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31 maio, 2025

Revisão Crítica de Projeto (CDR) marca importante avanço do Microlançador Brasileiro (MLBR)


 

*RCA Defense Consulting - 31/05/2025

Nos dias 29 e 30 de maio, a Agência Espacial Brasileira (AEB) participou da Revisão Crítica de Projeto (CDR, na sigla em inglês) do Microlançador Brasileiro (MLBR), veículo lançador de pequeno porte (VLPP) em desenvolvimento nacional. 

O encontro, realizado em São José dos Campos–SP, contou com a presença de representantes da Financiadora de Estudos e Projetos (Finep), do Departamento de Ciência e Tecnologia Aeroespacial (DCTA), do Instituto de Aeronáutica e Espaço (IAE), do Centro de Gestão e Estudos Estratégicos (CGEE), das empresas que compõem o arranjo industrial responsável pelo projeto, liderado pela CENIC: Plasmahub, Concert, Delsys, Etsys e de outras empresas participantes, como a Bizu Space, Almeida's, CLC e Fibraforte.

A CDR é importante para avaliar a maturidade do projeto e sua prontidão para avançar à próxima fase do ciclo de desenvolvimento, o que inclui a fabricação e os ensaios de qualificação dos equipamentos; a montagem e os testes dos subsistemas; bem como a integração e os testes do sistema completo. A revisão demonstra que o projeto apresenta um design consolidado, com os requisitos técnicos atendidos nos níveis de sistema e subsistemas, e com interfaces críticas devidamente definidas.

Durante a reunião, foram analisados a situação da qualificação de processos críticos, a compatibilidade com interfaces externas, o planejamento das atividades de montagem, integração e testes (AIT), além de aspectos relacionados à segurança, à garantia do produto, à mitigação de riscos e aos destroços espaciais (debris).

Para o Coordenador da Unidade Regional da AEB em São José dos Campos, Alexandre Macedo, a realização da CDR marca um avanço significativo rumo à materialização do lançador nacional. “A participação da AEB na CDR do MLBR é essencial para assegurar que os marcos técnicos estejam sendo cumpridos com rigor e que o sistema esteja pronto para a fase de implementação. Essa etapa demonstra o comprometimento das instituições e empresas envolvidas com o desenvolvimento de uma capacidade autônoma de acesso ao espaço no Brasil”, afirmou.

Já o Coordenador de Veículos Lançadores da AEB, Fábio Rezende, destacou o papel do trabalho conjunto entre governo e indústria nacional: “A CDR do MLBR mostra como a articulação entre instituições públicas e empresas privadas pode gerar resultados concretos e sustentáveis para o setor espacial brasileiro. O fortalecimento da base industrial e o domínio tecnológico são fundamentais para o avanço do nosso Programa Espacial".

O MLBR é um projeto estratégico que visa consolidar a base tecnológica nacional na área de lançadores e fortalecer a indústria espacial brasileira. A conclusão bem-sucedida da CDR representa um passo importante para o Brasil avançar na construção de um sistema completo de lançamento de satélites de pequeno porte com inovação, engenharia de ponta e protagonismo nacional.

Saiba mais:

Projeto de foguete brasileiro conclui primeira fase e é apresentado em São José dos Campos

*Com informações da Agência Espacial Brasileira  

27 janeiro, 2025

ITA Rocket Design e ITAEx, com apoio do CENIC e BIZÚ Space, concretizam marco histórico para o setor espacial brasileiro


*LRCA Defense Consulting - 27/01/2025

A iniciativa acadêmica ITA Rocket Design, em parceria com a ITAEx, alcançou um marco histórico ao realizar a queima do primeiro motor sólido envelopado em fibra de carbono desenvolvido por uma universidade na América Latina!

Dentro do conhecimento atual da equipe, este pode também ser o primeiro motor universitário dessa categoria no hemisfério sul, destacando ainda mais a relevância da conquista.

Essa realização abre portas para novas possibilidades, consolida o Brasil como um player relevante no setor espacial e demonstra o potencial da Engenharia e da inovação no Instituto Tecnológico de Aeronáutica - ITA.

Fruto de anos de pesquisa e desenvolvimento da ITA Rocket Design, esse feito contou com o apoio da ITAEx e de parceiros iteanos estratégicos como CENIC - Laboratório de Ensaios Especiais e BIZU Space.

Sobre a ITA Rocket Design
A ITA Rocket Design é uma iniciativa de foguetemodelismo criada e administrada por alunos do Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA) desde 2011. A entidade é responsável pelo projeto, construção e transporte de foguetes para participar de competições nacionais e internacionais, como a IREC, o Festival de Minifoguetes de Curitiba, a COBRUF beta e a LASC (Latin America Space Challenge).

Equipe reconhecida pela excelência técnica, durante os ainda poucos anos de iniciativa, já acumulou prêmios importantes na IREC, como o 2º lugar geral em 2015, prêmios de excelência técnica em 2011 e 2013, e medalhas sobre a excelência dos seus processos de segurança durante as operações em 2019. Ainda no escopo de prêmios, foi campeã geral da COBRUF beta em 2015, e também campeã da categoria computacional em 2017. Para o futuro, pretende expandir o projeto, melhorando o seu modelo de foguete (atualmente o RD-X), com destaque para a recente criação do subsistema de controle e ampliação da área de pesquisa e desenvolvimento, com apoio de outras instituições parceiras.

Dentre os seus principais valores, destacam-se a excelência, comprometimento da equipe, proatividade de todos os membros, valorização da segurança da equipe, trabalho em equipe e, como se espera de alunos do ITA, a disciplina consciente, agindo de maneira transparente, honesta e respeitosa.

Sobre o Laboratório CENIC
O Laboratório CENIC, localizado em São Carlos-SP, foi criado em 2007 por uma equipe de engenheiros com mais de dez anos de experiência em ensaios mecânicos estáticos e de fadiga.

Conta com máquinas de fadiga servo-hidráulicas, máquina universal de ensaios, equipamento de ensaio de torção, equipamento de ensaio de fretting corrosion. Possui Sistema de Gestão da Qualidade de acordo com a norma ABNT NBR ISO/IEC 17025. O Laboratório CENIC é acreditado pelo INMETRO sob o número CRL 0454 (visite nosso site para a visualização do escopo).

O Laboratório CENIC realiza ensaios mecânicos através de normas técnicas nacionais e internacionais e procedimentos técnicos sob demanda. Além de ensaios em corpos-de-prova normalizados, o Laboratório CENIC possui estrutura para confecção de dispositivos que viabilizam a realização de ensaios mecânicos em componentes individuais e sistemas multicomponentes e produtos acabados.

A infraestrutura e a equipe técnica especializada do Laboratório CENIC possibilitam sua atuação em diversos setores industriais. 

Sobre a BIZÚ Space
A BIZU Space é uma empresa aeroespacial brasileira dedicada a acelerar a exploração espacial com o desenvolvimento de tecnologias de foguetes, tendo conquistado o selo de Empresa Estratégica de Defesa.

Criada em 2020 como um spin-off da equipe ITA Rocket Design do ITA (Instituto Tecnológico de Aeronáutica), sua jornada começou com um grupo de entusiastas colaborando em projetos de foguetes como um hobby. A empresa foi oficialmente incorporada em 2022.

Em dezembro de 2023, a BIZÚ Space ganhou tração significativa ao garantir dois contratos para apoiar o desenvolvimento do programa MLBR (Microlançador Brasileiro). O programa MLBR tem como objetivo realizar um sonho brasileiro de 1979, que é lançar um satélite brasileiro a partir de solo nacional em um foguete feito por brasileiros.



07 janeiro, 2025

Fibraforte desenvolve o sistema de controle de atitude para a 2ª e 3ª fases de voo do Veículo Lançador de Pequeno Porte


 

*LRCA Defense Consulting - 07/01/2025

A Fibraforte Engenharia, Indústria e Comércio, uma Empresa Estratégica de Defesa (EED), é uma empresa brasileira especializada no desenvolvimento e na produção de componentes para satélites, foguetes e aeronaves. Com 30 anos de mercado, possui uma equipe técnica altamente qualificada e consolidou-se como referência em seu campo de atuação.

A empresa desenvolve sistemas de propulsão para satélites e controle de foguetes lançadores de satélites; estruturas leves e mecanismos para aplicação aeroespacial; equipamentos de suporte mecânico para integração e testes de satélites; sistemas de testes pra estruturas de aeronaves e serviços de engenharia.

Ao longo de sua história, participou de projetos de grande relevância, como o desenvolvimento do sistema de propulsão para a Plataforma Multimissão (PMM), utilizado no Satélite Amazônia, sendo a primeira vez que o Brasil desenvolveu um sistema deste tipo.

Em parceria com a Cenic, a Fibraforte também desenvolveu os mecanismos dos painéis solares da PMM. Além disso, a empresa foi responsável pelo desenvolvimento integral das estruturas dos satélites CBERS 3, CBERS 4 e CBERS 4A, desde a especificação até a produção de modelos de voo.

A Fibraforte também trabalhou no desenvolvimento de tanques de propelentes, reduzindo a dependência nacional de componentes, e desenvolveu propulsores monopropelentes.

No projeto do Microlançador Brasileiro (MLBR), desenvolve o sistema de controle de atitude para a segunda e terceira fases de voo do  Veículo Lançador de Pequeno Porte (VLPP). Esses atuadores são essenciais para o controle preciso do veículo durante o voo, assegurando a estabilidade e a trajetória necessárias para o sucesso das missões espaciais. 

As demais empresas envolvidas no projeto do MLBR fazem parte do arranjo produtivo brasileiro formado por Cenic, Concert Space, Plasmahub, Delsis e Etsys.

Sobre a Fibraforte
A história da Fibraforte está ligada diretamente a iteanos (engenheiros oriundos do Instituto Tecnológico de Aeronáutica -ITA) dedicados em desenvolver um trabalho eficiente, sério e de alta tecnologia. Três iteanos foram os responsáveis pela iniciativa, todos da Turma de 1985: Jadir Gonçalves, Thomas Leomil Shaw e Estácio Teru.

Sediada em São José dos Campos, a empresa foi fundada em 1994 em vista das demandas de sistemas mecânicos para os programas de satélites. Mas, com a evolução e expertise, já trilha outros caminhos, atuando também no setor aeronáutico.

Sempre investindo em P&D, a empresa é apoiada por órgãos de fomento como a Fapesp (Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo), CNPq (Conselho Nacional de Desenvolvimento Cientifico e Tecnológico) e a FINEP (Financiadora de Estudo e Projetos).

O programa de desenvolvimento dos jatos da família EMB170/190 da Embraer colocou a Fibraforte atuante também no segmento aeronáutico. É fornecedora estratégica da Kawasaki no projeto das estruturas das asas e teve significante amadurecimento em negócios com empresas estrangeiras e excelente resultado financeiro que permitiu reinvestirmos em tecnologia e infraestrutura.

No Programa de Transferência de Tecnologia ligado ao SGDC, teve a Thales Alenia elevando seu status de fornecedores de propulsores, tanques e sistemas de propulsão. O fato, além de ter possibilitado o desenvolvimento de produtos com nível de qualificação exigido pelas integradoras de satélites estrangeiras, melhorou significativamente a sua visibilidade no mercado internacional.

No segmento de satélites também desenvolve estruturas, mecanismos e equipamentos de apoio à integração e testes de satélites.

Ainda no segmento espacial, mas destinados aos veículos lançadores de satélites, a empresa está desenvolvendo sistema de propulsão e atuadores mecânicos para aplicação em controle de atitude dos lançadores atualmente em desenvolvimento para o programa espacial brasileiro.

A Fibraforte atua também no segmento aeronáutico com suporte de engenharia no segmento de estruturas, além de fornecer dispositivos para testes de estruturas e mecanismos. A empresa tem buscado oportunidades na área de defesa em sistemas mecânicos, tanto estruturas como mecanismos, em uma iniciativa de aplicar suas competências desenvolvidas para a área espacial e aeronáutica em sistemas de defesa.

Atualmente, os principais clientes da Fibraforte são o INPE/AEB e Visiona no segmento de satélites, e Cenic no segmento de lançadores.

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