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10 outubro, 2020

Brasil - Considerações vitais para a defesa dissuasória de território totalmente exposto

“Os vetores balísticos com alcance de 1500/2500 km, sem limite de carga, são impositivos para não continuar engolindo sapos dos Macrons da vida. Com a palavra a alta cúpula militar da governança!”

 


*Montedo, por Paulo Ricardo da Rocha Paiva - 08/10/2020


Pertinentes ao Exército

Temos um arco estratégico de defesa anti acesso balizado por dois semi-arcos. O primeiro, que passa por Tabatinga/AM – São Gabriel da Cachoeira/AM – Boa Vista/RR – Macapá/AP – Belém/PA, deve ser, em cada uma dessas cidades, aquinhoado com uma bateria de ASTROS II (embrionárias de futuros grupos de foguetes e mísseis/GAFM) com, no mínimo, 1500/2500 km de alcance para permitir recobrimento dos setores de tiro bem distante da linha de fronteiras, no além mar, em toda a extensão deste semi-arco. Esta pletora de meios, com vista à proteção da calha norte e da foz do rio amazonas, exige, numa primeira fase, o equivalente a “5” (cinco) baterias com vetores de respeito/VDR 1500/2500 km, uma em cada cidade.

O segundo semi-arco estratégico deve ser balizado desde São Luís (ou Alcântara/MA), passando por Fortaleza/CE- Natal/RN- Aracajú/SE – Salvador/BA-Vitória/ES – Rio de janeiro/RJ – Santos/SP – Florianópolis/SC Rio Grande/RS. É importante perceber a concentração de meios defrontando as bacias de pré sal, ao longo dos litorais do Espírito Santo, Rio de Janeiro e São Paulo. Este semi-arco impõe, numa primeira fase, o correspondente a “10” (dez) baterias (embrionárias de futuros grupos “ASTROS II”), todas dotadas com os VDR – 1500/2500 km, viabilizando um completo recobrimento de setores de tiro, bem distante da linha do litoral/costa, recobrindo todo o Atlântico Sul.

Para tanto, priorizar a linha de montagem destes meios de artilharia ao invés das VBTP “GUARANIS”, aquelas que só serão utilizadas se o inimigo lograr passar pela barragem de fogo da artilharia alada. Um emprego que, em última instância, vai ocorrer, tão somente, após o oponente ter logrado um desembarque bem sucedido no litoral leste brasileiro.

A bateria de mísseis e foguetes ASTROS II é integrada pelos por: 6 AV-LMU, 3 AV-RMD, 1 AV-UCF, 1 AV-OFVE, 1 AV-PCC, 1 AV-MET e, futuramente, 2 AV-UAS, um total de “!5” viaturas; o grupo, por sua vez, é composto de “3” baterias de mísseis e foguetes e “1” bateria de comando e serviços que completa o sistema 1 AV-PCC. Essas baterias deveriam ser aquarteladas, o mais cedo possível, em suas localidades previstas para adestramento constante na ocupação de suas posições de tiro principal, de muda e suplementares, para, na hora do combate, logo após os seus disparos, saber como manobrar para se furtar ao fogo de contrabateria.

Para que se tenha uma ideia, a previsão total da “VBTP GUARANi”, para a infantaria mecanizada, é de “2044”, já tendo sido entregues em torno de “400” ou mais. Para que? Para emprego em coalizões imperialistas dos “soldados universais” no Oriente Médio?! Sim porque, raciocinando fria e calculadamente, estes meios, realmente, só serão de utilidade após a invasão bem sucedida do território por “grandes predadores militares”. Por que não fabricar então, tendo em vista a urgência/emergência da defesa nacional, antes dos “1644””Guaranys” que faltam, as “15” viaturas x “15” baterias (total de “225”) necessárias para permitir a plena cobertura do grande arco defensivo, iniciado em TABATINGA/AM e finalizado em RIO GRANDE/RS? Sim, porque não providenciar neste sentido é condenar nossos filhos e netos fardados à morte no próximo confronto!

Que não se duvide! É impositivo apagar para os demais “6′ projetos, ditos estratégicos, da Força Terrestre, pelo menos até que seja consumado o “Projeto ASTROS II/2020” com os vetores 1500/2500 KM”. Não há escapatória, mais nenhuma perfumaria “para inglês ver” vai nos garantir defesa dissuasória. Uma potência de fogo definitiva, esta que precisa preterir a própria vigilância a ser proporcionada pelo SISFRON.

Não esquecer! A França tem muitos militares adestrados no próprio “CIGS” e um regimento da legião estrangeira (com quadros cursados naquele centro) em sua Guiana; seu presidente disse, sem cerimônia, que estamos queimando a casa dos franceses na Amazônia … os generais que integram a alta cúpula militar da governança e o alto comando da Força Terrestre, com todas as honras e sinais de respeito, precisam parar de filosofar sobre os demais projetos ditos estratégicos do EB e entender que, sem fogo dissuasório definitivo, simplesmente não se vai cumprir a missão macro de “defesa da Pátria”.

Pertinentes à Marinha
Nossas belonaves de superfície, não há como negar, poderão ser impiedosamente batidas pelo Cruzador “USS CAPE SAINT GEORGE”, uma covardia em termos de potência de fogo! Que ninguém se engane! O “porta-helicópteros” vai ser o alvo mais cobiçado e irá à pique muito mais cedo do que o imaginado! Olho vivo! Pé ligeiro! Marinha de Guerra não é guarda costeira melhorada, precisando mais do que nunca de “potência de fogo” digna de uma Força Naval. Chega de navios patrulha mal armados e aeródromos perdulários, todos para exercícios de tiro ao alvo pelos “grandes bucaneiros navais”. Nossa MB, ponta de lança do sistema defensivo, precisa alongar, com poder dissuasório, os fogos da artilharia do EB.

A Força Naval para defender o País, hoje, agora, não pode filosofar sobre belonaves a serem construídas/compradas ao longo dos anos. Ela precisa, sim, para ontem, tão somente armar nossos fragilíssimos “10 navios de escolta (“7” fragatas e “3”corvetas) mais 5″submarinos” com mísseis que representem algo em termos de dissuasão. Canhõezinhos do tempo do “Capitão Gancho”, simples metralhadoras coaxiais e apenas torpedos convencionais não representam nada, absolutamente nada!

Já a Força Aeronaval deve planejar no sentido de operar e fazer decolar caças “F5” remodelados, que precisam ser cedidos pela FAB. enfim, dizer ao que veio, não com aeródromos perdulários, mas mantendo pilotos adestrados decolando de bases aeronavais ao longo do litoral/costa. Manter sua presença no ar com os “F5” remodelados, pelo menos até passar a receber (talvez no “dia de São Nunca”) os caça “GRIPEN”, partindo já do litoral/costa, liberando a “FAB” para concentração de meios na defrontação da (ainda nossa?!) Amazônia, em particular e principalmente na calha norte do grande rio. Partir do princípio que, se todos os “56 F5/FAB” ainda estiverem decolando, que estes, aos poucos, poderiam ir mobiliando bases aeronavais ao longo do nosso litoral/costa. Considerando seu alcance/MTOW de 3300 km/2300 mi, e alcance bélico 1405 km/873 mi, os “56 F 5” seriam mais do que suficientes para cumprir missões além do mar territorial de 12 mi/22 km + 200 mi/370 km de zona econômica exclusiva/ZEE + extensão da plataforma continental que ultrapasse as 200 milhas.


Quanto aos navios de desembarque e de assalto anfíbio existentes, quem sabe, deveriam ser baseados na Amazônia. Sim porque não vamos precisar desembarcar/assaltar mais “nem em Guadalcanal nem mesmo nas Filipinas”. Aliás, já temos uma brigada completa de fuzileiros navais na Amazônia?! De qualquer forma, as brigadas de infantaria de selva apreciariam e agradeceriam, penhoradamente, o apoio destes navios de nossa “MB”.

O almirantado da alta cúpula militar da governança e o alto comando da Força Naval, com todas as honras e sinais de respeito, precisam parar de “navegar na maionese” da divagação inútil e entender que, sem fogo naval dissuasório definitivo, simplesmente não temos Marinha de Guerra para nos garantir frente aos “grandes bucaneiros oceânicos”

Pertinentes à Força Aérea
Não ficar dormitando nos louros da vitória fugaz de um “KC 390”, aeronave logística que não soma nada em termos de dissuasão extrarregional. Precisamos dos caças. Estudar, considerando uma divisão de missões dos seus caças com os da força aeronaval, priorizando suas aeronaves para combate aéreo por sobre o território. Na medida que for recebendo os caças “GRIPEN”, ceder o número correspondente, em “F5” remodelados, para a força aeronaval decolar do litoral/costa.

Alocar, salvo outro juízo, os “36” GRIPEN pioneiros, contemplando a Base Aérea de Anápolis com “10” caças e, as de Santa Cruz/RJ e Belém/PA, cada uma com “13”. A justificativa pode ser entendida: pela extensão das áreas a serem cobertas; pelo menor tempo para se estabelecer contato com o inimigo e pelo significado estratégico das Amazônias verde e azul (a avaliação dos especialistas é fundamental). A capital na grande região setentrional, “ao pé da obra” da calha norte do Amazonas, cobriria a faixa prevista para o humilhante corredor ecológico “TRIPLO A” pela “comunidade internacional “(leia-se “grandes potências militares”), propiciaria ganhar em autonomia de voo e alcance bélico.


Quanto à distância média do litoral/costa, até a bacia do pré sal, de 200 a 300 km, é de se pensar que, os falcões alados decolando a partir desta linha de partida, os prejuízos com a compra de um outro “aeródromo fumacée” sejam impositivamente dispensáveis, máxime pelo alcances e autonomia, tanto do “GRIPEN como do próprio F5 (bélico de 1405 km e autonomia, de 3700 km) e, também, pela extensão atual do mar territorial até 200 milhas (370 km).

Os brigadeiros que integram a alta cúpula militar da governança e o alto comando da Força Aérea, com todas as honras e sinais de respeito, precisam parar de pensar que permanecemos “voando em céu de brigadeiro” e entender que, sem aviação de caça de última geração, somente o “kC 390” não vai adiantar em nada para garantia do (ainda nosso) céu da azul anil … e os “yankees” ditando regras na Base Aeroespacial de Alcântara/MA! Durma-se com um barulho desses!

*Paulo Ricardo da Rocha Paiva é Coronel de Infantaria e Estado-Maior
 

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