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26 novembro, 2020

Embraer solicita parceiros para potencial turboélice, mas descarta trem de força alternativo

A Embraer lançou em outubro as renderizações de um potencial projeto de turboélice

*FlyghtGlobal, por Dominic Perry - 26/11/2020

A Embraer deve basear qualquer futuro avião turboélice na fuselagem de seus modelos E-Jet atuais e usar motores convencionais em vez de qualquer sistema de propulsão alternativo, indica o chefe de sua unidade de aviação comercial.

Arjan Meijer, que se tornou presidente-executivo da Embraer Aviação Comercial em junho, diz que o airframer está em negociações com “vários” parceiros potenciais, tanto “industriais quanto financeiros”, sobre o potencial de desenvolvimento, mas se recusa a fornecer mais detalhes.

No entanto, Miejer afirma que a experiência em engenharia e produção da Embraer significa que “não precisamos de um parceiro para construir a aeronave”.

Embora ele tenha esperança de que um acordo de parceria possa ser concluído no próximo ano, qualquer lançamento de programa será “além de 2021”.

Meijer descarta a seleção de um sistema de propulsão alternativo para o turboélice, no entanto. Ele argumenta que fornecer 5% da energia necessária de um sistema elétrico híbrido significaria um aumento de 15% nos custos operacionais. “Isso acrescentaria muito custo para benefício limitado”, diz ele.

Embora a unidade de defesa da Embraer esteja trabalhando em um pequeno transporte elétrico híbrido para os militares brasileiros, Meijer diz que o novo trem de força dessa aeronave é impulsionado por uma exigência de desempenho em pistas curtas.

A propulsão híbrida ou totalmente elétrica pode ter um papel no futuro, diz ele, mas “a tecnologia não existe hoje”.

Enquanto enfatiza que a configuração de uma aeronave é “fluida” até seu lançamento formal, Meijer confirma que, de acordo com os estudos atuais da empresa, o turboélice compartilharia uma fuselagem com a gama existente de E-Jet.

Meijer diz que isso permitiria ao fabricante se beneficiar das sinergias industriais e fornecer aos passageiros uma experiência mais semelhante à do jato.

Qualquer programa eventual será no segmento de 70 a 100 assentos e competirá com o líder de mercado ATR.

ATR, joint venture Airbus-Leonardo, já indicou que está estudando sistemas alternativos de propulsão para suas aeronaves, sendo a arquitetura híbrido-elétrica uma opção privilegiada. Uma decisão de seus acionistas sobre uma estratégia futura é esperada no novo ano.

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