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24 junho, 2023

Empresas brasileiras investem no desenvolvimento e aplicação comercial de nanossatélites



*Revista Pesquisa FAPESP, por Rodrigo de Oliveira Andrade - 24/06/2023

O lançamento em abril de um satélite de 12 quilos (kg), pouco maior do que uma caixa de sapatos, representou um marco para a indústria espacial brasileira. Concebido pela Visiona Tecnologia Espacial, joint venture da Embraer Defesa e Segurança e da Telebras, o VCUB1 é o primeiro nanossatélite de alto desempenho projetado e desenvolvido no país. Também é uma iniciativa pioneira de aplicação comercial – até então, projetos nacionais desse tipo eram de uso científico ou educacional (ver Pesquisa FAPESP nº 219). A expectativa da empresa é validar o software embarcado e usar as informações coletadas para complementar e aperfeiçoar serviços de sensoriamento remoto e telecomunicações que ela oferece a seus clientes, hoje baseados em satélites de terceiros.

O dispositivo custou mais de R$ 30 milhões, dos quais R$ 2,9 milhões foram investidos pela Empresa Brasileira de Pesquisa e Inovação (Embrapii). Conta com uma câmera reflexiva de observação – a primeira do tipo desenvolvida no Brasil – com um sistema óptico formado por três espelhos, capaz de coletar imagens da superfície terrestre com resolução espacial de 3,5 metros. Ou seja, se fosse instalada em Campinas, seria capaz de fotografar um caminhão nas ruas do Rio de Janeiro. O equipamento foi desenvolvido pela Opto Space & Defense e Equatorial Sistemas, com apoio da FAPESP e da Financiadora de Estudos e Projetos (Finep).

O nanossatélite deverá cruzar o território brasileiro várias vezes por dia, coletando imagens e dados de uso meteorológico e de apoio a atividades do setor agrícola, como o monitoramento de lavouras em locais afastados e a identificação de áreas de baixa produtividade. Eventualmente, poderá auxiliar na prevenção de desastres naturais, atividades de monitoramento ambiental ou atender a outros usos, ligados à área de segurança e cidades inteligentes. O principal objetivo da Visiona, no entanto, é validar a tecnologia para lançar satélites maiores e mais complexos. “Para isso, precisávamos de uma arquitetura que fosse escalável e um software embarcado confiável”, diz João Paulo Campos, presidente da empresa.

O equipamento possui um sistema de gerenciamento de dados de bordo, responsável pelo controle de outros subsistemas e da interface com o solo. Tem também um sistema de comunicação e controle de atitude e órbita, que permite apontar com maior precisão a câmera para o local onde se deseja coletar imagens ou direcionar seus painéis solares para o Sol, de modo a ampliar a geração da energia que o alimenta. “Essa é uma tecnologia estratégica, que ainda não era dominada pelo Brasil”, destaca Campos. “O VCUB1, nesse sentido, coloca o país em um grupo de nações que dominam todo o processo de desenvolvimento de satélites”, completa.

Para Fábio de Oliveira Fialho, da Escola Politécnica da Universidade de São Paulo (Poli-USP), o nanossatélite da Visiona rompe uma barreira tecnológica importante. “O VCUB1 permitirá à empresa explorar, em diferentes camadas, dados de alta qualidade, agregando mais valor aos serviços que oferece a seus clientes.”

A Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) participou do esforço conjunto de desenvolvimento, ajudando a definir as cores que o satélite iria enxergar – foi escolhida a banda red edge, mais apropriada para o monitoramento de lavouras. O Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) apoiou a concepção do projeto com sua expertise em engenharia de sistemas, montagem, integração e testes do satélite. Já o Instituto Senai de Inovação em Sistemas Embarcados (ISI-SE), em Florianópolis, foi responsável pela construção e pelos testes da estação de terra e dos softwares que fazem a integração do computador de bordo com os componentes embarcados, com financiamento da Embrapii.

O ISI-SE também está envolvido em outro programa, o Constelação Catarina, criado em maio de 2021 pela Agência Espacial Brasileira (AEB). A iniciativa pretende colocar em órbita 13 nanossatélites nos próximos anos. Dois deles estão em desenvolvimento. Um no ISI-SE, o outro, na Universidade Federal de Santa Catarina. “A ideia é que eles formem uma rede e trabalhem de forma orquestrada na coleta de informações agrícolas e meteorológicas”, explica Augusto De Conto, gerente responsável pelo projeto. “Se tudo der certo, nosso nanossatélite será lançado em 2024”, diz.

Os nanossatélites e microssatélites movimentaram US$ 2,8 bilhões em 2022, e é esperado que esse mercado alcance US$ 6,7 bilhões até 2027, segundo análise da consultoria norte-americana Markets and Markets. Dados do relatório SpaceWorks estimam que entre 2 mil e 2,8 mil desses equipamentos serão lançados no espaço nos próximos cinco anos para diversas aplicações. O modelo avança em razão dos custos de construção desses artefatos. Diferentemente de um satélite convencional de grande porte, que pode custar entre US$ 150 milhões e US$ 400 milhões, os nanossatélites são relativamente baratos. Mas têm menor tempo de vida útil, de três a cinco anos.

A expansão desse mercado coincide com uma mudança na indústria aeroespacial. Com a consolidação de tecnologias e diminuição dos riscos associados ao seu desenvolvimento, o segmento passou a atrair mais atenção do capital privado. A face mais reluzente desse interesse foi a criação de empresas como a Blue Origin, do multibilionário Jeff Bezos, dono da Amazon, a SpaceX, de Elon Musk, e a Virgin Galactic, de Richard Branson, dedicadas à construção de foguetes lançadores e ao transporte de astronautas e turistas ao espaço (ver Pesquisa FAPESP nº 278). O VCUB1 foi lançado em abril pelo foguete Falcon 9, da SpaceX, junto com outros satélites de diferentes tamanhos.

O Brasil não é um expoente da exploração espacial comercial, mas tem potencial para crescer. O nanossatélite da Visiona é apenas uma entre várias iniciativas em curso no país. Outra é o nanossatélite da SciCrop, startup de geoprocessamento de dados de satélite com sede em São Paulo, com lançamento previsto para o segundo semestre. “Nosso objetivo é coletar as melhores imagens possíveis do Centro-Oeste brasileiro”, afirma José Damico, CEO da empresa. O dispositivo deverá percorrer essa região a cada dois dias, registrando imagens que permitam uma visão detalhada da produtividade de cada talhão de soja plantado, possibilitando separar as diferentes áreas produtivas das fazendas. “Essas informações nos ajudam a mensurar o quanto está sendo produzido e se o plantio foi feito na época adequada, por exemplo”, diz. Os dados poderão ser usados por instituições financeiras na análise de risco de concessão de crédito a produtores rurais, especialmente aqueles que produzem menos de 2 mil hectares e não têm uma demonstração contábil ou balanço patrimonial para apresentar no momento do pedido.

O nanossatélite da SciCrop utiliza uma estrutura desenvolvida pela Alba Orbital, com sede em Glasgow, na Escócia. “A construção de um nanossatélite envolve várias etapas, como o desenvolvimento de sua estrutura e validação de seus equipamentos embarcados. No nosso caso, partimos de uma estrutura já pronta, que será adaptada para o uso que queremos”, ele explica.

Outra empresa brasileira a investir nesse mercado é a SCCON Geospatial, que oferece a seus clientes serviços em tecnologia geoespacial e mapeamento via satélite. Seu negócio baseia-se em imagens feitas por uma constelação de 200 nanossatélites da empresa norte-americana Planet. “Temos contratos com instituições brasileiras públicas e privadas de diferentes segmentos, que usam nossas soluções para monitoramento de plantações, barragens, linhas de transmissão de energia”, diz Vinicius Rissoli, diretor de operações da companhia.

Em 2018, a SCCON fez um acordo com a Polícia Federal (PF) para monitorar o desmatamento na região amazônica. A parceria cresceu e deu origem ao Programa Brasil Mais, plataforma criada em 2020 na qual é possível acessar imagens em alta resolução de todo o país captadas pelos nanossatélites da Planet. “As imagens são atualizadas todos os dias, permitindo ações mais rápidas de combate ao desmatamento, mineração ilegal, ocupações irregulares”, comenta Rissoli. A PF não é o único usuário das imagens. “Nosso acordo permite que qualquer instituição pública possa aderir ao programa e acessá-las para outros fins gratuitamente.” Atualmente, 300 instituições se cadastraram na plataforma para usar os dados.

Apesar do interesse crescente do capital de risco pelos nanossatélites, investimentos públicos ainda são fundamentais para essas iniciativas, dados os riscos associados a elas. A Finep tem aplicado recursos públicos não reembolsáveis – ou seja, que não precisam ser devolvidos – em projetos de pesquisa e desenvolvimento de empresas inovadoras do setor, como a Opto, que ajudou a projetar a câmera do VCUB1. “Queremos investir na criação de arranjos industriais mais amplos, baseados em projetos integrados, nos quais uma empresa-âncora trabalha com empresas parceiras, universidades e institutos de pesquisa, com foco em subsistemas e componentes isolados”, destaca Elias Ramos de Souza, diretor de Inovação da Finep.

Em maio, a agência anunciou um aporte de R$ 220 milhões para um projeto liderado pela Visiona de um satélite maior e mais complexo do que o VCUB1. O empreendimento terá a colaboração das empresas Fibraforte, Opto, Equatorial, Orbital e Kryptus. “Elas receberão aproximadamente metade do valor total do projeto nos próximos três anos para desenvolver subsistemas e componentes do satélite, que pesará pouco mais de 100 kg e terá uma câmera capaz de coletar imagens da superfície terrestre com resolução espacial de 75 centímetros”, diz William Rospendowski, superintendente de inovação da Finep.

No ano passado, a instituição de fomento lançou um edital no valor de R$ 190 milhões, na modalidade de subvenção econômica, a fim de apoiar a construção de veículos lançadores de pequeno porte para transporte de nano e microssatélites. A expectativa é de que sejam desenvolvidos pelo menos dois protótipos com capacidade de colocar em órbita cargas de no mínimo 5 kg, com operações de lançamento realizadas a partir do território nacional. Hoje, apenas 13 países no mundo dominam essa tecnologia. “A estratégia daria ao Brasil maior autonomia de acesso ao espaço”, comenta Campos, da Visiona. “Além de ajudar a diminuir a dependência tecnológica externa, essas iniciativas tendem a ter impactos positivos na cadeia produtiva nacional”, completa De Conto, do ISI-SE.

07 maio, 2023

Visiona terá subvenção da Finep para desenvolvimento de satélite de pequeno porte

 

*LRCA Defense Consulting - 07/05/2023

A Visiona Tecnologia Espacial, joint-venture entre a Embraer e a Telebras, e a Financiadora de Estudos e Projetos (Finep) assinaram hoje um acordo para o desenvolvimento de um satélite de pequeno porte de observação da Terra de alta resolução.

A oficialização da parceria ocorreu durante cerimônia de comemoração dos 30 anos da Associação das Indústrias Aeroespaciais do Brasil (AIAB), em São José dos Campos, interior de São Paulo, no dia 5 de maio de 2023. A solenidade contou com a presença da ministra da Ciência, Tecnologia e Inovação, Luciana Santos, e o Vice-Governador do Estado de São Paulo, Felício Ramuth, além de outras autoridades.

“O projeto proposto é bastante audacioso e tem caráter mobilizador. Para executá-lo, montamos um time que engloba algumas das principais empresas e ICTs do setor espacial do Brasil, para projetar um satélite que supera em muito os requisitos do edital e que seja capaz de endereçar diversas demandas de mercado e de governo, através de uma solução nacional.”, disse João Paulo Campos, CEO da Visiona.

O projeto de inovação, que utiliza recursos não reembolsáveis de subvenção econômica do Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (FNDCT), terá o aporte de R$ 219 milhões da Finep ao longo dos próximos três anos. Os recursos complementares virão como contrapartida da empresa proponente, a Visiona, bem como de cinco coexecutores: Equatorial, Fibraforte, Kryptus, Opto e Orbital. No contrato é previsto o desenvolvimento de um satélite de pequeno porte para sensoriamento remoto óptico em altíssima resolução espacial, utilizando técnicas de super-resolução, e sistemas de coleta e fusão de dados.

O projeto também contará com a participação de diversos institutos de ciência e tecnologia (ICTs), como o Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA), o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), o Laboratório de Estruturas Leves do Instituto de Pesquisas Tecnológicas (LEL-IPT), a Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), e o Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (SENAI), fortalecendo ainda mais a relação entre Governo, Academia e Indústria – a tríplice hélice que impulsiona o desenvolvimento socioeconômico do país.

A concessão de subvenção econômica para a inovação nas empresas é um instrumento de política de governo amplamente utilizado em países desenvolvidos e operado de acordo com as normas da Organização Mundial do Comércio. O objetivo é promover um significativo aumento das atividades de inovação e o incremento da competitividade das empresas e da economia do país.

Akaer assina contrato de subvenção econômica à inovação com a Finep


*LRCA Defense Consulting - 07/05/2023

Cesar Silva, CEO da Akaer, assinou na manhã desta sexta-feira, 5 de maio, o contrato de subvenção econômica à inovação vencido por meio de seleção pública realizada pela FINEP – Financiadora de Estudos e Projetos. A assinatura aconteceu durante evento de comemoração dos 30 anos da AIAB - Associação das Indústrias Aeroespaciais do Brasil – Associação das Indústrias Aeroespaciais do Brasil, realizado no Novotel, em São José dos Campos (SP), com a presença da ministra da Ciência, Tecnologia e Inovação, Luciana Santos.

A Akaer é a líder e principal executora do projeto na linha temática II om o projeto de 'Aeronave demonstradora de tecnologias remotamente pilotada, com peso máximo de decolagem maior que 150 kg'. A Akaer também será coexecutora em outros dois projetos com as unidades de negócios: Equatorial Sistemas Ltda e a Opto Tecnologia Optrônica Ltda.

Tendo como proponente principal a empresa Visiona, as unidades Equatorial Sistemas e Opto Tecnologia Optrônica participarão como coexecutoras do projeto 'Satélite de pequeno porte de observação da Terra de alta resolução'.

Já liderado pela Embraer como proponente principal da linha temática I, a Equatorial Sistemas também fará parte do projeto 'Aeronave demonstradora de tecnologias com foco no transporte de passageiros', com o fornecimento da bateria para a propulsão elétrica da aeronave utilizando células eletroquímicas de última geração e sistema de gerenciamento eletrônico avançado.

27 março, 2023

Akaer recebe visita da diretora do Fermilab, responsável pelo maior projeto de física de partícula do mundo


*LRCA Defense Consulting - 27/03/2023

A Akaer recebeu, na primeira quinzena de março, a visita de Lia Merminga, diretora do Fermilab, em sua primeira vinda ao Brasil. O Fermilab (Fermi National Accelerator Laboratory) é responsável pelo maior projeto de física de partícula do mundo e conta com investimentos de mais de três bilhões de dólares pelo Departamento de Energia dos Estados Unidos, mais os investimentos de parceiros internacionais que juntos ultrapassam os cinco bilhões de dólares. A Akaer foi parceira na primeira fase do projeto, por meio da Equatorial Sistemas S.A..

Integraram a comitiva importantes representantes do Fermilab, da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) e do Centro Brasileiro de Pesquisas Físicas - CBPF para celebrar as conquistas obtidas na primeira fase do Projeto LBNF/Dune, apoiados pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de S. Paulo - FAPESP, e dar continuidade às ações para a segunda fase. A Akaer reforçou durante o encontro, ocorrido nas instalações de São José dos Campos (SP), o interesse e a capacidade de suportar o Fermilab e os parceiros na próxima fase do projeto. Os representantes das entidades foram recebidos pelo CEO da empresa, Cesar Silva.

O projeto LBNF/Dune (Long-Baseline Neutrino Facility e Deep Underground Neutrino Facility) é um programa para a pesquisa de neutrinos e partículas elementares que possibilitarão investigar novos fenômenos subatômicos e ampliar o conhecimento sobre os neutrinos e seu papel na formação do universo.
 

31 janeiro, 2023

Akaer vence Seleção Pública para desenvolvimento de tecnologia aeronáutica


*LRCA Defense Consulting - 31/01/2023

A Akaer, por meio de sua unidade de negócios Equatorial Sistemas S.A., foi a vencedora da Seleção Pública MCTI/FINEP/FNDCT nº 13/2022, referente ao projeto "Plataformas Demonstradoras de Novas Tecnologias Aeronáuticas". A publicação do resultado foi feita pela FINEP, no último dia 19 de janeiro.

Na Linha Temática I da seleção, denominada "Aeronave demonstradora de tecnologias com foco no transporte de passageiros", a Embraer foi a vencedora do certame, e liderará o projeto contando com o apoio de empresas coexecutoras do setor espacial, como: a Equatorial Sistemas, ALLTEC, XMobots, Stella Tecnologia dentre outras.

O projeto tem o objetivo de desenvolver e validar um conjunto de plataformas demonstradoras de novas tecnologias, que visa acelerar e incrementar ações de pesquisa e desenvolvimento tecnológico para o ecossistema aeronáutico brasileiro.

Como uma das coexecutoras, a Equatorial fornecerá a bateria para a propulsão elétrica da aeronave utilizando células eletroquímicas de última geração e sistema de gerenciamento eletrônico avançado. 

Já na linha temática II, chamada “Aeronave demonstradora de tecnologias remotamente pilotada e com peso máximo de decolagem maior que 150 kg”, a Akaer foi classificada em primeiro lugar, sendo a líder e principal executora do projeto, comprovando mais uma vez a competência e dedicação de todos os profissionais envolvidos.

A Akaer usará sistema de propulsão elétrica híbrida com células de hidrogênio para voo horizontal e bateria eletroquímica para decolagem e pouso verticais. O projeto prevê também a operação BVLOS (Beyond Visual Line of Sight) para aumentar o alcance do voo além do horizonte, assim como o teste e validação de múltiplos subsistemas viabilizadores do voo autônomo.

Em cooperação com o Campus Integrado de Manufatura e Tecnologia (CIMATEC SENAI BA) o projeto integrará um sistema para teste e validação de tomada de decisão autônoma em tempo real baseado no sensor LIDAR (Light Detection and Ranging).




29 novembro, 2022

Visiona e empresas coexecutoras vencem edital sobre satélite de pequeno porte


*LRCA Defense Consulting - 29/11/2022

O Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI), a Agência Espacial Brasileira (AEB/MCTI) e a Financiadora de Estudos e Projetos (FINEP) anunciaram, na tarde de 25 de novembro, que a Visiona Tecnologia Espacial, como principal proponente, e as empresas Fibraforte, Opto Tecnologia Optrônica, Equatorial Sistemas, Orbital Engenharia e Kryptus Segurança da Informação, como coexecutoras, foram as empresas vencedoras do edital de Subvenção Econômica à Inovação na temática “Satélite de pequeno porte de Observação da Terra de alta resolução”.

Esse projeto permitirá que as empresas vencedoras continuem a desempenhar um importante papel na indústria espacial Brasileira, contribuindo ainda mais para o desenvolvimento de alta tecnologia no país.

12 abril, 2022

Akaer desenvolve novos produtos por meio da transformação de tecnologias e com busca permanente por inovação

César Augusto Andrade Silva CEO da Akaer

*LRCA Defense Consulting - 12/04/2022

Os anos de 2020 e 2021 foram um desafio para todos. A Akaer, com tomadas de decisões rápidas e precisas, conseguiu superar as dificuldades impostas pela crise econômica e a pandemia da Covid-19 em todos os aspectos: social, econômico e pessoal.

Enquanto algumas indústrias se viram sem perspectivas, a Akaer se uniu para preservar seus funcionários e empresas. Além disso, aumentou seu quadro de colaboradores e faturamento.

Novos mercados, novas competências e entregas importantes
Mesmo com um cenário adverso, a companhia conseguiu conquistar novos negócios e realizar entregas importantes que fizeram com o que o faturamento, em 2021, seja o maior de sua história.

O resultado só foi possível com uma estratégia ousada de diversificação e internacionalização e a empresa viu o fortalecimento do nome Akaer no exterior em mercados como o Oriente Médio e Ásia. Como consequência, hoje, aproximadamente três quartos de sua receita e carteira de vendas vêm de exportações. E para atender a demanda externa por serviços de engenharia, a Akaer iniciou em 2021 as operações em uma subsidiária na Turquia e, em 2022 planeja a abertura de uma subsidiaria nos Emirados Árabes Unidos, para atender todo Oriente Médio e Norte da África.

A excelente reputação da empresa no mercado – conquistada com participações relevantes em diversos programas da aviação comercial e programas estratégicos como o do caça Gripen e do cargueiro KC-390 – foi decisiva não só para o ótimo desempenho financeiro, mas também para manter, nos próximos anos, um crescimento sustentado por uma carteira sólida.

Além da capacidade no desenvolvimento de produtos, a sua posição consolidada como provedor de ferramental e de soluções de industrialização trouxe também um importante contrato para a manutenção industrial e de ferramental das plantas de um dos principais fabricantes de aeronaves do mundo.

Ao longo do ano foram celebradas entregas importantes nos programas já contratados. A Akaer cumpriu os estudos e entregas de pacotes de trabalho em projetos não só de novas aeronaves, mas também em programas de grandes modificações em plataformas existentes. Nos últimos dias de 2021, foi entregue à Força Aérea Brasileira o segundo conjunto da asa revitalizada do avião de patrulha marítima P-3AM Orion, o que garantirá a extensão de sua vida operacional.

A Akaer continua sua trajetória de fortalecimento nos mercados de defesa e espaço através de duas empresas, a OPTO Space & Defense e a Equatorial Sistemas. O monóculo termal OLHAR, desenvolvido para atender os requisitos do projeto Combatente Brasileiro (COBRA), entrou em uma nova fase do desenvolvimento com a aquisição de 21 unidades para avaliação em campo pelo Exército Brasileiro. Além disso, em breve será entregue a primeira unidade da câmera de alta resolução E3UCAM, que irá equipar o cubesat nacional VCUB. A evolução contínua dos produtos é a meta da Akaer e terá início a construção do primeiro protótipo da próxima geração de câmeras mais precisas.

A diversificação foi fundamental para os bons resultados. Além de entregas concluídas em 2021 para o projeto DUNE (Deep Underground Neutrino Experiment), a Akaer empregou o seu conhecimento adquirido na aviação em desenvolvimentos para outros setores como a mineração. Atualmente, está em teste em campo uma báscula para caminhões de mineração desenvolvida pela indústria. Graças à sua expertise no projeto aeronáutico e no uso de ferramentas de simulação, a Akaer entregou uma báscula que é 30% mais leve que suas concorrentes, além de levar uma carga de minério maior e possuir vida operacional mais longa. A expansão da Akaer no setor de mineração continuou em 2021 e estão previstos novos projetos em 2022.

Todo esse crescimento e novos negócios só foram possíveis com a capacitação constante da empresa em novas tecnologias através da formação continuada das equipes e com a contratação de profissionais qualificados. Apenas em 2021, enquanto o país viu o desemprego subir, a Akaer aumentou seu quadro de colaboradores em 28%. Se contarmos desde o começo da pandemia em 2020, o crescimento foi de 33%.

“É importante destacar que a Akaer manteve sua eficiência operacional, mesmo com a expansão no quadro de pessoal, pois o incremento no faturamento e lucro da empresa superou o aumento na folha salarial. Esse crescimento nos mostra que estamos no caminho certo conquistando mercados com seriedade e qualidade”, destacou o CEO Cesar Augusto Andrade Silva.

Além disso, foram agregadas novas competências à área de Engenharia da empresa para aumentar o leque de serviços oferecidos. Foi estruturada uma equipe com engenheiros especializados em disciplinas críticas como aerodinâmica, aeroelasticidade, qualidade de voo, peso e balanceamento, performance e cargas. A área de Sistemas Aeronáuticos também foi ampliada para atender às demandas relacionadas à sistemas hidromecânicos, propulsão e aviônicos.

Finalmente, para se manter a par de novas tecnologias e se manter competitiva, a Akaer segue engajada em projetos de desenvolvimento tecnológico de larga escala e mantém mais de 10% de sua força de trabalho dedicada a este tipo de atividade. Como inovação é um dos pilares da empresa, o bom relacionamento com órgãos de fomento à pesquisa como a FINEP e FAPESP é essencial para a ampliação de novas competências em áreas como indústria avançada, manufatura aditiva, novas tecnologias de propulsão baseadas em sistemas elétricos e híbridos e sistemas multiespectrais.


O enfrentamento da Covid-19
O ambiente favorável e seguro para os trabalhadores permaneceu na empresa. Logo após o decreto de pandemia no país, a Akaer adotou todas as recomendações dos órgãos de saúde como distanciamento social, disponibilização de máscaras e álcool em gel e proteção de pessoas com comorbidades. Em apenas uma semana, a Akaer transferiu todas as atividades possíveis de serem executadas de forma remota, assegurando o bom andamento dos seus projetos.

Durante toda a pandemia houve, e continua havendo até o momento, ampla divulgação das recomendações através de canais como intranet, WhatsApp, e-mail, impressos e até jogos interativos e tirinhas educativas.

A Akaer também colaborou no esforço geral de combate à pandemia ao usar sua expertise para desenvolver tecnologias de proteção para profissionais da saúde.

A OPTO S&D desenvolveu o ThermoScan, um sensor termal usado para identificar pessoas em estado febril para controle de acesso à áreas públicas. O equipamento foi utilizado, na 6ª Mostra BID Brasil, realizada em dezembro de 2021 em Brasília. Ficou disponível para medir a temperatura dos expositores, visitantes e dos trabalhadores da feira e identificar pessoas com possíveis sintomas da Covid-19. Além disso, seis unidades do equipamento foram adquiridas pelo Instituto Tecnológico da Aeronáutica (ITA), em São José dos Campos (SP), e estão sendo utilizadas para acompanhamento dos alunos e funcionários.

As equipes de engenharia da Akaer também foram responsáveis por desenvolver um equipamento de proteção para equipes médicas. A Hygiea Shield é uma campânula de proteção, para intubação e extubação em pacientes – momentos de maior risco de contaminação da equipe por estar muito próximo do paciente. Cinco hospitais nas cidades de São José dos Campos, Guaratinguetá e em São Paulo receberam a doação do aparelho. Outras 84 unidades foram destinadas a hospitais militares em uma parceria com a Associação Brasileiras das Indústrias de Materiais de Defesa e Segurança (ABIMDE).

Em prol da coletividade, a Akaer disponibilizou todos os desenhos do produto para que a Hygiea Shield seja produzida livremente e possa atingir um número maior de profissionais.

“É com muito orgulho que encerramos 2021 com essas ações. Colaborar com o país no combate à pandemia assegurando um ambiente de trabalho favorável aos profissionais de saúde nos deixa felizes e com o desafio de sempre estarmos prontos para usar a tecnologia desenvolvida pela Akaer a favor de todos. A retomada dos eventos presenciais, com segurança, também nos mostra o quanto podemos auxiliar”, afirmou o CEO.

28 fevereiro, 2021

Lançamento do Amazonia 1, primeiro satélite completamente projetado, integrado, testado e operado pelo Brasil

 


*LRCA Defense Consulting - 28/02/2021

Nesta madrugada (28), foi lançado com 100% de sucesso o Amazonia-1, primeiro satélite de observação da Terra completamente projetado, integrado, testado e operado pelo Brasil. Seu objetivo primordial é o de fornecer imagens de sensoriamento remoto para observar e monitorar o desmatamento e a agricultura em todo o território nacional, além de oferecer dados da região costeira, reservatórios de água, florestas e desastres ambientais.

A coordenação da Missão Amazonia 1 é do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI). O desenvolvimento foi realizado pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE/MCTI) em parceria com a Agência Espacial Brasileira (AEB/MCTI) e com cinco empresas vinculadas a programas do Parque Tecnológico São José dos Campos: AEL Sistemas, Akaer Engenharia, Equatorial Sistemas, Fibraforte e Omnisys.

A participação destas empresas é estratégica e contribui para consolidar o conhecimento brasileiro no ciclo completo de desenvolvimento de satélites. “A Missão Amazonia 1 capacita a indústria nacional em sistemas e subsistemas, aumentando o nível de maturidade e condições de inserção da tecnologia brasileira no mercado espacial global”, explica Michele Cristina Silva Melo, diretora interina de Inteligência Estratégica e Novos Negócios da Agência Espacial Brasileira.

O “Parque Tecnológico São José dos Campos é um ecossistema de inovação que promove o desenvolvimento de tecnologias espaciais, elevando a capacidade das empresas associadas no cenário espacial nacional e internacional”, acrescenta Michele.

Acompanhe, em dois vídeos, tudo o que cercou o lançamento. No primeiro vídeo, está o lançamento propriamente dito e seus momentos posteriores. No segundo, sob a condução de Daniel Fonseca Lavouras, Diretor do Departamento de Promoção e Difusão da Ciência, Tecnologia e Inovação, do Ministério da Ciência, Tecnologia e Invoção (MCTI), é possível acompanhar tudo o que cercou o lançamento, com explicações detalhadas de todo o projeto e dos benefícios que trará à ciência e à tecnologia do Brasil. 





 

27 fevereiro, 2021

Cinco empresas ligadas ao PqTec fazem parte da produção do satélite Amazonia 1


*Parque Tecnológico São José dos Campos - 26/02/2021

Cinco empresas vinculadas a programas do Parque Tecnológico São José dos Campos estão diretamente ligadas à Missão Amazonia, responsável por desenvolver e colocar em órbita o Amazonia 1, primeiro satélite de observação da Terra totalmente projetado, integrado, testado e operado pelo Brasil.

Duas empresas do Grupo Akaer, localizado no núcleo do PqTec, desenvolveram a Câmera WFI, especialmente projetada para monitorar a Amazônia e capturar imagens coloridas de áreas de cerca de 640 mil km², diminuindo o tempo necessário para cobrir toda a floresta. As empresas também desenvolveram o Gravador Digital de Dados, dispositivo resistente à radiação que grava e armazena os dados de imagem coletados nos momentos em que o satélite está fora da visibilidade de estações terrenas, proporcionando flexibilidade à missão.

A Omnisys – subsidiária da Thales no Brasil, residente no Parque, desenvolveu e produziu o Transmissor AWDT Banda X e sua Antena, duas tecnologias que permitem enviar os dados de imagem do satélite para as estações de recepção na Terra. Também foi responsável pelo desenvolvimento do hardware e software de testes da Unidade Remota de Telemetria (RTU), dispositivo que realiza a aquisição remota das telemetrias e a distribuição dos comandos associados aos equipamentos e subsistemas embarcados no satélite.

A empresa Fibraforte, associada ao Cluster Aeroespacial Brasileiro, desenvolveu o subsistema de propulsão, responsável por alterar a velocidade do satélite garantindo a correta inserção e manutenção de sua órbita nominal.

Já a AEL Sistemas, que faz parte do Projeto Setorial Aerospace Brazil, gerido pelo Parque, desenvolveu e fabricou os conversores DC/DC, responsáveis pela conversão dos níveis de tensão elétrica necessários para alimentar os sistemas do satélite.

CAPACITAÇÃO – A participação destas empresas é estratégica e contribui para consolidar o conhecimento brasileiro no ciclo completo de desenvolvimento de satélites. “A Missão Amazonia 1 capacita a indústria nacional em sistemas e subsistemas, aumentando o nível de maturidade e condições de inserção da tecnologia brasileira no mercado espacial global”, explica Michele Cristina Silva Melo, diretora interina de Inteligência Estratégica e Novos Negócios da Agência Espacial Brasileira. “Parque Tecnológico São José dos Campos é um ecossistema de inovação que promove o desenvolvimento de tecnologias espaciais, elevando a capacidade das empresas associadas no cenário espacial nacional e internacional”, acrescenta.

A Missão é coordenada pelo Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI) e conduzida pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE/MCTI) em parceria com a Agência Espacial Brasileira (AEB/MCTI). Tem como objetivo fornecer imagens de sensoriamento remoto para observar e monitorar o desmatamento, a agricultura em todo o território nacional e oferecer dados da região costeira, reservatórios de água, florestas e desastres ambientais.

Para o diretor de operações do Parque Tecnológico, José Iram Barbosa, o lançamento comprova a capacidade do Brasil no desenvolvimento de projetos espaciais. “Um dos grandes diferenciais do Amazonia 1 é o conceito de Plataforma Multimissão que otimizará missões futuras. Aproveito para destacar a capacidade das empresas AEL Sistemas, Equatorial Sistemas, Fibraforte, Omnisys e Opto Eletrônica, ligadas ao PqTec, que participaram do desenvolvimento do satélite”.

MERCADO ESPACIAL – Diante deste cenário, o Cluster Aeroespacial Brasileiro estimula o interesse para que mais empresas atuem no setor espacial. “É um momento único para o Brasil. Estamos lançando um satélite comprovando que o nosso país é capaz de produzir tecnologias de alto valor agregado. Queremos ampliar a proporção das nossas empresas que também atuam neste segmento”, afirma Marcelo Nunes, coordenador do Cluster Aeroespacial Brasileiro.

Os investimentos no setor espacial têm crescido globalmente. De acordo com dados da AEB, em 2008 apenas 49 países investiam no setor espacial. Em 2018 esse número aumentou para 72 países e em 2020 são 79 países investindo neste segmento.

A atenção para o espaço vem dos benefícios econômicos que a exploração espacial pode trazer. Tanto dos diretos, que têm origem na cobrança por serviços que usem o espaço como dos indiretos, como dos sinais de satélite usados no agronegócio, meteorologia, desastres naturais, entre tantas outras aplicações.

Há expectativa de que até 2040 a economia espacial atinja o valor de US$1 trilhão e o mercado apenas de veículos lançadores chegue em algo próximo de US$20 bilhões até 2030.

Empresas envolvidas:

AEB – Agência Espacial Brasileira

AEL Sistemas
Akaer Engenharia

Equatorial Sistemas

Fibraforte

Omnisys

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