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05 agosto, 2025

Embraer decola no 2T25: receita recorde e carteira de pedidos histórica impulsionam confiança no setor aeroespacial


*LRCA Defense Consulting - 05/08/2025 (retificado em 06/08, de acordo com FR da Embraer)

A Embraer, uma das maiores fabricantes de aeronaves do mundo, anunciou resultados financeiros e operacionais robustos no segundo trimestre de 2025 (2T25), consolidando sua trajetória de recuperação e reforçando sua posição estratégica no mercado global. A companhia registrou uma receita líquida recorde para o período, expandiu significativamente suas entregas e atingiu um patamar histórico em sua carteira de pedidos firmes, sinalizando um futuro promissor.

Destaques financeiros: crescimento sólido e eficiência operacional
A receita líquida consolidada da Embraer no 2T25 alcançou impressionantes R$10,3 bilhões, um recorde histórico para um segundo trimestre e um aumento de 30,9% em comparação com o mesmo período de 2024. Este crescimento robusto reflete a forte demanda pelos produtos da empresa e a eficiência de suas operações.

O lucro antes de juros e impostos (EBIT) ajustado atingiu R$1,1 bilhão, com uma margem de 10,6%, superando os 9,2% registrados no 2T24. Já o EBITDA (Lucro Antes de Juros, Impostos, Depreciação e Amortização) ajustado foi de R$1,39 bilhão, com uma margem de 13,5%. Esses indicadores demonstram a capacidade da Embraer de gerar valor e otimizar seus custos operacionais.

O lucro líquido atribuível aos acionistas da Embraer e o lucro líquido por ADS (American Depositary Shares) foram de R448,9 milhões e R$0,6120 no segundo trimestre de 2025, em comparação com R$520,8 milhões e R$0,7090, respectivamente, no segundo trimestre de 2024. 

O lucro líquido ajustado foi de R$675,0 milhões no trimestre, em comparação com R$415,7 milhões no ano anterior, excluindo itens extraordinários como R$(215,3) milhões em impostos diferidos e R$441,4 milhões dos resultados da Eve. (RETIFICADO)

O fluxo de caixa livre ajustado (ex-Eve) foi negativo em R$1,0 bilhão no trimestre. Segundo a companhia, este consumo de caixa é um movimento estratégico e esperado, decorrente da preparação para um maior volume de entregas de aeronaves nos próximos trimestres, o que demanda investimentos em produção e estoque.

Desempenho por segmento: Aviação Executiva lidera o crescimento
Todos os segmentos de negócios da Embraer contribuíram para os resultados positivos do trimestre, com destaque para a Aviação Executiva. Este segmento foi o grande motor do crescimento, com uma receita de R$3,1 bilhões, um aumento expressivo de 74% em relação ao 2T24. A margem EBIT ajustada do setor também cresceu de 11,4% para 14,6%, impulsionada por maiores volumes, disciplina de preços e um melhor mix de produtos.

Aviação Comercial: a receita do segmento alcançou R$3,2 bilhões, um crescimento de 11% comparado ao ano anterior. A margem bruta melhorou, mas a margem EBIT ajustada teve uma ligeira redução devido a itens extraordinários. A Embraer entregou 19 jatos comerciais, mantendo a estabilidade em relação ao 2T24.

Defesa & Segurança: com um aumento de 28,4% na receita, atingindo R$1,26 bilhão, o segmento de Defesa e Segurança também demonstrou forte desempenho, impulsionado pelo reconhecimento de receita do A-29 Super Tucano. A margem bruta e a margem EBIT ajustada tiveram melhorias significativas, refletindo o aumento de volumes e o mix de clientes.

Serviços & Suporte: as receitas deste segmento cresceram 23%, chegando a R$2,6 bilhões, reflexo do aumento de volumes na Aviação Comercial e da expansão da oficina de motores GTF da OGMA.

Entregas e pedidos: recordes confirmam demanda aquecida
No 2T25, a Embraer entregou um total de 61 aeronaves, representando um aumento de 30% em relação às 47 aeronaves entregues no mesmo período do ano anterior. As entregas incluíram 19 jatos comerciais (10 E2s e 9 E1s), 38 jatos executivos (21 leves e 17 médios) e 4 aeronaves de Defesa (A-29 Super Tucano).

A carteira total de pedidos firmes (backlog) atingiu um marco histórico de US$29,7 bilhões no 2T25, superando o recorde anterior e registrando um aumento de 40% em relação ao ano anterior. Esse crescimento foi observado em todas as unidades de negócios, com destaque para Defesa & Segurança (+100%) e Aviação Executiva (+62%), o que assegura uma forte visibilidade de receitas futuras para a companhia.

Entre os pedidos que impulsionaram o backlog, destaca-se o da SkyWest para 60 aeronaves E175, com opções para mais 50 unidades, reforçando a presença da Embraer no mercado norte-americano.

Marcos operacionais e estratégicos
Além dos números, o trimestre foi marcado por importantes conquistas operacionais. A Embraer celebrou a venda da milésima unidade do jato E175 desde seu lançamento, um feito que sublinha a popularidade e sucesso do modelo. No setor de Defesa, o KC-390, aeronave multimissão, foi selecionado pela Lituânia, que encomendou três unidades, expandindo a presença global da Embraer nesse mercado estratégico.

A Embraer também reforçou que os resultados do 2T25 não foram significativamente impactados pelas tarifas aplicadas pelos Estados Unidos (EUA), demonstrando a resiliência da companhia diante de cenários comerciais complexos.

Perspectivas para 2025: confiança na execução
A Embraer reiterou suas projeções para o ano de 2025, sinalizando confiança na continuidade de seu desempenho. As estimativas (sem considerar a Eve) incluem:

- Entregas de Aviação Comercial: entre 77 e 85 aeronaves.
- Entregas de Aviação Executiva: entre 145 e 155 aeronaves.
- Receita Consolidada: entre US$7,0 e US$7,5 bilhões.
- Margem EBIT Ajustada: entre 7,5% e 8,3%.
- Fluxo de Caixa Livre Ajustado: US$200 milhões ou maior.

Conforme a visão da própria empresa, expressa no relatório, "O trimestre reforça o bom momento operacional da Embraer, com crescimento consistente e margens saudáveis. O aumento nas entregas, a solidez da carteira de pedidos e o guidance reiterado para o ano reforçam a visibilidade e a confiança na retomada da companhia. O consumo de caixa, ainda que negativo, reflete o ciclo de produção e não representa deterioração financeira".

Os resultados da Embraer no 2T25 demonstram a capacidade da empresa de navegar em um cenário global dinâmico, adaptando-se e prosperando através de sua expertise em engenharia, inovação e excelência operacional. A expectativa é que a companhia continue a impulsionar seu crescimento, consolidando sua liderança na indústria aeroespacial global. 

Assim, o desempenho da empresa reafirma sua resiliência e capacidade de entregar valor aos acionistas, com tecnologia de ponta e presença global consolidada. 

06 maio, 2025

Embraer tem novos números fortes e a maior receita trimestral desde 2016


*LRCA Defense Consulting - 06/05/2025

A Embraer divulgou nesta manhã os seus números referentes ao primeiro trimestre de 2025 e, mais uma vez, apresentou resultados muito fortes. Suas receitas aumentaram 44% na comparação anual, totalizando R$6,4 bilhões, e levaram este trimestre a ser o melhor primeiro trimestre desde 2016.

O lucro líquido atribuível aos acionistas da Embraer e o lucro líquido por ADS (American Depositary Shares) foram multiplicados por três neste trimestre: de R$434,0 milhões e R$0,5909 no primeiro trimestre de 2025, em comparação com R$142,7 milhões e R$0,1943, respectivamente, no primeiro trimestre de 2024.

Francisco Gomes Neto, CEO da Embraer, comentou os resultados da empresa:
"Hoje, anunciamos resultados expressivos para o primeiro trimestre de 2025. Apresentamos a maior receita do primeiro trimestre dos últimos 9 anos, totalizando US$ 1,1 bilhão. Também registramos a maior margem EBITDA ajustada dos últimos 5 anos, de aproximadamente 10%. A Embraer encerrou o período com uma carteira de pedidos (backlog) de US$ 26,4 bilhões, ligeiramente superior ao recorde histórico registrado no último trimestre. As entregas de aeronaves aumentaram praticamente 20% em relação ao ano anterior, evidenciando nosso foco contínuo em eficiência operacional. Os resultados do primeiro trimestre nos oferecem uma perspectiva sólida de crescimento sustentável neste e nos próximos anos."

EBIT ajustado (lucro antes de juros e impostos)

O EBIT ajustado foi de R$359,2 milhões com margem de +5,6%, excluindo R$63,3 milhões de itens extraordinários (ou seja, despesas da Eve). O EBIT reportado foi de R$295,9 milhões no trimestre (margem de +4,6%) em comparação com R$(19,1) milhões no ano anterior (margem de -0,4%), devido aos maiores volumes, mix de produtos e menores despesas da Aviação Executiva.

Receita Consolidada
A receita consolidada de R$6,4 bilhões no 1T25 representou um aumento de 44% em relação ao mesmo período do ano anterior. Defesa & Segurança foi o destaque do trimestre, com aumento superior a duas vezes na receita ano sobre ano. Aviação Executiva e Serviços e Suporte também apresentaram bom desempenho, com aumentos de 57% e 37% em relação ao mesmo período do ano anterior, respectivamente. A receita da Aviação Comercial foi 16% superior no mesmo periodo.

1. Aviação Executiva
As receitas totalizaram R$1,9 bilhão, número 57% superior ao do ano anterior, devido aos maiores volumes e mix de produtos. A margem bruta foi ligeiramente melhor, atingindo +21,8% em relação aos +21,4% do ano anterior. A margem EBIT ajustada aumentou de +5,0% para +11,1% no período, devido à alavancagem operacional e às iniciativas de contenção de custos. 

2. Defesa & Segurança
As receitas atingiram R$810,7 milhões, um aumento superior a duas vezes em relação ao ano anterior, devido ao maior reconhecimento do KC-390, mix de clientes e estágio de produção (de acordo com o método de cálculo da porcentagem de conclusão). A margem bruta ficou estável em +12,5% ano sobre ano. A margem EBIT ajustada melhorou para -1,5%, de -13,8% no ano anterior, devido a volumes maiores e despesas menores, além de itens extraordinários negativos no ano anterior. 

3. Aviação Comercial
As receitas foram de R$1,2 bilhão, 16% superior ao ano anterior. A margem bruta aumentou de +3,2% para +4,8%, impulsionada pelo mix de produtos e clientes. A margem EBIT ajustada aumentou de -14,8% para -5,1% durante o período, refletindo a variação da margem bruta e itens extraordinários positivos (crédito de fornecedores). 

4. Serviços & Suporte
As receitas atingiram R$2,5 bilhões, 16% superior ao ano anterior, devido ao período de aceleração da manutenção de motores GTF na OGMA. A margem bruta reportada caiu de +27,1% para +20,6% devido ao mix de produtos (ou seja, peças compradas versus peças fabricadas) e ao início do MRO Executiva na América do Norte (duração de 6 meses aproximadamente). No entanto, a margem EBIT Ajustada caiu apenas de +12,3% para +10,0% durante o período, ajudada por itens extraordinários positivos (variação nas provisões de crédito para devedores duvidosos). 

5. Outros
Inclui a Aviação Agrícola (com o pulverizador agrícola Ipanema), a divisão cibernética (Tempest), a recém-incluída divisão de trens de pouso (ELEB) e outros negócios. A receita do segmento aumentou 95%, de R$45 milhões para R$87 milhões em relação ao ano anterior, devido à recente reclassificação da divisão de trens de pouso (ELEB).

Lucro líquido e dividendos
O lucro líquido atribuível aos acionistas da Embraer e o lucro líquido por ADS (American Depositary Shares) foram de R$434,0 milhões e R$0,5909 no primeiro trimestre de 2025, em comparação com R$142,7 milhões e R$0,1943, respectivamente, no primeiro trimestre de 2024. O lucro líquido ajustado foi de R$(428,5) milhões no trimestre, em comparação com R$(63,5) milhões no ano anterior, excluindo itens extraordinários como R$(728,1) milhões em impostos diferidos e R$(134,1) milhões dos resultados da Eve.

A companhia aprovou o pagamento de R$51,4 milhões em dividendos (R$0,07/ação) relacionados a 2024.

Entregas, backlog e estimativas
A Embraer entregou 30 jatos no 1T25, sendo 7 jatos comerciais (3 E195-E2 e 4 E175-E1) e 23 jatos executivos (14 leves e 9 médios); +20% acima das 25 aeronaves entregues no ano anterior.

Do ponto de vista operacional, a Embraer estima entregas da Aviação Comercial entre 77 e 85 aeronaves (+10% do ponto médio no comparativo anual), e entregas na Aviação Executiva entre 145 e 155 (+15% no comparativo anual).

A carteira total de pedidos (backlog) atingiu US$26,4 bilhões no 1T25 e superou o recorde histórico estabelecido no trimestre anterior

Do ponto de vista financeiro, a empresa estima receitas na faixa de US$7,0 e 7,5 bilhões (+13%), margem EBIT ajustada entre 7,5% e 8,3% e fluxo de caixa livre ajustado de US$200 milhões ou maior. A companhia destaca que os resultados do primeiro trimestre não foram afetados pelas tarifas impostas pelos Estados Unidos (EUA).

Resiliência, robustez e crescimento
O sólido desempenho da Embraer no primeiro trimestre de 2025 demonstra resiliência e crescimento. Com uma carteira de pedidos robusta e projeções positivas para o ano, a Embraer está bem posicionada para continuar sua trajetória de crescimento.

O aumento do prejuízo no item "lucro líquido ajustado", que foi de R$(428,5) milhões no trimestre, deveu-se a itens extraordinários, como R$(728,1) milhões em impostos diferidos e R$(134,1) milhões dos resultados da Eve, não causando preocupação.

 

22 abril, 2025

Embraer registra novo recorde histórico na carteira de pedidos (backlog) do primeiro trimestre de 2025

 


*LRCA Defense Consulting - 22/04/2025

A Embraer registrou uma carteira de pedidos (backlog) de US$ 26,4 bilhões no primeiro trimestre de 2025. O resultado superou o recorde histórico anterior alcançado no trimestre anterior.

A Embraer entregou 30 aeronaves no 1T25. O resultado foi 20% superior ao do primeiro trimestre do ano passado (1T24), quando foram entregues 25 aeronaves. Mais importante ainda, as entregas do 1T25 corresponderam a 13% do ponto médio (231 aeronaves) da projeção anual da empresa (entre 222 e 240 em 2025) para as unidades de negócio de Aviação Executiva e Comercial combinadas — frente a uma média histórica de 11% para o período nos últimos 5 anos.

Na Aviação Comercial, a carteira de pedidos somou US$ 10,0 bilhões no 1T25 — 2% inferior em comparação trimestral. A ANA Holdings Inc. encomendou 15 aeronaves E190-E2, com opções para mais cinco jatos adicionais. Esse pedido provavelmente será incluído na segunda metade de 2025, quando o contrato final for assinado.

No 1T25, a unidade de negócios entregou 7 aeronaves novas, o que representa 9% do ponto médio (81 aeronaves) da projeção anual da empresa (entre 77 e 85). O desempenho da divisão ficou ligeiramente abaixo da média de 12% do 1T nos últimos 5 anos, refletindo desafios contínuos na cadeia de suprimentos. É importante destacar que não foi possível entregar duas aeronaves adicionais durante o trimestre devido a questões comerciais. Os modelos entregues no período foram: E175 para American Airlines (2), Republic Airlines (1) e Horizon Air (1); e E195-E2 para Porter (1), Aercap (1) e Azorra (1). Para os próximos períodos, espera-se que os esforços de estabilização da produção gerem resultados mais concretos no 2T25, no segundo semestre do ano e a partir do início de 2026.

Na Aviação Executiva, a carteira de pedidos subiu para um novo recorde de US$ 7,6 bilhões no 1T25, 3% acima do recorde anterior registrado no 4T24. A unidade entregou 23 jatos no primeiro trimestre do ano, dos quais 14 foram da categoria leve e 9 da categoria média. O número de entregas no 1T25 foi 28% superior aos 18 jatos do 1T24, representando 15% do ponto médio (150 aeronaves) da projeção anual da empresa (entre 145 e 155 em 2025) para a divisão — moderadamente acima da média de 11% do 1T dos últimos 5 anos.

Em fevereiro, a série Phenom 300 foi novamente reconhecida como o jato leve mais vendido e mais entregue do mundo pelo 13º ano consecutivo, segundo a General Aviation Manufacturers Association (GAMA). Na mesma ocasião, a instituição também confirmou o modelo como o jato bimotor mais entregue do mundo pelo 5º ano seguido, em 2024.

Na área de Defesa & Segurança, a carteira de pedidos ficou em US$ 4,2 bilhões no 1T25. A Força Aérea Uruguaia (FAU) e o Ministério da Defesa Nacional do Uruguai (MDN) converteram suas opções para cinco aeronaves A-29 Super Tucano em pedidos firmes durante o período. Essa conversão está relacionada a um compromisso assinado em agosto de 2024, quando a FAU anunciou um pedido firme de uma aeronave, além das opções mencionadas. O acordo também inclui equipamentos de missão, serviços logísticos integrados e um simulador de voo.

A seleção do KC-390 Millennium pela Suécia (4) e Eslováquia (3), e do A-29 Super Tucano por Portugal (12) e Panamá (4) ainda não estão incluídas na carteira de pedidos, pois os contratos ainda não entraram em vigor.

Na área de Serviços & Suporte, a carteira de pedidos permaneceu praticamente estável em US$ 4,6 bilhões no 1T25. A Airlink, principal companhia aérea da África Austral, foi destaque do período com um acordo de suporte ao inventário de peças de reposição para toda sua frota de 68 aeronaves Embraer. Assim, a companhia se tornará o primeiro cliente africano do sistema de gestão colaborativa de inventário da Embraer (ECIP – Embraer Collaborative Inventory Planning), que otimizará os níveis de estoque e reduzirá os custos operacionais da frota.

06 fevereiro, 2025

Embraer atinge novo recorde histórico com carteira de pedidos de US$26,3 bilhões no último trimestre de 2024

 

*LRCA Defense Consulting - 06/02/2025

A Embraer, uma das líderes globais na indústria aeroespacial, anuncia que sua carteira de pedidos total atingiu US$26,3 bilhões no 4T24. Esse valor é o maior volume registrado pela empresa em sua história, mais de 40% acima na comparação ano sobre ano (4T23) e 16% maior na comparação trimestre sobre trimestre (3T24). A Embraer terminou 2024 com um sólido índice de pedidos para vendas de 2,2 baseado em valores financeiros.

A Embraer entregou 75 aeronaves no último trimestre do ano, 27% acima dos 59 aviões entregues no trimestre anterior (3T24) e igual ao volume entregue no mesmo período de 2023 (4T23). A empresa entregou 206 aviões no ano de 2024 – um crescimento de 14% em relação às 181 aeronaves de 2023.

Aviação Comercial
Na Aviação Comercial, a carteira de pedidos atingiu US$10,2 bilhões no 4T24 – 15% maior ano sobre ano, porém 8% menor trimestre sobre trimestre – por causa do período sazonalmente mais forte de entregas. A unidade de negócios entregou 31 novas aeronaves durante o último trimestre de 2024 e 73 no ano todo (no teto das estimativas revisadas de 70-73 para o ano e dentro das estimativas originais de 72-80). Consequentemente, a Aviação Comercial terminou 2024 com um sólido índice de pedidos para vendas de 1,6 baseado em valores financeiros.

A Luxair formalizou o pedido para 2 jatos E195-E2, que vão complementar a frota de aeronaves de maior porte já encomendadas pela companhia aérea. Ao exercer 2 opções garantidas em seu pedido firme de 2023 para 4 aeronaves, a Luxair tem agora um total de 6 jatos E195-E2 encomendados. Portanto, a Embraer atualmente possui 179 pedidos firmes para a sua família de jatos E2 e 164 para a sua aeronave E1-175.

Por fim, é importante destacar a iniciativa de nivelamento da produção que a empresa busca progredir em 2025.

Aviação Executiva
Na Aviação Executiva, a carteira de pedidos subiu decolou para US$7,4 bilhões no 4T24 – valor 70% maior ano sobre ano e 67% acima trimestre sobre trimestre – um novo recorde histórico para a unidade de negócios favorecido por um contrato importante com a Flexjet. O contrato inclui 182 pedidos firmes para as aeronaves Phenom 300E, Praetor 500 and Praetor 600 com entregas entre 2026 e 2030, e até 30 opções para jatos Praetor.

A divisão foi responsável pela entrega de 44 jatos no último trimestre do ano, e pelo total de 130 entregas anuais (no ponto médio das estimativas originais para 2024, e um recorde em 14 anos). Consequentemente, a Aviação Executiva terminou 2024 com um índice de pedidos para vendas lider na indústria de 2,7 baseado em valores financeiros.

Os jatos médio e super-médio Praetor 500 e Praetor 600 representaram metade das entregas do segmento (22 aeronaves) durante o trimestre, impulsionados pelo momento positivo da família de produtos. Enquanto isso, o Phenom 300, jato mais vendido e voado no mundo na sua categoria por 12 anos seguidos, foi líder de entregas (19 aeronaves) durante o período.

É importante realçar o progresso observado na iniciativa da companhia para nivelar a produção. A administração conseguiu reduzir a concentração das entregas no quarto trimestre e distribuí-las melhor ao longo dos trimestres. Em 2024, as entregas do quarto trimestre representaram 34% do total anual, enquanto esse número foi de 45% em média nos cinco anos anteriores. A empresa atingiu resultados expressivos durante o ano e espera ganhos adicionais com melhorias gradativas na cadeia de produção em um futuro próximo.

Serviços & Suporte
Em Serviços & Suporte, a carteira de pedidos expandiu para US$4,6 bilhões no 4T24 – uma cifra mais de 50% acima ano contra ano e mais de 30% maior trimestre sobre trimestre – apoiada por novos contratos de longo prazo com a Flexjet na Aviação Executiva, e Air Serbia, LOT Polish Airlines e CommuteAir na Aviação Comercial. Esses contratos do segundo grupo são para o Programa Pool e Part Exchange Plus, que prestarão suporte às frotas E-Jets dessas empresas com uma ampla gama de componentes de reparo, serviços e gerenciamento de reparos.

Além disso, contribuições de peças de reposição, publicações técnicas, serviços técnicos, treinamento e modificações desempenharam um papel fundamental neste resultado. Serviços & Suporte terminou 2024 com um índice de pedidos para vendas líder na indústria de 1,9 baseado em valores financeiros.

Defesa & Segurança
Na Defesa & Segurança, a carteira de pedidos cresceu para US$4,2 bilhões no 4T24 – número 67% maior ano sobre ano e 15% acima trimestre sobre trimestre – com suporte de novos pedidos para o C-390 Millenium (4) e o A-29 Super Tucano (10). A Embraer atualmente possui 32 pedidos firmes para o seu transporte militar e 17 para a sua aeronave de ataque leve. Enquanto isso, a Defesa & Segurança continuou aumentando a sua produção com a entrega de 3 novos jatos C-390 Millenium em 2024, em comparação com 2 em 2023. Consequentemente, a unidade terminou 2024 com um índice de pedidos para vendas líder na indústria de 3,3 baseado em valores financeiros.

 A divisão assinou contratos firmes no último trimestre de 2024 com a Força Aérea Tcheca e um cliente não divulgado, para 2 aeronaves C-390 Millenium cada um – essas aeronaves entraram na carteira de pedidos. Além disso, esse jato de transporte militar foi selecionado pela Eslováquia (3) e Suécia (não divulgado) no período – não houve assinatura de contratos ainda portanto essas aeronaves não foram incluídas na carteira de pedidos.

A unidade de negócios também assinou um contrato firme com um cliente não divulgado para 6 aeronaves A-29 Super Tucanos no último trimestre de 2024, e outro com um cliente não divulgado da África para 4 aviões adicionais. Enquanto isso, a Força Aérea Portuguesa se tornou o primeiro cliente da versão OTAN dessa aeronave de ataque leve (12) - porém o contrato não estava ativo no final de 2024 - e a Força Aérea Uruguaia exerceu as suas opções (5) no começo de 2025. Portanto, essas 17 aeronaves ainda não constam na carteira de pedidos.

02 novembro, 2024

Novo recorde: exportações de produtos de defesa atingem R$ 9,53 bilhões em 2024

 

*Ministério da Defesa, por Rayane Bueno - 01/11/2024

O setor de defesa alcançou um novo recorde nas autorizações de exportações de produtos e serviços. Em 2024, o Brasil atingiu a marca de R$ 9,53 bilhões (US$1,65 bilhão), o que representa o melhor índice nos últimos 11 anos, ultrapassando a marca anterior de US$1.62 bilhão em comercializações para o exterior registrada em 2021.

Atualmente, a indústria de defesa nacional comercializa para cerca de 100 países, sendo que 40% das exportações são de aeronaves. Entre os itens mais exportados estão aeronaves de asa fixa e rotativa, armamentos leves, munições, armamentos não letais e serviços de engenharia em produtos de Defesa.

A evolução no índice deve-se a fatores como a busca crescente de novas oportunidades comerciais, o potencial competitivo e a capilaridade da Base Industrial de Defesa (BID), que representa 3,58% do Produto Interno Bruto (PIB) e gera 2,9 milhões de empregos diretos e indiretos no país. Um levantamento do Observatório Nacional da Indústria, da Confederação Nacional da Indústria (CNI), mostra que para cada emprego aberto no setor de defesa, outros três são abertos em outros setores.

O Secretário de Produtos de Defesa, Heraldo Luiz Rodrigues, ressalta que o resultado é fruto de um trabalho constante que vem sendo realizado pelo Ministério da Defesa há muito tempo. “Buscamos facilitar, junto às empresas, a produção e a exportação. Enfim, oferecemos as condições necessárias para que as empresas possam, efetivamente, vender um produto, produzi-lo com segurança no país e transportá-lo até o seu destino final com toda a garantia envolvida nesse processo”, disse.

O Ministério da Defesa, por meio da Secretaria de Produtos de Defesa (Seprod), também participa de eventos, feiras, visitas e encontros empresariais, realizando a promoção comercial dos produtos e serviços de defesa nacionais. Outro trabalho desempenhado é o acompanhamento a nível mundial dos nichos e dos países potenciais compradores.

Soberania e desenvolvimento nacional

A BID é composta por  empresas estatais ou privadas que participam de etapas de pesquisa, desenvolvimento, produção, distribuição e manutenção de produtos estratégicos de defesa (bens e serviços) que contribuam para os objetivos relacionados à segurança ou à defesa do país.

A BID possui 252 empresas cadastradas no MD. O portfólio brasileiro é composto por cerca de 1.700 produtos, como aeronaves, embarcações, soluções cibernéticas para proteção de dados, radares, sistemas seguros de comunicação e armamentos, entre outros itens de alta tecnologia.

18 outubro, 2024

Embraer registra aumento de 33% nas entregas em relação a 2023 e carteira de pedidos é recorde com US$ 22,7 bilhões


*LRCA Defense Consulting - 18/10/2024

A Embraer divulgou, no final da tarde de hoje, números robustos relativos ao terceiro trimestre de 2024. Os principais destaques são:
- Entrega de 57 aeronaves no 3T24 contra 43 há um ano
- Duas aeronaves C-390 Millennium entregues durante o trimestre e 6 a 12 encomendas de A-29 Super Tucanos
- Primeira aeronave E2 entregue à LOT Polish Airlines
- US$ 22,7 bilhões em carteira de pedidos em toda a empresa, um aumento de mais de 25% ao ano e no nível mais alto dos últimos 9 anos
- O backlog de Defesa e Segurança aumentou quase 70%

A Embraer entregou um total de 57 jatos no 3T24 – um aumento de 33% em relação ao mesmo período do ano passado (yoy) e 24% em relação ao trimestre anterior (qoq). A aviação comercial entregou 16 jatos e a aviação executiva entregou outros 41 jatos. Enquanto isso, a Defesa & Segurança entregou 2 aeronaves C-390 Millennium durante o trimestre – a primeira aeronave para a Hungria e a sétima para o Brasil.

O backlog de toda a empresa atingiu US$ 22,7 bilhões no 3T24 (ou mais de 25% a mais que no ano anterior e quase 10% a mais que no trimestre anterior) – em um nível mais alto em 9 anos. Defesa e Segurança registraram o maior aumento no backlog (+US$ 1,5 bilhão), seguido por Serviços e Suporte (+US$ 367 milhões), enquanto Aviação Executiva e Comercial registraram reduções marginais (-US$ 184 milhões e -US$ 168 milhões, respectivamente).

Destaques da aviação executiva
Em Executive Jets, as entregas atingiram 41 unidades e aumentaram mais de 45% yoy e mais de 50% qoq. O backlog da unidade de negócios atingiu US$ 4,4 bilhões durante o trimestre, 3% maior anualmente, mas 4% menor sequencialmente.

O declínio nominal no backlog em relação ao seu pico histórico pode ser explicado pelo crescimento mais forte (maiores entregas) e um período sazonalmente mais lento nas vendas devido ao verão no hemisfério norte.

Os jatos de médio e super-médio porte Praetor 500 e Praetor 600 representaram quase metade das entregas do segmento (19 jatos) impulsionadas pelo momento positivo para esta família de aeronaves. Enquanto isso, o Phenom 300, a aeronave mais vendida em sua categoria por 12 anos consecutivos no mundo, foi mais uma vez o de melhor desempenho (18 jatos) durante o trimestre.

Destaques da aviação comercial
Na Aviação Comercial, as entregas atingiram 16 jatos (sustentados por 12 unidades da família E2 e 4 da E1) durante o período, um aumento de mais de 5% a/a. O destaque foi a entrega da primeira aeronave E2 sob um contrato assinado com um arrendador para fornecer a LOT Polish Airlines – o acordo inclui mais dois jatos antes do final do ano. Além disso, a Virgin Australia fez um pedido firme de oito aeronaves narrowbody pequenas E190-E2 durante o trimestre. Consequentemente, a carteira de pedidos do segmento atingiu US$ 11,1 bilhões no 3T24, quase 30% maior a/a e marginalmente menor a/a.

Destaques de Defesa e Segurança
Em Defesa e Segurança, a Força Aérea Húngara recebeu seu primeiro C-390 Millennium, e a Força Aérea Brasileira recebeu sua sétima unidade. Um novo contrato firme para a aquisição de nove aeronaves C-390 foi assinado com a Holanda e a Áustria, e anunciado no Farnborough International Airshow (FIA). O momento positivo foi transferido para o A-29 Super Tucano, com contratos de vendas assinados com o Paraguai e o Uruguai. O backlog do segmento atingiu US$ 3,6 bilhões, um aumento de cerca de US$ 1,5 bilhão ou cerca de 70% tanto no trimestre quanto no ano.

Destaques de serviços e suporte
O backlog de Serviços e Suporte atingiu US$ 3,5 bilhões, um aumento de mais de 25% yoy e mais de 10% qoq. A empresa anunciou no terceiro trimestre a expansão de sua rede de suporte ao cliente na região Ásia-Pacífico por meio de parcerias com a SIA Engineering Corporation e a Fokker Services Asia, e nos Estados Unidos com investimento direto em novas instalações no Texas.


11 janeiro, 2024

Americanos registraram ano recorde para armas de fogo em 2023; 2024 também promete de maneira significativa


*NSSF, por Larry Keane - 08/01/2024

O Papai Noel e suas renas aparentemente tiveram um treino extra para entregar presentes este ano debaixo da árvore. Eles carregavam o peso extra das novas armas de fogo para milhões de americanos sedentos de exercer os seus direitos da Segunda Emenda.

Os números totais das vendas de armas de fogo em dezembro foram divulgados e se a Casa Branca e os ativistas de controle de armas tivessem alguma esperança de que o aumento histórico na compra de armas de apenas alguns anos atrás estivesse diminuindo, eles terão um rude despertar. Os números são grandes e, se a história servir de indicador, todos os sinais apontam para que o próximo ano também seja grande.

“Estes números são um lembrete da importância que os cidadãos cumpridores da lei atribuem à sua segurança e liberdades pessoais, mesmo quando a administração Biden-Harris está a usar uma abordagem de ‘todo o governo’ para relaxar e, em última análise, eliminar esses direitos”, disse Mark Oliva da NSSF à mídia assim que os totais de dezembro foram anunciados.

Os americanos continuam a assistir a criminosos violentos a correr desenfreados nas suas comunidades, à medida que os líderes das cidades se recusam a levar a sério o crime e veem os ativistas do controle de armas, em vez disso, pressionarem por mais restrições aos cidadãos cumpridores da lei. Dada a escolha entre o controle de armas e a vitimização, a autodefesa e o empoderamento, fica claro qual lado eles escolheram.

Ano recorde
Depois que a poeira das férias de fim de ano baixou, ficaram claros os números mensais das vendas de armas de fogo em dezembro, assim como o último trimestre do ano e o total anual. Já estava a caminho de ser um bom ano no final de novembro.

“Só em Novembro, as vendas atingiram o ponto mais alto do ano, alimentadas por uma Black Friday histórica e pela crescente preocupação de que o terrorismo de influência estrangeira se espalharia pela nação”, escreveu Paul Bedard no Washington Examiner. Dezembro manteve essa tendência.

Em dezembro de 2023, as vendas de armas de fogo totalizaram mais de 1,7 milhão de verificações do Sistema Nacional Instantâneo de Verificação de Antecedentes Criminais (NICS) do FBI ajustado pelo NSSF processadas para a compra de armas e aumentaram a sequência de mais de 1 milhão de vendas de armas de fogo por mês para 53 meses consecutivos. O NSSF ajusta os dados do NICS para se concentrar exclusivamente nas compras de armas de fogo, filtrando as verificações do NICS processadas para outros fins que não sejam de compra, como renovação de licenças de armas de fogo e licenças de porte oculto. O total de dezembro de 2023 representa um aumento em relação a dezembro do ano passado de cerca de 1,6%.

O total do 4º trimestre de 2023 (outubro, novembro e dezembro) foi superior a 4,7 milhões. Representa um aumento de 4,6 por cento nas vendas em relação ao quarto trimestre de 2022 e o total de vendas de armas de fogo em 2023 de quase 15,9 milhões é apenas ligeiramente inferior ao total de 2022 de 16,4 milhões. Mas ainda é um ano para o livro dos recordes.

Reversão de tendência de queda
“Os últimos três meses de 2023 reverteram uma tendência de queda de anos nas verificações de antecedentes relacionados a armas”, escreveu Stephen Gutowski em The Reload. “Os números reforçam ainda mais a ideia de que houve uma recuperação nas vendas de armas após quase três anos de declínio contínuo desde picos sem precedentes em 2020.”

No final, 2023 foi o quarto ano mais elevado já registrado em vendas de armas de fogo desde que o sistema NICS do FBI foi implementado pela primeira vez, atrás apenas de 2020, 2021 e 2022.

Quem está comprando?
Os ativistas do controle de armas e os estrategistas do presidente Joe Biden precisam repensar os seus ataques sobre quem está a comprar todas estas armas de fogo e por que o fazem. Seu manual está cansado e impreciso. Lembre-se do primeiro candidato do presidente para ser diretor do Departamento de Álcool, Tabaco, Armas de Fogo e Explosivos (ATF), David Chipman, zombou dos proprietários de armas – especialmente os compradores de primeira viagem – durante sua audiência de nomeação no Congresso, chamando-os de “mais parecidos com Tiger King” e comparando-os a preparadores do apocalipse e caçadores de zumbis.

A realidade, porém, é que vários milhões de compradores de armas de fogo nos últimos anos, incluindo aqueles ao longo de 2023, foram americanos, provavelmente provenientes de todas as esferas da vida e convicções políticas. Os dados da pesquisa NSSF mostram que, desde 2020, as compras de armas de fogo por compradores de primeira viagem giraram em torno de 30%. Se essa estimativa aproximada fosse aplicada aos números de 2023, aproximadamente 4,8 milhões de americanos tornaram-se proprietários de armas de fogo pela primeira vez no ano passado. Isso é significativo.

Então, quem está comprando? Os proprietários de armas hoje refletem uma comunidade diversificada. Os afro-americanos continuam a comprar armas de fogo em grande número, especialmente as mulheres afro-americanas que pretendem proteger-se a si próprias e aos seus filhos da violência criminosa.

Em Washington, DC, o ABC 7 News destacou a tendência em uma reportagem local e conversou com as mães Kennette Brown e Nicole Washington sobre por que elas escolheram comprar uma arma de fogo.

“Muitas vezes os homens olham para as mulheres e pensam que estamos indefesas. Eles nos visam, primeiro porque acham que não carregamos (armas). Podemos nos defender como mulheres, não somos tão fracas quanto vocês pensam que somos”, disse Brown. Washington acrescentou: “Com todas as coisas que estão acontecendo no mundo, você só quer ser capaz de se proteger”.

Washington, DC, acabou de terminar 2023 com um recorde de homicídios não visto desde a década de 1990.

O Washington Post também noticiou a crescente diversidade entre os proprietários de armas americanos. Em uma postagem na mídia social no X, antigo Twitter, o Post escreveu: “Por meio de encontros discretos e redes boca a boca, os proprietários de armas LGBTQ+ estão ensinando sua comunidade a se armar”. A NSSF também informou sobre esta crescente comunidade de proprietários de armas.

Ainda um dos grupos mais significativos que mudaram as suas crenças sobre a posse de armas e saíram para comprar armas de fogo, incluindo um número significativo de compradores de primeira viagem, são os judeus americanos. Não há falta de cobertura noticiosa sobre a compra de armas de fogo por judeus americanos desde os ataques terroristas do Hamas, em 7 de Outubro, contra Israel. CNN, Fox News, NBC News, New York Post e muitos outros notaram o aumento das compras.

O estrategista político e rabino ortodoxo baseado em Nova York, Hank Sheinkopf, expôs o que tem visto ultimamente.

“A maioria dos judeus no país historicamente tem sido liberal de esquerda, pró-reforma de armas, pró-controle de armas, oposta à posse pessoal de armas”, disse ele. “Judeus armados sempre foram vistos como um acontecimento estranho. Mas agora parece que a crença de longa data de que os EUA são um lugar no mundo onde os judeus estavam seguros está a chegar ao fim.”

Todos esses círculos eleitorais normalmente votantes podem estar repensando nas urnas em novembro próximo.

Ano eleitoral de 2024
Se o desempenho passado for um bom preditor do comportamento futuro, 2024 provavelmente será mais um ano de vendas recordes de armas de fogo. Este é especialmente o caso dada a chapa presidencial democrata do presidente Biden e da vice-presidente Kamala Harris, a chapa presidencial – e administração – mais anti-armas da história .

Em todos os anos de eleições presidenciais desde 2000, os totais anuais de vendas de armas de fogo ajustados pelo NSSF foram superiores aos do ano anterior, em alguns casos dos anos anteriores. Isso vale para 2004 (superior a 2003 e 2002), 2008 (superior a 2005, 2006 e 2007), 2012 (muito superior aos anos anteriores), 2016 (novo recorde) e 2020 (novo recorde vertiginoso).

As vendas de armas de fogo em 2024 podem não atingir os totais da era pandêmica de 2020 e 2021, mas parece que poderiam facilmente manter a tendência, ultrapassando 2023.

À medida que o presidente Joe Biden e sua administração continuam seu ataque de “todo o governo” à indústria legal de armas de fogo e continuam a pressionar mais o controle de armas, enquanto os americanos cumpridores da lei procuram proteger a si mesmos e a suas famílias, a Casa Branca pode sofrer um choque em novembro de 2024.
 

03 setembro, 2023

Cadete Isabela, da AMAN, quebra recorde de Tiro de 27 anos

Cadete Isabela Anjos dos Santos, do 2º Ano do Curso de Intendência da AMAN

*LRCA Defense Consulting - 03/09/2023

A 55ª edição da NAVAMAER, competição esportiva entre as escolas de formação de oficiais das Forças Armadas Brasileiras - Escola Naval (EN), Academia Militar das Agulhas Negras (AMAN) e Academia da Força Aérea (AFA) – ocorreu de 25 de agosto a 1º de setembro na AMAN, em Resende (RJ). Durante uma semana, cerca de 650 atletas competiram em 12 modalidades esportivas.

Com uma conquista histórica que marcou o universo esportivo das Forças Armadas, a Cadete Isabela Anjos dos Santos, do 2º Ano do Curso de Intendência da Academia Militar das Agulhas Negras (AMAN), transformou-se em um símbolo de superação e excelência após quebrar o recorde da prova de Fuzil Standard (03 posições individual) da competição.

Esse recorde estava intacto há 27 anos, pertencendo anteriormente ao então Cadete de Artilharia Guilherme Guimarães Ferreira (hoje Coronel), que o havia obtido na XXX NAVAMAER (Escola Naval), em 1996, com 565 pontos. Guilherme Guimarães Ferreira foi um dos grandes destaques das Forças Armadas no tiro de arma longa. Diversas vezes campeão brasileiro, participou de três Campeonatos Mundiais Militares e é o atual recordista sul-americano individual e por equipe da modalidade.

A esquerda, o Cel Ferreira, antigo recordista. Ao centro, a Cad Isabela, nova recordista

Na NAVAMAER deste ano, a Cadete Isabela encantou espectadores e competidores com sua precisão, controle e habilidade sem precedentes, obtendo incríveis 566 pontos, superando a antiga marca que havia se tornado um patamar que parecia instranponível.

A prova de Fuzil Standard é notória pela sua alta demanda em termos de precisão e habilidade. Neste contexto, a façanha de Isabela não só estabeleceu um novo recorde, mas redefiniu os padrões de excelência em competições de tiro, colocando seu nome na história do esporte de tiro de elite.

Motivação, disciplina e habilidades excepcionais compõem o arsenal desta jovem atiradora que alcançou o notável feito. A determinação e a paixão de Isabela servem como inspiração para outros atiradores aspirantes, provando que é possível ultrapassar barreiras que parecem intransponíveis. Ela acendeu uma luz no mundo do tiro esportivo que brilhará por muito tempo, exemplificando que os limites estão lá para serem desafiados e que o ser humano é capaz de conquistas extraordinárias, bastando que tenha foco, dedicação extrema, superação, vontade férrea, coragem e obstinação em busca de seu objetivo.

*Com informações da AMAN, do Exército Brasileiro, do portal Fonte 1 e da Internet.

 

01 março, 2022

Vendas de armas nos EUA continuam a aumentar, diz nova pesquisa

Vendedor mostra uma das pistolas (Taurus) em seu estande no SICUR 2022 International Security Show. (Foto de Joaquin Gomez Sastre/NurPhoto via Getty Images)

*FOX Business, por Michael Ruiz - 25/02/2022

As vendas de armas de fogo americanas permaneceram fortes em 2021, com quase 19 milhões de unidades vendidas legalmente nos EUA, o segundo maior total nas últimas duas décadas, de acordo com uma nova pesquisa do grupo de segurança doméstica e pessoal SafeHome.

As vendas  foram 40% superiores a 2019, embora tenham caído 13% em relação à alta (recorde) de 2020, revelam dados anuais compilados pela SafeHome.org .

"Em uma base geral e ajustada à população, mais pessoas estão comprando armas em quase todos os estados", segundo a organização.

Corie Colliton, editor sênior de pesquisa do setor da SafeHome.org, disse à FOX Business que 2019 viu cerca de 13,5 milhões de armas de fogo vendidas. Esse número cresceu para 21,5 em 2020 antes de cair um pouco no ano passado.

Quanto a 2022, Colliton se recusou a fazer projeções sobre onde as vendas podem terminar ainda este ano.

Dados mais recentes
Texas, Flórida, Califórnia e Pensilvânia tiveram mais de 1 milhão de vendas de armas no ano passado. O estado com o menor número foi o Havaí, com apenas 33 – o que na verdade é mais do que foi vendido lá um ano antes.

Em 2020, os americanos compraram mais de 21 milhões de armas, de acordo com a pesquisa. A alta anterior havia sido em 2016, com 16 milhões.

No entanto, a taxa de mortalidade por armas de fogo também aumentou cerca de 14% no ano passado, segundo o estudo. Apenas oito estados ficaram sem um incidente relacionado a armas de fogo em uma escola em 2021, disse Colliton. Os estados que mais viram problemas foram Illinois, Califórnia, Nova York e Carolina do Norte, nessa ordem.

'Criminosos agindo com impunidade'

“Nos últimos dois anos, americanos cumpridores da lei assistiram criminosos agindo com impunidade enquanto departamentos de polícia são desfinanciados”, disse Lars Dalseide, porta-voz da National Rifle Association, à FOX Business na segunda-feira. "Eles aprenderam que sua segurança é, em última análise, sua responsabilidade. Essas são as principais forças motrizes para o aumento das vendas de armas e também para o aumento do apoio à legislação constitucional de porte apoiada pela NRA, tornando legal que os proprietários de armas cumpridores da lei as carreguem para autodefesa sem uma autorização do Estado”.

Os pesquisadores usaram dados do National Instant Criminal Background Check (NICS) do FBI para todos os 50 estados e Washington, DC, para estimar as vendas.

O aumento nas vendas de armas também ocorre em meio ao crescente interesse em treinamento de sobrevivência e preparação para desastres, dizem os líderes do setor à FOX Business, bem como treinamento de armas de fogo para um número crescente de proprietários de armas de primeira vez.

Dave Katz, CEO do Global Security Group, disse que as preocupações com a segurança pública entre os moradores suburbanos que vivem perto de áreas atingidas por tumultos no verão passado podem ter levado muitos deles a comprar armas pela primeira vez.

"As pessoas viram agitação imediata e também perceberam que a aplicação da lei não seria capaz de protegê-las", disse ele à FOX Business na segunda-feira. "Há também uma tendência geral de comprar armas de fogo toda vez que um governo democrata assume o cargo - o medo é que a legislação limite a disponibilidade de certos tipos de armas de fogo".

Os dados do SafeHome de anos eleitorais anteriores mostram picos nas vendas de armas em todas as eleições presidenciais mais recentes, desde o primeiro mandato do presidente Barack Obama.

Aumenta a procura por treinamento
Katz também disse que mais alunos estão se inscrevendo para treinamento de segurança com armas.

“Temos muito interesse nas próximas aulas agora que estamos saindo dessas restrições ridículas do COVID”, disse ele à FOX Business na segunda-feira. "Existem milhões de proprietários de armas de primeira viagem que precisam de treinamento e percebem esse fato."

Shane Hobel opera uma escola de treinamento de sobrevivência no norte do estado de Nova York, onde ele disse que está vendo uma duplicação de alunos fazendo cursos de segurança com armas de fogo.

'Aumento de 100% nas vendas de armas'
"Houve um aumento de 100% nas vendas de armas", disse ele. "As lojas aqui estão sempre cheias. As vendas estão nas alturas."

Hobel disse que pode ser porque os democratas estão controlando as alavancas de Washington, DC, por enquanto, e as pessoas temem novas leis de controle de armas.

"As pessoas estão despertando para o potencial de exagero do governo, novamente", disse ele. "Não são apenas os homens, é literalmente todo mundo que está comprando."

O aumento das vendas de armas também ajudou a gerar um lucro inesperado de US$ 1,5 bilhão este ano em financiamento para a conservação da vida selvagem, anunciou o Serviço de Pesca e Vida Selvagem dos EUA em 11 de fevereiro.

Impostos sobre o equipamento de caça, tiro e pesca, bem como combustível para barcos, levaram ao financiamento.

A Associated Press informou que o programa de 85 anos cresceu 60% este ano e superou o recorde histórico de US$ 808 milhões estabelecido em 2015.

*Veja a matéria completa no link da FOX Business no início da reportagem.


23 janeiro, 2022

“Deus fez o homem e a mulher, mas Sam Colt os igualou” - posse de armas nos EUA está se diversificando

 


*The Economist - 22/01/2022

A imagem de um pistoleiro e Annette Evans provavelmente não se associam na mente. Ela é sino-americana, mora nos subúrbios da Filadélfia e se identifica como socialmente liberal – não o arquétipo conservador do homem branco rural. No entanto, ela possui mais de uma dúzia de rifles, pistolas e espingardas (“uma para cada ocasião, como bolsas ou sapatos”) e ministra cursos de autodefesa para mulheres. Sua raça e gênero a colocam em risco, diz ela. “Pode ser uma pequena chance de eu encontrar alguém que vai me matar, mas sem uma arma, eu vou morrer.”

Mais donos de armas, especialmente os novos, se parecem com a Sra. Evans. Dos 7,5 milhões de americanos que compraram armas de fogo pela primeira vez entre janeiro de 2019 e abril de 2021 – à medida que a compra de armas aumentou em todo o país – metade era do sexo feminino, um quinto negro e um quinto hispânico, de acordo com um estudo recente de Matthew Miller, da Northeastern University e seus coautores. A proporção de adultos negros que se juntaram às fileiras de posse de armas, 5,3%, foi mais que o dobro dos adultos brancos. Isso é novo: em uma pesquisa anterior, em 2015, novos compradores tendiam para brancos e homens, embora fossem mais politicamente liberais do que os de longa data. No geral, os proprietários de armas de hoje ainda são em grande parte brancos (73%) e homens (63%). Mas eles estão se diversificando.

A cultura das armas ampliou seu apelo. Décadas atrás, a maioria das pessoas comprava armas para caça e tiro recreativo. Agora eles fazem isso principalmente para autodefesa, que é uma preocupação universal. As pessoas que se sentem vulneráveis ​​ao crime ou têm menos fé na polícia são mais propensas a se armarem.

O aumento das taxas de homicídio em 2020 e 2021 aumentou essas ansiedades (os negros são as vítimas mais prováveis). A adesão à National African American Gun Association cresceu em 2020 em mais de 25%, para 40.000. Os negros têm uma longa história de posse de armas: Harriet Tubman as carregava, Martin Luther King as mantinha em casa. Mas essa tradição foi “sub-reptícia” por muito tempo, diz Aqil Qadir, um atirador de terceira geração que dirige um centro de treinamento de armas de fogo no Tennessee.

Muitos dos novos proprietários de armas veem as armas de fogo como um equalizador – um remédio para a vulnerabilidade que sentem. The Pink Pistols, um grupo lgbt, proclama que “queers armados não são espancados”. “Deus fez o homem e a mulher, mas Sam Colt os igualou”, diz a máxima de uma atiradora. A posse de armas pelas mulheres sempre seguiu isso entre os homens: as mulheres tendiam a atirar porque os homens da família o faziam. Mas Robyn Sandoval, chefe de A Girl and a Gun, um grupo de tiro, vê cada vez mais mulheres comprando armas por iniciativa própria: um terço dos novos membros de sua organização em 2021 disse que eram os únicos atiradores de sua família.

A ampliação da tendência é boa para os fabricantes e ruim para os defensores do controle de armas. Os proprietários são mais politicamente ativos em questões de armas do que os não proprietários. Já pode ter surtido efeito. De acordo com uma pesquisa da Gallup, em 2021 o apoio a leis mais rígidas caiu cinco pontos percentuais, para o menor nível em sete anos.

05 janeiro, 2022

Taurus: verificações para vendas de armas nos EUA em 2021 quase igualam o recorde de 2020


*LRCA Defense Consulting - 05/01/2022

A verificação de antecedentes do FBI para vendas de armas (NICS - National Instant Criminal Background System Checks) de dezembro de 2021, que inclui boa parte das fortes vendas da semana da Black Friday, das temporadas de caça e das vendas nas festas de fim de ano, já fez de 2021 o segundo maior ano de vendas de armas já registrado na história do Estados Unidos, marcando um percentual apenas 2% menor que o ano recorde e atípico de 2020, com base nos números do NICS. 

Esta Consultoria acredita que o forte incremento de casos de COVID-19 nos Estados Unidos, a fraqueza do governo Biden e as limitações que os democratas querem impor à venda de armas continuem estimulando os americanos a adquiri-las em números significativos pelos próximos meses, mantendo o mercado de armas e munições fortemente aquecido nesse país.

Assim, com cenários semelhantes aos de 2020 e de 2021, esse fato deverá se traduzir em novas vendas recordes da Taurus Armas nos EUA, o que justifica ainda mais as já anunciadas estratégias da empresa de entrar nos mercados de armas longas e de Law Enforcement (agências de aplicação da lei, como polícias, tribunais e correcionais, em todos os níveis). 


Confira, abaixo, uma matéria publicado hoje nos Estados Unidos: 

Venda de armas em Connecticut atinge a maior alta de 5 anos em 2021, em uma onda nacional de compra de armas de fogo

 


*The News-Times, por Rob Ryser - 05/01/2021

A atividade de venda de armas atingiu a maior alta em cinco anos em Connecticut em 2021, quando os compradores montaram uma onda nacional de compras relacionadas a armas de fogo que viu o segundo maior número de verificações de antecedentes já registradas pelo FBI.

“Esses números que estamos vendo para verificações de antecedentes associados à venda de uma arma de fogo seriam impensáveis ​​apenas cinco anos atrás, mas esta indústria está atendendo a essa demanda crescente”, disse Mark Oliva, diretor de relações públicas da National Shooting Sports Foundation, com sede em Newtown, a associação comercial da indústria de armas de fogo. “O futuro parece ser que as vendas de armas de fogo continuarão a manter um ritmo elevado em relação ao que foi testemunhado antes de 2020.”

Oliva está se referindo a uma tendência nacional de aumentar a posse de armas que é alimentada por preocupações de que a polícia não pode manter as pessoas seguras e que as propostas de controle de armas promovidas pelos democratas irão restringir a liberdade das pessoas na Segunda Emenda.

Em Connecticut, que aprovou uma das leis de reforma de armas mais duras do país após o massacre de 26 alunos da primeira série e educadores da Escola Primária Sandy Hook em 2012, a venda de armas geralmente segue a tendência nacional.

Mas 2021 foi diferente. Autoridades estaduais viram uma indicação do frenesi de compra de armas em Connecticut neste verão, quando um sobrecarregado Departamento de Serviços de Emergência e Proteção Pública lançou uma atualização de seu sistema de verificação de antecedentes que causou atrasos generalizados e retenções nas vendas de armas, pedidos de autorização de pistola e transferências de armas de fogo.

O aumento na compra de armas continuou durante a segunda metade do ano.

“Aumentos nas verificações de antecedentes foram vistos em estados com leis de armas muito rígidas e funcionários eleitos que favorecem um controle mais rígido de armas que diminuiria a capacidade dos cidadãos cumpridores da lei de exercer seus direitos da Segunda Emenda, e isso inclui Connecticut”, disse Oliva na terça-feira. “Os americanos - incluindo os residentes de Connecticut - estão literalmente votando com suas carteiras quando se trata da posse legal de armas de fogo.”

O presidente do maior grupo de proprietários de armas de Connecticut, com sede em Southbury, concordou.

“(Os legisladores) frequentemente falam sobre Connecticut como o auge do que o controle de armas deve ser, mas os residentes de Connecticut não se sentem seguros em suas comunidades”, disse Holly Sullivan, que viu o número de membros da Liga de Defesa dos Cidadãos de Connecticut crescer 40 por cento para 43.000 membros em dois anos. “Os residentes de Connecticut continuam a provar que querem ter acesso a armas de fogo.”

Os números finais publicados na terça-feira no Sistema de Verificação Instantânea de Antecedentes Criminais do FBI mostram que houve um total de 277.000 verificações de antecedentes em Connecticut em 2021.

Para encontrar um ano com mais verificações de antecedentes em Connecticut, você precisa voltar ao ano da eleição presidencial de 2016, quando a preocupação com o controle de armas sob uma Casa Branca democrata alimentou 317.000 verificações de antecedentes.

Em todo o país, houve 38,9 milhões de verificações de antecedentes em 2021, em comparação com 28 milhões em 2019, de acordo com o FBI. Os números de 2021 não foram tão altos quanto o recorde histórico de 39,7 milhões de verificações de antecedentes em 2020, quando a nação estava em seu ponto de ruptura devido à crise do coronavírus, ao assassinato de George Floyd e à eleição de um presidente.

Uma verificação de antecedentes não é a mesma coisa que uma venda de armas, uma vez que uma verificação de antecedentes pode cobrir várias compras e uma vez que a verificação de antecedentes é necessária para outros tipos de transações relacionadas com armas de fogo, como licenças para porte velado de pistola. No entanto, uma vez que não há registros independentes mantidos de vendas de armas de fogo domésticas para o mercado civil, as verificações de antecedentes do FBI têm servido desde 1999 como a próxima coisa mais próxima.

O NSSF usa uma fórmula proprietária que extrai registros não relacionados às vendas reais dos dados do FBI para aproximar com mais precisão as compras de armas de fogo. De acordo com os números ajustados do NSSF, houve 18,5 milhões de verificações de antecedentes para a venda de uma arma de fogo em 2021, perdendo apenas para o número recorde de 2020 de 21 milhões.

“Isso nos mostra que há um apetite forte e contínuo pela posse legal de armas de fogo na América”, disse Oliva.

29 junho, 2021

EUA: demanda por armas e munições é "sem precedentes" e turbina o lucro das empresas

Smith e Wesson
Daniel Karmann / imagem aliança via Getty Images

*Daily Wire - 29/06/2021

Enquanto o presidente Biden está atacando a posse de armas com declarações como “A Segunda Emenda, desde o dia em que foi aprovada, limitou o tipo de pessoa que poderia possuir uma arma e que tipo de arma você poderia possuir. … Bem, a árvore da liberdade não é [regada] com o sangue dos patriotas; o que aconteceu é que nunca houve, se você quiser, se você acha que precisa ter armas para enfrentar o governo, você precisa de F-15s e talvez algumas armas nucleares”, uma das maiores empresas de armas da América informou que se tornou a primeira empresa de armas a faturar mais de US $ 1 bilhão em vendas em um ano civil.

Como Stephen Gutkowski relata no The Reload , “Smith & Wesson relatou seu melhor ano de vendas em 2020,  atingindo US $ 1,1 bilhão  em vendas líquidas pela primeira vez. Isso representa um aumento de mais de 100 por cento em relação a 2019.”

Em 17 de junho, o CEO da Smith & Wesson, Mark Smith, declarou em uma teleconferência de resultados:

"Hoje, anunciamos aos nossos funcionários que, neste ano, distribuiremos mais de $ 14 milhões para funcionários qualificados, o que representará 15% do salário anual de cada funcionário. Além disso, a empresa atingiu um marco muito significativo no ano fiscal de 2021, ultrapassando US$ 1 bilhão em vendas pela primeira vez em nossa história de 169 anos. Como eu disse, isso não teria sido possível sem todos os nossos funcionários. E assim, em reconhecimento a este marco, também iremos premiar todos os funcionários que não são elegíveis para o nosso programa de bônus de gestão um bônus especial de US$ 1.200 para um funcionário em tempo integral e US$ 600 para trabalhadores temporários, rateados para o mês de serviço durante o ano fiscal e a ser pago na próxima quinta-feira, 24 de junho.

Recordes
“Nossa receita no quarto trimestre de quase $ 323 milhões foi o maior trimestre já registrado e marca o quarto trimestre consecutivo de quebra de recorde para a empresa, fechando um ano em que a empresa alcançou pouco menos de $ 1,1 bilhão em receita, como mencionei há pouco, ultrapassando a marca de US$ 1 bilhão pela primeira vez em nossa história ”, continuou ele, acrescentando: “Nossas equipes de logística de manufatura produziram e despacharam cerca de 2,5 milhões de unidades no último ano fiscal, representando um aumento de 70% ano a ano, enquanto durante o mesmo período, o mercado de armas de fogo dos EUA, medido pelo NICS, cresceu 42%. ”

Deana McPherson, CFO da empresa, revelou: “Nosso Conselho autorizou um novo programa de recompra de ações de $ 50 milhões, bem como um aumento de 60% em nosso dividendo trimestral para 8 centavos por ação.”

Demanda se reflete em todo o setor de armamento leve e munições
Gutkowski observou que Smith & Wesson não estava sozinha em seu sucesso, escrevendo: “Ruger  relatou  um salto de quase 50 por cento nas vendas líquidas durante o primeiro trimestre de 2021, enquanto os principais fabricantes de munições Olin Company e Vista Outdoor viram um aumento de cerca de quatro vezes os preços das ações no ano passado. ”

Mark Oliva, da National Shooting Sports Foundation, disse a Gutkowski: “Acho que todos os fabricantes no momento estão se beneficiando desse nível descomunal de demanda que estamos testemunhando. Estamos em um período de demanda sem precedentes. Isso é inegável. ”

20 junho, 2021

Vendas da Smith & Wesson dobram nos EUA e ações disparam na NASDAQ

Fundação Nacional de Tiro Esportivo sedia feira comercial anual em Las Vegas


Nota preliminar da LRCA Defense Consulting
Após divulgar, no dia 17, resultados considerados excepcionais por ela mesma e pelo mercado americano, as ações da Smith & Wesson saltaram 17,57% na NASDAQ no dia seguinte, levando com elas a maior parte das empresas de armamento leve e do setor de outdoor (esportes ao ar livre), inclusive as da brasileira Taurus Armas.

Curiosamente, nos Estados Unidos a Taurus é também considerada uma empresa americana, já que possui fábrica nesse país há cerca de 40 anos. Além disso, tem o primeiro lugar na venda de revólveres e a pistola mais vendida (G2c) em sua categoria, é a quarta marca mais vendida no país e a primeira entre as importadas.

Desempenho das ações americanas de armamento leve e outdoor em 18/06 (Trademap)

Veja, a seguir, a matéria da Forbes sobre o desempenho recorde da Smith & Wesson e as razões que a levaram a isso.

As vendas de armas da Smith & Wesson dobraram para mais de US $ 1 bilhão no ano até maio

*Forbes, por Aaron Smith - 17/06/2021

A Smith & Wesson relatou que suas vendas dobraram em seu último ano fiscal para US $ 1,1 bilhão, enquanto os americanos estocavam armas e munições em meio à pandemia de coronavírus, gerando um lucro de US $ 252,04 milhões e dando-lhe dinheiro para pagar todas as suas dívidas.

O CEO Mark Smith disse a analistas em uma teleconferência que a empresa celebraria, pela primeira vez em seus 169 anos de história, que ultrapassou US $ 1 bilhão em vendas anuais de armas, dando a funcionários em tempo integral US$ 1.200 em bônus e, a funcionários em tempo parcial, US$ 600, proporcionalmente ao tempo trabalhado durante o ano.

4º Trimestre (americano)
No quarto trimestre, encerrado em 30 de abril, a Smith & Wesson, um dos fabricantes de armas mais veneráveis ​​do mundo, relatou que suas vendas líquidas aumentaram 67%, para $ 322,9 milhões em relação ao mesmo período do ano anterior, e registrou lucro líquido de $ 89,03 milhões, em comparação com o prejuízo de um ano atrás.

A empresa, com sede em Springfield, Massachusetts, atribuiu as fortes vendas à contínua demanda do setor por armas e munições. A S&W disse que teve quatro trimestres consecutivos de vendas recordes, com um aumento de preço de 3% durante esse período. Isso inclui o tempo em que Smith & Wesson operou como uma empresa de armas de fogo puro, tendo desmembrado a American Outdoor Brands em agosto de 2020.

Pandemia, volatilidade política, turbulência econômica, criminalidade e distúrbios civis
Armas de fogo e munições foram vendidas como nunca durante a pandemia do coronavírus. Os americanos estão comprando armas de fogo para autoproteção enquanto a vida se torna cada vez mais assustadora durante um período de turbulência econômica, volatilidade política, aumento da criminalidade nas principais cidades, tiroteios em massa, crimes de ódio contra pessoas de ascendência asiática e surtos de agitação civil, incluindo os distúrbios no Capitólio de 6 de janeiro. A violência armada está aumentando em Nova York e Chicago, e tiroteios fatais ocorreram no último fim de semana em Austin, Texas, Cleveland, Ohio e Savannah, Geórgia.

O crescimento recorde nas vendas de armas é apoiado, em parte, pela introdução de milhões de compradores de primeira vez desde que a pandemia Covid-19 varreu os Estados Unidos no início de 2020. Os novos compradores incluem um número crescente de mulheres e minorias, incluindo ásio-americanos e negros americanos . Esta é uma boa notícia para empresas de armas como a Smith & Wesson, que historicamente atendem aos homens brancos e têm cobiçado esses grupos demográficos como novos consumidores em potencial.

Mark Smith estimou que pelo menos 10 milhões de pessoas compraram armas pela primeira vez desde o início de 2020.

Muitos dos compradores estão adquirindo pistolas semiautomáticas compactas que são relativamente fáceis de usar e transportar para autoproteção. Isso inclui a Smith & Wesson M&P 9 Shield EZ, que é feita em vários tamanhos, incluindo subcompacto e microcompacto, que são os tamanhos preferidos para transporte oculto. Os concorrentes fazem pistolas semelhantes, como Sturm, Ruger com sua MAX-9, uma pistola semiautomática de tamanho pequeno.

As pessoas também estão comprando espingardas e fuzis para defesa doméstica, incluindo fuzis  semiautomáticos como os AR-15s feitos para o mercado civil. A Smith & Wesson fabrica uma linha de AR-15 chamada M&P 15 Sport Series. Esses fuzis são feitos para diferentes calibres, incluindo .22, que é usado para tiro ao alvo e plinking, e também .223, que é usado em modelos militares de AR-15s.

Os americanos também estão comprando AR-15 em parte por medo de que o presidente Joseph Biden, um democrata que possui armas, cumpra sua promessa de reprimir as armas de assalto, que incluem AR-15, que os fabricantes de armas preferem chamar de fuzis esportivos modernos ou MSRs. Armas de assalto têm sido usadas em muitos tiroteios em massa.

A Smith & Wesson vende seus AR-15s junto com carregadores de 30 rodadas que são restritos em muitos estados, incluindo Nova York, Massachusetts e Califórnia, que não permitem carregadores com capacidade para mais de 10 rodadas. Biden quer proibir esses carregadores de alta capacidade para compradores civis porque eles se tornaram a arma preferida em muitos tiroteios em massa. Homens armados em vários tiroteios em massa usaram fuzis ou pistolas carregadas com pentes que podem conter mais de 10 tiros, então eles não precisam parar e recarregar com tanta frequência.

A Smith & Wesson tem muita concorrência, incluindo seu rival de maior participação no mercado, Sturm, Ruger, que fabrica a linha LCP de pistolas semiautomáticas e a pistola e fuzil AR-556 semiautomáticos. Outros fabricantes de armas importantes incluem Glock, Sig Sauer, Beretta, Daniel Defense, Barrett, HK, Springfield Armory e Savage Arms.

Munição também tem grande demanda
Os principais fabricantes de munições são a Vista Outdoor, que adquiriu uma fábrica de munições da Remington depois de ter entrado com o Capítulo 11 de proteção contra falência novamente no ano passado, e a Olin, fabricante de produtos químicos industriais que também possui a marca Winchester. Essas empresas não foram capazes de fabricar munição suficiente para atender a uma demanda sem precedentes. Consumidores e varejistas reclamaram de corredores vazios em lojas de armas em todo o país. Até mesmo os recarregadores, que montam sua própria munição, têm problemas para obter suprimentos. A falta de munição decorre de uma luta internacional por matérias-primas, incluindo o cobre, que é usado em balas.

“Não está melhorando, mas não está piorando”, disse Mark Smith, quando questionado por um analista sobre a falta de estoque.

A Smith & Wesson tem uma longa história em lidar com o fluxo e refluxo da demanda. Os picos e quedas constantes ao longo dos anos deixaram os fabricantes de armas cautelosos sobre expansões caras na capacidade de fabricação.

Mark  Smith, na conversa com analistas, atribuiu parte do sucesso ao modelo de manufatura “flexível” da empresa. Os executivos da Smith & Wesson frequentemente elogiam a estratégia “flexível” da empresa de absorver essa demanda terceirizando a fabricação de certas peças de armas para outras empresas, permitindo que a empresa evite expansões caras e permanentes de sua capacidade fabril.

02 junho, 2021

Nos EUA, prossegue a corrida às armas. NICS de maio é recorde para o mês e para o período


*LRCA Defense Consulting - 02/06/2021

A grande procura por armas nos Estados Unidos prossegue firme, como mostra o número do NICS - National Instant Criminal Background System Checks referentes a maio de 2021, hoje divulgado.

Com ele, é possível verificar que os números de maio e do período de cinco meses de 2021 são recordes absolutos para ambos, considerando-se toda a série histórica iniciada em 1998.

Foram 3.222.105 em maio de 2021, contra 3.091.455 no mesmo mês de 2020, significando um acréscimo percentual de 4,22%. Em cinco meses, já foram realizadas 48,33% de todas as verificações de 2020, o que indica uma tendência de o ano de 2021 apresentar também um recorde histórico.

As verificações de antecedentes não se correlacionam necessariamente com as vendas de armas, que não são monitoradas oficialmente nos Estados Unidos, mas se constituem no melhor indicador existente para poder estimá-las.

Como se pode constatar, as vendas de armas, que aumentaram drasticamente durante os primeiros meses da pandemia do coronavírus, continuaram a aumentar nos Estados Unidos, com os compradores de primeira viagem representando mais de um quinto dos americanos que compraram armas.

O desenvolvimento irá frustrar e desapontar os defensores do controle de armas que apontam o grande número de armas de fogo já circulando na sociedade americana.

Um estudo da General Social Survey, com dados de uma pesquisa de opinião pública conduzida por um centro de pesquisa da Universidade de Chicago, mostrou que 39% das famílias americanas possuem armas, contra 32% em 2016.

Um outro estudo de dados, compilado pela Northeastern University e pelo Harvard Injury Control Research Center e divulgado pelo New York Times, mostra que 6,5% dos adultos norte-americanos, ou 17 milhões de pessoas, compraram armas no ano passado, ante 5,3% em 2019.

Destes, quase um quinto que comprou armas no ano passado eram proprietários de armas pela primeira vez, dos quais metade eram mulheres, um quinto eram negros e um quinto eram hispânicos, desafiando o estereótipo de são os proprietários brancos de armas que constroem arsenais pessoais. Em 2021, os proprietários de armas em geral eram 63% homens, 73% eram brancos, 10% eram negros e 12% hispânicos.

Separadamente, o The Trace, um grupo apartidário que monitora as vendas de armas, estima que 2,3 milhões de armas foram compradas apenas em janeiro. As vendas, que permaneceram praticamente estáveis ​​durante a presidência de Trump, saltaram 64% em 2020, disse o grupo.

“Os americanos estão em uma corrida armamentista contra si mesmos”, disse o representante do conselho municipal de South Los Angeles, Marqueece Harris-Dawson, ao New York Times . “Houve uma corrida às armas tanto quanto ao papel higiênico no início da pandemia.”

O aumento das vendas de armas ocorre no momento em que, em maio, o Texas se tornou o 20º estado a aprovar uma legislação que não exige mais uma licença para porte velado de arma. 

*Com informações do The Guardian.

15 maio, 2021

Taurus poderá ter um trimestre histórico

Parte da futura planta da Taurus em S. Leopoldo, após a expansão

*LRCA Defense Consulting - 15/05/2021

Após ter sido adquirida pela CBC no final de 2014, ter iniciado seu turnaround no final de 2017 e, principalmente, depois de estar sobre a dinâmica administração do CEO Global Salesio Nuhs e de sua competente equipe a partir de 2018, a multinacional brasileira Taurus Armas vem colecionando resultados positivos e recordes em todos os seus números.

Os balanços do 4º trimestre de 2020, do ano de 2020 e do primeiro trimestre de 2021 não deixam dúvidas de que a empresa está sólida, produzindo e gerando caixa como nunca, além de mostrar uma margem de lucratividade sem paralelo entre as companhias mundiais similares que divulgam seus dados ao público. Como se não bastasse, resolveu de forma brilhante seu endividamento e voltou a ter patrimônio líquido positivo, preparando-se agora para remunerar seus acionistas com dividendos e/ou, quem sabe, investir o capital em uma aquisição estratégica ou numa nova joint venture.

Confira os resultados passados nessas matérias:

- Taurus tem recorde de Ebitda, de Margem Ebitda e de produção no 1º trimestre 

- Em turnaround  "de livro", Taurus registra Patrimônio Líquido positivo e lucro de R$ 263,6 mi em 2020

No entanto, uma empresa não progride somente "olhando para o espelho retrovisor" e se vangloriando de seus sucessos anteriores.

Na mira, o futuro
Salesio Nus não tem economizado palavras para afirmar, nas diversas lives em que participou neste ano, que o planejamento de longo prazo da Taurus visa torná-la a maior empresa de armamento leve do mundo. Para tanto - além de estar modernizando e ampliando em 50% sua fábrica no Brasil, e expandindo a produção na nova unidade americana - a multinacional brasileira está avançando a passos largos no mercado internacional, visando, principalmente, países com expressivo crescimento. Com isso, a empresa pratica a estratégica diversificação geográfica de suas vendas e passa a ter uma posição de proeminência em mercados com grande potencial, onde seu diferencial é oferecer soluções completas de alta tecnologia.

No bojo desse cenário é possível entender a joint venture com o poderoso grupo Jindal na Índia (mercado capitalista com o maior potencial mundial de vendas de armas), bem como (somente em 2021) as duas vitórias históricas para o fornecimento do fuzil T4 para as Forças Armadas das Filipinas, a venda de fuzis T4 e pistolas PT92 para um estratégico país africano (com possibilidade de uma grande ampliação), a provável venda de uma expressiva quantidade de fuzis T4 e submetralhadoras SMT9 para as Forças Armadas da Malásia e para a Polícia Real deste país, e a participação em uma milionária licitação para fornecer 93.985 mil fuzis T4 à Índia, além de outros grandes negócios internacionais que estão em tratativas no Oriente Médio, no Leste Europeu, na Ásia e na África.

Segundo trimestre de 2021
Aproximando bem mais esse futuro e o trazendo para o trimestre em curso (Abr/Mai/Jun), alguns analistas que a cobrem estão firmando o consenso de que a empresa poderá mostrar um destaque ímpar em seu próximo balanço, haja vista estar havendo uma conjunção de fatores positivos.

Em termos de produção, o CEO da Taurus afirmou que a companhia está produzindo 9.510 armas por dia (a partir de abril), um recorde histórico, com tendência a aumentar ainda mais, pois a unidade americana está em pleno ramp up de produção, enquanto que a brasileira vai aumentando a produtividade por meio da otimização e racionalização de processos, aguardando a concretização de sua expansão de 50% no final do ano. O objetivo da empresa é produzir mais de dois milhões de armas em 2021, o que será facilmente alcançado mantendo-se os números atuais.

A Taurus confirmou ter um backorder (pedidos firmes em carteira) de quase 2,5 milhões de armas, o que se traduz por mais de 18 meses de produção à frente já garantida. Além disso, a demanda americana continua fortemente aquecida e os indícios são de que essa tendência continue firme, como demonstram os últimos números do FBI (NICS).

A companhia também afirma que, a partir do trimestre em curso, a fabricação da pistola GX4 vai aumentar ainda mais o volume da unidade nos EUA. Como esta pistola tem custo de produção muito próximo ao dos modelos atuais, isso significa também um aumento no ticket médio de venda e uma ampliação das margens.  

Salesio também declarou que a GX4 terá uma versão Toro, ou seja, pronta para ótica, assim com já existe na TX22, G3 e G3c. No dia 13 passado, faltando ainda seis dias para seu lançamento conjunto BR/EUA (19 de maio), a GX4 já tinha um backorder de 160.000 armas, o que dá a dimensão do sucesso de vendas que a espera.

Modelos como a GX4, as demais pistolas da linha Toro, os revólveres 460 RH e Heritage 14” e 15”, todos com excelentes vendas no mercado americano, são posicionados em uma linha “premium”, para clientes que buscam um produto diferenciado e estão dispostos a pagar por esse diferencial. Esses modelos incorporam maior valor agregado e, portanto, trazem maiores margens para a Companhia.

Além do esperado aumento nas vendas, o caixa da empresa será engrossado neste trimestre com o produto do fornecimento de 13.530 fuzis T4 para as Forças Armadas das Filipinas e de 4.500 pistolas TH9 para a Polícia Nacional de Burkina Faso, o que poderá representar o ingresso de um valor em torno de 45 milhões de reais.

Por outro lado, caso seja mantido o atual cenário de valor da moeda americana, poderá se repetir algo semelhante ao que aconteceu no 4T20, quando este iniciou com um valor alto do dólar e finalizou com um valor mais baixo. Essa variação cambial ativa impactou positivamente na dívida em moeda estrangeira e gerou um lucro contábil de quase 120 milhões de reais no referido período.

Corroborando a hipótese da possibilidade de um trimestre "histórico", veja abaixo a análise de Marco Saravalle, Analista Certificado (CNPI) e Estrategista-chefe da casa de análises Sara Invest, com data de 10 de maio. Saravalle tem a autoridade de estar acompanhando de perto a Taurus há mais de dois anos, quando identificou o turnaround da empresa e passou a analisá-la e recomendá-la.


Marco Saravalle, da Sara Invest

 

Além da Sara Invest, as casas de análise Eleven Financial Research, Nord Research e Suno Research também conhecem profundamente a empresa, como pode ser conferido nos vídeos abaixo, realizados após a divulgação dos dados referentes ao primeiro trimestre de 2021.


Analista Raphael Figueiredo (Eleven)

 


Analista Bruce Barbosa (Nord)



Live com a Eleven


Live com a Nord


Live com a Suno

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