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17 novembro, 2019

Por um futuro ainda melhor para o setor de defesa nacional



*LRCA Consulting - 17/11/2019

Em entrevista à revista Tecnologia & Defesa, o presidente e CEO da Taurus Armas S.A. comenta sobre a Base Industrial de Defesa do Brasil e as precauções que o governo deve ter para fazer com que continue gerando empregos, divisas e soberania para o País.

"A Base Industrial de Defesa do Brasil (BID) gera 60 mil empregos diretos, 240 mil empregos indiretos e é responsável por 3,7% do PIB nacional.

O futuro, no entanto, é incerto. Independente do segmento de mercado em que atuamos, as perspectivas econômicas são sem dúvida complexas. Junto a isso, as mudanças relacionadas à legislação do segmento e novas regras para o comércio de produtos do setor podem ser medidas de política pública adotadas com boas intenções, mas podem gerar efeitos indesejados, com impacto negativo que supera os benefícios pretendidos.

Decisões em políticas públicas que favoreçam importações generalizadas, sem a correspondente contrapartida de aquisições de produtos brasileiros por outros países ou que em encomendas tecnológicas não garantam transferência de tecnologias podem se constituir em ameaça para a sobrevivência  da BID, com consequências negativas para a economia e para garantia da soberania.

Não se trata de protecionismo ou monopólio. Nossas indústrias de defesa são, em geral, altamente competitivas apesar das condições muitas vezes adversas que quem produz enfrenta no Brasil.

As indústrias estrangeiras são bem vindas para produzir, gerar empregos e concorrerem pé de igualdade com as que já estão aqui estabelecidas, de forma a proporcionar maior competitividade tanto econômica quanto de qualidade.

No entanto, abrir o mercado com regras desiguais, com falta de isonomia fiscal e regulatória, é condenar o Brasil à desindustrialização e ao colonialismo tecnológico.

Permitir esses desequilíbrios significa prejudicar a indústria nacional e favorecer as indústrias estrangeiras. É política industrial de defesa ao avesso.

Certamente, essa não é a pretensão do Governo Federal. Resta a expectativa de que as autoridades saberão compreender a importância para os interesses nacionais.

Em todo o mundo, nossos produtos tomam a vida das pessoas mais segura. É por isso que buscamos a excelência e investimos nisso recursos, talentos, inteligência e coração. Frente aos desafios que se apresentam, que nossa maior motivação seja a renovação diária, para que possamos trabalhar e esperar sempre por um futuro cada vez melhor".

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