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16 abril, 2020

Indústrias bélica e espacial fazem ‘armas’ anti-Covid-19



*Com informações de SP Rio e Tecnodefesa - 16/04/2020

Acostumada a produzir equipamentos e tecnologia para guerras e pesquisas espaciais, a indústria de defesa e o Cluster Aeroespacial Brasileiro entraram com força no combate ao coronavírus.
Com liderança da Abimde (Associação Brasileira das Indústrias de Materiais de Defesa e Segurança), que faz parte de um grupo de trabalho em apoio ao governo federal, a indústria de defesa dispôs suas cerca de 200 empresas para responder ao enfrentamento ao Covid-19.
“Muitas das empresas têm produtos e serviços que atendem tanto o segmento militar quanto o civil”, disse Roberto Gallo, presidente da Abimde.
VOA: aeronaves na pulverização de ruas e ambientes públicos
Empresa de São José dos Campos, a VOA, plataforma online que conecta usuários com operadores de drones de pulverização de lavouras, tem incentivado o uso das aeronaves na pulverização de ruas e ambientes públicos.
A primeira parceria foi firmada com a Prefeitura de Ampère, no Paraná, onde a empresa mantém uma unidade.
Segundo Nei Brasil, fundador e CEO da VOA, a ideia é ampliar a campanha. Para tanto, a empresa tem entrado com a tecnologia e com o pessoal especializado em campo. “Podemos contribuir com o uso de drones para desinfetar os ambientes em lugares públicos”.
Opto Space & Defense: câmeras termais
Pertencente ao grupo Akaer, de São José, a Opto Space & Defense tem câmeras termais para combater a doença.
Os equipamentos identificam potenciais contaminados à distância, em áreas remotas e grandes concentrações, como aeroportos e prédios públicos.
A ferramenta de identificação de indivíduos em estado febril mais barata e capaz de atender grandes grupos em tempo real é a utilização de imageamento termal; sendo possível utilizar sistemas termais em grandes concentrações como saguões de aeroportos, acessos de prédios públicos, escolas e universidades, shopping centers ou porta de fábricas. Unidades móveis podem também serem usadas em estradas ou rincões remotos do interior.

Hoje, a Opto possui pelo menos 2 produtos que podem ter aplicações muito interessantes na linha de identificação de vetores de risco:

O Opto-ThermoScan-H – Concebido a partir do produto OLHAR NG, pela Opto SD (câmera portátil), para o Exército Brasileiro a fim de propiciar maior precisão na faixa entre 36 e 42 graus e servir como ferramenta móvel para identificação de potenciais contaminados à distância, inclusive em áreas remotas;


O Opto-ThermoScan-Sys– Concebido a partir do produto SUV (Sistema Universal de Vigilância) para Veículos de Combate em demonstração, também no Exército Brasileiro, para atuar como um Portal a ser usado em aeroportos, fábricas e/ou áreas críticas para identificar riscos potenciais em aglomerações e passagem de grande número de pessoas, sem necessidade de medição individual.


O sistema identifica e monitora o indivíduo que deve ser separado e ter uma avaliação específica. Propiciará uma grande assertividade, reduzindo a margem de erros humanos, propiciando a redução de pessoal e custo, além de ser imperceptível aos transeuntes. Ambas as soluções necessitam de ajustes mínimos apenas para facilitar a operação, além de ter emprego dual, uma vez que são derivativos de produtos desenvolvidos para o Ministério da Defesa nos últimos anos.
Força Tarefa
Com 103 empresas do setor para combater a pandemia, o Cluster Aeroespacial Brasileiro desenvolve projetos contra a pandemia. Do total, 29% estão agindo de forma direta, produzindo itens como máscaras, protetores e peças de respiradores, até o monitoramento de estruturas críticas.
Há ainda àquelas atuando com usinagem e corte a laser de peças, manufatura, estudo e desenvolvimento de projetos, impressão 3D, modelagem e simulações, tratamento de dados e testes, entre outros.
Sediada em São José, a Alltec fabrica 150 protetores faciais por semana, doados ao Hospital São Francisco de Assis, de Jacareí, e a cidades do Vale.
Com unidade no Parque Tecnológico, a Altave tem balões de iluminação que atendem a hospitais de campanha, que necessitam ser instalados rapidamente. “O Cluster busca empresas para atuar nas soluções contra a pandemia”, disse o coordenador Marcelo Nunes.
Embraer lidera grupo de empresas para produção de peças para respiradores 
A Embraer lidera iniciativa que envolve oito empresas do setor aeronáutico do Vale do Paraíba e de Campinas para a produção de componentes para montagem de ventiladores pulmonares.
As companhias vão apoiar a fabricação de 5.000 aparelhos até o fim de abril, com a produção de peças usinadas. A meta é dar escala e velocidade à produção.
As fábricas estão instaladas em São José dos Campos, Jambeiro, Guaratinguetá, Taubaté e Campinas. Todas são fornecedoras da Embraer de peças de usinagem complexa.
A capacidade produtiva vai subir de 100 peças por dia para 350 nas próximas semanas. São fabricados dois componentes.

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