*LRCA Defense Consulting - 08/08/2025
No dia 8 de agosto de 2025, a Marinha do Brasil, em parceria com a EMGEPRON - Empresa Gerencial de Projetos Navais e o consórcio Águas Azuis, celebrou um marco significativo com o lançamento da segunda fragata da Classe Tamandaré, batizada de "Jerônimo de Albuquerque". O evento, realizado no estaleiro TKMS Estaleiro Brasil Sul, em Itajaí, Santa Catarina, reuniu autoridades de alto escalão, incluindo o Vice-Presidente Geraldo Alckmin, o Ministro da Defesa José Mucio Monteiro e o Comandante da Marinha, Almirante Marcos Sampaio Olsen. A cerimônia de lançamento foi marcada pela presença de Lu Alckmin, esposa do Vice-Presidente, como madrinha do navio.
A fragata "Jerônimo de Albuquerque", identificada pelo número de construção F201, é a segunda de um total de quatro fragatas encomendadas em 2020. Com 107 metros de comprimento e velocidade máxima de 25 nós, o navio é equipado com sistemas de última geração, oferecendo alto poder de combate e capacidade de operar em múltiplos ambientes de guerra, como superfície, ar e submarino.
O programa Programa de Fragatas Classe Tamandaré (PFCT), iniciado em 2017, visa substituir navios mais antigos, como as fragatas da Classe Niterói, e modernizar o núcleo de poder naval do Brasil, com entregas previstas entre 2025 e 2029. O custo de cada fragata é de cerca de US$ 555 milhões (R$ 2,77 bilhões), com custo total do programa estimado em US$ 2,2 bilhões, refletindo o investimento significativo na defesa marítima.
A fragata "Jerônimo de Albuquerque", identificada pelo número de construção F201, é a segunda de um total de quatro fragatas encomendadas em 2020. Com 107 metros de comprimento e velocidade máxima de 25 nós, o navio é equipado com sistemas de última geração, oferecendo alto poder de combate e capacidade de operar em múltiplos ambientes de guerra, como superfície, ar e submarino.
O programa Programa de Fragatas Classe Tamandaré (PFCT), iniciado em 2017, visa substituir navios mais antigos, como as fragatas da Classe Niterói, e modernizar o núcleo de poder naval do Brasil, com entregas previstas entre 2025 e 2029. O custo de cada fragata é de cerca de US$ 555 milhões (R$ 2,77 bilhões), com custo total do programa estimado em US$ 2,2 bilhões, refletindo o investimento significativo na defesa marítima.
O processo de lançamento será sucedido por uma operação "load out", que consiste na movimentação do navio para um dique flutuante e sua imersão controlada até atingir a sustentação na água. Após essa etapa, a fragata será transferida para o cais para a conclusão de acabamentos e testes necessários, antes de seguir para as provas de mar.
Este marco reforça a posição do estaleiro TKMS Estaleiro Brasil Sul como um hub estratégico para a indústria naval na América do Sul, com três fragatas sendo construídas simultaneamente, consolidando a capacidade de construção naval local.
Este marco reforça a posição do estaleiro TKMS Estaleiro Brasil Sul como um hub estratégico para a indústria naval na América do Sul, com três fragatas sendo construídas simultaneamente, consolidando a capacidade de construção naval local.
Especificações técnicas, armamento e missão
As fragatas da Classe Tamandaré são projetadas como escoltas versáteis, capazes de proteger o tráfego marítimo, negar o uso do mar a ameaças e realizar missões de defesa costeira. Com deslocamento de aproximadamente 3.500 toneladas, elas são equipadas com radar Hensoldt TRS-4D, capaz de rastrear 1.000 alvos a até 250 km, e sistemas de guerra eletrônica como o MAGE Defensor Mk3, desenvolvido pela empresa brasileira Omnisys.
Além disso, são armadas com um sistema de lançamento vertical de 12 células para mísseis superfície-ar Sea Ceptor, oito mísseis anti-navio MANSUP, um canhão naval Oto Melara 76/62 SRGF Super Rapid e um sistema de armas de curto alcance Rheinmetall Sea Snake 30 mm, além de dois lançadores triplos de tubos de 324 mm (SEA TLS-TT), compatíveis com torpedos Mk 54 (além do Mk 46), para guerra anti-submarina.
Sua missão principal inclui proteger as Águas Jurisdicionais Brasileiras (AJB), que abrangem 5,7 milhões de km², equivalentes a metade da área continental do Brasil, garantindo a exploração de recursos como petróleo, gás natural e biodiversidade.
As fragatas também desempenharão papéis em operações de busca e resgate, monitoramento de poluição, combate à pirataria e pesca ilegal, além de missões de paz e ajuda humanitária.
Participação da Embraer e Atech
O consórcio Águas Azuis, responsável pela execução do Programa Fragatas Classe Tamandaré (PFCT), é composto por Thyssenkrupp Marine Systems (TKMS), Embraer Defesa & Segurança e Atech. A seleção do consórcio ocorreu em 2019, com a proposta baseada no design MEKO A-100, adaptado para as necessidades brasileiras.
A Embraer é responsável pela integração de sistemas, trazendo sua experiência de mais de 55 anos em soluções tecnológicas para sistemas embarcados e suporte de serviços, essencial para a funcionalidade avançada das fragatas. Já a Atech, subsidiária do Grupo Embraer, tem um papel técnico central, sendo responsável pelo desenvolvimento e fornecimento do Sistema de Gerenciamento de Combate (CMS) e do Sistema Integrado de Gerenciamento da Plataforma (IPMS). O CMS, derivado do Atlas ANCS, e o IPMS, baseado no L3 Mapps, foram adaptados para atender aos requisitos específicos da Marinha do Brasil, promovendo a integração de sensores, armamentos e sistemas de operação.
A Atech também atua em sistemas de combate e gerenciamento tático, recebendo transferência de tecnologia em parceria com empresas como Atlas e L3Harris. Essa participação é essencial para atingir taxas de conteúdo local estimadas em 40%, conforme metodologia desenvolvida pelo BNDES, gerando empregos qualificados e promovendo a indústria naval brasileira.
Crescimento da indústria de defesa e incentivo à transferência de tecnologia
O programa PFCT é considerado o mais inovador projeto naval desenvolvido no Brasil, com construção 100% nacional no estaleiro de Itajaí, consolidando o país como um player relevante no setor naval global. Além de reforçar a soberania marítima, as fragatas têm impacto econômico significativo, gerando mais de 23.000 empregos (diretos, indiretos e induzidos) e um valor de conteúdo local de R$ 4,8 bilhões, envolvendo cerca de mil empresas. O conteúdo local estimado em 40% fortalece a cadeia de suprimentos local, promovendo o crescimento da indústria de defesa e incentivando a transferência de tecnologia.
O consórcio Águas Azuis, responsável pela execução do Programa Fragatas Classe Tamandaré (PFCT), é composto por Thyssenkrupp Marine Systems (TKMS), Embraer Defesa & Segurança e Atech. A seleção do consórcio ocorreu em 2019, com a proposta baseada no design MEKO A-100, adaptado para as necessidades brasileiras.
A Embraer é responsável pela integração de sistemas, trazendo sua experiência de mais de 55 anos em soluções tecnológicas para sistemas embarcados e suporte de serviços, essencial para a funcionalidade avançada das fragatas. Já a Atech, subsidiária do Grupo Embraer, tem um papel técnico central, sendo responsável pelo desenvolvimento e fornecimento do Sistema de Gerenciamento de Combate (CMS) e do Sistema Integrado de Gerenciamento da Plataforma (IPMS). O CMS, derivado do Atlas ANCS, e o IPMS, baseado no L3 Mapps, foram adaptados para atender aos requisitos específicos da Marinha do Brasil, promovendo a integração de sensores, armamentos e sistemas de operação.
A Atech também atua em sistemas de combate e gerenciamento tático, recebendo transferência de tecnologia em parceria com empresas como Atlas e L3Harris. Essa participação é essencial para atingir taxas de conteúdo local estimadas em 40%, conforme metodologia desenvolvida pelo BNDES, gerando empregos qualificados e promovendo a indústria naval brasileira.
Crescimento da indústria de defesa e incentivo à transferência de tecnologia
O programa PFCT é considerado o mais inovador projeto naval desenvolvido no Brasil, com construção 100% nacional no estaleiro de Itajaí, consolidando o país como um player relevante no setor naval global. Além de reforçar a soberania marítima, as fragatas têm impacto econômico significativo, gerando mais de 23.000 empregos (diretos, indiretos e induzidos) e um valor de conteúdo local de R$ 4,8 bilhões, envolvendo cerca de mil empresas. O conteúdo local estimado em 40% fortalece a cadeia de suprimentos local, promovendo o crescimento da indústria de defesa e incentivando a transferência de tecnologia.
Brasil consolida sua posição como uma potência marítima
O lançamento da "Jerônimo de Albuquerque" em 8 de agosto de 2025 representa um avanço crucial no programa de modernização da Marinha do Brasil, destacando a colaboração entre empresas nacionais e internacionais. A participação da Embraer e da Atech, especialmente no desenvolvimento de sistemas críticos como CMS e IPMS, reforça a capacidade tecnológica brasileira e promove o crescimento da indústria de defesa.
Com as fragatas prontas para operar nas vastas águas jurisdicionais do país, o Brasil consolidará sua posição como uma potência marítima, protegendo seus recursos naturais e fortalecendo sua economia através da inovação naval.
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