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03 dezembro, 2024

Se arma de fogo é usada no tráfico, crime de posse é absorvido, decide STJ


*Consultor Jurídico, por Danilo Vital - 28/11/2024

Se a arma de fogo é usada para garantir o sucesso do tráfico de drogas, sua apreensão nesse contexto não gera crime autônomo. Assim, incidirá apenas a majorante da pena prevista no artigo 40, inciso IV, da Lei de Drogas (Lei 11.343/2006).

Essa conclusão é da 3ª Seção do Superior Tribunal de Justiça, que fixou tese vinculante sobre o tema para orientar as instâncias ordinárias, em julgamento nesta quarta-feira (27/11). Relator dos recursos, o ministro Reynaldo Soares da Fonseca reafirmou a jurisprudência já pacificada por ambas as turmas de Direito Criminal do tribunal.

Ela trata do princípio da consunção, segundo o qual, quando um crime é meio necessário para a execução de outro, mais abrangente, ele acaba absorvido. Nesse caso, há punição para apenas um deles. É o que acontece nos casos em que um suspeito de tráfico de drogas é preso portando arma de fogo.

A posse do armamento é causa de aumento da pena do tráfico de drogas, conforme diz o artigo IV da Lei 11.343/2006. Ao mesmo tempo, também é crime autônomo, previsto no Estatuto do Desarmamento (Lei 10.826/2003).

Arma de fogo para quê?
Segundo o STJ, o réu só será punido por ambos os crimes, no chamado concurso material, se o Ministério Público comprovar que o réu já portava a arma em condições ilícitas e desvinculadas da traficância. “A premissa é de que a posse ou porte de arma, nesses casos, é apenas um meio para viabilizar ou facilitar a prática do tráfico de drogas”, explicou o ministro Reynaldo Soares da Fonseca.

“A posse da arma de fogo, assim, não é delito autônomo, mas ferramenta do crime principal. Dessa forma, a conduta referente é absorvida, evitando a duplicidade de punição sobre mesmo fato”, acrescentou ele. A votação foi unânime.

O colegiado fixou a seguinte tese:
"A majorante do artigo 40, inciso IV da Lei 11.343/2006 aplica-se quando há nexo finalístico entre uso da arma e tráfico de drogas, sendo a arma usada para garantir o sucesso da atividade criminosa, hipótese em que o crime de porte ou posse ilegal de arma é absorvido pelo tráfico. Do contrário, o delito previsto no Estatuto do Desarmamento é considerado crime autônomo, em concurso material com o tráfico de drogas."

24 março, 2024

Números do FBI mostram que o crime caiu enquanto os americanos estocavam mais armas

AP Foto/Keith Srakocic

*Breitbart News, por AWR Hawkins - 19/03/2024

Os números do FBI relatados pela NBC News em 19 de março de 2024 mostram que a criminalidade caiu durante 2023, um ano em que houve mais de um milhão de verificações de antecedentes por mês para compras de armas.

Em 4 de julho de 2023, o Washington Examiner observou que as verificações do Sistema Nacional de Verificação Instantânea de Antecedentes Criminais (NICS/FBI) para compras de armas ultrapassaram um milhão por mês durante 47 meses consecutivos.

Em 19 de março de 2024, o Breitbart News conversou com Mark Oliva, da National Shooting Sports Foundation, e ele disse que já se passaram 55 meses consecutivos de mais de um milhão de verificações do NICS.

Isso significa que, até 2023 e ao longo de 2023, os americanos estavam indo às lojas de armas para adquiri-las, mas os “números do quarto trimestre” relatados pela NBC News mostraram “um declínio de 13% nos assassinatos em 2023 em relação a 2022, um declínio de 6% em crimes violentos relatados e um declínio de 4% nos crimes contra a propriedade relatados.”

O ex-analista da CIA Jeff Asher comentou sobre os números mais baixos da criminalidade, dizendo: “Isto sugere que quando obtivermos os dados finais em outubro, teremos visto provavelmente o maior declínio de homicídios num ano alguma vez registado”.

Houve uma situação semelhante depois que as vendas de armas aumentaram em 2013. O Breitbart News apontou que as vendas privadas de armas dispararam durante 2013, com 21.093.273 verificações de antecedentes e, de acordo com o FBI, os crimes nas categorias de "crimes violentos" e "crimes contra a propriedade" diminuíram durante o ano.

Numa escala mais ampla, o Breitbart News observou  um estudo de 2012 do Serviço de Pesquisa do Congresso mostrando que a posse de armas saltou de 192 milhões de armas privadas em 1994 para 309 milhões em 2009. Ao mesmo tempo, o “assassinato relacionado com armas de fogo e homicídio não negligente”, de uma taxa de 6,6 por 100.000 americanos em 1993, caiu para 3,6 por 100.000 em 2000 e para 3,2 por 100.000 em 2011.

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