Pesquisar este portal

10 setembro, 2023

Brasil irá adquirir obuseiros montados em veículos táticos. Parceria entre Avibras e Nexter?

Elbit Systems de Israel lançou o ATMOS 2000, um obuseiro de 155 mm/52 montado em um chassi 6x6, incorporando sistemas automatizados de carregamento e direção de tiro.

*Noticias de Israel - 10/09/2023

O Brasil  avança em sua modernização militar, concentrando seus esforços na aquisição de obuseiros de última geração montados em veículos táticos.

Objetivos Estratégicos da Atualização da Artilharia Brasileira

A força terrestre brasileira, na tentativa de aprimorar significativamente suas capacidades táticas, busca adquirir sistemas avançados de artilharia montados em chassis de veículos. Esta iniciativa está alinhada com o  Programa “VBCOAP 155 mm SR” , cujo núcleo é o fortalecimento das capacidades armamentistas nacionais. Esses sistemas substituirão os obuseiros M114A1, melhorando a mobilidade e a versatilidade de combate das unidades de artilharia.

Obuseiro autopropulsado CAESAR 8×8 do Exército Real Dinamarquês (SPH)

O gatilho para este projeto remonta a janeiro de 2022, quando foi mencionado pela primeira vez no portal “ InfoDefensa ”. O plano é adquirir dois sistemas de avaliação, visando ampliar a frota em mais trinta e quatro unidades.

Esta evolução da frota de artilharia procura dotar as forças armadas de mais meios móveis e de maior alcance de fogo, contrastando com os atuais sistemas rebocados e facilitando as operações em articulação com forças mecanizadas.

Comparação com sistemas de artilharia pré-existentes
Em contraste com os obuses autopropelidos sobre esteiras M109A3 e M109A5+, esses obuses táticos montados em veículos oferecem maior mobilidade e implantação rápida. Seu design permite operações estendidas em rodovias e minimiza necessidades de logística e manutenção.

Além disso, esses sistemas devem ser compatíveis com munições calibre 155 mm e oferecer alcance operacional de até 40 km, conforme especificações técnicas ditadas pelo Exército Brasileiro.

As principais empresas de defesa já demonstraram interesse em atender esta demanda, apresentando propostas tecnologicamente avançadas testadas em situações de combate.

Propostas e Alternativas para o Exército Brasileiro

A Elbit Systems  de Israel apresentou o ATMOS 2000, um obuseiro de 155 mm/52 montado em um chassi 6x6, incorporando sistemas automatizados de carregamento e direção de tiro. Com uma cadência de tiro que varia entre quatro e nove tiros por minuto, esta plataforma já foi adotada por diversas forças em todo o mundo, incluindo o exército colombiano.

Por seu lado, o  francês Nexter CAESAR  surge como uma opção robusta e versátil, adequada para ser integrada tanto em chassis 6×6 como 8×8. 

Surgiram rumores sobre uma possível aliança entre a empresa brasileira AVIBRAS e Nexter, que permitiria adaptar o chassi utilizado pelo sistema lançador de foguetes Astros Mk6, já em operação no Brasil.

Se este acordo for finalizado, a Nexter fornecerá os principais componentes do CAESAR, enquanto a AVIBRAS ficará responsável pela integração e adaptação aos chassis nacionais.

ASTROS III Sistema autopropelido de mísseis e lançamento de foguetes. (Foto Avibras)

Especificações CAESAR e seu papel potencial no Brasil
O CAESAR já provou seu valor em diversos teatros operacionais e sua versatilidade ao se adaptar a diferentes plataformas veiculares. Projetado para uma tripulação de cinco pessoas, possui sistemas avançados de navegação, assistência de carregamento, posicionamento automatizado e tempos de preparação e viagem altamente eficientes.

Seu canhão calibre 52 permite um alcance de até 42 km com munição ERFB e até 50 km com projéteis assistidos por propelente.

A escolha do Brasil pela artilharia montada em veículos reflete uma tendência global, já que inúmeras forças armadas estão optando por essas soluções devido à sua versatilidade e capacidade de resposta.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Seu comentário será submetido ao Administrador. Não serão publicados comentários ofensivos ou que visem desabonar a imagem das empresas (críticas destrutivas).

Postagem em destaque