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15 maio, 2025

Omnisys assina contrato com CISCEA para modernização de radares e instala nova estação radar em Presidente Prudente

 

*LRCA Defense Consulting - 15/05/2025

A Omnisys, Empresa Estratégica de Defesa (EED) e subsidiária brasileira do Grupo Thales, anunciou, em 14 de maio, a assinatura de um contrato de modernização de nove sistemas de radar de controle de tráfego aéreo, concedido pela Comissão de Implantação do Sistema de Controle do Espaço Aéreo (CISCEA), vinculada ao Departamento de Controle do Espaço Aéreo (DECEA) da Força Aérea Brasileira. Além da entrega de mais uma nova estação radar, agora em Presidente Prudente, que representa a marca de 133 radares de Controle de Tráfego Aéreo que operaram no espaço aéreo brasileiro.

A modernização dos nove radares prevê o aprimoramento de radares com tecnologia avançada que permite a detecção em 3D de alvos de baixa e alta velocidade, além da integração entre o Modo S e o sistema ADS-B, possibilitando maior precisão na identificação de aeronaves cooperativas e não cooperativas. A atualização também contempla recursos de proteção eletrônica para atuação mesmo sob interferências eletromagnéticas, assegurando vigilância contínua e eficaz.

Essa tecnologia avançada também está instalada na recém inaugurada estação radar de Presidente Prudente, que conta com o radar Primário LP23SST-NG (em rota) e de vigilância Secundário RSM970S-NG. A inauguração dessa estação radar complementa a estratégia de manter os céus brasileiros cada vez mais seguros. Certificado pelo Ministério da Defesa como Produto Estratégico de Defesa (PED), os radares primário e secundário da nova estação radar foram instalados com capacidade futura de integração com IFF (Identificação Amigo ou Inimigo) Modo 4 NSM.

A estação de radar ampliará as capacidades de vigilância do tráfego aéreo, melhorando significativamente a segurança e a eficiência operacional no aeroporto de Presidente Prudente, o terceiro mais movimentado do interior do Estado de São Paulo, que atualmente atende cerca de 21.000 passageiros por mês, com voos operados por todas as principais companhias aéreas do Brasil.

“Essa iniciativa de modernização representa um passo estratégico na renovação da rede de radares no Brasil, assegurando maior confiabilidade operacional e alinhamento com as demandas atuais de controle do tráfego aéreo”, afirma o Tenente-Brigadeiro do Ar Maurício Augusto Silveira de Medeiros, Diretor-Geral do DECEA. O DECEA se orgulha dos significativos avanços operacionais e do nível de eficiência alcançado no sistema de controle do espaço aéreo brasileiro, reconhecido como referência mundial. A Omnisys, graças às suas soluções de ponta e compromisso com a nacionalização, é uma parceira fundamental da Força Aérea Brasileira. Valorizamos muito essa parceria e esperamos continuar colaborando para aprimorar ainda mais nossas capacidades.”

 “Com 133 radares de Controle e Gestão de Tráfego Aéreo produzidos e entregues no Brasil, a Omnisys reafirma seu compromisso de entregar o que há de melhor em tecnologia, contribuindo para a segurança do espaço aéreo brasileiro. A produção local não apenas reforça, mas destaca nossa dedicação à inovação para atender às necessidades específicas dos nossos clientes. O contrato de modernização é essencial para manter a base instalada de radares no mais alto nível tecnológico, além de garantir alta confiabilidade operacional. Estamos comprometidos com o desenvolvimento de tecnologias que enfrentem os desafios atuais e futuros, reafirmando nossa dedicação ao Brasil”, conclui Rodrigo Modugno, Presidente da Omnisys.

Sobre a Omnisys
A Omnisys, uma empresa do Grupo Thales, é uma empresa brasileira de alta tecnologia, 100% nacional, certificada pelo Ministério da Defesa como Empresa Estratégica de Defesa. Tem forte atuação nos segmentos de controle de tráfego aéreo, defesa, eletrônica para mísseis, guerra eletrônica, equipamentos para satélites, cibersegurança, aviônica e entretenimento a bordo.

Subsidiária do Grupo Thales, é referência mundial em radares de controle do espaço aéreo, produzindo equipamentos para os mercados nacional e internacional por meio de seu Centro de Excelência em Radares, e possui mais de 45 produtos estratégicos de defesa. A Omnisys segue investindo em novos produtos e serviços, tendo inaugurado seu Centro de Serviços de Aviônicos em 2021 e, em 2023, a expansão de sua linha de produção de radares holográficos para identificação de VANTs.

Sobre a Thales
A Thales é líder global em tecnologias avançadas para os setores de Defesa, Aeroespacial, Cibersegurança e Digital. Seu portfólio de produtos e serviços inovadores responde a diversos desafios globais: soberania, segurança, sustentabilidade e inclusão.

O Grupo investe mais de € 4 bilhões por ano em Pesquisa & Desenvolvimento em áreas-chave, especialmente para ambientes críticos, como Inteligência Artificial, cibersegurança, tecnologias quânticas e em nuvem.

A Thales conta com mais de 83.000 colaboradores em 68 países. Em 2024, o Grupo registrou uma receita de € 20,6 bilhões.
 

Kryptus obtém certificação ISO 20.000 e consolida sistema de gestão integrado


*LRCA Defense Consulting - 15/05/2025

A Kryptus, multinacional brasileira especializada em criptografia e cibersegurança, acaba de obter a certificação ISO 20.000, norma internacional que estabelece os requisitos para um Sistema de Gestão de Serviços (SGS). A certificação reforça o compromisso da empresa com a qualidade, eficiência, previsibilidade e conformidade na entrega de produtos e soluções.

A ISO 20.000 junta-se ao conjunto de normas já adotadas pela Kryptus, que inclui a ISO 9001 (qualidade), ISO 27.001 (segurança da informação) e ISO 27.701 (privacidade da informação), compondo um sistema de gestão integrado robusto e alinhado às melhores práticas internacionais.

“Já tínhamos muitos dos controles exigidos pela ISO 20.000 implementados, especialmente na área de TI, o que facilitou o processo. No entanto, tivemos apenas 90 dias para a certificação, e precisávamos integrar esse processo com as demais normas já vigentes, o que foi um grande desafio”, explica Igor Jardim, COO da Kryptus.

A integração entre os sistemas de gestão permitiu uma auditoria unificada, evitando múltiplas avaliações ao longo do ano e otimizando recursos. O esforço envolveu diversas áreas da empresa, com destaque para a equipe do MSS (Managed Security Services), que teve papel fundamental na adequação dos processos e na rápida adaptação às exigências da nova norma.

Com a certificação, todo o portfólio da Kryptus – incluindo serviços de SOC (Security Operations Center), Cloud HSM, cibersegurança gerenciada, entre outros – passa a ser contemplado pela ISO 20.000, garantindo padrões consistentes de qualidade e governança de ponta a ponta.

“A certificação amplia significativamente nossa competitividade em licitações públicas, parcerias com grandes empresas, especialmente em contratos que exigem conformidade com essa norma. É um diferencial importante, que reforça a confiança dos nossos clientes nos serviços oferecidos”, afirma o executivo.

O próximo passo da empresa é obter, ainda este ano, a certificação ISO 22.301, voltada à continuidade de negócios, completando a tríade estratégica que inclui as normas ISO 27.001 e ISO 20.000, fortalecendo ainda mais a base estabelecida pela ISO 9.001. “Estamos construindo um sistema de gestão de classe mundial, que traz segurança, eficiência e confiabilidade para nossos clientes em um mercado cada vez mais exigente e competitivo”, conclui Jardim.

Sobre a Kryptus

A Kryptus é uma multinacional brasileira provedora de soluções de criptografia e segurança cibernética altamente customizáveis, confiáveis e seguras para aplicações críticas, com foco na entrega de serviços de alto nível para resolução das missões de seus clientes. Fundada em Campinas (SP), em 2003, atua hoje nos setores público e privado dos mercados do Brasil, LATAM, Europa, Oriente Médio e África, sendo reconhecida pelo Ministério da Defesa do Brasil com o selo EED – Empresa Estratégica de Defesa, além de contar com selo Gartner Cool Vendor.

14 maio, 2025

Taurus vence mais uma importante licitação federal na Índia

Pistola JD Taurus TS9

*LRCA Defense Consulting - 14/05/2025

A Taurus, maior vendedora de armas leves do mundo, acaba de conquistar, por meio da JD Taurus -  joint venture com o grupo indiano Jindal Defence Systems Pvt Limited - uma importante licitação para o fornecimento de pistolas TS9 calibre 9 mm destinadas à Railway Protection Force (RPF), consolidando ainda mais sua entrada no mercado institucional neste país e demonstrando a confiança das autoridades locais na qualidade e confiabilidade dos produtos da marca.

A Railway Protection Force (RPF - Força de Proteção Ferroviária) é a polícia ferroviária da Índia, responsável pela segurança das ferrovias, composições ferroviárias, plataformas e passageiros dos trens da malha ferroviária indiana. A RPF, subordinada ao Ministério das Ferrovias, é um órgão do governo indiano que se concentra especificamente na segurança ferroviária.

Pistola JD Taurus TS9

Armamento leve
O pessoal da RPF é treinado e equipado com uma variedade de armas de fogo, incluindo pistolas, carabinas, rifles de assalto, rifles autocarregáveis ​​(SLRs) e metralhadoras leves. 

O armamento da RPF varia conforme o posto e a unidade. Segundo diretrizes internas, a distribuição de armas é a seguinte:

- Oficiais (Subinspetor Assistente e acima): pistolas 9mm.

- Cabos e Soldados: 15% recebem fuzis AK-47, 20% são equipados com fuzis INSAS e 10% utilizam fuzis SLR. O restante porta carabinas e pistolas.

Força de Proteção Especializada (RPSF):

- Cabos: 30% com AK-47, 40% com INSAS, demais com pistolas e carabinas; Soldados: 55% com INSAS, 20% com AK-47, restante com pistolas e carabinas.

Além disso, todos os motoristas treinados, independentemente do posto, são armados com pistolas 9mm. 


Efetivo

A Força de Proteção Ferroviária da Índia possui atualmente um efetivo de aproximadamente 75.000 a 80.000 agentes ativos. Esse número inclui tanto o pessoal operacional quanto o administrativo, distribuído por todo o país para garantir a segurança da extensa rede ferroviária indiana.

Nos últimos anos, a RPF tem buscado aumentar sua força de trabalho. Em 2019, por exemplo, foi realizada a maior campanha de recrutamento da história da força, com a contratação de mais de 10.500 novos agentes, incluindo subinspetores, soldados e pessoal auxiliar.

Além disso, a RPF destaca-se por ter a maior proporção de mulheres entre as forças paramilitares centrais da Índia, com cerca de 9% a 10% do efetivo composto por agentes femininas. Essas profissionais desempenham um papel essencial em iniciativas como a "Meri Saheli", que visa proteger passageiras em viagens de longa distância.

Fuzil JD Taurus T4 5,56mm sobre tecido camuflado no padrão do Exército Indiano

14 licitações e uma megalicitação
Desde que começou a operar na Índia, no início do ano passado, a JD Taurus ingressou em 14 licitações para o fornecimento de armas para as Forças Armadas, órgãos policiais e órgãos paramilitares do país. Destas, a empresa já venceu duas (esta e uma de 500 submetralhadoras T9 para o Exército), uma não teve seguimento e 11 ainda estão em curso.

Em breve, a empresa estará também concorrendo em outra licitação federal para o fornecimento de mais 2.000 submetralhadoras JD Taurus T9 para o Exército.

Isso sem contar a megalicitação de 425.000 fuzis (a maior do mundo) em que a empresa concorre com seu conceituado fuzil JD Taurus T4 e que deverá ter sua conclusão no final deste mês, provavelmente, após cerca de três anos de burocracias e testes extremamente difíceis. 

No dia 23 deste mês, o gerente do Projeto Índia, Sérgio Sgrillo Filho, está com viagem marcada para a Índia, o que pode indicar que, desta vez, o negócio será concluído. Ainda mais que a situação tensa gerada pelo conflito com o Paquistão faz com que o país tenha urgência em dotar seus soldados com um fuzil moderno produzido localmente, como o T4.

Das 15 empresas que iniciaram nesta megalicitação, somente seis passaram em todos os processos e testes, e a JD Taurus o fez com louvor. O CEO Global da Taurus, Salesio Nuhs, e CFO, Sérgio Sgrillo Filho, estão confiantes de que a empresa fique classificada em primeiro ou segundo lugar, haja vista que a arma é excelente, o preço ofertado é bastante competitivo e os dois melhores classificados poderão ser aproveitados (60% e 40%). Se ficar em 1º lugar e o 2º não bancar seu preço, leva tudo; se ficar em 2º, terá que concordar com o preço do 1º para levar os 40%.

Mesmo que não vença, a significativa importância e tamanho dos mercados militar e civil da Índia, bem como os sucessos que a empresa vem obtendo, fazem com que as perspectivas da Taurus no país sejam muito promissoras.

No caso de vitória, quer leve 40%, 60% ou 100% do negócio, o porte deste e suas consequências futuras são fatores tão importantes que podem mudar radicalmente as perspectivas mercadológicas e financeiras da Taurus na Índia e no mundo, principalmente no que diz respeito ao mercado de armas militares.

Saiba mais:
- Conflito Índia & Paquistão: consequências para a Indústria Brasileira de Defesa

AERO CONCEPTS está criando uma nova unidade com foco no Gerenciamento de Projetos Estratégicos e Defesa Nacional



*LRCA Defense Consulting - 14/05/2025

Depois de fincar raízes em Sertãozinho/SP — um dos centros tecnológicos da energia que move o país, o Etanol — e consolidar operações em São José dos Campos/SP — onde a tecnologia voa alto — agora é hora de a AERO CONCEPTS - Aeroespacial, Industrial e Defesa Ltda. dar um novo passo estratégico, firme e focado.

Em breve uma nova Unidade de Negócios do Grupo AERO CONCEPTS será criada e estabelecida com foco totalmente voltado a Projetos Estratégicos e para Defesa Nacional, direcionando seus melhores esforços para um atendimento personalizado junto ao MD (Ministério da Defesa) e MTCI (Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação), otimizando seus recursos e projetos para atendimento às Forças Armadas do Brasil: Exército, Marinha e Aeronáutica.

Assim, o planejamento da empresa prevê que, em agosto deste ano, a Unidade AERO CONCEPTS para Gerenciamento de Projetos Estratégicos e Defesa Nacional iniciará suas operações. O local ainda não foi divulgado, mas a nova unidade foi pensada para estar onde decisões são tomadas, onde relações se estreitam e onde o futuro da defesa nacional começa a ganhar forma.

Sobre a AERO CONCEPTS
A AERO CONCEPTS é uma Empresa Estratégica de Defesa (EED) que atua no mercado de projetos, consultorias e serviços em turbomáquinas aplicadas à geração de energia com plantas térmicas, projetos de sistemas de controle e de bancos de ensaios para os setores industrial e aeroespacial, além de ser fabricante e fornecedora de tecnologia de turbinas para Veículos Aéreos Não Tripulados (VANTs).

Fundada em Ribeirão Preto (SP) em 2016, a empresa tem também uma unidade instalada no Parque Tecnológico de São José dos Campos e é uma das associadas ao Cluster Aeroespacial Brasileiro,

Com a inauguração de sua unidade no Parque Tecnológico, a empresa tem o objetivo de se tornar uma das principais fabricantes nacionais de turbinas a gás para veículos aéreos não tripulados e de sistemas aeronáuticos.

A AERO CONCEPTS tem parceiros e clientes de grande porte, como a Funcate (Fundação de Ciência, Aplicações e Tecnologias Espaciais), IAE (Instituto de Aeronáutica e Espaço) e Mitsubishi Electric. Junto à Força Aérea Brasileira, é a parceira oficial para o desenvolvimento e fabricação de turbinas aplicadas a sistemas propulsivos. No campo da propulsão sólida para foguetes e propulsores, a empresa possui parceria com o grupo Klumpen trabalhando no desenvolvimento, teste e produção dos foguetes, boosters, cabeças de guerra e mísseis.

Em parceria com a Stella Tecnologia está participando do desenvolvimento de um drone de perfil militar a jato com capacidades ampliadas, podendo realizar missões a 40.000 pés de altitude (cerca de 12.000 metros).

Saiba mais:

AERO CONCEPTS inaugura o primeiro Banco de Ensaios de Compressores do Brasil – um marco para a tecnologia aeronáutica brasileira 

- Albatroz: drone militar da Stella Teconologia, com turbina 100% nacional da Aero Concepts, poderá realizar missões a 40.000 pés


 

CBC USA produzirá munição de alta qualidade em grande escala nos Estados Unidos

 


*LRCA Defense Consulting - 14/05/2025

Complementando a matéria publicada em 12 de maio por esta Consultoria, onde a CBC Global Ammunition, uma das maiores fabricantes de munições do mundo, anunciou um investimento de US$ 300 milhões para abertura de uma operação em Oklahoma, nos EUA, seguem novas informações divulgadas ontem (13) pelo Gerente Comercial Nacional da CBC, Rafael Betarello de Lima.

Os líderes estaduais anunciaram na segunda-feira em Washington, D.C., que o MidAmericaIndustrial Park em Pryor foi escolhido para abrigar o projeto.

"Estamos entusiasmados em trazer nossas novas operações de fabricação para Oklahoma", disse Fabio Mazzaro, presidente da CBC e membro do conselho da CBC Global Ammunition. "Esta instalação será uma pedra angular para o nosso crescimento futuro no mercado mais importante do mundo para munições de pequeno calibre. Com a produção interna de todos os componentes, propelentes e matérias-primas energéticas críticas, prevemos construir uma empresa líder do setor e totalmente integrada verticalmente. Acreditamos que o ambiente de negócios de apoio da região torna Oklahoma um local ideal para a CBC USA."

O governador de Oklahoma, Kevin Stitt, disse que a CBC Global Ammunition poderia ter escolhido qualquer estado para abrir uma fábrica nos Estados Unidos, mas escolheu o Sooner State por muitas razões.

“Somos o estado mais pró-militar do país e aeroespacial e de defesa é a nossa segunda maior indústria, com cerca de US$ 44 bilhões de impacto econômico em nosso estado e mais de 1320 mil empregos”, disse o governador. Stitt.

Ele disse que o anúncio de segunda-feira é apenas mais um passo para Oklahoma se tornar um centro de defesa nacional. Ele disse que o MidAmericaIndustrial Park é um ímã agora para esses tipos de desenvolvimento, com a CBC usando cerca de 400 acres.

O presidente da CBC, Fabio Mazzaro, disse que o ambiente de negócios de apoio de Oklahoma a torna um local ideal.

“No século passado, a CBC esteve na vanguarda da fabricação de munições, atendendo nações aliadas com os mais altos padrões de precisão, qualidade e confiabilidade”, disse Mazzaro. “Como um grande fornecedor das forças da OTAN hoje e um fornecedor ativo para os militares dos EUA, entendemos a responsabilidade que vem com esse papel e a abraçamos com integridade e orgulho.”

Mazzaro disse que a nova instalação é um investimento inicial de mais de US$ 300 milhões e criará mais de 300 empregos altamente qualificados para os habitantes de Oklahoma.

“É mais do que apenas números. Também representa uma capacidade estratégica. A única instalação desse tipo nos Estados Unidos que produzirá tudo internamente, desde copos de latão a balas, caixas, primers, propelente e até nitrocelulose”, disse Mazzaro.

Ele disse que esta etapa garante que os Estados Unidos mantenham acesso confiável a materiais de defesa essenciais e permitirá que a CBC produza munição de alta qualidade em grande escala. 

13 maio, 2025

Polícia Penal do MS recebe mais 700 pistolas Taurus TS9 e 20 fuzis Taurus T4

 


*Folha MS, por Erik Silva - 13/05/2025

A Polícia Penal de Mato Grosso do Sul recebeu, nesta segunda-feira (13), um novo lote de equipamentos de segurança e armamento para modernizar e ampliar sua atuação em unidades prisionais do estado.

O pacote inclui 13 viaturas Chevrolet Trailblazer com proteção balística, 700 pistolas Taurus TS9 calibre 9 mm, 20 fuzis Taurus T4 calibre 5.56, 398 coletes balísticos e dispositivos de tecnologia não letal. O investimento total foi de R$ 8,46 milhões.

Os recursos são oriundos dos Fundos Penitenciários Nacional e Estadual e seguem diretrizes da Secretaria Nacional de Políticas Penais (Senappen). A entrega oficial ocorreu no 6º Grupamento do Corpo de Bombeiros Militar, em Campo Grande.

Os veículos serão distribuídos entre as unidades penais de sete municípios: Campo Grande, Corumbá, Dois Irmãos do Buriti, Dourados, Naviraí, Ponta Porã e Três Lagoas. Segundo o secretário de Justiça e Segurança Pública, Antonio Carlos Videira, a ação vai além da renovação da frota.

“A Polícia Penal recebeu viaturas com proteção balística, que trazem mais segurança e conforto aos nossos policiais. Também foram entregues pistolas, fuzis e coletes balísticos, garantindo o exercício pleno das novas atribuições constitucionais da categoria”, afirmou.

Durante a solenidade, o governador Eduardo Riedel destacou que o reforço estrutural é uma resposta direta às demandas da categoria, que atua diariamente com mais de 23 mil custodiados no estado.

“São instrumentos e ferramentas para a continuidade do bom trabalho que o nosso efetivo exerce com profissionalismo, capacitação e qualidade. Segurança se faz com investimento, inteligência e valorização dos profissionais”, declarou.

Além do foco na Polícia Penal, o evento também marcou a entrega de 20 viaturas de última geração ao Corpo de Bombeiros Militar, voltadas ao combate de incêndios florestais no Pantanal e em áreas de floresta plantada.

De acordo com o diretor-presidente da Agepen (Agência Estadual de Administração do Sistema Penitenciário), Rodrigo Rossi Maiorchini, a entrega representa um passo importante na reestruturação dos serviços.

“Este investimento estratégico reflete o compromisso tanto do Governo Federal quanto do Estado com a modernização do sistema prisional, a valorização dos profissionais e a promoção de um ambiente institucional mais seguro para todos”, afirmou.

As novas aquisições devem reforçar as escoltas, o transporte de internos e a segurança dos servidores nas unidades prisionais, fortalecendo a capacidade de resposta da Polícia Penal em todo o estado.

Saiba mais:
- Agepen entrega 700 pistolas Taurus TS9 à Polícia Penal do MS e está adquirindo mais 1.600 unidades

 

12 maio, 2025

Conflito Índia & Paquistão: consequências para a Indústria Brasileira de Defesa

 


*LRCA Defense Consulting - 12/05/2025 (atualizado às 20h11)

O conflito armado entre Índia e Paquistão tende a trazer consequências diretas e indiretas para a Indústria de Defesa Brasileira, com ênfase nas empresas que já estão localizadas na Índia ou que nela pretendam produzir localmente, como Taurus Armas e CBC, no primeiro caso, e Embraer, no segundo.

Isto porque, em situações de ameaça à segurança nacional, os governos tendem a agilizar a aquisição de equipamentos militares para fortalecer suas forças armadas o mais rápido possível. Em um cenário de urgência por armamentos, as parcerias locais e a capacidade de produção doméstica (mesmo que parcial) são vistas como vantagens, potencialmente agilizando futuras licitações ou expansões de contratos existentes.

Neste cenário é comum que os países envolvidos priorizem a modernização e ampliação de suas forças armadas. Isso pode levar a:

- Agilização de processos burocráticos para compras de armamentos;

- Aumento do orçamento de defesa, com foco em itens de pronta entrega ou de rápida integração;

- Busca por fornecedores alternativos, especialmente se houver entraves com parceiros tradicionais.

Aquisições de Defesa da Índia
No geral, as aquisições de Defesa da Índia seguem regras rígidas de conteúdo local (Made in India - Feito na Índia e Atmanirbhar Bharat - Índia Autossuficiente). Isso significa que mesmo se houver aceleração nas compras, fornecedores estrangeiros precisarão ou produzir localmente ou transferir tecnologia substancial para parceiros indianos.

Fatores que podem influenciar a agilidade das licitações:

- Urgência e Prioridade: o nível de urgência ditado pela gravidade das tensões influenciará diretamente a velocidade dos processos burocráticos e de avaliação. A tendência é preferir fornecedores com capacidade de entrega rápida.

- Necessidades Específicas: as necessidades militares imediatas (por exemplo, armas leves, munições, aeronaves de transporte e sistemas de defesa aérea) direcionarão quais licitações serão aceleradas e quais empresas poderão se beneficiar mais rapidamente.

- Políticas de Aquisição: as políticas de aquisição de defesa, incluindo as iniciativas Make in India e Atmanirbhar Bharat, favorecem decisivamente empresas com produção local ou planos de transferência de tecnologia. As parcerias já estabelecidas pela Taurus e CBC são exemplos de alinhamentos a essas políticas.

- Considerações Geopolíticas: a Índia pode considerar a diversificação de seus fornecedores de armas para reduzir a dependência de um único país. O Brasil, como um parceiro estratégico em ascensão, pode se beneficiar desse fator.

Taurus Armas
A Taurus, por meio da joint venture JD Taurus com a indiana Jindal Defence, está participando de uma megalicitação  (a maior licitação do mundo para armas leves) para fornecer 425 mil fuzis ao Exército Indiano. O fuzil T4, desenvolvido em colaboração entre as duas empresas, passou por rigorosos testes em condições extremas, incluindo temperaturas elevadas nos Himalaias, e obteve resultados completamente positivos. A produção piloto já foi iniciada na fábrica em Hisar, Haryana, com capacidade para produzir até 1.500 armas por dia. A decisão final sobre a licitação é esperada para o primeiro semestre de 2025, com um contrato estimado entre US$ 340 milhões e US$ 380 milhões. 

Em 2024, a Submetralhadora JD Taurus T9 fez sua estreia na Índia, vencendo uma licitação para o fornecimento de 500 unidades para o Exército desse país, um marco histórico para a JD Taurus, pois foi a primeira licitação militar vencida pela empresa pouco tempo após ter iniciado sua produção.

A empresa está participando de 14 outras licitações com forças paramilitares e polícias estaduais para a pistola TS9, a submetralhadora T9 e os fuzis T4 e T10, que devem ser concluídas no 1º semestre de 2025. Em conjunto, a demanda supera 20 mil unidades. Tais licitações também  tendem a ser aceleradas com o conflito com o Paquistão. 

Com relação ao mercado civil, foram vendidas mais de 5.000 armas (pistola PT 57 SC) para o mercado civil em 2024, com a Taurus detendo cerca de 50% do mercado local, onde também busca lançar novos produtos. Atualmente, está sendo lançado um revólver em aço inoxidável, o primeiro da Índia; em junho, lançará uma pistola .380 nas versões metálica e polímero; e em setembro, lançará uma pistola .45.

A produção inicial, embora seja ainda relativamente pequena, é compensada pelos altos valores com que as armas produzidas estão sendo comercializadas, que variam de 1.200 a 1.600 dólares por unidade. A previsão de Salesio Nuhs, CEO Global da Taurus, é de que a capacidade produtiva seja dobrada nos próximos meses, possibilitando alavancar o ramp-up e as vendas.

Este mercado, apesar de ser civil, também deve apresentar uma maior demanda com o conflito em curso, haja vista que os cidadãos passam a sentir a necessidade de dispor de uma defesa própria para si, seus familiares e seus bens, a fim de fazer frente a possíveis distúrbios civis, atos de terrorismo, ocorrências de saques ou até mesmo para se sentir mais preparado com relação ao inimigo.

À semelhança do que já ocorreu em outros países em situação de conflito externo, é razoável também considerar uma possível flexibilização nas rígidas normas de posse e/ou porte de armamento pela população civil, seja pela facilitação da aquisição, seja pela permissão de uso de calibres mais potentes do que o .32.

CBC (Companhia Brasileira de Cartuchos)
A CBC estabeleceu uma joint venture com a indiana SSS Springs, formando a SSS Defense, com foco na produção de munições. A empresa já obteve as licenças necessárias e está fornecendo munições em diversos calibres, atendendo tanto ao mercado militar quanto civil indiano, além de possíveis exportações para países amigos.

Embraer
A Embraer identificou a Índia como um mercado estratégico para sua divisão de defesa, especialmente com o transporte militar C-390 Millennium, haja vista que a Índia pretende adquirir cerca de 60 aeronaves. A empresa assinou um memorando de entendimento com a Mahindra Defence Systems em 2024 e planeja abrir uma subsidiária em Nova Délhi até o segundo trimestre de 2025. A Embraer propõe não apenas a venda, mas também a montagem local, transferência de tecnologia e completo suporte logístico, alinhando-se com as iniciativas Make in India e Atmanirbhar Bharat.

A Embraer tem um portfólio diversificado que inclui aeronaves de transporte militar (o multimissão C-390) e de ataque leve (A-29 Super Tucano, que pode ser uma eficaz solução antidrone), radares e sistemas de defesa. Em um contexto de tensões elevadas, a Índia pode priorizar a aquisição de aeronaves, sistemas de alerta antecipado (AEW&C) ou outras soluções de defesa oferecidas pela empresa. O interesse demonstrado pelo Brasil em sistemas de mísseis indianos, como o BrahMos e o Akash, pode também abrir caminho para uma maior cooperação e possíveis aquisições de produtos da Embraer pela Índia, especialmente se houver uma busca por diversificação de fornecedores e tecnologias.

Conclusão
Diante do aumento das tensões regionais, esta Consultoria acredita que o agravamento das tensões com o Paquistão leve a Índia a acelerar suas aquisições de defesa. 

Empresas brasileiras como Taurus Armas, CBC e Embraer, que já estão integradas (ou em vias de) ao mercado indiano por meio de parcerias locais e transferência de tecnologia, estão bem posicionadas para se beneficiar dessa demanda crescente. 

Radar 997 ARTISAN: marco relevante para a Marinha que abre o potencial de incorporação de uma inovação

 


*Capitão de Mar e Guerra (Veterano) Fernando Luís de Carvalho Viana - 12/05/2025

A incorporação do radar 997 ARTISAN, instalado no Navio-Aeródromo Multipropósito (NAM) Atlântico, foi um marco relevante para a Marinha do Brasil (MB), por se tratar de equipamento no estado da arte, capaz de prover vigilância de superfície e aérea, bem como realizar gestão de tráfego aéreo de aeronaves de asa fixa e de asa rotativa. Tal evento ganha mais relevância ao lembrarmos que se trata do mesmo radar selecionado para as Fragatas classe Tamandaré (FCT).

Fazendo parte do sistema de combate das FCT, o ARTISAN é capaz de rastrear um elevado número de objetos e fazer a indicação de alvo para o emprego do Common Anti-air Modular Missile (CAMM), parte componente do sistema Sea Ceptor, dedicado à proteção contra ameaças aéreas.

Inovação: capacidade de engajamento cooperativo
Tais características e aplicabilidade abrem o potencial de incorporação de uma inovação no âmbito da MB: a capacidade de engajamento cooperativo (Cooperative Engagement Capability – CEC).

Trata-se de um sistema em rede que integra sensores a fim de prover uma consciência situacional aprimorada do ambiente aéreo, possibilitando o engajamento pelos sistemas de combate de navios componentes da rede. O sistema é composto por hardware e software dedicados ao compartilhamento de informações de radar e IFF (Identification Fiend or Foe) entre plataformas. Uma unidade de processamento é responsável pela conexão entre sensores, enquanto um componente de distribuição realiza a transmissão dos dados em tempo real. Como é usado o mesmo algoritmo, um navio pode prover os dados para solução de tiro para um ou mais navios dentro de uma linha de visada.


O conceito da CEC remonta à década de 1970 na US Navy, estando atualmente em testes nas Marinhas da Austrália, Índia, França e Japão, o que evidencia as vantagens proporcionadas por essa capacidade, tais como proporcionar que os engajamentos sejam múltiplos, ocorram a maiores distâncias e possibilitem uma defesa cooperativa em camadas.

Apesar de não fazer parte dos requisitos definidos para o sistema da combate das FCT, entende-se que o assunto pode ser motivo de estudo de viabilidade por parte do Setor do Material e de Ciência e Tecnologia, ouvido o Setor Operativo, uma vez que as possibilidades advindas da implementação da CEC configuram uma evolução na capacidade de defesa antiaérea, mitigando a limitação ora existente quanto à defesa aérea pela impossibilidade atual de as aeronaves AF-1 operarem embarcadas.

Em um ambiente extremamente dinâmico, pautado pela velocidade inerente aos eventos associados, bem como pelo incremento no emprego de aeronaves não tripuladas de variados tipos, a CEC colocaria a MB em um patamar compatível com os desafios inerentes ao combate no século XXI.

CBC USA: a expansão da gigante brasileira de munições para os Estados Unidos, maior mercado do mundo


*LRCA Defense Consulting - 12/05/2025

Líder mundial em munição para armas portáteis, a CBC Global Ammunition - por meio de sua divisão de defesa, CBC Defense - está expandindo sua presença global com o lançamento da CBC USA, uma unidade de produção de munição de ponta em Oklahoma, Estados Unidos. Até então, a empresa possuía uma empresa nesse país (Magtech Ammunition, Inc.), que distribui as munições CBC produzidas no Brasil com a marca Magtech, a qual tem forte presença principalmente no mercado civil americano, com boa reputação por oferecer munições de qualidade a preço competitivo.

O investimento na nova unidade produtiva é de US$ 300 milhões e, segundo a empresa, reforça o compromisso da CBC em fortalecer a indústria de defesa dos EUA e a manufatura nacional, ao mesmo tempo em que cria 350 novos empregos na região.

Como parte da CBC Global Ammunition, a CBC USA aproveita mais de um século de expertise de sua empresa controladora, trazendo a produção de munição verticalmente integrada para o mercado americano. A unidade replicará os processos de fabricação de classe mundial da CBC, garantindo controle total sobre componentes críticos, incluindo estojos, projéteis, espoletas, pólvora e nitrocelulose — um material energético essencial e escasso em todo o mundo.

A linha de produtos da CBC USA contará com uma gama abrangente de cartuchos, incluindo 9 mm, 5,56 mm, 7,62 mm e .50 BMG, atendendo a uma ampla variedade de setores: militar, policial, tiro esportivo, autodefesa e caça.

Com a instalação da unidade fabril nos EUA, a CBC completa a presença do Grupo nesse país, haja vista que a Taurus Armas - sua empresa controlada - já tem uma unidade produtiva (Taurus USA) e uma história de sucesso por lá há muitos anos.

Sobre a CBC Global Ammunition
A CBC Global Ammunition é a holding de diversas marcas renomadas no setor de munições de pequeno calibre, incluindo CBC, Magtech, MEN e SinterFire , além da New Lachaussée e da Fritz Werner, duas empresas internacionalmente reconhecidas e especializadas em máquinas para produção de munições. Com uma força de trabalho de mais de 4.000 profissionais qualificados no Brasil, EUA, Alemanha, Bélgica e Índia, e uma produção anual de quase 2 bilhões de cartuchos, a CBC é uma das maiores e mais respeitadas fabricantes de munições do mundo.

Este investimento representa um avanço significativo na missão da CBC de fornecer soluções de munição confiáveis, inovadoras e de missão crítica para clientes em todo o mundo. 

Embraer KC-390 cada vez mais próximo dos Estados Unidos

 


*LRCA Defense Consulting - 12/05/2025

A Embraer está concluindo uma turnê de demonstração nos EUA do avião de transporte aéreo médio multimissão e reabastecimento KC-390 Millennium com uma exibição estática na Base Conjunta de Andrews, Maryland. O evento de dois dias contou com a presença de representantes militares dos EUA, membros do Congresso dos EUA e membros da imprensa.

Nas últimas duas semanas, o KC-390 participou de diversos eventos em todo o país para demonstrar suas capacidades incomparáveis ​​às comunidades de Defesa, Espaço, Segurança Pública e Assistência a Desastres dos EUA.

Na conferência anual do ARSAG (Grupo Consultivo de Sistemas de Reabastecimento Aéreo), em Las Vegas, Nevada, a Embraer destacou que o KC-390 Millennium está pronto para apoiar o Departamento de Defesa dos EUA na superação de alguns dos desafios críticos de reabastecimento aéreo enfrentados pelos EUA e países parceiros em todo o mundo.

Em seguida, a aeronave visitou o Centro Espacial Kennedy, na Flórida, para demonstrar como pode estabelecer um novo padrão de desempenho e capacidade de carga em suporte a missões de resgate e operações de logística espacial.

Na conferência Special Operations Forces Week (SOF Week), em Tampa, Flórida, o KC-390 promoveu suas capacidades multimissão para operações de forças especiais.

“Estamos entusiasmados com o feedback positivo de todos que visitaram ou tiveram a oportunidade de voar na aeronave durante esta série de demonstrações, e vemos muitas oportunidades para o KC-390 nos EUA”, disse Bosco da Costa Junior, Presidente e CEO da Embraer Defesa & Segurança. “A aeronave oferece uma combinação imbatível de desempenho incomparável, capacidade de carga e baixos custos operacionais, e é por isso que estamos extremamente confiantes de que o KC-390 atende às necessidades das Forças Armadas dos EUA.”

O KC-390 é atualmente a melhor aeronave em sua categoria, sendo capaz de executar as missões mais exigentes nos cenários mais difíceis, incluindo Reabastecimento Aéreo e Emprego em Combate Ágil. Trata-se de um avião de transporte aéreo médio e reabastecimento, projetado e construído no século XXI, um jato multimissão por natureza que oferece maior desempenho e melhor produtividade com baixos custos operacionais.

A aeronave também é equipada com um conjunto moderno e abrangente de sensores e equipamentos de comunicação que suportam a conectividade vital entre aeronaves, comandos operacionais e tropas em solo. Além disso, o robusto sistema integrado de guerra eletrônica e autoproteção do KC-390 garante a capacidade de sobrevivência. Isso significa que a capacidade multimissão e a interoperabilidade são inerentes ao projeto, permitindo que a aeronave esteja pronta para todos os perfis de missão desde a entrega às Forças Aéreas.

O KC-390 Millennium da Embraer está rapidamente se tornando a aeronave preferida entre os membros da OTAN (Organização do Tratado do Atlântico Norte) e aliados na Europa, contribuindo para a modernização de suas forças armadas, ao mesmo tempo em que adiciona novas capacidades e aprimora a interoperabilidade com as forças aliadas.

O KC-390 já está em operação no Brasil, Portugal e Hungria, e já foi encomendado pela Holanda, Áustria, República Tcheca e um cliente não divulgado, além da Suécia e Eslováquia, que recentemente selecionaram a aeronave. A Coreia do Sul completa a crescente lista de países que optaram pelo KC-390.

O KC-390 Millennium está atualmente em produção e opera há muitos anos com Capacidade Operacional Plena. É uma plataforma pronta para uso, disponível hoje e pronta para fornecer massa acessível aos mercados americano e global para lidar com ameaças emergentes.

11 maio, 2025

Em momento histórico para o Embraer E2, Hunnu Air celebra o lançamento de rota entre a Mongólia e a China

 


*LRCA Defense Consulting - 11/05/2025

A Hunnu Air lançou rotas regulares com o jato E195-E2 da Embraer na Mongólia. O voo inaugural de Ulan Bator para o Aeroporto Internacional de Daxing, em Pequim, também marcou a primeira vez que o E2 operou em uma rota regular para a China.

A Hunnu Air, a Embraer e o Aeroporto de Daxing realizaram hoje uma cerimônia conjunta para marcar a inauguração bem-sucedida da rota, fortalecendo a conectividade entre os hubs da Mongólia e da China e fortalecendo os laços econômicos e culturais entre os dois países. 

O voo foi operado pelo primeiro dos dois novos jatos E195-E2 entregues à Hunnu Air em abril. A companhia aérea planeja utilizar o E2 para aumentar a capacidade nas rotas para Haikou (China), Sanya (China) e Phu Quoc (Vietnã). Além disso, os jatos possibilitarão a expansão de rotas da companhia para mais destinos no Japão, China, Vietnã, Índia, Coreia do Sul e também para inaugurar uma rota para Tashkent, capital do Uzbequistão.

O E195-E2 da Hunnu Air está configurado em um layout confortável de duas classes com 136 assentos na configuração 2x2, sem os assentos do meio - uma marca registrada da Embraer. 

“O lançamento desta rota com nossa nova aeronave E195-E2 reflete a determinação da Hunnu Air em expandir sua rede internacional e simboliza o aprofundamento da amizade e colaboração entre a Mongólia e a China nesta nova era”, afirma Munkhjargal Purevjal, CEO da Hunnu Air. “Desde 2019, operamos jatos E190 de primeira geração, e a introdução do E195-E2 oferece a atualização perfeita para atender às demandas crescentes para viagens domésticas e internacionais. Esperamos que o E2 se torne a base de nosso crescimento de longo prazo, permitindo-nos oferecer conectividade incomparável em toda a região.” 

“Hoje, temos muito orgulho em lançar esta rota com o novo E195-E2 da Hunnu Air, o primeiro jato E2 a operar na China. A escolha do E195-E2 para esta rota fundamental ressalta a profundidade de nossa parceria com a Hunnu Air e nossa responsabilidade compartilhada de garantir operações seguras, eficientes e sustentáveis. Temos uma parceria sólida com a Hunnu Air para apoiar o sucesso desta rota muito importante. O E2 tem o porte adequado e permitirá que a Hunnu Air cresça de forma lucrativa, desbloqueando o grande potencial da Mongólia e fortalecendo a crescente malha aérea da Ásia asiática”, afirma Martyn Holmes, Diretor Comercial da Embraer Aviação Comercial. 

A Embraer está comprometida com o mercado de aviação da Mongólia, e estabeleceu parcerias de longa data com as companhias aéreas locais ao longo dos últimos anos, contribuindo com o avanço das capacidades de aviação do país. A primeira aeronave Embraer a operar na Mongólia – um ERJ 145 – entrou em serviço em 2018. 

O programa E-Jets da Embraer é um dos programas de aviação comercial de maior sucesso na indústria. Juntos, os E-Jets e E-Jets E2 são operados por mais de 80 companhias aéreas em 50 países, com mais de 1.800 unidades entregues.

 

Embraer oferece centro de montagem do C-390 na Índia para a região Ásia-Pacífico, sujeito à vitória na licitação da IAF para a MTA

 


*Defence.In, por Raghav Patel - 10/05/2025

Em um movimento estratégico significativo para garantir um importante contrato com a Força Aérea Indiana (IAF) e expandir sua presença no mercado de defesa da Ásia-Pacífico, a fabricante aeroespacial brasileira Embraer propôs estabelecer uma linha de montagem final para sua aeronave de transporte C-390 Millennium na Índia.

Esta oferta está condicionada à vitória da empresa na licitação em andamento da IAF para Aeronaves de Transporte Médio (MTA).

O ambicioso plano não visa apenas fornecer as 60 a 80 aeronaves exigidas pela IAF, mas também posicionar a Índia como um polo crucial para exportações, manutenção, reparo e revisão (MRO) e treinamento para a aeronave C-390 em toda a região da Ásia-Pacífico.

Se a proposta da Embraer for bem-sucedida, a Força Aérea Indiana se tornará a maior operadora global do C-390 Millennium, possuindo mais aeronaves do que todos os clientes atuais combinados, incluindo a Força Aérea Brasileira.

A licitação MTA da IAF foi iniciada para substituir sua frota envelhecida de aeronaves Antonov An-32. A exigência é por uma aeronave de transporte tático de médio porte com capacidade de carga útil variando de 18 a 30 toneladas. A aquisição de 60 a 80 dessas aeronaves representa um dos programas de aquisição de transporte militar mais substanciais do mundo nos últimos tempos.

O C-390 da Embraer está competindo com aeronaves já estabelecidas, como o C-130J Super Hercules da Lockheed Martin e o A400M Atlas da Airbus. A empresa brasileira está promovendo o C-390 como uma solução versátil e econômica, adequada às diversas necessidades operacionais da Índia, incluindo capacidades para missões em grandes altitudes e rápido desdobramento. A substituição da frota de An-32 é considerada crítica para a modernização das capacidades de transporte aéreo da IAF.

Esta última proposta se baseia em uma parceria existente. Em fevereiro de 2024, a Embraer assinou um Memorando de Entendimento (MoU) com a divisão de Sistemas de Defesa do conglomerado indiano Mahindra para buscar conjuntamente o contrato MTA. Esta colaboração, anunciada oficialmente na Embaixada do Brasil em Nova Delhi, reforça o compromisso com a produção local sob a política indiana "Make in India".

O anúncio da Embraer, no início de 2025, de estabelecer uma linha de montagem final, caso vença a licitação, leva esse compromisso um passo adiante. A instalação prevista não apenas atenderia às necessidades da IAF, mas também serviria como um centro regional para novas vendas de exportação, serviços de MRO e programas abrangentes de treinamento para países da Ásia-Pacífico.

A visão da Embraer para a Índia vai além da venda imediata de aeronaves. A empresa identifica a localização geográfica estratégica da Índia, seu ecossistema aeroespacial em desenvolvimento e suas crescentes ambições de defesa como fatores-chave que a tornam um local ideal para um hub regional do C-390.

"A Índia tem potencial para se tornar um centro de excelência para o C-390 na Ásia-Pacífico", afirmou recentemente um representante da Embraer Defesa & Segurança. "Uma linha de montagem final aqui apoiaria as exportações para aliados regionais, forneceria serviços de MRO e treinaria tripulações e técnicos, promovendo um ecossistema autossustentável."

A região da Ásia-Pacífico, que inclui vários países que buscam modernizar suas frotas de transporte aéreo, como Indonésia, Vietnã e Filipinas, representa um mercado significativo e amplamente inexplorado para o C-390. Esses países buscam aeronaves de transporte modernas, porém acessíveis, e poderiam se beneficiar de um hub baseado na Índia devido à proximidade geográfica e aos custos operacionais e de suporte potencialmente mais baixos em comparação com hubs no Ocidente ou no Brasil.

Além disso, a experiência operacional da Índia com outras plataformas da Embraer, notadamente a aeronave Netra de Alerta Aéreo Antecipado e Controle (AEW&C) baseada no jato ERJ-145, fornece uma base sólida de expertise técnica e infraestrutura.

O hub indiano proposto também incorporaria uma academia de treinamento. Essa instalação alavancaria a força de trabalho qualificada da Índia para certificar pilotos, chefes de carga e pessoal de manutenção para operadores indianos e internacionais de C-390.

Uma instalação de MRO está planejada para garantir a disponibilidade de aeronaves a longo prazo e reduzir os custos operacionais para as frotas de C-390 em toda a região. A Embraer já implementou modelos de infraestrutura de suporte bem-sucedidos semelhantes no Brasil e está, segundo informações, explorando uma parceria comparável na Arábia Saudita (também na Polônia e, talvez, no Marrocos).
 

Exército participa do maior exercício de defesa cibernética do mundo


*LRCA Defense Consulting - 11/05/2025

Na quarta-feira, 7 de maio, teve início mais uma edição do Locked Shields, maior exercício de defesa cibernética do mundo. Voltado para a articulação e planejamento de ações contra ameaças e ataques cibernéticos, o exercício é organizado pelo Centro de Excelência em Defesa Cibernética Colaborativa da OTAN – sigla em inglês: NATO CCDCOE. O Brasil é o único país da América Latina entre as 41 nações participantes.

O Comandante de Defesa Cibernética ressaltou a importância da atividade para o aprimoramento da capacidade cibernética: “Aprendemos efetivamente quando participamos de operações ou exercícios, quando trabalhamos de igual para igual com os principais países nesse campo da segurança, da defesa e da guerra cibernética. A participação em exercícios, como esse, é uma ferramenta valiosa de aperfeiçoamento”.

Esta atividade estimula a participação colaborativa na área e é dividida em dois níveis: técnico e estratégico.

No nível técnico, os especialistas em guerra cibernética das três Forças participam de uma simulação, compondo uma combinação de times. Nesta edição, o Brasil constituiu uma equipe com representantes da Espanha e da Suíça.

No nível estratégico, a equipe brasileira trabalha isolada, contando com a participação de representantes da Administração Pública Federal e da Justiça Militar da União, nas discussões de diversas questões relacionadas ao domínio cibernético. 

Saiba mais:
- Atech, da Embraer, é a única empresa brasileira no maior e mais complexo exercício internacional de ciberdefesa em tempo real

10 maio, 2025

Munição Polymatch recebe homologação para o uso em campeonatos presenciais da Confederação Brasileira de Tiro Prático

 


*LRCA Defense Consulting - 10/05/2025

A Confederação Brasileira de Tiro Prático (CBTP), em conjunto com a diretoria da NROI Brasil (National Range Officers Institute), informam que, a partir deste ano, está autorizado o uso da nova munição Polymatch no calibre 9mm – 124gr em competições nacionais presenciais organizadas pela CBTP. 

Desenvolvida para aprimorar a prática dos atletas do tiro desportivo e criada em parceria com a Companhia Brasileira de Cartuchos (CBC), a Polymatch calibre 9mm – 124gr foi oficialmente aprovada pela CBTP e segue padrões de produção e de controle de qualidade diferenciados, oferecendo um fator médio (cálculo da velocidade e energia que garante o equilíbrio entre os diferentes tipos de munição e pistolas utilizados nas competições pelos atiradores) mínimo de potência para a prática desportiva.

As munições Polymatch foram desenvolvidas exclusivamente para atender a modalidade do Tiro Prático. Oferecem a confiabilidade da munição original de fábrica e excelente custo-benefício, possibilitando treinamento constante pelos atiradores esportivos. 

A munição original de fábrica possui diversos benefícios, como segurança, assistência técnica e subsídio para atletas de ranking por meio do Pro Training CBC. É caracterizada por possuir espoleta com cápsula fabricada em latão na cor dourada e gravação no culote da letra "V" que favorecem uma identificação rápida de sua originalidade de fabricação e a dispensa do teste Cronógrafo.

Seus projéteis são revestidos por quatro camadas de polímero especial, sendo carregadas com peso de projétil adequado para proporcionar recuo e precisão similares às munições operacionais. 

O revestimento de polímero do projétil Polymatch proporciona menor aquecimento e atrito no cano da arma, quando comparado com projéteis encamisados, estendendo, assim, a vida útil da arma. 

Além disso, apresenta redução da emissão de fumaça e menor acúmulo de chumbo na arma, quando comparada às munições com projéteis de chumbo convencionais. 

Por meio do Pro Training CBC, maior programa de incentivo ao esporte do tiro já desenvolvido no Brasil, os atiradores de ranking e clubes de tiro indicados pela CBTP podem adquirir a nova munição Polymatch no calibre 9mm – 124gr com desconto subsidiado pela indústria, além de outros produtos do portfólio da CBC voltados ao esporte.  

Para mais informações e regras de utilização da munição Polymatch no calibre 9mm – 124gr nas competições, acesse o site da CBTP.

Sem Defesa forte, não há Sustentabilidade real

 


*Por Luiz Alberto Cureau Júnior, via LinkedIn - 10/05/2025

Enquanto o Brasil assume o protagonismo global na liderança da COP30, há um tema essencial ainda tratado à margem: a segurança climática. A carta da Presidência da Conferência é clara ao convocar um “Mutirão Global” para enfrentar a crise ambiental. Mas quem sustentará essa mobilização nos territórios mais vulneráveis e estratégicos do país? A resposta é simples: as Forças Armadas.

É ingênuo imaginar que a transformação ecológica pode ocorrer apenas por meio de boas intenções e ações simbólicas. Softpower tem valor, mas sem capacidade real de dissuasão, controle e presença, não há governança ambiental efetiva. O crime ambiental na Amazônia, na foz do Amazonas, o garimpo ilegal, o desmatamento e a biopirataria já operam com logística militarizada. Não basta plantar árvores; é preciso proteger o território onde elas crescem.

As Forças Armadas do Brasil desempenham um papel silencioso, mas essencial, na preservação dos biomas. Em regiões remotas como a Amazônia Legal, no nosso oceano, são muitas vezes a única presença do Estado, garantindo soberania, monitoramento e auxílio logístico a operações ambientais e científicas. Ainda assim, persistimos em discutir Defesa como um “gasto” a ser contido, quando, na verdade, é um investimento de segurança estratégica , inclusive climática.

Se queremos liderar o debate internacional sobre clima, precisamos alinhar discurso e estrutura. Isso implica integrar a Defesa Nacional à política ambiental com orçamento próprio, previsível e contínuo. O Brasil deve instituir um orçamento permanente para ações de Defesa, criar Centros Integrados de Vigilância Ambiental com tecnologia dual e capacitar tropas em temas como geopolítica ambiental e operações sustentáveis.

A COP30 é a chance de apresentar ao mundo um novo paradigma: o da Defesa Verde. Um modelo onde nossas Forças Armadas são agentes de sustentabilidade, guardiãs do território e garantidoras da ordem ambiental. A diplomacia brasileira precisa da retaguarda de uma estrutura de Defesa forte e atualizada. Não há argumento climático que se sustente sem soberania territorial. E não há soberania sem Forças Armadas equipadas, treinadas e valorizadas.

O Brasil pode e deve mostrar que proteger o meio ambiente também é uma missão de Defesa Nacional. Porque sem segurança, não há transição ecológica. E sem Defesa, não há futuro verde possível. 

*Luiz Alberto Cureau Jr. é General de Brigada R/1 do Exército Brasileiro e Consultor em meio ambiente e projetos de crédito de carbono no Instituto Climático VBH em Brasília.

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