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setembro 24, 2023

WEG fornece soluções para Estação de Esgoto de Canoas na Colômbia


*LRCA Defense Consulting - 24/09/2023

A Mota-Engil, multinacional com atividade centrada na construção e gestão de infraestruturas, responsável pelas obras da estação elevatória de águas residuais de Canoas, selecionou a WEG para participar como fornecedora de diversas soluções elétricas para uma importante iniciativa de descontaminação das águas do Rio Bogotá, na Colômbia.

Quando a obra estiver concluída, a estação elevatória receberá águas residuais de cerca de 70% da cidade, correspondentes às bacias dos rios Fucha, Tintal e Tunjuelo, e águas residuais do Município de Soacha, para depois serem bombeadas para a futura Estação de Tratamento de Águas Residuais de Canoas, que será um dos maiores da América Latina. Este grande marco permitirá devolver água de qualidade ao rio Bogotá e garantir o desenvolvimento sustentável do país.

Um dos grandes desafios deste projeto é garantir a distribuição segura de energia aos sistemas elétricos e motores, para isso a WEG forneceu uma subestação completa de 115 kV que inclui dois transformadores de 30 MVA/115/13,2 kV, agregando mais eficiência e confiabilidade para a planta. Também foram fornecidos 17 cubículos de média tensão, além de painéis de baixa tensão.

Para este projeto, a WEG também forneceu seis motores de indução trifásicos e seis conversores de frequência de média tensão. Cada motor de 4.300 kW, montado verticalmente, será acoplado à sua respectiva bomba e será responsável por bombear 6,4 metros cúbicos de efluente por segundo até uma altura de 51,6 metros do poço, um dos processos mais críticos da planta. O que mostra a capacidade da companhia em desenvolver produtos que atendam os mais diversos escopos.

Com participações em outros importantes projetos no segmento de água e saneamento, em aplicações diversas como dessalinização, tratamento de água, águas residuais e transporte de água, a WEG reforça sua expertise neste segmento ao ser selecionada para mais esse empreendimento. 

setembro 23, 2023

O Embraer C-390 pode estar próximo de aterrisar na Arábia Saudita...


*LRCA Defense Consulting - 23/09/2023

A publicação "Relatório Reservado", em artigo para assinantes com data de ontem (22), divulgou em manchete: "Embraer negocia venda de aviões militares para a Arábia Saudita", citando a aeronave multimissão "KC-390" como objeto do negócio.

Esta possibilidade vem sendo noticiada por esta Consultoria desde o ano passado, quando surgiram os  indícios mais fortes das negociações, assim como também mais recentemente, quando da visita de uma delegação saudita ao Brasil.

Ministro Saudita: foi firmada uma Parceria Público Privada com a Embraer
Por ocasião da visita da maior delegação do Reino da Arábia Saudita que já esteve no Brasil - liderada por Khalid Al Falih, Ministro do Investimento desse país - ocorreu o Fórum de Investimentos Brasil / Arábia Saudita, realizado na FIESP no dia 31 de julho último. Neste evento, ficou no ar uma parceria com a Embraer citada pelo ministro saudita em seu discurso. Segundo afirmou (vídeo abaixo), ele visitaria a Embraer, com quem teria sido firmada uma Parceria Público Privada.

No entanto, nada foi divulgado posteriormente. Consultadas sobre a visita e a parceria citada, tanto a Embraer como sua agência de divulgação não ofereceram uma resposta sobre o assunto.


No mesmo período do Fórum de Investimentos Brasil / Arábia Saudita, durante uma conversa sobre voos para países árabes, o presidente da Câmara de Comércio Árabe Brasileira, embaixador Osmar Chohfi, sugeriu que a Arábia Saudita comprasse aeronaves brasileiras para seus voos domésticos, e o secretário-geral adjunto da Federação das Câmaras de Comércio e Indústria da Arábia Saudita (FSC), Waleed Alorainan, disse que estava conversando com a Embraer.

Paris Air Show
Por ocasião do Paris Air Show, realizado em junho deste ano, com a presença da Embraer e da SCOPA Defense, a empresa saudita ilustrou sua participação no evento com um vídeo. Além de muitos registros de aeronaves e helicópteros da Airbus, com quem a empresa fechou um grande contrato recentemente, um deles mostrou a aeronave multimissão Embraer KC-390.

Nessa Feira, o CEO de Defesa e Segurança da empresa saudita, Fawaz Fahad Alakeel, publicou em uma mídia social:
- "Estamos entusiasmados em anunciar que a SCOPA Defense finalizou com sucesso acordos com algumas das maiores e mais significativas empresas em todo o mundo, graças ao trabalho árduo e dedicação de nossa equipe. As reuniões foram um grande sucesso e estamos ansiosos para colaborações frutíferas no futuro. Estamos orgulhosos de ter tido a oportunidade de mostrar nossos planos e soluções. O feedback que recebemos foi inestimável e já estamos trabalhando para melhorar e desenvolver ainda mais. Obrigado a todos que nos apoiaram e à nossa equipe por seus esforços incansáveis. Fique de olho nas futuras atualizações e desenvolvimentos da SCOPA Defense!"

Cena do vídeo de divulgação da SCOPA no Paris Air Show

Oriente Médio: região muito importante e muito estratégica para a Embraer
Em entrevista ao portal Defense Here, em 26/04/2023, o CEO da Embraer Defesa e Segurança, Bosco da Costa Junior, falou sobre os mercados de interesse da Embraer onde destacou a região do Oriente Médio, dizendo “Temos nosso escritório em Dubai desde 2009. Então vemos esta região, a região do Oriente Médio, como uma região muito importante e muito estratégica para a Embraer”. Ele também afirmou que a Embraer está buscando fortalecer suas parcerias com os países da região e ajudá-los a localizar tecnologias, acrescentando que “estamos buscando oferecer nossas soluções para a Arábia Saudita e também para os Emirados”.

Acordo com a BAE Systems: promoção do C-390 na Arábia Saudita
Em julho de 2022, a Embraer Defesa & Segurança celebrou acordos de cooperação com a BAE Systems por meio de dois memorandos de entendimento (MoUs, na sigla em inglês) que visam ampliar a atuação das empresas no mercado global de defesa. O primeiro é voltado para promover o C-390 nos mercados do Oriente Médio (inicialmente no Reino da Arábia Saudita) e o outro confirma uma intenção de criar uma joint venture para desenvolver uma variante de defesa do veículo elétrico de decolagem e aterrissagem vertical (eVTOL) da Eve.

Além destes, ainda há interesse da Arábia Saudita, Argentina, Colômbia, Chile, Marrocos, Tunísia e Argélia, podendo chegar aos Estados Unidos.

Avalanche de vendas?
A Áustria divulgou, no dia 20 de setembro, que pretende adquirir quatro C-390 para equipar sua Força Aérea, juntando-se a Portugal, Holanda e Hungria, todos exigentes países europeus que já selecionaram a aeronave multimissão da Embraer como seu meio aéreo para transporte militar e reabastecimento em voo, descartando as versões do americano Hercules C-130 (Lockheed Martin) que, até agora, era o preferido para estas e outras missões.

No entanto, informações de hoje dão conta de que a venda teria sido de 10 aeronaves, sendo cinco para a Holanda (já acertada anteriormente, mas não concretizada) e cinco para a Áustria, perfazendo um total de aproximadamente 1 bilhão de euros (cerca de R$ 5,3 bilhões).

Como há mais de uma dúzia de países interessados, é possível que se configure o cenário de uma verdadeira avalanche de pedidos na esteira da Áustria, haja vista que, quem primeiro fizer um pedido firme, obviamente terá a preferência no recebimento.

MBDA, maior empresa de mísseis da Europa, concede prêmio de "Melhor Cooperação Externa" à XMobots


*LRCA Defense Consulting - 23/09/2023

A XMobots, representada pela sua CEO, Giovani Amianti, recebeu o prêmio de Melhor Cooperação Externa durante o MBDA Innovation Awards 2023, evento para premiação de melhores projetos no ano, em Paris.

Segundo a empresa brasileira, "Esse reconhecimento é fruto da parceria excepcional entre a XMobots e a MBDA na integração de mísseis Enforcer no drone Nauru 1000C. Estamos orgulhosos por representar a capacidade tecnológica do Brasil e contribuir para a defesa de nosso país com o Nauru 1000C".

Parceria com a MBDA e drone selecionado pelo Exército
Em maio de 2022, a XMobots e a MBDA, a maior empresa de mísseis da Europa, assinaram um MoU (Memorando de Entendimento) para trabalhar em conjunto na prova de conceito para a integração do míssil ENFORCER no RPAS Nauru 1000C.

O Nauru 1000C é o RPAS CAT 2 (Remotely Piloted Aircrafts Systems - Sistemas de Aeronaves Remotamente Pilotadas) selecionado pelo Exército Brasileiro para missões ISTAR (Inteligência, Vigilância, Aquisição de Alvos e Reconhecimento), pesando 150kg.

O míssil ENFORCER é um sistema de armas leves guiadas de nova geração, pesando cerca de 7kg e fornecendo a capacidade de derrotar uma ampla variedade de alvos leves e ligeiramente blindados, incluindo veículos de movimento rápido e alvos protegidos.

A MBDA - propriedade conjunta da Airbus (37,5%), BAE Systems (37,5%) e Leonardo (25%) - é o único grupo de defesa europeu capaz de projetar e produzir mísseis e sistemas de mísseis que correspondem a toda a gama de necessidades operacionais atuais e futuras das três Forças Armadas (terrestre, naval e aérea). 

Atualmente fornece às Forças Armadas Brasileiras mísseis de defesa aérea de curto alcance Mistral, todas as três versões do míssil antinavio Exocet e os sistemas de defesa aérea Sea Ceptor, entre outros, no programa de fragatas classe Tamandaré. A MBDA também se orgulha de oferecer mísseis de classe mundial, como Meteor, Brimstone e ASRAAM, entre outros, para aeronaves de combate. 

Saiba mais:
- Embraer e XMobots: o salto da gigante brasileira em direção aos drones de defesa?


Taurus lança o revólver RM64, novo modelo da centenária marca Rossi


*LRCA Defense Consulting - 23/09/2023

A Taurus, maior fabricante de revólveres do mundo, segue expandindo sua linha de produtos da marca Rossi e lança o modelo RM64. O novo revólver, com cano de 4”, traz de volta características clássicas da Rossi, incorporando técnicas de fabricação modernas. 

O RM64 tem capacidade de 6 tiros nos calibres .38SPL e .357 MAG, tambor de aço e apresenta um gatilho de ação simples incrivelmente nítido em conjunto com o premiado gatilho de ação dupla da Rossi. Para permitir que o consumidor aproveite ao máximo esse sistema de gatilhos, o cano de 4” é combinado com alça de mira regulável e mira frontal removível. 

Além disso, características marcantes da Rossi, como o percussor integrado ao cão, o sistema simplificado de mecanismo e a barra de segurança completam os atributos RM64. O revólver conta também com cabo ergonômico e uma empunhadura de borracha envolvente, amortecendo a mão durante o disparo e auxiliando ainda mais na redução do recuo. 

O modelo tem armação confeccionada em aço inox e possui acabamento em Cerakote® nas cores Graphite Black e Tungstênio. 

O RM64 é ideal para porte velado, para uso no campo ou área rural, para defesa pessoal e para a prática do tiro.

O RM64 faz parte da linha de revólveres Rossi lançada pela Taurus, que retornam modernizados no ano de 2023, composta também pelos modelos RP63 e RM66. Com estas novidades, os revólveres Rossi estão de volta ao mercado em grande estilo. 

Os produtos estão em comercialização nas lojas revendedoras (https://taurusarmas.com.br/pt/como-comprar/lojistas) e no portal de vendas da Taurus (https://loja.taurusarmas.com.br/store/pt/), voltado a militares, policiais, CACs e civis que integram categorias autorizadas a adquirir estes produtos, conforme legislação vigente.

setembro 22, 2023

Ocellott e IMBEL irão desenvolver Sistemas de Comunicações com apoio do MCTI, MD e Finep

 


*LRCA Defense Consulting - 22/09/2023

A Ocellott junto ao Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), o Ministério da Defesa e a Financiadora de Estudos e Projetos (Finep) firmaram, nesta quinta-feira (21), em Brasília, parceria para a contratação de subvenção para projeto de desenvolvimento.

Em uma parceria inovadora, a Ocellott e a Indústria de Material Bélico do Brasil (IMBEL) irão iniciar o projeto “Sistemas de Comunicações Além da Linha do Horizonte Empregando Equipamentos Táticos Definidos por Software”. O objetivo do projeto é desenvolver um sistema inovador de comunicações além da linha do horizonte, totalmente nacional, robusto e redundante utilizando como base a tecnologia do equipamento tático definido por software TRC-1222 Rondon da IMBEL.

Além da Ocellott e Imbel, a cerimônia celebrou a contratação de mais 21 projetos de inovação de 24 empresas brasileiras que atuam também na área de defesa. No total, os projetos somam R$ 238 milhões em investimentos do Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (FNDCT) para fomentar a inovação na Base Industrial de Defesa.

A celebração da assinatura desse contrato é motivo de grande orgulho para a Ocellott, pelo incentivo ao desenvolvimento da comunicação a serviço da defesa do Brasil e importante para toda a Base Industrial de Defesa em fomento ao avanço e autonomia tecnológica nacional. 

TRC-1222

TRC-1222
O Rádio Transceptor Multibanda TRC-1222 é um equipamento de aplicação tática para uso por tropas do Exército, Marinha, Aeronáutica e Forças Policiais, proporcionando troca segura de dados e voz entre os elementos da rede de comunicações.

Projetado para operar em ambientes operacionais diversificados, de tal forma que, com um único equipamento, atende-se as necessidades de comunicações em vários escalões ou situações. Para ambientes de selva ou de longa distância, opera na faixa reduzida de HF (8 a 16 MHz), a qual proporciona as melhores condições para comunicações neste ambiente. Para comunicações entre pelotão e subunidade; opera na faixa de VHF tático (30 a 108 MHz). Por fim, na faixa de 117 a 148 MHz, opera em VHF terra-avião proporcionando coordenação entre a tropa em solo e aeronaves, muito utilizadas na Amazônia.

Desenvolvido em duas configurações: portátil tipo handheld, e veicular, através de acessório para instalação embarcada com amplificador de potência de até 150W em HF e 50W em VHF.

O transceptor possui ainda, recursos de transmissão e recepção de dados pela interface USB e Ethernet para conexão com dispositivos externos, transmissão e recepção de mensagens curtas (SMS), recursos de salto em frequência (TRANSEC), criptografia (COMSEC) e GPS interno.

Dois transceptores TRC-1222, operando em frequências diferentes, podem ser ligados por seus conectores auxiliares para formar uma estação retransmissora. Quando um dos transceptores recebe voz ou dados, a retransmissão ocorre de forma automática, sem necessidade de configuração por parte do operador. 

Especificações Técnicas
- Faixa de Frequência : 8 a 16 MHz; 30a 108 e MHz; e 117 a 148 MHz
- Resolução de Frequência : 10 Hz
- Configurações de Rede : 100 (10 selecionáveis com 1 toque)
- Impedância : 50 Ohms
- Largura de canal : 3 kHz -24 kHz em HF, com passo de 3kHz 25 kHz-100 kHz em VHF, com passo de 25 kHz
- Modos de Operação : Voz: FM e AM para VHF. Voz: SSB para HF;Dados e voz digital: até 8-PSK, FSK, QPSK, até 256- QAM e CPM Dados: 2400 bps em HF e até 256kbps em VHF
- Alimentação : 23 - 32 VDC (Veicular) 13 - 16 VDC (Portátil)

setembro 21, 2023

Índia planeja comprar mais 6 aviões de vigilância Netra-I, baseados no Embraer ERJ-145

Aeronave Netra-I de Alerta Antecipado e Controle Aerotransportado baseado no ERJ-145 da Embraer

*ANI - 21/09/2023

Buscando fortalecer ainda mais a vigilância ao longo das fronteiras com a China e o Paquistão, a Força Aérea Indiana está em processo de reviver o programa de aeronaves indígenas Netra-I de Alerta Antecipado e Controle Aerotransportado baseado na aeronave brasileira (ERJ-145) da Embraer.

“Duas das aeronaves de vigilância Netra AEW&C, também conhecidas como ‘olhos no céu’, já estão na Força Aérea após serem desenvolvidas pelo DRDO. Existe agora um plano para construir mais seis dessas aeronaves para as quais o trabalho de base já foi iniciado", afirmaram Oficiais da Força Aérea Indiana à ANI.

“O DRDO e nossos funcionários já começaram a procurar fontes para adquirir a aeronave Embraer ERJ-145 para modificá-la para transportar o radar após a modificação”, acrescentaram as autoridades.

A Força Aérea Indiana tem utilizado estas aeronaves de forma muito eficaz ao longo da fronteira entre a China e o Paquistão para vigiar as suas atividades ao longo da fronteira e o seu desempenho tem sido muito eficaz. Sendo uma plataforma de vigilância aérea, tem a capacidade de manter uma vigilância constante e abrangente sobre todo o campo de batalha, disseram funcionários da IAF.

A Força Aérea Indiana depende de três AWACS israelenses e dois aviões de vigilância Netra para suas necessidades de vigilância.

O programa será realizado juntamente com o projeto Netra-2 AEW&C, no qual seis aeronaves A-321 seriam modificadas para transformá-las em aeronaves de vigilância. Isso significaria que a Índia receberia cerca de mais 13 aviões AEW&C nos próximos cinco a dez anos.
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Expertise em AEW&C não falta à Embraer, especialmente em parceria com a Índia

*LRCA Defense Consulting

O EMB 145 AEW&C é um dos integrantes da família de aeronaves e sistemas de Inteligência, Vigilância e Reconhecimento (Intelligence, Surveillance and Reconnaissance - ISR) da Embraer. O jato é derivado do ERJ 145, um dos mais bem-sucedidos jatos regionais no mundo, com mais de 1.100 aeronaves entregues e mais de 19 milhões de horas de voo acumuladas.

Sua principal missão é detectar, rastrear e identificar alvos dentro da sua área de patrulhamento e transmitir essas informações para forças amigas, de modo a fornecer-lhes uma precisa e ampla visão do teatro de operações. O EMB 145 AEW&C também tem capacidade para monitorar o espaço aéreo, controlar o posicionamento de caças em missões de interceptação, inteligência de sinais e vigilância marítima, de fronteira e de Zonas Econômicas Exclusivas.

Dez aeronaves EMB 145 AEW&C já foram entregues a três forças aéreas no mundo.

Desde 2002, Força Aérea Brasileira (FAB) opera cinco delas no Sistema de Vigilância da Amazônia (SIVAM), sendo duas sob a designação de E-99 e três sob a de E-99M (modernizado). A primeira versão do E-99 detecta alvos aéreos e navais. Com a modernização (M), ele incorporou a capacidade de observar objetos em terra. O equipamento também ficou mais preciso e pode acompanhar veículos menores, como motos aquáticas, botes e helicópteros em voo pairado.

Uma outra aeronave está em serviço no México, com a Secretaría de la Defensa Nacional (SEDENA), enquanto que a Força Aérea da Grécia (Hellenic Air Force) tem quatro jatos operando junto à Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN).

Na Índia, onde a primeira aeronave chegou em 2011, as três plataformas EMB 145 AEW&C - chamados de Netra Mark-1 ou Netra AEW&C nesse país - juntaram-se à bem-sucedida família de aeronaves de vigilância da Embraer, sendo produto da colaboração entre a Embraer e a estatal indiana Organização de Desenvolvimento e Pesquisa de Defesa (DRDO). É equipada com um conjunto completo de sistemas de missão, composto por um potente radar de vigilância aérea e sistema de comando e controle, além de um conjunto completo de sistemas de apoio à missão, tais como avançados sistemas de comunicação e apoio eletrônico, link de dados, e dispositivos de autoproteção.

Os sistemas de missão foram desenvolvidos pelo Centre for Airborne Systems (CABS) do Departamento de Defesa da Índia e pela DRDO, e foram integrados com a plataforma do EMB 145, sob a coordenação do CABS. A Embraer também instalou, de acordo com os requisitos da DRDO, um sistema de reabastecimento ar-ar, uma fonte adicional de energia elétrica e uma unidade extra de refrigeração sobre a plataforma anterior do EMB 145 AEW&C.

Em 27 de fevereiro de 2019, um avião de vigilância Netra MkI atuou como posto de controle aéreo avançado e orientou caças indianos na interceptação de aviões de ataque do Paquistão na conflituosa região da Caxemira. O encontro resultou num feroz embate aéreo, resultando na queda de um F-16 paquistanês e um MiG-21 indiano.

Leia mais:
- Índia poderá adquirir mais seis Embraer 145 para transformá-los em aeronaves de alerta antecipado

Embraer lança o KC-390 para os EUA: valor e versatilidade

 


*Flight Global, por Ryan Finnert - 20/09/2023

Buscando expandir o recente sucesso de vendas de defesa na Europa, a brasileira Embraer está de olho nos EUA.

A empresa está particularmente interessada nas perspectivas para o seu KC-390 Millennium, que continua a acumular novas encomendas. O jato multifuncional foi projetado para funcionar como um tanque de reabastecimento aéreo e transporte de carga, sem quaisquer modificações pós-fábrica.

A versatilidade do C-390 – e os baixos custos de manutenção – garantiram contratos da Embraer de Portugal, Hungria e da força aérea da empresa no Brasil, além da seleção pela Holanda.

Em 20 de setembro, a Áustria se juntou a essa lista quando a ministra da Defesa, Klaudia Tanner, anunciou que Viena compraria quatro C-390 para substituir uma frota atual de três turboélices Lockheed Martin C-130K.

"Acho que tivemos muito sucesso com as diferentes plataformas de defesa ao redor do mundo", diz Frederico Lemos, novo diretor comercial da Embraer Defesa e Segurança.

Lemos conversou com a FlightGlobal em 12 de setembro, na conferência anual Air Space Cyber (ASC) perto de Washington DC.

Ele atribui as recentes vitórias na defesa da Embraer – que é mais conhecida por produzir jatos regionais e executivos – ao foco da empresa em alto desempenho a um bom custo-benefício.

"Eles entregam bem, atendem a requisitos complexos das melhores forças aéreas e [têm] os menores custos de ciclo de vida", diz Lemos sobre as ofertas militares da Embraer.

Versatilidade
A Embraer está divulgando a versatilidade como principal vantagem do KC-390. Além da carga útil de até 26.000 kg (57.300 lb), o tipo também é capaz de reabastecimento em voo usando o sistema de sonda e drogue, com uma lança também planejada

Os números corroboram suas afirmações. O C-390 movido a jato supera seu principal concorrente – o mais recente C-130J-30 Super Hercules da Lockheed – em várias métricas importantes.

O bimotor Millennium possui uma carga útil maior, velocidade de cruzeiro mais rápida e tem um teto de serviço um pouco mais alto. O turboélice C-130 de quatro motores oferece maior alcance, embora transporte uma carga pesando aproximadamente 4.540 kg (10.000 lb) a menos.

O C-130 pode pousar em pistas um pouco mais curtas, mas os turbofans V2500 da International Aero Engines do C-390 permitem que o Millennium decole em uma distância menor, usando uma envergadura menor.

Preço
Lemos acredita que a estratégia de capacidade a preço acessível também terá resultados nos EUA, onde o Pentágono optou quase universalmente pelas gigantes domésticas Boeing e Lockheed para abastecer sua frota de aeronaves de apoio de asa fixa.

"Acreditamos que esses pilares de valor também serão importantes para os EUA", observa Lemos.

Impulso em direção aos EUA
O impulso para a América do Norte não é novo. A Embraer anunciou em 2018 uma joint venture com a Boeing para comercializar o C-390 globalmente.

Na ASC 2022, a aeronave lançou uma parceria com a L3Harris para desenvolver o tipo Millennium em um chamado "Agile Tanker" – um aceno ao foco recente dentro da Força Aérea dos EUA (USAF) em voar operações distribuídas de muitas pistas menores e austeras, em vez de alguns hubs altamente desenvolvidos.

Na época, o presidente-executivo da L3Harris, Christopher Kubasik, chamou o KC-390 de "solução econômica e rápida para o campo" para o conceito de emprego de combate ágil (ACE) da USAF.

Os dois motores turbofan V2500 do C-390 oferecem a capacidade de decolar com uma pista mais curta e carga útil mais pesada quando comparados aos concorrentes

Embora a Embraer não destrone a Lockheed ou a Boeing em termos de participação de mercado tão cedo, os segmentos de transporte e aviões-tanque estão maduros para a disrupção.

O C-130 da Lockheed sozinho representa 20% da frota global de transporte militar, de acordo com dados de frotas da Cirium, com a variante KC-130J representando 23% dos reabastecedores aéreos em todo o mundo.

A Boeing domina o mercado global de petroleiros, com o KC-135 representando 49% das aeronaves em operação atualmente. O número ultrapassa os 65% quando os outros tipos da empresa são adicionados, incluindo o KC-46 e o KC-10.

A Embraer quer um pedaço desses mercados e acha que o KC-390 é a aeronave certa para isso.

"Vemos muito potencial vindo do valor que a plataforma traz", diz Lemos.

A seleção austríaca do C-390 confirma isso. Ao anunciar a escolha de Viena, Tanner observou: "A aeronave da Embraer é a única na classe [carga útil] de 20 toneladas que atende a todos os nossos requisitos".

Nos EUA, a Embraer está comercializando o KC-390 para operações especiais, reabastecimento aéreo e conjuntos de missões de transporte de carga em todos os serviços das forças armadas norte-americanas.

"Não há nada nesse segmento que seja comparável ao C-390", argumenta Lemos.

Sob a parceria com a L3Harris, a Embraer desenvolveu uma capacidade de sonda e lança para reabastecimento aéreo no KC-390 – um aceno aos diferentes requisitos da USAF e da Marinha dos EUA.

Lemos também destaca a capacidade do bimotor Millennium de decolar e pousar em pistas curtas e não melhoradas – um atributo que, segundo a Embraer, atrairá a estratégia ACE da Força Aérea.

"Esta é uma plataforma mais versátil do que os atuais meios aéreos estratégicos", argumenta.

Embraer conclui montagem final do KC-390 na unidade de Gavião Peixoto, em São Paulo

Oportunidade
Até o momento, não houve discussão aberta sobre uma aquisição do KC-390 pelo Pentágono, mas Lemos diz que a Embraer está fornecendo informações a todos os potenciais clientes dos EUA.

O chefe de aquisições do Comando de Operações Especiais dos EUA indicou em maio que as tropas de elite dos EUA estão atualmente focadas no desenvolvimento de uma nova aeronave de elevação vertical de alta velocidade e na modificação de um C-130 para operações marítimas, em vez de adquirir um novo petroleiro tático.

A USAF está no meio de um pivô significativo em sua estratégia de reabastecimento aéreo, acelerando o desenvolvimento de um petroleiro furtivo de próxima geração enquanto considera uma compra adicional do KC-46 da Boeing contra uma nova oferta da Lockheed e Airbus; o LMXT baseado em A330.

A Embraer não vê nada além de oportunidade, segundo Lemos.

"Estamos realmente colocando recursos e esforços, pensando em como vamos lidar com o mercado americano", diz ele.

Confiabilidade
A confiabilidade do KC-390 é um dos principais pontos de discussão da Embraer ao lançar o bronze do Pentágono. Lemos observa que a disponibilidade de aeronaves tem sido o "principal fator de decisão" para os clientes europeus da Embraer.

O atual operador do C-390 no Brasil registrou uma taxa de prontidão da aeronave de 80% e uma taxa de conclusão de missão de 99,7% durante o período após a capacidade operacional inicial, de acordo com a Embraer.

Lemos chama essas figuras de "invisíveis" em outra plataforma militar.
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Saiba mais:

- Equipe L3Harris/Embraer se prepara para demonstração do KC-390 Agile Tanker para a USAF

- Novas capacidades no KC-390 Millenium podem levá-lo à OTAN e à USAF

- Jogada de mestre da Embraer leva o KC-390 para mais próximo da USAF

- Embraer prepara seus dois maiores saltos na área de Defesa

Carabina T9 MLOK: a próxima novidade da Taurus em 9mm e canos de 5,5 e 8 polegadas

Carabina Taurus T9 com cano de 8" (imagem meramente ilustrativa)

*LRCA Defense Consulting - 20/09/2023

Ainda neste semestre a Taurus agregará mais uma importante arma tática ao seu consistente portfólio: a carabina T9 MLOK em calibre 9x19m, uma arma de design moderno no padrão AR-15 e fabricada em polímero que estará disponível em duas versões de tamanho de cano, uma com 5,5 e outra com 8 polegadas. 

Com capacidade de 32 tiros, a novidade chegará para se apresentar como uma alternativa de peso para os mercados policiais e militares brasileiro e internacional.

A versão de 5,5" pesa apenas 2,292kg (sem carregador) e 2,419kg (com carregador), enquanto que a de 8" tem peso de 2,582kg (sem carregador) e 2,714kg (com carregador).

A T9 possui coronha retrátil, miras rebatíveis e removíveis flip-up e é totalmente ambidestra (retém do ferrolho, retém do carregador, seletor de tiro e alavanca de manejo). 

Estará disponível também nas versões "automática/semiautomática", para forças militares (e policiais, em alguns casos), e "semiautomática" para a maioria das forças policiais e de segurança, além de CACs e outros segmentos autorizados a realizar a aquisição.

As demais características são:
- Comprimento total: 655mm com coronha retraída e 735mm com coronha estendida (versão com cano de 8");
- Altura total: 228mm com carregador (versão com cano de 8");
- Largura: 67mm (versão com cano de 8");
- Guarda-mão padrão MLOK para acoplamento de acessórios e trilho Picatinny;
- Material superior e inferior: alumínio 7075 anodizado duro;
- Acoplamento padrão para trilhos “Picatinny” (MIL STD 1913);
- Ação: blowback / percussor flutuante;
- Acabamento: preto fosco.

Carabina ou fuzil?
A palavra “carabina” tem origem na palavra francesa “carabinier”, que significa "carabineiro" ou, por extensão, “fuzileiro”. O primeiro uso da palavra carabineiro foi para descrever a Batalha de Neerwinden, em 1693. Nessa época, os soldados usavam mosquetes mais longos. No entanto, estes eram mais difíceis de usar a cavalo. Como resultado, foi criado um rifle mais curto e leve. Os avanços na tecnologia permitiram que essas armas mais curtas se tornassem mais precisas ao longo do tempo. Hoje, os militares americanos usam carabinas, como a M4, para combate aproximado.

Carabinas com calibre de pistola são uma subcategoria desse tipo de arma, caracterizando-se por serem leves, semiautomáticas (via de regra) e possuírem câmara para cartuchos de pistola. Os especialistas acreditam que tais armas se originaram no Velho Oeste americano, onde cowboys e homens da lei muitas vezes carregavam um rifle leve e um revólver que usava o mesmo calibre de munição, o que era mais eficiente e mais prático.

Hoje, em termos internacionais e para fins militares, carabinas e fuzis são armas semelhantes (via de regra), diferindo apenas no tamanho do cano. Sendo este menor que 16 polegadas, é chamada de carabina e, acima disso, de fuzil (também, via de regra). Só que, para este fim, ambas dispõem de seletor para regime de tiro semiautomático e automático. Um exemplo são as CQB Carbines (carabinas para combate aproximado), que são objeto da megalicitação em que a Taurus está concorrendo na Índia com seu fuzil T4 5,56mm, para fornecer até 425.000 unidades às Forças Armadas desse país.

Entretanto, no Brasil, por uma questão apenas tradicional, o termo "carabina" passou a se referir a armas longas, via de regra nos calibres 9mm ou .40, com regime de tiro apenas semiautomático (intermitente, ou por ação do gatilho). Já as armas longas que possuem seletor para semiautomático e automático (rajadas) passaram a ser designadas como "fuzil".

Nos EUA,  as carabinas com calibre de pistola são chamadas de PCC (pistol caliber carbine), podendo ser encontradas nos calibres 9mm, .40 S&W, .45 ACP, 10mm, .357 Magnum/.38 Special, .45 Colt, .44 Magnum e outros. Via de regra, são semiautomáticas.

Defesa pessoal/patrimonial e tiro esportivo
Sem dúvida, é uma grande conveniência ter carabinas e pistolas disparando a mesma munição. Além disso, para prática de tiro, a munição 9mm é bem mais barata que a de um fuzil de calibre mais potente.

Quando comparada a uma pistola, uma carabina proporcionará um aumento significativo na precisão e no alcance, especialmente em situações de alto estresse. Ter um raio de visão maior próximo ao olho também faz uma grande diferença. Além disso, a maioria dos usuários comuns encontrará uma precisão muito superior com uma carabina escorada no ombro do que com uma pistola ou revólver.

Se comparada a uma arma mais longa (um fuzil de assalto, por exemplo), em cenários de defesa em ambientes internos que exijam manobrabilidade em áreas apertadas, como ao redor de portas, corredores e escadarias, bem como em densos terrenos externos, a carabina é mais curta, mais flexível e mantém um ótimo poder fogo, além de também ser precisa, mais controlável e ter um recuo muito menor.

Embora o som de um disparo 9mm não seja agradável, não será tão ensurdecedor quanto atirar com um fuzil ou espingarda de alta potência em ambientes fechados. O flash menor também permite uma maior concentração no ambiente ou no alvo. Além disso, a carabina têm muito mais espaço em trilho do que as pistolas, possibilitando montar lanternas, lasers, punhos dianteiros e outros acessórios, o que pode melhorar significativamente a eficácia do tiro.

Para a prática de tiro esportivo, a carabina é uma das opções mais confortáveis, devido ao baixo peso, ao menor recuo e ao maior controle do atirador sobre a arma, além da economia no custo da munição, sendo uma arma excelentes para iniciantes. Nos EUA, as competições específicas de carabinas têm crescido muito nos últimos anos, estando abertas a competidores de quase todos os níveis de habilidade e bolso, haja vista que para entrar no esporte não é preciso gastar milhares em armas, óticas, equipamentos e munições.

Forças de segurança e policiais
A carabina T9 em calibre 9mm pode vir a ser a opção mais acertada para as forças de segurança (polícias, escolta, etc.), haja vista que estas têm o uso primordial da arma em engajamentos à curta distância nos meios urbanos e rurais, não necessitando da potência, do alcance, do poder de parada e da excessiva penetração de munições como a do calibre 5,56 ou superior. Além disso, é mais prática e mais leve para o transporte em viaturas, por exemplo.

Law Enforcement
Nos Estados Unidos, a carabina de 9 mm está substituindo rapidamente a espingarda calibre 12 em muitas áreas da aplicação da lei, porque contém mais munição, acerta com mais facilidade e tem recuo insignificante.

Assim, a carabina Taurus T9 virá agregar mais uma tecnológica e moderna opção ao portfólio de armas táticas da empresa, juntando-se às pistolas TS9 e GX4 e aos fuzis T4 e T10 para disputar as licitações do cobiçado mercado de Law Enforcement dos EUA, onde a Taurus pretende estar em breve.

Forças militares
Para as forças militares, a carabina T9 em calibre 9mm é ideal para uso por unidades de operações especiais e por outras tropas (ou elementos de tropas) que tenham necessidades semelhantes às das forças de segurança e policiais. Devido ao seu cano mais curto, pequeno tamanho e baixo peso, pode ser utilizada também por tripulações de aviões, de navios e de blindados como uma arma de defesa pessoal ou de pequenos grupos, mas com muito maior capacidade e precisão que a tradicional pistola.


setembro 20, 2023

Depois da Áustria, República Tcheca pode ser o próximo destino do Embraer C-390 Millennium


*LRCA Defense Consulting - 21/09/2023

Kateřina Urbanová, Editora-Chefe e articulista do ACE (Aerospace Central Europe), um portal dedicado a publicar notícias do setor aeroespacial e de aviação para a Europa Central, postou hoje (20) no seu perfil no LinkedIn:

"Cuidado, Europa! O C-390 Millennium está pousando à esquerda e à direita! Emocionada ao ver a Austria estender o tapete vermelho para a estrela brilhante da Embraer. Como editora independente da ACE (Aerospace Central Europe), tenho acompanhado de perto o voo desse pássaro. E, como uma tcheca e através, não posso deixar de piscar o olho e dizer - Ei, República Tcheca, talvez devêssemos fazer uma festa para o C-390 em breve?"

Enquanto isso, o próprio ACE publicou na mesma mídia social:

"Parabéns ao salto visionário da Áustria para o futuro da mobilidade aérea tática com o C-390 Millennium. A Embraer continua a redefinir as fronteiras aeroespaciais e, hoje, a Áustria levanta voo nessas asas de mudança. Juntando-se a uma frota de elite, a Áustria não está apenas escolhendo uma aeronave; eles estão escolhendo o futuro. Parabéns à Embraer pelo pioneirismo nesta maravilha aeroespacial!"

Os dois comentários dizem respeito à matéria publicada pelo ACE hoje: "Austria Chooses Excellence: C-390 Millennium to Serve its Skies" (Áustria escolhe a excelência: C-390 Millennium para servir aos seus céus), que está em https://bit.ly/3PpgjFi

Saiba mais:
- “Muito em breve teremos novos anúncios de grandes vendas” do KC-390, diz comandante da FAB

- Embraer C-390 Millennium é o favorito na República Checa  

- República Tcheca mais próxima de adquirir o Embraer C-390 Millenium?



Confirmado: Ministério da Defesa da Áustria seleciona o C-390 Millennium como sua nova aeronave de transporte militar


*LRCA Defense Consulting - 20/09/2023

Conforme a LRCA Defense Consulting vinha adiantando desde 28/08, a Embraer divulgou nesta manhã, o Ministério da Defesa da Áustria anunciou hoje a decisão de selecionar a aeronave C-390 Millennium como sua nova solução de transporte tático. A escolha para apoiar esta importante Força Aérea na Europa destaca a Embraer e reconhece o seu alto padrão de tecnologia, inovação e eficiência.

A Áustria junta-se a Brasil, Portugal, Hungria e Holanda como futuro operador da plataforma multimissão C-390 Millennium, aeronave que está rapidamente redefinindo os padrões de transporte tático no mercado mundial de defesa.

A Embraer se manifestou pronta para apoiar o Ministério da Defesa e a Força Aérea da Áustria de modo a atender aos exigentes requisitos de seu processo de aquisição, bem como se sente preparada para estreitar ainda mais o relacionamento com esta nação.

setembro 19, 2023

Áustria já teria escolhido o C-390 da Embraer para substituir seus Hercules


*Kronen Zeitung - 20/09/2023

Como o “Kronem” apurou, o sucessor da completamente desatualizada frota de transporte “Hercules” do Exército Federal está para ser determinado: a escolha já teria recaído sobre o C-390 do fabricante brasileiro Embraer. Pela primeira vez em sua história, o Exército Federal terá “aeronaves de linha” militares modernas para tarefas de abastecimento, mas também missões mais específicas, como evacuações e combate a incêndios.

O zumbido característico e profundo das quatro hélices “Hércules” será cada vez menos ouvido em Linz-Hörsching nos próximos seis anos. A partir de 2026, isso provavelmente será substituído pelo apito agudo de dois motores turbofan, que no futuro alimentarão até cinco novos jatos de transporte C-390 para as Forças Armadas Austríacas.

Negociações com a fabricante Embraer
A escolha do sucessor da envelhecida frota “Hercules” do Exército parece estar decidida: conforme noticiado, em conjunto com a Holanda, serão feitas negociações com a fabricante brasileira Embraer para a compra dos novos jatos. Porque o momento é bom: como os holandeses já estão na fase final das negociações contratuais e nós ainda nem começamos, a Áustria irá agora avançar no acordo.

De acordo com informações do “Krone”, os holandeses estariam dispostos a encomendar mais do que os cinco C-390 planejados – e depois vender estas máquinas “excedentes” à Áustria. Ainda não foram fornecidos números concretos sobre o número de unidades para a Áustria; quatro a cinco cópias são mencionadas no plano de desenvolvimento para 2032.

Nenhuma aeronave diretamente do fabricante
O pano de fundo para isso: desde o desastre do Eurofighter, repleto de corrupção, no início dos anos 2000, a República tem evitado a todo custo comprar aeronaves militares diretamente de seus fabricantes. A Ministra Klaudia Tanner (ÖVP) prefere continuar a sua maratona de compras - numerosas compras estão atualmente a ser iniciadas - com os estados aliados. E compra os jatos, que às vezes custam bilhões, de governo para governo. Mas tem que haver oportunidade, o momento tem que ser certo. Como agora com os holandeses.

1.) Por que as forças armadas precisam de aeronaves de transporte?
O Exército Federal está atualmente usando seus três antigos “Hercules” C-130K principalmente para transportar e fornecer soldados no exterior. A qualquer momento, quase 800 soldados da Bundeswehr são destacados para outros países. Estes devem ser regularmente movimentados, abastecidos e, em caso de emergência, evacuados, por exemplo, em caso de crise ou emergência médica.

2.) O que o novo avião pode fazer?
O C-390 brasileiro difere fundamentalmente de seu antecessor, o “Hercules” dos EUA.

Ao contrário do “Hércules”, possui motores a jato e não possui mais hélices. Isso significa que ele voa mais rápido, mais alto e mais longe que o “Hercules”.

O C-390 foi completamente remodelado em 2010, a fim de compensar explicitamente as deficiências do conhecido “Hércules” - o seu design remonta à década de 1950 - e explorá-las no mercado mundial.

Muitas peças do C-390 são conhecidas do setor civil – o que facilita a manutenção. Os motores, por exemplo, são 90% idênticos aos motores de um Airbus 320.

Cerca de 10 empresas austríacas são utilizadas como fornecedoras, a maior das quais é o fabricante de peças de aeronaves FACC de Ried im Innkreis.

Um ponto de crítica dos concorrentes é que a aeronave é muito nova e ainda não “testada”, como o “Hércules” de 70 anos. Na Europa, Portugal e a Hungria já o utilizam, seguindo-se a Holanda, a República Checa e a Áustria.

3.) Quais tarefas ainda precisam ser concluídas?
Além das “operações de voo regular” para os numerosos contingentes estrangeiros do Exército Federal, a aeronave pode assumir outras missões. Também inclui:
- Lançamento de paraquedistas
- Combate a incêndios florestais
- Lançamento de suprimentos do ar
- Missões de reconhecimento aéreo/resgate (“busca e salvamento”)
- Reabastecimentos aéreos

4.) Como o jato voa?
Provavelmente como um avião comercial. O cockpit (veja acima) dificilmente pode ser distinguido de uma aeronave civil moderna; é controlado por um sidestick, um joystick na borda do cockpit. Todos os parâmetros de voo são projetados em um head-up display, um painel de vidro diante dos olhos dos pilotos. Ao mesmo tempo, grandes displays multifuncionais coloridos mostram a atitude de voo, dados de navegação, dados do motor e assim por diante. A cabine inclui um piloto e um copiloto (o C-130K é atualmente controlado por três pessoas na cabine), e um chamado “loadmaster” também voa no porão.

Dados e fatos
Velocidade máxima de cruzeiro: 470 nós / Mach 0,80
Voo de cruzeiro de longa distância: Mach 0,71 a 10 km de altitude
Carga útil máxima: 26 toneladas
Altitude máxima de voo: 36.000 pés, aproximadamente 12 km acima do nível do mar
Alcance: 5.000 quilômetros com carga útil de 14 toneladas / 2.700 quilômetros com carga útil de 23 toneladas

5.) Quando os aviões devem chegar?
Os atuais C-130K “Hercules” devem ser desativados no máximo em seis anos; sua estrutura atingiu o fim de sua vida útil. Eles também não podem ser revendidos. Nos próximos seis anos, toda a frota, incluindo pilotos, pessoal de manutenção e instrutores de voo, terá de ser convertida. O primeiro C-390 poderá pousar na Áustria a partir de 2026, seguido pela chegada de mais aeronaves.  


Embraer e FlightSafety anunciam novos simuladores de voo do Praetor na Europa e nos EUA


*LRCA Defense Consulting - 19/09/2023

A Embraer e a FlightSafety International anunciaram hoje a inauguração de um novo simulador de voo do Praetor em Orlando, na Flórida. O simulador já está aprovado pela Administração Federal de Aviação dos Estados Unidos (FAA, na sigla em inglês). A capacitação inicial estará disponível para os clientes neste mês e o treinamento recorrente está programado para começar em outubro. As companhias também anunciaram o lançamento do quarto simulador para o Praetor, que terá como base a Europa, em localização a ser definida. O início da operação está previsto para o final de 2024. 

 “Oferecer mais capacidade de treinamento é importante para apoiar nossos clientes. Estes dois novos simuladores de voo nos aproximam ainda mais de pilotos e operadores do Praetor nos Estados Unidos e na Europa. Com os novos simuladores, temos a oportunidade de compartilhar os últimos updates tecnológicos e um suporte de excelência aos nossos clientes”, afirma Carlos Naufel, Presidente & CEO da Embraer Serviços & Suporte. 

 “A FlightSafety está comprometida em atender à crescente demanda por treinamento do Embraer Praetor", afirma Nate Speiser, Vice-Presidente de Vendas e Marketing da FlightSafety.  "Como parceiro de treinamento da Embraer, estamos satisfeitos em anunciar simuladores em duas regiões, para apoiar a demanda mundial de treinamento para esta frota em rápido crescimento”. 

Sobre os Jatos Praetor
O Praetor 500 e o Praetor 600, ambos tendo sido homologados pela FAA, EASA e ANAC menos de um ano depois de terem sido anunciados na NBAA-BACE 2018, são os jatos executivos tecnologicamente mais avançados de suas categorias. O Praetor 500 ultrapassou as metas de certificação, obtendo um alcance intercontinental de 3.340 milhas náuticas (6.186 km) com quatro passageiros e reservas NBAA IFR. O Praetor 500 é o jato médio de maior alcance – e mais veloz, capaz de voos sem paradas entre o extremo sudeste e extremo noroeste da América do Norte, a exemplo de Miami a Seattle ou de Los Angeles a Nova York. Seu irmão, o Praetor 600, é o jato supermédio de maior alcance do mundo, capaz de voos sem paradas entre Paris e Nova York ou de São Paulo a Miami. Com quatro passageiros a bordo e reservas NBAA IFR, o Praetor 600 tem alcance intercontinental de 4.018 milhas náuticas (7.441 km). 

O Embraer DNA Design eloquentemente explora cada dimensão da cabine de passageiros dos jatos Praetor, que têm altura de 1,83m, piso plano, granito e manutenção do lavabo a vácuo, na mesma aeronave. Os recursos exclusivos, como a tecnologia de redução de turbulência e a mais baixa altitude de cabine com 5.800 pés (1.768 m), numa cabine muito silenciosa, têm elevado os padrões de experiência do cliente em ambas as categorias de jatos médios e supermédios. O maior compartimento de bagagem nas duas categorias é complementado por um generoso armário dentro de um lavabo traseiro privativo completo. 

A tecnologia avançada na cabine de passageiros é outra característica do Embraer DNA Design, começando pelo Upper Tech Panel, um painel que exibe informações de voo e oferece recursos de gerenciamento de cabine também disponíveis em dispositivos pessoais por meio da tecnologia Honeywell Ovation Select. Conectividade de alta capacidade e de alta velocidade para todos a bordo estão disponíveis por meio de banda Ka da Viasat, com velocidades de até 20 Mbps e capacidade para streaming de vídeo, outro recurso exclusivo em jatos médios na indústria.

setembro 18, 2023

Educação Continuada Taurus: 2ª turma de colaboradores inicia MBE em “Indústria 4.0 & Transformação Digital”

*LRCA Defense Consultingt - 18/09/2023

Teve início nesta sexta-feira (15.set.2023) as aulas da 2ª turma do MBE (Master of Business Economics) em “Indústria 4.0 & Transformação Digital”, na Universidade do Vale do Rio dos Sinos (Unisinos). A qualificação faz parte do programa de Educação Continuada Taurus, voltado à capacitação dos profissionais que atuam na empresa, simulando, em sala de aula, demandas reais. 

Esta 2ª turma conta com 15 alunos colaboradores da Taurus que, durante o curso, desenvolverão projetos de melhoria contínua em produtos e processos, sob supervisão dos gestores. 

O objetivo é preparar os profissionais para que possam compreender as potencialidades e aplicações das tecnologias e seus impactos, e conduzirem os processos de transformação digital dentro da empresa. O MBE fornece as competências necessárias para o desenvolvimento de projetos e posicionamento de forma proativa diante das atuais demandas exigidas pelo mercado.

No primeiro dia de aula, o Gerente Geral Industrial da Taurus, Jayme Peixoto, deu as boas-vindas aos alunos na sala de aula e entregou brindes, entre eles copos térmicos de café personalizados.

 “Nos últimos anos foram investidos mais de R$ 500 milhões em novos maquinários, equipamentos, sistemas, processos de produção automatizados, desenvolvimento de células robotizadas, para modernização do parque fabril da Taurus em direção à indústria 4.0. Ao mesmo tempo, investimos muito nas pessoas, que é essencial e tão importante quanto investir em máquinas de última geração. Todos esses equipamentos, afinal, serão operados por esses profissionais que precisam ser capacitados constantemente. Estamos muito satisfeitos com o resultado do programa de Educação Continuada Taurus, que incentiva os colaboradores a se qualificarem de diversas formas, em cursos de graduação, mestrado, MBE, doutorado, do projeto Trilhar, entre outros”, afirma Salesio Nuhs, CEO Global da Taurus.

Capacitação e desenvolvimento das pessoas
A Taurus é uma Empresa Estratégica de Defesa e integrante da Base Industrial de Defesa (BID) brasileira, com 83 anos de história. Sediada em São Leopoldo, no Rio Grande do Sul, e com mais duas unidades produtivas, uma em Bainbridge, na Geórgia (EUA), e outra no estado de Haryana, na Índia, possui um completo portfólio de produtos composto por revólveres, pistolas, armas táticas e armas longas esportivas, atendendo aos mercados civil, militar e policial no Brasil e em mais de 100 países.

É a líder mundial na fabricação de revólveres e uma das maiores produtoras de pistolas do mundo, além de ser a maior vendedora de armas leves no mundo e a marca mais importada no exigente e competitivo mercado dos Estados Unidos. Já recebeu dezenas de prêmios em reconhecimento pelo seu elevado padrão de qualidade e inovação, como o "Handgun of the Year", considerada a premiação mais importante da indústria de armas dos Estados Unidos. 

A empresa investe constantemente em pesquisa e desenvolvimento, possui parcerias com renomadas instituições de ensino e conta com um Centro Integrado de Tecnologia e Engenharia Brasil/Estados Unidos (CITE) que, atualmente, conta com mais de 200 engenheiros voltados à pesquisa e ao desenvolvimento de novos produtos, tecnologias e processos. 

O MBE em “Industria 4.0 & Transformação Digital” é uma das diversas iniciativas do programa de Educação Continuada Taurus que visam ampliar as oportunidades de aprendizado e crescimento dos colaboradores da empresa. 

O programa inclui ainda uma plataforma de treinamento para qualificação profissional de toda sua operação, além de incentivos aos colaboradores para se qualificarem nos cursos de graduação, mestrado e doutorado em renomadas instituições de ensino.


A Taurus também inaugurou o Espaço Trilhar, outro importante marco, que tem o objetivo de criar um ambiente propício ao crescimento profissional dos colaboradores e atender às necessidades de capacitação, de modo a aprimorar as suas habilidades. O espaço, localizado na sede da empresa, em São Leopoldo (RS), é equipado com computadores que possibilitam o acesso à plataforma da Federação das Indústrias do Estado do Rio Grande do Sul (FIERGS), onde constam os cursos online do SENAI, ampliando ainda mais as oportunidades de aprendizado e buscando alinhar as competências dos profissionais com as demandas das atividades desempenhadas na empresa. 

A companhia também promove a inclusão de pessoas com deficiência no ambiente de trabalho, por meio do projeto Taurus do Bem, possibilitando o desenvolvimento pessoal e profissional por meio de capacitações técnicas. A primeira turma se formou em dezembro de 2022, com 11 alunos, sendo três deles efetivados pela empresa. Em maio de 2023, 13 alunos iniciaram na 2ª turma do projeto, que está em andamento. 

Além disso, a Taurus promoveu cursos em Língua Brasileira de Sinais (Libras), ministrados pelo SENAI, com mais de 60 colaboradores, como forma de facilitar a comunicação e promover a inclusão de pessoas surdas. E já prevê para este semestre o Módulo II do curso de Libras, assim como uma nova turma para o Módulo I. 

A Taurus está comprometida na capacitação e desenvolvimento contínuo das pessoas e em ter um papel ativo no desenvolvimento e uso de tecnologia, construindo um ambiente de colaboração entre a equipe, a empresa e a sociedade. A companhia é pioneira na área de segurança e defesa no mundo a adotar a pauta ESG (sigla em inglês para “ambiental, social e governança corporativa”) e a divulgar um Relatório de Sustentabilidade, visando trazer impactos positivos para a sociedade, para o meio ambiente e para os negócios.

Embraer e XMobots: o salto da gigante brasileira em direção aos drones de defesa?


*LRCA Defense Consulting - 18/09/2023

Os recentes conflitos bélicos no Oriente Médio, no Azerbaijão/Armênia e, principalmente, na invasão russa à Ucrânia, estão mudando radicalmente a doutrina militar no que se refere à utilização de drones (RPAS, ARP, VANT, UAV) para missões de reconhecimento, inteligência, observação e combate, bem como às contramedidas para lhes fazer frente.

Em 2013, a Embraer anunciou a assinatura de uma joint venture com a Avibras para a produção de drones. Por ela, a Avibras entraria no capital social da Harpia Sistemas, uma empresa criada pela Embraer em 2011 em conjunto com a AEL Sistemas (uma subsidiária da israelense Elbit Systems, na qual tem uma participação de 25%), com o objetivo de desenvolver aeronaves não tripuladas no Brasil.

No entanto, em 2016, a Embraer decidiu encerrar as atividades dessa joint venture, afirmando que a decisão ocorreu tendo em vista o cenário de restrição orçamentária da época no Brasil e que a parceria foi dissolvida amigavelmente, ressalvando que “Devido ao fator estratégico do projeto para concepção de um SARP nacional, as empresas continuarão a desenvolver as tecnologias para atendimento futuro das demandas das Forças Armadas brasileiras e do mercado civil em um novo formato, podendo inclusive atuar em conjunto no futuro”.

A ex-joint venture Harpia forneceu poucos detalhes sobre o programa UAS, exceto para liberar uma imagem conceitual de um projeto de um motor e duas barras. A aeronave de média altitude e longa duração destinava-se a fornecer vigilância das remotas fronteiras ocidentais do Brasil com um link de controle além da linha de visão.

Drone conceitual da extinta Harpia Sistemas

No começo de janeiro de 2021, em entrevista à Aviation Week, Jackson Schneider, então CEO da Embraer Defesa e Segurança, referindo-se a sistemas de aeronaves não tripuladas (UAS) disse: “Acreditamos nesse mercado - temos que estar lá”, “Talvez possamos anunciar algo em 10 meses.” "Qualquer programa futuro pode evitar o foco em uma solução de plataforma única para um novo UAS e se concentrar apenas no mercado de defesa para aplicativos", disse Schneider.

“Estamos analisando uma família inteira”, afirmou Schneider. “A defesa já é um mercado onde este produto é mais do que um conceito; é requerido. E os outros mercados talvez precisem de mais tempo para confiar nessa tecnologia ”.

Na época, esse projeto poderia ser revelado ainda naquele ano e se constituiria em um programa revivido para desenvolver um grande UAS para os militares brasileiros.

Em 2020, a Embraer lançou a Eve Urban Air Mobility Solutions, Inc. (hoje Eve Holding) como uma empresa nova e independente dedicada a desenvolver o ecossistema da Mobilidade Aérea Urbana. O estrondoso sucesso da empresa após seu lançamento fez também com que a Embraer firmasse um Memorando de Entendimento (MoU) com a poderosa BAE Systems, em 2022, visando criar uma joint venture reunindo as reconhecidas competências de ambas para o potencial desenvolvimento de uma variante de defesa, que terá a Eve como fornecedora da plataforma.

A Eve Holding, Inc. anunciou, em 19/07/2022, no Farnborough Airshow, uma Carta de Intenção não vinculativa com a Embraer e a BAE Systems para explorar a potencial encomenda de até 150 veículos elétricos de decolagem e pouso vertical (eVTOL). O objetivo seria analisar a aplicação de aeronaves para o mercado de defesa e segurança.

Além da BAE Systems, a Embraer e a Eve estão associadas a diversos e importantes grupos ligados às indústrias de defesa e de aviação, como o Thales Group, um líder global em soluções tecnológicas, serviços e produtos nas áreas de defesa, aeronáutica, aeroespacial, transporte, identidade digital e mercados de segurança.

Hoje, a Eve é líder no setor, já contabilizando pedidos de 2.850 aeronaves, com backlog de cerca de US$ 8,6 bilhões.

Aeronave eVTOL da Eve Air Mobility

Investimento na XMobots
A expertise adquirida pela Embraer desde então fez com com que a empresa se voltasse novamente para o mercado de drones militares, visando uma solução mais leve e totalmente nacional, haja vista que o drone da Harpia Sistemas era um similar melhorado do Hermes 450, UAV israelense da Elbit Systems operado pela FAB desde 2011.

Assim, no dia 20 de setembro de 2022, a Embraer anunciou a assinatura de acordo de investimento para participação minoritária na XMobots, empresa localizada em São Carlos (SP), classificada como a maior companhia de drones da América Latina e fabricante do Nauru 1000C, o RPAS CAT 2 (Remotely Piloted Aircraft System) selecionado pelo Exército Brasileiro para missões ISTAR (Inteligência, Vigilância, Aquisição de Alvos e Reconhecimento), pesando 150kg.

O negócio tem, como objetivos, acelerar o futuro do mercado de drones autônomos de médio e grande porte, explorar conjuntamente novos nichos de mercado e ampliar a rede de colaboração em pesquisa de novas tecnologias que tenham sinergias com as áreas de desenvolvimento tecnológico, unidades de negócio e inovação da Embraer, bem como da Embraer-X.

A transação, realizada via fundo de investimentos cuja quotista única é a Embraer, deixa a opção aberta de aporte adicional futuro.

Anteriormente, em maio de 2022, a XMobots e a MBDA, a maior empresa de mísseis da Europa, assinaram um MoU (Memorando de Entendimento) para trabalhar em conjunto na prova de conceito para a integração do míssil ENFORCER no RPAS Nauru 1000C. Este míssil é um sistema de armas leves guiadas de nova geração, pesando cerca de 7kg e fornecendo a capacidade de derrotar uma ampla variedade de alvos leves e ligeiramente blindados, incluindo veículos de movimento rápido e alvos protegidos.

Drone Nauru 1000C

XMobots surpreende ao anunciar que irá mais que dobrar o número de funcionários
Em meados de setembro deste ano, a XMobots, atualmente com mais de 400 funcionários, realizou ampla divulgação pela mídia e em seu site anunciando que está expandindo sua equipe e abrindo mais de 540 oportunidades de emprego em São Carlos, para preenchimento ainda em 2023.

Os números chamaram atenção, principalmente porque essa é uma das maiores contratações já vista no setor de drones, não apenas na América Latina, mas também em âmbito mundial.

Do total de vagas abertas, mais de 410 estão direcionadas para o time de Pesquisa e Desenvolvimento da XMobots, ou seja, contratações de engenheiros e técnicos especializados em diversas áreas para atuação em projetos voltados ao desenvolvimento de novas tecnologias robóticas. Além das vagas de P&D, a XMobots também está recrutando talentos para os setores de Operações, Marketing e Comercial.

Com as novas contratações, a empresa deverá fechar o ano de 2023 com um quadro de quase 1.000 colaboradores.

O salto da gigante brasileira em direção aos drones de defesa?
Embora não tenha sido divulgado o valor ou o percentual da participação adquirida pela Embraer na XMobots, é lícito acreditar que tenha sido substancial, haja vista que dificilmente esta última teria condições para bancar sozinha um investimento de tal amplitude.

A ser real este cenário, é provável, então, que a XMobots passe a ser o braço da Embraer Defesa e Segurança responsável pela produção de drones militares destinados às missões de Inteligência, Vigilância, Aquisição de Alvos, Reconhecimento e Ataque, preenchendo as necessidades das Forças Armadas brasileiras, ao abrigo das diretrizes do governo, que reputa a produção de tais drones como uma das prioridades para a segurança nacional.

Por fim, considerando as parcerias estratégicas que a 3ª maior fabricante mundial de aeronaves tem com a BAE Systems, com a Thales, com a L3 Harris e com outras gigantes mundiais do Setor de Defesa, além de sua inequívoca expertise em aeronaves de todo o tipo e, no segmento de eVTOL, em conjunto com sua spin-off  Eve Air Mobility, também é bastante provável admitir que a gigante brasileira do setor aéreo possa estar com intenção de ingressar com força no cobiçado, enorme e bilionário mercado internacional desse segmento de drones.

OCP da ABIMDE emite primeira certificação de armas eletroeletrônicas de incapacitação neuromuscular


*LRCA Defense Consulting - 18/09/2023

O Organismo de Certificação de Produtos (OCP), da Associação Brasileira das Indústrias de Materiais de Defesa e Segurança (ABIMDE), emitiu a primeira certificação de armas eletroeletrônicas de incapacitação neuromuscular (AINM), com base em Norma Técnica estabelecida pelo Programa Nacional de Normalização e Certificação de Produtos de Segurança Pública - Pró-Segurança, da Secretaria Nacional de Segurança Pública (SENASP).

A AINM é utilizada para provocar a incapacitação temporária no indivíduo, sem causar danos físicos graves, ou seja, permite a imobilização da pessoa, diminuindo a letalidade durante as intervenções policiais. A aprovação nos ensaios realizados para essa certificação garante confiabilidade e segurança para o uso diário das forças policiais.

A ABIMDE é um Organismo de Certificação de Produtos (OCP) para PCE - Produtos Controlados pelo Exército e para as normas da SENASP.

Pistolas Taser

Conhecida mundialmente como "pistola Taser", devido à primeira fabricante americana (Taser International), a arma tem uma excelente similar no Brasil, a pistola Spark, homologada pelo Centro de Avaliações do Exército (CAEX) e fabricada pela Condor Tecnologias Não-Letais.

Pistola Spark Z 2.0, fabricada pela Condor

A Spark é um dispositivo elétrico incapacitante que emite pulsos elétricos que atuam sobre o sistema neuromuscular, causando desorientação, fortes contrações musculares e queda do indivíduo, permitindo a incapacitação temporária do agressor, pelo Agente da Lei.

Dispõe de comandos de acionamento ambidestro e sistema de ejeção automática do cartucho. O disparo é realizado através do acionamento do gatilho de ação progressiva, que ao ser pressionado, permite que o dispositivo emita pulsos elétricos por um período de até 5 segundos.

Sobre a Condor
A Condor Tecnologias Não-Letais se destaca no cenário internacional como líder global em Tecnologias Não Letais. É uma empresa com capital 100% brasileiro e privado, e desde 1985, desenvolve e produz equipamentos, munições não letais e pirotécnicos de alta tecnologia para emprego em sinalização e salvatagem.

Reconhecida pelo Governo Brasileiro como Empresa Estratégica de Defesa, nos últimos sete anos foi a empresa de seu segmento que mais introduziu novos produtos e a mais inovadora, principal razão pela qual aumentou sua penetração no mercado mundial de forma significativa.

São mais de 38 anos tendo a excelência e a inovação tecnológica como meta, o que garantiu sua posição de líder no ranking mundial e a confiança de órgãos de segurança pública e defesa de diversos países. A Condor está entre as principais empresas exportadoras do setor de defesa do Brasil.

Com mais de 120 produtos no portfólio, todos homologados pelo Exército Brasileiro, Marinha ou Aeronáutica, tem um moderno parque fabril localizado ao lado da reserva biológica do Tinguá, a maior reserva de Mata Atlântica do Estado do Rio de Janeiro. Esse compromisso com a qualidade e o meio ambiente lhe rendeu a certificação ISO 9001 e ISO 14001, além de parcerias com fabricantes estrangeiros para o desenvolvimento de novas tecnologias. Assim, a Condor se consolida ainda mais como referência Global no conceito “não letal” e no respeito à vida.

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