Pesquisar este portal

15 fevereiro, 2024

Ocellott recebe a vista do Grupo EDGE. Parceria à vista?


*LRCA Defense Consulting - 15/02/2024

No dia de hoje (15), a Ocellott recebeu a visita Marcos Degaut e Pedro Sá, representantes do Grupo EDGE no Brasil, em sua sede em São José dos Campos, São Paulo. Segundo a empresa, "a visita abriu espaço para trocas valiosas sobre futuras colaborações e projetos, reforçando a base para parcerias produtivas".

Em virtude do conhecimento que Marcos Degaut tem da alta qualificação Ocellott, especialmente no desenvolvimento de baterias de propulsão para aeronaves elétricas eVTOLs (de grande interesse para o EDGE), e da estratégia deste Grupo de priorizar o Brasil em suas iniciativas de parcerias e aquisições, é possível esperar que a visita possa evoluir para alguma espécie de acordo entre as duas empresas, seja uma parceria, seja até a aquisição de uma participação na Ocellott, tal como foi feito com a SIATT.

Lembrando que a Ocellott assinou, em outubro de 2022, um MoU (Memorandum of Understanding) com o MISA (Ministério do Investimento da Arábia Saudita), justamente para a aplicação de investimentos no desenvolvimento de baterias de propulsão para aeronaves elétricas.


Invadindo o Brasil
Com este subtítulo, o portal Breaking Defense afirmou, em 28 de setembro, que talvez em nenhum outro lugar fora da sua própria região a EDGE, um conglomerado de mais de 25 empresas de defesa, esteja a fazer mais barulho do que no Brasil, que tem o maior orçamento de defesa da América do Sul e é sede da empresa aeroespacial multinacional Embraer.

Em abril, a EDGE escolheu o Brasil como local para seu primeiro escritório internacional, e ainda hoje o conglomerado anunciou um novo acordo estratégico com o Corpo de Fuzileiros Navais do Brasil para “mostrar seu portfólio avançado de soluções multidomínio, com foco em veículos autônomos, eletrônicos guerra e comunicações seguras”.

Esse anúncio seguiu-se a um mês passado em que a EDGE disse que estava trabalhando com organizações militares brasileiras para co-desenvolver sistemas de defesa. Especificamente, a empresa Emitari disse que unirá forças com o Departamento de Ciência e Tecnologia Aeroespacial (DCTA) da Força Aérea Brasileira para desenvolver conjuntamente sistemas não tripulados e autônomos, armas inteligentes e projetos aéreos e espaciais.

Antes disso, em 11 de agosto, a EDGE assinou um acordo com a empresa brasileira de engenharia Turbomachine para co-desenvolver motores, incluindo turbofan e ventilador propelente, para os UAVs e mísseis do conglomerado dos Emirados. No início de julho, a EDGE assinou um importante acordo para desenvolver mísseis antinavio de longo alcance para a marinha brasileira.

Durante a exposição de defesa e segurança LAAD no Brasil em abril passado, a Edge assinou uma série de acordos com empresas de defesa, incluindo um acordo com a brasileira Kryptus para cooperar em capacidades cibernéticas, outro com a SIATT para armas inteligentes e integração de sistemas de alta tecnologia, e com a AKAER para “combinar experiência e fornecer capacidades críticas para apoiar os usuários finais”, de acordo com a declaração da empresa.

Em 29 de setembro, o Grupo Edge anunciou a aquisição de uma participação de 50% na empresa brasileira de alta tecnologia SIATT, especialista em sistemas de armas inteligentes.

“As empresas de defesa de Abu Dhabi procuram outros mercados regionais para construir laços comerciais. Entrar no mercado latino-americano, e no Brasil especificamente, ajuda a construir a atração de produtos dos Emirados para vários cenários hipotéticos na região”, disse Theodore Karasik, consultor sênior do think tank Gulf State Analytics, ao Breaking Defense. “O Brasil é um país-alvo devido à capacidade dos Emirados de fazer parceria com instituições brasileiras”, nas parcerias que Karasik disse ter mais probabilidade de obter apoio do governo brasileiro do que empresas estrangeiras independentes.

Durante o World Defense Show, na Arábia Saudita no começo deste mês, o recém-nomeado CEO da empresa, Hamad Al Marar, afirmou ao Breaking Defense que a América Latina e o Leste Asiático continuarão a ser mercados quentes para a empresa no futuro.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Seu comentário será submetido ao Administrador. Não serão publicados comentários ofensivos ou que visem desabonar a imagem das empresas (críticas destrutivas).

Postagem em destaque