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20 novembro, 2025

Do apoio tático à guerra anti-drone: a evolução do Super Tucano pode mudar o combate aéreo moderno

Imagem meramente representativa

 *LRCA Defense Consulting - 20/11/2025

A escalada no uso de drones em conflitos contemporâneos vem redefinindo as doutrinas de defesa aérea. No front ucraniano, segundo o Defence Blog, os drones suicidas de fabricação iraniana Shahed-136 (e seu similar russo Geran-2) tornaram-se uma das armas mais disruptivas do campo de batalha, rivalizando em eficiência e impacto com mísseis balísticos, mas a uma fração do custo destes. 

Nos recentes combates na Ucrânia, inovadoras táticas de guerra têm emergido na forma de ataques precisos contra a robusta defesa aérea russa apoiada pelo sistema antimíssil S-400 Triumf. O uso inteligente de drones de baixo custo tem permitido às forças ucranianas desestabilizar um dos mais avançados sistemas antiaéreos do mundo, como a neutralização de quatro lançadores S-400 e radares vitais na base russa de Novorossiysk, no Mar Negro, neste mês, como reportou o portal Army Recognition.

A operação ucraniana combinou enxames de drones táticos, drones de ataque e mísseis de cruzeiro Neptune, explorando a vulnerabilidade dos sistemas fixos e caros russos a ameaças assimétricas. Ao destruir sensores cruciais como os radares 96N6 “Cheese Board” e 92N6 “Grave Stone”, as forças ucranianas abriram brechas significativas na cortina defensiva russa, criando oportunidades para ataques subsequentes contra a infraestrutura econômica estratégica, como o porto de exportação de petróleo.

Cenários como esses, segundo especialistas, estão forçando forças aéreas do mundo todo a buscar alternativas de interceptação mais econômicas e flexíveis do que o emprego de caças supersônicos e mísseis antiaéreos de alto custo.

Nesse contexto, o A-29 Super Tucano, desenvolvido pela brasileira Embraer, desponta como uma resposta viável e pragmática para o desafio dos sistemas aéreos não tripulados (UAS). O avião turboélice, tradicionalmente associado a missões de apoio aéreo e contrainsurgência, está sendo adaptado pela Embraer para missões de Counter-UAS (CUAS), uma função que promete ampliar consideravelmente sua relevância no cenário estratégico global.

Adaptação da plataforma para novas ameaças

“Estamos vendo essa demanda [por sistemas contra drones] aumentar muito no atual cenário de guerra”, destacou Bosco da Costa Junior, CEO da Embraer Defesa e Segurança, em entrevista à Shephard Media. Segundo ele, a empresa já trabalha na integração de novos sensores e sistemas ao Super Tucano para ampliar suas capacidades de detecção, rastreamento e engajamento de UAS inimigos.

A aeronave já dispõe de uma base sólida para essa nova função: sensores eletro-ópticos de alta precisão, metralhadoras e foguetes guiados a laser permitem interceptar drones de médio porte (Grupos 3 a 5, segundo a classificação da OTAN), como o Bayraktar TB2 e o próprio Shahed-136, embora, no entender desta Consultoria, alguns drones na faixa superior do Grupo 2 também estejam no escopo, como o Orlan-10 russo e similares. A meta da Embraer é expandir essas capacidades via integração de enlaces de dados e sistemas de aviso antecipado de alvos, tornando o A-29 parte ativa de redes de defesa aérea distribuídas.

“É preciso usar a ferramenta certa para a ameaça certa”, ressaltou Frederico Lemos, diretor comercial da Embraer Defesa e Segurança. “Com o link de dados adequado, o A-29 pode enfrentar qualquer tipo de UAS com sucesso, graças aos sensores e à agilidade que a plataforma possui.”

Grupos de UAS com base em publicação do Departamento de Defesa dos EUA 

GrupoPeso típicoAltitude de operaçãoVelocidade típicaExemplos de UASModelos guerra Rússia x UcrâniaAplicações principais
Grupo 1Menos de 9 kgAté 365 m AGL (acima do nível do solo)Menos de 463 km/hRQ-11 Raven, DJI Mavic 3, Parrot Anafi, Skydio X2, DJI Mini 4 Pro, Autel Nano+, Teledyne FLIR Black HornetDJI Mavic 3, DJI Mini (ambos os lados), Autel Nano+ (ambos os lados), Black Hornet (Ucrânia), drones FPV caseiros (ambos os lados)Reconhecimento tático, vigilância de curto alcance, inspeção civil, ataque improvisado
Grupo 29,5 kg a 25 kgAté 1.067 m AGLMenos de 463 km/hScanEagle, AeroVironment Puma AE, Delair UX11, Quantum Trinity F90+Leleka-100 (Ucrânia), Orlan-10 (Rússia), Fury (Ucrânia)Reconhecimento tático, inteligência, apoio em campo, guerra eletrônica
Grupo 325 kg a 600 kgAté 5.486 m MSL (acima do nível médio do mar)Menos de 463 km/hRQ-7 Shadow, Insitu Integrator, Elbit Hermes 450, IAI HeronBayraktar TB2 (Ucrânia), Shahed-136/Geran-2 (Rússia), Zala Lancet (Rússia), Spectator-M (Ucrânia)Reconhecimento estratégico, vigilância prolongada, ataque kamikaze, munições vagantes
Grupo 4Mais de 600 kgAté 5.486 m MSLQualquer velocidadeMQ-8 Fire Scout, MQ-1 Predator, MQ-1C Gray Eagle, CAIC Wing Loong II, Bayraktar AkıncıOrion/E (Rússia), UCAVs turcos operados pela UcrâniaAtaque armado, reconhecimento de longo alcance, suporte aéreo
Grupo 5Mais de 600 kgAcima de 5.486 m MSLQualquer velocidadeMQ-9 Reaper, RQ-4 Global Hawk, MQ-4C Triton, X-47B UCLASS, Northrop FirebirdNão há uso registrado de modelos desta categoria no conflito Rússia x Ucrânia até o momentoVigilância estratégica global, ataque de precisão, inteligência de alta altitude

Vantagem econômica e operacional
Enquanto o custo operacional de um caça supersônico ultrapassa facilmente dezenas de milhares de dólares por hora de voo, o A-29 mantém um perfil econômico de operação abaixo de US$ 1.000 por hora segundo estimativas de analistas, o que o torna ideal para missões de patrulha e interceptação de drones de baixo custo. Um par de caças a jato dificilmente seria mobilizado para neutralizar um quadricóptero modificado de menos de US$ 5.000, mas o Super Tucano oferece essa flexibilidade com poder de fogo adequado.

Para forças aéreas com orçamentos limitados, ou para países que enfrentam ameaças assimétricas, essa capacidade representa um equilíbrio ideal entre custo, prontidão e eficácia. Além disso, por operar em pistas curtas e ambientes não pavimentados, o A-29 pode ser rapidamente deslocado para áreas de fronteira ou zonas de conflito remoto, algo inviável para plataformas mais pesadas.

Para forças aéreas com maior abundância de recursos, dispor de um ou dois esquadrões de A-29 estrategicamente localizados, significa um importante reforço nos sistemas de defesa aérea tradicionais, complementando-os de forma inteligente e racional, haja vista que preenche uma lacuna crítica, tornando-se a peça que faltava no complexo quebra-cabeça da defesa em camadas contra a ameaça dos drones.

Modernização conjunta e novos mercados
Atualmente, cerca de 22 forças aéreas utilizam o Super Tucano, entre elas a Força Aérea Brasileira (FAB), que está conduzindo um programa de modernização de meia-vida de sua frota de 90 aeronaves. Segundo da Costa Junior, a Embraer oferece aos clientes atuais e potenciais a opção de incorporar as novas capacidades CUAS durante essas atualizações.

O Oriente Médio e a África despontam como mercados prioritários para essa nova fase do A-29. Em parceria com a americana Sierra Nevada Corporation, a Embraer vem apresentando o Super Tucano como uma solução modular para defesa anti-drone, combinando vigilância, ataque de precisão e interoperabilidade com redes de comando e controle regionais. 

Tais características tornam a aeronave uma ferramenta ideal também para forças aéreas da OTAN, cujos países estão sob potencial ameaça de drones russos e iranianos, e para Japão, Índia, Coreia do Sul e outros países asiáticos, que têm sobre si o risco de drones chineses e/ou norte-coreanos. 

Uma aeronave do futuro próximo
Em 2025, com a proliferação de drones kamikaze e de reconhecimento, munições vagantes e enxames autônomos, a guerra aérea está migrando da velocidade para a versatilidade. A próxima geração de combates exigirá aeronaves que possam reagir a ameaças imprevisíveis, operando perto do solo e com custos sustentáveis.

Nessa transição, o Super Tucano surge não apenas como um avião de ataque leve, mas como um vetor de dissuasão adaptável à era dos drones, um verdadeiro elo entre a aviação tática convencional e a guerra tecnológica em rede. 

Defesa fluvial brasileira avança com a Lancha de Operações Ribeirinhas São Félix do Araguaia

Provas de mar da Lancha de Operações Ribeirinhas São Félix do Araguaia

*LRCA Defense Consulting - 20/11/2025

A defesa fluvial brasileira ganha um robusto aliado com a entrega da Lancha de Operações Ribeirinhas São Félix do Araguaia (LOpRib-SFA).

Desenvolvida sob o guarda-chuva do Projeto de Obtenção de Embarcações Blindadas (POEB), esta embarcação não apenas moderniza as capacidades do Exército e da Marinha do Brasil, mas também representa um marco na integração interforças e no fortalecimento da Base Industrial de Defesa e Segurança brasileira (BIDS).

Integração estratégica e excelência na fabricação
A concepção da lancha é resultado de uma estreita colaboração entre o Arsenal de Marinha do Rio de Janeiro (AMRJ), responsável pela construção, e o Exército, com a participação da Diretoria de Fabricação (DF) e do Arsenal de Guerra do Rio (AGR). Essa sinergia ressalta a capacidade nacional em projetos complexos e impulsiona a inovação e o desenvolvimento tecnológico, com impacto direto na geração de empregos qualificados no país.

A construção da lancha emprega tecnologia de ponta, como o uso de máquinas CNC (controle numérico computadorizado) para a fabricação precisa de peças e um projeto digital em 3D. Essa abordagem permite simulações antecipadas, identificação de melhorias e ajustes durante o desenvolvimento, resultando em precisão dimensional e montagem eficiente da blindagem, sem necessidade de retrabalho.

Capacidades operacionais e versatilidade em ação
A LOpRib-SFA é uma embarcação blindada de alta resistência, projetada para ambientes ribeirinhos exigentes, como a região amazônica. Equipada com um casco de alumínio de alta resistência que garante leveza e durabilidade, ela possui proteção balística robusta. Seu poder de fogo padrão é assegurado por metralhadoras capazes de disparar entre 600 e 1000 tiros por minuto.

Com motores potentes de 320 hp, a lancha alcança uma velocidade máxima de aproximadamente 65 km/h (35 nós) e oferece uma autonomia de até 13 horas de navegação contínua. Sua capacidade de transportar até 17 pessoas, incluindo tropas armadas, e um calado de cerca de 0,53 metros na rabeta, permite a navegação em águas rasas, característica vital para as operações em rios brasileiros.

Além de sua função primordial em patrulha, vigilância e operações de segurança, mesmo em rios de difícil navegação, a lancha demonstrou versatilidade em missões de levantamento hidrográfico a apoio geral, tanto no combate a incêndios como em operações de resgate e assistência humanitária. As provas de mar, realizadas em agosto de 2025, validaram seu funcionamento em condições aquáticas difíceis, confirmando sua aptidão para suportar operações táticas em ambientes hostis.

Um passo crucial para a soberania nacional
A entrega da quinta unidade do barco, ocorrida em 19 de novembro de 2025, com destino ao Comando Militar do Sul, simboliza a modernização contínua das Forças Armadas. Este projeto não apenas reforça a capacidade operacional em áreas fluviais e de fronteira, mas também consolida a estratégia de ampliar a presença de embarcações robustas e tecnologicamente avançadas na defesa das fronteiras brasileiras, protegendo a população e reforçando a soberania nacional.

A LOpRib-SFA materializa a união entre tecnologia, integração interforças e a estratégia nacional de defesa para ambientes ribeirinhos, consolidando um importante capítulo na capacidade operacional do Brasil.

SIATT fecha contrato para fornecer sistema anti-tanque integrado e customizado ao Corpo de Fuzileiros Navais

 

*LRCA Defense Consulting - 20/11/2025

No Dubai Airshow 2025, realizado entre 17 e 21 de novembro no Dubai World Central, a SIATT, empresa brasileira integrante do Grupo EDGE, anunciou a assinatura de contrato para fornecer ao Corpo de Fuzileiros Navais do Brasil uma solução antitanque integrada e customizada. O sistema, conhecido como Sistema Expedicionário de Mísseis Anti-tanque (SMACE), será composto por dois veículos 4x4 de alta mobilidade com proteção balística leve, preparados para atuar em terrenos desafiadores.

O SMACE incorpora o míssil guiado de alta precisão e longo alcance MAX 1.2, desenvolvido pela SIATT, além de uma plataforma de drones com capacidades de inteligência, vigilância e reconhecimento (ISR), bem como ataque ao solo. Esta combinação proporciona mobilidade superior, consciência situacional avançada e uma arquitetura interoperável em rede, integrando todos os componentes necessários para a missão anti-tanque.

O Comando de Material do Corpo de Fuzileiros Navais definiu os requisitos para que as forças leves possam operar eficazmente em terra, com capacidade de engajamento rápido, operações distribuídas, observação remota via drones e enlace de dados táticos para coordenação em tempo real das operações contra veículos blindados, contemplando tanto ações anfíbias quanto terrestres.

Hamad Al Marar, CEO da EDGE, destacou que essa solução anti-tanque é uma das diversas iniciativas em parceria com os Fuzileiros Navais brasileiros, fortalecendo a capacidade do Brasil de neutralizar ameaças e ampliando o alcance da EDGE na América Latina. Após a entrega e avaliação operacional prevista para 2026, a produção do sistema deve ser ampliada para atender a futuras demandas.

Este contrato reforça a capacidade da EDGE e da SIATT em oferecer soluções personalizadas, adaptadas às necessidades específicas dos clientes e às características geográficas da América Latina, consolidando o compromisso estratégico do grupo em investir no Brasil como parceiro fundamental na área de defesa. 

19 novembro, 2025

Síria busca inovação e tecnologia brasileira da Embraer para renovar sua frota aérea no pós-guerra

 


*SANA - Syrian Arab News Agency - 19/11/2025

O chefe da Autoridade Geral de Aviação Civil, Omar al-Hussary, discutiu na quarta-feira com representantes da empresa brasileira do setor aeroespacial, Embraer, a cooperação para o desenvolvimento da frota de aeronaves da Síria.

Segundo um comunicado da Autoridade de Aviação Civil em seu canal no Telegram, a reunião ocorreu à margem do Dubai Airshow 2025. Sameh Orabi, Diretor Geral da Syrian Airlines, também participou do encontro.

As duas partes discutiram oportunidades de cooperação e exploraram formas de desenvolver a frota da Syrian Airlines e melhorar o transporte aéreo, em consonância com a visão de longo prazo da Autoridade.

Eles também analisaram as tecnologias e soluções mais recentes oferecidas pela Embraer na indústria aeroespacial.

O encontro faz parte dos esforços da Síria para desenvolver seu setor de transporte aéreo, que sofreu reveses significativos na última década devido à guerra e às sanções econômicas impostas ao antigo regime. 

Foguete de 70 mm com propelente nacional destaca Brasil em feira aeroespacial global

O CEO da CSD, Nelson Hübner Junior, ao lado do mockup do foguete 70 mm, apresentado da Dubai AirShow

*LRCA Defense Consulting - 19/11/2025

No Dubai Air Show 2025, um dos mais prestigiados eventos do mercado aeroespacial mundial, o Brasil ganhou destaque com a apresentação de um foguete de 70 mm, inteiramente desenvolvido nacionalmente pela CSD – Componentes e Sistemas de Defesa em parceria com a Edge of Space (EOS). O lançamento acontece entre os dias 17 e 21 de novembro nos Emirados Árabes Unidos.

A inovação central do foguete brasileiro está no propelente sólido composite, de fabricação totalmente nacional e livre de restrições ITAR (International Traffic in Arms Regulations). Essa tecnologia propulsora utiliza resina polimérica brasileira, distinta pela ausência do tradicional polibutadieno, o que confere ao produto maior autonomia de produção, redução de custos logísticos e desempenho equivalente a materiais de líderes globais do setor.

Nelson Hübner Junior, CEO da CSD, destacou a importância da parceria e o avanço tecnológico alcançado. “Este propelente inovador eleva a qualidade e diferenciação dos nossos produtos, reforçando nosso compromisso com a autonomia e o desenvolvimento tecnológico nacional”, afirmou.

Já José Miraglia, fundador e Diretor de P&D da EOS, ressaltou o impacto econômico do projeto para o Brasil. “Os propelentes tradicionalmente são de alto custo devido à escassez global. Nossa solução representa uma grande oportunidade para o país, configurando um salto tecnológico decisivo para a indústria aeroespacial brasileira.”

A CSD é uma empresa brasileira especializada na produção de equipamentos de defesa, incluindo bombas aéreas, foguetes, munições e outros componentes, com cinco fábricas no país e reconhecida como Empresa Estratégica de Defesa pelo Ministério da Defesa. A EOS também integra a Base Industrial de Defesa e Segurança do Brasil, destacando-se no desenvolvimento de sistemas propulsivos e dispositivos pirotécnicos para setores aeroespacial, industrial e de defesa.

Essa colaboração entre CSD e EOS simboliza um importante passo para a indústria aeroespacial brasileira, fortalecendo sua posição no cenário internacional e impulsionando o desenvolvimento tecnológico autônomo do país. 

Akaer e AMMROC unem forças no Dubai Airshow 2025 para elevar padrões em MRO e engenharia aeroespacial

 


*LRCA Defense Consulting - 19/11/2025

Durante o Dubai Airshow 2025, evento de destaque mundial nos setores aeroespacial, de defesa e segurança, a Advanced Military Maintenance, Repair and Overhaul Center (AMMROC) e a brasileira Akaer anunciaram uma parceria estratégica para o desenvolvimento conjunto de aeronaves multimissão de última geração. A colaboração visa integrar a expertise da AMMROC em manutenção e suporte com a capacidade de engenharia avançada da Akaer, possibilitando programas completos de modernização e modernização de frotas destinados a clientes do Oriente Médio e mercados globais.

A união das duas empresas propõe incrementar a prontidão operacional, estender a vida útil das aeronaves e maximizar desempenho e eficiência, tudo isso aliado a soluções inovadoras e com foco em custo-benefício durante o ciclo de vida dos produtos. 

Cesar Silva, CEO da Akaer, destacou que o acordo amplia a presença da empresa no Oriente Médio e fortalece a inovação ao combinar a engenharia brasileira com o reconhecimento operacional da AMMROC internacionalmente.

Jasem Al Marzooqi, CEO da AMMROC, ressaltou que a parceria representa um avanço para a empresa, que amplia sua experiência em manutenção para oferecer soluções que contribuem para a autossuficiência da indústria de defesa dos Emirados Árabes Unidos.

A Akaer, com mais de 33 anos de experiência e participação em projetos globais como o C-390 Millennium da Embraer, Gripen E da Saab e o jato supersônico turco Hürjet, consolidou em 2024 sua posição como primeira empresa brasileira classificada como Fornecedora Global de Nível 1, com contrato assinado com a Deutsche Aircraft.

Já a AMMROC, sediada em Al Ain desde 2010, é referência regional em serviços de MRO para aviação militar e comercial no Oriente Médio, sendo o único centro autorizado pela Lockheed Martin para o C-130 e pela Sikorsky para manutenção do helicóptero UH-60 Black Hawk na região. A empresa opera com infraestrutura moderna, incluindo um hangar de pintura para aeronaves de grande porte, consolidando seu papel estratégico e capacidade técnica.

Essa aliança fortalece a colaboração tecnológica e industrial entre Brasil e Oriente Médio, contribuindo para o desenvolvimento de soluções aeroespaciais de alta complexidade e competitividade no mercado internacional. 

Embraer está pronta para aproveitar o potencial inexplorado de conectividade do Oriente Médio


*LRCA Defense Consulting - 19/11/2025

A Embraer lançou um estudo estratégico que aponta para uma nova fase de expansão da aviação comercial no Oriente Médio, focando na conectividade intrarregional. O relatório "A Próxima Fronteira do Oriente Médio: O Potencial de Conectividade Inexplorado" destaca que, apesar do protagonismo global das companhias aéreas da região como hubs internacionais, há um enorme potencial não explorado para fortalecer as rotas entre cidades do próprio Oriente Médio. 

O estudo defende que aeronaves de pequeno porte de nova geração, como a família E-Jets E2, são essenciais para impulsionar o crescimento, a lucratividade e a resiliência das redes regionais.

Oportunidades para a aviação regional
O relatório revela que apenas 22% dos Assentos-Quilômetro Disponíveis (ASKs) no Oriente Médio são utilizados em rotas intrarregionais, um índice muito inferior ao registrado na Europa (52%) e na América do Norte (64%). Essa discrepância mostra que, apesar dos grandes investimentos em infraestrutura e estratégias nacionais de aviação, a conectividade regional ainda está subdesenvolvida. 

A Embraer argumenta que a expansão das frotas com aeronaves de fuselagem estreita maiores, adotada historicamente para reduzir custos unitários, não resultou em maior conectividade regional. Na verdade, o número de pares de cidades atendidos por voos diretos estagnou nos últimos 15 anos, pois aeronaves de grande porte não são adequadas para muitas rotas regionais de menor demanda.

Três pilares para o crescimento
O estudo identifica três oportunidades estratégicas para as companhias aéreas do Oriente Médio:

Desenvolvimento de novas rotas entre cidades: a Embraer identificou mais de 120 pares de cidades na região que ainda não são atendidos por voos diretos, mas que possuem demanda suficiente para viabilizar operações com aeronaves de pequeno porte. Isso pode abrir mercados até então inexplorados e fortalecer a integração econômica e social entre países vizinhos.

Aumento da frequência de voos: os principais hubs do Oriente Médio operam com menos voos diários por destino em comparação com hubs europeus e norte-americanos. A introdução de aeronaves menores permite que as companhias aéreas adicionem frequências essenciais, melhorando a conectividade e a eficiência dos centros de conexão, além de oferecer mais opções para passageiros e empresas.

Dimensionamento adequado para rentabilidade: a análise mostra que 36% dos mercados intrarregionais operam com baixas taxas de ocupação, tornando-os candidatos ideais para o uso de aeronaves menores. A implantação de jatos de corredor único de menor porte pode elevar significativamente a ocupação dos voos e otimizar a rentabilidade das rotas, reduzindo custos operacionais e aumentando a eficiência.

Impacto Econômico e Estratégico
A adoção de aeronaves de pequeno porte pode transformar a aviação regional do Oriente Médio, tornando-a mais resiliente e lucrativa. O relatório destaca que essa estratégia não apenas amplia o alcance das companhias aéreas, mas também fortalece a integração econômica e social entre os países da região. A Embraer reforça que a conectividade regional é fundamental para o desenvolvimento sustentável do setor aéreo, especialmente em um contexto de crescimento acelerado e demanda crescente por mobilidade.

18 novembro, 2025

Akaer anuncia parceria com Boavista Pay e acelera plano de expansão global


*LRCA Defense Consulting - 18/11/2025

A empresa brasileira Akaer anunciou, durante o Dubai Airshow 2025, a assinatura de uma parceria estratégica com a instituição financeira Boavista Pay. O acordo marca um novo impulso na estratégia de crescimento global da companhia, consolidando sua posição entre os principais grupos de engenharia e tecnologia do setor aeroespacial e de defesa.

Com o apoio do Boavista Pay — que conta com fundo de investimento estimado em US$ 1 bilhão e atuação no Brasil e no exterior —, a Akaer pretende acelerar o desenvolvimento de programas estratégicos como as aeronaves D328eco, WindRunner e LUS-222, além de outros projetos ainda mantidos sob confidencialidade.

Segundo o CEO da Akaer, Cesar Silva, a parceria representa um marco para o futuro da empresa. “Com o apoio do Boavista Pay, fortalecemos nossa estrutura financeira para avançar com mais agilidade e segurança em projetos estratégicos que moldam o futuro da indústria aeroespacial e de defesa”, afirmou.

O diretor financeiro do Boavista Pay, Leonardo Shinohara, destacou a relevância da colaboração. “Contribuir para o crescimento de uma empresa que impulsiona o desenvolvimento industrial e tecnológico do país é motivo de orgulho. Este acordo reafirma nosso compromisso em apoiar negócios sustentáveis e de grande impacto econômico e social”, declarou.

Fundada há 33 anos, a Akaer acumula mais de 10 milhões de horas de engenharia e participação em mais de 50 programas aeroespaciais globais, incluindo o cargueiro militar C-390 Millennium, o caça Gripen E e o jato supersônico Hürjet. Em 2024, a empresa foi reconhecida como a primeira fornecedora brasileira de Nível 1 no setor aeroespacial, após firmar contrato com a Deutsche Aircraft para produzir a fuselagem dianteira do D328eco.

Já o Boavista Pay, instituição financeira privada com foco em inovação e inclusão, busca combinar tecnologia de ponta e atendimento humanizado. Atuando em conformidade com o Banco Central do Brasil, o banco tem como missão oferecer soluções financeiras transparentes, sustentáveis e acessíveis, contribuindo para o fortalecimento do ecossistema econômico nacional. O Boavista Pay representa a frente digital e tecnológica do Banco Boavista, instituição financeira brasileira integrante do Grupo Boavista e com uma história de atuação no mercado financeiro nacional.

Tecnologia estratégica: Mac Jee amplia soberania nacional ao dominar sistemas avançados de mísseis


*LRCA Defense Consulting - 18/11/2025

A empresa brasileira Mac Jee anunciou hoje (18) a aquisição da propriedade intelectual dos mísseis MAR-1, antirradiação, e MAA-1B, míssil ar-ar de curto alcance. Esta conquista representa um marco para a indústria nacional, posicionando a Mac Jee entre as poucas empresas independentes no mundo capazes de conceber, produzir e manter sistemas de mísseis completos, abrangendo propulsão, guiagem, eletrônica e ogivas. A companhia investiu anos em tecnologia avançada e estabeleceu uma das maiores unidades fabris de sistemas de armas do hemisfério sul, contando com equipes multidisciplinares altamente qualificadas.

Origem dos mísseis

O MAR-1 foi desenvolvido na década de 1990 pela Mectron, em parceria com o Departamento de Ciência e Tecnologia Aeroespacial (DCTA) e a Força Aérea Brasileira (FAB), com o objetivo de equipar as forças nacionais com um míssil antirradiação para operações de supressão de defesas aéreas inimigas. Possui alcance de até 100 km, guiagem passiva por radar e capacidade ECCM, que são medidas de proteção contra interferências eletrônicas, resultado de décadas de desenvolvimento conjunto entre os setores público e privado. O míssil mede cerca de 4 metros, pesa aproximadamente 266 kg, tem uma ogiva de 90 kg e utiliza materiais compostos para reduzir sua assinatura radar, atingindo velocidades entre Mach 0,9 e 1,2. É compatível com plataformas como AMX, F-5M e Gripen E/F.

MAR-1


O MAA-1B Piranha é uma evolução do projeto pioneiro MAA-1A, iniciado na década de 1980. Desenvolvido pela Mectron e Embraer, representa um avanço tecnológico em mísseis ar-ar brasileiros. Equipado com sensor infravermelho dual, alta manobrabilidade e alcance de até 12 km, integra modernos sistemas de combate. Seu desenvolvimento incluiu pesquisas e testes extensivos para aprimorar seus sistemas de orientação e propulsão. O MAA-1B é supersônico, movido a motor de combustível sólido, resistente a contra-medidas como flares. Mede cerca de 2,8 metros, pesa aproximadamente 89 kg, alcança velocidades próximas a Mach 3,5 (cerca de 4.320 km/h) e suporta manobras de até 45 g, o que o torna apto para combates aéreos modernos.


Impacto estratégico e perspectivas
A integração desses sistemas sob a bandeira da Mac Jee possibilita a criação de uma base comum para produção de mísseis estratégicos, reduzindo custos e ampliando a capacidade fabril. Isso beneficia não apenas as Forças Armadas brasileiras, mas também parceiros internacionais que buscam autonomia tecnológica. A empresa anunciou que está finalizando dois novos programas estratégicos que serão divulgados em breve, ampliando ainda mais o portfólio nacional.

Esse avanço coloca o Brasil como líder regional em tecnologia de armamento guiado, fortalece a Base Industrial de Defesa (BID) e posiciona a Mac Jee como um ator global de destaque entre as empresas independentes que entregam soluções tecnológicas complexas para a defesa nacional e de seus aliados.

Com Embraer e Eve, Brasil fortalece posicionamento em defesa e mobilidade aérea avançada no Oriente Médio

 


*LRCA Defense Consulting - 18/11/2025

A Embraer e sua spin-off Eve Air Mobility estão intensificando sua presença no Oriente Médio, ampliando significativamente sua atuação estratégica na região, conforme evidenciado nas recentes ações e parcerias anunciadas no contexto do Dubai Airshow 2025 e no Gateway Gulf Investment Forum 2025.

A aproximação da Embraer com o Oriente Médio
A Embraer anunciou a retirada da proposta para instalação de um centro de montagem final do cargueiro militar KC-390 na Arábia Saudita, passando a focar seus esforços no estabelecimento de um centro regional de completamento nos Emirados Árabes Unidos (EAU). Essa decisão reflete a estratégia de concentrar recursos em um polo único regional, fortalecendo a competitividade frente a rivais, como o Lockheed Martin C-130J. 

A parceria com empresas locais como a Ammroc (especializada em manutenção) e a Global Aerospace Logistics (GAL) reforça o compromisso da Embraer em oferecer suporte logístico e industrial robusto na região. O novo centro previsto nos EAU contará com oito edifícios e capacidade para até 21 aeronaves, evidenciando o potencial de uma presença operacional expressiva. 

O CEO da Embraer Defesa e Segurança, Bosco da Costa Jr., destaca o papel estratégico que o KC-390 pode desempenhar para as Forças Armadas dos Emirados e a intenção de expandir centros semelhantes para os EUA e Índia, sujeitos a encomendas. O projeto visa consolidar a Embraer como uma solução integrada não apenas com a aeronave, mas também com um pacote tecnológico e logístico adaptado à região.​

A expansão da Eve Air Mobility no Oriente Médio
Paralelamente, a Eve Air Mobility, empresa do grupo Embraer focada em mobilidade aérea avançada e eVTOL (veículos elétricos de decolagem e pouso vertical), firmou um acordo-quadro com o Ministério dos Transportes e Telecomunicações do Reino do Bahrein. Este acordo, anunciado no Gateway Gulf Investment Forum 2025, marca um passo histórico para o desenvolvimento do ecossistema regulatório, operacional e infraestrutural necessário às operações de eVTOL na região. 

A Eve trabalha ativamente com os países do Conselho de Cooperação do Golfo para identificar rotas prioritárias, avaliar infraestrutura e alinhar operações com as realidades locais, potencializando a viabilidade prática e expansão da mobilidade aérea avançada na área. 

O CEO da Eve, Johann C. Bordais, ressalta que o Bahrein quer se tornar um hub de inovação em mobilidade limpa, alinhado às ambições da empresa para transformar o transporte regional de forma sustentável e eficiente. A Eve planeja inaugurar operações comerciais já em 2028, expandindo para rotas internacionais em 2029, contemplando cidades estratégicas como Dubai, Abu Dhabi, Riyadh, Jeddah, Doha, Istambul e Manama.​

Importância estratégica para a Embraer

A aproximação da Embraer e da Eve Air Mobility ao Oriente Médio traduz uma estratégia amplamente alinhada com as tendências globais de inovação em defesa, transporte e mobilidade aérea urbana. A região do Golfo representa um mercado promissor, com investimentos substanciais em modernização militar e infraestrutura urbana avançada, além de um horizonte regulatório favorável ao desenvolvimento de tecnologias disruptivas como os eVTOLs. Estar na vanguarda dessas transformações permite à Embraer fortalecer sua posição competitiva internacional, diversificar portfólio e criar sinergias industriais e operacionais locais. 

A participação consolidada no Dubai Airshow 2025, com exposições do KC-390 e dos jatos E-Jets junto à presença da Eve em estande conjunto, reforça o comprometimento do grupo brasileiro em estar entre os protagonistas do futuro nos setores aeroespacial e de mobilidade avançada no Oriente Médio, construindo parcerias duradouras e adaptáveis às demandas regionais.​

Visita do Príncipe Herdeiro de Abu Dhabi: parceria de longo prazo
"Estamos honrados em receber Sua Alteza o Sheikh Khaled bin Mohamed bin Zayed Al Nahyan, Príncipe Herdeiro de Abu Dhabi e Presidente do Conselho Executivo de Abu Dhabi, na área da exposição estática da Embraer no Dubai Airshow. Estamos muito entusiasmados com a parceria de longo prazo que estamos construindo com os Emirados Árabes Unidos," declarou Bosco da Costa Junior em divulgação de hoje nas mídias sociais da Embraer.

Assim, a Embraer e a Eve Air Mobility não apenas reforçam sua relevância global com produtos inovadores, mas também demonstram uma visão estratégica profunda ao apostar nos Emirados e no Oriente Médio como um todo, estabelecendo uma plataforma para fortalecer sua atuação, acelerar a inovação e expandir seus mercados em setores cruciais para o futuro da aviação e defesa. 

17 novembro, 2025

KC-390: Embraer foca nos Emirados para venda, consolidação regional e expansão industrial



*LRCA Defense Consulting - 17/11/2025

A Embraer anunciou a retirada oficial da proposta feita à Arábia Saudita para instalar um centro de montagem final do cargueiro militar C-390 Millennium, voltando seu foco para a oferta de um centro regional de completamento nos Emirados Árabes Unidos (EAU), conforme reportagem da Aviation Week. A decisão, segundo o CEO da Embraer Defesa e Segurança, Bosco da Costa Jr., segue o entendimento estratégico de que não há espaço para duas instalações desse porte na mesma região, especialmente em um contexto de concorrência direta com o norte-americano Lockheed Martin C-130J.

EAU desponta como polo regional para o C-390
Durante o Dubai Airshow 2025, a Embraer apresentou o KC-390 Millennium com uma nova identidade visual, destacando o mercado estratégico do Oriente Médio. O projeto do “Centro de Excelência” nos Emirados prevê uma estrutura robusta, composta por oito edifícios — um administrativo e sete hangares —, com capacidade para atender uma frota considerável de até 21 aeronaves posicionadas no pátio externo.

A iniciativa ganha força com a assinatura de acordos entre a Embraer e empresas sediadas em Abu Dhabi: a MRO Ammroc, especializada em manutenção, reparo e revisão, e a Global Aerospace Logistics. Ambas atuarão em conjunto para garantir suporte logístico e operacional ao C-390, caso os Emirados firmem contrato de aquisição do modelo. Essa sinergia local fortalece a competitividade da oferta brasileira na região.

Expectativa de aquisição pelas Forças Armadas dos EAU
Bosco da Costa Jr. destacou o papel estratégico que o C-390 pode desempenhar nas Forças Armadas dos Emirados Árabes Unidos, afirmando que o diálogo com autoridades militares locais está ativo e que a oferta apresentada inclui suporte logístico e transferências de capacidade industrial. “Acreditamos que o C-390 pode desempenhar um papel muito importante aqui nos EAU”, afirmou Costa Jr.

Estratégia global e diferenciação regional
A Embraer mantém o compromisso de estabelecer centros de montagem final e validação nos Estados Unidos e na Índia, desde que esses países formalizem grandes encomendas. Para o Oriente Médio, no entanto, a escolha de concentrar esforços nos Emirados busca criar sinergias e evitar a dispersão de recursos diante de mercados que disputam grandes contratos de cargueiros militares.

A aposta nos EAU evidencia o interesse brasileiro em consolidar o C-390 Millennium como opção viável e competitiva, frente a rivais tradicionais tanto no Oriente Médio quanto no cenário global, oferecendo não apenas a aeronave, mas todo um pacote tecnológico integrado e adaptável às necessidades da região.

Esse acréscimo reforça a relevância do Dubai Airshow 2025 na estratégia comercial e destaca elementos atuais do posicionamento da Embraer e seu engajamento no Oriente Médio, enriquecendo o conteúdo original sem perder o foco na possível aquisição dos Emirados Árabes Unidos.

Embraer decola no Dubai Air Show com encomendas da Helvetic e da Air Côte d’Ivoire


*LRCA Defense Consulting - 17/11/2025

A Embraer anunciou dois importantes contratos durante o Dubai Air Show, consolidando sua posição de destaque no mercado global de jatos regionais. A fabricante brasileira ampliou parcerias com a Helvetic Airways, da Suíça, e com a Air Côte d’Ivoire, companhia nacional da Costa do Marfim, demonstrando a versatilidade de sua linha E-Jet nas mais diversas realidades operacionais, do coração da Europa à crescente conectividade africana.

Helvetic Airways amplia frota E2 e reforça compromisso com eficiência
A Helvetic Airways fez um novo pedido firme de três jatos E195-E2, com opção para outras cinco aeronaves. Com as entregas previstas a partir de 2026, a frota da companhia poderá chegar a 20 unidades da família E2 nos próximos anos. Cada aeronave será configurada para 134 assentos em classe única, com poltronas Recaro que priorizam conforto e eficiência.

Segundo Tobias Pogorevc, CEO da Helvetic Airways, a decisão reflete uma estratégia voltada à modernização e à sustentabilidade. “O E195-E2 é a aeronave ideal para nossa malha aérea, oferecendo eficiência de combustível, baixo ruído e excelente experiência ao passageiro”, afirmou. O modelo também permitirá flexibilidade nas operações ACMI (wet lease), segmento em que a empresa suíça atua amplamente em toda a Europa.

O presidente e CEO da Embraer Aviação Comercial, Arjan Meijer, celebrou o novo contrato como uma reafirmação da confiança da Helvetic. “A escolha da companhia demonstra a força econômica e ambiental do E2. Estamos orgulhosos de apoiar seu crescimento e seu papel nas operações regionais europeias”, afirmou.

A Helvetic foi uma das pioneiras no uso dos E190-E2 e E195-E2, inclusive em voos para o Aeroporto da Cidade de Londres, conhecido por suas aproximações íngremes e rigorosas restrições sonoras, um cenário que destaca as capacidades operacionais do E2.

Air Côte d’Ivoire aposta no E175 para impulsionar conectividade africana
Também no Dubai Air Show, a Air Côte d’Ivoire anunciou a aquisição de quatro jatos E175, com oito opções adicionais, marcando sua entrada na família E-Jet. O contrato representa um passo estratégico na modernização de sua frota e expansão da conectividade regional. As primeiras entregas estão previstas para o primeiro semestre de 2027.

As aeronaves serão configuradas com 76 assentos, 12 na Classe Executiva e 64 na Econômica, e operarão rotas domésticas e regionais a partir do hub de Abidjan. O E175 substituirá gradualmente os turboélices da companhia, proporcionando maior alcance, velocidade e conforto.

O CEO Laurent Loukou destacou o impacto dessa renovação. “O E175 se encaixa perfeitamente na nossa estratégia e na dimensão dos mercados africanos. Ele permitirá operar de forma mais eficiente e oferecer uma experiência superior aos passageiros, ao mesmo tempo em que fortalece o nosso desempenho econômico”, explicou.

Para a Embraer, o pedido reafirma sua liderança no mercado africano de aeronaves de até 150 assentos, onde detém 31% de participação. “É uma honra dar as boas-vindas à Air Côte d’Ivoire. O E175 tem um desempenho comprovado no continente e trará ganhos imediatos em conectividade e eficiência”, destacou Arjan Meijer.

Expansão global e sustentabilidade no centro da estratégia
Com esses novos contratos, a Embraer reforça tanto sua presença na Europa quanto na África e amplia o alcance internacional da família E-Jet, que já soma mais de 2.000 aeronaves entregues. A fabricante destaca o papel do portfólio E2 como ponte entre eficiência operacional, sustentabilidade e conforto, fatores cada vez mais decisivos na aviação comercial contemporânea.

Ao conquistar empresas com perfis operacionais distintos, a Embraer reafirma a adaptabilidade de sua linha de jatos e fortalece sua posição como líder mundial em aeronaves até 150 assentos. 

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