Com robotização e inteligência artificial, Taurus mira nível de qualidade, produtividade e eficiência sem paralelo no setor

 

*LRCA Defense Consulting - 11/10/2023 (atualizado em 16/10 às 16h04)

Além das tecnologias disruptivas com o uso de grafeno e nióbio empregados no composto MIM que está desenvolvendo e produzindo em caráter pioneiro no mundo, a multinacional gaúcha está implantando um de seus mais ousados e importantes passos, capaz de conduzi-la a um nível de qualidade, produtividade e eficiência sem paralelo no setor.

Utilizando-se de um novo e revolucionário conceito de manufatura - os Sistemas Tracionados de Valor, a empresa está implantando, em um grande pavilhão recentemente construído, a 1ª Célula de Manufatura Autônoma, baseada em robotização e inteligência artificial, com máquinas e equipamentos também adquiridos em 2022.

Essa primeira célula, que validará o processo, é destinada à produção de revólveres, com a entrega inicial de 900 armas/dia. 

Após tal validação, serão implantadas mais duas células, uma para pistolas e outra para armas táticas. No final, haverá três fábricas totalmente automatizadas.

O novo sistema possibilitará um grande ganho de qualidade, produtividade e lucratividade, já que:

• reduzirá a níveis mínimos o estoque intermediário;
• praticamente eliminará as perdas (sucata);
• reduzirá a necessidade de mão de obra;
  
• diminuirá os tempos de produção; e
  
• gerará uma economia estimada em mais de R$ 15 milhões por ano (só com a sucata eliminada). 

Além disso, possibilitará também a internalização de processos que hoje são terceirizados, com uma economia entre 30 e 55% nesse custo.

Vista parcial da Célula de Manufatura Autônoma, com maquinário da Autton Automação e Robótica, uma empresa do Grupo Randoncorp

A produção de revólveres, como início do novo sistema, é explicada pela dificuldade que todas as fabricantes têm para produzir esse tipo de arma, tanto que só há três big players de revólveres no mundo, ao passo que há muitos de pistolas. Além disso, a Taurus é a líder mundial na produção e venda de revólveres, estando focada atualmente nessa arma como um de seus carros-chefes, dada à fidelidade do mercado americano a ela, tanto para o porte oculto, como para caça e tiro esportivo.

Paralelamente às três novas fábricas automatizadas, está havendo também a robotização da produção de componentes estratégicos, como o ferrolho da pistola Striker (TS9), produzido por um robô de sete eixos.

Usinagem do ferrolho da TS9: custo 53% menor

Segundo Salesio Nuhs, CEO Global da empresa, a Taurus está levando adiante uma filofofia de trabalho extremamente importante, focando na pesquisa, no desenvolvimento e na inovação.
- "Nosso mercado vive de novidade. E nos EUA, sem novidades a empresa morre. Isso tudo está até desenhado dentro da fábrica. Transformamos a Taurus em uma empresa que pensa no futuro e está focada em projeto e processo", afirmou o CEO.