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04 dezembro, 2020

Taurus mostra a força de seus números e planos para o futuro, sugerindo aquisições

*LRCA Defense Consulting - 04/12/2020 (atualizada em 05/12/20, às 21:50)

Salesio Nuhs, Presidente e CEO Global, Sergio Sgrillo Filho, CFO e Diretor de Relações com Investidores, e Ricardo Machado, Diretor de Operações, foram os atores principais da Reunião APIMEC de ontem à noite (02), quando a multinacional brasileira Taurus Armas S.A. detalhou seus atuais números e apresentou os ambiciosos planos para os próximos cinco anos.

Salesio traçou um retrospecto da companhia nos últimos anos, especialmente desde 2018, quando a atual equipe diretiva assumiu a empresa, detalhando algumas das ações da completa reengenharia feita nos processos e na filosofia da empresa, que culminaram no turnaround que está acontecendo e nos excelentes números que passou a apresentar desde 2018, com ênfase no 3T20, quando quebrou oito recordes: maior resultado para um trimestre em termos de produção, volume de vendas, receita líquida, lucro bruto, margem bruta, Ebitda, margem Ebitda e lucro líquido.

Afirmou  que 2020 foi ano da consolidação da empresa, quando esta se caracterizou por disponibilizar qualidade, entrega rápida e preços competitivos aos seus clientes, além de se preparar para dar "passos maiores".

Com a empresa agora consolidada em patamares sólidos, a intenção da Taurus, a partir de 2021, é viabilizar um grande crescimento (em todos os sentidos), conquistar novos mercados e aumentar ainda mais sua capacidade de inovação por meio de novas tecnologias, sempre com foco nas expectativas dos consumidores. Para tanto, o executivo sugeriu a possibilidade de a companhia vir, inclusive, a fazer aquisições estratégicas.

Crescimento nos EUA e na Índia
Sobre as operações internacionais da companhia, comentou que a unidade americana está produzindo 400 armas/dia e deverá dobrar sua produção quando finalizar o seu ramp-up. Discorreu também sobre as possibilidades do mercado indiano, apresentando os impressionantes efetivos das forças policiais, de segurança privada e militares, situados entre os maiores do mundo. Afirmou que "o importante é estar na Índia para poder participar das grandes licitações que serão feitas" e que este fato, aliado à transferência de tecnologia dentro do Programa Make in India são importantes vantagens competitivas que poderão beneficiar a empresa.

Novos lançamentos e fábrica de carregadores
Na conquista de novos mercados, um dos trunfos apresentados pela empresa são os novos lançamentos previstos, especialmente aqueles que mirarão nichos ainda não explorados, como a pistola microcompacta GX-4 para competir em um segmento que abrange 40% do mercado, a pistola TX 22 Competition, para o segmento de competição, e os inéditos revólveres com cano longo e grosso calibre, ideais para caçadores, esportistas ou para serem adquiridos no caso das eventuais restrições a armas automáticas do novo governo americano. Esses e outros lançamentos previstos [fuzil de ferrolho, fuzil AR10 e o revólver mais barato do mundo, por exemplo] se caracterizam também por grande inovação e por uma relação custo/benefício bastante interessante, qualidades que tenderão a conquistar os consumidores.

Salesio voltou a enfatizar que a fábrica de carregadores em parceria com a Joalmi será um diferencial relevante e lucrativo, pois cortará custos e facilitará a logística e o controle de qualidade, possibilitando um lucro estimado de R$ 100 milhões nos próximos cinco anos.


Market Place e Loja Taurus/CBC
Anunciou a criação do Market Place da Taurus, com a empresa passando a comercializar componentes e acessórios desejados pelos consumidores, como: miras red dot, coldres, lunetas, mochilas e cofres para armas curtas.

Outra novidade foi o lançamento oficial da primeira Loja Taurus/CBC no primeiro semestre de 2021, um ambiente onde os clientes poderão encontrar tudo o que necessitam para a legítima defesa e para o esporte, ou seja, uma linha completa de produtos Taurus/CBC, serviços para a aquisição de armas e munições, assistência técnica, linha de tiro [até 50m], pós-venda, cursos de qualificação e atividades de bem-estar desenvolvidas junto a pessoas com os mesmos interesses. O executivo prevê que essa loja poderá ser a matriz de uma franquia capaz de gerar muitos lucros para a empresa.

Dívida e alavancagem
Em sua apresentação, o CFO Sérgio Sgrillo enfatizou que o mantra da Taurus, desde que a nova equipe assumiu, é o rígido controle das despesas e do custo final, que começa já na Engenharia, quando novos produtos são planejados e desenvolvidos.

Com indisfarçável orgulho, mostrou que a alavancagem da companhia caiu de um índice de 11,2 (antes de a equipe assumir) para apenas 3,1 em setembro, o que é uma situação considerada tranquila para qualquer empresa. Mostrou também que a subscrição dos bônus e a venda dos ativos (terreno e fábrica de capacetes) melhorará ainda mais esse índice, trazendo-o para o patamar 1,9.

Com relação à dívida ainda, anunciou que, de dezembro de 2019 para setembro de 2020, esta foi encolhida 47% em reais e 11% em dólares.

Valor das ações, comparação com player mundiais e dividendos
Por acompanhar continuamente os demais players mundiais de armamento com ações em bolsas de valores (dados públicos), Sgrillo afirmou que o múltiplo Valor de Mercado / EBITDA da Taurus está muito mais atrativo que o de empresas como Ruger e Smith & Wesson, que sempre eram parâmetros para a empresa e que hoje mostram números inferiores a ela. Em termos diretos, foi claro: "a Taurus é hoje melhor que a Ruger e a S&W".

Segundo ele, esse fato, aliado à empresa ter uma governança corporativa superior à exigida pelo Nível 2 da B3 (Bolsa de Valores), aos robustos números operacionais e financeiros que vem apresentando e às perspectivas da companhia para curto, médio e longo prazo, evidencia que o valor de suas ações está muito descontado, ou seja, estão baratas e podem ainda se valorizar bastante.

Com relação ao pagamento de dividendos, explicou que será possível fazê-lo após a empresa passar a ter Patrimônio Líquido positivo e que a Taurus tem uma política agressiva que prevê o pagamento de 35% do lucro líquido, superior à maioria das demais empresas.

Confirmou que, dadas às boas perspectivas, o assunto já será discutido em meados de 2021.

 

Ampliação e migração para o conceito de empresa 4.0
O projeto está amparado pelo novo Plano Diretor de 5 Anos e será operacionalizado por meio da grande expansão da empresa divulgada recentemente ao mercado, onde o Projeto Estratégico Condomínio é apenas um dos componentes e o primeiro passo para aumentar a produção de armas e de componentes-chave, modernizando completamente a fábrica com a agregação de novos equipamentos e tecnologias.

Além de aumentar em 50% a quantidade de armas produzidas, passando a até 9.000 armas/dia, também produzirá kits para mais 1.500 armas/dia, a serem fornecidos às unidades fabris dos EUA e da Índia. Isso permitirá, por exemplo, que a fábrica americana dobre sua produção.

A concretização dos passos do novo Plano Diretor levará a Taurus 4.0 (conceito este que já estará presente no novo Centro de Distribuição Logístico) a otimizar ainda mais seus processos administrativos, operacionais e logísticos, o que se traduzirá em uma redução drástica de custos e de tempos internos, bem como em um significativo aumento da qualidade dos produtos, das margens de lucro e, por fim, da rentabilidade da empresa para seus acionistas.

Confirmando as afirmações anteriores do CEO, a empresa deixou claro que o novo Plano Diretor tem por objetivo final levar a Taurus Armas a se tornar a maior empresa de armas leves do mundo.


Vídeo completo editado


Ampliação e Taurus 4.0

Saiba mais:
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- Louise Barsi comenta sobre a participação de sua família na Taurus Armas

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- Escassez inédita de armas poderá levar a Taurus a aumentar seus músculos nos EUA

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