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09 abril, 2025

Visiona (Embraer & Telebras) e Agrotools lançam solução de seguro paramétrico para gestão de riscos climáticos

 


*LRCA Defense Consulting - 09/04/2026

A Visiona, joint venture entre a Embraer e a Telebras, e a Agrotools, lançou uma nova solução de seguro paramétrico para gestão de riscos climáticos durante o 18º Congresso Internacional da Associação Latino-Americana para o Desenvolvimento do Seguro Agrícola (ALASA). O evento, realizado em Brasília de 7 a 10 de abril, tem como tema “Protegendo o futuro da agricultura: Garantindo o amanhã”.

A solução, desenvolvida para ser aplicável a qualquer seguradora, é composta por duas camadas: uma para análise socioambiental inicial (pré-seguro) e outra para monitoramento contínuo, atuando como fonte de informações para o seguro paramétrico. Essas etapas, alimentadas por dados climáticos, imagens de satélite e análises geoespaciais, agilizam o processo de avaliação e cobertura de riscos climáticos na produção rural.

"A parceria entre a Agrotools e a Visiona representa uma nova perspectiva para o seguro paramétrico no Brasil. Unimos nossa experiência comercial no agronegócio à excelência técnica da Visiona para entregar ao mercado uma solução que traz inteligência, agilidade e adaptação, baseada em dados objetivos e em tempo real", afirma Sergio Rocha, CEO da Agrotools.

"A Visiona desenvolveu essa tecnologia com foco em alta performance e confiabilidade. Agora, com o apoio da Agrotools, conseguimos escalar a solução e aprimorar sua aplicabilidade comercial, ampliando seu impacto no setor agrícola e no mercado de seguros", afirma João Paulo Rodrigues Campos, CEO da Visiona.

A solução inaugura um novo capítulo na proteção da produção rural. Ao aliar tecnologia espacial à inteligência geográfica e uma abordagem estratégica de mercado, a iniciativa apresenta um modelo de seguro inovador, flexível e pronto para ser moldado de acordo com a realidade de cada player.

10 fevereiro, 2025

Satélite VCUB1, da Visiona (Embraer & Telebras), faz reentrada na atmosfera e encerra sua missão com excelência


*LRCA Defense Consulting - 10/02/2025

O VCUB1, primeiro satélite de observação da terra e coleta de dados projetado pela indústria nacional, encerrou com sucesso sua missão ao reentrar na atmosfera terrestre e se desintegrar conforme programado. Durante quase dois anos em órbita, o VCUB1 cumpriu todas as atividades previstas para o programa e seguiu com todos os seus subsistemas funcionando até o fim da sua jornada.

A maior parte da missão VCUB1 foi dedicada ao teste e desenvolvimento de tecnologias pela Visiona, como os sistemas de navegação, gestão de bordo e comunicação que não podiam ser testadas integralmente em terra. “Essas tecnologias agora irão equipar os próximos satélites da Visiona como o SatVHR, de observação em altíssima resolução, apoiado pela FINEP” disse Himilcon Carvalho, Diretor de Tecnologia da Visiona.

Lançado em abril de 2023, o satélite também coletou quase 500 mil km² de imagens, validando a câmera 3UCAM da Opto Space & Defense e o avançado sistema de comunicação desenvolvido pela Visiona, comprovando a capacidade da indústria nacional de atender às demandas mais desafiadoras do Programa Espacial Brasileiro.

O projeto VCUB1 foi liderado pela Visiona em colaboração com instituições de ciência e tecnologia e empresas brasileiras de renome como a OPTO Space & Defense, responsável pelo projeto e construção da câmera, a AMS Kepler, a Metalcard, a Orbital Engenharia, a Embrapii, por meio de sua unidade ISI Embarcados SENAI-SC, o Instituto de Aeronáutica e Espaço da Força Aérea e o INPE. Além disso, contribuíram no desenvolvimento a Agência Espacial Brasileira, Embrapa, CPRM, CEMADEN, UFSC, ITA, Governo de Santa Catarina, CENSIPAM, IICA, Prefeitura de São José dos Campos, Naturantins, Transpetro e o IBAMA.

“O sucesso da missão VCUB1 reafirma o papel da Visiona como protagonista no desenvolvimento de soluções espaciais no Brasil”, afirma João Paulo Campos, presidente da Visiona. “O legado deixado por essa missão servirá de inspiração e base para novos avanços fortalecendo todo o ecossistema espacial brasileiro”, completa.

Sobre a Visiona
Criada em 2012, a Visiona Tecnologia Espacial é uma joint-venture entre a Embraer Defesa & Segurança e a Telebras. Voltada para a integração de sistemas espaciais e à prestação de serviços baseados em satélites, a companhia atende aos objetivos do Programa Espacial Brasileiro e a demandas de mercado.

A Visiona foi a responsável pelo Programa do Satélite Geoestacionário de Defesa e Comunicações Estratégicas, o SGDC1, lançado em 2017. Em 2023, a empresa lançou o VCUB1, o primeiro nanossatélite de observação da terra e coleta de dados projetado por uma empresa no Brasil. Atualmente a Visiona lidera o projeto do satélite SatVHR de observação da Terra de altíssima resolução, apoiado pela FINEP e com ampla participação de empresas e ICTs brasileiras.

A Visiona também fornece produtos e serviços de Sensoriamento Remoto e Telecomunicações por satélite, bem como Aerolevantamento SAR nas Bandas X e P, sempre buscando a vanguarda tecnológica. Nesse mercado, a Visiona já realizou mais de 100 projetos em diversos setores como o de agricultura, óleo e gás, serviços financeiros, utilidades, meio ambiente e defesa.

09 fevereiro, 2025

Visiona, braço espacial da Embraer, prepara o mais disruptivo dos satélites brasileiros

“O SatVHR tem o potencial de desempenhar, para a indústria espacial brasileira, o mesmo papel que o avião Bandeirante desempenhou para a indústria aeronáutica brasileira 50 anos atrás”

SatVHR: satélite óptico de altíssima resolução

*LRCA Defense Consulting - 09/02/2025

A Visiona Tecnologia Espacial S.A., uma joint venture entre a Embraer Defesa & Segurança (51%) e a Telebras (49%), caminha a passos largos para se tornar a grande empresa espacial do Brasil, liderando o esforço do País neste setor e vindo a ter uma proeminência similar a que a Embraer tem no setor aeronáutico.

O VCUB1, o primeiro satélite de observação da Terra projetado localmente pela empresa, já transmitiu imagens com sucesso, coincidindo com a proposta do governo de criar a Alada, uma empresa aeroespacial estatal. A Visiona lidera a investida, com base em seu papel de protagonismo no programa de Satélite de Defesa Geoestacionário e Comunicações Estratégicas (SGDC) de US$ 500 milhões.

O sucesso do VCUB1 abre caminho para o promissor futuro da Visiona, incluindo o ambicioso SatVHR, um satélite de observação da terra de altíssima resolução, apoiado pela FINEP e com ampla participação de empresas e ICTs brasileiras. ICT é a sigla para Instituto de Ciência e Tecnologia, tratando-se de entidade que realiza pesquisas científicas e tecnológicas com o objetivo de criar soluções inovadoras. Os ICTs podem ser públicos ou privados, e não têm fins lucrativos. Eles atuam em parceria com empresas, startups, empreendedores e o governo para desenvolver soluções que atendam às necessidades da sociedade.

O contrato do SatVHR foi assinado em maio de 2023 pela FINEP, durante a comemoração dos 30 anos da AIAB, e prevê um investimento total de R$ 231 milhões até 2026 (sendo R$ 220 milhões da FINEP e o restante, contrapartidas das empresas do arranjo industrial). Trata-se do maior projeto de subvenção econômica já concedido pela entidade de fomento.

O SatVHR, com imagens de altíssima resolução (sub-métrica, 0,75) e criptografia avançada, destinado à observação da Terra, garantirá que os dados brasileiros sejam protegidos e acessíveis apenas a quem realmente deve ter acesso. A tecnologia poderá ser usada para o monitoramento e vigilância de florestas, rios e mares, proteção de terras indígenas, defesa e segurança pública, além de outras finalidades.

O SatVHR estará finalizado até 2026.

A Visiona avança firmemente em seus negócios de satélites em um momento em que o Brasil indica que está buscando expandir sua presença no setor. A empresa também tem um lucrativo braço de serviços baseados em satélite que atende aos setores público e privado com projetos em áreas como agricultura, petróleo e gás, serviços públicos e serviços financeiros.

A AIAB (Associação das Indústrias Aeroespaciais do Brasil), representada por seu presidente, Julio Shidara, participou de um dos painéis do 5º SELM (Space Economy Leaders Meeting), realizado em Foz do Iguaçu entre os dias 11 e 13 de setembro de 2024.

Julio Shidara, destacou a oportunidade inédita que a indústria espacial brasileira vem recebendo do Governo Federal, de liderar o desenvolvimento de um satélite ótico de alta resolução (SatVHR), sob coordenação da Visiona. Propondo o estabelecimento de uma constelação de satélites SatVHR, afirmou que isso não só seria capaz de atender a demandas nacionais, mas também poderia contribuir para mitigar os efeitos das mudanças climáticas.

Shidara defendeu que, caso a indústria venha a ter êxito no desenvolvimento do satélite ótico de alta resolução para observação da terra, este venha a ser adotado para atender a necessidades do PESE (Programa Estratégico de Sistemas Espaciais), fato que traria previsibilidade de investimentos e criaria um potencial cenário favorável ao crescimento e ao fortalecimento da indústria espacial brasileira.

O presidente da AIAB, manifestado seu grande entusiasmo com o projeto, afirmou que “O SatVHR tem o potencial de desempenhar, para a indústria espacial brasileira, o mesmo papel que o avião Bandeirante desempenhou para a indústria aeronáutica brasileira 50 anos atrás”.

Visiona & Embraer: uma parceria com benefícios estratégicos
A Visiona Tecnologia Espacial tem potencial para trazer diversos benefícios estratégicos à Embraer, especialmente na área de tecnologia espacial, tais como:

Expansão do portfólio tecnológico
A Visiona permite que a Embraer amplie sua atuação para além da aviação e defesa, ingressando no setor aeroespacial, especialmente no desenvolvimento de satélites e tecnologias de comunicação via satélite.

Fortalecimento da soberania e da defesa nacional
Ao participar de projetos estratégicos, como o SGDC (Satélite Geoestacionário de Defesa e Comunicações), o VCUB1 e o SatVHR, a Embraer, por meio da Visiona, contribui para o desenvolvimento de capacidades tecnológicas nacionais, reduzindo a dependência de fornecedores estrangeiros.

A Visiona também contribui para o fortalecimento da defesa nacional, fornecendo tecnologias e serviços estratégicos para o governo brasileiro.

Novas oportunidades de negócios e parcerias
A expertise da Visiona em satélites de observação e comunicações pode abrir portas para novos contratos com governos e empresas privadas, fortalecendo a posição da Embraer no mercado de defesa e segurança.

Sinergia com outras áreas da Embraer
O conhecimento adquirido em sistemas embarcados, sensoriamento remoto e telecomunicações pode ser aplicado em produtos da Embraer, como aeronaves militares (ex: C-390 e Super Tucano) e sistemas de controle para aviação comercial.

Maior competitividade internacional
Com o avanço em tecnologias espaciais, a Embraer se posiciona como um player global não apenas na aviação, mas também no setor de defesa e aeroespacial, competindo com empresas internacionais em mercados de alto valor agregado.

Potencial para inovação e desenvolvimento de novas tecnologias
A atuação em projetos espaciais pode acelerar a inovação em inteligência artificial, análise de imagens de satélite, telecomunicações seguras e aplicações para agricultura, monitoramento ambiental e segurança nacional.

Em resumo, a parceria com a Visiona reforça a Embraer como uma empresa de alta tecnologia, diversificando sua atuação e agregando valor a seus produtos e serviços.

Sobre a Visiona
Criada em 2012, a Visiona Tecnologia Espacial é uma joint-venture entre a Embraer Defesa & Segurança e a Telebras. Voltada para a integração de sistemas espaciais e à prestação de serviços baseados em satélites, a companhia atende aos objetivos do Programa Espacial Brasileiro e a demandas de mercado.

A Visiona foi a responsável pelo Programa do Satélite Geoestacionário de Defesa e Comunicações Estratégicas, o SGDC1, lançado em 2017. Em 2023, a empresa lançou o VCUB1, o primeiro nanossatélite de observação da terra e coleta de dados projetado por uma empresa no Brasil. Atualmente a Visiona lidera o projeto do satélite de observação da terra de altíssima resolução (SatVHR), com ampla participação de empresas e ICTs brasileiras.

A Visiona também fornece produtos e serviços de Sensoriamento Remoto e Telecomunicações por satélite, bem como Aerolevantamento SAR nas Bandas X e P, sempre buscando a vanguarda tecnológica. Nesse mercado, a Visiona já realizou mais de 100 projetos em diversos setores como o de agricultura, óleo e gás, serviços financeiros, utilidades, meio ambiente e defesa.

Parcerias tecnológicas
Os projetos de satélites da Visiona contam com uma extensa rede de parceiros institucionais e tecnológicos na construção do satélite e no desenvolvimento das aplicações, bem como de várias empresas da base industrial brasileira como: OPTO, AMS Kepler, Metalcard, Orbital Engenharia e SENAI-SC, entre outros, além do apoio financeiro da Embrapii (Empresa Brasileira de Pesquisa e Inovação Industrial) e do Instituto Senai de Inovação. 



03 fevereiro, 2025

Visiona (Embraer & Telebras) e CENSIPAM celebram avanço sem precedentes para a autonomia espacial do Brasil


*LRCA Defense Consulting - 03/02/2025

A Visiona e o Centro Gestor e Operacional do Sistema de Proteção da Amazônia (CENSIPAM) celebram uma conquista extraordinária. No último mês, foi concluído com sucesso o comissionamento do satélite VCUB1 na antena multissatelital do Censipam, em Formosa, Goiás.

Essa conquista fortalece ainda mais o papel essencial do CENSIPAM na proteção da Amazônia, garantindo que a tecnologia de ponta seja utilizada para monitorar, preservar e defender um dos maiores patrimônios naturais do planeta.

Esse marco reforça o compromisso com a inovação e a soberania tecnológica do Brasil, abrindo novos horizontes para a observação da Amazônia. Pela primeira vez, foi realizado, em território nacional, o download de imagens da câmera multiespectral embarcada no satélite projetado por uma empresa brasileira, marcando um avanço sem precedentes para a autonomia espacial do país.

Interoperabilidade entre os sistemas espacial e de solo
Essa conquista comprova a compatibilidade e a interoperabilidade entre os sistemas espacial e de solo, além de demonstrar que o Brasil agora tem a capacidade de realizar missões de sensoriamento remoto de ponta, 100% em solo nacional.

Infraestrutura de controle de satélites do Ministério da Defesa
A campanha também foi essencial para coletar informações estratégicas e definir requisitos fundamentais que garantirão que os futuros satélites da Visiona estejam totalmente preparados para operar, desde o lançamento, com a infraestrutura de controle de satélites do Ministério da Defesa.

Juntas, as duas instituições são mais fortes
O sucesso dessa campanha é a prova de que, juntas, as duas instituições são mais fortes. Ele reforça a sólida parceria entre a Visiona e o CENSIPAM, unindo expertise, inovação e dedicação em prol do avanço tecnológico do Brasil.

Mais do que um marco técnico, essa conquista simboliza o poder da colaboração, mostrando que, ao unir forças, podemos alcançar novos patamares e garantir um futuro mais inovador e soberano para o país.

Sobre a Visiona
Criada em 2012, a Visiona Tecnologia Espacial é uma joint-venture entre a Embraer Defesa & Segurança e a Telebras. Voltada para a integração de sistemas espaciais e à prestação de serviços baseados em satélites, a companhia atende aos objetivos do Programa Espacial Brasileiro e a demandas de mercado.

A Visiona foi a responsável pelo Programa do Satélite Geoestacionário de Defesa e Comunicações Estratégicas, o SGDC1, lançado em 2017. Em 2023, a empresa lançou o VCUB1, o primeiro nanossatélite de observação da terra e coleta de dados projetado por uma empresa no Brasil. Atualmente a Visiona lidera o projeto do satélite SatVHR de observação da Terra de altíssima resolução, apoiado pela FINEP e com ampla participação de empresas e ICTs brasileiras.

A Visiona também fornece produtos e serviços de Sensoriamento Remoto e Telecomunicações por satélite, bem como Aerolevantamento SAR nas Bandas X e P, sempre buscando a vanguarda tecnológica. Nesse mercado, a Visiona já realizou mais de 100 projetos em diversos setores como o de agricultura, óleo e gás, serviços financeiros, utilidades, meio ambiente e defesa.

24 junho, 2023

Empresas brasileiras investem no desenvolvimento e aplicação comercial de nanossatélites



*Revista Pesquisa FAPESP, por Rodrigo de Oliveira Andrade - 24/06/2023

O lançamento em abril de um satélite de 12 quilos (kg), pouco maior do que uma caixa de sapatos, representou um marco para a indústria espacial brasileira. Concebido pela Visiona Tecnologia Espacial, joint venture da Embraer Defesa e Segurança e da Telebras, o VCUB1 é o primeiro nanossatélite de alto desempenho projetado e desenvolvido no país. Também é uma iniciativa pioneira de aplicação comercial – até então, projetos nacionais desse tipo eram de uso científico ou educacional (ver Pesquisa FAPESP nº 219). A expectativa da empresa é validar o software embarcado e usar as informações coletadas para complementar e aperfeiçoar serviços de sensoriamento remoto e telecomunicações que ela oferece a seus clientes, hoje baseados em satélites de terceiros.

O dispositivo custou mais de R$ 30 milhões, dos quais R$ 2,9 milhões foram investidos pela Empresa Brasileira de Pesquisa e Inovação (Embrapii). Conta com uma câmera reflexiva de observação – a primeira do tipo desenvolvida no Brasil – com um sistema óptico formado por três espelhos, capaz de coletar imagens da superfície terrestre com resolução espacial de 3,5 metros. Ou seja, se fosse instalada em Campinas, seria capaz de fotografar um caminhão nas ruas do Rio de Janeiro. O equipamento foi desenvolvido pela Opto Space & Defense e Equatorial Sistemas, com apoio da FAPESP e da Financiadora de Estudos e Projetos (Finep).

O nanossatélite deverá cruzar o território brasileiro várias vezes por dia, coletando imagens e dados de uso meteorológico e de apoio a atividades do setor agrícola, como o monitoramento de lavouras em locais afastados e a identificação de áreas de baixa produtividade. Eventualmente, poderá auxiliar na prevenção de desastres naturais, atividades de monitoramento ambiental ou atender a outros usos, ligados à área de segurança e cidades inteligentes. O principal objetivo da Visiona, no entanto, é validar a tecnologia para lançar satélites maiores e mais complexos. “Para isso, precisávamos de uma arquitetura que fosse escalável e um software embarcado confiável”, diz João Paulo Campos, presidente da empresa.

O equipamento possui um sistema de gerenciamento de dados de bordo, responsável pelo controle de outros subsistemas e da interface com o solo. Tem também um sistema de comunicação e controle de atitude e órbita, que permite apontar com maior precisão a câmera para o local onde se deseja coletar imagens ou direcionar seus painéis solares para o Sol, de modo a ampliar a geração da energia que o alimenta. “Essa é uma tecnologia estratégica, que ainda não era dominada pelo Brasil”, destaca Campos. “O VCUB1, nesse sentido, coloca o país em um grupo de nações que dominam todo o processo de desenvolvimento de satélites”, completa.

Para Fábio de Oliveira Fialho, da Escola Politécnica da Universidade de São Paulo (Poli-USP), o nanossatélite da Visiona rompe uma barreira tecnológica importante. “O VCUB1 permitirá à empresa explorar, em diferentes camadas, dados de alta qualidade, agregando mais valor aos serviços que oferece a seus clientes.”

A Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) participou do esforço conjunto de desenvolvimento, ajudando a definir as cores que o satélite iria enxergar – foi escolhida a banda red edge, mais apropriada para o monitoramento de lavouras. O Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) apoiou a concepção do projeto com sua expertise em engenharia de sistemas, montagem, integração e testes do satélite. Já o Instituto Senai de Inovação em Sistemas Embarcados (ISI-SE), em Florianópolis, foi responsável pela construção e pelos testes da estação de terra e dos softwares que fazem a integração do computador de bordo com os componentes embarcados, com financiamento da Embrapii.

O ISI-SE também está envolvido em outro programa, o Constelação Catarina, criado em maio de 2021 pela Agência Espacial Brasileira (AEB). A iniciativa pretende colocar em órbita 13 nanossatélites nos próximos anos. Dois deles estão em desenvolvimento. Um no ISI-SE, o outro, na Universidade Federal de Santa Catarina. “A ideia é que eles formem uma rede e trabalhem de forma orquestrada na coleta de informações agrícolas e meteorológicas”, explica Augusto De Conto, gerente responsável pelo projeto. “Se tudo der certo, nosso nanossatélite será lançado em 2024”, diz.

Os nanossatélites e microssatélites movimentaram US$ 2,8 bilhões em 2022, e é esperado que esse mercado alcance US$ 6,7 bilhões até 2027, segundo análise da consultoria norte-americana Markets and Markets. Dados do relatório SpaceWorks estimam que entre 2 mil e 2,8 mil desses equipamentos serão lançados no espaço nos próximos cinco anos para diversas aplicações. O modelo avança em razão dos custos de construção desses artefatos. Diferentemente de um satélite convencional de grande porte, que pode custar entre US$ 150 milhões e US$ 400 milhões, os nanossatélites são relativamente baratos. Mas têm menor tempo de vida útil, de três a cinco anos.

A expansão desse mercado coincide com uma mudança na indústria aeroespacial. Com a consolidação de tecnologias e diminuição dos riscos associados ao seu desenvolvimento, o segmento passou a atrair mais atenção do capital privado. A face mais reluzente desse interesse foi a criação de empresas como a Blue Origin, do multibilionário Jeff Bezos, dono da Amazon, a SpaceX, de Elon Musk, e a Virgin Galactic, de Richard Branson, dedicadas à construção de foguetes lançadores e ao transporte de astronautas e turistas ao espaço (ver Pesquisa FAPESP nº 278). O VCUB1 foi lançado em abril pelo foguete Falcon 9, da SpaceX, junto com outros satélites de diferentes tamanhos.

O Brasil não é um expoente da exploração espacial comercial, mas tem potencial para crescer. O nanossatélite da Visiona é apenas uma entre várias iniciativas em curso no país. Outra é o nanossatélite da SciCrop, startup de geoprocessamento de dados de satélite com sede em São Paulo, com lançamento previsto para o segundo semestre. “Nosso objetivo é coletar as melhores imagens possíveis do Centro-Oeste brasileiro”, afirma José Damico, CEO da empresa. O dispositivo deverá percorrer essa região a cada dois dias, registrando imagens que permitam uma visão detalhada da produtividade de cada talhão de soja plantado, possibilitando separar as diferentes áreas produtivas das fazendas. “Essas informações nos ajudam a mensurar o quanto está sendo produzido e se o plantio foi feito na época adequada, por exemplo”, diz. Os dados poderão ser usados por instituições financeiras na análise de risco de concessão de crédito a produtores rurais, especialmente aqueles que produzem menos de 2 mil hectares e não têm uma demonstração contábil ou balanço patrimonial para apresentar no momento do pedido.

O nanossatélite da SciCrop utiliza uma estrutura desenvolvida pela Alba Orbital, com sede em Glasgow, na Escócia. “A construção de um nanossatélite envolve várias etapas, como o desenvolvimento de sua estrutura e validação de seus equipamentos embarcados. No nosso caso, partimos de uma estrutura já pronta, que será adaptada para o uso que queremos”, ele explica.

Outra empresa brasileira a investir nesse mercado é a SCCON Geospatial, que oferece a seus clientes serviços em tecnologia geoespacial e mapeamento via satélite. Seu negócio baseia-se em imagens feitas por uma constelação de 200 nanossatélites da empresa norte-americana Planet. “Temos contratos com instituições brasileiras públicas e privadas de diferentes segmentos, que usam nossas soluções para monitoramento de plantações, barragens, linhas de transmissão de energia”, diz Vinicius Rissoli, diretor de operações da companhia.

Em 2018, a SCCON fez um acordo com a Polícia Federal (PF) para monitorar o desmatamento na região amazônica. A parceria cresceu e deu origem ao Programa Brasil Mais, plataforma criada em 2020 na qual é possível acessar imagens em alta resolução de todo o país captadas pelos nanossatélites da Planet. “As imagens são atualizadas todos os dias, permitindo ações mais rápidas de combate ao desmatamento, mineração ilegal, ocupações irregulares”, comenta Rissoli. A PF não é o único usuário das imagens. “Nosso acordo permite que qualquer instituição pública possa aderir ao programa e acessá-las para outros fins gratuitamente.” Atualmente, 300 instituições se cadastraram na plataforma para usar os dados.

Apesar do interesse crescente do capital de risco pelos nanossatélites, investimentos públicos ainda são fundamentais para essas iniciativas, dados os riscos associados a elas. A Finep tem aplicado recursos públicos não reembolsáveis – ou seja, que não precisam ser devolvidos – em projetos de pesquisa e desenvolvimento de empresas inovadoras do setor, como a Opto, que ajudou a projetar a câmera do VCUB1. “Queremos investir na criação de arranjos industriais mais amplos, baseados em projetos integrados, nos quais uma empresa-âncora trabalha com empresas parceiras, universidades e institutos de pesquisa, com foco em subsistemas e componentes isolados”, destaca Elias Ramos de Souza, diretor de Inovação da Finep.

Em maio, a agência anunciou um aporte de R$ 220 milhões para um projeto liderado pela Visiona de um satélite maior e mais complexo do que o VCUB1. O empreendimento terá a colaboração das empresas Fibraforte, Opto, Equatorial, Orbital e Kryptus. “Elas receberão aproximadamente metade do valor total do projeto nos próximos três anos para desenvolver subsistemas e componentes do satélite, que pesará pouco mais de 100 kg e terá uma câmera capaz de coletar imagens da superfície terrestre com resolução espacial de 75 centímetros”, diz William Rospendowski, superintendente de inovação da Finep.

No ano passado, a instituição de fomento lançou um edital no valor de R$ 190 milhões, na modalidade de subvenção econômica, a fim de apoiar a construção de veículos lançadores de pequeno porte para transporte de nano e microssatélites. A expectativa é de que sejam desenvolvidos pelo menos dois protótipos com capacidade de colocar em órbita cargas de no mínimo 5 kg, com operações de lançamento realizadas a partir do território nacional. Hoje, apenas 13 países no mundo dominam essa tecnologia. “A estratégia daria ao Brasil maior autonomia de acesso ao espaço”, comenta Campos, da Visiona. “Além de ajudar a diminuir a dependência tecnológica externa, essas iniciativas tendem a ter impactos positivos na cadeia produtiva nacional”, completa De Conto, do ISI-SE.

06 maio, 2023

Finep e MCTI vão apoiar com R$ 360 milhões o desenvolvimento de tecnologias estratégicas dos setores aeronáutico e espacial

 Serão fomentados quatro projetos liderados pelas empresas Embraer, Visiona, Akaer e ACS


*LRCA Defense Consulting - 06/05/2023 (atualizado em 08/06, às 13h40)

A Finep, empresa pública do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), vai destinar R$ 360 milhões para apoio ao desenvolvimento de quatro projetos estruturantes de indústrias dos setores aeronáutico e espacial do Brasil. Os recursos são de subvenção econômica à inovação do Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (FNDCT) e, portanto, não reembolsáveis. 

Um dos contratos, de aproximadamente R$ 220 milhões, a ser assinado com a Visiona Tecnologia Espacial S.A, já figura como o maior valor em subvenção econômica concedido pela Finep em toda a sua história. O segundo maior, de R$ 120 milhões, terá como beneficiária a empresa Embraer, que também destinará ao projeto um adicional de R$ 60 milhões em recursos próprios. As outras beneficiadas são a Akaer e a ACS [a ser empregado no drone de carga Moya eVTOL].

A cerimônia de assinatura dos contratos aconteceu nesta sexta-feira (5 de maio) durante evento em comemoração aos 30 anos da AIAB (Associação das Indústrias Aeroespaciais do Brasil), ocorrido em São José dos Campos (SP). Estiveram presentes a ministra da Ciência, Tecnologia e Inovação, Luciana Santos, o diretor de Inovação da Finep, Elias Ramos de Souza, o Vice-Governador do Estado de São Paulo, Felício Ramuth, o presidente da AIAB, Julio Shidara, o prefeito de São José dos Campos e os executivos das empresas.

Selecionados em dois editais da Finep, os quatro projetos liderados pelas empresas Embraer, Visiona, Akaer e ACS, que juntas irão investir mais R$75 milhões nas pesquisas, a título de contrapartida financeira, são considerados estratégicos e deverão elevar a autonomia tecnológica nacional nos setores aeronáutico e espacial. No edital Plataformas Demonstradoras de Novas Tecnologias Aeronáuticas – as três propostas vencedoras englobam o desenvolvimento de aeronaves e de tecnologias para a aviação do futuro, baseada em propulsão mais sustentável ambientalmente, como a elétrica, e na navegação não-tripulada e mais autônoma. As tecnologias serão desenvolvidas pela Embraer, Akaer e ACS, em parceria com outras empresas do setor.

Já o Edital Satélite de pequeno porte de observação da terra de alta resolução, uma parceria entre a Finep e a Agência Espacial Brasileira (AEB), selecionou um projeto, apresentado pela Visiona Tecnologia Espacial S.A., que irá desenvolver, também em parceria com outras indústrias, um satélite óptico de alta definição. A tecnologia dará ao país autonomia para produzir imagens do espaço necessárias para diversas necessidades do Estado e da sociedade, como o monitoramento e vigilância de florestas, rios e mares, a proteção de terras indígenas contra garimpos ilegais e invasões, e a identificação de ilícitos fronteiriços e da pesca ilegal. O satélite poderá, ainda, ser utilizado para Defesa e segurança pública. A Finep e a AEB acompanharão conjuntamente essa proposta.

Para a ministra Luciana Santos, os projetos selecionados nos dois editais levarão à conquista da autonomia tecnológica do Brasil em setores que atuam na ponta da pirâmide de agregação de valor e terão impacto para além da cadeia aeroespacial. Ela disse, ainda, que os investimentos na indústria aeroespacial têm repercussões para além do setor, como na educação e na formação de mão de obra especializada. “Ao criar demanda por profissionais especializados, os incentivos à indústria aeroespacial estimulam as universidades e centros de pesquisa a produzir conhecimento. Além disso, criam oportunidades para novas startups e empresas de tecnologia de pequeno e médio porte, gerando emprego de alta qualidade e reduzindo a fuga de cérebros”, ressaltou.

Segundo o diretor de Inovação da Finep, Elias Ramos de Souza, "o apoio a projetos estruturantes do setor aeroespacial brasileiro demonstra o compromisso da Finep com a reindustrialização do país, baseada em inovação. Desta forma, é possível elevar a competitividade mundial da nossa indústria aeronáutica e garantir a soberania nacional em tecnologias espaciais estratégicas", disse.

“Estamos muito felizes em dar continuidade à nossa longeva parceria com a Finep e poder contribuir com o avanço de tecnologias e transbordamento dos conhecimentos para outros setores da economia brasileira, avançar na agenda de descarbonização do planeta e gerar benefícios sócios-econômicos ao Brasil, por meio da inovação, ciência e tecnologia”, disse Henrique Langenegger, Engenheiro-Chefe da Embraer. 

*Com informações da Finep - Inovação e Pesquisa.

15 abril, 2023

VCUB1, satélite desenvolvido pela Visiona, JV entre Embraer e Telebras, é lançado nos EUA

- VCUB1 é o primeiro satélite de Observação da Terra e Coleta de Dados projetado pela indústria nacional
- Nanossatélite será usado para desenvolvimento e validação de tecnologias espaciais da Visiona e na agricultura e controle de desmatamento, entre outras aplicações.


*LRCA Defense Consulting - 15/04/2023

O nanossatélite VCUB1, desenvolvido pela Visiona Tecnologia Espacial, joint-venture entre a Embraer e a Telebras, foi lançado na madrugada desta sexta-feira da Base de Lançamento de Vandenberg, na Califórnia, nos Estados Unidos, às 03h48, horário de Brasília. O VCUB1 é o primeiro satélite de Observação da Terra e Coleta de Dados projetado pela indústria nacional e deverá demonstrar a capacidade da indústria brasileira de realizar missões espaciais avançadas.

“O lançamento do VCUB1 é histórico para a indústria aeroespacial brasileira porque coloca o país em um seleto grupo de nações que dominam todo o processo de desenvolvimento de satélites e nos capacita para voos ainda maiores”, afirma João Paulo Campos, Presidente da Visiona Tecnologia Espacial. “O VCUB1 materializa um esforço de anos para a criação de uma empresa integradora de sistemas espaciais brasileira iniciado com o programa SGDC.”, completa.

O principal objetivo da missão é validar a arquitetura do satélite e o seu software embarcado, de forma a poder usá-los em satélites de maior porte. A Visiona implementou, e irá testar no VCUB1, todo software que integra o computador de bordo, o cérebro do satélite, incluindo o sistema de controle de órbita e atitude, inédito no país, e o sistema de gestão de dados de bordo, que permite o controle de todos os componentes do satélite. A empresa também validará o software de comunicação do satélite, importante para implementação dos serviços finais e para garantir a segurança das comunicações e do controle do satélite, elemento importantíssimo para a nossa soberania no espaço. A missão também permitirá a qualificação no espaço da câmera OPTO 3UCAM, a primeira câmera reflexiva projetada e produzida no Brasil.

O Projeto VCUB1 conta com uma rede de parceiros formada por instituições como o Instituto Senai de Inovação, o Governo de Santa Catarina, o Cemaden (Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais), o Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais), a Embrapa (Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária), a CPRM (Companhia de Pesquisa de Recursos Minerais), o IICA (Instituto Interamericano de Cooperação para a Agricultura), a AEB (Agência Espacial Brasileira), o Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis), o Naturatins (Instituto Natureza do Tocantins), a Transpetro (Petrobras Transporte) e a Prefeitura de São José dos Campos, além de várias empresas da base industrial brasileira como a OPTO, a AMS Kepler, a Metalcard e a Orbital Engenharia, entre outras.

O projeto contou com o apoio financeiro da Embrapii (Empresa Brasileira de Pesquisa e Inovação Industrial) e do Instituto Senai de Inovação.

Para saber mais sobre o VCUB1, acesse: https://visionaespacial.com/plataforma-vcub/

Sobre a missão de lançamento
O lançamento do VCUB1 foi contratado junto a empresa de logística e transporte espacial D-Orbit e foi lançado pelo foguete Falcon 9, dentro da missão Transporter 7, que colocará em órbita diversos pequenos microssatélites e nanossatélites para clientes comerciais e governamentais.

Após o lançamento, o VCUB1 deverá ser levado à sua órbita final de forma precisa pelo veículo de transferência orbital ION da D-Orbit e passará por um período de estabilização e testes preliminares. Em seguida, serão realizados os testes de validação das tecnologias embarcadas no satélite, sua missão principal, para que entre em operação definitiva na prestação de serviços de sensoriamento remoto e coleta de dados pela Visiona. 

Sobre a Visiona

A Visiona tem sede no Parque Tecnológico de São José dos Campos e é uma joint-venture entre a Embraer Defesa & Segurança e a Telebras, voltada para a integração de sistemas espaciais. Foi criada em 2012 para atender os objetivos do Programa Espacial Brasileiro.

A empresa foi a responsável pelo Programa do Satélite Geoestacionário de Defesa e Comunicações Estratégicas, o SGDC, lançado em 2017. Em 2018, a Visiona anunciou o programa do primeiro satélite projetado integralmente pela indústria nacional, o VCUB1, e concluiu com êxito o primeiro Sistema de Controle de Órbita e Atitude de satélites desenvolvido no Brasil. A Visiona também fornece produtos e serviços de Sensoriamento Remoto e Telecomunicações por satélite, bem como Aerolevantamento SAR nas Bandas X e P, sendo uma das referências desse mercado no Brasil, com um histórico de mais de 100 projetos executados.

17 fevereiro, 2023

Akaer marca presença no desenvolvimento de satélites de observação da Terra


*LRCA Defense Consulting - 17/02/2023

Mais uma vez, a Akaer está marcando presença no desenvolvimento de satélites de observação da Terra.

O nanossatélite brasileiro VCUB1, que está sendo desenvolvido pela Visiona Tecnologia Espacial S.A., conta com a participação da Opto Space & Defense, uma empresa do Grupo Akaer, que é responsável pelo desenvolvimento e fabricação da câmera óptica multiespectral, cuja campanha de testes para determinação do eixo óptico foram feitas em suas instalações, na cidade de São Carlos (SP).

E3UCAM
Mais eficiente e evoluída que as tradicionais, a câmera E3UCAM da Opto possui massa menor que 5 kg e tamanho 300x100x100 mm. Com capacidade para fazer imagens da superfície terrestre em alta definição, a E3UCAM é capaz de identificar objetos menores que 3,5 metros em até 4 bandas espectrais e uma faixa de varredura terrestre de 14Km. Trata-se da câmera para nanossatélite mais avançada da história do Brasil.

"A E3UCAM foi desenvolvida para o mercado New Space, sendo concebida dentro de um conceito de família de câmeras, flexibilizando a carga útil do satélite com a composição de várias câmeras, ampliando assim, a quantidade de bandas ou a faixa de varredura terrestre. Essa flexibilidade é um importante diferencial, pois a arquitetura óptica pode ser escalada para diferentes plataformas de nanossatélites", ressalta Claudio Carvas, da Opto.


E por falar em satélites, a Akaer é a responsável por todas as câmeras espaciais desenvolvidas no Brasil para este fim, estando embarcada no CBERS 4, CBERS 4A e Amazônia 1, que já estão em operação. Mais recentemente, a empresa venceu a Seleção Pública da FINEP (Financiadora de Estudos e Projetos) para o desenvolvimento do "Satélite observação da Terra de alta resolução".

O VCUB1 será lançado ainda em 2023, embarcando no foguete Falcon 9, da empresa americana SpaceX, rumo ao espaço.

17 janeiro, 2023

ABIMDE participa de simpósio sobre a Indústria Aeroespacial Brasileira na ECEMAR

Evento realizado nesta segunda-feira pela Escola de Comando e Estado-Maior da Aeronáutica contou também com a participação da Atech e da Visiona, empresas do Grupo Embraer

Da esq., o Coronel Aviador R/1 João Batista Oliveira Xavier, Assessor Estratégico da Atech,
General Aderico Mattioli, Presidente Executivo da ABIMDE, e João Paulo Rodrigues Campos, CEO da Visiona.


*LRCA Defense Consulting - 17/01/2023

A ABIMDE (Associação Brasileira das Indústrias de Materiais de Defesa e Segurança), representada por seu Presidente Executivo, General Aderico Mattioli, participou nesta segunda-feira (16) do Simpósio "A Indústria Aeroespacial Brasileira", realizado pela ECEMAR (Escola de Comando e Estado-Maior da Aeronáutica), no Rio de Janeiro (RJ). O evento foi dirigido aos oficiais-alunos do EPEA (Estágio de Política e Estratégia Aeroespaciais).

Também participaram do simpósio o Coronel Aviador R/1 João Batista Oliveira Xavier, Assessor Estratégico da Atech, e João Paulo Rodrigues Campos, CEO da Visiona, ambas empresas do Grupo Embraer.

Os três palestraram sobre assuntos relacionados ao desenvolvimento da Indústria Aeroespacial, autonomia tecnológica, infraestrutura científica e tecnológica, recursos disponíveis, e ainda os desafios e as perspectivas para o setor, entre outros temas.

Ao final das apresentações, eles participaram de um debate com participação da audiência, composta por 44 coronéis dos diversos quadros que concorrem ao posto de oficial general na FAB (Força Aérea Brasileira).

Em sua apresentação, o Presidente Executivo da ABIMDE destacou a importância da BIDS (Base Industrial de Defesa e Segurança) no PNAE (Programa Nacional de Atividades Espaciais) e a importância da FAB como fomentadora.

“É notável a relevância da Força Aérea Brasileira para o desenvolvimento científico e industrial do setor aeroespacial, em especial das potencialidades das empresas brasileiras”, disse General Mattioli, citando como exemplo, entre outras, a evolução da Atech e da Visiona.

General Mattioli, Coronel Xavier e o Sr. e João Paulo Campos foram contemplados com um certificado ao final do simpósio.

Ao final do simpósio realizado pela Ecemar, os três palestrantes foram contemplados com certificados


O EPEA
O Estágio de Política e Estratégia Aeroespaciais é um módulo do Curso de Altos Estudos Militares e tem por finalidade proporcionar aos Coronéis, dos Quadros com acesso ao generalato, os conhecimentos necessários para atuar na Alta Administração do COMAER (Comando da Aeronáutica), participando da formulação e da condução da Política Militar da Aeronáutica, bem como do estabelecimento da Estratégia Militar da Aeronáutica.

Esta edição do EPEA conta com a presença de 44 Coronéis que estão aprofundando os seus conhecimentos a respeito do Poder Aeroespacial, agora no nível estratégico, abrangendo a interação do Comando da Aeronáutica com a Base Industrial de Defesa (BID) do Brasil, além dos desafios Setoriais e Institucionais da FAB.

Após o término do Estágio, previsto para 27 de janeiro de 2023, os Oficiais-Alunos participarão de Cursos de Altos Estudos nas Escolas Congêneres do Ministério da Defesa, da Marinha do Brasil e do Exército Brasileiro.

20 outubro, 2021

São José fecha novo acordo para lançamento do 1º nanossatélite brasileiro


*Portal R3 - 19/10/2021

A prefeitura de São José dos Campos fechou, neste mês, novo contrato de parceria com a Visiona Tecnologia Espacial (joint-venture entre a Embraer e a Telebras), responsável pela produção do primeiro nanossatélite totalmente desenvolvido pela indústria brasileira. O VCUB está pronto para ser lançado à órbita da Terra no início de 2022.

O acordo prevê o recebimento das imagens de alta resolução coletadas pelo nanossatélite que permitirão mapeamento de uso e ocupação do solo, podendo prevenir, por exemplo, os efeitos das tragédias naturais.

A análise técnica das imagens será feita por servidores da Secretaria de Urbanismo e Sustentabilidade.

A parceria, portanto, potencializa a capacidade de São José de viabilizar novas soluções para a melhoria contínua do planejamento urbano, além de estimular o desenvolvimento tecnológico e socioeconômico da cidade.

Além da Prefeitura de São José, a rede de parceiros do Projeto VCUB conta com instituições como o Instituto Senai de Inovação, a Embrapii (Empresa Brasileira de Pesquisa e Inovação Industrial), o Governo de Santa Catarina, o Cemaden (Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais), o Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais), a Embrapa (Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária), a CPRM (Companhia de Pesquisa de Recursos Minerais), o IICA (Instituto Interamericano de Cooperação para a Agricultura), a AEB (Agência Espacial Brasileira), o Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis), o Naturatins (Instituto Natureza do Tocantins) e a Transpetro (Petrobras Transporte).

 
Geoprocessamento
Desde 2017, a Prefeitura vem desenvolvendo projetos de alta tecnologia com o uso de imagens de sensoriamento remoto, no âmbito de projetos como o Observa, também em parceria com a Visiona, que consiste no uso de imagens de altíssima resolução para o monitoramento, fiscalização e controle ambiental do território visando combater a degradação ambiental.

E mais recentemente lançou o Geosanja, plataforma que reúne dados geográficos do município para consulta e download dos dados pelos cidadãos.

Sobre o Projeto
O nanossatélite VCUB baseia-se numa plataforma CubeSat 6U de 12kg com dimensões de 30 x 20 x 10 cm e traz o estado da arte em tecnologias de pequenos satélites.

A missão permitirá o desenvolvimento e validação de tecnologias espaciais desenvolvidas pela Visiona, com destaque para o Sistema de Controle de Órbita e Atitude de satélites, principal lacuna tecnológica da indústria espacial brasileira, além dos softwares de Sistema de Gestão de Dados de Bordo e do Rádio Definido por Software. O projeto incorpora uma arquitetura de sistemas modular e escalável, que poderá ser utilizada em satélites de maior porte no futuro, permitindo a incorporação de mais tecnologias nacionais às missões do Programa Espacial Brasileiro.

Equipado com uma câmera óptica multiespectral com resolução de 3,5 metros e 4 bandas espectrais e de um sistema de coleta de dados reconfigurável via software, o satélite será capaz de realizar missões antes destinadas a satélites de porte bem superior. Sua câmera utiliza tecnologias só encontradas em satélites de grandes dimensões, o que lhe permitirá gerar imagens com qualidades radiométrica e geométrica superiores às encontradas no mercado, fatores fundamentais para aplicações agrícolas e de proteção do meio ambiente. Seu sistema de coleta de dados pode operar tanto no sistema SBCD (Sistema Brasileiro de Coleta de Dados) como em outros protocolos, o que torna o VCUB uma plataforma ideal para aplicações de Internet das Coisas (IoT).

Sobre a Visiona
A Visiona tem sede em São José dos Campos e é uma joint-venture entre a Embraer Defesa & Segurança e a Telebras, voltada para a integração de sistemas espaciais. Criada em 2012 para atender os objetivos do Pnae (Programa Nacional de Atividades Espaciais) e do Pese (Programa Estratégico de Sistemas Espaciais).

A empresa foi a responsável pelo Programa do Satélite Geoestacionário de Defesa e Comunicações Estratégicas, o SGDC, lançado em 2017. Em 2018, a Visiona anunciou o programa do primeiro satélite projetado integralmente pela indústria nacional, o VCUB1, e concluiu com êxito o primeiro Sistema de Controle de Órbita e Atitude de satélites desenvolvido no Brasil. A Visiona também fornece produtos e serviços de Sensoriamento Remoto e Telecomunicações por satélite, bem como Aerolevantamento SAR nas Bandas X e P.

14 julho, 2021

Live - Raio X da Indústria Espacial Brasileira


*LRCA Defense Consulting - 14/07/2021

No dia 16 de julho, às 14 horas, acontece a Live - Raio X da Indústria Espacial Brasileira. Organizada pela MundoGEO, a Live tem por objetivo apresentar toda a cadeia produtiva do setor, formada por veículos lançadores, centros de lançamento, satélites, sistemas e estações de recepção no solo na visão da Agência Espacial Brasileira, INPE, AIAB - Associação da Indústria Aeroespacial Brasileira e Visiona.

Esta cadeia envolve muitas empresas nacionais e internacionais, gerando receitas, investimentos em P&D e altos índices de empregabilidade de profissionais especializados. A partir de mais investimentos governamentais neste setor, as empresas nacionais poderão cada vez mais oferecer soluções de melhor qualidade e até buscar também mercados internacionais.

Com moderação de Emerson Granemann, CEO da MundoGEO, a Live vai contar com os convidados especiais:
- Adenilson Roberto da Silva (INPE)
- Henrique Fernandes Nascimento (AEB)
- Jadir Nogueira Gonçalves (Fibraforte/AIAB)
- João Paulo Campos (Visiona)

A Live faz parte das ações preparatórias para o evento SpaceBR Show, que acontece de 9 a 12 de novembro. O propósito do Fórum SpaceBR Show é o de integrar os diversos atores da comunidade do setor, formada pelas indústrias, instituições de ensino e pesquisa, usuários públicos e privados, além de divulgar para a sociedade os avanços espaciais, atraindo investidores e jovens para conhecer estas oportunidades. O SpaceBR Show busca se alinhar às recentes mudanças dos programas espaciais ao redor do mundo, e que também afetam o Programa Espacial Brasileiro: ampliando a participação privada nos programas governamentais.

Faça a sua inscrição sem custos clicando aqui.

Em 20 de maio aconteceu a Live sobre os benefícios do Programa Espacial Brasileiro. Veja aqui o replay na íntegra.

30 maio, 2021

Visiona Tecnologia Espacial e Prefeitura de SJC mapeiam mosquito da dengue



*LRCA Defensa Consulting - 30/05/2021

A Prefeitura de São José dos Campos divulgou, no dia 13 último, que assinou acordo de cooperação tecnológica com a Visiona Tecnologia Espacial S.A. Conforme o acordo, a Prefeitura terá acesso gratuitamente a um sistema que permite prever, com até quatro semanas de antecedência, eventuais focos de infestação do mosquito Aedes aegypti na cidade.

O uso da tecnologia irá contribuir para as ações preventivas da Secretaria de Saúde com relação ao combate à Dengue, Febre Amarela Urbana, Chikungunya e Zika. A iniciativa faz parte do Plano de Governo 2021/2024 por meio da Lei da Inovação.

A Visiona Tecnologia Espacial é uma empresa joseense, joint venture entre a Embraer Defesa & Segurança e a Telebras.

O acordo foi celebrado por meio da Secretaria de Urbanismo e Sustentabilidade e a Visiona, distribuidora exclusiva da tecnologia Dipteron no Brasil.

Antecedência
Segundo os técnicos da secretaria, essa tecnologia é de utilização inédita no mundo. São José dos Campos está sendo a primeira cidade do país e do mundo a testar para depois validar o sistema para a gestão de saúde pública.

O algoritmo ou sistema de inteligência artificial, desenvolvido pela empresa alemã Dipteron analisa o histórico de casos, densidade larvária e variáveis climáticas de anos anteriores para representar espacialmente as áreas críticas para possíveis infestações do mosquito.

A Secretaria de Saúde, por meio da Vigilância Sanitária, tem acesso ao portal de geointeligência para avaliação dos dados obtidos. A tecnologia estará integrada na plataforma de geointeligência da Visiona.

Sem custo
A aplicação do sistema deverá ser iniciada nesse mês de maio. Não haverá custo para a Prefeitura, porque faz parte do acordo de cooperação tecnológica, previsto em lei municipal de incentivo à inovação.

A medida será de muita importância para ampliar ainda mais o controle da Dengue na cidade, como já ocorre por meio de outras inciativas. 

Dipteron UG
A Dipteron UG, parceiro da Visiona, foi uma das quinze empresas selecionadas para o programa de aceleração da PARSEC Accelerator, que teve como objetivo selecionar as melhores inovações baseadas em Observação da Terra. A Dipteron UG desenvolve em parceria com a HOSTmi GmbH e a Visiona a aplicação espacial para detecção de áreas de risco do mosquito Aedes Aegypti.

*Com informações da Prefeitura Municipal de São José dos Campos.

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