Pesquisar este portal

27 novembro, 2025

Embraer impulsiona proteção da Amazônia Azul com tecnologia de ponta para submarinos e fragatas

 


*LRCA Defense Consulting - 27/11/2025

A Embraer, com seu braço tecnológico Atech, desempenha papel estratégico em dois dos programas de defesa naval mais relevantes do Brasil: o Programa de Desenvolvimento de Submarinos (PROSUB) e o Programa Fragatas Classe Tamandaré. A atuação conjunta dessas empresas reforça a inovação, autonomia e modernização da Marinha do Brasil.

No PROSUB, a Embraer, por meio da Atech, é protagonista no desenvolvimento dos consoles multifuncionais do sistema de combate dos submarinos convencionais e do futuro submarino nuclear brasileiro. 
 
Além disso, responde pelo sistema de proteção e controle do laboratório de geração núcleo-elétrica (Labgene), vital para o reator do submarino nuclear. Essa atuação assegura a transferência e o domínio das tecnologias críticas, em parceria com empresas brasileiras, ampliando a autonomia operacional da Marinha.

No Programa Fragatas Classe Tamandaré, a Embraer compõe, junto com a Atech e a Thyssenkrupp Marine Systems, a Sociedade de Propósito Específico Águas Azuis. O consórcio é responsável pela construção das quatro fragatas no estaleiro de Itajaí (SC). 

A Embraer contribui diretamente no desenvolvimento do Sistema de Gerenciamento de Combate (CMS), do Enlace de Dados Tático e do Sistema Integrado de Gerenciamento da Plataforma (IPMS), garantindo a integração dos sistemas de combate, controle e comunicação das embarcações. A cooperação com a EMGEPRON potencializa o processo de nacionalização e transferência de tecnologia, fortalecendo a indústria naval brasileira.

Essa participação integral da Embraer nos principais programas navais do Brasil destaca a empresa como peça-chave na inovação tecnológica da defesa nacional, com impacto direto na proteção da Amazônia Azul e na geração de valor econômico e industrial para o país.

26 novembro, 2025

PROSUB celebra marco histórico com armamento do Tonelero e lançamento do Almirante Karam

 


*LRCA Defense Consulting - 26/11/2025

A Marinha do Brasil realizou, nesta quarta-feira, 26 de novembro de 2025, a cerimônia que marcou simultaneamente a entrega do submarino “Tonelero” (S42) ao Setor Operativo e o lançamento ao mar do submarino “Almirante Karam” (S43), no Complexo Naval de Itaguaí (CNI), no âmbito do Programa de Desenvolvimento de Submarinos (PROSUB). O evento reuniu altas autoridades civis e militares e consolidou mais um passo na construção da nova geração de submarinos da Classe Riachuelo, fruto da parceria estratégica entre Brasil e França.​

Na Mostra de Armamento do “Tonelero”, foram realizados os procedimentos formais de transferência do navio da Itaguaí Construções Navais (ICN) para a Marinha do Brasil, simbolizados pelo arriamento da bandeira da ICN, pelo desembarque da tripulação civil e, em seguida, pelo içamento do pavilhão nacional com a tripulação militar em posição, selando a incorporação do submarino ao Setor Operativo após uma extensa campanha de testes em mar. O “Tonelero” torna-se, assim, o terceiro submarino convencional com propulsão diesel-elétrica da Classe Riachuelo em serviço ativo, reforçando a capacidade de negação do uso do mar e de proteção da Amazônia Azul.​

O batismo e o lançamento ao mar do “Almirante Karam”, quarto submarino convencional do PROSUB, representaram outro marco da solenidade, com a participação de autoridades como o Ministro da Defesa e uma ministra do Supremo Tribunal Federal que atuou como madrinha do navio. Com cerca de 72 metros de comprimento, deslocamento em torno de 1.800 toneladas, capacidade de operar a aproximadamente 300 metros de profundidade e autonomia de até 70 dias, o S43 passa agora à fase de provas de mar, etapa anterior à futura incorporação ao Setor Operativo da Marinha.​

Ambos os submarinos integram a Classe Riachuelo, composta pelos submarinos “Riachuelo” (S40), “Humaitá” (S41), “Tonelero” (S42) e “Almirante Karam” (S43), todos com propulsão diesel-elétrica e dotados de sofisticados sistemas de combate capazes de integrar um arranjo abrangente de sensores e armamentos, como sonar, radar, sistemas de guerra eletrônica, sensores eletro-ópticos, torpedos, mísseis antinavio e minas. Projetados pelo Naval Group com intensa participação de engenheiros brasileiros e construídos no país pela ICN, esses meios consolidam o domínio nacional de tecnologias sensíveis e geram significativo arrasto tecnológico e industrial.​

Durante a cerimônia, o Alto-Comando da Marinha destacou que o PROSUB é elemento central para a estatura estratégica do Brasil, ao garantir presença permanente do poder naval em uma área marítima rica em recursos energéticos e naturais. A cooperação Brasil–França prevê, além dos quatro submarinos convencionais já construídos, o desenvolvimento do submarino nuclear convencionalmente armado “Álvaro Alberto”, cujo lançamento está previsto para a próxima década, o que colocará o país em um seleto grupo de nações com capacidade de projetar e operar submarinos de propulsão nuclear.​​

A Agência Marinha de Notícias, canais oficiais da Força, bem como veículos especializados em defesa e segurança divulgaram amplamente imagens e detalhes técnicos da solenidade, reforçando o caráter histórico do PROSUB25 para a defesa nacional. O avanço simultâneo na entrega do “Tonelero” e no lançamento do “Almirante Karam” confirma a maturidade do programa e sinaliza a continuidade dos investimentos em capacidade submarina, formação de pessoal e consolidação de uma base industrial de defesa robusta no país.

Visita técnica confirma excelência da Avibras e impulsiona recertificação como UniCat

 


*LRCA Defense Consulting - 26/11/2025

A Avibras, referência na indústria aeroespacial e bélica no Brasil, recebeu em 18 de novembro de 2025 uma visita técnica do Centro de Apoio a Sistemas Logísticos de Defesa (CASLODE), órgão do Ministério da Defesa, para reavaliar sua certificação como Unidade de Catalogação (UniCat). 

A avaliação confirmou a excelência da Avibras na prestação de serviços de catalogação, processo essencial para a recertificação da empresa como UniCat, que é autorizada a organizar e cadastrar itens de suprimento usados pelas Forças Armadas conforme o padrão OTAN. A conclusão da visita foi positiva, com os militares expressando otimismo quanto à retomada das operações da empresa, que está em processo de recuperação judicial desde 2022.

A Avibras foi pioneira como a primeira indústria privada autorizada a atuar como UniCat junto ao Ministério da Defesa no Brasil, fortalecendo seu papel estratégico na Base Industrial de Defesa Brasileira (BID). O serviço de catalogação, em operação pela empresa desde 2016, consiste na coleta e organização de dados técnicos para identificação dos itens usados nas Forças Armadas, trazendo visibilidade internacional e fortalecendo sua competitividade no mercado externo, além de gerar benefícios logísticos e econômicos.

Além disso, a recertificação da Avibras acontece num momento importante de reestruturação da empresa, que teve seu plano de recuperação judicial homologado em 2025, possibilitando a retomada gradual das atividades e fortalecendo sua governança e estabilidade institucional. A parceria histórica entre Avibras e o Ministério da Defesa é reforçada pela realização das visitas técnicas do CASLODE, demonstrando confiança na capacidade da empresa de continuar contribuindo para a defesa nacional e o desenvolvimento tecnológico do país. 

IACIT conclui entrega do sistema antidrone DroneBlocker ao Exército Brasileiro

 


*LRCA Defense Consulting - 26/11/2025

A brasileira IACIT finalizou a entrega do último lote do Sistema Antidrone DroneBlocker ao Comando de Comunicações e Guerra Eletrônica do Exército Brasileiro (CCOMGEX), consolidando a incorporação da tecnologia no Projeto SAD/SISFRON, o Sistema Integrado de Monitoramento de Fronteiras. Ao todo, 10 equipamentos foram entregues, sendo os últimos quatro recentemente instalados para reforçar a proteção das tropas e infraestruturas críticas contra ameaças de drones não autorizados.

Desenvolvido com tecnologia 100% nacional, o DroneBlocker utiliza bloqueadores de radiofrequência para inibir a comunicação entre drones e seus operadores, forçando o pouso controlado ou o retorno automático dos dispositivos interceptados. A tecnologia pode operar de forma autônoma ou manual, adaptando-se a diversos cenários operacionais. A eficácia foi amplamente testada no Forte Marechal Rondon, em Brasília, com simulações integradas ao Centro de Instrução de Guerra Eletrônica (CIGE) e ao 1º Batalhão de Guerra Eletrônica, garantindo capacitação intensiva dos militares.

O sistema antidrone também tem papel estratégico em outros órgãos, como o Gabinete de Segurança Institucional da Presidência da República (GSI), e em missões de proteção das fronteiras, combate a crimes ambientais como o garimpo ilegal, e enfrentamento ao narcotráfico na Amazônia. Sua utilização se estende a grandes eventos, como os Jogos Olímpicos de 2016, Cúpula do G20, encontro dos BRICS e a recente conferência climática da ONU, a COP30.

Para o CEO da IACIT, Luiz Teixeira, o DroneBlocker representa uma solução eficaz para as ameaças reais enfrentadas no território brasileiro, evidenciando o potencial da Base Industrial de Defesa nacional e fortalecendo a soberania, segurança e prontidão tecnológica do país. Com certificação como Empresa Estratégica de Defesa, a IACIT investe constantemente em inovação para suprir as necessidades do mercado nacional e internacional de defesa e segurança.

A integração do DroneBlocker ao SISFRON representa um avanço significativo para o Exército, ampliando a capacidade de resposta adaptável a ameaças emergentes, mesmo frente a drones de baixo custo e alta mobilidade, uma preocupação crescente em cenários de conflito e segurança pública. 

Brasil avança na modernização naval com financiamento para fragatas da Classe Tamandaré

 


*LRCA Defense Consulting - 26/11/2025

O governo brasileiro enviou ao Congresso o Projeto de Lei (PLN) nº 32/2025, que abre crédito especial de 500 milhões de reais para aporte federal na Empresa Gerencial de Projetos Navais (Emgepron). O objetivo dessa medida é garantir financiamento contínuo ao Programa de Fragatas da Classe Tamandaré, um esforço estratégico para modernizar a Marinha do Brasil com navios de escolta que terão papel fundamental na proteção das águas territoriais e no fortalecimento da segurança marítima nacional.

Este financiamento ocorre em contexto favorável, graças à ratificação da Lei Complementar nº 221/2025, que cria uma importante exceção no arcabouço fiscal brasileiro, permitindo que até 30 bilhões de reais sejam destinados a projetos estratégicos de defesa ao longo dos próximos seis anos, sem entrar no limite tradicional de gastos públicos. Isso inclui um teto anual de até 5 bilhões de reais para investimentos no setor, possibilitando maior previsibilidade e continuidade em programas de defesa essenciais, como o das Fragatas Tamandaré.

O Programa das Fragatas Tamandaré é visto como vital para estimular tanto a indústria nacional de defesa quanto a geração de emprego e renda direta e indiretamente associada à cadeia produtiva. Além disso, os navios apoiarão a fiscalização econômica e ambiental, contribuindo para a proteção das riquezas brasileiras e para o combate a ameaças marítimas e crimes transfronteiriços.

Já aprovado no Congresso, o PLN 32/2025 está alinhado com a prioridade governamental de garantir soberania e aumentar a capacidade operacional da Marinha, ao mesmo tempo em que aproveita os benefícios da nova legislação para fortalecer a base industrial nacional. 

Caçadores de drones modernos: o embate entre o L-39NG SkyFox e o A-29 Super Tucano

 

*LRCA Defense Consulting - 26/11/2025

A aeronave de treinamento L-39NG, fabricada pela Aero Vodochody (República Tcheca), foi recentemente apresentada no Dubai Airshow 2025 em configuração especializada para caça de drones, posicionando-se diretamente como rival do brasileiro Embraer A-29 Super Tucano para missões de intercepção e combate a UAVs. Ambas contam com versões específicas e adaptações para atuação neste campo, e as principais diferenças técnicas e operacionais influenciam fortemente a escolha ideal para missões de defesa contra drones.​

Características do L-39NG "Caçador de Drones"

  • O L-39NG possui motores a jato, proporcionando velocidade superior e rápida resposta em situações de interceptação.
  • Foi equipado com foguetes guiados a laser FZ275 LGR (projeto europeu, livre de restrições ITAR), em vez do tradicional APKWS americano, que é largamente utilizado para caça de drones. Também conta com duas metralhadoras de 12,7 mm para engajamentos próximos.
  • Sensores e pods de mira de altíssima tecnologia, incluindo o SiNAB Phoenix (Austrália) e o Airborne Technologies Scar (Áustria), ampliam a capacidade de detecção, guiamento e designação de alvos, especialmente drones tipo Shahed-136, já combatidos por forças ucranianas.
  • O L-39NG consegue exercer funções duplas (treinamento/combate UAV) e possui boa integração de módulos de missão, mas sua autonomia é limitada: o tempo de voo sem tanques externos é cerca de metade do Super Tucano, restringindo patrulhas longas.​

Características do Embraer A-29 Super Tucano Anti-drone

  • O A-29 é um turboélice robusto, de baixíssimo custo operacional, capaz de operar em pistas curtas e não preparadas, com grande facilidade de manutenção.
  • Adaptado recentemente para caça de drones, integra sensores eletro-ópticos/infrared, metralhadoras calibre .50 (12,7 mm), foguetes guiados a laser (APKWS/Hydra 70 e variantes) e datalinks para receber coordenadas de alvos em tempo real.
  • A baixa velocidade mínima de voo (43 kt/80 km/h) permite pairar e perseguir drones lentos, uma grande vantagem perante os jatos, que enfrentam dificuldade técnica ao tentar interceptar UAVs com baixa velocidade (como os eficazes e mortais Shahed-136 e seus similares). Sua larga autonomia o torna ideal para patrulhas extensas e persistentes em zonas de risco.
  • Sua configuração modular permite upgrades fáceis, integração de novos sistemas e manutenção facilitada. O Super Tucano já acumula mais de 600.000 horas de voo em missões reais, sendo amplamente divulgado em 22 forças aéreas.​

Tabela comparativa L-39NG vs Super Tucano

Característica

L-39NG "Drone Hunter"

Embraer A-29 Super Tucano

Propulsão

Jato (FJ44-4M) ​

Turboélice (PT6A-68C) ​

Velocidade Máxima

Superior ao A-29 ​

Inferior, mas suficiente para UAV ​

Autonomia/patrulha

Menor, sem tanques externos​

Alta, ideal para patrulhas longas ​

Sensores

EO/IR avançados (SiNAB, Scar)​

EO/IR, datalink, modular ​

Armamento antidrone

FZ275 LGR c/laser, 12,7 mm ​

APKWS/Hydra, .50, modular ​

Manutenção/custo operacional

Superior ao jato, médio ​

Muito baixo, fácil manutenção ​

Operacionalidade campo rústico

Limitado ​

Ótimo, pistas simples ​

Flexibilidade de missão

Treinamento+UAV ​

Multimissão+UAV, upgrade fácil ​

Cases de combate

Ucrânia (FZ275 LGR vs Shahed)​

Global, combate real, validado ​

Qual é melhor caçador de drones?
Para patrulha e caça efetiva de drones táticos e kamikaze, o A-29 Super Tucano se sobressai principalmente por sua capacidade de voar lento, interceptar eficazmente UAVs de baixo desempenho, realizar missões persistentes e operar em ambientes adversos com baixo custo operacional. O L-39NG apresenta vantagens em velocidade de resposta e liberdade comercial (sem restrições ITAR), além de alta tecnologia de sensores, porém sua autonomia reduzida e altos custos tornam complexo o emprego em cenários extensos e de alta demanda operacional.​

Portanto, conforme critérios de eficácia, flexibilidade, economia e adequação ao perfil de missões contra UAVs, o Embraer Super Tucano atualmente é considerado a melhor solução "caçadora de drones" entre as duas aeronaves.

Postagem em destaque