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17 outubro, 2025

Embraer reforça o SISFRON com mais de 50 viaturas táticas e avança na integração tecnológica das fronteiras

 


*LRCA Defense Consulting - 17/10/2025

A Embraer alcançou um marco estratégico no fortalecimento da segurança nacional ao entregar mais de 50 viaturas especializadas em comunicações táticas dentro da Fase 2 do Programa SISFRON – Sistema Integrado de Monitoramento de Fronteiras, conduzido pelo Exército Brasileiro.

Expansão da cobertura estratégica
Os novos sistemas ampliam a capacidade de sensoriamento e comando e controle das Organizações Militares situadas nos estados de Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Goiás, áreas críticas da faixa de fronteira oeste do país. A rede tecnológica tem por objetivo integrar vigilância eletrônica, operações terrestres e sistemas de comunicação em tempo real, assegurando maior eficiência na detecção de ilícitos e no apoio à tomada de decisão tática e estratégica.

O SISFRON é considerado um dos maiores programas militares do mundo, cobrindo aproximadamente 17 mil quilômetros de fronteiras terrestres e abrangendo 11 estados brasileiros. Desenvolvido sob coordenação do Comando de Comunicações e Guerra Eletrônica do Exército, o sistema faz parte das iniciativas de Transformação Institucional da Força Terrestre e também do portfólio de projetos estratégicos do Ministério da Defesa.

Equipamentos e tecnologia de ponta
As novas viaturas, baseadas nos robustos chassis Marruá da Agrale, foram adaptadas pela Embraer Defesa & Segurança com a participação das empresas Iturri Brasil e RF COM Sistemas. Elas são dotadas de tração 4x4, autonomia de até 600 quilômetros e capacidade de operar em terrenos difíceis, incluindo travessias em cursos d’água de até 60 centímetros de profundidade. Algumas versões contam ainda com proteção balística modular e blindagem opcional.

O pacote tecnológico inclui rádios multibanda compatíveis com o sistema Link-BR2, terminais de satélite, redes seguras de dados e integração com sistemas de guerra eletrônica e operações cibernéticas. A modernização dessas plataformas garante interoperabilidade entre as diferentes forças e órgãos governamentais, permitindo o compartilhamento instantâneo de dados sobre atividades suspeitas e operações conjuntas.

Dimensão operacional e parcerias nacionais
As viaturas de comunicações táticas têm sido empregadas em operações de larga escala, como a Operação Íris, integrando informações de aeronaves E-99M, caças Gripen e unidades navais. O desempenho do sistema já consolidou o SISFRON como pilar operacional da Operação Ágata e do Comando Militar do Oeste, que executam patrulhamento ostensivo e combate a crimes transfronteiriços.

O projeto representa também uma ampla articulação da Base Industrial de Defesa, mobilizando empresas e centros de pesquisa em diferentes estados. Além da Embraer, participam do SISFRON companhias como AEL Sistemas, Harpia, Savis, Omnisys e Bradar, um ecossistema que assegura desenvolvimento local, geração de empregos qualificados e domínio nacional sobre tecnologias sensíveis de defesa e monitoramento.

Perspectivas e soberania tecnológica
A continuidade da Fase 2 marca um salto qualitativo para o programa, ao integrar as soluções veiculares de comunicações ao sistema unificado de sensoriamento e decisão (SAD 2). Essa etapa é fundamental para consolidar a infraestrutura tecnológica que, futuramente, deverá cobrir toda a extensão da fronteira terrestre brasileira, fortalecendo a presença do Estado em regiões remotas e fortalecendo a cooperação interagências com a Polícia Federal, Receita Federal e órgãos ambientais.

A Embraer reafirmou que o SISFRON sintetiza o compromisso da empresa com a soberania e a segurança nacional. Segundo a companhia, o projeto confirma o papel da indústria brasileira como provedora de soluções de defesa de alta complexidade e reforça a capacidade do Brasil em operar sistemas integrados de vigilância e comando e controle em escala continental.

Com isso, o país avança não apenas na proteção de suas fronteiras, mas também na consolidação de uma infraestrutura tecnológica de defesa autônoma, moderna e interoperável — um passo decisivo para garantir segurança, desenvolvimento regional e soberania no século XXI.

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