| Concepção artística do 14-X em órbita | 
*LRCA Defense Consulting - 03/12/2021
O Departamento de Ciência e Tecnologia Aeroespacial (DCTA), situado em São José dos Campos (SP), iniciou os preparativos da Operação Cruzeiro com o envio de materiais do primeiro teste de voo do motor aeronáutico hipersônico 14-X, desenvolvido pelo Instituto de Estudos Avançados (IEAv), para o Centro de Lançamento de Alcântara (CLA). 
Os equipamentos foram enviados de duas formas: via terrestre e aérea, partindo de São José dos Campos (SP). No dia 17 de novembro, foi enviado o primeiro carregamento, via terrestre, saindo do Centro de Transporte Logístico da Aeronáutica (CTLA), contendo os cilindros de gases que serão utilizados na carga útil do 14-X. A segunda etapa, também via terrestre, deslocou-se do Grupamento de Apoio de São José dos Campos (GAP-SJ), no dia 23 de novembro, levando o apoio para a campanha como carrinho elétrico e outras peças.
No dia 28 de novembro, a aeronave C-130 Hércules, operada pelo Esquadrão Gordo (1º/1º GT), realizou o carregamento dos motores foguetes, componentes pirotécnicos, módulos, empenas, bancos de controle e a carga útil do motor. 
Já no dia 29 de novembro, a aeronave KC-390 Millennium, operado pelo Esquadrão Zeus (1º GTT), realizou o transporte das equipes do Instituto de Aeronáutica e Espaço (IAE) e do Instituto de Estudos Avançados (IEAv). 
A aeronave transportou também doações, arrecadadas durante o Concerto Sinfônico da Banda de Música do DCTA, e testes de COVID-19, doados pela Associação Desportista Classista da EMBRAER (ADC EMBRAER), para as Agrovilas da cidade de Alcântara (MA).
Projeto Prohiper
Discretamente, a Força Aérea Brasileira (FAB) desenvolve uma 
tecnologia hoje só testada por poucos países. Trata-se da propulsão scramjet, um tipo de motor capaz de 
tornar possível aeronaves hipersônicas e que voam em grandes altitudes. 
O Projeto Prohiper, como foi chamado 
internamente, está sob responsabilidade do IEAV (Instituto de Estudos 
Avançados), localizado em São José dos Campos (SP), e é restrito hoje ao
 laboratório onde é avaliado no maior túnel de vento da América Latina. 
“Queremos hoje sair do nível laboratorial e dar o grande salto que é 
para o nível de qualificação em voo dessas tecnologias”, disse Israel 
Rêgo, gerente do Laboratório de Aerotermodinâmica e Hipersônica do IEAV.
Batizado
 de 14-X, o protótipo que demonstrará a tecnologia existe por enquanto 
apenas num modelo em escada com formato em asa delta de enflechamento 
bastante agudo. O motor scramjet é instalado na parte inferior da asa em
 delta e utiliza um princípio curioso: em vez de necessitar do 
combustível e do oxidante (oxigênio) como nos motores-foguete 
tradicionais, ele aproveita o próprio ar para queimar o combustível.
Graças
 a essa capacidade, ele pode em tese levar um avião a velocidades de 
cerca de 12 mil km por hora (algo como atravessar toda a Avenida 
Paulista em apenas um segundo). Para efeito de comparação, o supersônico
 Concorde voava a pouco menos de 2,2 mil km/h.
Em alta 
velocidade, o ar dispensa fans e compressores para acelerá-lo e 
aquecê-lo como nos turbofans, o que simplifica sua estrutura, mas exige 
materiais nobres para suportar o calor extremo. 
A grande vantagem, 
segundo explicou o engenheiro aeroespacial Ten. Norton Assis é a maior 
carga útil permitida. Graças à ausência dos tanques de oxigênio é 
possível transportar até 15% de carga útil em relação ao seu peso – nos 
foguetes convencionais esse valor é de apenas 5%. “Como não leva o 
oxidante no interior, o veículo torna-se mais seguro e essa redução de 
peso agrega mais eficiência”, acrescenta.
Interessante
ResponderExcluirO lançamento de teste era previsto para 2013 quando Brasil tinha algum respaldo no mundo, agora que temos um "banana" com a faixa presidencial isso se torna impossivel.
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