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01 julho, 2025

Missão lunar SelenITA: excelência do ITA é reconhecida internacionalmente

 


*LRCA Defense Consulting - 01/07/2025

O Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA) celebra com orgulho a aprovação unânime do satélite SelenITA na etapa de Revisão de Definição do Sistema (Delta-SDR), realizada entre os dias 10 e 12 de junho.

A avaliação técnica contou com uma comissão internacional presidida pela Agência Espacial Brasileira (AEB), com representantes da NASA, NOAA, FINEP, INPE e do US Southern Command. O foco da análise foi o Orbitalizador, sistema sob responsabilidade brasileira no contexto da missão.

Durante dois dias, os alunos do ITA apresentaram — com excelência técnica e domínio conceitual — propostas nas áreas de mecânica orbital, controle, comunicações Terra-Lua, projeto térmico, propulsão, gerenciamento técnico, entre outros aspectos críticos do projeto. Também foram apresentados cinco instrumentos científicos que compõem a carga útil, sendo três deles concebidos no próprio ITA.

A missão SelenITA representa a contribuição brasileira ao Programa Artemis, da NASA, com o objetivo de estudar campos magnéticos e fenômenos eletrostáticos na crosta lunar. O projeto é uma iniciativa estruturante do Programa Nacional de Atividades Espaciais (PNAE 2022–2031) e reforça o compromisso do ITA com a pesquisa de ponta e com a formação de profissionais preparados para atuar nos maiores desafios da engenharia aeroespacial.

Com apoio da AEB, FINEP, instituições internacionais e universidades parceiras, o SelenITA avança com solidez e inovação — atributos que fazem parte do DNA do ITA desde sua fundação. 
*Com informações do ITA

Leitura complementar
- ITA avança em projeto de microssatélite com aplicações em ciência e defesa 

31 maio, 2025

Revisão Crítica de Projeto (CDR) marca importante avanço do Microlançador Brasileiro (MLBR)


 

*RCA Defense Consulting - 31/05/2025

Nos dias 29 e 30 de maio, a Agência Espacial Brasileira (AEB) participou da Revisão Crítica de Projeto (CDR, na sigla em inglês) do Microlançador Brasileiro (MLBR), veículo lançador de pequeno porte (VLPP) em desenvolvimento nacional. 

O encontro, realizado em São José dos Campos–SP, contou com a presença de representantes da Financiadora de Estudos e Projetos (Finep), do Departamento de Ciência e Tecnologia Aeroespacial (DCTA), do Instituto de Aeronáutica e Espaço (IAE), do Centro de Gestão e Estudos Estratégicos (CGEE), das empresas que compõem o arranjo industrial responsável pelo projeto, liderado pela CENIC: Plasmahub, Concert, Delsys, Etsys e de outras empresas participantes, como a Bizu Space, Almeida's, CLC e Fibraforte.

A CDR é importante para avaliar a maturidade do projeto e sua prontidão para avançar à próxima fase do ciclo de desenvolvimento, o que inclui a fabricação e os ensaios de qualificação dos equipamentos; a montagem e os testes dos subsistemas; bem como a integração e os testes do sistema completo. A revisão demonstra que o projeto apresenta um design consolidado, com os requisitos técnicos atendidos nos níveis de sistema e subsistemas, e com interfaces críticas devidamente definidas.

Durante a reunião, foram analisados a situação da qualificação de processos críticos, a compatibilidade com interfaces externas, o planejamento das atividades de montagem, integração e testes (AIT), além de aspectos relacionados à segurança, à garantia do produto, à mitigação de riscos e aos destroços espaciais (debris).

Para o Coordenador da Unidade Regional da AEB em São José dos Campos, Alexandre Macedo, a realização da CDR marca um avanço significativo rumo à materialização do lançador nacional. “A participação da AEB na CDR do MLBR é essencial para assegurar que os marcos técnicos estejam sendo cumpridos com rigor e que o sistema esteja pronto para a fase de implementação. Essa etapa demonstra o comprometimento das instituições e empresas envolvidas com o desenvolvimento de uma capacidade autônoma de acesso ao espaço no Brasil”, afirmou.

Já o Coordenador de Veículos Lançadores da AEB, Fábio Rezende, destacou o papel do trabalho conjunto entre governo e indústria nacional: “A CDR do MLBR mostra como a articulação entre instituições públicas e empresas privadas pode gerar resultados concretos e sustentáveis para o setor espacial brasileiro. O fortalecimento da base industrial e o domínio tecnológico são fundamentais para o avanço do nosso Programa Espacial".

O MLBR é um projeto estratégico que visa consolidar a base tecnológica nacional na área de lançadores e fortalecer a indústria espacial brasileira. A conclusão bem-sucedida da CDR representa um passo importante para o Brasil avançar na construção de um sistema completo de lançamento de satélites de pequeno porte com inovação, engenharia de ponta e protagonismo nacional.

Saiba mais:

Projeto de foguete brasileiro conclui primeira fase e é apresentado em São José dos Campos

*Com informações da Agência Espacial Brasileira  

28 abril, 2025

Microlançador Made in Brazil: como a Bizu Space avança na independência espacial nacional

 


*Por Tolga Ors, via LinkedIn - 14/04/2025

A visão da Missão Espacial Brasileira Completa (MECB), criada em 1978, simboliza o objetivo nacional do Brasil de demonstrar ao mundo sua capacidade de acessar o espaço de forma independente. Hoje, a BIZU Space é um dos principais contribuintes para essa ambição de longa data por meio de seu trabalho no Micro Lançador BRasileiro (MLBR).

No final de 2023, o Brasil avançou significativamente em direção a essa meta quando a FINEP (Financiadora de Estudos e Projetos) e o Agência Espacial Brasileira (AEB/MCTI) assinaram dois contratos para o desenvolvimento de veículos lançadores nacionais, a partir de 2024. Essas iniciativas visam cumprir a aspiração espacial nacional dentro de um prazo desafiador de três anos, incluindo o lançamento de dois protótipos.

O projeto MLBR une oito empresas brasileiras no desenvolvimento de um foguete de 12 metros capaz de colocar satélites de 40kg em órbita terrestre baixa (LEO). Dentro dessa estrutura colaborativa, a Bizu Space se concentra no planejamento de missões e na tecnologia avançada de propulsão - dois componentes críticos para o sucesso orbital.

Em parceria com a Cenic Engenharia Indústria e Comércio, a Bizu Space realiza um planejamento abrangente da missão, incluindo mecânica de voo, simulações de trajetória e análises de segurança. A equipe utiliza ferramentas sofisticadas para desenvolver simulações de segurança de voo que atendam aos padrões da Agência Espacial Brasileira, garantindo que cada lançamento cumpra rigorosos requisitos de segurança.

Talvez a contribuição mais significativa da Bizu esteja no desenvolvimento da tecnologia de propulsão líquida. A empresa está criando um estágio superior inovador de combustível líquido projetado para substituir o terceiro estágio de combustível sólido do MLBR. Esse avanço visa melhorar a precisão orbital e aumentar a capacidade de carga útil – fatores essenciais para posicionar o Brasil de forma competitiva no crescente mercado de pequenos satélites.

O sistema de propulsão emprega peróxido de hidrogênio concentrado e querosene de aviação (Jet-A), selecionados após uma análise minuciosa por suas características de custo-benefício e estabilidade. Para apoiar esse desenvolvimento tecnológico, a Bizu estabeleceu uma infraestrutura fundamental, incluindo um concentrador de peróxido interno e um campo de teste construído em parceria com Univap - Universidade do Vale do Paraíba.

A base aeroespacial do Brasil oferece terreno fértil para o crescimento do setor espacial. A indústria aeronáutica estabelecida do país, ancorada pela Embraer – a terceira maior fabricante de aeronaves comerciais do mundo – demonstra a capacidade do Brasil de desenvolver tecnologias aeroespaciais sofisticadas e competir internacionalmente.

Com parcerias público-privadas estratégicas, o Brasil poderá nutrir um ecossistema espacial comercial próspero. Empresas como a Bizu Space representam os blocos de construção iniciais dessa indústria nascente, que tem potencial não apenas para alcançar a autonomia espacial nacional, mas também para garantir a posição do Brasil num mercado espacial global em rápida expansão.  

*Tolga Ors (PhD) é Founder and Managing Director na New Space Consulting (London, UK) e Head of R&D and Software Engineering no Team Tumbleweed.

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Saiba mais:

- ITA Rocket Design e ITAEx, com apoio do CENIC e BIZÚ Space, concretizam marco histórico para o setor espacial brasileiro

- BIZÚ Space é uma nova Empresa Estratégica de Defesa

28 fevereiro, 2025

Com a evolução do foguete lançador de nanossatélites 100% nacional, Brasil está cada vez mais próximo do espaço


 

*LRCA Defense Consulting - 27/02/2025

A Akaer concluiu mais uma etapa para o desenvolvimento do VLN AKR, foguete lançador de nanossatélites 100% brasileiro.

A Revisão de Requisitos de Sistemas (SRR) foi finalizada com sucesso, garantindo que o projeto avance de forma estruturada e alinhada às necessidades do programa. O progresso foi apresentado no dia 25 de fevereiro à Agência Espacial Brasileira (AEB/MCTI) e à FINEP, que investe R$ 185 milhões na iniciativa.

"As fases preliminares são fundamentais para garantir que todas as possibilidades conceituais sejam exaustivamente analisadas antes do detalhamento final. Não projetamos apenas o foguete, mas todo o sistema de lançamento. Isso exige um alto nível de precisão para garantir que tudo funcione conforme planejado", afirmou Wilson Toyama, Diretor Executivo da Akaer.

O desenvolvimento VLN AKR representa um marco para o Brasil que deve passar a integrar um seleto grupo de apenas 13 países que dominam a tecnologia de lançamento espacial. Uma conquista que fortalece a soberania tecnológica do país.
 

18 outubro, 2024

Visiona, JV da Embraer, divulga as primeiras imagens captadas pelo satélite VCUB1 e confirma o sucesso da missão


*LRCA Defense Consulting - 18/10/2024

A Visiona, joint-venture entre a Embraer e a Telebras, apresentou as primeiras imagens coletadas pelo VCUB1, primeiro satélite de alto desempenho projetado pela indústria nacional e com isso conclui a avaliação operacional do satélite. 

“Os satélites desempenham papel fundamental em todo o mundo e no Brasil. O VCUB1 pode ser utilizado para questões que são centrais ao País como a proteção ambiental, a resposta a desastres naturais, o combate às queimadas ou ainda o desenvolvimento da agricultura”, afirma João Paulo Rodrigues Campos, CEO da Visiona. “Além da geração de novas oportunidades de negócios, ampliação da infraestrutura espacial brasileira e geração de empregos”. 

Pesando apenas 12 kg, o VCUB1 está equipado com uma câmera de alta resolução e com um avançado sistema de comunicações. O VCUB1 também é o primeiro satélite com software embarcado 100% desenvolvido no Brasil, o que se traduz na autonomia completa no projeto. O sucesso da missão comprova a capacidade da Visiona em desenvolver soluções capazes de endereçar grandes desafios do Programa Espacial Brasileiro.

Após o lançamento em 2023, o primeiro ano da vida do satélite foi dedicado ao desenvolvimento e amadurecimento de sistemas. Após esse período, passou-se à calibração da sofisticada câmera para que as primeiras imagens fossem coletadas e divulgadas.

O VCUB1 foi concebido originalmente para validar os sistemas de navegação e de controle desenvolvidos pela Visiona, tecnologias até então não dominadas pelo país. “O domínio do software embarcado é o que nos dá liberdade para integrar ou substituir qualquer componente, concedendo total liberdade ao projeto. Entramos num seleto grupo de empresas no mundo capazes de projetar integralmente satélites”, afirma Himilcon Carvalho, Diretor de Tecnologia Espacial da Visiona. “As imagens, por sua vez, confirmam o desempenho dos sistemas desenvolvidos, que devem agora equipar os próximos projetos da empresa”. 

O projeto, liderado pela Visiona, contou com a participação de diversas empresas e Institutos de Ciência e Tecnologias brasileiros como a OPTO Space & Defense, responsável pelo projeto e construção da câmera, a AMS Kepler, a Metalcard, a Orbital Engenharia, a Embrapii, por meio de sua unidade ISI Embarcados SENAI-SC, o Instituto de Aeronáutica e Espaço da Força Aérea e o INPE.  Além disso, contribuíram no desenvolvimento a Agência Espacial Brasileira, Embrapa, CPRM, CEMADEN, UFSC, ITA, Governo de Santa Catarina, CENSIPAM, IICA, Prefeitura de São José dos Campos, Naturantins, Transpetro e o IBAMA.

Sobre a Visiona
Criada em 2012, a Visiona Tecnologia Espacial é uma joint-venture entre a Embraer Defesa & Segurança e a Telebras. Voltada para a integração de sistemas espaciais e à prestação de serviços baseados em satélites, a companhia atende aos objetivos do Programa Espacial Brasileiro e a demandas de mercado.

A Visiona foi a responsável pelo Programa do Satélite Geoestacionário de Defesa e Comunicações Estratégicas, o SGDC1, lançado em 2017. Em 2023, a empresa lançou o VCUB1, o primeiro nanossatélite de observação da terra e coleta de dados projetado por uma empresa no Brasil. Atualmente a Visiona lidera o projeto do satélite SatVHR de observação da Terra de altíssima resolução, apoiado pela FINEP e com ampla participação de empresas e ICTs brasileiras.

A Visiona também fornece produtos e serviços de Sensoriamento Remoto e Telecomunicações por satélite, bem como Aerolevantamento SAR nas Bandas X e P, sempre buscando a vanguarda tecnológica. Nesse mercado, a Visiona já realizou mais de 100 projetos em diversos setores como o de agricultura, óleo e gás, serviços financeiros, utilidades, meio ambiente e defesa.

29 julho, 2024

Akaer recebe licença de operador da AEB para atividades de lançamento de veículos espaciais


*LRCA Defense Consulting - 29/07/2024

A Akaer recebeu a licença de operador da Agência Espacial Brasileira (AEB) para atividades de lançamento de veículos espaciais no Brasil, um marco significativo para o programa espacial do país. 

Este projeto, iniciado no final do ano passado, foi selecionado em uma chamada pública da FINEP e receberá um investimento de R$ 185 milhões nos próximos três anos, tornando-se um dos maiores contratos de subvenção econômica à inovação no Brasil. 

A empresa conta com alguns parceiros neste importante projeto para o País, incluindo as empresas ACRUX, BRENG e EMSIST.

O Veículo Lançador de Pequeno Porte (VLPP), que será desenvolvido pela Akaer, denominado de VLN-AKR, atualmente está na fase de definição da configuração preliminar para verificar a capacidade de satelitizar o nano e microssatélites. Todos os testes de voo serão realizados em território brasileiro, no centro de lançamento de Alcântara.

Com este projeto, o Brasil se posiciona entre as nações capazes de lançar veículos espaciais, ganhando autonomia técnica para colocar satélites em órbita da Terra para diversas finalidades, como Defesa, Comunicações e Monitoramento Ambiental. 

O mercado de nano e microssatélites movimentou US$ 2,8 bilhões em 2022 e espera-se que alcance US$ 6,7 bilhões até 2027.

20 dezembro, 2023

MCTI e Finep celebram aprovação de mais de R$ 1 bilhão em novos projetos estratégicos


*LRCA Defense Consulting - 20/12/2023

A ministra de Estado da Ciência, Tecnologia e Inovação, Luciana Santos, e o presidente da Finep, Celso Pansera, presidiram na quarta-feira (13 Dez.), a solenidade de celebração das empresas aprovadas nas seleções públicas de Subvenção Econômica Veículo Lançador de Pequeno Porte para Lançamento de nano e/ou microssatélites (Finep/MCTI em parceria com a AEB – Agência Espacial Brasileira e PlataformaS, demonstradoras de novas tecnologias (Finep/MCTI), além da contratação de projetos por financiamento reembolsável.

16 empresas contempladas e R$ 1 bilhão em celebração de novos projetos
Foram 14 as empresas nacionais beneficiadas, de diferentes portes, inclusive startups, trabalhando conjuntamente em três projetos de dois editais estruturantes, mobilizando 17 Instituições de Ciência, Tecnologia e Inovação, civis e militares. Além dessas, duas empresas foram contratadas em operações reembolsáveis de grande importância estratégica, totalizando 16 agraciadas.

Foram mobilizados recursos da ordem de R$ 370 milhões para dois projetos de Veículo Lançador de Satélite e R$ 119 milhões para projeto de desenvolvimento de aeronave eVTOLs (eletric vertical take-off landing) popularmente conhecida como “carro voador”.

Somados, totalizam R$ 489 milhões em Subvenção Econômica, além do apoio, através das operações de crédito que, juntas, somam R$ 549 milhões, totalizando R$ 1 bilhão em celebração de novos projetos.

Celebração histórica
Para o presidente Celso Pansera, trata-se de uma celebração histórica a contratação de projetos do setor espacial. Ele relembrou a importância para a Ciência e Tecnologia do país e para sua economia e competitividade dos avanços inovadores. “O que estamos fazendo aqui hoje é parte do esforço da Finep de reduzir o gap tecnológico do país. E fazemos isso graças à ação do governo do Presidente Lula que recompôs o FNDCT e descontingenciou seus recursos. Graças a isso, podemos dizer que a Ciência volto, a Inovação voltou e a Finep está aí à disposição do Brasil para isso”, afirmou.

O secretário-executivo do MCTI, Luis Fernandes, também creditou ao esforço político e à determinação do governo do presidente Lula a celebração dos contratos, por seu compromisso com a recomposição do FNDCT e comemorou a execução integral dos R$ 10 bilhões de recursos do FNDCT para 2023. “Se considerarmos que a diretoria da Finep assumiu no final de março e que a recomposição do orçamento só aconteceu em abril, vemos que toda a execução dos recursos se deu em oito meses”, ressaltou.

Presentes à solenidade, receberam o certificado de contratação pública, das mãos da Ministra Luciana Santos e do presidente Celso Pansera, pelo Arranjo de Empresas do Projeto Micro Lançador Brasileiro Cenic; Concert; Delsis Schelim; Plasmahub e Etsys.

Pelo Arranjo de Empresas do Projeto Desenvolvimento de Veículo Lançador de Nanosatélites comercialmente competitivo: Akaer; Acrux; Breng Engenharia e Emsist Essado.

Na Seleção Pública Plataformas demonstradoras de Novas Tecnologias Aeronáuticas, pelo Arranjo de Empresas do Projeto FW1000 – Uma Nova Fronteira da Autonomia aplicada à modernidade urbana: Xmobots; Imobras; Plactex; Giaffone J L Indústria e Valmar.

Pelo projeto Aproveitamento do Minério primário de Irecê, a empresa Fosnor. Pelo projeto Biênio 2023-24, para seguir na vanguarda de Inovação dos laboratórios farmacêuticos veterinários brasileiros, a Ouro Fino Saúde Animal.

A ministra Luciana Santos encerrou a solenidade declarando que a permanência, a estabilidade e o fomento à Ciência e Tecnologia precisam se constituir em uma variável decisiva para a política pública de Ciência e Tecnologia brasileira. A retomada do FNDCT tem esse pressuposto”, disse, relembrando que, quando os fundos setoriais foram estabelecidos, tinham esse objetivo de criar um ciclo de estabilidade e de financiamento das ações e de projetos estratégicos para o país. “O governo do presidente Lula mantém essa convicção não só na retórica, como na prática, fazendo valer essa prioridade nacional. E é nessa direção que vamos caminhar”, concluiu.

Também participaram da solenidade o Diretor de Gestão de Portfólio da AEB, Rodrigo Leonardi, representando o presidente da Agência e o Vice-presidente da Associação das Indústrias Aeroespaciais do Brasil, José Serrador Neto.

19 março, 2023

Foguete sul-coreano é lançado a partir de Alcântara, no Maranhão


*DCTA e Agência Força Aérea - 19/03/2023

Um novo capítulo para o Programa Espacial Brasileiro teve início neste domingo (19/03), às 14h52, com o lançamento do foguete sul-coreano HANBIT-TLV, o de número 500 do Centro de Lançamento de Alcântara (CLA). O veículo levou a bordo carga útil desenvolvida 100% no Brasil em um voo que durou 4 minutos e 33 segundos.

O Chefe do Subdepartamento Técnico do Departamento de Ciência e Tecnologia Aeroespacial (DCTA), Brigadeiro Engenheiro Luciano Valentim Rechiuti, destacou que a Operação, denominada Astrolábio, é o resultado da parceria entre o DCTA e a empresa sul-coreana INNOSPACE e demonstra a capacidade nacional em desenvolver tecnologias espaciais e lançar foguetes.

“O sucesso deste lançamento binacional, envolvendo o Brasil e a Coreia do Sul, ratifica que o Centro está totalmente apto, tanto do ponto de vista técnico-operacional, quanto do ponto de vista administrativo, para realizar lançamentos de foguetes nacionais e estrangeiros em praticamente quaisquer épocas do ano, com precisão e segurança. Afinal, o Centro conta com equipes especializadas e altamente qualificadas, bem como infraestruturas e sistemas de preparação, lançamento e rastreio plenamente operacionais”, explicou.

“Estamos extremamente felizes com o resultado, pois ele reflete o trabalho de muitos profissionais envolvidos e diversos desafios superados ao longo do processo”, pontuou o Diretor do CLA, Coronel Engenheiro Fernando Benitez Leal.


O Presidente da Agência Espacial Brasileira (AEB), Carlos Augusto Teixeira de Moura, também celebrou o momento e ressaltou que o CLA já foi concebido com a ideia de abrigar não só o nosso Programa Espacial, mas também outros operadores. “Concretizamos o ideal lá dos anos 80, pois temos agora um operador privado internacional trabalhando aqui, o que abre a oportunidade de o Brasil efetivamente se inserir no mercado internacional de transporte espacial”, comentou.

Para o Diretor-Geral do DCTA, Tenente-Brigadeiro do Ar Maurício Augusto Silveira de Medeiros, a Operação Astrolábio mostrou ao Brasil e ao mundo a capacidade do CLA, que ainda será ampliada por meio do Centro Espacial de Alcântara (CEA).

“Este lançamento quebrou um paradigma, pois poderemos ter diversas operações comerciais, a partir do CEA, nos colocando entre os centros espaciais reconhecidos mundialmente e inseridos nesse mercado tão grande e que se desenvolve a cada dia mais, que é o mercado espacial. O lançamento do HANBIT-TLV e as parcerias futuras trarão uma série de benefícios, pois são receitas que vêm para o município de Alcântara, para o estado do Maranhão e para o Brasil”, concluiu.

13 fevereiro, 2023

Nanossatélites movimentam o Programa Espacial Brasileiro


*Agência Espacial Brasileira - 13/02/2023

Desde o início da década de 90, quando os primeiros satélites brasileiros foram lançados ao espaço, que o Brasil tem evoluido bastante nesta área. O primeiro artefato brasileiro foi o Dove-OSCAR 17, projetado e desenvolvido pelo radioamador brasileiro, Junior Torres de Castro, e lançado em fevereiro de 1990, a partir do Centro Espacial de Kourou, localizado na Guiana Francesa.

Já no contexto do Programa Espacial Brasileiro, o primeiro satélite do Brasil a entrar em órbita foi o SCD-1, em fevereiro de 1993, por intermédio do foguete Pegasus, no Cabo Canaveral, nos Estados Unidos. De lá para cá, o cenário basileiro progrediu e, atualmente, tem priorizado a produção e o lançamento dos chamados nanossatélites.

Os nanossatélites são pequenos satélites artificiais com massa menor que 10 kg, muitas vezes não chegando a pesar 1kg. Eles dispõem de estruturas reduzidas e possuem formatos padrões que, em sua maioria, têm a aparência de um cubo. Esses são chamados de cubesats.

A partir de 2014, quando o NanosatC-BR 1, primeiro nanossatélite brasileiro, foi lançado ao espaço, o Brasil passou a ter visibilidade na fabricação desse tipo de equipamento. A Agência Espacial Brasileira (AEB), em parceria com Universidades Federais, tem buscado cada vez mais desenvolver esses artefatos que, com custos reduzidos, trazem diversos benefícios, não só para a comunidade universitária, como para a sociedade em geral.

Atualmente, no Brasil, alguns nanossatélites estão em desenvolvendo. Dentre eles, o Aldebaran-I, fruto de uma parceria entre a AEB e a Universidade Federal do Maranhão (UFMA), e o NanoMIRAX, financiado pela AEB e desenvolvido em cooperação com o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE).

O Aldebaran-I é um Cubesat em fase de teste, que tem como objetivo auxiliar na busca de pequenas embarcações e pescadores que ficam à deriva, após se perderem em alto-mar, possibilitando e reduzindo, assim, o tempo de resgate. “O projeto foi o ponto de partida que tem incentivado pesquisas científicas, tanto na graduação quanto na pós-graduação, por alunos e orientadores, que atuam no campo de inovações para subsistemas de um nanossatélite, como o EPS e Controle de Atitude”, explica Carlos Brito, coordenador do projeto pela UFMA.

Já o NanoMIRAX é uma missão científica que consiste em colocar em órbita um nanossatélite que levará sensores para pesquisas sobre explosões cósmicas associadas a ondas gravitacionais.

De acordo com o pesquisador da Divisão de Astrofísica (DIAST) do INPE, João Braga, o NanoMIRAX trata-se do primeiro satélite brasileiro na área de Astronomia, ou seja, o primeiro satélite desenvolvido no Brasil para estudar o universo e os astros. O projeto, que já teve seu modelo de engenharia desenvolvido e testado, encontra-se na fase de desenvolvimento do modelo de voo.

Experiência com os primeiros lançamentos

Nos últimos anos, mesmo com as dificuldades, vários nanossatélites desenvolvidos no Brasil foram lançados ao espaço.

O primeiro deles, o NanosatC-BR 1, foi lançado em junho de 2014, a partir da base de Dombarovsky, na Rússia, e, após dois anos cumprindo bem as funções de conhecimento sobre o processo em solo e obtendo dados da anomalia magnética do Atlântico Sul, passou a apresentar problemas de rastreamento de dados, tornando-se inoperante após cinco anos de operação.

O professor Andrei Legg, responsável pelo programa NanosatC-BR, conta que essa primeira missão serviu de aprendizado, pois a equipe não tinha muita experiência. “Os objetivos principais foram obter conhecimento para se comunicar com o nanossatélite e formar um forte elo com rádios amadores. Também aprendemos sobre construção terrena e como enviar um satélite para o espaço, além de conhecer outros players que existem no mercado, como quem realiza os lançamentos ou quem fabrica componentes”, analisa.

NanosatC-BR 1

Atualmente o programa NanosatC-BR conta com outro satélite em órbita, o NanoSatC-BR2, lançado em março de 2021. O projeto foi desenvolvido pelo INPE, por meio de seu Centro Regional Sul (CRCRS), em parceria com a Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), sendo que sua equipe é essencialmente composta por alunos de graduação, bolsistas e professores que atuam em cooperação com pesquisadores e tecnologistas.

Pouco mais de seis meses após o lançamento do primeiro nanossatélite brasileiro, o AESP-14 é lançado a partir da Estação Espacial Internacional (ISS, na sigla em inglês). O objetivo da missão era validar, no espaço, a plataforma financiada pela AEB e desenvolvida por estudantes do curso de Engenharia Aeroespacial do Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA), mas, devido a uma falha na abertura da antena de transmissão, o nanosstélite ficou inoperante.

Apesar da falha, a equipe integrante do projeto avaliou que, na análise geral, a missão foi cumprida, pois o objetivo traçado, que era de projetar, construir, testar, certificar e lançar um artefato espacial foi alcançado.

Projetos educacionais no espaço

No dia 18 de agosto de 2015, foi lançado ao espaço o nanossatélite SERPENS (Sistema Espacial para Realização de Pesquisa e Experimentos com Nanossatélites), desenvolvido por um consórcio formado por universidades e institutos de pesquisas federais, em parceria com universidades estrangeiras e coordenado pela AEB.

O SERPENS-1 era um satélite de pequeno porte do tipo CubeSat 3U (dimensões 10 x 10 x 30 cm), com, aproximadamente, 2,4 kg. Com a ideia de  promover missões para capacitação de RH e realização de pesquisas e experimentos universitários, o equipamento recebia dados de sensores instalados em diversas partes do mundo e retransmitia para a estação de operação da missão, que foi encerrada em março de 2016, com a desintegração do artefato após reentrada na atmosfera terrestre.

Atual coordenador de Políticas e Programas da Diretoria de Governança do Setor Espacial da AEB, o engenheiro Gabriel Figueiró, à época bolsista, participou do processo de desenvolvimento do nanossatélite. “Ter trabalhado no SERPENS de 2013 a 2016 foi uma experiência muito importante. Antes eu tinha conhecimento acadêmico, mas atuar no desenvolvimento de um sistema completo modificou minha visão sobre engenharia de sistemas espaciais e foi fundamental para a minha formação”, relata.

Em dezembro de 2016, um projeto inovador colocou o Tancredo-1 em órbita da terra. Com apoio do INPE e custeado pela AEB, o nanossatélite foi desenvolvido por estudantes do ensino fundamental de uma escola pública em Ubatuba (SP).

Com o peso de 650 gramas e, aproximadamente, 9 centímetros de diâmetro e 13 cm de altura, o satélite de pequeno porte tem o formato de um cilindro, sendo chamado de TubeSat, e foi enviado ao espaço a bordo de um foguete japonês lançado a partir do laboratório Kibo, da Estação Espacial Internacional (ISS).

O Tancredo-1 faz parte do projeto UbatubaSat e levou dois experimentos científicos para teste. Um deles foi o gravador chip com uma mensagem gravada pelos estudantes, que foi transmitida em órbita e captada por radioamadores. O outro, um experimento do INPE, com objetivo de analisar as bolhas de plasmas da atmosfera, fenômeno que compromete a captação de sinais e antenas parabólicas localizadas na linha do Equador.

“O Projeto UbatubaSat foi responsável por uma revolução na escola e, de maneira mais ampla, na cidade. Os estudantes trabalharam junto com pesquisadores do INPE para a construção do nanossatélite e tiveram a oportunidade de contato com a ciência e pesquisadores internacionais em eventos científicos no Japão, Estados Unidos e no próprio Laboratório de Propulsão a Jato da NASA”, explica o professor Cândido Moura, da Escola Municipal Presidente Tancredo de Almeida Neves e coordenador do projeto.

Tecnologia brasileira em operação
No início dos anos 2000, a AEB procurou o ITA para a criação de um curso de Engenharia Aeroespacial, cujo objetivo era utilizar-se das espertises do ITA para o desenvolvimento de nanossats, surgindo, assim, o projeto ITASAT.

Hoje, existem no Brasil sete cursos de Engenharia Aeroespacial disponíveis: UFMG, UFSM, UnB, UFMA, UFABC, UFSC e ITA, além de três cursos de pós-graduação na área.

No dia 3 de dezembro de 2018, o ITASAT-1 subiu ao espaço, a bordo do foguete Falcon 9, da empresa americana Space X. O CubeSat, projetado eminentemente para formação de RH, teve vida útil projetada para duração de um ano, mas está a quase quatro anos em operação e, atualmente, vem sendo utilizado, com o apoio da AEB, para treinar operadores de satélite.

Ao longo desses anos em órbita, a experiência obtida com a missão vem sendo empregada pelo ITA em seus atuais projetos. As atividades de operação do satélite, em conjunto com a parceria das estações do INPE, enriquecem não somente o ITA, mas, também, contribuem para formação de recursos humanos nesses institutos e para a validação e calibração das estações terrenas em seus respectivos projetos espaciais.

Outro nanossatélite em operação é o FloripaSat-1, missão de demonstração tecnológica totalmente desenvolvida por estudantes do Laboratório de Pesquisa em Sistemas Espaciais (SpaceLab) da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC). Trata-se de um CubeSat composto por cinco módulos, cujos objetivos principais são o educacional e a validação em órbita (In-orbit Validation, IoV).

O pesquisador e coordenador do projeto, professor Eduardo Bezerra, afirma que os objetivos foram concluídos com êxito e que novas missões utilizando a plataforma aberta do FloripaSat têm como propósito a independência tecnológica em relação aos fornecedores estrangeiros. “Temos uma formação em fluxo contínuo de estudantes nos diversos níveis, da graduação ao doutorado, incluindo pós-doutorado, em uma vasta área de assuntos relacionados a CubeSats e aplicações espaciais em geral. Em relação ao IoV, foi possível validar em orbita a plataforma de serviço denominada FloripaSat, que passa a ser uma alternativa nacional, com custo bastante reduzido, ao se considerar plataformas equivalentes utilizadas nas demais missões de CubeSats brasileiros”, ressalta.

Além disso, encontra-se em fase de desenvolvimento o projeto GOLDS-UFSC, que tem como objetivo principal validar, em órbita, uma plataforma 2U padrão CubeSat, a ser desenvolvida pela UFSC e a tecnologia EDC (Environmental Data Collector), carga útil de coleta de dados desenvolvida pelo INPE.

FloripaSat-1

Um 2022 movimentado
O ano de 2022 iniciou com o lançamento do PION-BR1, primeiro satélite construído por uma startup brasileira, ocorrido no dia 13 de janeiro, por meio do foguete Falcon 9, da empresa SpaceX, a partir de Cabo Canaveral, na Flórida (EUA).

O PION-BR1 é considerado um picossatélite, também chamado de “PocketSat” ou “PocketQube”, um tipo de satélite miniaturizado para pesquisa espacial, sendo caracterizado pela forma de um cubo, de apenas 125 cm³, cuja montagem de todo o equipamento foi realizada em um laboratório em São Caetano do Sul, interior de São Paulo. O nanossatélite foi desenvolvido em apenas sete meses, pelos fundadores da startup PION Labs, em parceria com a Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), com o objetivo de estudar a capacidade de comunicação de longa distância para o desenvolvimento de uma nova era para o segmento no país.

Também lançado pelo foguete Falcon 9, da SpaceX, o nanossatélite Alfa Crux subiu ao espaço no dia 1º de abril. O projeto é uma parceria da AEB com a Fundação de Apoio à Pesquisa do Distrito Federal (FAPDF), Fundação de Empreendimentos Científicos e Tecnológicos (Finatec) e Universidade de Brasília (UnB).

“A parceria começou ainda na fase de prospecção, quando tivemos a oportunidade de apresentar o conceito da operação ao presidente da AEB, Carlos Moura. Como resultado, iniciamos uma  série de reuniões e negociações, envolvendo, também, a FAPDF, que culminou com a assinatura  de um Memorando de Entendimento, com objetivo de estabelecer iniciativas para a colaboração  técnica no desenvolvimento da missão, por meio da participação de engenheiros e equipe de  apoio, além da realização de mesas-redondas e discussões entre as partes, visando a assegurar o bom  andamento do projeto, assim como identificar e discutir aspectos relacionados com a inovação,  a aplicação e o uso dos resultados previstos”, explica  o coordenador da missão Alfa Crux e professor da UnB, Renato Alves Borges.

O Alfa Crux é uma missão com fins educacionais e de demonstração tecnológica em órbita. Através de sinais de rádio, o satélite busca melhorar a comunicação em áreas isoladas do país. Dentre alguns de seus objetivos, o sistema fornece comunicação entre usuários e um conjunto de plataformas  genéricas de sensores (demonstração de sistema de coleta de dados), comunicação entre radioamadores (repetidora digital), além de estudos sobre atenuação, devido ao efeito da cintilação ionosférica em enlaces de comunicação em banda estreita (elaboração e validação de mapas de  riscos). Esse último item, de especial interesse em aplicações críticas que podem envolver risco à vida, como, por exemplo, busca e salvamento.  

Segundo o professor Renato, os ganhos científicos são vastos. “Considerando as principais métricas utilizadas neste contexto, número de formandos, publicação científica, depósito de patentes e registro de softwares, o projeto Alfa Crux tem proporcionado importantes conquistas em todas estas frentes. Além disso, é importante  destacar o fortalecimento e a construção de novas parcerias com universidades e grupos internacionais, no contexto de tecnologias e soluções para aplicações espaciais, e o constante ingresso de novos alunos para a equipe, tanto na pós-graduação quanto na graduação”, destaca.

O mais recente lançamento ocorreu no dia 26 de novembro, quando o SPORT (Scintillation Prediction Observations Research Task), nanossatélite desenvolvido pelo ITA e o INPE, em cooperação com a AEB e a Administração Nacional da Aeronáutica e Espaço (NASA, do inglês National Aeronautics and Space Administration), subiu ao espaço, também a bordo de um foguete da SpaceX, com decolagem a partir do Kennedy Space Center, localizado na Flórida.

O CubeSat tem a missão de investigar a anomalia magnética do Atlântico Sul, para entender melhor as condições que causam o crescimento das bolhas de plasma. Essas "falhas" são comuns em regiões tropicais e interferem nos dados de posicionamento de GPS dos receptores utilizados em veículos terrestres, marítimos e aéreos.

De acordo com o professor do ITA, Luís Loures, que é gerente da participação brasileira no projeto do SPORT, trata-se de um projeto extremamente complexo. “Talvez seja o pequeno satélite mais completo do mundo na área de clima espacial, pelo número de medidas que irá realizar simultaneamente. O SPORT pode ser pequeno, mas é extremamente avançado”, afirma.

Os dados captados pelo satélite serão usados pelo Programa de Estudo e Monitoramento Brasileiro do Clima Espacial (Embrace), coordenado pelo INPE. Nos Estados Unidos, o SPORT está sob a responsabilidade do Marshall Space Center da NASA, em Huntsville, Alabama.

SPORT sendo testado

Próximos lançamentos
Além dos já citados Aldebaran-I, NanoMIRAX e GOLDS-UFSC, outros projetos estão em desenvolvimento, como, por exemplo, o PdQSat, projeto da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), ainda sem previsão de lançamento, cujo objetivo principal é testar baterias de Li-S em ambiente espacial.

As baterias de Li-S possuem tecnologia relativamente nova, criada por uma empresa britânica, e têm densidade energética muito maior do que as baterias tradicionais. Assim, dada sua leveza, representam um excelente potencial para um dispositivo embarcado.

“Os alunos estão absolutamente encantados com a possibilidade de trabalhar em um artefato que, realmente, tem chance de voar e já estão preparando outros estudantes, na forma de trainee, para que tenham maiores chances de participar do projeto”, relata a coordenadora do projeto, professora Maria Cecília Pereira.

O ITA também está desenvolvendo um novo projeto, com previsão de lançamento em 2025. O ITASAT-2 nasceu da necessidade de se manter e desenvolver a capacidade técnica e gerencial adquirida, sendo considerada uma missão de sequência do SPORT. Trata-se de um voo de formação de três satélites para fazer investigações científicas e tecnológicas na ionosfera.

A proposta, que se iniciou no Estado-Maior da Aeronáutica (EMAER), em discussões com o ITA, logo recebeu o apoio da AEB, devido ao seu caráter eminentemente inovador. “O ITA, através de seu Centro Espacial, está contribuindo para a criação de pesquisa científica de qualidade na área de geociências da Terra, tão importante para o território brasileiro, mas, também, em desenvolvimento tecnológico nas áreas de gestão de projetos, engenharia de sistemas e de sistemas embarcados aeroespaciais”, destaca o professor Luís Loures, gerente do projeto.

Loures esclarece que o ITASAT-2 representa a fase de maturidade no desenvolvimento espacial, com o ITA assumindo o papel que foi da NASA no SPORT e coordenando as ações.

Outro projeto em desenvolvimento é o da Constelação Catarina, um conjunto de nanossatélites de coleta de dados que será integrado com sistemas já existentes, como o Sistema Brasileiro de Coleta de Dados (SBCD) e o Sistema Integrado de Dados Ambientais (SINDA).

A frota de nanossatélites está sendo desenvolvida pelo Instituto Senai de Inovação em Sistemas Embarcados e a UFSC, com apoio da AEB e participação do INPE, além de outras instituições.

Os serviços nacionais, como a Defesa Civil e o Setor Agropecuário, que utilizam dados hidrometeorológicos medidos in loco, precisam de meios para coletar os dados das plataformas de medição, preferencialmente nacionais, o que estimula a articulação da tríplice hélice da indústria, academia e governo.

Desse modo, a Constelação Catarina deve fomentar o Setor Espacial Brasileiro, coletando os dados e enviando a uma plataforma de medição instalada no estado de Santa Catarina.

06 janeiro, 2023

Catálogo das Empresas Espaciais Brasileiras já está disponível para download


*LRCA Defense Consulting - 06/01/2023

No dia 23 de dezembro último, a Agência Espacial Brasileira (AEB) disponibilizou a 3ª edição do Catálogo das Empresas Espaciais Brasileiras, anteriormente intitulado Catálogo da Indústria Espacial Brasileira.

Para mapear e promover o setor espacial brasileiro, a nova versão traz como novidades a possibilidade de inclusão de mais empresas que participam da cadeia espacial, divididas em atuações upstream e downstream. Além disso, a 3ª edição busca contribuir com mapeamento de startups e pequenas empresas, para facilitar o diagnóstico do setor.

A publicação serve, também, para manter atualizada a base industrial nacional, além de facilitar a inserção dessas empresas no cenário internacional e a divulgação dos principais produtos e serviços produzidos pelo país. Por meio deste catálogo, também são apresentadas as potencialidades nacionais, o que facilitará a prospecção de novos mercados e oportunidades de negócios, no Brasil e no exterior.

O cadastramento dos interessados é permanente e é feito por meio da Plataforma de Transformação Digital do Governo Federal. Para tal, é necessário que os interessados mantenham os dados atualizados junto à AEB. Dessa forma, para atualizar ou participar, as empresas interessadas devem se cadastrar aqui.

Para dúvidas e mais informações, entre em contato pelo e-mail: cen@aeb.gov.br.

Para fazer o download gratuito do Catálogo das Empresas Espaciais Brasileiras, clique aqui.

Sobre a AEB
A Agência Espacial Brasileira (AEB), órgão central do Sistema Nacional de Desenvolvimento das Atividades Espaciais (SINDAE), é uma autarquia pública vinculada ao Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI), responsável por formular, coordenar e executar a Política Espacial Brasileira.

Desde a sua criação, em 10 de fevereiro de 1994, a Agência trabalha para viabilizar os esforços do Estado Brasileiro na promoção do bem-estar da sociedade, por meio do emprego soberano do setor espacial.

*Com informações da Agência Espacial Brasileira.
 

16 fevereiro, 2022

MCTI lança edital que destina R$ 8 milhões para o desenvolvimento de protótipo de foguete


*LRCA Defense Consulting - 16/02/2022

No último dia 15 de fevereiro, o SIMDE participou do Lançamento da Chamada Pública do Edital Protótipo de Foguete de Capacitação (PFC), realizado pelo Ministério de Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI) em parceria com a FINEP e a Agência Espacial Brasileira, que aconteceu na sede do Parque Tecnológico de São José dos Campos em São Paulo. O SIMDE foi representado pelo Coordenador do Comitê Aeroespacial, José Vagner Vital e pelo Membro do Comitê, Eduardo Leonetti, representante da empresa Avibras.

O edital prevê destinar R$ 8 milhões do Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (FNDCT) para o desenvolvimento do protótipo de foguete de capacitação e treinamento, com o objetivo de incentivar este desenvolvimento na indústria e fortalecer o Programa Espacial Brasileiro.

Para o Coordenador do Comitê Aeroespacial do SIMDE, este é um marco histórico muito importante para o Centro de Lançamento de Alcântara (CEA) e para o setor espacial como um todo, e é um simbolo forte da retomada de investimentos no setor espacial, que visa aumentar a capacidade da indústria para que ela possa competir internacionalmente.

Na próxima quinta-feira, o Brigadeiro José Vagner Vital irá se reunir com o Deputado Eduardo Bolsonaro e o Ministro Marcos Pontes, do MCTI, em Brasília para discutir as questões do Programa Aeroespacial, apresentando a visão dos associados do SIMDE.

*Com informações do SIMDE.

02 outubro, 2021

Foguete S50: maior Motor-Foguete já fabricado no Brasil tem primeiro ensaio de Tiro em Banco do Motor


*Agência Força Aérea - 02/10/2021

A Força Aérea Brasileira (FAB), por meio do Departamento de Ciência e Tecnologia Aeroespacial (DCTA) e da equipe técnica do Instituto de Aeronáutica e Espaço (IAE), localizados em São José dos Campos (SP), promoveu nesta sexta-feira (01/10), o primeiro ensaio de Tiro em Banco do Motor-Foguete S50. Trata-se de um projeto 100% nacional, com financiamento do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações por meio de sua autarquia vinculada, a Agência Espacial Brasileira (AEB) e da empresa pública Financiadora de Estudos e Projetos (FINEP). A empresa Avibras Indústria Aeroespacial S/A é responsável pela execução do projeto.

O evento contou com a presença do Ministro da Ciência, Tecnologia e Inovações, Marcos Pontes; do Diretor-Geral do DCTA, Tenente-Brigadeiro do Ar Hudson Costa Potiguara; do Diretor do Instituto de Aeronáutica e Espaço, Brigadeiro do Ar César Augusto O'Donnell Alván, além de representantes das organizações que atuam no projeto, bem como Oficiais-Generais da FAB, Comandantes, Diretores e Chefes de Organizações Militares.

Para o Ministro, este é um momento histórico para o Brasil e de comemoração. “Pensando no Programa Espacial Brasileiro é como se estivéssemos, agora, ascendendo ao segundo estágio. Graças ao esforço de muita gente, temos a possibilidade de melhorar o Programa Espacial e esperar muitas novidades pela frente”, disse.

O S50 é o maior Motor-Foguete já fabricado no Brasil, com 12 toneladas de propelente sólido, e com tecnologias inovadoras para o Programa Espacial Brasileiro, como o uso de fibra de carbono para a produção do envelope-motor, o que o torna mais leve e eficiente. O Tenente-Brigadeiro Potiguara comentou a importância do ensaio. “Este momento é histórico e significativo para o Programa Espacial Brasileiro. A nação brasileira tem que se orgulhar disso. Por vários anos temos buscado o início desse estabelecimento, de um círculo completo de lançamento, e começamos com a produção do motor S50. A partir de agora estamos a alguns passos do nosso VLM [Veículo Lançador de Microssatélites], quando poderemos orbitar cargas de até 50 quilos", afirmou.

O sucesso deste ensaio é fundamental para que o Brasil possa avançar nas fases finais de desenvolvimento do motor S50, que permitirá ao País novas capacidades em termos de produção de veículos suborbitais e lançadores de microssatélites. O Veículo Lançador de Microssatélites (VLM-1) é um Projeto Estratégico da Força Aérea Brasileira (FAB) e visa ao desenvolvimento de um VLM em parceria com o Centro Aeroespacial Alemão. 

O Diretor do IAE, Brigadeiro O'Donnell, comentou sobre o ensaio. “A partir deste momento podemos caminhar com mais firmeza e segurança rumo aos objetivos do Programa Espacial Brasileiro. Esse trabalho vem sendo realizado há alguns anos e os preparativos iniciaram há seis meses, envolveu dezenas de profissionais e 32 equipes de trabalho”, esclareceu o Oficial-General.

O ensaio do primeiro teste de queima em ponto fixo do motor é resultado de um trabalho complexo e desafiador, que conta com o profissionalismo de técnicos e engenheiros do IAE e da empresa contratada. O Gerente do Projeto VLM-1, Major Engenheiro Rodrigo César Rocha Lacerda, comemora o sucesso do ensaio. “Essa campanha marca um trabalho muito intenso ao longo de anos, envolvendo o IAE e a Avibras. Esse sucesso é fundamental para que possamos avançar no nosso Programa Espacial Brasileiro”, finalizou o Oficial.

 

14 julho, 2021

Live - Raio X da Indústria Espacial Brasileira


*LRCA Defense Consulting - 14/07/2021

No dia 16 de julho, às 14 horas, acontece a Live - Raio X da Indústria Espacial Brasileira. Organizada pela MundoGEO, a Live tem por objetivo apresentar toda a cadeia produtiva do setor, formada por veículos lançadores, centros de lançamento, satélites, sistemas e estações de recepção no solo na visão da Agência Espacial Brasileira, INPE, AIAB - Associação da Indústria Aeroespacial Brasileira e Visiona.

Esta cadeia envolve muitas empresas nacionais e internacionais, gerando receitas, investimentos em P&D e altos índices de empregabilidade de profissionais especializados. A partir de mais investimentos governamentais neste setor, as empresas nacionais poderão cada vez mais oferecer soluções de melhor qualidade e até buscar também mercados internacionais.

Com moderação de Emerson Granemann, CEO da MundoGEO, a Live vai contar com os convidados especiais:
- Adenilson Roberto da Silva (INPE)
- Henrique Fernandes Nascimento (AEB)
- Jadir Nogueira Gonçalves (Fibraforte/AIAB)
- João Paulo Campos (Visiona)

A Live faz parte das ações preparatórias para o evento SpaceBR Show, que acontece de 9 a 12 de novembro. O propósito do Fórum SpaceBR Show é o de integrar os diversos atores da comunidade do setor, formada pelas indústrias, instituições de ensino e pesquisa, usuários públicos e privados, além de divulgar para a sociedade os avanços espaciais, atraindo investidores e jovens para conhecer estas oportunidades. O SpaceBR Show busca se alinhar às recentes mudanças dos programas espaciais ao redor do mundo, e que também afetam o Programa Espacial Brasileiro: ampliando a participação privada nos programas governamentais.

Faça a sua inscrição sem custos clicando aqui.

Em 20 de maio aconteceu a Live sobre os benefícios do Programa Espacial Brasileiro. Veja aqui o replay na íntegra.

28 fevereiro, 2021

Lançamento do Amazonia 1, primeiro satélite completamente projetado, integrado, testado e operado pelo Brasil

 


*LRCA Defense Consulting - 28/02/2021

Nesta madrugada (28), foi lançado com 100% de sucesso o Amazonia-1, primeiro satélite de observação da Terra completamente projetado, integrado, testado e operado pelo Brasil. Seu objetivo primordial é o de fornecer imagens de sensoriamento remoto para observar e monitorar o desmatamento e a agricultura em todo o território nacional, além de oferecer dados da região costeira, reservatórios de água, florestas e desastres ambientais.

A coordenação da Missão Amazonia 1 é do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI). O desenvolvimento foi realizado pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE/MCTI) em parceria com a Agência Espacial Brasileira (AEB/MCTI) e com cinco empresas vinculadas a programas do Parque Tecnológico São José dos Campos: AEL Sistemas, Akaer Engenharia, Equatorial Sistemas, Fibraforte e Omnisys.

A participação destas empresas é estratégica e contribui para consolidar o conhecimento brasileiro no ciclo completo de desenvolvimento de satélites. “A Missão Amazonia 1 capacita a indústria nacional em sistemas e subsistemas, aumentando o nível de maturidade e condições de inserção da tecnologia brasileira no mercado espacial global”, explica Michele Cristina Silva Melo, diretora interina de Inteligência Estratégica e Novos Negócios da Agência Espacial Brasileira.

O “Parque Tecnológico São José dos Campos é um ecossistema de inovação que promove o desenvolvimento de tecnologias espaciais, elevando a capacidade das empresas associadas no cenário espacial nacional e internacional”, acrescenta Michele.

Acompanhe, em dois vídeos, tudo o que cercou o lançamento. No primeiro vídeo, está o lançamento propriamente dito e seus momentos posteriores. No segundo, sob a condução de Daniel Fonseca Lavouras, Diretor do Departamento de Promoção e Difusão da Ciência, Tecnologia e Inovação, do Ministério da Ciência, Tecnologia e Invoção (MCTI), é possível acompanhar tudo o que cercou o lançamento, com explicações detalhadas de todo o projeto e dos benefícios que trará à ciência e à tecnologia do Brasil. 





 

27 fevereiro, 2021

Cinco empresas ligadas ao PqTec fazem parte da produção do satélite Amazonia 1


*Parque Tecnológico São José dos Campos - 26/02/2021

Cinco empresas vinculadas a programas do Parque Tecnológico São José dos Campos estão diretamente ligadas à Missão Amazonia, responsável por desenvolver e colocar em órbita o Amazonia 1, primeiro satélite de observação da Terra totalmente projetado, integrado, testado e operado pelo Brasil.

Duas empresas do Grupo Akaer, localizado no núcleo do PqTec, desenvolveram a Câmera WFI, especialmente projetada para monitorar a Amazônia e capturar imagens coloridas de áreas de cerca de 640 mil km², diminuindo o tempo necessário para cobrir toda a floresta. As empresas também desenvolveram o Gravador Digital de Dados, dispositivo resistente à radiação que grava e armazena os dados de imagem coletados nos momentos em que o satélite está fora da visibilidade de estações terrenas, proporcionando flexibilidade à missão.

A Omnisys – subsidiária da Thales no Brasil, residente no Parque, desenvolveu e produziu o Transmissor AWDT Banda X e sua Antena, duas tecnologias que permitem enviar os dados de imagem do satélite para as estações de recepção na Terra. Também foi responsável pelo desenvolvimento do hardware e software de testes da Unidade Remota de Telemetria (RTU), dispositivo que realiza a aquisição remota das telemetrias e a distribuição dos comandos associados aos equipamentos e subsistemas embarcados no satélite.

A empresa Fibraforte, associada ao Cluster Aeroespacial Brasileiro, desenvolveu o subsistema de propulsão, responsável por alterar a velocidade do satélite garantindo a correta inserção e manutenção de sua órbita nominal.

Já a AEL Sistemas, que faz parte do Projeto Setorial Aerospace Brazil, gerido pelo Parque, desenvolveu e fabricou os conversores DC/DC, responsáveis pela conversão dos níveis de tensão elétrica necessários para alimentar os sistemas do satélite.

CAPACITAÇÃO – A participação destas empresas é estratégica e contribui para consolidar o conhecimento brasileiro no ciclo completo de desenvolvimento de satélites. “A Missão Amazonia 1 capacita a indústria nacional em sistemas e subsistemas, aumentando o nível de maturidade e condições de inserção da tecnologia brasileira no mercado espacial global”, explica Michele Cristina Silva Melo, diretora interina de Inteligência Estratégica e Novos Negócios da Agência Espacial Brasileira. “Parque Tecnológico São José dos Campos é um ecossistema de inovação que promove o desenvolvimento de tecnologias espaciais, elevando a capacidade das empresas associadas no cenário espacial nacional e internacional”, acrescenta.

A Missão é coordenada pelo Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI) e conduzida pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE/MCTI) em parceria com a Agência Espacial Brasileira (AEB/MCTI). Tem como objetivo fornecer imagens de sensoriamento remoto para observar e monitorar o desmatamento, a agricultura em todo o território nacional e oferecer dados da região costeira, reservatórios de água, florestas e desastres ambientais.

Para o diretor de operações do Parque Tecnológico, José Iram Barbosa, o lançamento comprova a capacidade do Brasil no desenvolvimento de projetos espaciais. “Um dos grandes diferenciais do Amazonia 1 é o conceito de Plataforma Multimissão que otimizará missões futuras. Aproveito para destacar a capacidade das empresas AEL Sistemas, Equatorial Sistemas, Fibraforte, Omnisys e Opto Eletrônica, ligadas ao PqTec, que participaram do desenvolvimento do satélite”.

MERCADO ESPACIAL – Diante deste cenário, o Cluster Aeroespacial Brasileiro estimula o interesse para que mais empresas atuem no setor espacial. “É um momento único para o Brasil. Estamos lançando um satélite comprovando que o nosso país é capaz de produzir tecnologias de alto valor agregado. Queremos ampliar a proporção das nossas empresas que também atuam neste segmento”, afirma Marcelo Nunes, coordenador do Cluster Aeroespacial Brasileiro.

Os investimentos no setor espacial têm crescido globalmente. De acordo com dados da AEB, em 2008 apenas 49 países investiam no setor espacial. Em 2018 esse número aumentou para 72 países e em 2020 são 79 países investindo neste segmento.

A atenção para o espaço vem dos benefícios econômicos que a exploração espacial pode trazer. Tanto dos diretos, que têm origem na cobrança por serviços que usem o espaço como dos indiretos, como dos sinais de satélite usados no agronegócio, meteorologia, desastres naturais, entre tantas outras aplicações.

Há expectativa de que até 2040 a economia espacial atinja o valor de US$1 trilhão e o mercado apenas de veículos lançadores chegue em algo próximo de US$20 bilhões até 2030.

Empresas envolvidas:

AEB – Agência Espacial Brasileira

AEL Sistemas
Akaer Engenharia

Equatorial Sistemas

Fibraforte

Omnisys

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