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23 janeiro, 2020

Embraer estuda família de turboélices em parceria com Boeing





A Embraer está em estágio avançado de análise para lançamento de um novo turboélice a ser desenvolvido em parceria com a Boeing, afirmou o principal executivo de sua divisão de aviação comercial nesta segunda-feira (20).

A aeronave será do mesmo tamanho ou maior que o turboélice ATR-72, de 70 lugares, que é produzido por grupo franco-italiano e que atualmente domina o segmento, afirmou o presidente-executivo da divisão de aviação comercial da Embraer, John Slattery, à Reuters. A compra do controle da divisão da companhia brasileira pela Boeing está aguardando aprovação de autoridades europeias.

"Ele fica dentro de nosso mercado alvo, que sempre fomos claros em dizer que é abaixo de 150 lugares, e terá uma adjacência natural com a família E2, disse Slattery, referindo-se à família de jatos regionais de 80 a 120 lugares da Embraer. "O estudo do modelo de negócios está indo bem."

O executivo afirmou que a Embraer não seguirá adiante com o projeto do turboélice se tiver de desenvolvê-lo sozinha por causa do custo estimado em bilhões de dólares, além de outras prioridades da companhia. Mas ele afirmou que não há relação entre o estudo do turboélice e as negociações com reguladores sobre o restante das atividades de aviação comercial da Embraer.


"O volume de recursos necessários para uma nova aeronave comercial estado da arte é de uma ordem de magnitude que nós simplesmente não temos apetite para desenvolver fora do ambiente da joint-venture (com a Boeing)", disse Slattery. "Sem joint-venture, sem turboélice."

Ele afirmou que a Embraer continua confiante sobre a venda do controle de sua principal divisão para a Boeing e citou apoio de várias companhias aéreas clientes da empresa. A Embraer também está tendo negociações "significativas" com General Electric, Rolls-Royce e Pratt & Whitney Canada sobre o fornecimento do motor para o possível novo turboélice da companhia.

Analistas afirmam que turboélices são mais eficientes que jatos em distâncias curtas, especialmente em momentos de alta nos preços do petróleo.

A ATR, co-controlada pela Airbus e pela italiana Leonardo, controla cerca de 80% do mercado de turboélices do mundo, com o restante sendo atendido pelo De Havilland Canada DHC-8. A China também está buscando atuar no mercado de turboélices com o futuro Xian MA700.

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