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19 setembro, 2022

Taurus é indicada ao Prêmio Reclame Aqui 2022 pelo 3º ano consecutivo

 


*LRCA Defense Consulting - 19/09/2022

Com foco total em excelência no atendimento aos clientes, a Taurus, Empresa Estratégica de Defesa e uma das maiores fabricantes de armas do mundo, foi indicada ao Prêmio Reclame Aqui 2022 pelo 3º ano consecutivo.

Na edição de 2021, a empresa conquistou a premiação na categoria “Armas, munições e acessórios”, em que concorre este ano também.

A fase de votação popular acontece entre os dias 1º de setembro e 18 de novembro. Os consumidores podem votar pelo link www.reclameaqui.com.br/premio/votacao

Nova era de relacionamento com os clientes

A indicação demostra mais uma vez o destaque da marca no mercado entre as empresas com as melhores reputações e experiências do cliente. A premiação é considerada a maior no que se refere a atendimento no Brasil.

O reconhecimento é consequência do aprimoramento constante do atendimento aos clientes e do trabalho em equipe na Taurus, com um grande comprometimento dos seus gestores e funcionários com a nova fase da companhia.

Nos últimos anos, a Taurus entrou em uma nova era de relacionamento com os clientes. A empresa focou em proporcionar uma melhor experiência aos consumidores e em ter uma relação mais próxima e transparente. Investiu em treinamentos, visando padronizar o atendimento, e em automatização, possibilitando ampliar a capacidade do atendimento e um retorno mais eficaz em todos os seus canais de comunicação.

Taurus promoveu a maior reestruturação de sua história
Além disso, a Taurus promoveu a maior reestruturação de sua história, redesenhando sua gestão, adotando processos operacionais eficientes e robustos, tendo como alvo a contínua melhora na qualidade dos seus produtos e no apoio e satisfação dos clientes. Reforçou a sua área de engenharia, criando o Centro Integrado de Tecnologia e Engenharia Brasil/EUA (CITE), o que garantiu mais agilidade no desenvolvimento de novos produtos e uma melhor relação custo-benefício, com o objetivo de atender as demandas dos consumidores. Investiu em novos produtos e equipamentos, com o desenvolvimento de mais de 900 novos SKUs (Stock Keeping Unit - neste caso, são novos produtos ou novos modelos de um produto já existente) e aquisição de novos maquinários de última geração para aumentar a capacidade produtiva e agregar ainda mais qualidade, tecnologia e inovação às armas que produz.

Realizou também investimentos em pesquisa & desenvolvimento e firmou parcerias inéditas com renomadas instituições de ensino que atuam em linha com as mais avançadas soluções tecnológicas do mundo. A companhia foi pioneira no desenvolvimento e comercialização da primeira arma com grafeno no mundo, marcando o início da 3ª geração de pistolas. E não parou por aí. Segue investindo em pesquisas de novas tecnologias, como a aplicação de nano partículas de Nióbio, aplicação de DLC (Diamond Like Carbon) e desenvolvimento de polímeros com fibras longas.

Empresa tem nota 9.1 no Reclame Aqui, com um índice de solução de 95,3%
A atuação estratégica da nova gestão da Taurus desde 2018 permitiram a empresa conquistar importantes resultados. Atualmente, a Taurus tem nota 9.1 no Reclame Aqui, com um índice de solução de 95,3%. Nos últimos 6 meses (período de 01/03 a 31/08), a empresa respondeu cada uma das reclamações e, desse total, 91,7% dos clientes voltariam a fazer negócios com a empresa. A companhia está no ranking entre as 20 empresas com os melhores índices de "Voltar a Fazer Negócios" e mantém, desde 2019, o selo de excelência no atendimento do site Reclame Aqui.

A Taurus segue com a estratégia que envolve crescimento, tecnologia, inovação, aumento de produção e de eficiência, assim como também transparência e proximidade com seus consumidores e parceiros, com o objetivo de manter sua posição como a maior empresa de armas leves do mundo.

30 julho, 2022

Embraer voa alto na turbulência


*IstoÉ Dinheiro, por Beto Silva - 29/07/2022

A corrida tecnológica nunca esteve tão avançada. Em todos os setores, o volume e a velocidade das inovações são espantosos. Um universo medido em bits e em trilhões de dólares, dominado por Estados Unidos, Ásia e Europa. Entre as três principais empresas de smartphone do mundo estão Apple (EUA), Samsung (Coreia) e Xiaomi (China). Encabeçam o setor automotivo Toyota (Japão), Volkswagen e Mercedes-Benz (Alemanha). Mas nessa jornada há uma intrusa brasileira em um segmento que envolve altíssima inovação e tecnologia: o de aviões. Trata-se da Embraer, que disputa mercado com Airbus (Europa) e Boeing (EUA). Faturou US$ 4,2 bilhões em 2021 (R$ 22,3 bilhões), aumento de 11% em relação ao ano anterior, e possui atualmente US$ 17,8 bilhões (R$ 94,5 bilhões) em pedidos garantidos para os próximos anos, superior ao nível pré-pandemia.

Uma altitude alcançada à base de investimentos em tecnologia, que nos últimos anos atingiram 6% do faturamento (R$ 1,3 bilhão em 2021). No ano passado, quando entregou 141 aeronaves, 51% da receita da empresa foram provenientes de inovações que ocorreram nos últimos cinco anos. No primeiro semestre de 2022, a empresa acumula um total de 46 aeronaves entregues (17 comerciais e 29 executivas). Embora não tenha recuperado o azul na última linha do balanço, perdido desde 2018, é um feito e tanto em um mercado ainda cheio de turbulências, afetado por pandemia, alta dos combustíveis, guerra na Ucrânia e turismo retraído.

Nessa pista de pesquisa e desenvolvimento estão uma forte presença internacional, com subsidiárias em 11 países, atuação em polos de inovação no Vale do Silício, Boston e Costa Espacial da Flórida, além de parcerias com universidades e entidades de todo o mundo. Apenas no ano passado foram firmados 46 acordos de cooperação em pesquisa. Aportes em startups e criação de novos negócios, como carro voador e centro de manutenção agnóstica (para outros fabricantes), completam a engrenagem que torna a Embraer a companhia mais inovadora do Brasil. “Apresentamos uma melhor performance financeira em 2021 e estamos seguros da rota de crescimento sustentável para os próximos anos”, disse Francisco Gomes Neto, diretor-presidente da Embraer, em mensagem no relatório dos resultados de 2021.

“Temos uma visão clara, um plano robusto e disciplina na execução do nosso plano e um time comprometido com o crescimento sustentável da companhia” Francisco Gomes Neto, diretor-presidente.

O piloto da gigante brasileira admite desafios pela frente, diante de desdobramentos da pandemia e do conflito entre Rússia e Ucrânia, e disse estar confiante em uma evolução contínua. “Temos uma visão clara, um plano robusto e disciplina na execução do nosso plano e, mais importante, um time unido e muito comprometido com o crescimento sustentável da nossa companhia, rumo a voos mais altos.” Para se ter ideia da relevância da empresa na aviação global, a cada dez segundos uma aeronave da marca decola em algum aeroporto do planeta. São 145 milhões de passageiros anualmente sentados nas poltronas das cabines da Embraer. Desde 1969, quando foi fundada com apoio do governo federal, já foram fabricados 8 mil aviões pela empresa.

Porém, para alcançar o atual patamar, ocorreram movimentos importantes nos anos 1990: a privatização, que acarretou em uma grande reestruturação; o lançamento de aviões a jato (família ERJ); e o programa E-Jets, de aeronaves com capacidade para 70 a 124 passageiros. Volney Gouveia, coordenador dos cursos de Ciências Econômicas e Ciências Aeronáuticas da Universidade de São Caetano do Sul (USCS), afirma que a Embraer foi certeira na estratégia de produzir aeronaves de média configuração, o que a diferencia de seus dois principais concorrentes. “O mercado aéreo de passageiros é bastante pulverizado. Muitas rotas curtas espalhadas pelo mundo exigem aeronaves menores porque sua densidade de tráfego é menor. Os jatos Embraer são imbatíveis em termos de custos e receitas operacionais, com custo por voo menor e receita média maior.”

A segunda grande escalada tecnológica da companhia ocorreu a partir de 2017, quando foi criada a unidade de serviços e suporte, responsável hoje por 27% da receita. O ano seguinte marcou o início do projeto do eVTOL, uma aeronave elétrica de decolagem e aterrissagem vertical — pode chamar de carro voador que o público gosta. Em 2020 houve a aquisição da empresa de cibersegurança Tempest, em uma notória aceleração para a análise e tratamento adequado de seus dados.


DIVERSIFICAÇÃO: Embraer se destaca pela forte entrada no setor de serviços e suporte e acumula bagagem no segmento de aeronaves comerciais e executivas.

INDÚSTRIA
Buscar soluções inteligentes e ágeis está no DNA da Embraer, que tem como ativo a inovação, seja em produtos, processos, serviços ou ações empresariais. Para Volney Gouveia, esse papel é estratégico no desenvolvimento do Brasil. “Ela domina tecnologias de ponta que podem ser disseminadas em diversos outros setores da economia, como os de eletroeletrônicos, automotivos, energias renováveis, agricultura, máquinas e equipamentos.” Em análise mais ampla, serve de referência para o fortalecimento da cadeia de valor industrial brasileira, que nas últimas décadas tem perdido participação na economia. “Nos anos 1980, a indústria representava 25% do PIB. Hoje, pouco mais de 10%. Então, a Embraer pode ajudar o País no processo de recuperação de sua indústria.”

Esse perfil agradou o mercado ano passado. As ações da companhia estão listadas na Bolsa de Valores de São Paulo (B3) e na de Nova York (NYSE). Em 2021, fechou com valorização de 180% por aqui (maior percentual de valorização entre todas as empresas listadas no Ibovespa) e 160% por lá. Este ano, porém, os papéis acumulam queda de 52% (até quarta-feira, dia 27). Ainda assim, relatório da XP sobre a Embraer divulgado na segunda-feira (25) reitera visão positiva sobre a companhia, ao apontar que as entregas de aeronaves devem ser mais concentradas no segundo semestre deste ano. “A XP enxerga uma melhora contínua dos números da carteira de pedidos, os US$ 17,8 bilhões reportados melhorando sequencialmente +3% versus o trimestre anterior”, afirmou o paper assinado por Lucas Larghi e Pedro Bruno, analistas de Transportes da corretora.

São três frentes de inovação trabalhadas pela Embraer: incremental, que busca a evolução de tecnologias já consolidadas; adjacente, com avanços em produtos existentes; e transformacional, criando tecnologias e abrindo mercados inexistentes. Para gerenciar esses processos, a brasileira criou a EmbraerX. A aceleradora é considerada a agente de disrupção da companhia, ao explorar modelos de negócio com potencial de crescimento exponencial, voltados para o futuro da mobilidade aérea. Atua em projetos e estudos em áreas como cibersegurança, visão computacional, transformação digital, robótica, inteligência artificial, automação, internet das coisas (IoT) e veículos não tripulados.

- US$ 17,8 bilhões na carteira de pedidos
- 11 países com presença da companhia (Brasil, EUA, México, Portugal, Holanda, Irlanda, Reino Unido,
França, Emirados Árabes, Cingapura e China)


- 18 mil funcionários
- 8 mil aviões já foram fabricados pela empresa desde 1969
- A cada 10 segundos uma aeronave fabricada pela empresa decola de algum aeroporto do mundo
- 145 milhões de passageiros são transportados por ano em aeronaves da companhia

Entre as iniciativas que saíram da EmbraerX está a EVE Air Mobility, que depois do spin-off tornou-se uma empresa independente. Ela oferece vários produtos e serviços, incluindo o eVTOL, que já tem suas primeiras entregas previstas para 2026 — são 1.825 encomendas do modelo até o momento, de 17 clientes. O carro voador é mais eficiente do que um helicóptero, com 80% menos ruído, zero emissões de carbono e custo operacional 65% menor. O plano da EVE é alcançar US$ 1,1 bilhão em receita até 2027 e atingir US$ 4,5 bilhões em 2030.

A Beacon, plataforma para manutenção de aeronaves, é outro lançamento que está sob o guarda-chuva da EmbraerX. Com a colaboração e sincronização de empresas (cadeia de suprimentos e peças de reposição) e profissionais de forma ágil, atende uma frota agnóstica de aeronaves, de todos os tipos, de qualquer fabricante. É o aperfeiçoamento da unidade de serviços e suporte lançada cinco anos atrás. Em 2021, o Beacon atendeu 65 mil casos de interrupções com necessidade de manutenção rápida e não planejada, em 2,4 mil aeronaves, em 190 aeroportos. Com a plataforma e as manutenções tradicionais, os negócios de suporte cresceram 23% em receita no ano passado.

A EmbraerX também está envolvida no Flight Plan 2030, para colocar em prática o Gerenciamento do Tráfego Aéreo Urbano (UATM, na sigla em inglês). Traduzindo: é o sistema de gestão autônoma da mobilidade aérea do futuro. Projeto previsto para ter início em 10 a 15 anos, com participação da subsidiária Atech.

ELETRIFICAÇÃO
Outro foco é o investimento em startups, com participações minoritárias nessas empresas. O Embraer Ventures gerencia dois fundos: o FIP Aeroespacial (que tem outros três investidores institucionais, o BNDES, a Finep e o Desenvolve SP) e o Catapult Ventures (sediado no Vale do Silício). Essa linha de atuação evoluiu para a aquisição da Tempest pela Embraer. A empresa de cibersegurança é hoje a maior brasileira do setor, com clientes no Brasil, América Latina e Europa. Ano passado, bateu recordes de receita, com crescimento de 40% em relação a 2020, e aumento da base de clientes em 242%, para mais de 300. Ainda em 2021, pelo Catapult, a Embraer aportou na startup americana Pyka, para avançar na pulverização agrícola autônoma. Está em jogo a futura comercialização do Pelican, aeronave de asa fixa, totalmente elétrica e autônoma, desenvolvida pela Pyka.

A eletrificação aeronáutica é, aliás, uma das grandes apostas da Embraer para o futuro. A companhia considerou um marco histórico a realização do primeiro voo de uma aeronave de propulsão 100% elétrica, exatamente um ano atrás. O modelo utilizado foi o EMB-203 Ipanema, um monomotor de asa baixa muito usado na agricultura. A agenda ESG (ambiental, social e de governança) da companhia estabelece metas de energia elétrica 100% proveniente de fontes renováveis até 2030, neutralidade em carbono nas operações até 2040 e produtos para uma aviação zero carbono até 2050.

O CEO Francisco Gomes Neto disse recentemente que a Embraer está atenta ao problemas climáticos e comprometida com a sustentabilidade. “Intensificamos nossos esforços para minimizar a pegada de carbono ao permanecermos dedicados a soluções inovadoras que tenham um impacto mais amplo para nossos clientes, comunidades e nossas aeronaves.” Para o bem do meio ambiente e das finanças da companhia que decola com alta tecnologia embarcada, literalmente.

POLÊMICA E GASTOS EM (DES)ACORDO COM A BOEING - NA JUSTIÇA
Depois de um acordo de compra bilionário pela Boeing que naufragou, a Embraer tem feito seu voo solo. Em julho de 2019, as empresas anunciaram uma fusão em que a americana ficaria com 80% do negócio de aviação comercial e a brasileira com os 20% restantes, além de receber US$ 4,2 bilhões. O movimento fazia sentido, já que parte da canadense Bombardier havia sido comprada pela Airbus em 2018. Mas não deu certo, com forte troca de acusações.

A Boeing desistiu do acordo afirmando que a Embraer não cumpriu condições previstas no contrato. A Embraer disse que a Boeing mentiu e rescindiu indevidamente o acordo. O caso está na justiça, em trâmite em um tribunal de Nova York. “Estamos em processo de arbitragem, no sentido de recuperar os gastos que tivemos para fazer todo o processo de preparação da separação da aviação comercial”, disse o diretor-presidente da Embraer, Francisco Gomes Neto, à reportagem da Band.




 

27 junho, 2022

A Embraer pode conquistar a Ásia?

A fabricante regional de jatos está de olho na Índia, no Vietnã e além. Os concorrentes têm outras ideias

A Embraer realiza a montagem final de seus jatos de passageiros em um grande hangar em São José dos Campos. Até seis jatos podem ser acomodados em um hangar. (Foto cortesia da Embraer)

*NIKKEI Asia - 24/06/2022

Na ampla fábrica de montagem da fabricante brasileira de jatos Embraer, uma pequena placa japonesa está fixada em um quadro branco: "Kaizen", diz, uma palavra japonesa para melhoria contínua.

"Fazemos centenas de projetos kaizen todos os anos para aumentar a produtividade em nossos locais de produção", disse um gerente de fábrica, observando onde um E195-E2 de 146 lugares aguarda suas asas, motores e pintura. “No ano passado, conseguimos uma redução de 17% [no lead time de produção], apesar de toda a dificuldade que tivemos na cadeia de suprimentos”, disse. A empresa pretende atingir uma redução de 40% até o final de 2023.

Kaizen ficou famoso no Japão pela Toyota e outros, e o pedaço de papel preso na fábrica é emblemático de um campeão nacional brasileiro cada vez mais aberto a ideias de fora. Francisco Gomes Neto, o novo CEO da Embraer, veio da indústria automobilística. A Embraer agora tem dois cidadãos norte-americanos em seu conselho. A ampliação da perspectiva é crucial: a batalha pela participação de mercado é global e, de acordo com entrevistas com executivos daqui, será cada vez mais travada na Ásia.

A Embraer prevê que sua produção de jatos de passageiros aumentará para 60-70 aeronaves este ano e, eventualmente, voltará ao nível anterior de 100-110, após dois anos prejudicado pela pandemia. Mas atingir o objetivo pode não ser tão simples. A empresa agora enfrenta a concorrência da Airbus por jatos maiores e da estatal Commercial Aircraft Corp. of China (COMAC) para os menores – enquanto a japonesa Mitsubishi Heavy Industries, que adquiriu o negócio de jatos regionais da canadense Bombardier em 2020, está pressionando seus clientes usar suas frotas existentes pelo maior tempo possível em vez de comprar da Embraer.

Gomes Neto está realizando um verdadeiro turnaround na Embraer
"O mercado é muito competitivo", reconheceu Gomes Neto em entrevista. Ele diz que a Embraer está buscando redução de custos e expansão para novos mercados para sua divisão de aviação comercial. "Esse segmento é extremamente importante para nós. A aviação comercial era e será o maior negócio da nossa organização. Acreditamos que temos potencial para dobrar o tamanho da empresa em cinco anos."

Os pequenos jatos de passageiros são um nicho distinto do mercado de grandes jatos que há muito é dominado pela Boeing e Airbus. Os chamados jatos regionais, com 100 assentos ou menos, são um nicho dentro de um nicho, utilizado pelas companhias aéreas para conectar cidades menores aos grandes aeroportos. É um negócio pequeno, mas estável, que os players existentes, como a Embraer e a antiga Bombardier, agora chamada MHI RJ sob a Mitsubishi Heavy Industries, estão tentando manter contra novos participantes como a COMAC. Permanecer magro é fundamental.

“Antes da COVID, a Embraer produzia de 100 a 110 aeronaves comerciais por ano e costumava perder dinheiro”, disse Victor Mizusaki, analista do Bradesco BBI, banco de investimento brasileiro. "Agora falamos de 45-50 aeronaves por ano e eles estão ganhando dinheiro. Eles são muito mais eficientes em termos de custo."

Sob Gomes Neto, CEO desde 2019, a Embraer reduziu sua força de trabalho em quase 3.000 funcionários, para 18.320. Vendeu fábricas em Portugal. Nos EUA, consolidou a produção de jatos executivos na Flórida e reestruturou as operações de manutenção e suporte em Connecticut. "Queremos ser atraentes para os investidores", disse Gomes Neto. "Queremos crescer e ser muito rentáveis.

Gomes Neto também representa uma crescente diversidade de gestão. No passado, os executivos da Embraer eram principalmente da escola de engenharia de elite ITA, também localizada aqui, disse Mizusaki. Hoje, os não-engenheiros do C-Suite incluem o diretor financeiro Antonio Carlos Garcia, ex-executivo da ThyssenKrupp. Os membros do conselho não são mais apenas brasileiros com pouca experiência global na indústria aeroespacial, disse Mizusaki. Tem dois americanos, da Boeing e da GE Aviation, de olho em mercados como o asiático.

"A diversificação é fundamental", disse Gomes Neto. Ela “traz conhecimento diferenciado e relacionamento diferenciado para a empresa. Mais de 80% do faturamento que fazemos está fora do Brasil”.

A Ásia ocupa um lugar de destaque na busca da Embraer por novos mercados. A empresa planeja desenvolver uma aeronave turboélice no final da década de 2020 para rotas de curta distância que espera serem populares na região. Um turboélice pode decolar e pousar em pistas mais curtas e é mais eficiente em termos de combustível em distâncias curtas do que jatos.

Índia
Na Índia, a Embraer está em negociações para vender jatos regionais para a transportadora de baixo custo IndiGo. A nomeação de Pieter Elbers pela IndiGo como CEO em maio gerou especulações de que a companhia aérea indiana se tornará mais aberta ao uso de jatos da Embraer. Elbers foi o ex-CEO da transportadora nacional holandesa KLM, um grande cliente da Embraer.

"Claro que conheço Pieter muito bem. Claro que temos um bom relacionamento com Pieter porque ele era nosso cliente", disse Arjan Meijer, chefe de aviação comercial da Embraer, durante um recente evento de mídia. "Mas teremos que falar com a IndiGo, não apenas com Pieter, para o desenvolvimento de sua frota."

Outra companhia aérea indiana, a Star Air, é usuária do ERJ-145 de 50 lugares da Embraer e precisa de uma atualização. "Estamos em contato com potenciais clientes na Índia. Já temos nossas aeronaves operando na Índia", disse Gomes Neto. "A Índia pode ser um mercado importante para o nosso turboélice, bem como para o E2", acrescentou, referindo-se à principal família de jatos de passageiros que podem transportar entre 100 e 146 pessoas.

Vietnã e China
Em abril, a Embraer realizou uma demonstração de sua aeronave E190-E2 para companhias aéreas do Vietnã, incluindo a Bamboo Airways, uma companhia aérea de baixo custo que oferece acesso a resorts e pontos turísticos dentro do longo e estreito país. A Bamboo conta atualmente com cinco aeronaves Embraer da geração anterior.

A Embraer, no entanto, tem tido mais dificuldade em expandir na China, onde o governo de Pequim quer nutrir uma indústria aeroespacial doméstica como parte de sua política industrial "Made in China 2025", e é vista pressionando as companhias aéreas chinesas a comprar da COMAC, não da fornecedores estrangeiros.

A COMAC está expandindo sua família de aeronaves. Já estão em operação o jato regional ARJ21 com até 90 assentos e o jato de fuselagem estreita C919 maior com capacidade para 168. O jato widebody C929 para 280 passageiros está em desenvolvimento. A China pretende reduzir sua dependência da Airbus e da Boeing para o fornecimento de aeronaves comerciais ao ter seu próprio fabricante de aeronaves. O país poderia até desenvolver uma rede de instalações de vendas e serviços em todo o mundo em um impulso de exportação. Mas sem certificação da Europa ou dos EUA, as aeronaves da COMAC só podem ser usadas na China por enquanto.

A Embraer costumava produzir ERJ-145 de 50 lugares na China de 2003 a 2016, mas agora enfrenta desafios para vender ou produzir jatos lá.

"Na China, ainda estamos trabalhando para certificar o E2", disse Gomes Neto. Sem certificação, uma aeronave não pode voar no país.

A poderosa Mitsubishi (antiga Bombardier) tem foco na América do Norte
A japonesa Mitsubishi Heavy - a nova proprietária do programa de jatos regionais da Bombardier - está focada em vender na América do Norte e cética quanto à oportunidade na Ásia, onde aeronaves de fuselagem estreita maiores produzidas pela Boeing e Airbus são mais populares entre as companhias aéreas e empresas de leasing . Em parte, isso ocorre porque eles podem transportar mais pessoas entre as cidades densamente povoadas da Ásia. Eles também têm maior valor de revenda.

"As aeronaves regionais, abaixo de 100 assentos ou abaixo de 70 ou 80 assentos, realmente serão tão populares na Ásia quanto nos EUA? Talvez. Talvez não", disse Hiroaki Yamamoto, CEO do MHI RJ Aviation Group. Desde a aquisição do CRJ na divisão da Bombardier, a MHI RJ encerrou a produção, concentrando-se em fornecer suporte e serviços para as aeronaves em serviço.

Os EUA têm sido o maior mercado para jatos regionais. Tem muitas grandes cidades espalhadas por grandes distâncias e carece de infraestrutura ferroviária. O mercado dos EUA também foi apoiado por uma cláusula de escopo entre as principais companhias aéreas e seus sindicatos de pilotos, que limitava o tamanho das aeronaves que as companhias aéreas regionais podem operar. "Nos próximos três anos, não acreditamos que haverá uma mudança significativa" na cláusula de escopo, disse Meijer, da Embraer.

A Mitsubishi não tem pressa em retomar a produção de aeronaves, seja do antigo CRJ ou do seu próprio SpaceJet, em meio a um ambiente de negócios altamente incerto, incluindo a pandemia e a invasão russa da Ucrânia. "Se a situação for como hoje, realmente não sabemos o que vai acontecer. E a ciclicidade desse negócio já foi comprovada. Naturalmente, [as companhias aéreas] são um pouco tímidas" para fazer grandes investimentos, disse Yamamoto. "A escolha natural seria ficar com o produto existente pelo maior tempo possível."

A estratégia da Mitsubishi é manter e desenvolver a base de clientes da Bombardier e buscar uma parceria para o possível lançamento futuro de aeronaves de emissão zero, talvez movidas a hidrogênio.

"Eu não desisto de nada", disse Yamamoto sobre a atual participação de mercado da CRJ. "Farei qualquer coisa para permanecer no jogo e até ganhar participação de mercado, seja por meio de novos produtos ou melhoria da aeronave... ou melhores serviços de manutenção", disse ele.

Ambição global da Embraer
A Embraer também está desenvolvendo seus próprios aviões de emissão zero, mas é sua ambição global que a destaca. Embora a COMAC esteja limitada à China por enquanto e a Mitsubishi se concentre principalmente na América do Norte, ela está olhando para a Ásia e além. "Vendemos muitos produtos nos EUA, jatos comerciais e jatos executivos", disse Gomes Neto. "E queremos vender para a China também. Ambos são importantes mercados de aviação para a Embraer."

29 março, 2022

Em live com a SaraInvest, Taurus trará suas últimas novidades e esclarecerá dúvidas


*LRCA Defense Consulting - 29/03/2022

Com a participação de Salesio Nuhs, CEO Global da Taurus Armas S.A., e de Sérgio Sgrillo Filho, CFI da empresa, a casa de análises SaraInvest realizará uma live no dia 30 de março (quarta-feira), às 19 horas, em seu canal YouTube.

No evento, os dois executivos abordarão, principalmente, os assuntos "Investimentos", "Dividendos" e "Mercado Brasileiro, Americano e mundial", além de responderem as perguntas feitas pela equipe da SaraInvest, casa de análises que acompanha mais de perto a empresa.

28 março, 2022

Taurus se prepara para ser um grande hub mundial de armas e kits

Fachada da futura sede da unidade brasileira da Taurus Armas


*LRCA Defense Consulting - 28/03/2022

Com unidades fabris em São Leopoldo (RS), nos Estados Unidos e, em breve, na Índia, a multinacional gaúcha Taurus Armas, após ter se tornado a maior vendedora de armas leves do mundo em 2021 e voltado a pagar elevados dividendos a seus acionistas, está se preparando para uma grande transformação na unidade brasileira.

Desde dezembro passado, a Taurus passou a contar, em São Leopoldo, com o mais moderno complexo industrial de fornecedores de itens estratégicos para a produção de armas, utilizando tecnologia de ponta, onde serão produzidos:

  • 3.000 ferrolhos/dia para a Linha G e Striker;
  • 3.000 canos/dia para as pistolas da linha G, Striker e Metálicas;
  • 3.000 ferrolhos/dia para as linhas G, Hammer e 1911;
  • 6.000 conjuntos/dia; solução completa para entrega de subconjuntos, usinagem, acabamento, tratamento térmico e montagem;
  • 30.000 carregadores/dia na JV com a Joalmi;
  • expansão da produção da pistola TS9, dado o seu sucesso no Brasil e no mundo.

Investimentos de meio bilhão de reais em direção à Taurus 4.0
No entanto, é importante ressaltar que o Projeto Estratégico Condomínio é apenas um dos componentes que integram o grande Plano Diretor quinquenal da empresa, o qual, mediante investimentos da ordem de meio bilhão de reais, irá modernizar completamente a fábrica com a agregação de novas instalações, equipamentos, tecnologias e processos, entre estes a revolucionária fabricação de armas com grafeno, a produção totalmente robotizada da família de pistolas GX4 e o revólver "mais barato do mundo", além de uma outra tecnologia também revolucionária, que a empresa ainda mantém em segredo.

A ampliação completa contemplará também as novas instalações do Centro de Distribuição Logístico, do Centro Integrado de Tecnologia e Engenharia BR/EUA e de outras áreas vitais da companhia, como a Unidade MIM (Metal Injection Molding), o Laboratório de Tiro Externo e um novo Centro Administrativo, entre outras.

O futuro Centro de Distribuição Logístico, que englobará o condomínio de fornecedores, contará com o emprego de recursos e ferramentas que levarão a Taurus ao conceito de indústria 4.0 (conceito este que já estará presente no novo Centro de Distribuição Logístico desde o início).

Com o capital contratado com o BTG no final de 2021, a intenção estratégica da Taurus, manifestada por Salesio Nuhs, CEO Global da multinacional, é antecipar os investimentos em CAPEX (capital expenditure - montante de dinheiro despendido na aquisição de bens de capital), haja vista que o atual panorama mundial torna mais difícil a aquisição e/ou a entrega das máquinas e equipamentos que a empresa necessita para a expansão e para a modernização previstas.

Expansão do Plano Diretor
A aquisição recente de uma enorme área de cerca de 100 mil metros quadrados, adjacente à unidade fabril da empresa em São Leopoldo, configurou-se como uma iniciativa estratégica, pois abrirá o espaço necessário para a expansão do seu Plano Diretor, ficando este em consonância com as novas perspectivas internacionais da empresa.

O complexo industrial de fornecedores, aliado à esta nova área adquirida, vai possibilitar uma mudança completa no processo de fabricação da Taurus, passando de "processo por operação" para "processo tracionado com fluxo unitário" e resultando no estabelecimento de três fábricas dedicadas: Revólveres, Pistolas e Armas Longas/Táticas.

Esse marco na estratégia global de crescimento da unidade brasileira da empresa possibilitará:

  • ampliar em 50% a produção de armas no RS, passando a 9.000 armas/dia ou mais;
  • estabelecer um hub de produção de peças e componentes (kits) com capacidade para 1.500 armas/dia, distribuindo-os às unidades fabris dos EUA e da Índia, onde serão utilizados para a montagem das armas que receberão o Made in USA ou Made in India, conforme o caso;
  • dobrar a capacidade produtiva da fábrica americana, haja vista que esta tem espaço físico para também crescer muito.
Maior rentabilidade para os acionistas e blindagem da empresa
A ampliação, a modernização tecnológica e a racionalização do parque fabril de São Leopoldo permitirão à Taurus otimizar ainda mais seus processos administrativos, operacionais e logísticos, o que se traduzirá em uma redução drástica de custos e de tempos internos, bem como em um significativo aumento da qualidade dos produtos e das margens de lucro da empresa, resultando em uma maior rentabilidade da empresa para seus acionistas. 

Por fim, a estratégia adotada pela Taurus, passando a ser um grande hub internacional de distribuição de armas e kits, possibilitará também que a empresa fique blindada contra qualquer eventual mudança de rumos na condução da política brasileira que torne mais restritivo o acesso dos cidadãos de bem às armas.



24 março, 2022

EUA: compradores mais diversificados mudam a cultura de armas de fogo

A cliente Andrea Schry (à direita) e a funcionária da Dukes Sport Shop, Missy Morosky, preenchem os formulários legais necessários para a Sra. Schry comprar uma arma, em 25 de março de 2020, em New Castle, Pensilvânia. “A posse de armas não é mais um planeta estranho para as mulheres”, diz Carrie Lightfoot, fundadora da The Well Armed Woman, que vende mercadorias sob medida para donas de armas. (Keith Srakocic/AP/Arquivo)


*The Christian Science Monitor, por Noah Robertson , redator da equipe - 14/03/2022

Janay Harris, que trabalha em uma empresa de cartão de crédito em Dover, Delaware, gosta da vida noturna em cidades próximas como Washington e Filadélfia. Mas a partir de dois anos, as noites nessas cidades deixaram de ser seguras.

Seu noticiário local continuava relatando crimes violentos – um roubo de carro aqui, um assalto à mão armada ali. A Sra. Harris viu fotos das vítimas e achou que elas pareciam pessoas comuns. Eles pareciam, ela pensou, um pouco como ela.

A Sra. Harris decidiu que não seria ela, mas não porque ela iria parar de sair. “Não quero ficar presa em casa depois de uma certa hora ou evitar certos lugares porque tenho medo”, diz ela.

Então, há um ano e meio, a Sra. Harris comprou uma arma e começou a visitar o campo de tiro. Por enquanto, quase nunca sai de casa, diz ela, mas desde que o comprou se sentiu mais confiante e segura – mesmo quando não está com ela.

Autodefesa como sua própria responsabilidade
A Sra. Harris é um dos milhões de americanos que optaram por armas de fogo para sua própria segurança nos últimos dois anos. Dada a pandemia, o aumento das taxas de homicídio, a agitação social e a violência política, eles sentem cada vez mais que os riscos estão em toda parte, e o declínio da confiança nas instituições significa que as pessoas têm menos probabilidade de confiar no governo para proteção. Muitos agora veem a autodefesa como sua própria responsabilidade.

Essa mudança de pensamento alimentou um aumento de compradores de armas pela primeira vez e um grupo mais diversificado de proprietários de armas de fogo. Isso, por sua vez, levou a novas expectativas da cultura de armas, incluindo um desejo de comunidade.

“Você definitivamente vê no contexto da posse de armas entre pessoas de cor que há muito mais dinâmica comunitária”, diz Jennifer Carlson, socióloga da Universidade do Arizona e especialista em política de armas.

Buscando autodefesa: uma mudança na cultura das armas
As vendas de armas americanas seguem regularmente um ciclo de alta e baixa, e um boom pandêmico era previsível. As pessoas comprando não eram. Um estudo de dezembro de 2021 descobriu que cerca de metade dos novos proprietários de armas eram mulheres e metade era uma minoria racial. Isso é um grande desvio da demografia predominante dos proprietários de armas de fogo, que ainda é  esmagadoramente mais velha, branca, conservadora e masculina.

Kevin Dixie está em um campo de tiro em Ballwin, Missouri, 9 de fevereiro de 2020. Philip Smith, que fundou a Associação Nacional de Armas Afro-Americanas, diz estar feliz "Os negros agora estão assumindo a autopropriedade de seu próprio destino, sua própria vida ." (Jeff Roberson/AP/Arquivo)

À medida que o apoio a leis de armas mais rígidas atinge seu ponto mais baixo em cinco anos, os ativistas da Segunda Emenda saudaram a diversidade adicional como uma expansão de sua causa. Mas as armas significam coisas diferentes para pessoas diferentes, diz o Dr. Carlson. As pessoas associam a “cultura das armas” à política e ao individualismo de pequenos governos, diz ela, mas alguns desses novos proprietários estão se aproximando das armas de fogo na tentativa de encontrar, em vez de rejeitar, um senso de comunidade.

De acordo com dados de 2017 do Pew Research Center, 36% dos americanos brancos possuem uma arma de fogo, mas apenas 24% e 15% dos americanos negros e hispânicos possuem. A diferença é ainda maior entre homens e mulheres, de 39% a 22%. Entre todos os americanos, aqueles que se inclinam para os republicanos são duas vezes mais propensos a ter uma arma do que aqueles que se inclinam para os democratas.

Os últimos anos alteraram um pouco esses números, mas o proprietário médio de armas ainda é como “os personagens de 'Duck Dynasty' – mais velhos, brancos, homens, politicamente conservadores, sulistas, rurais”, diz David Yamane, professor da Universidade Wake Forest e fundadora do blog “Gun Culture 2.0”.

Houve uma mudança de décadas, no entanto, na razão que as pessoas dão para comprar armas. Não estão mais caçando, agora é autodefesa.

“O que é interessante sobre a autodefesa, porém, é que ela pode conter ansiedades sociais muito diferentes – diferentes experiências de precariedade, perigo, ameaça”, diz Dr. Carlson.

As mulheres, por exemplo, podem comprar uma arma porque não sentem que a polícia pode aparecer a tempo de protegê-las, diz ela. Os americanos negros, por outro lado, podem comprar uma arma porque não sentem que a polícia os protegerá.

“Quando você tem esse tipo de sentimento de que está sozinho, … bem, então você vai comprar uma arma”, diz o Dr. Carlson.

O desejo de assumir o controle de sua própria segurança levou Carrie Lightfoot a comprar uma arma de fogo pela primeira vez há mais de 10 anos. Ela veio de uma família que não possuía armas em Nova York e nunca considerou possuir uma. Então ela saiu de um relacionamento abusivo e seu ex-parceiro começou a perseguir ela e seus quatro filhos. Ela estava assustada.

Mas enquanto fazia compras, a Sra. Lightfoot notou um problema: tudo foi feito para homens. Acessórios e coldres não cabiam no corpo das mulheres. A propaganda era machismo. Ela não conseguiu encontrar grupos femininos de tiro.

Então ela começou um.

The Well Armed Woman, seu grupo para donas de armas, desde então cresceu para 300 capítulos e cerca de 20.000 membros. Eles vendem mercadorias em seu site, desde shorts de compressão com coldre embutido até joias com tema de bala. A Sra. Lightfoot, ex-membro do conselho da National Rifle Association, viu a influência do grupo.

“A posse de armas não é mais um planeta estranho para as mulheres”, diz ela.

Basta perguntar à Sra. Harris, de Dover, que provavelmente não teria pensado em comprar uma se seu melhor amigo, dono de uma arma, não a tivesse levado ao campo de tiro há dois anos e ido com ela quando ela comprou sua primeira arma.

“Era algo para [nós] nos unirmos”, diz a Sra. Harris.

O instrutor de armas de fogo Wayne Thomas mostra a Valerie Rupert a posição correta da mão em uma arma de fogo na loja Recoil Firearms em Taylor, Michigan, 21 de agosto de 2021. Um estudo de dezembro de 2021 descobriu que cerca de metade dos novos proprietários de armas eram mulheres e metade eram uma minoria racial. (Carlos Osório/AP/Arquivo)

Encontrar a comunidade através da posse de armas
A ênfase na comunidade é típica de um grupo que Harris planeja ingressar neste mês: a National African American Gun Association  (NAAGA). Seu fundador, Philip Smith, iniciou a organização em 2015 para combater o estigma que muitos negros americanos sentem em relação às armas de fogo.

“Se você tem uma arma, deve ser um cara mau”, diz ele sobre estereótipos comuns. “Você deve ser um gangbanger. Você deve ser um capuz, deve ser um bandido. Você não pode ser um cara legal com uma arma.”

Desde a pandemia, o número de membros da NAAGA cresceu, diz o Sr. Smith. Em um período de quatro dias, o grupo adicionou quase 3.000 novos membros, e o corpo total de membros agora é de cerca de 45.000. Cerca de dois terços são homens e um terço são mulheres. Cada novo membro aprende sobre a história dos afro-americanos e das armas de fogo – desde Frederick Douglass e Harriet Tubman. Então eles aprendem sobre segurança de armas.

“Acho que é uma das melhores coisas que saiu de tudo isso – que os negros agora estão assumindo a autopropriedade de seu próprio destino, sua própria vida e dizendo, você sabe, a Segunda Emenda também é minha.” diz o Sr. Smith.

Assumir a propriedade da Segunda Emenda tem seus riscos. Matthew Miller, professor de ciências da saúde da Northeastern University e principal autor do estudo de 2021 que documenta proprietários de armas mais diversos, observa que uma arma de fogo em casa aumenta o risco de lesão ou automutilação de cada habitante. Milhões de novos proprietários de armas expõem milhões de adultos e crianças a esse perigo.

Muitos novos proprietários de armas estão cientes desses riscos; alguns nem gostam de armas. PB Gomez, estudante da Faculdade de Direito da Universidade da Califórnia, Berkeley, fundou a Latino Rifle Association há dois anos em resposta ao tiroteio em massa que teve como alvo hispânicos americanos em El Paso, Texas. As armas têm seus limites, no entanto. Eles não vão consertar o racismo, diz ele, e em um confronto, disparar uma arma é quase sempre uma má opção.

“Muitos de nossos membros antes das ansiedades e percepções sobre a sociedade americana não teriam considerado armas”, diz Gomez. “Eles chegaram a isso quase como 'isso é uma necessidade'”.

Ainda assim, ele e outros membros do grupo sentiram que os latinos precisavam de um espaço para discutir autodefesa, um que não suportasse bandeiras confederadas em lojas de armas ou AR-15 com mensagens “Construa o muro” – ambas as coisas Sr. Gomez tem visto. Seu grupo, diz ele, atrai principalmente pessoas que se inclinam para a esquerda e pregam a responsabilidade social – pessoas como Jackie Garcia.

A Sra. Garcia, eletricista de San Antonio, Texas, começou a pesquisar a posse de armas por volta das eleições de 2020. Naquela época, ela morava em uma cidade pequena, fortemente conservadora e branca ao norte de Dallas e via racismo em relação a pessoas latinas como ela. Em um posto de gasolina um dia, ela diz que um homem se inclinou para ela e fez sinal para um homem latino que estava pagando sua bebida. “É por isso que votei em Trump, e é por isso que ele vai ganhar em 2020”, ele disse a ela. “Ele vai se livrar de todas essas pessoas.”

O ódio contra um total estranho não fazia sentido para ela. Mas foi assustador. “Quem pode dizer que esse ódio não seria voltado para mim?” ela pensou. Se alguma vez fosse, ela queria estar preparada.

Então, a Sra. Garcia começou a ter aulas de tiro e se inscreveu em um curso de piloto sobre armas curtas. Eventualmente, ela comprou um Smith & Wesson Shield 9 e obteve uma licença de porte oculto meses depois. Quase toda vez que ela sai de casa, sua arma vai com ela.

Ela se sentiu mais segura, mas também em conflito. Ela não conseguia conciliar possuir algo que associava tanto a homens mais velhos, brancos e conservadores. Encontrar a Latino Rifle Association e se tornar um moderador em seu fórum de discussão online ajudou. Lá, a Sra. Garcia sentiu que se encaixava.

“É revigorante ver pessoas mais jovens, pessoas de todos os tipos de origens”, diz ela. “Não é apenas um determinado grupo demográfico que se encaixa na cultura das armas.”

Isso não significa que todos precisam ouvir que ela faz parte disso. Apenas sua esposa e seus pais sabem que ela é uma dona de uma arma. É algo que ela faz, diz Garcia, não como parte de sua identidade. Ela espera continuar assim.

23 março, 2022

CBC e Taurus participam do Congresso Internacional de Operações Policiais, em Florianópolis (SC)


*LRCA Defense Consulting - 23/03/2022

A Taurus e a Companhia Brasileira de Cartuchos (CBC) estão presentes no Congresso Internacional de Operações Policiais – COP 2022, que acontece de 22 a 24 de março no Centro de Eventos Governador Luiz Henrique da Silveira, em Florianópolis (SC).

O COP 2022 é o maior evento para atividade policial da América Latina, onde autoridades nacionais e internacionais, agentes de segurança pública, empresas do setor e a sociedade civil, poderão estar em contato direto por três dias e terão a oportunidade de trocar conhecimento.

Com grande reconhecimento no cenário nacional e internacional no segmento de armas de fogo e munições, a Taurus e a CBC expõem na ocasião seus amplos portfólios de produtos e soluções.

CBC
Além de produtos já consagrados, a CBC apresentará lançamentos que aguardam homologação por órgão competente para comercialização no mercado brasileiro, dentre eles, as munições .22 Magnum, 6,5 Creedmoor, as munições para treinamento Polymatch, as munições JHPP, com projétil expansivo de design especialmente desenvolvido para maximizar seu desempenho balístico, e a espingarda Pump Military calibre 12 na versão com cano de 14".

Também estarão expostas no estande da companhia munições militares, com destaques para as munições 30x173mm de utilização em canhão automático acoplado à torre dos veículos de combate Guarani do Exército Brasileiro, munições nos calibres 5,56mm e 7,62mm de alto desempenho para diferentes finalidades de emprego, além das munições expansivas Bonded, que devido à tecnologia empregada pela CBC na produção dos projéteis apresentam excelente desempenho comprovado pelo protocolo de testes do FBI.

Na linha de alta precisão, a empresa expõe a série SNIPER 1, composta pelos calibres .223 Rem, .308 Win e .50. Já na categoria de armas, os visitantes poderão conferir a espingarda semiautomática AX2 Monoblock, da linha CBC by Khan, modelo semiautomático no calibre 12 com carregador de 10 tiros, além da espingarda híbrida (por repetição e semiautomática) A-Tac Duo Sys Force, no calibre 12 com capacidade de 8 tiros (7+1).

Taurus
Entre os armamentos Taurus em exposição, destaque para a conceituada linha de armas TSeries, especialmente desenvolvida para atender o mercado militar e policial - incluindo os modelos TH9, TH9c, TS9 e SMT9, e a linha da série G, composta por pistolas com armação de polímero de alta resistência e qualidade, que inclui uma das armas mais vendidas no mundo, a Taurus G2c, as pistolas G3 e G3c, e a pistola microcompacta GX4, menor pistola da categoria e que marca a entrada da Taurus neste segmento, tendo conquistado o prêmio NASGW-POMA Caliber, uma das premiações mais importante da indústria de armas dos EUA, como "Melhor Nova Arma de 2021" e "Melhor Novo Produto Geral".

Outro importante produto é a pistola TX22, considerada a pistola calibre .22 LR mais avançada do mercado e que conquistou o prêmio Handgun of the Year 2019, da revista americana GUNS & AMMO.

No estande da Taurus, os participantes também poderão conferir o consagrado fuzil T4 no calibre 5,56 NATO, amplamente empregado por diversas instituições policiais, militares e de segurança em todo o mundo, por ser considerada uma arma extremamente confiável, leve, de fácil emprego e manutenção, e sua versão na configuração customizada MLOK de fábrica. A novidade conta com o guarda-mão (handguard) no moderno padrão MLOK (Modular Lock), que proporciona melhor ergonomia, e miras rebatíveis (flip up), que agregam a possibilidade de utilização de equipamentos óticos variados e atendem as mais diversas particularidades nas operações especiais.

Na linha de revólveres, a Taurus expõe, entre outros modelos, o Ranging Hunter 44H, especialmente desenvolvido para o mercado de caça e lazer, e o Tracker 692, uma arma multicalibre de dupla ação que oferece mais versatilidade devido a seu sistema de cilindro (tambor) duplo, dando a opção de utilizar dois calibres diferentes em uma única arma, o calibre .357 Magnum e o 9mm, o mesmo utilizado nas pistolas.

Mais informações sobre o evento em www.copinternacional.com


Serviço:
Exposição de produtos Taurus e CBC no Congresso Internacional de Operações Policiais – COP 2022
Data: 22, 23 e 24/03/2022
Horário: Das 8h às 20h
Local: Estande nº 12, no piso superior, em frente à plenária. Centro de Eventos Governador Luiz Henrique da Silveira. Rodovia SC 401, km 01, S/N - Trevo de Canavieiras, Florianópolis – SC

 

20 março, 2022

EUA: Taurus GX4 é uma das principais escolhas da revista Shoot On para 2022


*LRCA Defense Consulting - 20/03/2022

Em matéria deste mês, assinada por Avery Skipalis, a conceituada revista especializada americana Shoot On analiza seis pistolas microcompactas no calibre 9mm disponíveis nos EUA: Springfield Hellcat, Taurus GX4, Glock 43X, Sig Sauer P365, Smith & Wesson CSX e Mossberg MC2sc.

No subtítulo, a revista comenta que "As 9mm microcompactas de hoje oferecem todo o desempenho e apresentam as demandas de atiradores sérios em uma pistola compatível com EDC (transporte velado/oculto). Aqui estão as nossas principais escolhas para 2022".

Na matéria, a pistola Taurus GX4 é a segunda arma a ser exibida. Seu preço nos EUA está 157 dólares menor que o da mais barata seguinte (Glock 43X) e 437 dólares distante da mais cara (Sig Sauer P365).

Nas duas fotos com pessoas que ilustram a matéria, a arma portada é a pistola Taurus GX4, sendo que, em uma delas, a autora Avery Skipalis aparece atirando com ela.

Marcha das Micro 9s

*Shoot On,  09/03/2022

A próxima da lista é uma arma de micro orçamento da Taurus. 

A Taurus GX4 oferece excelente ocultação a um preço que não fará com que você faça uma segunda hipoteca da casa. Seu preço sugerido de $ 392,42 a torna uma excelente opção para indivíduos com orçamento apertado, como estudantes universitários. A GX4 tem uma capacidade de carregador de 11+1 e inclui dois carregadores.

Pessoalmente, nunca me importei com os gatilhos das pistolas de polímero da Taurus, mas o gatilho de face plana da GX4 está muito melhorado. Saudamos o gatilho aprimorado com braços abertos, especialmente em uma microcompacta.

Mesmo que esta seja uma oferta de orçamento, ela ainda possui recursos como um lançamento de carregador reversível para acomodar atiradores canhotos. As linhas nítidas e o design chamam sua atenção imediatamente. As serrilhas de deslizamento dianteiras e traseiras em ângulo complementam as linhas afiadas que delineiam a textura da aderência. A parte inferior do punho tem cortes de alívio para ajudar a remover carregadores presos teimosos, caso seja necessário.

A Taurus adotou a abordagem prática em relação às miras, mas está no mesmo nível do preço. Está incluída uma mira frontal de ponto branco com uma mira traseira escurecida serrilhada. As serrilhas são um toque agradável para ajudar a evitar o brilho.

Recentemente, a Taurus adicionou a GX4 TORO (Taurus Optic Ready Option) à sua linha com um preço sugerido de $ 468,18.

[Confira nossas análises do GX4 e GX4 TORO ]

 

*Avery Skipalis
Avery Skipalis é a proprietária da Skip's Tactical Solutions, uma organização que se concentra em capacitar mulheres, homens e crianças para garantir que ninguém mais se torne vítima. Ela é bacharel em Justiça Criminal e obteve sua experiência com armas de fogo nas forças armadas dos EUA, onde é instrutora de armas de fogo há mais de 13 anos. Avery também é um instrutora certificada NRA Rifle/Pistol e GLOCK Advanced Armorer. Ela frequentou várias escolas de tiro avançado nos EUA. Avery reside na Flórida com o marido e dois filhos. Ela atualmente serve na Força Aérea dos Estados Unidos e adora compartilhar sua paixão com os outros. Ela tem um canal no YouTube chamado "Skip's Tactical Solutions".

Jindal Stainless, parceira da Taurus na Índia, está contratando veteranos das Forças Armadas

 

*LRCA Defense Consulting - 20/03/2022

Em postagem da semana passada em suas mídias sociais, a megaempresa indiana Jindal Stainless, parceira da Taurus na joint venture (JV) Jindal Taurus Defence System PVT. LTD. divulgou que "está encantada" em anunciar que está procurando contratar veteranos das Forças Armadas Indianas (Exército, Marinha, Força Aérea) como parte ativa de sua organização.

A empresa ressalta que esta é uma chance onde os veteranos indianos poderão "ajudar a construir uma nação inoxidável com sua experiência incomparável".

Os veteranos interessados podem se candidatar a diferentes cargos nas áreas de Operações de Plantas, Funções de Apoio e Manutenção nas fábricas Jajpur e Hisar.

Hisar
A planta fabril da Jindal Stainless localizada na cidade de Hisar, estado Haryana, é uma das maiores da Índia.

Nessa cidade também está em vias de conclusão a novíssima fábrica da joint venture Jindal Taurus Defense, estabelecida entre a multinacional brasileira e a indiana Jindal Defence & Aerospace, subsidiária do Grupo Jindal. 

Objetivos
Esta Consultoria julga razoável supor que essas contratações tenham, como um dos objetivos principais, o fornecimento de mão de obra de confiança para a planta da JV, haja vista que tal fato poderá, além da contratação de veteranos militares para trabalhar em uma fábrica de armas indiana, gerar uma repercussão psicológica muito positiva entre os próprios veteranos, nas Forças Armadas e no governo indiano, contribuindo assim com os objetivos da nova empresa.

17 março, 2022

Taurus traz mais uma novidade ao mercado e lança fuzil T4 MLOK


*LRCA Defense Consulting - 17/03/2022

A Taurus Armas S.A. segue trazendo inovação e versatilidade ao mercado e lança uma nova versão do consagrado fuzil T4, calibre 5,56 NATO, na configuração customizada MLOK de fábrica.
 
A novidade conta com o guarda-mão (handguard) no moderno padrão MLOK (Modular Lock), que proporciona melhor ergonomia, e miras rebatíveis (flip up), que agregam a possibilidade de utilização de equipamentos óticos variados e atendem as mais diversas particularidades nas operações especiais. O MLOK proporciona ao usuário um guarda mão mais fino e leve, adaptável às necessidades de cada aplicação ao permitir a montagem de acessórios apenas e como o usuário desejar.

Com alta confiabilidade em campo, assim como a sua versão tradicional, o fuzil T4 MLOK é uma arma semiautomática, que opera por ação direta dos gases, trancamento rotativo do ferrolho, com capacidade de 30 tiros no carregador, de polímero, calibre 5,56 NATO.

A Taurus desenvolveu o armamento em dois modelos, com cano de 11,5” ou 14,5”, ambos com passo de raia 1:7 polegadas.

O lançamento será comercializado nas lojas revendedoras (https://taurusarmas.com.br/pt/como-comprar/lojistas) e no portal de vendas da Taurus (www.armasmunicoes.com.br), voltado a militares, policiais, CACs e civis que integram categorias autorizadas a adquirir estes produtos, conforme legislação vigente.

Para informações técnicas sobre o novo fuzil T4 MLOK e a linha completa de produtos Taurus, acesse https://taurusarmas.com.br/pt/produtos/ 

Aos clientes que já possuem a versão clássica do fuzil T4, calibre 5,56 NATO, a Taurus oferece em seu portfólio de acessórios o kit de conversão para esta plataforma.

15 março, 2022

Com Ebtida de mais de R$ 1 bilhão, Taurus se torna a maior do mundo e pagará dividendos de R$ 1,6451 por ação

 


*LRCA Defense Consulting - 15/03/2022

Após o fechamento do mercado, a Taurus Armas S.A. divulgou seus resultados e, mais uma vez, surpreendeu analistas, acionistas e o público em geral que acompanha a empresa.

Esta editoria destacará alguns pontos mais relevantes entre os muitos apresentados no balanço, valendo a pena consultar a íntegra do documento publicado pela Taurus para constatar a pujança dos números, realizações e perspectivas da empresa.

Ebitda de mais de 1 bilhão
Com um Ebitda de R$ 1.002,9 milhões em 2021 - 111,4% acima do registrado em 2020, e margem de 36,6% (alta de 11,1 p.p.), a empresa quebra uma barreira importante que reflete o seu atual padrão de desempenho operacional, consubstanciado por um lucro líquido de R$ 635,1 milhões, seu terceiro resultado positivo consecutivo, multiplicando por 2,4 (140,9%) o apurado no exercício anterior. Assim, após o Ebitda apresentar crescimento de 270,6% entre 2020 e 2019, a Taurus mais do que duplicou esse indicador em 2021.

Dividendos de 100% do LLA, ou R$ 1,6451 por ação
Esse resultado possibilitou que, em 2021, um dos grandes objetivos da atual administração fosse atingido: a criação de valor para todos os seus acionistas e, portanto, também o pagamento de uma significativa remuneração a estes. Assim, será proposto em assembleia geral, a ocorrer no dia 19 de abril, o pagamento de dividendos de 100% sobre o Lucro Líquido Ajustado (LLA), totalizando o montante de R$ 194.284,00 milhões, o que representa cerca de R$ 1,6451 por ação. Após aprovado, esse fato consolidará e encerrará o processo de turnaround da Taurus.

A maior do mundo em armas leves
Menos de dois anos após o dia em que o dinâmico e incansável CEO Global da empresa, Salesio Nuhs, divulgou publicamente sua intenção de ser a maior empresa de armas leves do mundo, a Taurus atingiu a expressiva marca de 2,25 milhões de armas fabricadas em 2021 (+44,5%), com média de 9,3 mil unidades diárias no ano. O número de armas vendidas foi de 2,348 milhões, o que a levou à posição de maior vendedora de armas leves no mundo, considerando-se o universo das principais companhias dos Estados Unidos, tais como Smith & Wesson e Ruger, e muito maior do que outras empresas tradicionais do setor sobre as quais são conhecidas informações, como Colt, Springfield, Beretta, SIG, CZ, Colt, Walther, FN e HK.

Demanda segue aquecida e Taurus ganha market share nos EUA
Nos EUA, maior mercado do mundo para armas leves, a demanda seguiu aquecida em 2021, atingindo o segundo maior patamar desde que foi criado o controle do FBI sobre a intenção de compra (NICS). Ainda assim, em relação ao recorde histórico registrado em 2020, houve redução de 12% nessas intenções.

No entanto, as vendas da Taurus no país apresentaram tendência inversa ao NICS, com crescimento de 23,4% em 2021, evidenciando o aumento do market share da marca. 

Para 2022, caso a questão da invasão russa na Ucrânia se resolva e não haja outra crise que leve a um aumento intempestivo de demanda, a percepção é que o cenário será semelhante, com a demanda norte-americana perdendo um pouco de força em relação aos dois últimos anos, enquanto as vendas da Taurus devem seguir vigorosas, com aumento de participação do mercado.

No segmento de revólveres, por exemplo, a empresa detém liderança de mercado absoluta nos EUA. Em 2020, 41% do total dos revólveres vendidos nesse país foram da marca Taurus e, em 2021, a estimativa é que essa participação de mercado tenha alcançado 61%. 

Comparando o preço médio de venda da Taurus com o de concorrentes internacionais que, como empresas de capital aberto, divulgam seus dados, a empresa tem ainda espaço para atingir faixas mais altas em seu mix de vendas, uma vez que se mantém abaixo desses. A estratégia da Taurus inclui novos produtos com menor custo e maior valor agregado, ampliação de sua linha de armas longas e o lançamento de produtos em nichos de mercado, criando um mix de valor crescente em sua linha, sem concorrer com seus produtos atuais.


Backorder de quase 1 milhão de armas: cinco meses de produção
Ao final do exercício, a Taurus registrava backorder de 982 mil unidades de armas para entrega nos mercados norte-americano e brasileiro, volume equivalente a mais de cinco meses de produção integrada nos dois países.

Tranquilidade no endividamento e na alavancagem
Comparando a posição da dívida bruta no encerramento dos exercícios de 2021 e de 2020, houve redução de 20,0% ou R$ 173,4 milhões na dívida bruta no período. Ao mesmo tempo, dado o aumento do saldo de caixa e aplicações, a dívida líquida diminuiu em R$ 338,7 milhões ou 43,7%.

A dívida líquida vem sendo reduzida de forma contínua e consistente nos últimos anos. Ao mesmo tempo, a empresa se consolidou como forte geradora de caixa. Dessa forma, sua alavancagem financeira passou por completa reversão de perfil, com drástica redução do indicador dívida líquida/Ebitda que, no encerramento do exercício de 2021, atingiu 0,4x.

Simulando uma situação na qual é abatido do total da dívida em 31/12/21 valores que serão destinados a esse fim quando efetivados, a saber, ativos à venda – fábrica de capacetes e terreno da antiga fábrica em Porto Alegre – e saldo dos bônus de subscrição a vencer, a dívida líquida na data seria de R$ 236,7 milhões. Com esse cenário, o indicador de alavancagem financeira dívida líquida/Ebitda seria de 0,2x ao final do exercício.

Índia: o novo e poderoso front da Taurus
A construção do prédio da joint venture Jindal Taurus na Índia está sendo concluída e, em fevereiro, a primeira equipe da Taurus do Brasil foi a esse país para uma visita técnica. A JV, mesmo antes do início das operações industriais, já está criando oportunidades comerciais. A equipe da Taurus que viajou ao país realizou demonstração técnica para autoridades das Forças Armadas indianas, evidenciando as características, a performance de tiro e a resistência do Fuzil Taurus T4 em suas diferentes versões, para um futuro processo de licitação em andamento.

Outras oportunidades comerciais no mercado institucional indiano, como a venda de submetralhadoras SMT9 para a Guarda de Segurança Nacional (NSG), pistolas TH9 e TS9 para a polícia da cidade de Aizawl (capital do estado indiano de Mizoram), além de mais uma venda de fuzis T4 para a polícia de um estado indiano que poderá adquirir até 4.000 unidades da arma, estão em diferentes etapas do processo de negociação.

Na visão desta Consultoria, a JV Jindal Taurus Defence Systems Private Ltd. tem um gigantesco mercado potencial, civil e militar, sem parâmetros no mundo capitalista, o que levou o CEO e o CFO da multinacional brasileira a afirmarem, por mais de uma vez, que, no momento em que a Taurus entrar lá, mudará completamente a perspectiva da empresa. Segundo tudo indica, esse fato está bem próximo de se tornar real.

República das Filipinas compra mais 9,5 mil pistolas TS9
Em dezembro de 2021, após ter vendido e entregue 20.000 unidades da pistola TS9 para a Polícia Nacional das Filipinas, a Taurus foi vencedora de novo processo licitatório de mais  9,5 mil pistolas do mesmo modelo para essa corporação, cuja entrega está programada para o segundo semestre, em função da atual capacidade x demanda.

Ampliações e investimentos
Para garantir o aumento da oferta e da continuidade do seu crescimento, conforme o planejamento estratégico em curso, a empresa está investindo em estrutura física, em pesquisa & desenvolvimento e em modernos equipamentos e maquinários.

A palavra-chave na Taurus é “inovação”, o que proporciona mais produtividade, manutenção de baixos custos (hoje tem o menor custo de produção do mundo), maior volume de produção e, também, maiores vendas, já que o consumidor cada vez mais reconhece o valor que tem sido agregado aos produtos que entrega no mercado.

Com isso, ao mesmo tempo que tem segurança no aumento das vendas, em termos de estrutura operacional está sempre um passo à frente, preparando-se continuamente para atender esse aumento. Como exemplo disso, foi contratado um Vice-presidente de vendas para reforçar a estrutura comercial nos EUA.

Como tecnologia é essencial para atender o planejamento, a empresa reforçou a área com a criação do Centro Integrado de Tecnologia e Engenharia Brasil/EUA (CITE), que hoje conta com 250 engenheiros nas áreas de produtos, processos e qualidade e já rendeu excelentes frutos, como a revolucionária pistola microcompacta GX4 e a adição de grafeno às novas armas, por exemplo.

Em termos de infraestrutura, o condomínio industrial foi entregue em dezembro e os cinco fornecedores parceiros que vão desenvolver ali suas operações estão em processo de instalação. Com essa estrutura em pleno funcionamento, a Taurus tem mais agilidade e qualidade na cadeia de suprimentos, com redução de custos.

Outro passo dado no projeto de expansão da unidade industrial do Brasil foi a aquisição de área de 100 mil m2 ao lado do complexo industrial atual.

A fábrica dos EUA atingiu a produção de 868 mil unidades no ano, acima da capacidade máxima estimada de 800 mil armas/ano, considerando a estrutura original, que não demandou investimentos em função do acordo firmado com o governo do Estado da Georgia. O prédio tem ainda cerca de 60% de sua área disponível, com espaço para ampliação da capacidade a partir de novos investimentos.

Para 2022, o planejamento da empresa considera investimentos da ordem de R$ 250 milhões, seguindo com a modernização e a ampliação da estrutura industrial, de modo a dar sustentação ao crescimento da empresa, aumentando ainda mais sua competitividade.

Maior e mais rentável fabricante de armas leves do mundo
Em um cenário mundial recente tão conturbado devido à pandemia da COVID-19, a Taurus Armas se apresenta como uma empresa blindada e capaz de crescer muito, seja em tempos de crise ou seja em tempos de calmaria, como bem frisou o especialista Christian Lima, evidenciando que, no decorrer do seu turnaround, a empresa adquiriu as características de ser plenamente antifrágil.

Aumentando significativamente a produção e a produtividade, reduzindo custos, incrementando ainda mais a qualidade e a tecnologia de seus produtos e processos, desbravando novas fronteiras de negócios e, agora, remunerando significativamente seus acionistas, a Taurus está se tornando a maior e mais rentável fabricante de armas leves do mundo, gerando orgulho e divisas para o Brasil.

14 março, 2022

Taurus vende 3.550 armas para a Guatemala


*LRCA Defense Consulting - 14/03/2022

No dia 10/3, partiu de Porto Alegre um voo fretado levando 3.550 armas para o mercado civil da Guatemala.

Nesse voo, além do portfólio de pistolas TS9, também consta o primeiro lote de 250 fuzis T4 no calibre 5.56/.223 semiautomáticos para o mercado civil guatemalteco.

O país é um dos mercados mais relevantes na América Central para a empresa e, nos últimos dois anos, a Taurus obteve um crescimento de mais de 50% no volume de entrega para esse destino.

Taurus participará de quatro lives para mostrar seus resultados de 2021


*LRCA Defense Consulting - 14/03/2022

Amanhã (15), após o fechamento do mercado, a Taurus Armas estará divulgando os seus resultados referentes ao quarto trimestre de 2021 (4T21) e ao ano que se encerrou em 31 de dezembro último.

No dia seguinte (16), o CEO Global da empresa, Salesio Nuhs, e o CFO, Sérgio Sgrillo, participarão de quatro lives com entidades do mercado a fim de comentar e debater esses resultados.

Há uma grande expectativa, não só com os resultados em si, mas com a possibilidade de a Taurus ter se tornado a maior fabricante de armamento leve do mundo no universo das empresas que divulgam publicamente seus números, fato este que poderá se concretizar após conhecida a produção da empresa no 4T21.

BM&C News
Às 08:00 no canal de notícias e no YouTube BM&C News (https://bmcnews.com.br/tv/) ou
(https://www.youtube.com/channel/UCoja0MNI4SIvXqJR3szbSfw).
- Breve Histórico e resumo da companhia;
- Resultado 4T21 e 2021;
- Capacidades produtivas
- Novos mercados;
- Fábricas Brasil e Estados Unidos;
- Joint Venture;
- Endividamento;
- Perspectiva para 2022; e
- Mercado Brasileiro, Americano e mundo.

Eleven (exclusivo para assinantes)
Às 10 horas, no canal da Eleven no YouTube.
- Resultados do 4T21 | 2021 e seus comparativos;
- Desempenho das vendas e momento de mercado no 4T21 | 2021 e expectativas;
- Capacidade produtiva, novos produtos e investimentos;
- Endividamento e posição de caixa; e
- Parcerias estratégicas.

Exame
Às 14:30, no Canal da Exame no YouTube: (https://www.youtube.com/c/ExameInvest)
- Resultados do 4T21;
- Perspectivas para o mercado;
- Projetos de investimentos.

Nord Research (exclusivo para assinantes)
Às 16 horas, no Canal da Nord Research no YouTube.
- Breve Histórico e resumo da companhia;
- Resultados 4T21 e 2021;
- Perspectiva para 2022 e 2023 – produção e novos produtos;
- Estados Unidos;
- Brasil;
- Joint Venture - atuais e futuras;
- Competição no mercado Brasileiro - aprovações, facilidade de acessar esse mercado; e
- Vendas América Latina.

11 março, 2022

Polícia Militar do MS testa e aprova o fuzil Taurus T4


*LRCA Defense Consulting - 11/03/2022

No Dia Internacional da Mulher, a Major Cleide Maria da Silva, Chefe do Material Bélico da Polícia Militar do Estado do Mato Grosso do Sul, testou e aprovou o lote de fuzis T4 adquirido pela Corporação para dotar a Academia de Polícia Militar do Estado.

O armamento é parte de um lote de pistolas TS9, fuzis T4 e submetralhadoras SMT que irão ser utilizados pelo Curso de Formação de Oficiais da PMMS.

Maj Cleide Maria, destacada Oficial da PMMS


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