*LRCA Defense Consulting - 20/10/2025
O portal Ungarn Heute publicou uma reportagem intitulada "Brasilianisches Militärflugzeug der ungarischen Streitkräfte wird zum internationalen Maßstab" (Aeronave militar brasileira das Forças Armadas Húngaras se torna referência internacional), destacando o papel crescente da aeronave Embraer KC-390 Millennium na modernização das Forças de Defesa da Hungria.
Segundo a publicação, a Hungria foi o primeiro país a adquirir uma versão equipada com unidade de terapia intensiva (UTI) aérea do KC-390, ampliando as possibilidades de evacuação médica em missões internacionais e operações táticas.
Projeto inovador
A reportagem também enfatiza que a cooperação entre a Embraer e
o governo húngaro está se aprofundando. Um novo projeto "inovador" está
planejado para 2026, por meio do qual a Hungria, em parceria com o
fabricante brasileiro, será pioneira na capacidade de reabastecimento aéreo do
KC-390. Segundo o Ungarn Heute, esse avanço tornará possível reabastecer
a frota húngara de caças Gripen diretamente no ar, sem a necessidade de apoio
internacional — um marco estratégico para a autonomia operacional da Força
Aérea Húngara.
De acordo com o ministro da Defesa, Kristóf Szalay-Bobrovniczky, o programa de integração do KC-390 continua como uma das prioridades da modernização militar conhecida como Zrínyi 2026. A entrega das duas aeronaves foi concluída em 2024, e os próximos passos incluem treinamento técnico com a Embraer e o aperfeiçoamento da interoperabilidade com a OTAN, dado que o KC-390 é totalmente compatível com os padrões da aliança.
A matéria aponta que a cooperação Brasil–Hungria em torno da KC-390 tornou-se um símbolo de sucesso tecnológico internacional, destacando o papel da Embraer como principal fornecedora de aeronaves de transporte para países europeus com forças aéreas em expansão.
Não há nenhum KC-390 na Europa fazendo missões de
reabastecimento aéreo?
Embora o KC-390 tenha capacidade AAR (air-to-air refueling) comprovada (testes como
tanker e receiver, compatível com velocidades de 120-300 nós e altitudes de
2.000-32.000 pés), nenhum país opera rotineiramente missões de reabastecimento
na Europa ainda.
- Portugal:
entrou em serviço em 2023 com 5 unidades. Foca em transporte e medevac;
AAR está em testes, mas não está ainda operacional em missões reais.
- Hungria: primeira aeronave operacional desde setembro de 2024, mas AAR pleno só em 2026.
- Outros (Áustria, Países Baixos, Suécia, República Tcheca): contratos assinados em 2024-2025, mas entregas e integrações AAR em fase inicial (2026+).
Ou seja, o marco húngaro de 2026 será estratégico, pois eliminará a dependência de aviões-tanques como o KC-135 (EUA) para missões OTAN, aumentando a "autonomia operacional" da Força Aérea do país.
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