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30 setembro, 2023

Exército Brasileiro teria mostrado interesse em munições vagantes (drones kamikases) e sistemas antidrones da Índia

ALS-50 (Advanced Loitering System-50)

*LRCA Defense Consulting - 30/09/2023

O portal indiano Indian Defence Research Wing (IDRW) noticiou hoje que, durante a Conferência de Chefes dos Exércitos do Indo-Pacífico (IPACC), realizada na capital indiana, Nova Delhi, o Chefe do Estado-Maior do Exército Brasileiro, General Fernando José Santana Soares e Silva, expressou grande interesse nas tecnologias de defesa indianas. 

A conferência proporcionou uma oportunidade para a Índia mostrar suas capacidades de defesa indígenas aos delegados internacionais, e o Brasil, em particular, manifestou interesse em diversas inovações indianas.

Um dos destaques foi o Advanced Loitering System-50 (ALS-50), munição vagante (drone kamikase) desenvolvido pela Tata Advanced Systems Limited (TASL). Este sistema de última geração atraiu a atenção da delegação brasileira devido aos seus recursos e capacidades avançadas.

O ALS-50 é um sistema de armas avançado com capacidade, versatilidade e adaptabilidade únicas de decolagem e pouso vertical (VTOL), que lhe permite engajar sistemas de defesa aérea, alvos terrestres e navais. Foi introduzido na Força Aérea Indiana em meados deste ano.

O ALS-50 pode ser caracterizado como um drone que tem comprimento de 2,4 metros, envergadura de 3,8 metros e peso máximo de decolagem de 50 kg. Com um alcance de mais de 50 km, pode permanecer no ar por mais de uma hora. Não só possui trem de pouso fixo com quatro pernas, mas também possui uma torre eletro-óptica/infravermelha (EO/IR) montada no queixo e pode transportar ogivas anti-blindagem.

Outra tecnologia que despertou o interesse do General Soares foi o UAV multirotor Mackerel Loitering Munition (loitering munition: munição vagante), apresentado pela NewSpace Research. Este versátil veículo aéreo não tripulado chamou a atenção do Chefe do Exército Brasileiro, que indicou que o Brasil está interessado em avaliar e potencialmente adquirir drones vagantes fabricados na Índia para seu uso.

Mackerel Loitering Munition

Mackerel Multicopter Kamikaze Drone lançado a partir do drone nave-mãe

Além disso, a conferência proporcionou uma plataforma para apresentar a tecnologia antidrone desenvolvida na Índia, criada por empresas do setor privado. Esta tecnologia tornou-se cada vez mais relevante no cenário da defesa moderna, dada a proliferação de drones nos domínios militar e civil.

Indrajaal, o primeiro sistema indiano antidrone alimentado por IA. É centrado em rede e inclui sensores, armas e uma unidade de controle.

O interesse do Brasil nas tecnologias de defesa indianas reflete o crescente reconhecimento das capacidades da Índia no setor de defesa e o potencial para colaborações frutíferas entre as duas nações. À medida que ambos os países procuram melhorar as suas capacidades de defesa, essas interações abrem caminho para parcerias e intercâmbios mutuamente benéficos na indústria da defesa.

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