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Lançamento do drone kamikaze, desenvolvido pela Marinha, durante voo de teste no primeiro dia de treinamento em Formosa– Imagem: Suboficial Ibraim Gonçalves/Marinha do Brasil |
*LRCA Defense Consulting - 29/09/2025
A Marinha do Brasil alcançou um marco histórico em sua capacidade operacional ao testar pela primeira vez o drone kamikaze nacional, um protótipo desenvolvido pelo Batalhão de Combate Aéreo que veio para transformar o conceito de guerra aérea no país. Com 1,64 metro de envergadura, fuselagem de 65 centímetros e capacidade para operar a até 5 km de distância com uma carga explosiva capaz de inutilizar veículos e aeronaves, o drone foi uma das principais novidades da Operação Atlas, exercitando taticamente uma defesa moderna e integrada da região amazônica.
O emprego de drones kamikaze representa uma revolução estratégica para as Forças Armadas brasileiras. Diferentemente dos drones tradicionais, usados basicamente para inteligência, vigilância e reconhecimento, os drones kamikaze cumprem missões ofensivas e de ataque direto ao inimigo. Além de potencializar a precisão dos ataques, eles reduzem o risco de vidas humanas ao serem remotamente pilotados em zonas hostis, tornando a guerra mais tecnológica e menos custosa em termos de recursos humanos.
Estes drones têm demonstrado seu impacto global em conflitos recentes, como na Ucrânia e no Oriente Médio, onde grupos com recursos limitados conseguem desafiar potências militares por meio dessa tecnologia acessível e eficiente. Para o Brasil, o desenvolvimento do drone kamikaze simboliza um salto na independência tecnológica e na capacidade de defesa nacional, alinhando-se a tendências mundiais de automação militar e operação de enxames de drones para saturar defesas inimigas.
Além disso, o uso de drones kamikaze permite às Forças Armadas brasileiras ampliar a flexibilidade e a capacidade de projeção de poder em operações complexas, reduzindo custos e aumentando a eficácia em espaços difíceis da Amazônia ou em missões de rápida resposta. Como demonstrado na Operação Atlas, a integração entre o drone kamikaze, mísseis anticarro de alta precisão e outros sistemas de armas cria um ambiente tático moderno, eficaz e preparado para enfrentar ameaças assimétricas, no qual o domínio do espaço aéreo não tripulado torna-se decisivo.
Em resumo, o drone kamikaze nacional não é apenas um avanço tecnológico; é um ativo estratégico que fortalece a capacidade defensiva e ofensiva do Brasil no cenário militar contemporâneo, possibilitando à Marinha e às Forças Armadas manterem-se atualizadas frente às evoluções das ameaças globais e garantindo soberania em territórios sensíveis como a Amazônia.
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