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08 novembro, 2020

CEO da Taurus revela detalhes da pistola GX4, do revólver de três calibres e de outros lançamentos


 *LRCA Defense Consulting - 008/11/2020

Às vésperas de divulgar o balanço do 3T20, quando, provavelmente, poderá repetir ou até melhorar os robustos números do trimestre anterior, a multinacional brasileira Taurus Armas S.A. revelou detalhes importantes de seus próximos lançamentos e ofereceu sugestões oportunas e factíveis para agilizar o processo de homologação pelo Exército Brasileiro

As revelações e sugestões foram feitas por Salesio Nuhs, Presidente e CEO Global da empresa, durante uma interessante live com o instrutor de tiro Anderson Lima, no canal deste no YouTube, acontecida no dia 05 de novembro.

Pistola GX4
A psitola GX4, mais recente evolução da Família G produzida pela Taurus nos Estados Unidos, a ser lançada no primeiro trimestre de 2021, será uma pistola "microcompacta" no calibre 9mm, com carregador de 12 tiros, tendo menos de 50 peças. Segundo Salesio, será menor que a G2c.

Protótipos da GX4

Como não dependerá de RETEx de homologação (Relatório Técnico Experimental emitido pelo Exército), sua importação e comercialização será quase que simultânea com o início das vendas nos Estados Unidos.

Assim, dependendo da agilidade do órgão de homologação, é possível que a G3 e a G3c só sejam liberadas para a venda no Brasil após o lançamento da GX4. Embora sejam armas de conceitos diferentes, tal fato não contribuiria com a empresa, pois teria dois de seus lançamentos mundiais anteriores (2019 e 2020) liberados no Brasil após o do modelo mais recente. 

Novidades em revólveres
O revólver em três calibres (.357, .38 e 9mm) já está pronto, sendo exportado e só depende do RETEx de homologação para ser lançado no Brasil.

O revólver "mais barato do mundo" terá um custo de produção inferior a 80 dólares.

A Taurus irá lançar novamente o revólver single action e o de percussão direta (estilo Rossi).

Carabina Tática e Fuzil AR-10
A Carabina Tática Taurus no calibre 9mm (CTT9) já está pronta e será lançada em breve.

O Fuzil AR-10 no calibre 7,62 x 51mm já está aguardando homologação do Exército e será lançado tão logo esta seja emitida.

Imagem ilustrativa: Fuzil ArmaLite AR-10 A4 em uso pelo BOPE-RJ

Qualificando lojistas; lojas próprias e franquias
O CEO da Taurus revelou também que a empresa está desenvolvendo um novo sistema de qualificação de lojistas, desde simples vendedores de armas até as novas franquias Taurus/CBC.

Nesse quesito, trouxe a público que a Taurus e a CBC montarão em Brasília a primeira loja própria das marcas no primeiro trimestre de 2021. Será algo como um "Poupa Tempo", um verdadeiro laboratório para permitir aos clientes entender suas reais necessidades e conhecer o mais possível sobre armas/munições, em condições de lhes oferecer uma solução completa em armas, munições e treinamento. Disporá também de oito estandes de tiro, incluindo um de 50 metros.

Salesio complementou que uma solução desse porte não concorrerá com os lojistas normais, pois, dado ao número de facilidades que agrega e oferece, evidentemente terá um custo maior que uma simples revenda de armas/munições.

A loja própria, no futuro, será o modelo a ser seguido em franquias que a empresa disponibilizará aos interessados. 

Um CAC na presidência
O instrutor Anderson Lima observou, com muita propriedade, que a maior empresa de armas do País tem, como CEO, um CAC, sigla que designa (no Brasil) os caçadores, atiradores esportivos e colecionadores.

Salesio disse, então, que caça e atira desde menino, quando seu pai lhe deu uma arma de chumbo calibre 36, conhecendo muito de perto esta e as demais atividades. Afirmou também que a área de desenvolvimento da empresa tem, como conselheiros, um grande número de CACs no Brasil e nos Estados Unidos (embora lá não haja esta sigla) que, juntamente com os engenheiros da Taurus, ajudam a planejar e a desenvolver novos produtos, de acordo com as reais necessidades de seus clientes.

A propósito, afirmou que a unidade brasileira já está produzindo 5.700 armas por dia, ou seja, no limite de sua capacidade. Afirmou também que o mundo experimenta uma enorme falta de munição para armas leves, com as disponibilidades estando bastantes restritas.

Sobre a demora do processo de homologação pelo Exército: sugestões
Todos os produtos controlados pelo Exército, que são fabricados no Brasil (armas letais e não-letais, munições, coletes, granadas, etc.), necessitam de homologação através de um Relatório Técnico Experimental – RETEx – antes de serem disponibilizados ao mercado de consumo. Mesmo uma simples alteração estética, como a mudança do material ou da cor de um cabo de arma, já requer todo um novo processo de homologação.

O CEO da Taurus lembrou que, há apenas dois anos, devidos às restrições de calibre até então existentes, sua empresa lançava somente cerca de oito novos modelos de armas por ano, quantidade suficiente para que o Exército pudesse avaliá-los e liberá-los com oportunidade, sem prejuízos para a companhia.

Com a liberação havida desde 2019, a Taurus já desenvolveu cerca de 300 novos modelos. Somado com os produzidos pelas demais empresas do segmento de armas e munições, compreensivelmente esse número ultrapassou em muito a capacidade do órgão técnico do Exército, causando uma lentidão de meses ou até anos na homologação de produtos.

Como muitos desses produtos concorrem no dinâmico mercado internacional, essa demora traz grandes prejuízos às indústrias nacionais, que perdem em oportunidade por não poderem comercializar no País produtos já comercializados ou com similares no mundo.

Para que o Brasil não fique três ou quatro anos defasado do mercado internacional, ou pior, tenha que se valer de produtos importados, Salesio oferece três soluções simples para agilizar o processo de homologação:

1. Não homologar armas civis, como fazem os demais países, ficando o fabricante como responsável total pelo produto.

2. Homologação por família de produtos. No caso de armas, por plataformas de armas. Assim, o Fuzil T4, por exemplo, seria uma plataforma ou uma família. Caso não haja alteração em itens que afetem a segurança da arma, não seria necessária uma nova homologação.

3. Aceitar homologação em laboratório estrangeiros, como o Brasil já faz atualmente com a imensa gama de armas que importa dos vários países do mundo.



Um comentário:

  1. Sou de BSB, gostaria de trabalhar na loja de armas que vcs vão abrir aqui em BSB.
    Sou vã de revólveres pois fui crida ajudando meu pai a colocar as balas no revólver, acha muito interessante.
    Tenho nível superior!
    Theresa Elvira
    61 99346 8150

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