia na década de 1990. Em outubro deste ano, o chefe da Força Aérea Peruana, Gen. Carlos Enrique Chávez Cateriano, disse que quer que sua nação compre uma frota de 24 aeronaves multifuncionais "para proteger a soberania e a integridade do nosso país pelos próximos 30-40 anos". (Lima também comprou da Bielorrússia uma frota de Mig-29s, no entanto, eles parecem não estar operacionais)

Reportagens da mídia sugerem que alguns grandes players se alinharam na esperança de fornecer novas aeronaves a Lima, incluindo a Lockheed Martin com seu F-16, a Saab com o Gripen, a Dassault com o Rafale e a empresa sul-coreana Korea Aerospace Industries com seu FA-50 e KF-21.

O vizinho do Peru ao norte, a Colômbia, também sinalizou seu interesse em atualizar suas fuselagens, que atualmente consistem em Kfirs israelenses de quatro décadas. A geopolítica se intrometeu nessa perspectiva em particular, já que Bogotá rompeu relações com Israel por sua conduta em Gaza.

Tanto o Peru quanto a Colômbia, disse Valle Rosa, estão interessados ​​em manter uma força aérea eficaz em parte “para resolver questões históricas de fronteira”, provavelmente uma referência às tensões históricas entre Peru e Chile, e Colômbia e Venezuela.

Duas outras nações sul-americanas assinaram acordos para novas aeronaves de combate em 2024: Paraguai e Uruguai, embora com preços muito menores. Nesses casos, cada país concordou em comprar seis Super Tucanos da Embraer do Brasil.

Como está, o Uruguai opera uma pequena frota de aeronaves A-37B Dragonfly envelhecidas como sua única plataforma de combate. Valle Rosa disse que a escolha de ir com o Super Tucano "foi uma decisão de Montevidéu de manter as capacidades operacionais do serviço, particularmente para missões de patrulha aérea". A mídia uruguaia colocou o contrato em US$ 100 milhões. O Paraguai não tem nenhuma aeronave de combate atual, tornando sua aquisição particularmente importante. O custo será semelhante ao acordo uruguaio, em torno de US$ 96 milhões , disse o Ministro da Defesa paraguaio Óscar González em uma entrevista.

Valle Rosa observou que, apesar do interesse em novas aeronaves de várias nações e da falta de conflitos interestatais na história recente, as nações sul-americanas foram prejudicadas no reino da aquisição de defesa pela falta de cooperação de defesa como a vista na produção conjunta da Europa do Eurofighter Typhoon — tão pesado quanto esses tipos de programas conjuntos podem ser. Em sua opinião, as diferentes prioridades de aquisição, limitações orçamentárias, ambições geopolíticas e tensões de fronteira pendentes provavelmente significam que as forças aéreas sul-americanas continuarão a voar sozinhas e, fora da Embraer, dependerão de fornecedores extrarregionais.

20 novembro, 2024

A-29 Super Tucanos brasileiros terão upgrade para A-29M visando interoperabilidade com o Gripen


*Army Recognition - 20/11/2024

Conforme relatado pela Defensa em 19 de novembro de 2024, a Força Aérea Brasileira (FAB) iniciará a modernização de sua frota de A-29 Super Tucano para o padrão A-29M em 2025, após a conclusão de um estudo de viabilidade esperado para o início de 2025. Este programa, que melhorará a interoperabilidade do A-29 com o caça Gripen, envolve 68 aeronaves atualmente divididas entre quatro esquadrões operacionais: Scorpio, Flecha, Grifo e Joker. O esquadrão Joker, baseado na Base Aérea de Natal, é encarregado do treinamento avançado de novos oficiais da aviação de combate em transição da Academia da Força Aérea (AFA). 

A modernização do A-29M foi projetada para alinhar a aviônica e os sistemas do Super Tucano com os do Gripen NG (JAS 39E/F), a aeronave de combate avançada da FAB. As atualizações planejadas incluem a substituição dos atuais displays do cockpit por um Wide Area Display (WAD), semelhante ao do Gripen NG. Outras adições incluem novos sensores eletro-ópticos, armas guiadas a laser, blindagem reforçada, sistemas de autoproteção contra ameaças de mísseis e o link de dados BR-2. O link de dados permitirá a comunicação com aeronaves Gripen, plataformas de radar E-99 e estações terrestres.

O pacote de atualização também introduzirá um sistema de treinamento sintético que simula ambientes de guerra eletrônica, ameaças aéreas e terrestres e modos de radar para operações ar-ar e ar-solo. Espera-se que este sistema melhore a consciência situacional do piloto e a eficiência do treinamento. A liderança da FAB confirmou que o programa de modernização visa sustentar e fazer a transição de sua frota existente em vez de adquirir novas aeronaves.

O A-29 Super Tucano, também conhecido como EMB-314, é uma aeronave de ataque leve e treinamento avançado desenvolvida originalmente pela empresa brasileira Embraer. Está em operação com a FAB desde 2003, com 99 unidades adquiridas no programa ALX. Projetado para conflitos de baixa intensidade, ele carrega uma variedade de armamentos, incluindo metralhadoras, bombas e munições guiadas de precisão. A aeronave apresenta um design robusto capaz de operar em ambientes desafiadores, como a região amazônica. A Embraer também desenvolveu uma variante da aeronave compatível com a OTAN, o A-29N, que deve entrar em serviço com a Força Aérea Portuguesa. A empresa também expandiu a produção por meio de parcerias em Portugal e nos Estados Unidos, produzindo aeronaves para operadores internacionais, incluindo Angola, Equador, Nigéria e Filipinas.

Em uso operacional, o Super Tucano tem apoiado patrulhas de fronteira, missões antinarcóticos e treinamento. Ele tem sido empregado em várias operações, incluindo a Operação Ágata, onde realizou ataques contra pistas de pouso ilícitas. Internacionalmente, a aeronave tem sido usada em combate por vários operadores, incluindo a Colômbia, onde participou de ataques de precisão contra grupos insurgentes.

O programa de modernização, que estenderá a vida útil operacional da frota da FAB em 15 anos, segue a aquisição contínua de caças Gripen NG pela FAB. Desde 2014, o Brasil adquiriu 40 unidades Gripen, com oito entregues até o momento. A modernização da frota A-29 visa melhorar a transição e a prontidão operacional dos pilotos que estão migrando para a plataforma Gripen.

13 novembro, 2024

Saab confirma oferta de caça supersônico Gripen para a Colômbia

A Saab e a Embraer, parceira industrial de São Paulo, planejam fazer do local uma fábrica primária do Gripen para outro possível acordo com o Peru e pedidos futuros de outros clientes latino-americanos.

 

*The Defense Post, por Rojoef Manuel - 13/11/2024

A empresa de defesa sueca Saab fez uma oferta para a venda de sua aeronave supersônica leve JAS 39 Gripen para a República da Colômbia.

O possível contrato de um número não revelado de Gripens com Bogotá foi revelado pela primeira vez de forma não oficial pela agência de notícias pública sueca Sveriges Radio, de acordo com uma reportagem da Reuters .

Em uma entrevista recente, o CEO da Saab, Micael Johansson, confirmou isso, dizendo que a empresa sediada em Estocolmo se comprometeu com uma proposta “completa” para o país latino-americano.

“Acho que temos uma boa oferta, mas é claro que nunca é sem concorrência”, afirmou Johansson.

Expansão do Gripen brasileiro, possível acordo peruano
O comentário foi feito após o governo sueco assinar um acordo de defesa com o país vizinho da Colômbia, o Brasil, no último final de semana para aumentar a frota de caças Gripen deste país em 25%.

O antigo programa de caças com a Suécia e o Brasil foi iniciado em 2014, com cerca de 36 encomendados para o país sul-americano.

Até o momento, o país escandinavo está em processo de conclusão de mais oito entregas para Brasília. A Saab abriu uma unidade no Brasil em 2023 para dar suporte à produção do jato de caça.

Este mesmo centro será usado para fabricar 15 aeronaves no mais recente esforço de expansão do Gripen no Brasil.

A Saab e a Embraer, parceira industrial de São Paulo, planejam fazer do local uma fábrica primária do Gripen para outro possível acordo com o Peru e pedidos futuros de outros clientes latino-americanos.

“Faz sentido trabalhar a partir deste centro no Brasil se tivermos a oportunidade de também convencer a Colômbia e o Peru a selecionar o Gripen”, disse Johansson na atualização da Reuters .

“Mas o Peru também é um mercado muito interessante, já que eles disseram publicamente que criaram um orçamento para começar essa aquisição. Então, é claro que estamos nessa competição também.”

Gripen JAS 39 da Saab

A aeronave Gripen tem um comprimento total de 16 metros (52 pés) e uma envergadura de 9 metros (30 pés).

A plataforma pode transportar até 7.200 quilos (15.873 libras) de carga útil e viajar a 2.100 quilômetros (1.305 milhas) por hora.

Ele é equipado com um motor turbofan de pós-combustão General Electric F414 e é armado com mísseis ar-ar, ar-solo e antinavio.

09 novembro, 2024

Brasil e Suécia assinam carta de intenção para aquisição de mais Gripens e para a venda do Embraer C-390


*Governo da Suécia - 09/11/2024

O Brasil está planejando estender o contrato da aeronave de caça Jas 39 Gripen da Suécia, enquanto a Suécia está pronta para começar as negociações para comprar a aeronave de transporte Embraer C-390 do Brasil. O Ministro da Defesa da Suécia, Pål Jonson, e o Ministro da Defesa do Brasil, José Múcio, assinaram uma carta de intenções para esse efeito hoje, 9 de novembro.

Suécia e Brasil já têm uma parceria estratégica em material de defesa. Esta última carta de intenções define o desejo dos dois países de expandir sua cooperação na área aeroespacial.

Em 2014, o Brasil assinou um contrato com a empresa sueca Saab para comprar 36 aeronaves Jas 39 Gripen, das quais oito já foram entregues ao Brasil. A Saab e a fabricante aeroespacial brasileira Embraer também iniciaram a produção conjunta de aeronaves Jas 39 Gripen no Brasil. O Brasil agora declarou que planeja aumentar o contrato atual para aeronaves Jas 39 Gripen em 25%.

Ao mesmo tempo, a Suécia está interessada em comprar aeronaves de transporte Embraer C-390 do Brasil. Ao assinar a LOI, o governo sueco está pronto para encarregar a Administração de Material de Defesa (FMV) e as Forças Armadas Suecas de iniciar negociações com o objetivo de comprar aeronaves C-390.

A carta de intenções assinada hoje sinaliza as intenções dos dois países. Ela foi assinada em conexão com uma reunião entre o Sr. Jonson e o Sr. Múcio em Natal, Brasil.

Enquanto esteve no Brasil, o Sr. Jonson também visitou o grande exercício aéreo operacional Cruzex 2024, que está acontecendo lá atualmente. A participação do Brasil envolve a aeronave Jas 39 Gripen que ele já possui.

“A cooperação aeroespacial é importante tanto para a Suécia quanto para o Brasil. A nova carta de intenções fornece uma base para aprofundarmos ainda mais essa cooperação”, diz o Sr. Jonson.

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C-390 Millennium nas cores da Força Aérea Sueca

Suécia seleciona o Embraer C-390 Millennium como sua nova aeronave militar de transporte tático

*LRCA Defense Consulting - 09/11/2024

O Ministério da Defesa da Suécia anunciou hoje a escolha do Embraer C-390 Millennium como a nova aeronave de transporte tático do país. Essa decisão estratégica de mais um país membro da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN) marca a primeira aquisição do C-390 no norte da Europa, ressaltando o compromisso da Suécia em aprimorar suas capacidades de defesa com aeronaves de última geração. 

“A Embraer sente-se honrada com a escolha da Suécia. Depois que vários países pertencentes à União Europeia e à OTAN selecionarem o C-390, essa decisão confirma o fato de que a nossa aeronave multimissão representa um tremendo avanço de capacidade operacional em relação às aeronaves de transporte tático da geração anterior”, disse Bosco da Costa Junior, Presidente e CEO da Embraer Defesa & Segurança. “A aeronave está sendo reconhecida, gradualmente, pelas Forças Aéreas mais avançadas do mundo, como a Força Aérea Sueca. Essa seleção nos incentiva a oferecer aos nossos clientes o transporte tático de que necessitam para realizar suas missões mais desafiadoras com versatilidade, confiabilidade e desempenho inigualáveis”. 

A Embraer tem uma parceria de longa data com a Suécia, que será ampliada com a seleção do C-390. A empresa está pronta para apoiar as Forças Armadas Suecas com a finalidade de atender aos exigentes requisitos de seu processo de aquisição, uma vez que esta decisão representa um novo capítulo nas relações Brasil-Suécia. 

A escolha do C-390 está alinhada a uma tendência crescente entre os países membros da União Europeia e da OTAN que reconhecem a eficácia da aeronave para atender às necessidades de defesa atuais e futuras. A Suécia é a sexta nação europeia a escolher a aeronave, juntamente com Áustria, República Tcheca, Hungria, Holanda e Portugal. A aquisição do C-390 pela Suécia não apenas reforçará a defesa nacional, mas também aumentará a interoperabilidade com as forças aliadas, ao mesmo tempo em que se beneficiará das sinergias presentes na Europa em termos de instalações de treinamento, suporte e logística. 

O C-390 também foi adquirido pelo Brasil e pela Coreia do Sul. Desde sua entrada em serviço com a Força Aérea Brasileira, em 2019, e na Força Aérea Portuguesa, em 2023, a frota em operação acumulou mais de 15.000 horas de voo, disponibilidade operacional em 93% e taxas de conclusão de missão acima de 99%, demonstrando produtividade excepcional na categoria.

Leitura complementar:
- Suécia se aproxima da decisão do sucessor da frota veterana do Hércules. Embraer C-390 é forte candidato

06 julho, 2024

Embraer e governo estariam em campanha para vender caças Gripen à Colômbia, em negócio de US$ 3 bilhões


*LRCA Defense Consulting - 06/07/2024

Segundo o boletim Relatório Reservado informou hoje (06), a direção da Embraer e o próprio governo brasileiro estão irmanados em uma tour de force junto ao presidente da Colômbia, Gustavo Petro.

Na área de Defesa, há informações de que a companhia, com o auxílio do Itamaraty, teria aberto conversações com autoridades colombianas para a venda dos caças que vão substituir 16 aeronaves Kfir da Força Aérea local. Em jogo, um negócio que pode chegar a US$ 3 bilhões.

A Embraer fala por si e pela sueca Saab, sua parceira. A operação envolveria o fornecimento dos aviões Gripen montados pela dupla em Gavião Peixoto (SP).

Ainda segundo o Relatório Reservado, a influência do governo Lula junto a Gustavo Petro, um de seus principais aliados na América Latina, é um trunfo importante da dobradinha Embraer/Saab. Trata-se de uma disputa comercial, mas, antes de tudo, uma concorrência de ordem geopolítica. Israel era um forte candidato ao negócio – o Kfir (“leãozinho” em hebraico) foi fabricado pela Israel Aircraft Industries. No entanto, a não ser que aconteça uma reviravolta, o país é carta fora do baralho. 

Embora o Gripen brasileiro possua aviônicos fabricados por empresas brasileiras com capital israelense e as relações entre Colômbia e Israel estejam rompidas desde maio passado, esta Consultoria (LRCA) acredita que isso não seja motivo para que nenhuma das duas partes coloque obstáculos no negócio.

Israel, além de ser um país pragmático em suas vendas de Defesa, tem interesse em manter as profundas relações com o Brasil nessa área. Apenas como exemplos, o nosso País está em processo de aquisição de 36 obuseiros autopropulsados sobre rodas ATMOS 155mm da israelense Elbit Systems, vencedora da licitação internacional realizada. A Elbit Systems também intermedeia a venda de blindados brasileiros Guarani para o exterior, colocando torres e uma série de subsistemas da empresa; recentemente, a empresa israelense Rafael Advanced Defense Systems forneceu ao Brasil um lote de 100 mísseis anti-carro Spike.

A Colômbia, apesar dos problemas com Israel, teria todo o interesse nos modernos e avançados caças Gripen da Saab/Embraer, haja vista que seriam produzidos em um país vizinho e com governo ideologicamente alinhado, com todas as facilidades logísticas que essa proximidade física significa. Caso contrário, só lhe restaria apelar para as distantes e complicadas China e Rússia (e, talvez, Coreia do Sul), já que, por uma questão ideológica, dificilmente se inclinaria por aeronaves americanas, como o badalado F-16, ou europeias, como o Rafale e o Eurofighter Typhoon.

01 abril, 2024

Capacidades de combate do caça Gripen para aprimorar a Força Aérea da Ucrânia


*Army Recognition - 31/03/2024

De acordo com informações relatadas pela equipe editorial do Army Recognition em 29 de março de 2024, a Suécia expressou abertura para potencialmente fornecer seus caças Gripen de última geração para a Ucrânia. Esta medida poderá marcar uma mudança fundamental no equilíbrio do poder aéreo na região. À luz deste anúncio, nos aprofundamos em uma análise aprofundada das capacidades avançadas de combate do Gripen.

Ao comparar estas capacidades com as aeronaves da era soviética atualmente em serviço na Força Aérea Ucraniana – nomeadamente, o Sukhoi Su-24, Su-25, Su-27 e MiG-29 – este artigo pretende destacar as vantagens estratégicas e melhoradas flexibilidade operacional que o Gripen poderia oferecer às forças de defesa aérea da Ucrânia.

O SAAB Gripen é uma prova do design moderno da aviação, oferecendo uma plataforma versátil capaz de realizar uma série de missões de combate e reconhecimento. Ao contrário da frota atual da Ucrânia, que inclui aeronaves especializadas em combate ar-ar (Su-27, MiG-29) ou em funções de ataque ao solo (Su-24, Su-25), o Gripen se destaca em ambas as áreas. Esta capacidade multifuncional garante que a Força Aérea Ucraniana possa executar diversas missões com um único tipo de aeronave, simplificando a logística, a manutenção e o treinamento de pilotos.

Uma das características de destaque do Gripen é seu conjunto de aviônicos de última geração. Equipado com radar AESA (Active Electronically Scanned Array), o Gripen oferece consciência situacional superior, permitindo detectar, rastrear e engajar múltiplos alvos a distâncias maiores e com maior precisão do que os radares das aeronaves atuais da Ucrânia. Esta vantagem tecnológica poderia aumentar significativamente a eficácia operacional da força aérea ucraniana, proporcionando uma vantagem crucial tanto em operações ofensivas como defensivas.

Juntamente com sua aviônica, as características de desempenho do Gripen, como sua alta relação empuxo-peso e design delta canard, proporcionam uma manobrabilidade excepcional. Essa agilidade permite que o Gripen se destaque em cenários de combate aéreo e evite ameaças de forma mais eficaz do que muitos de seus contemporâneos.

A capacidade multifuncional do Gripen é significativamente aumentada pela sua ampla gama de opções de armamento, permitindo-lhe transportar uma combinação de armas adaptadas aos requisitos da missão. Essa flexibilidade garante que o Gripen possa atacar vários tipos de alvos, desde aeronaves inimigas e forças terrestres até unidades navais e infraestrutura.

Mísseis ar-ar: Para missões de superioridade aérea, o Gripen pode ser equipado com uma variedade de mísseis ar-ar (BVR) e de curto alcance (AAMs). Isso inclui o AIM-120 AMRAAM para combates de longo alcance e o IRIS-T ou AIM-9 Sidewinder para encontros mais próximos. Essas armas permitem que o Gripen enfrente aeronaves inimigas a uma distância segura ou se defenda em combate corpo-a-corpo.

Munições Ar-Terra: As capacidades ar-terra do Gripen são apoiadas por uma extensa seleção de munições. Bombas guiadas com precisão, como a GBU-12 Paveway II, e armas distantes, como a AGM-65 Maverick, permitem que o Gripen atinja alvos terrestres com alta precisão, minimizando danos colaterais. Para missões que requerem efeitos de área, também pode transportar bombas não guiadas e munições cluster.

Armas anti-navio e de distanciamento: O Gripen pode ser equipado com mísseis antinavio, como o RBS-15, projetados para atacar embarcações navais a distâncias consideráveis. Além disso, armas isoladas como o Taurus KEPD 350 ou o AGM-158 JASSM permitem que o Gripen conduza missões de ataque profundo contra alvos de alto valor e bem protegidos pelas defesas aéreas inimigas.

Reconhecimento e Guerra Eletrônica: Além de armamentos cinéticos, o Gripen pode transportar cápsulas para guerra eletrônica e missões de reconhecimento. Esses pods aumentam sua capacidade de coletar informações e conduzir ataques eletrônicos, interrompendo as comunicações e os sistemas de radar inimigos.

Operando dentro de um orçamento limitado, a relação custo-benefício do Gripen é uma vantagem convincente para a Ucrânia. A aeronave apresenta custos operacionais e de manutenção mais baixos em comparação com os seus homólogos ocidentais e com os antigos jatos da era soviética no arsenal da Ucrânia. Além disso, o projeto do Gripen enfatiza a facilidade de manutenção e a capacidade de operar em pistas curtas e improvisadas, oferecendo alta flexibilidade operacional em zonas de conflito.

À medida que a Ucrânia se aproxima dos padrões da OTAN, a compatibilidade do Gripen com a tecnologia e os armamentos ocidentais se destaca. Ao contrário das aeronaves da era soviética, que requerem modificações substanciais para integrar armas e sistemas de comunicação compatíveis com a OTAN, o Gripen foi concebido desde o início para operar no âmbito da OTAN. Esta interoperabilidade facilitaria uma colaboração mais harmoniosa com as forças aliadas e agilizaria a transição da Ucrânia para uma postura de defesa mais orientada para o Ocidente.

As capacidades de combate multifuncionais do Gripen, sustentadas por seus aviônicos avançados, desempenho superior e opções versáteis de armamento, posicionam-no como uma plataforma altamente eficaz para alcançar a superioridade aérea e conduzir missões de ataque precisas. Sua capacidade de se adaptar a vários papéis de combate dentro de uma única surtida proporciona flexibilidade operacional, tornando o Gripen um recurso inestimável para as forças aéreas modernas que buscam manter o domínio no ar e apoiar efetivamente as operações terrestres e navais.

29 março, 2024

Após ingressar na OTAN, Suécia considera fornecer caças Gripen para a Ucrânia

O Gripen é um caça multifuncional altamente avançado desenvolvido pela empresa sueca Saab.

*Army Recognition - 29/03/2024


A Suécia abriu-se à possibilidade de fornecer os seus avançados caças Gripen para a Ucrânia. O ministro da Defesa sueco, Pal Jonson, em entrevista ao "The Kyiv Independent", em 28 de março de 2024, revelou que estão em andamento deliberações sobre a transferência desses caças de última geração para a Ucrânia. Este anúncio surge na sequência da recente introdução da Suécia na OTAN em 7 de março de 2024, que aparentemente facilitou a consideração desta opção pela Suécia.

Os caças, conhecidos pela sua versatilidade, aviônica avançada e desempenho de combate superior, poderiam reforçar significativamente a defesa aérea e as capacidades ofensivas da Ucrânia. O Saab JAS 39 Gripen é um caça multifuncional que se destaca em uma ampla gama de cenários de combate, desde combate ar-ar até missões de ataque de precisão. Seu design enfatiza a manobrabilidade, a capacidade de sobrevivência e a capacidade de operar em pistas de pouso curtas e improvisadas, tornando-o particularmente adequado para as desafiadoras condições de combate na Ucrânia.

Equipado com um sistema de radar de última geração e capaz de transportar uma variedade de armas, incluindo mísseis ar-ar e bombas guiadas com precisão, o Gripen pode atingir alvos a longas distâncias e realizar uma ampla gama de missões. Seus avançados sistemas de guerra eletrônica fornecem proteção significativa contra radares e sistemas de mísseis inimigos, aumentando a capacidade de sobrevivência da aeronave em espaços aéreos contestados.

A contemplação da Suécia em fornecer estes jatos à Ucrânia marca um momento crucial no conflito em curso, proporcionando potencialmente às forças ucranianas uma vantagem aérea significativa. Além disso, o compromisso da Suécia de 30 milhões de euros para a coligação de caças, uma iniciativa aliada que visa fornecer à Ucrânia caças F-16 e treino fabricados nos EUA, sublinha o seu apoio aos esforços de defesa da Ucrânia.

O Ministro da Defesa sueco também destacou a cooperação frutífera entre as indústrias de defesa suecas e ucranianas, particularmente no que diz respeito aos CV90, Veículos blindados de combate de infantaria (IFVs) rastreados, que foram ativamente implantados na Ucrânia. As experiências de combate adquiridas nos campos de batalha ucranianos são inestimáveis, ajudando os fabricantes suecos a refinar e melhorar as capacidades destes veículos blindados.

À medida que a situação evolui, o fornecimento potencial de de aviões de combate Gripen A à Ucrânia representa uma mudança significativa no apoio internacional, prometendo aumentar significativamente as suas capacidades de defesa. Com o histórico da Suécia de produção de tecnologia de defesa de ponta, a adição de jatos Gripen poderá vir a ser uma mudança de jogo no conflito, oferecendo à Ucrânia uma ferramenta formidável para proteger os seus céus e dissuadir agressões.

Dinamarca e Holanda têm intenção de fornecer à Ucrânia 19 e 42 aeronaves F-16, respectivamente.

F-16
Paralelamente à consideração da Suécia de fornecer jatos Gripen à Ucrânia, foram feitos progressos significativos para aumentar as capacidades de combate da força aérea ucraniana com a adição de jatos de combate F-16 dos EUA. Esta iniciativa faz parte de um esforço internacional mais amplo para fornecer à Ucrânia a ajuda militar necessária para se defender no meio do conflito em curso.

Os EUA, juntamente com vários aliados europeus, comprometeram-se a transferir caças F-16 para a Ucrânia, um movimento que representa um aumento substancial no apoio militar. Essas aeronaves são conhecidas por sua versatilidade, sistemas de radar avançados e capacidade de transportar uma ampla gama de armamentos, tornando-as um trunfo formidável em combate ar-ar e missões de ataque ao solo. Prevê-se que a entrega de F-16 à Ucrânia melhore significativamente as capacidades operacionais da Força Aérea Ucraniana, oferecendo-lhe uma vantagem tecnológica e maiores capacidades defensivas e ofensivas.

A aprovação, anunciada em 17 de agosto de 2023, abre caminho para um impulso considerável aos ativos da aviação militar da Ucrânia. A Dinamarca e a Holanda anunciaram a sua intenção de fornecer à Ucrânia 19 e 42 aeronaves F-16, respectivamente. Esta contribuição substancial sublinha o compromisso da comunidade internacional em apoiar a Ucrânia no meio do conflito em curso.

O primeiro lote de 18 F-16 da Holanda foi anunciado em 22 de dezembro, com expectativa de entrega no primeiro semestre de 2024. O ministro das Relações Exteriores da Ucrânia, Dmytro Kuleba, indicou o papel crítico que essas aeronaves desempenhariam no aumento das capacidades da força aérea da Ucrânia. Além disso, a Noruega sinalizou a sua intenção de doar F-16 à Ucrânia, embora o número exato de aeronaves permaneça por revelar neste momento.

Além destes compromissos, a Bélgica também anunciou o seu plano de fornecer à Ucrânia um número não especificado de caças F-16. No entanto, não se espera que estas aeronaves da Bélgica sejam entregues até 2025, indicando um plano de apoio escalonado para o reforço da defesa aérea da Ucrânia.

O Ministro da Defesa dinamarquês afirmou que a Ucrânia deverá receber o primeiro dos seus F-16 no verão de 2024, dependendo do bom progresso das medidas preparatórias. Este cronograma foi repetido em declarações do Ministro da Defesa da Lituânia, Arvydas Anušauskas, e de um funcionário não identificado, sugerindo que os primeiros aviões poderiam chegar já em junho. Embora este momento específico não tenha sido oficialmente confirmado, não foi desmentido por Yurii Ihnat, porta-voz da Força Aérea Ucraniana, conferindo-lhe credibilidade.

25 março, 2024

Embraer, Atech e XMobots participam, junto com Saab e FMV, de encontro científico binancional Brasil-Suécia patrocinado pelo ITA


*LRCA Defense Consulting - 25/03/2024

O Encontro Técnico-Científico realizado pelo Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA) com representantes da parceria binacional entre Brasil e Suécia apontou resultados positivos obtidos em pesquisas sobre Estudos do Domínio Aéreo (ADS, na sigla em inglês). As atividades aconteceram entre os dias 11 e 14 de março, no campus do Departamento de Ciência e Tecnologia Aeroespacial (DCTA), em São José dos Campos (SP), e possibilitaram a discussão sobre os próximos avanços nas áreas analisadas.

A reunião foi organizada pelo Laboratório de Pesquisa em Concepção de Sistemas Complexos (CONCEPTIO) do ITA, que concentra parte dos estudos teóricos desenvolvidos até agora. No local, são pesquisados, entre outros projetos, o Safe Integration of different Manned and Unmanned Aircraft into non-segregated Airspace (SIMUA) e o Virtual Demonstrator (VD), que têm como objetivo, por exemplo, compreender a segurança do espaço aéreo com a integração de diferentes tipos de aeronaves, tripuladas ou não, permitindo a inserção de novas tecnologias em benefício da sociedade.

Durante os quatro dias de encontro, foi possível verificar a troca de conhecimentos entre os pesquisadores brasileiros e suecos e a definição dos próximos passos que fortalecerão as colaborações entre as empresas e instituições envolvidas nos dois países. Entre as soluções positivas apresentadas estão a demonstração da integração do projeto Human-Machine Interface (HMI) com a Arena VD, mostrando ser essa uma excelente ferramenta para a validação de conceitos operacionais, além dos resultados obtidos na área de detecção de colisões, com avanços significativos nas tecnologias de segurança aérea.

O coordenador acadêmico dos projetos SIMUA e VD, Professor Doutor Christopher Shneider Cerqueira, afirmou que o encontro técnico-científico representa mais um passo significativo na cooperação aeronáutica Brasil-Suécia, “destacando o compromisso conjunto com a excelência na pesquisa e no desenvolvimento de tecnologias inovadoras para o setor aeroespacial”. “Essa visão compartilhada de inovação certamente impulsionará ainda mais os projetos em andamento”, avaliou.

Para o Reitor do ITA, Professor Doutor Antonio Guilherme de Arruda Lorenzi, atividades como essa reforçam que “o Instituto mantém ativo seu papel com a sociedade brasileira, colocando o país como protagonista em desenvolvimento de tecnologias disruptivas”. “Os resultados destes trabalhos serão verificados, no futuro, no dia a dia das pessoas e nós ficamos honrados em fazer parte desse progresso”, apontou.  

Participantes
Do Brasil, participaram do encontro técnico-científico representantes da Força Aérea Brasileira (FAB) e do ITA, além das empresas Embraer, XMobots e Atech (Grupo Embraer). Já da Suécia, estão estiveram representantes das Universidades de Linköping (LiU) e Mälardalen (MDU), além das empresas Saab, INNOVAIR (programa nacional de inovação estratégica da Suécia para a aeronáutica), Luftfartsverket (Autoridade de Aviação Civil Sueca) e Försvarets Materielverk - FMV (Administração de Material de Defesa da Suécia).

Futuro
Os estudos na área do ADS abordam temas como sistemas tripulados e não tripulados; navegação aérea e aprendizado de máquina. As atividades são exemplos de resultados positivos oriundos da interação da tríplice hélice da inovação, envolvendo o governo, a academia e a indústria. O encontro da última semana foi mais um dos realizados no ITA desde o início da parceria binacional entre Brasil e Suécia.

Durante as discussões em grupo, foram abordados diversos cenários e soluções relacionadas ao domínio aéreo e, em cada tópico, desde avanços teóricos até simulações operacionais, surgiram percepções valiosas para o progresso da área. Além disso, houve uma reiteração constante da importância da segurança dos drones e da conformidade com as regulamentações em todas as áreas de operação, ênfase que destacou a necessidade de garantir práticas responsáveis para promover um ambiente aéreo seguro e harmonioso, ressaltando a importância fundamental da consciência situacional no domínio aéreo.

Um dos pesquisadores envolvidos no projeto, o Major Especialista em Controle do Tráfego Aéreo Cristian da Silveira Smidt, do Instituto de Controle do Espaço Aéreo (ICEA), avaliou que “os avanços que podem surgir dessa parceria demonstram a confiança na capacidade de ambos os países em impulsionar a pesquisa e o desenvolvimento no setor aeroespacial”. “As discussões sobre o futuro das operações Unmanned Traffic Management, as tecnologias envolvidas e as incertezas enfrentadas no controle do espaço aéreo foram enriquecedoras”, concluiu.

Assuntos extrapauta?
Embora nada tenha sido divulgado sobre assuntos extrapauta, é relevante chamar a atenção para as empresas e entidades governamentais brasileiras e suecas envolvidas no evento. Embraer e Atech possuem estreita cooperação com a Saab na fabricação do Gripen e nos planos da primeira para vender o KC-390 aos suecos, enquanto a XMobots recebeu duas grandes injeções de capital da Embraer. INNOVAIR, Luftfartsverket  e Försvarets Materielverk são entidades suecas decisivas para qualquer assunto sobre aeronáutica no país.

Sendo assim, esta Consultoria relembra abaixo algumas dessas relações.

Embraer, Atech e Saab
A Embraer, liderando um consórcio de empresas brasileiras de alta tecnologia (AEL Sistemas, Akaer, Atech, Mectron, Inbra, Atmos e outras), está fabricando os caças suecos Gripen E no Brasil desde 09 de maio de 2023, e teve um papel significativo no desenvolvimento da versão biplace Gripen F para a Força Aérea Brasileira.

A Embraer e a Saab anunciaram,em 11 de abril, na LAAD 2023 no Rio de Janeiro, a assinatura de um Memorando de Entendimento (MoU) para aprofundar a colaboração no caça JAS 39 Gripen e oferecer o avião de transporte C-390 Millennium da empresa brasileira à Força Aérea Sueca. O último esforço incluirá a avaliação da integração de equipamentos e sistemas fabricados pela Saab no C-390. Os parceiros explorarão novas oportunidades de negócios, como possíveis pedidos futuros para o Gripen fabricado pela Saab no Brasil e em outras partes da América do Sul. O resultado será uma maior colaboração Embraer/Saab em futuros programas Gripen.

A entrada da Suécia na OTAN deverá forçar o país a procurar com urgência uma aeronave de reabastecimento em voo (REVO) para seus caças Gripen, a fim de atender à exigência da Aliança.

Assim, somando-se essa necessidade premente da Suécia à exitosa parceria da empresa sueca Saab AB com a Embraer (que resultou no caça brasileiro F-39 Gripen), não é difícil considerar que um possível negócio envolvendo o KC-390 seja a solução mais adequada, rápida e eficaz para a Forçan Aérea Sueca, haja vista já existir todo um arcabouço tecnológico comum envolvendo empresas dos dois países e, também, o fato de o KC-390 ser uma aeronave multimissão, ou seja, além do reabastecimento em voo, pode ser usado para transporte de tropas e equipamentos militares, lançamento de paraquedistas, missões humanitárias e outras.

Embraer e XMobots
No dia 20 de setembro de 2022, a Embraer anunciou a assinatura de acordo de investimento para participação minoritária na XMobots, empresa localizada em São Carlos (SP), classificada como a maior companhia de drones da América Latina e fabricante do Nauru 1000C, o RPAS CAT 2 (Remotely Piloted Aircraft System) selecionado pelo Exército Brasileiro para missões ISTAR (Inteligência, Vigilância, Aquisição de Alvos e Reconhecimento), pesando 150kg.

O negócio tem os objetivos de acelerar o futuro do mercado de drones autônomos de médio e grande porte, explorar conjuntamente novos nichos de mercado e ampliar a rede de colaboração em pesquisa de novas tecnologias que tenham sinergias com as áreas de desenvolvimento tecnológico, unidades de negócio e inovação da Embraer, bem como da Embraer-X. Além disso, a Embraer poderá abrir as portas do mercado internacional para a XMobots por meio de sua imensa e capilarizada rede mundial de clientes, escritórios, manutenção e parceiros.

No final de janeiro deste ano, a imprensa noticiou um novo aporte da Embraer na XMobots. Embora não tenha sido divulgado o valor ou o percentual da participação adquirida, é lícito acreditar que tenha sido substancial, haja vista que dificilmente esta última teria condições para bancar sozinha um investimento da amplitude que está fazendo, praticamente dobrando o quadro de funcionários.

Considerando as parcerias estratégicas que a 3ª maior fabricante mundial de aeronaves tem com Saab, BAE Systems, Thales, L3 Harris e com outras gigantes mundiais do Setor de Defesa, além de sua inequívoca expertise em aeronaves de todo o tipo e, no segmento de eVTOL, em conjunto com sua spin-off  Eve Air Mobility, também é bastante provável admitir que a gigante brasileira do setor aéreo possa estar com intenção de ingressar com força no cobiçado, enorme e bilionário mercado internacional de drones militares e civis. 

*Com informações do ITA.

01 março, 2024

Primeira entrega do A-Darter, míssil desenvolvido em conjunto com o Brasil, marcada para dezembro


*Military Africa, por Sarah Lesedi - 27/02/2024

Espera-se que a Força Aérea Sul-Africana (SAAF) receba o primeiro lote de mísseis ar-ar A-Darter operacionais da Denel Dynamics até ao final deste ano, após anos de atrasos e desafios.

O A-Darter é um míssil guiado por infravermelho de quinta geração que foi desenvolvido em conjunto com o Brasil no âmbito do Projeto Assegai. Ele foi projetado para fornecer alta agilidade e manobrabilidade, bem como resistência a contramedidas, para combate aéreo de curta distância.

O projeto do míssil, iniciado em 2006, gerou várias receitas devido a insuficiências de financiamento, escassez de competências e problemas de liquidez na Denel Dynamics, uma empresa estatal de defesa responsável pela sua produção.

Segundo a Armscor, agência estatal de aquisição de defesa, o contrato original para a industrialização e produção do A-Darter foi assinado em março de 2015, com prazo de entrega até outubro de 2017. No entanto, a execução do contrato ficou paralisada por mais de quatro anos, conduzindo a derrapagens de custos e obsolescência técnica.

Em 2020, a Armscor explorou opções alternativas para relançar o programa e propôs um contrato revisto com a Denel que envolve outras empresas de defesa locais para ajudar na industrialização e fabricação do míssil. A proposta foi aceita pelo Conselho de Comando da Aeronáutica em setembro de 2020, permitindo o ‘desbloqueio’ do programa.

A Armscor informou que a Denel está atualmente executando o programa com resultados acordados com a SAAF. O contrato revisado prevê a entrega de oito missões de treino, 21 missões de treinamento e 41 missões operacionais para a SAAF. Espera-se que as primeiras quatro missões operacionais sejam entregues em dezembro de 2024, enquanto as últimas missões operacionais estão programadas para janeiro de 2028.

A SAAF também recebeu apoio financeiro e técnico da Força Aérea Brasileira, parceira do projeto A-Darter. A Força Aérea Brasileira já integrou o míssil em suas caças SAAB JAS 39 Gripen, que também são operados pela SAAF. O A-Darter recebeu certificação e qualificação tipo A em 2019, após passar por revisão formal.

A entrega do A-Darter aumentou as capacidades de combate aéreo da SAAF, uma vez que atualmente depende do míssil provisório IRIS-T, que foi adquirido da Alemanha em 2009. A SAAF não possui um sistema ar-para-além do alcance visual. míssil aéreo, o que limita sua capacidade de se envolver em combates de longo alcance.

A Denel, que estava com dificuldades financeiras, recebeu quase 1 bilhão de rands do Denel Medical Benefit Trust (DMBT) e 3,4 bilhões de rands de recapitalização do Tesouro em setembro de 2023 para garantir sua base de clientes existente e retomar importantes que estavam suspensos anteriormente. Isto depois de receber fundos no valor de R3,4 bilhões por meio da Lei de Apropriação Especial de 2022.

O A-Darter é um dos principais programas da Denel Dynamics, que também produz outros mísseis, como o míssil terra-ar Umkhonto e o míssil anti-tanque Mokopa.

Em outubro de 2019, o A-Darter obteve certificação e qualificação tipo A, após passar por revisão formal. Estes encerram o ciclo de desenvolvimento de mísseis.
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Nota da LRCA:

O V3E A-Darter (Agile Darter)  foi desenvolvido pela sul-africana Denel Dynamics (antiga Kentron) e pelas brasileiras Mectron (hoje SIATT), Avibras e Opto Eletrônica (adquirida pela AKAER). A proposta é equipar os caças Gripen C/D e BAE Hawk 120 da Força Aérea Sul-Africana, e os A-1M AMX, Northrop F-5BR e Gripen E/F da Força Aérea Brasileira. O governo Brasileiro investiu entre US$ 52 e US$ 77 milhões no projeto, de um total de US$ 130 milhões.

17 fevereiro, 2024

Saab recebe o display do simulador do Gripen para Tailândia e Brasil

Os displays entregues serão integrados aos simuladores Gripen da Força Aérea Real Tailandesa e da Força Aérea Brasileira.


*Shephard Media - 15/02/2024

A Saab recebeu um número não revelado de displays (sistemas de exibição visual - VDS) Atlas Northstar da percepção 3D AS (3DP) para a Força Aérea Real Tailandesa e para a Força Aérea Brasileira.

Os displays equiparão os simuladores de caça JAS 39 Gripen das duas forças aéreas. A Saab e a 3DP têm trabalhado juntas em uma configuração de atualização do sistema para atender aos requisitos de treinamento de pilotos. O sistema atual também servirá como teste para futuras edições do sistema Gripen E, disse a 3DP.

O Atlas é um display de cúpula fixa projetado para uma experiência de alta imersão.

A Tailândia opera 12 aeronaves de combate multifuncionais Gripen C/D, enquanto o Brasil encomendou um total de 36 modelos E em 2014. O acordo fez com que a Saab concordasse com a transferência total da produção para o Brasil, embora os primeiros 13 tenham sido construídos na Suécia. A primeira aeronave do Brasil foi entregue em 2019.

A fábrica de Gavião Peixoto  hoje abriga as etapas de desenvolvimento, produção e testes dos Gripens da Força Aérea Brasileira, com planos de expandir as oportunidades de negócios para novos mercados.

A Embraer e a Saab do Brasil também assinaram um memorando de entendimento para aprofundar a colaboração no caça multifuncional e oferecer o avião de transporte C-390 Millennium da empresa brasileira à Força Aérea Sueca. Este último esforço incluirá a avaliação da integração de equipamentos e sistemas fabricados pela Saab na aeronave multimissão C-390.

Os parceiros explorarão novas oportunidades de negócios, como potenciais pedidos futuros do Gripen fabricado pela Saab no Brasil e em outras partes da América do Sul.

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