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13 janeiro, 2024

Submarino Humaitá é a mais nova embarcação da Marinha do Brasil


*LRCA Defense Consulting -13/01/2024 (atualizado em 14/01, às 16h35)

O submarino Humaitá é a mais nova embarcação da Marinha do Brasil. Ele é o segundo dos quatro submersíveis convencionais (propulsão diesel-elétrica) construídos no Brasil pelo Programa de Desenvolvimento de Submarinos (Prosub), um dos projetos estratégicos da Força Naval para ampliar a frota e desenvolver a indústria brasileira. O primeiro foi o submarino Riachuelo, entregue em setembro de 2022.

Com 72 metros de comprimento e velocidade de 37 Km/h, o submarino Humaitá fará o patrulhamento das áreas de importância estratégica para o Brasil no Atlântico Sul e da Amazônia Azul, como são chamadas as fronteiras marítimas do país.

“A condução competente do Prosub é digna de um reconhecimento especial, pois suas entregas não apenas ampliam e fortalecem nosso Poder Naval, mas também porque elevam a projeção do Brasil como um ator cada vez mais relevante no cenário internacional”, destacou o Ministro da Defesa, José Mucio Monteiro Filho, durante a cerimônia de incorporação do submarino ao setor operativo da Marinha, nesta sexta-feira (12), no complexo naval de Itaguaí, no Rio de Janeiro.

Na oportunidade, ele enfatizou ainda a indústria naval brasileira. “Reafirmo que faremos o que estiver ao nosso alcance para manter essa linha de produção ativa, garantindo o funcionamento desta excepcional capacidade industrial instalada e a retenção desta mão de obra altamente qualificada”.

Estiveram presentes na solenidade o Embaixador da França, Emanuel Lenain; o Ministro-Chefe do Gabinete de Segurança Institucional da Presidência da República (GSI/PR), General Marcos Antonio Amaro dos Santos; o Chefe do Estado-Maior Conjunto das Forças Armadas, Almirante de Esquadra Renato Rodrigues de Aguiar Freire; o Secretário-Geral do Ministério da Defesa, Luiz Henrique Pochyly da Costa; o Presidente da Itaguaí Construções Navais, Renaud Poyet, além de outras autoridades militares e civis.

Programa de Desenvolvimento de Submarinos (PROSUB)
A Estratégia Nacional de Defesa, lançada em 2008, estabeleceu que o Brasil tivesse "força naval de envergadura", incluindo submarinos com propulsão nuclear.

O Programa de Desenvolvimento de Submarinos (PROSUB) é uma parceria firmada entre o Brasil e a França, no ano de 2008, com o objetivo de transferir tecnologia para a fabricação de embarcações militares. É um componente da Estratégia Nacional de Defesa para o desenvolvimento do poder naval do país com a produção de quatro submarinos convencionais (propulsão diesel-elétrica), que se somarão à frota de cinco submarinos já existentes, e do primeiro submarino de propulsão nuclear brasileiro. O programa fará do Brasil um dos poucos países a contar com tecnologia nuclear, ao lado de Estados Unidos, Rússia, França, Reino Unido, China e Índia.

Apesar de o programa ter iniciado em 2008, parte dele remonta à década de 1970 quando a Marinha começou a procurar o domínio da energia nuclear. De modo a encurtar o tempo de desenvolvimento de tal programa, o Brasil procurou parceiros em outros países na esperança de conseguir firmar uma parceria na qual se desse uma transferência de tecnologia e conhecimento para a construção e manutenção de embarcações submarinas modernas. A França foi o país que se disponibilizou para o negócio, tendo sido firmados vários pontos que, juntos, culminam na construção de quatro submarinos convencionais e um nuclear.

Além dos cinco submarinos, o PROSUB contempla a construção de um complexo de infraestrutura industrial e de apoio à operação dos submarinos, que engloba os Estaleiros, a Base Naval e a Unidade de Fabricação de Estruturas Metálicas (UFEM), no Município de Itaguaí. As inaugurações da UFEM e do Prédio Principal do Estaleiro de Construção representam a conclusão das duas primeiras etapas de construção desse complexo e os primeiros passos dessa grande conquista da defesa nacional.

Atualmente, pelo Prosub, estão em andamento e em estágio de preparo para entrega, as atividades relacionadas aos submarinos convencionais Tonelero e Angostura e o de propulsão nuclear Álvaro Alberto. O programa representa incremento da indústria naval e fortalecimento da economia brasileira, com destaque para a geração de empregos, em torno de 60 mil diretos e indiretos, e a capacitação de técnicos e engenheiros.

*Com informações do Ministério da Defesa

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