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31 maio, 2025

Embraer poderá emergir como a grande beneficiada após GOL e Azul sairem da recuperação judicial

Imagem meramente representativa

*LRCA Defense Consulting - 29/05/2025

O portal Pontos para Voar, em postagem de 29/05, afirma que a possibilidade de vermos aeronaves Embraer E195-E2 operando com as cores da GOL ganha força com os novos movimentos do setor aéreo brasileiro. Citando divulgação do canal “Viajando com o Luiz”, noticia que o tema estaria em estágio bastante avançado e que informações dão conta que existem negociações entre GOL e Embraer, incluindo discussões sobre a configuração de assentos do Embraer 195-E2 e os prazos estimados para a entrega das aeronaves.

Segundo essas informações, representantes da GOL teriam inclusive viajado até a Holanda, onde foram iniciadas tratativas sobre o treinamento de pessoal da companhia aérea. O destino da viagem não foi aleatório: a KLM, parceira internacional do grupo Air France-KLM, já opera o E195-E2 e conta com simuladores de voo dedicados ao modelo, estrutura essencial para capacitação de tripulantes e pilotos.

Ainda de acordo com o canal, a GOL estaria aguardando apenas a conclusão de seu processo de reestruturação financeira nos Estados Unidos, o chamado Chapter 11, para oficializar o acordo com a Embraer. A expectativa é que esse processo seja finalizado em junho, abrindo caminho para o anúncio de uma possível nova fase na história operacional da companhia aérea brasileira.

Nesta sexta-feira (30/05), após os acionistas aprovarem o plano de saída da recuperação judicial nos EUA, o chamado Chapter 11, a GOL informou que está preparada para concluir o processo no início de junho, fortalecendo sua estrutura financeira para garantir sustentabilidade a longo prazo. Entre as medidas aprovadas está o aumento do capital social, que pode variar entre R$ 5,3 bilhões e R$ 19,3 bilhões, por meio da conversão de dívidas em ações para os credores. Também houve alterações estatutárias para flexibilizar regras para acionistas controladores.

Por outro lado, o Valor Negócios, em matéria de 29/05 assinada por Christian Favaro, divulga que a United Airlines e a American Airlines assumirão papel maior na Azul após reestruturação, devendo investir até US$ 300 milhões na empresa assim que a reestruturação for finalizada, tornando-se sócias de capital.

A United já detém participação na Azul e é parceira de longa data. A American Airlines, por outro lado, é aliada estratégica e acionista da Gol. As expectativas do mercado apontavam para um provável investimento da American na reestruturação da Gol — e não da Azul. “A Gol continua sendo uma parceira fundamental”, disse Stephen Johnson, diretor de estratégia da American Airlines, em um comunicado.

Segundo fontes citadas pelo Valor, as negociações entre acionistas da Azul e da Gol sobre uma possível fusão foram suspensas enquanto a Azul se concentra em sua reestruturação financeira.

A Gol pretende concluir sua reestruturação até 6 de junho. Com a aproximação desse marco, a atenção do setor agora está se voltando para a Azul, que pretende concluir o processo do Capítulo 11 até o final deste ano, afirmam pessoas familiarizadas com a situação, uma vez que já garantiu financiamento DIP e financiamento de saída. Ainda assim, fontes alertam que as reestruturações judiciais nos EUA costumam trazer reviravoltas inesperadas.

Ainda conforme a matéria do Valor, de acordo com Joana Bontempo, especialista em reestruturação do CSMV Advogados, a Azul avançou significativamente em suas negociações preliminares, garantindo compromissos críticos de credores e parceiros importantes.

United e American: duas grandes operadoras de jatos Embraer nos EUA
Tanto a United Airlines como a American Airlines operam aeronaves Embraer, principalmente por meio de suas parceiras regionais dentro dos sistemas United Express e American Eagle, respectivamente. As aeronaves utilizadas são os jatos da família Embraer E175 e ERJ 145, que são utilizados para voos de curta e média distância, conectando hubs principais a cidades menores.

No caso da United Express, esses aviões são operados por empresas regionais contratadas (como SkyWest, Mesa Airlines e Republic Airways), mas voam com a pintura e o serviço da transportadora, utilizando 134 aeronaves E175 e 59 ERJ 145. Assim como a United, a American terceiriza parte de sua malha regional para empresas como Envoy Air, Republic Airways e SkyWest, que operam sob a marca American Eagle e usam 220 jatos E175 e 67 ERJ 145. 

Imagem meramente representativa

Consequências para a Embraer
Como a GOL ainda não opera aeronaves da Embraer, a introdução dos E195-E2 na frota representaria uma mudança significativa em sua estratégia operacional, oferecendo maior flexibilidade para atender rotas regionais e de menor demanda, além de fortalecer a indústria aeronáutica nacional.

Diferentemente, a Azul Linhas Aéreas é uma das principais operadoras dos jatos da família Embraer E-Jets, especialmente o modelo E195-E2, que representa a nova geração de aeronaves comerciais da fabricante brasileira, possuindo 36 unidades. Além destes, a Azul ainda opera 44 aeronaves do modelo E195 da primeira geração, que estão sendo progressivamente substituídas pelos modelos mais novos. 

Segundo a Exame, quando circulou a notícia de que a Azul estava próxima de reestruturar suas dívidas e a intenção de se fundir com  Gol, o BTG se animou e escreveu um relatório citando uma oportunidade incremental para os E2 da Embraer, cenário que ficou nublado após o pedido de recuperação judicial (RJ) da Azul.

No entanto, em duas extensas reportagens divulgadas em 29 de maio, O Globo (Redução de frota da Azul afeta a Embraer?) e Exame (Por que a recuperação judicial da Azul não deve pesar sobre a Embraer), com base em opiniões de analistas do BTG Pactual e outros, defenderam que a recuperação judicial da Azul pouco irá afetar a Embraer, sem um impacto maior em seus números ou negócios.

Nesse cenário, os fatores preponderantes a considerar são:
- a United Airlines e a American Airlines pretendem assumir um papel maior na Azul após a reestruturação, investindo até US$ 300 milhões na empresa assim que a reestruturação for finalizada, tornando-se sócias de capital; 

- a United já detém participação na Azul e é sua parceira de longa data. A American Airlines, por outro lado, é aliada estratégica e acionista da Gol.

- Azul e GOL já iniciaram um movimento de fusão, pausado agora pela nova situação da primeira; 

- United e American são grandes operadoras de aeronaves Embraer;

- a GOL está próxima de também adquirir jatos E Jets E2, que já são utilizados pela Azul;

- a recuperação judicial da GOL deve ser encerrada em junho, enquanto a da Azul pode acabar no final de 2025;

- a recuperação judicial da Azul terá pouco efeito sobre a Embraer.

Conclusão
Portanto, é razoável concluir que a American e a United, grandes operadoras Embraer e parceiras em GOL e Azul, tenham todo interesse em apoiar a recuperação das duas empresas, assim como também na futura fusão entre ambas, da qual serão sócias. 

Por outro lado, a companhia resultante da provável fusão, contando com o suporte das duas gigantes americanas, além de se tornar também uma aérea gigante, tenderá a ter a Embraer como sua parceira preferencial, como acontece com suas duas sócias.

Ao fim e ao cabo, a Embraer, longe de ser prejudicada, poderá emergir como a grande fabricante beneficiada, seja já após o encerramento da RJ da Gol (junho), seja após o da Azul (final do ano) ou seja ainda após a fusão esperada entre as duas empresas.

26 outubro, 2023

SkyWest encomenda 19 aeronaves E175 da Embraer em contrato de US$ 1,1 bilhão

 

*LRCA Defense Consulting - 26/10/2023

A Embraer fechou um acordo para a venda de 19 novos jatos E175 para a Sky West, Inc. As novas aeronaves irão integrar a malha da United Airlines, que já conta com 90 E175 em operação. Os jatos irão voar pela United exclusivamente sob Contrato de Compra de Capacidade (CPA, na sigla em inglês). O valor do contrato, que foi incluído na carteira de pedidos da Embraer do terceiro trimestre, é de US$ 1,1 bilhão, conforme preço de lista. 

Os jatos de 70 assentos serão entregues na configuração de três classes, com as entregas sendo iniciadas no quarto trimestre de 2024. 

“A SkyWest já é a maior operadora do E175 no mundo e, quando as entregas forem completadas, nós teremos mais de 250 jatos desse modelo. Esperamos continuar avançando para oferecer uma experiência de voo mais confortável e sólida aos nossos clientes”, afirma Chip Childs, Presidente e CEO da SkyWest. 

“Estamos satisfeitos com a evolução de nossa excelente parceria com a SkyWest. O E175 é uma aeronave muito versátil e é a espinha dorsal da aviação regional norte-americana”, afirma Martyn Holmes, CCO da Embraer Aviação Comercial.

18 junho, 2023

CommuteAir, grande operadora de ERJ-145, compra um Embraer E170 e quer expandir horizontes


*Simple Flying - 18/05/2023

A CommuteAir, anteriormente conhecida como CommutAir, de 1989 até 2022, adquiriu agora um Embraer E170. O E170 ajudará a CommuteAir a fretar voos, especialmente porque o E170 não é apenas um E-Jet moderno da Embraer , mas também pode transportar 72 passageiros em classe única.

CommuteAir quer expandir seus horizontes
A CommuteAir, como uma companhia aérea regional que faz parte da rede United Express, quer expandir além do ERJ-145 de 50 passageiros e iniciar as operações de fretamento. Ao adquirir um E170 armazenado no deserto do Arizona, a companhia aérea pode começar a ganhar experiência em um jato regional moderno.

Agora que a CommuteAir recebeu o certificado de conveniência e necessidade pública da Federal Aviation Administration (FAA), ela pode operar aeronaves maiores e oferecer serviços de fretamento. A CommuteAir trabalhou com a Nordic Aviation Capital (NAC) para adquirir o maior jato regional da Embraer.

Como o CEO Rick Hoefling disse em um comunicado: “A equipe da CommuteAir tem o prazer de concluir esta aquisição de um E170 da NAC como parte de nosso plano anunciado anteriormente para adicionar o tipo de aeronave ao nosso certificado e buscar oportunidades de fretamento independente.”

Sobre a CommuteAir
A CommuteAir é uma companhia aérea regional desde 1989 e é uma das últimas companhias aéreas a operar o ERJ-145, utilizando-o para até 1.600 voos semanais. O ERJ-145 tem um arranjo de assentos de classe única com mais espaço para as pernas na frente. A partir de 2021, os ERJ-145 tiveram interiores renovados .

Vale a pena notar que o ERJ-145 tem sido um item básico da CommuteAir. A companhia aérea continua operando 53 ERJ-145, enquanto cinco estão em manutenção e 17 estão armazenados, de acordo com o banco de dados do ch-aviation.com.

Sobre o E170
O E170 da Embraer é o início da bem-sucedida série de E-Jets da Embraer. A série E-Jet teve como objetivo expandir as ofertas da Embraer para ter jatos regionais com fuselagem de maior diâmetro e asa mais eficiente. O E170 teve seu primeiro voo em 19 de fevereiro de 2002.

Considerando que o E175 é o avião regional mais usado nos EUA, deve-se notar que o E170 compartilha os mesmos motores CF34-8E da General Electric produzindo 14.200 lbf (63 kN) de empuxo. Isso significa que o E175 não é apenas um pouco maior, mas também pode percorrer 2.200 NM (4.074 km) contra 2.150 NM (3.982 km) para o 170. Existem algumas outras diferenças de acordo com uma análise do Simple Flying.

De acordo com uma brochura da Embraer, o E170 pode transportar 66 passageiros em configuração de duas classes em pitch de 40” e 32” ou 72 passageiros em pitch de 32”. Há também uma configuração de “alta densidade” para obter 78 assentos em um pitch de 30”.

Os E-Jets da Embraer mais tarde inspirariam a rival da Embraer, a Bombardier, a desenvolver o CS100 e o CS300. No entanto, esse desenvolvimento custaria tanto à Bombardier que a empresa vendeu as linhas de produção para a Airbus, criando o famoso A220 .
 

14 junho, 2023

United Airlines e Eve Air Mobility colaboram para oferecer os primeiros voos elétricos de eVTOL em São Francisco


*LRCA Defense Consulting - 14/06/2023

A Eve Air Mobility e a United Airlines anunciaram hoje planos de levar a Mobilidade Urbana Aérea (UAM) para São Francisco, lançando voos elétricos de transporte urbano em toda a área da Baía. O anúncio é um passo inicial importante, já que ambas as empresas trabalharão com autoridades locais e estaduais, provedores de infraestrutura, energia e tecnologia para garantir que o ecossistema adequado esteja em vigor para introduzir os voos das aeronaves elétricas de decolagem e pouso vertical (eVTOL). As empresas também estão trabalhando para identificar áreas de origem e destino, além da futura rede de rotas para a Mobilidade Urbana Aérea (UAM).

"Nosso objetivo é oferecer aos residentes e visitantes da área da Baía de São Francisco um transporte eficiente e competitivo em termos de custo em uma das áreas urbanas mais densamente povoadas dos EUA," disse Andre Stein, co-CEO da Eve. "A área da Baía é perfeita para voos de eVTOL em função de seu tamanho, tráfego, foco em sustentabilidade, inovação e compromisso em adicionar outras opções de mobilidade."

"A Mobilidade Aérea Urbana tem o potencial de revolucionar a forma como os clientes da United trabalham, vivem e viajam," disse Michael Leskinen, presidente da United Airlines VenturesSM. "A rota proposta pela Eve é um primeiro passo fundamental para tornar essa jornada totalmente elétrica e silenciosa uma realidade para os moradores da área da Baía."

Em 2022, a United anunciou um investimento de $15 milhões na Eve e um acordo de compra condicional de até 400 eVTOLs, como parte de sua estratégia de investir em tecnologias de ponta, enquanto se posiciona como líder no investimento em sustentabilidade no setor da aviação e tecnologias inovadoras. O investimento da United na Eve foi impulsionado pela confiança nas oportunidades de crescimento potencial no mercado de UAM e pela relação única da Eve com a Embraer, fabricante consolidada de aeronaves com um histórico comprovado de desenvolvimento e certificação de aeronaves ao longo dos seus 53 anos de história. Um aspecto fundamental dessa parceria é o acesso aos centros de serviços globais da Embraer, depósitos de peças e técnicos de campo, abrindo caminho para uma operação confiável. Após a entrada em serviço, a United poderá ter toda a sua frota de eVTOLs atendida pela rede de serviços e suporte da Eve.

O eVTOL da Eve oferecerá aos clientes da United uma forma rápida, econômica e com zero emissão de carbono para chegar aos aeroportos centrais e se deslocar em ambientes urbanos densos, em comparação com táxis aéreos convencionais e outras formas de transporte público tradicional. O veículo é 100% elétrico e possui um alcance de 60 milhas (100 quilômetros), que permite uma variedade de missões de mobilidade aérea urbana. Seu design centrado na experiência humana garante a segurança, acessibilidade e conforto dos passageiros, do piloto e da comunidade, minimizando o ruído. A aeronave apresenta uma configuração de decolagem e cruzeiro (Lift + Cruise design) com rotores dedicados para voo vertical e asas fixas para voar em cruzeiro, sem a necessidade de componentes para a transição durante o voo. A aeronave será pilotada no lançamento, mas projetada para operações não tripuladas no futuro.

Além de oferecer uma nova opção de transporte eficiente, a Eve destaca que os voos de eVTOL na área da Baía de São Francisco deverão ter um impacto econômico positivo na comunidade, incluindo novas oportunidades de emprego. Desde pilotos e técnicos de serviço de aeronaves até treinamento e serviços técnicos, múltiplas funções serão necessárias à medida que os voos de eVTOL forem introduzidos e expandidos. O desenvolvimento da infraestrutura necessária para apoiar as operações de eVTOL também deve contribuir economicamente e com oportunidades de emprego para a comunidade.

O eVTOL da Eve está planejado para entrar em serviço em 2026.

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