*Nate News via Aju Business Daily, por Jun Sung-min - 20/10/2025
A agência de compras de defesa da Coreia do Sul assinou um
acordo com a Embraer, principal fabricante aeroespacial do Brasil, para
aprofundar os laços industriais e expandir a participação coreana na cadeia de
suprimentos global da empresa.
De acordo com a Administração do Programa de Aquisição de Defesa (DAPA) na
segunda-feira, a agência assinou um memorando de entendimento com a Embraer SA
durante a Exposição Internacional Aeroespacial e de Defesa de Seul (ADEX) 2025,
em Goyang, nos arredores de Seul.
O acordo visa aumentar o uso de componentes fabricados na Coreia em aeronaves
da Embraer exportadas para todo o mundo e promover uma colaboração mais ampla
na área de defesa entre os dois países.
Fundada em 1969, a Embraer é uma das três maiores fabricantes de aeronaves
civis do mundo, com mais de 9.000 aeronaves entregues globalmente. Nos últimos
anos, a empresa vem expandindo sua presença no setor militar com sua aeronave
de transporte C-390 Millennium, que foi adotada por diversas forças aéreas,
incluindo as do Brasil e de Portugal.
Fornecedores sul-coreanos de pequeno e médio porte já estão contribuindo com
componentes-chave para o programa C-390, com exportações avaliadas em cerca de
450 bilhões de wons (US$ 330 milhões). Espera-se que essas mesmas peças sejam
usadas na aeronave a ser adquirida pela Força Aérea Sul-Coreana.
Sob o novo memorando, a DAPA e a Embraer planejam ampliar a cooperação,
permitindo que empresas coreanas se tornem parte da rede global de fornecimento
da Embraer e explorem novas oportunidades de defesa na Coreia e em outros
lugares.
"As empresas coreanas desempenham um papel crucial no projeto C-390, e
este memorando de entendimento ampliará nossa cooperação", disse o presidente-executivo
da Embraer, Francisco Gomes Neto, em um comunicado. “Esperamos
criar novas histórias de sucesso no mercado global de defesa com nossos
parceiros coreanos.”
Kang Joong-hee, que lidera a divisão de negócios de aviação da DAPA, disse que
o acordo marcou “um passo significativo em direção a um
modelo de crescimento colaborativo que vai além de um simples relacionamento
comprador-vendedor entre a Coreia e o Brasil”.
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