*LRCA Defense Consulting - 10/11/2025
A Telebras e a operadora europeia SES firmaram um memorando de entendimento (MoU) para expandir a conectividade via internet satelital no Brasil, com foco no uso de satélites de órbita média (MEO). Essa parceria estratégica visa oferecer conexões de alta velocidade, chegando a até 1 Gbps, especialmente para regiões remotas como a Amazônia, promovendo inclusão digital e soberania tecnológica brasileira.
Diferente da Starlink, que utiliza satélites em baixa órbita (LEO), a SES opera satélites MEO, que proporcionam cobertura nacional ampla com baixa latência, usando apenas alguns satélites para garantir a infraestrutura, o que reflete um modelo mais eficiente para o país.
O acordo ampliará a atuação da Telebras no mercado multiórbita, integrando soluções de satélites geoestacionários (GEO), baixa órbita (LEO) e média órbita (MEO), para que o Brasil tenha mais opções tecnológicas e maior autonomia na gestão da rede. A infra-estrutura terrestre ficará sob controle da estatal, usando teleportos nacionais, assegurando o tráfego de dados sob supervisão local, o que reforça a soberania digital do Brasil.
A tecnologia será apresentada oficialmente durante a COP30, em Belém, onde será usada para garantir comunicações de alta performance e backup para o governo federal no evento, que ocorrerá entre 10 e 21 de novembro de 2025.
Além da COP30, a parceria abre caminho para novas parcerias e um modelo híbrido de mercado, com múltiplos provedores competindo, possibilitando redes temporárias, 4G/5G privadas e serviços a órgãos públicos e centros de comando. O presidente da Telebras destacou que a tecnologia MEO alia desempenho superior a menor impacto ambiental, reforçando o compromisso de um futuro digital sustentável no Brasil.
Essa iniciativa posiciona o País na vanguarda global da internet banda larga via satélite, desafiando concorrentes internacionais como a Starlink.

Nenhum comentário:
Postar um comentário
Seu comentário será submetido ao Administrador. Não serão publicados comentários ofensivos ou que visem desabonar a imagem das empresas (críticas destrutivas).