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10 agosto, 2025

Embraer entrega mais 14 viaturas de comunicações táticas ao Exército

 

*LRCA Defense Consulting - 09/08/2025

A Embraer avançou mais uma etapa na execução do Projeto SISFRON (Sistema Integrado de Monitoramento de Fronteiras) do Exército Brasileiro com a entrega de mais 14 soluções tecnológicas veiculares integradas de Comunicações Táticas, para reforçar a proteção das fronteiras brasileiras. Essas soluções, em conjunto com as demais já entregues, ampliam a consciência situacional e aumentam a capacidade de sensoriamento e comando e controle das Organizações Militares nos estados de Mato Grosso e Mato Grosso do Sul. 

O Programa Sistema Integrado de Monitoramento de Fronteiras - SISFRON, integrante do PAC do Governo Federal, adquiriu 109 Viaturas de Transporte Não Especializadas Marruá da empresa gaúcha Agrale S.A., que foram entregues à Embraer Defesa & Segurança para transformação, atendendo cronograma contratual firmado entre o Comando de Comunicações e Guerra Eletrônica do Exército e a empresa.

Essas viaturas estão sendo transformadas em Viaturas Especializadas de Comunicações pelas empresas Iturri Brasil e RF COM Sistemas Ltda., subcontratadas da Embraer Defesa & Segurança, sendo destinadas ao Projeto de Sensoriamento e Apoio à Decisão 2 do Sistema de Comando e Controle do Comando Militar do Oeste.  

Viatura militar Agrale Marruá de telecomunicações da FAB pronta para ser transportada pelo C-390

Viatura Marruá de telecomunicações
A viatura militar Agrale Marruá de telecomunicações é uma variante do utilitário 4x4 Agrale Marruá, desenvolvido pela empresa brasileira Agrale S.A., adaptada para missões militares específicas de telecomunicações, comando e controle (C3 ou C4I - Comunicação, Comando, Controle e Inteligência). Baseado no projeto do jipe militar EE-12 da Engesa, a Agrale Marruá é conhecida por sua robustez, versatilidade e capacidade de operar em terrenos extremos.

Enquanto a Agrale Marruá militar padrão é usado para transporte de tropas, cargas e patrulhas, a Marruá de telecomunicações é especializada no suporte às redes de comunicação, sendo essencial para a mobilidade dos sistemas de comando e controle em campo.

A Marruá oferece agilidade e pronta resposta em cenários de combate e desastres ambientais. Dotada de meios suficientes para transmitir e amplificar sinais de rádio e enlace satelital, é um veículo autossuficiente e versátil que desempenha um papel fundamental na comunicação em situações críticas. Sua mobilidade e alcance permitem que as Forças Armadas mantenham a comunicação em áreas remotas ou em situações de emergência. 

Características
A versão de telecomunicações, como a Agrale Marruá AM20 VCC (Viatura de Comando e Controle), é projetada para suportar operações de comunicação militar avançada. Suas principais características incluem:

- Finalidade: transporte de equipamentos de comunicação, antenas, sistemas de transmissão e recepção de dados, voz e, em alguns casos, imagens.

- Equipamentos: pode incluir rádios HF, VHF, UHF, sistemas de satélite, enlaces de micro-ondas e sistemas de comando e controle.

- Configuração: geralmente possui estrutura adaptada, como baús rígidos ou módulos, onde são instalados os equipamentos de comunicação.

- Shelter de comunicação: equipado com um módulo (ex.: MTO TKV-1 da Truckvan) que abriga sistemas de rádio, transmissão de dados, voz e, em alguns casos, equipamentos de guerra eletrônica (como na variante AM20 GE/MAGE).

- Sistemas C4I: integra tecnologias para coordenar operações táticas e estratégicas, permitindo comunicação segura e criptografada entre unidades terrestres, aéreas e navais, como demonstrado na Operação Íris (2024).

- Equipamentos avançados: pode incluir sistemas de guerra eletrônica, suportes para armamentos (metralhadoras 7,62 mm ou 12,7 mm) e integração com tecnologias como o Link-BR2 para comunicação em tempo real.

- Proteção: alguns modelos possuem proteção balística leve e sistemas de blindagem modular, dependendo da missão.

- Mobilidade: tração 4x4, capacidade de carga de até 750 kg, suspensão reforçada e habilidade para atravessar terrenos difíceis, incluindo submersão em até 60 cm de água.

- Autonomia: motor MWM 4.07 TCAE de 140 cv, com autonomia de até 600 km, ideal para operações prolongadas. É capaz de operar por longos períodos em áreas remotas, contando com geradores de energia, baterias auxiliares e, em alguns modelos, painéis solares.

Uso nas Forças Armadas
A Marruá de telecomunicações é utilizada principalmente por:
- Unidades de Comunicações e Guerra Eletrônica, como as Companhias de Comando e Controle, para gerenciar comunicações em operações multidomínio.

- Missões operacionais: empregada em exercícios como a Operação Íris, onde integrou comunicações com caças F-39 Gripen, aeronaves E-99M e unidades navais.

- Missões internacionais: utilizada em operações de paz, como na MINUSTAH (Haiti, 2008), com 19 unidades AM20 VTNE.

- Modernizações: recentemente, 18 unidades foram enviadas à Embraer para adaptações em veículos de comunicações especializadas, com upgrades realizados por empresas como Iturri e RF Com.

Importância Estratégica
A Marruá de telecomunicações é essencial para a interoperabilidade das Forças Armadas, garantindo comunicação confiável em cenários de combate ou apoio logístico.

Atua como Posto de Comunicações Móvel, servindo para manter a comunicação entre unidades táticas no campo de batalha e com centros de comando, além de integrar sistemas de C2 (Comando e Controle), fundamentais nas operações modernas. Pode também fazer parte de redes de guerra eletrônica, operações cibernéticas e apoio à inteligência.

Desde sua adoção em 2005, após testes no Centro de Avaliações do Exército (CAEx), ela tem sido um pilar para operações modernas, com exportações para países como Argentina e Equador. Sua capacidade de integrar tecnologias avançadas, como sistemas de guerra eletrônica e redes seguras, torna-a vital para a doutrina militar brasileira. 

10 julho, 2025

Revolução no Espaço: como o Bluetooth está democratizando as comunicações via satélite – e transformando a Defesa

A tecnologia que conecta seus fones de ouvido agora pode conectar dispositivos diretamente ao espaço, com implicações estratégicas  


*LRCA Defense Consulting - 10/07/2025

Por décadas, a comunicação via satélite permaneceu como um território exclusivo de governos e grandes corporações, exigindo investimentos astronômicos que chegavam a centenas de milhões de dólares. Protocolos complexos, satélites gigantescos e antenas terrestres monumentais eram os pilares dessa tecnologia inacessível para a maioria.

Hoje, uma revolução silenciosa está transformando esse cenário: satélites equipados com tecnologia Bluetooth estão democratizando o acesso ao espaço, utilizando a mesma tecnologia que conecta nossos dispositivos cotidianos. Essa democratização não apenas abre portas para inovações civis, mas também apresenta um potencial significativo para aplicações estratégicas de defesa e segurança.

O Ecossistema Bluetooth: uma base gigantesca pronta para o Espaço

Em 2025, estima-se que existam mais de 15 bilhões de dispositivos Bluetooth ativos em todo o mundo. Esse ecossistema massivo de conectividade, já presente na palma de nossas mãos, representa um potencial inexplorado para comunicações espaciais. Mesmo que apenas uma pequena fração — na casa dos milhões — seja direcionada para aplicações espaciais, isso configuraria uma enorme base de clientes em potencial, incluindo usuários civis e militares.

O que são satélites Bluetooth?
Os satélites Bluetooth são pequenas naves espaciais, tipicamente CubeSats ou PocketCubes, equipadas com rádios modificados e antenas especiais. Esses dispositivos são capazes de executar protocolos Bluetooth ou similares em órbita, permitindo comunicação direta entre sensores terrestres e satélites sem depender de infraestrutura complexa ou dispendiosa. Sua natureza de baixo custo e fácil implantação os torna ideais para constelações distribuídas, aumentando a resiliência e a cobertura.

Casos de sucesso: da teoria à realidade
1. AMSAT-EA: pioneiros na Espanha
Em 2021, a AMSAT-EA marcou história ao lançar os satélites GENESIS-L e GENESIS-N, cada um transportando cargas úteis experimentais de comunicação Bluetooth de curto alcance. Durante suas passagens orbitais, conseguiram receber sinais de dispositivos terrestres em breves intervalos, provando a viabilidade do conceito para IoT espacial.

2. Rede Hubble: marco histórico
O dia 2 de maio de 2024 entrou para a história das comunicações espaciais. A startup Hubble Network, de Seattle, anunciou que dois de seus satélites estabeleceram conexões Bluetooth com sucesso a mais de 600 quilômetros de órbita.

Os satélites, lançados em março pela missão Transporter-10 da SpaceX, receberam sinais de um chip Bluetooth padrão de apenas 3,5 mm na Terra — um feito que representa um avanço monumental nas comunicações via satélite de baixo consumo energético e com potencial para diversas aplicações, incluindo as de segurança.

3. Inovação brasileira no horizonte
O Brasil não fica para trás nessa corrida espacial. A empresa SHAMAL SPACE, em colaboração com a Navollo Aerospace, está desenvolvendo cargas úteis de comunicação baseadas em Bluetooth para aplicações comerciais de picossatélites. O projeto é uma variante do picossatélite de comunicações IoT LEPTONSat, já em desenvolvimento e fabricação.

Paralelamente, universidades brasileiras, em parceria com o INPE, têm utilizado Bluetooth para comunicações suborbitais em missões de balão de alta altitude, alcançando altitudes superiores a 35 km.

Aplicações Revolucionárias – incluindo o Setor de Defesa
As possibilidades de uso dessa tecnologia são vastas e promissoras, estendendo-se além do setor civil para o estratégico campo da defesa:

- Agricultura de precisão: monitoramento de culturas em tempo real.

- Monitoramento ambiental: sensores de baixo custo em regiões remotas.

- Educação STEM: projetos espaciais acessíveis para escolas.

- Navegação alternativa: sistemas para zonas com GNSS negado, cruciais em ambientes de guerra eletrônica.

- Rastreamento de ativos: logística em áreas carentes de infraestrutura, incluindo o rastreamento de equipamentos e pessoal em campo.

Aplicações de Defesa e Segurança

- Comunicações táticas de baixo custo: redes ad-hoc de sensores e dispositivos para tropas em campo, permitindo a troca de dados em áreas sem infraestrutura convencional.

- Monitoramento de fronteiras e áreas remotas: sensores distribuídos para detecção de movimentos, intrusões ou mudanças ambientais em locais de difícil acesso, com dados transmitidos via satélite de forma discreta.

- Inteligência, Vigilância e Reconhecimento (ISR): pequenos sensores e drones equipados com Bluetooth podem coletar dados em ambientes hostis e transmiti-los para satélites, que retransmitem para bases ou unidades móveis.

- Resiliência em comunicações: a proliferação de pequenos satélites com Bluetooth cria uma rede mais robusta e difícil de ser desabilitada por ataques, oferecendo redundância para comunicações críticas.

- Logística e gerenciamento de ativos militares: rastreamento de comboios, equipamentos e suprimentos em tempo real, otimizando a cadeia de suprimentos militar.

- Testes de equipamentos e prototipagem rápida: a capacidade de lançar pequenos satélites a baixo custo permite que as forças armadas testem novas tecnologias de comunicação e sensores de forma mais ágil e econômica.

Desafios Técnicos a Superar
Apesar dos avanços, a tecnologia ainda enfrenta obstáculos importantes:
- Alcance e Confiabilidade: ampliar a capacidade de comunicação em LEO (Órbita Terrestre Baixa) para garantir cobertura contínua.

- Interferências Espaciais: mitigar ruído e interferência térmica no ambiente espacial, essenciais para a integridade dos dados, especialmente em operações militares.

- Segurança: implementar protocolos de comunicação e criptografia robustos para proteger dados sensíveis, um requisito fundamental para aplicações de defesa.

- Janelas de Comunicação: gerenciar os breves períodos de contato com satélites em movimento rápido para otimizar a transmissão de dados.

O futuro é agora: democratização do acesso ao Espaço e novas capacidades de Defesa
A revolução do Bluetooth espacial prova que não são mais necessários milhões de dólares para enviar uma carga útil ao espaço ou construir uma rede de sensores satelitais. Com módulos comerciais disponíveis no mercado e engenharia criativa, qualquer smartphone pode se tornar um dispositivo conectado via satélite.

"Estamos entrando em um futuro em que drones, sensores ambientais e dispositivos portáteis se comunicam diretamente com satélites usando tecnologias que já possuímos", destacam especialistas do setor. Essa capacidade, antes restrita a grandes potências, agora se torna acessível a um leque maior de atores, com implicações profundas para a segurança global.

Para educadores, empreendedores, pesquisadores e estrategistas de defesa, a oportunidade de experimentar com tecnologia espacial nunca foi tão acessível. A barreira de entrada, antes intransponível, agora está ao alcance de universidades, startups e até mesmo agências de segurança que buscam soluções inovadoras e de baixo custo.

O céu não é mais o limite — é apenas o começo de uma nova era de conectividade global democratizada, onde a tecnologia que carregamos no bolso pode literalmente nos conectar às estrelas e fortalecer as capacidades de defesa.

Saiba mais:
Shamal & Navollo lançam a LEPTONSat, solução nacional para aplicações de comunicação IoT


*Com informações de Prof. Dr. Lester Faria, AMSAT-EA, Hubble Network, SHAMAL SPACE, Navollo Aerospace e INPE, e análise de potenciais aplicações de defesa para tecnologias de satélites de baixo custo e IoT.

22 dezembro, 2024

Forças Armadas integram sistemas em simulação de conflito no RS, alcançando um marco inédito


*Agência Força Aérea - 20/12/2024

As Forças Armadas brasileiras alcançaram um marco inédito ao integrar, pela primeira vez, sistemas estratégicos de Comunicação, Comando e Controle (C4I) em uma simulação de conflito na Base Aérea de Canoas (BACO), no Rio Grande do Sul.

O exercício multidomínio, realizado nesta sexta-feira (20/12), uniu a Marinha do Brasil (MB), o Exército Brasileiro (EB) e a Força Aérea Brasileira (FAB) em uma operação conjunta, a Operação Íris, conectando plataformas aéreas, terrestres e navais por meio do compartilhamento de dados e comunicação em tempo real.

O treinamento foi comandado pela FAB e faz parte do desenvolvimento final do sistema Link-BR2, um moderno sistema de comunicação segura que irá começar a equipar, em 2025, a frota brasileira, a começar pelos novos caças do país, os F-39 Gripen.

O Comandante da BACO, Tenente-Coronel Aviador Thiago Romanelli Rodrigues, recebeu o Comandante da Aeronáutica, Tenente-Brigadeiro do Ar Marcelo Kanitz Damasceno, juntamente com outros Oficiais-Generais do Alto-Comando da Aeronáutica, o Comandante da Sexta Divisão de Exército, General de Divisão Jayro Rocha Junior; o Chefe do Estado-Maior do 5º Distrito Naval, Capitão de Mar e Guerra Guilherme Conti Padão; o Presidente da AEL Sistemas, Gal Lazar, entre outros convidados militares e civis.

Durante o treinamento, sistemas como o Link-BR2, liderado pela Força Aérea, o RDS Defesa e o Gerador de Campo de Batalha (GCB), do Exército, e o Multi Data Link Processor (MDLP), da Marinha, foram postos à prova. A integração foi coordenada por uma estação multidomínio de Comando e Controle, que permitiu a transmissão de mensagens, ordens e comunicação de voz entre diferentes plataformas militares.

O Comandante da Aeronáutica, Tenente-Brigadeiro do Ar Damasceno, comentou sobre o exercício, destacando, em especial, a importância de estar na Base Aérea de Canoas.

“Hoje tem um significado muito importante por estarmos aqui, em Canoas, onde, neste ano, dedicamos grande parte de nossos esforços em apoio à sociedade gaúcha, com a atuação conjunta das nossas três Forças, na Operação Taquari. Falando em três Forças, outro ponto que considero essencial é justamente a interoperabilidade. Estamos colocando em prática a integração das Forças Armadas em uma operação conjunta. O exercício de hoje reflete isso: aeronaves F-5 voando em conjunto com o helicóptero, a aeronave E-99 compondo o cenário, o veículo Marruá na operação terrestre e o navio da Marinha contribuindo com a criação do cenário naval, tudo interligado com o cenário aéreo e o terrestre, que vimos aqui nas imediações da Base, durante esta operação simulada”, destacou o Oficial-General.

Demonstração tecnológica
O exercício simulou cenários de combate fictícios para avaliar a interoperabilidade das tecnologias. Entre as simulações, helicópteros realizaram ataques para recuperar pontes ocupadas, caças interceptaram aeronaves invasoras e blindados do Exército receberam imagens ao vivo de binóculos termais, revelando tropas inimigas. Todas essas ações foram monitoradas em tempo real pelo Comando Conjunto, que enviou ordens de neutralização diretamente às forças operacionais.

No episódio final, uma aeronave E-99M detectou a decolagem de um helicóptero inimigo, levando à interceptação por um caça A-29 da FAB. Esses testes não só comprovaram a eficácia dos sistemas, mas também reforçaram a capacidade de resposta integrada das Forças Armadas em cenários complexos.

Sistemas em destaque
O Link-BR2, desenvolvido pela AEL Sistemas em parceria com a Kryptus e a Atech (da Embraer), é um sistema nacional de C4I projetado para operar em ambientes de alta complexidade. Ele oferece comunicação segura e criptografada, além de suportar voz e dados em condições adversas. A tecnologia está sendo integrada às aeronaves F-39 Gripen e E-99 da FAB, expandindo seu uso para missões como monitoramento de fronteiras e combate ao tráfico.

“O projeto Link-BR2 foi concebido pela Força Aérea como um projeto estratégico de comunicação, comando e controle. Ele tem como objetivo dotar a FAB de um sistema que permita uma troca de dados eficaz e em tempo real entre diversas plataformas, incluindo meios aéreos e terrestres, para consolidar o entendimento do cenário operacional. Com isso, a FAB contará com uma ferramenta extremamente importante para compreender o cenário operacional de forma mais ampla e tomar as melhores decisões para o emprego dos recursos, garantindo que os resultados das ações sejam muito mais efetivos”, afirmou o Gerente Operacional do Link-BR2 na AEL Sistemas, Fernando Mauro.




Avanços para a defesa nacional

Segundo Presidente da AEL Sistemas, Gal Lazar, o exercício demonstra a evolução da integração tecnológica promovida pelo Ministério da Defesa. “Ver todas as Forças operando juntas em um mesmo cenário mostra o avanço das nossas capacidades de comunicação e comando, além da sinergia em cenários que refletem os desafios dos campos de batalha modernos”, declarou.

Projeções para o futuro

A tecnologia testada durante o exercício tem potencial para ampliar a eficiência das operações militares em missões reais, como resgates em áreas remotas, patrulhamento marítimo e defesa de fronteiras. Com os resultados obtidos, o Brasil se posiciona como um dos líderes regionais na aplicação de soluções integradas de C4I, fortalecendo sua soberania e capacidade de dissuasão.

O Diretor-Geral do Departamento de Ciência e Tecnologia Aeroespacial (DCTA), Tenente-Brigadeiro do Ar Maurício Augusto Silveira de Medeiros, falou sobre a importância do projeto.

“O projeto Link-BR2 foi concebido pela Força Aérea Brasileira com o objetivo de aumentar a interoperabilidade entre as três Forças Armadas, aprimorar a consciência situacional de nossos pilotos e melhorar o controle dos voos. Com esse projeto, conseguimos elevar as capacidades de comando e controle das três Forças a um patamar significativamente superior, alinhado às exigências de um cenário de conflito moderno. Com a demonstração realizada hoje, concluímos o desenvolvimento de um trabalho iniciado há 12 anos. Trata-se de uma grande conquista para a Força Aérea, para a indústria nacional e para a base industrial de defesa, que contou com a participação da AEL e de várias outras empresas. Acima de tudo, é uma vitória para o Brasil, que, agora, possui essa capacidade. O Link-BR2 une as três Forças e possibilita a comunicação em tempo real sobre tudo o que ocorre no teatro de operações”, disse o Diretor.

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