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14 setembro, 2021

Construção de fragatas ainda tem oportunidades para a indústria nacional

Fragata Classe Tamandaré (FCT)


*Portal BIDS - 13/09/2021

O Programa Fragatas Classe Tamandaré (PFCT) ainda oferece uma série de oportunidades para empresas da base industrial naval e da base industrial de defesa do Brasil. A expectativa é que as atividades de construção das quatro unidades contratadas pela Marinha tenham início no começo de 2022.

O Consórcio Águas Azuis (uma Sociedade de Propósito Específico) e o estaleiro Brasil Sul, em Itajaí (SC), onde os navios serão construídos, buscam fornecedores de equipamentos e serviços no Brasil e no exterior. Eles seguem critérios de competitividade e de conteúdo local especificados pela força naval.

“Em todos os processos fazemos essa procura. É uma etapa de compliance que a empresa precisa fazer, onde buscamos fornecedores internacionais e alternativas. Comparamos e decidimos a melhor solução — com pilares e critérios diversos: comerciais, técnicos, engenharia, qualidade e conteúdo local”, afirmou o CEO Águas Azuis, Fernando Queiroz, na última semana, durante evento com representantes de fornecedores locais no estaleiro Brasil Sul, promovido pela Empresa Gerencial de Projetos Navais (Emgepron).

Desafio

“Pedimos para que as empresas brasileiras aceitem o desafio e vejam com interesse as oportunidades geradas com essas quatro [unidades contratadas], mais a visão de futuro com potencial necessidade de mais navios e a operação com toda demanda durante 30 anos de operação e vida do navio”, ressaltou Queiroz. Ele acrescentou que existem pacotes de fornecedores estrangeiros que incluem fabricantes de componentes do Brasil.

O PFCT prevê 31,75% de conteúdo local mínimo para a primeira fragata, passando para a meta de 40,50% nas demais unidades, considerando materiais, serviços e mão de obra. A Emgepron e o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) firmaram acordo para o acompanhamento e aferição do conteúdo local utilizando a metodologia do banco.

Oportunidades fechadas
CMS e IPMS — Atech;
Propulsores principais — MAN do Brasil;
Raytheon do Brasil — Sistema de navegação;
Sistema de extinção de incêndio — Johnson Controls do Brasil;
Sistema de climatização — Heinen & Hopman do Brasil;
Sistema de comunicação interno e externo — Rohde & Schwarz;
Medidas de apoio à guerra eletrônica (MAGE) — Omnisys;
Guindaste de Hangar — Strauhs;
Embarcações miúdas — DGS;
Cilindros (vasos de pressão) — Cigtech;
Proteção catódica — ICM;
Compressores — Sauer;
Bombas — Netzsch e Asvac;
Tintas — Jotun;
Isolamento térmico para tubulações e equipamentos — Acital;
Máquina de suspender, cabrestantes e RAS capstan — Strauhs;
Mesa cirúrgica e foco cirúrgico — AFAC;
Grupo gerador — MTU;

Oportunidades em aberto

Planta elétrica (em discussão) — Queiroz contou que existe um pré-contrato com um grande fornecedor elétrico, que precisará aliar o conhecimento com demanda e necessidade de conteúdo local (componentes);
Grupo gerador* — MTU (fechado), com previsão de alternador Weg (em análise);
Tubulações e acessórios (flanges e colares);
Proteção balística;
Válvulas diversas;
Escadas em geral e escadas tipo prancha (gangway);
Casulo para balsas salva-vidas, balsa salva-vidas e equipamentos de salvatagem diversos;
Fundição de aço e usinagem (peças pra montagem dos navios em si);
Módulos para sistemas de comunicação;
Escotilhas e porta de visita;
Sinos e gongos;
Âncoras e amarras;
Espaços habitáveis e espaços de cozinha (nível industrial);
Espaços de lavanderia (nível industrial);
Workshop (equipamentos, ferramentas e maquinários diversos);
Sistema de reabastecimento em mar;
Manufatura e instalação de sistemas de exaustão (mão de obra, fabricação, instalação);
Ammunition crane (guindaste para movimentação de guarnição);
Torpedo Stowage System;
Equipamentos de controle de avarias;

Oportunidades estaleiro (serviços)
Calibração de instrumentos;
Serviços de medição de ruído e vibração;
Ensaios não destrutivos – ultrassom;
Ensaios não destrutivos – gamagrafia;
Ensaios não destrutivos – líquido penetrante;
Ensaios não destrutivos – partículas magnéticas;
Usinagem de corpos de prova para ensaios mecânicos;
Testes de carga (guindastes e pontes);
Serviços de mergulho – inspeção de sistema de propulsão e casco;
Serviços para indústria metal-mecânica (usinagem, estruturas, etc) para navio e estaleiro;
Mão de obra – pintura (tubulação, elétrica, carpintaria);
Ativos (alguns galpões modulares, elementos metálicos, equipamentos etc);

Fonte: Sinaval/Portos e Navios/Danilo Oliveira

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