Pesquisar este portal

08 novembro, 2025

Brasil avança para fortalecer exportações militares com nova modalidade Governo-a-Governo


*LRCA Defense Consulting - 08/11/2025

O Ministério da Defesa deve implementar em breve a modalidade de negócios do tipo C2G (Government-to-Government, ou Governo-a-Governo), destinada a apoiar a venda externa de soluções e tecnologias militares desenvolvidas pela Base Industrial de Defesa (BID) brasileira. O novo modelo visa facilitar negociações diretas entre governos, ampliando a presença da indústria nacional no mercado internacional.

Atualmente, a BID responde por um ativo que chegou a ultrapassar US$ 2 bilhões em autorizações de exportação somente neste ano, comercializando produtos para cerca de 140 países em todos os continentes. Entre os itens exportados estão aeronaves, embarcações, sistemas de comunicação segura, radares e armamentos de alta tecnologia, destacando-se produtos como o avião KC-390 e o A-29 Super Tucano. O setor gera quase 3 milhões de empregos diretos e indiretos e representa 3,58% do Produto Interno Bruto do Brasil.

O modelo C2G busca eliminar entraves burocráticos e jurídicos, permitindo que o governo brasileiro atue como garantidor e facilitador dessas operações, com maior supervisão, transparência e segurança nas transações. Países como Estados Unidos e França já utilizam com sucesso essa modalidade para fortalecer suas exportações de defesa. Para o Brasil, essa iniciativa é estratégica para consolidar a indústria nacional, ampliar exportações e aumentar a autonomia tecnológica.

Empresas da base industrial de defesa, públicas e privadas, têm participado de diálogos com o Ministério para alinhar a implementação da modalidade, que depende também de um memorando de entendimento para oficializar as operações. Esta é uma aposta do governo brasileiro para transformar o setor de defesa em vetor de desenvolvimento tecnológico, econômico e estratégico para o País.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Seu comentário será submetido ao Administrador. Não serão publicados comentários ofensivos ou que visem desabonar a imagem das empresas (críticas destrutivas).

Postagem em destaque