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03 dezembro, 2025

Avibras mira retomada com apoio da Câmara e aporte de R$ 300 milhões

 


*LRCA Defense Consulting - 03/12/2025

A Avibras Indústria Aeroespacial, maior empresa bélica do Brasil, enfrenta uma crise financeira profunda desde 2022, mas recebeu nesta semana sinais concretos de apoio da Comissão de Relações Exteriores e de Defesa Nacional (CREDN) da Câmara dos Deputados para voltar a produzir. Em audiência pública realizada no dia 2 de dezembro, o presidente da CREDN, deputado Filipe Barros, comprometeu-se a acompanhar de perto o processo e articular a liberação de um aporte de R$ 300 milhões no Orçamento de 2026 para garantir a retomada da produção a partir do início do ano que vem.

Com dívidas estimadas em R$ 1,5 bilhão e mais de 26 meses de salários atrasados, a empresa de Jacareí enfrenta um dos maiores processos de recuperação judicial do país, que envolve múltiplos credores, um plano alternativo homologado pela Justiça e imbróglios societários. Trabalhadores estão em greve desde setembro de 2022, reivindicando pagamento dos valores atrasados.

Na audiência, estiveram presentes representantes do Ministério da Defesa, da Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI), do sindicato dos trabalhadores e da própria Avibras. O presidente da empresa, Fábio Guimarães Leite, destacou que a companhia já está recuperando clientes, especialmente em países do Oriente Médio, como Catar, Emirados Árabes Unidos, Arábia Saudita e Indonésia, e reforçou a importância do aporte para restabelecer a confiança no mercado doméstico e internacional.

A ex-deputada Perpétua Almeida ressaltou a importância estratégica da Avibras para a soberania nacional, comparando-a à Embraer no setor aeroespacial, e defendeu a aprovação da PEC dos 2%, essencial para manter a continuidade dos projetos estratégicos de defesa.

O clima é de cautelosa expectativa, entre negociações com investidores e credores, pressionando para evitar a venda da empresa a potências estrangeiras e garantir o futuro da Avibras como um pilar da indústria de defesa brasileira. 

*As informações são da Agência Câmara 

Embraer e Google firmam parceria em inteligência artificial

 


*LRCA Defense Consulting - 03/12/2025

A Embraer, gigante brasileira da aviação, assinou um Memorando de Entendimento (MoU) com o Google para explorar aplicações de inteligência artificial (IA) na indústria aeronáutica. O acordo, anunciado pelo Valor Econômico, visa integrar tecnologias do Google Cloud e da divisão de pesquisa Google DeepMind às operações globais da Embraer, com foco em otimização de processos, aumento de eficiência e inovação digital.​

Nos próximos meses, as empresas mapearão áreas prioritárias para colaboração em pesquisa e desenvolvimento, como análise de dados em tempo real e suporte à tomada de decisões operacionais. 

Essa iniciativa alinha a Embraer às tendências globais de IA industrial, potencializando sua competitividade em aviação comercial, executiva e de defesa. A parceria faz parte de esforços mais amplos do Google no Brasil, incluindo programas de bolsas e cátedras em IA na USP.​

Contexto e implicações estratégicas

A colaboração surge em um momento de expansão da Embraer no ecossistema global de defesa e tecnologia. Recentemente, a empresa firmou parcerias com a Holanda envolvendo IA para vigilância militar e gestão de frotas, como acordos com TNO e OPT/NET, que aplicam IA em operações complexas. Com o Google, o foco abrange toda a cadeia aeronáutica, desde manufatura até manutenção, beneficiando a Base Industrial de Defesa brasileira.​

Especialistas veem o MoU como um passo para transformar a Embraer em líder em IA aeroespacial, integrando ferramentas como sistemas multiagentes e análise preditiva. Isso reforça parcerias internacionais da companhia, como vendas de C-390 Millennium à Holanda e E195-E2 para TrueNoord, ampliando retornos econômicos. 

Robôs, drones e IA: o papel do Robô Expedicionário na nova doutrina dos Fuzileiros Navais


*LRCA Defense Consulting - 03/12/2025

O Corpo de Fuzileiros Navais (CFN) deu mais um passo na consolidação de sua doutrina de emprego de sistemas não tripulados ao apresentar o veículo terrestre não tripulado “Robô Expedicionário” durante o 1º Workshop sobre o Emprego de Drones e o 1º Campeonato de Drones Militares do CFN, no Rio de Janeiro. A exibição do sistema em um evento dedicado originalmente a plataformas aéreas evidencia a intenção da Marinha de tratar drones terrestres, aéreos e navais sob uma mesma lógica de transformação tecnológica e integração operacional.​

Um UGV pensado para ambientes hostis

Desenvolvido pelo Centro Tecnológico do Corpo de Fuzileiros Navais (CTecCFN), o Robô Expedicionário é um veículo operado remotamente, projetado para apoiar missões de reconhecimento da Infantaria, de Operações Especiais e de unidades NBQR, reduzindo a exposição de tropas em áreas de alto risco. A plataforma foi concebida para atuar em cenários com ameaça nuclear, biológica, química e radiológica, além de operações em áreas urbanas complexas, funcionando como “batedor” robotizado na linha de frente.​

Suas principais características técnicas são: peso de 11 kg, velocidade máxima de 10 km/h, bateria de lítio 24 V (20 Ah), torque total de 13,76 N.m, potência de 400 W, autonomia mínima de 120 minutos, largura de 395 mm, comprimento de 461 mm e altura de 235 mm.

O sistema integra sensores e câmeras que permitem o envio de imagens e dados em tempo real ao operador, facilitando a avaliação do terreno, a identificação de ameaças e o planejamento de progressão da tropa antes da entrada de militares em ambiente potencialmente contaminado ou dominado por forças hostis. Em apresentações públicas e feiras como a DroneShow Robotics 2025, a Marinha tem enfatizado o caráter dual do equipamento, com aplicações tanto em operações militares quanto em apoio a respostas a desastres e acidentes envolvendo materiais perigosos.​

Vitrine da agenda de inovação dos Fuzileiros
A presença do Robô Expedicionário no 1º Workshop sobre o Emprego de Drones e no 1º Campeonato de Drones Militares insere o UGV em um contexto mais amplo de modernização do CFN, que inclui desde drones de reconhecimento até munições “kamikaze” e outros robôs autônomos em desenvolvimento. O evento reuniu representantes das três Forças, indústria e academia, servindo como laboratório para discutir doutrina, interoperabilidade e capacitação em sistemas não tripulados.​​

Paralelamente, a Marinha anunciou a criação de uma Escola de Drones a partir de 2026, indicando que plataformas como o Robô Expedicionário tendem a ser incorporadas a currículos de formação e aperfeiçoamento, com ênfase em operação, manutenção e integração com outros vetores. A aposta em treinamento estruturado acompanha a percepção da alta administração naval de que a guerra contemporânea, influenciada por conflitos recentes, é cada vez mais marcada pelo emprego massivo de sistemas remotos, inteligência artificial e sensores distribuídos.​

Parcerias com universidades e ecossistema de P&D
O Robô Expedicionário resulta diretamente de uma parceria entre o CTecCFN e a Universidade Federal de Goiás (UFG), formalizada por acordo de cooperação técnica assinado em outubro de 2021, coordenado pelo professor Sólon Bevilácqua da Faculdade de Ciência e Tecnologia (FCT/UFG). A UFG lidera o desenvolvimento de software, hardware, programação e integração de sensores para o ROV portátil (cerca de 20 cm e 5 kg, transportável em mochila), enquanto o CTecCFN cuida do chassi, testes operacionais e validação militar para missões de reconhecimento de infantaria, operações especiais e inspeções NBQR em áreas como favelas ou zonas contaminadas.​

O protótipo já recebeu honrarias da Marinha em 2023 e foi apresentado em eventos recentes como o 1º Workshop de Drones do CFN, confirmando sua maturidade operacional. Essa colaboração foi reforçada por visitas do CTecCFN à Universidade Federal de Santa Maria (UFSM) em 2024, criando um protocolo tripartite (Marinha-UFG-UFSM) para evoluções em autonomia, IA e robótica militar e uma agenda alinhada a protocolos de cooperação com a Marinha voltados à robótica, simulação e engenharia. 

Esse ecossistema de pesquisa contribui para iterar rapidamente protótipos, testar módulos de inteligência artificial, sensores e arquitetura de comando e controle, além de ampliar a base de conhecimento nacional na área de UGVs e integrar a academia a requisitos reais do CFN. 

Atenção internacional e perspectiva de emprego
O Robô Expedicionário já começou a ganhar espaço em publicações especializadas estrangeiras, como a Janes, que destacam o sistema como um exemplo da entrada mais consistente da América do Sul no mercado de veículos terrestres não tripulados. Essas análises costumam situar o UGV brasileiro em um cenário em que exércitos da região ainda conciliam meios tradicionais, como cavalaria montada, com plataformas robotizadas emergentes, o que torna a adoção de UGVs um movimento gradual e sensível a restrições orçamentárias.​

Para o CFN, contudo, o valor do Robô Expedicionário parece ir além do equipamento em si: o sistema funciona como demonstrador tecnológico, permitindo amadurecer doutrina de emprego, protocolos de segurança NBQR e integração com drones aéreos e sensores de superfície. Em termos operacionais, o UGV tende a ser empregado inicialmente em tarefas de reconhecimento, avaliação de rotas, inspeção de áreas contaminadas e apoio à proteção de instalações sensíveis, com possibilidade de evolução para configurações mais armadas ou dotadas de maior autonomia, conforme avancem os projetos de pesquisa. 

02 dezembro, 2025

CEO da Taurus apresenta portfólio militar ao Comando do Corpo de Fuzileiros Navais

Encontro entre fabricante brasileira de armas e Fuzileiros Navais discute modernização de equipamentos e fortalecimento da defesa nacional 


*LRCA Defense Consulting - 02/12/2025

O CEO global da Taurus Armas, Salesio Nuhs, e o diretor comercial da Divisão Militar & Exportação, Henrique de Moraes Gomes, estiveram esta semana no Comando do Corpo de Fuzileiros Navais (CFN) para uma reunião estratégica com o comandante-geral, almirante de esquadra Carlos Chagas Viana Braga. O encontro marca um movimento da fabricante brasileira para expandir sua atuação no mercado de defesa e aproximar-se das Forças Armadas do País.

Novo portfólio militar
Na pauta central da reunião esteve a apresentação do Taurus Military Products, linha lançada durante a LAAD Defence & Security 2025 que representa uma ambiciosa investida da empresa no segmento de defesa de maior valor agregado. O portfólio reúne desde produtos já consolidados até inovações tecnológicas desenvolvidas especificamente para aplicações militares.

Entre os equipamentos dessa linha estão os fuzis T4 (calibres 5,56mm e .300 Blackout em diversos tamanhos) e T10 (7,62mm), as pistolas TS9 (9mm) e a nova TX9 com mecanismo Striker-Fire e na plataforma Taurus Modular System, disponível em versões subcompacta, compacta e full size, todas em calibre 9x19mm.

O portfólio inclui ainda a nova submetralhadora RPC 9x19mm, apresentada pela empresa como a mais leve, compacta e de maior capacidade do mercado, desenvolvida sob protocolo militar. Completam a linha metralhadoras leves (5,56x45mm e 7,62x51mm) e metralhadora pesada calibre .50 BMG.


Inovação tecnológica: drone armado
Uma das principais novidades é o TAS – Tactical Air Soldier, drone armado compatível com fuzis e submetralhadoras, equipado com sistemas de inteligência artificial voltados para operações de ISR (Inteligência, Vigilância e Reconhecimento) e apoio tático. O equipamento foi projetado com foco em modularidade e utilização de armamento nacional, ampliando as capacidades de apoio aéreo e combate em operações táticas e militares.

Com essa linha completa, a Taurus se posiciona como fornecedora integral de armamentos, cobrindo desde o calibre .22 LR até o .50 BMG. A estratégia é reforçada por parcerias internacionais, como o memorando de entendimento firmado com a empresa turca Mertsav para desenvolvimento de rifles de precisão e metralhadoras, acelerando a entrada da fabricante brasileira no segmento de defesa pesada.

Foco nos Fuzileiros Navais
As soluções apresentadas atendem necessidades específicas de modernização dos Fuzileiros Navais, força expedicionária que demanda equipamentos para infantaria anfíbia, viaturas e operações táticas variadas. O portfólio está estruturado em fases de demonstração e certificação, visando adequação técnica às missões navais.

A aproximação institucional com o CFN é considerada estratégica não apenas para ajustes operacionais dos produtos, mas também para processos de homologação nacional — requisito fundamental para posterior exportação dos equipamentos.

Perspectivas estratégicas
A iniciativa reflete o movimento da Taurus para disputar espaço relevante no mercado global de produtos militares e consolidar sua presença junto às Forças Armadas brasileiras. O encontro sinaliza o compromisso da fabricante em fornecer equipamentos nacionais competitivos, abrindo caminho para possíveis contratos e ampliação de sua participação no mercado internacional de defesa.

A visita ao CFN representa mais um passo no esforço da indústria nacional de defesa para atender demandas das Forças Armadas com tecnologia desenvolvida no País, potencialmente reduzindo dependência de importações e fortalecendo a base industrial brasileira no setor.

Embraer fecha pacote de cinco MoUs com a estatal polonesa PGZ e consolida polo industrial do KC‑390 no país

 
*LRCA Defense Consulting - 02/12/2025

A Embraer assinou cinco Memorandos de Entendimento (MoUs) com a estatal Polska Grupa Zbrojeniowa S.A. (PGZ) e quatro de suas subsidiárias – WZL‑1, WZL‑2, WSK “PZL‑Kalisz” e WBCKT – estabelecendo uma plataforma de cooperação de longo prazo nos setores aeroespacial e de defesa da Polônia. Segundo a Reuters, os acordos fazem parte da estratégia de Varsóvia de acelerar investimentos em defesa, que devem alcançar 4,8% do PIB em 2026, e dão à PGZ um parceiro de primeira linha na aviação militar.​

O pacote cria um arcabouço amplo para cooperação industrial em apoio operacional, manutenção, reparo e revisão (MRO), fabricação de componentes, soluções de cadeia de suprimentos e atividades de engenharia, desenvolvimento, industrialização e testes de produtos aeroespaciais, com possibilidade de expansão para áreas C4ISR. 

A Embraer destaca que o objetivo é não apenas fornecer aeronaves, mas ancorar na Polônia um ecossistema industrial capaz de gerar empregos qualificados e novas competências tecnológicas no coração da OTAN.​

Do ponto de vista industrial, os MoUs distribuem funções entre as subsidiárias polonesas. Com a WZL‑1, o foco está na fabricação de partes metálicas e compostas, transferência de tecnologia, certificação, garantia da qualidade e exploração de tecnologias emergentes, fortalecendo a base tecnológica local. Já o acordo com a WZL‑2 mira cooperação em MRO para o KC‑390 e outras aeronaves, além de serviços de pintura, criando um polo de suporte regional para a frota de transporte tático da Embraer.​

Os entendimentos com a WSK “PZL‑Kalisz” e a WBCKT ampliam o escopo para componentes e apoio em solo. A WSK deverá avaliar cooperação em produção de componentes aeronáuticos, processos mecânicos e de tratamento térmico, bem como programas de treinamento e consultoria. Com a WBCKT, as empresas estudarão o desenvolvimento conjunto de equipamentos de apoio em solo (GSE) dedicados ao KC‑390 Millennium, reforçando a capacidade da indústria polonesa de atender toda a cadeia logística da aeronave.​



KC-390 Millennium e A-29 Super Tucano Anti-drone
Durante a cerimônia de assinatura, a Embraer apresentou oficialmente o KC‑390 Millennium na Polônia e destacou também as capacidades de contra‑UAS do A‑29 Super Tucano, alinhando a oferta a um ambiente operacional saturado por drones. Em operação desde 2019 na Força Aérea Brasileira e já entregue às forças aéreas de Portugal e Hungria, o KC‑390 acumula taxas de disponibilidade ao redor de 93% e índices de conclusão de missão acima de 99%, podendo transportar até 26 toneladas de carga, operar em pistas semipreparadas e cumprir uma ampla gama de missões, incluindo reabastecimento em voo como tanker e como receptor.​

Para a PGZ, o acordo representa um salto de qualidade. O vice‑presidente Jan Grabowski ressaltou que a parceria com uma das maiores empresas de aviação do mundo permitirá ampliar o potencial da indústria de defesa polonesa, acelerar a transferência de tecnologia e adquirir novas competências em um dos domínios centrais do campo de batalha moderno. 

Bosco da Costa Junior, presidente e CEO da Embraer Defesa & Segurança, afirmou que a cooperação faz parte do “DNA” da Embraer e coloca a Polônia no centro do ecossistema industrial que a empresa vem construindo na Europa, em linha com iniciativas semelhantes em países como Portugal, Lituânia, Índia e Coreia do Sul.
 
Sobre a PGZ
A Polska Grupa Zbrojeniowa é um grupo de capital que concentra várias dezenas de fábricas, instalações de serviço e centros de pesquisa cruciais para a indústria de defesa polonesa. A PGZ fabrica sistemas e soluções inovadoras utilizadas pelas Forças Armadas da República da Polônia e aliadas. 
 
O grupo abrange sistemas modernos de radiolocalização e radar, rifles e optoeletrônicos, transportadores blindados com rodas, artilharia, sistemas aéreos não tripulados e sistemas de suporte à gestão do campo de batalha. Seus produtos são baseados em invenções tecnológicas polonesas e na cooperação com líderes globais do setor de defesa. Eles são desenvolvidos e produzidos sob a supervisão de engenheiros, construtores e especialistas experientes. 

Eve Air Mobility escolhe BETA Technologies como fornecedora de motores elétricos para seu eVTOL


*LRCA Defense Consulting - 02/12/2025

A Eve Air Mobility, subsidiária da Embraer voltada ao desenvolvimento de aeronaves elétricas de decolagem e pouso vertical (eVTOL), anunciou a seleção da norte-americana BETA Technologies como fornecedora oficial dos motores de propulsão elétrica que equiparão seus protótipos e aeronaves de produção.

O acordo representa um passo estratégico no amadurecimento do programa de eVTOL da Eve, que acumula uma carteira de 2.800 pedidos e busca consolidar sua cadeia global de suprimentos. A parceria com a BETA pode atingir até US$ 1 bilhão em valor ao longo de dez anos, reforçando o compromisso das duas empresas com soluções de engenharia eficientes e sustentáveis.

Sinergia tecnológica
A integração dos motores de empuxo desenvolvidos pela BETA aos sistemas de elevação da Eve eleva o desempenho operacional e a eficiência energética do eVTOL brasileiro. Durante a fase inicial de avaliação, a Eve adquiriu, testou e validou o desempenho dos motores em seu protótipo de engenharia, antecipando os testes de voo previstos para o fim de 2025 ou início de 2026.

“Integrar a BETA Technologies à nossa cadeia de suprimentos é um marco crucial no avanço do programa”, afirmou Johann Bordais, CEO da Eve Air Mobility. “A tecnologia de propulsão elétrica da BETA será essencial para o voo de cruzeiro, fortalecendo nossa arquitetura de propulsão e impulsionando desempenho, eficiência e sustentabilidade rumo à entrada em serviço.”

Engenharia leve e confiável
A BETA projeta e fabrica seus próprios sistemas de propulsão elétrica, reconhecidos por oferecer elevada relação potência-peso e eficiência energética. A simplicidade de projeto — com menos partes móveis e redundância sofisticada — contribui para maior segurança e redução de custos de manutenção, características decisivas para o modelo de operação proposto pela Eve no mercado de Mobilidade Aérea Urbana (UAM).

“Estamos entusiasmados em apoiar o programa da Eve com nossa tecnologia de propulsão elétrica”, afirmou Kyle Clark, fundador e CEO da BETA Technologies. “Nossos motores já demonstraram alto desempenho e confiabilidade em milhares de operações reais, e nossa capacidade de produção está pronta para atender às demandas do programa.”

Consolidação da cadeia global
Com a entrada da BETA, a Eve amplia seu grupo de fornecedores estratégicos, que inclui empresas líderes como BAE Systems (baterias), Garmin (aviônicos), Honeywell Aerospace (iluminação externa), Intergalactic (gestão térmica) e Nidec Aerospace (motores de propulsão).

O eVTOL da Eve adota um conceito de sustentação e cruzeiro com oito hélices para voo vertical e asas fixas para o deslocamento horizontal. A propulsão do cruzeiro é garantida por dois motores elétricos independentes, garantindo redundância e segurança. Essa configuração reduz custos operacionais, simplifica a manutenção e minimiza o ruído — um diferencial para operações urbanas.

Progresso e perspectivas
A Eve segue na fase de testes do protótipo, avaliando desempenho, capacidades de voo e recursos de segurança antes da certificação final. A empresa mantém o plano de promover a entrada em serviço comercial a partir da segunda metade desta década.

Fundada sob a experiência de mais de meio século da Embraer, a Eve busca liderar o ecossistema global de Mobilidade Aérea Urbana, combinando desenvolvimento de aeronaves, infraestrutura de suporte e soluções de gestão de tráfego aéreo dedicadas a operações elétricas. 

01 dezembro, 2025

Mais que uma visita: KC-390 na AMMROC simboliza guinada geopolítica estratégica da Embraer no Oriente Médio

 


*LRCA Defense Consulting - 01/12/2025

A presença do KC-390 Millennium nas instalações da Advanced Military Maintenance Repair & Overhaul Center (AMMROC), em Al Ain, nos Emirados Árabes Unidos, no final de novembro, simboliza a consolidação de uma nova fase da estratégia internacional da Embraer no Oriente Médio. A visita inaugural ao centro de manutenção, logo após a assinatura de memorandos de entendimento durante o Dubai Airshow, reposiciona o cargueiro brasileiro no tabuleiro regional e reforça a aposta da fabricante em transformar o país em um polo de suporte e serviços para o KC-390.​

No evento em Al Ain, representantes de peso da aviação local — como Mahmood Alhameli, CEO do grupo Abu Dhabi Aviation, e Jasem Al Marzouqi, CEO da AMMROC, juntamente com a alta administração e equipes da AMMROC e da Calidus, LLC — foram apresentados à aeronave, sinalizando o interesse do ecossistema de defesa emirático em ampliar a cooperação com a indústria brasileira. Pela Embraer, a visita contou com a presença de Tahar Zaouche, Diretor de Vendas e Desenvolvimento de Negócios para o Oriente Médio e Ásia Central.

Parceria para além da vitrine do airshow 
A cena, com o KC-390 posicionado no coração de um dos principais centros de MRO da região, reforça a narrativa de que a parceria pretende ir além da vitrine do airshow e avançar para negócios concretos em manutenção, treinamento e apoio logístico.​

Os memorandos firmados entre Embraer, AMMROC e GAL (Global Aerospace Logistics) têm como foco central a construção de uma capacidade regional de manutenção, reparo e revisão dedicada ao KC-390 Millennium, incluindo treinamento de pessoal, engenharia de modificações e soluções de suporte ao ciclo de vida. Na prática, o pacote coloca as empresas em rota para oferecer serviços de alta complexidade a operadores atuais e potenciais do cargueiro no Oriente Médio, criando um arcabouço local capaz de reduzir tempos de parada, custos operacionais e dependência de estruturas fora da região.​

A aposta emirática na parceria com a Embraer ocorre em um contexto de disputa acirrada pelo status de hub de carga militar e aviação de defesa no Golfo, em que o KC-390 se apresenta como alternativa moderna aos cargueiros táticos tradicionais. Com capacidade de transportar até 26 toneladas, operar em pistas semipreparadas e executar missões que vão de transporte de tropas ao combate a incêndios, o modelo acumula histórico de alta disponibilidade e taxas de conclusão de missão acima de 90% com forças aéreas que já o utilizam, reforçando o apelo da plataforma junto a potenciais clientes da região.​


Guinada geopolítica estratégica no Oriente Médio
Nos bastidores, a movimentação em Al Ain também reflete uma guinada geopolítica da Embraer: após flertar com um centro de montagem e MRO na Arábia Saudita, a empresa decidiu priorizar os Emirados Árabes Unidos para sediar um futuro “completion center” do C-390, voltado a montagem final, customizações e suporte regional. Essa escolha desloca o eixo da estratégia do cargueiro no Oriente Médio e aprofunda os laços com Abu Dhabi, que passa a ocupar papel central nos planos de expansão do avião brasileiro no mercado de defesa do Golfo.​

Para a região de Al Ain, a cooperação representa, além do prestígio político, a perspectiva de geração de empregos qualificados e transferência de conhecimento em manutenção aeronáutica de alta tecnologia. Ao mesmo tempo, para o Brasil, o movimento consolida o KC-390 como vetor de inserção estratégica no Oriente Médio, ampliando a presença industrial da Embraer e abrindo espaço para novas oportunidades de exportação em um mercado historicamente disputado por grandes fabricantes globais. 

Tecnologia brasileira na linha de frente: CC2 da Embraer ampliam o alcance do SISFRON

 


*LRCA Defense Consulting - 01/12/2025

Os Centros de Comando e Controle Móveis (CC2) da Embraer, recentemente entregues ao Exército Brasileiro no âmbito da Fase 2 do SISFRON, representam um salto qualitativo na capacidade de comando, controle e comunicações das tropas que atuam na faixa de fronteira oeste. Eles combinam mobilidade tática, infraestrutura de TI robusta e integração com sensores e redes do SISFRON, permitindo ao comandante “levar o centro de operações para o terreno”, com consciência situacional em tempo quase real.

Nova etapa para o SISFRON
A entrega das primeiras quatro unidades do Centro de Comando e Controle Móvel (CC2) marca um novo marco na implantação da Fase 2 do Sistema Integrado de Monitoramento de Fronteiras (SISFRON), programa estratégico do Exército Brasileiro dedicado a vigiar os 16,8 mil quilômetros de fronteiras terrestres do país. Ao todo, 15 unidades deverão ser entregues nesta fase, compondo uma malha de centros móveis capazes de apoiar diretamente os comandos na região oeste, área crítica para o combate a crimes transnacionais, contrabando e tráfico de drogas.​

O SISFRON foi concebido não apenas como um “sistema de sensores”, mas como uma arquitetura completa de comando, controle, comunicações, computação e inteligência (C4I), integrando radares, sistemas optrônicos, redes de dados e centros de operações militares. Nesse contexto, os CC2 móveis funcionam como elos essenciais entre o que é detectado na fronteira e a capacidade de transformar dados em decisões rápidas e coordenadas.​

O que são os CC2 móveis
O Centro de Comando e Controle (CC2), na doutrina de comando e controle do Exército, é a estrutura em que o comandante e seu estado‑maior recebem, analisam e difundem informações, planejam operações e emitem ordens. Na versão móvel concebida para o SISFRON, essa estrutura é instalada em viaturas táticas ou abrigos transportáveis, climatizados, com estações de trabalho, servidores, sistemas de visualização e múltiplos meios de comunicação seguros.​

Essas plataformas são projetadas para operar em deslocamento ou após rápida instalação, criando um “posto de comando avançado” próximo à área de interesse. Isso reduz o tempo entre a detecção de um evento na fronteira – por um radar, câmera ou patrulha – e a ação efetiva das tropas, permitindo que o comandante acompanhe o cenário em telas georreferenciadas, atualizadas por diversos sistemas conectados em rede.​

Tecnologia embarcada e comunicações seguras
Os CC2 móveis fornecidos pela Embraer integram rádios táticos de longo, médio e curto alcance, enlaces de dados, comunicações satelitais e redes IP que permitem voz, dados e vídeo, com camadas de segurança compatíveis com os requisitos militares. Em campo, isso significa que o centro móvel pode conversar tanto com um pelotão em patrulha na selva quanto com um comando de brigada ou de área, mantendo o fluxo contínuo de dados e ordens, mesmo em ambientes de difícil infraestrutura civil.​

Além das comunicações, os CC2 reúnem softwares de comando e controle capazes de consolidar informações de sensores do SISFRON, sistemas de rastreamento de tropas e ativos, bancos de dados e inteligência. Esse conjunto permite montar o “quadro situacional comum”, ferramenta vital para decidir onde reforçar patrulhas, qual rota interditar e como coordenar operações com outras agências de segurança na região de fronteira.​

Fase 2: expansão e consolidação do sistema
A Fase 1 do SISFRON teve foco principal no Comando Militar do Oeste, com o projeto‑piloto em Mato Grosso do Sul, e comprovou ganhos operacionais na detecção e repressão a ilícitos transfronteiriços. A Fase 2, que envolve o atual contrato com a Embraer, amplia essa experiência para novos setores da fronteira, com a entrega de dezenas de viaturas táticas de comunicações e múltiplos centros de comando, entre eles os CC2 móveis.​

Segundo informações institucionais, a Embraer já superou a marca de 50 soluções veiculares entregues ao programa, incluindo viaturas de comunicações, centros móveis, postos de comando e outras plataformas especializadas, consolidando seu papel como integradora do SISFRON. Os 15 CC2 desta fase se somam a esse pacote, compondo uma rede distribuída de comando que aumenta a resiliência do sistema frente a ameaças, falhas locais de infraestrutura ou ações de guerra eletrônica.​

Como os CC2 mudam a rotina na fronteira
Na prática, a presença de um CC2 móvel em operação permite que operações de fronteira deixem de depender exclusivamente de centros fixos distantes e ganhosse uma capacidade de “comando à frente”, colada às tropas. Em uma operação conjunta contra rotas do crime, por exemplo, o CC2 pode ser posicionado próximo às principais vias de acesso, conectando em tempo real dados de sensores do SISFRON, patrulhas de cavalaria, unidades de selva e até órgãos civis, como polícia e fiscalização.​

Essa aproximação encurta o ciclo de decisão: alertas de intrusão ou de atividade suspeita captados pelos sensores são rapidamente avaliados e transformados em ordens de bloqueio, interceptação ou acompanhamento, com rastreamento em mapas digitais. Em cenários de Garantia da Lei e da Ordem ou de apoio a outros órgãos, o CC2 oferece ainda condições adequadas para coordenação interagências, planejamento e acompanhamento de incidentes complexos.​

Quadro-resumo: CC2, SISFRON e efeitos principais

Aspecto

Descrição resumida

Função dos CC2 móveis

Centros táticos de comando e controle, em viaturas, que integram dados, comunicações e tomada de decisão. 

Papel no SISFRON

Nós de C2 que conectam sensores, tropas e escalões superiores, transformando dados em ações rápidas. 

Alcance geográfico

Apoio a comandos na faixa de fronteira terrestre, com foco inicial na região oeste do país. 

Quantidade na Fase 2

15 unidades de CC2 móveis previstas, dentro de um pacote mais amplo de viaturas táticas e centros de comando. 

Ganhos operacionais

Maior mobilidade de comando, consciência situacional integrada e melhor coordenação interagências. 

Impacto industrial

Fortalecimento da Embraer como integradora de C4I terrestre e estímulo à Base Industrial de Defesa. 

Impactos para a Base Industrial de Defesa
Além do efeito direto na capacidade operacional, a entrega dos CC2 móveis e de outras viaturas do SISFRON reforça a Base Industrial de Defesa brasileira, ao consolidar a Embraer como integradora de sistemas terrestres complexos. Estudos acadêmicos sobre o SISFRON apontam o programa como um dos vetores de desenvolvimento tecnológico nacional, com potencial de spillover para setores civis em áreas como telecomunicações seguras, integração de sensores e tecnologias de comando e controle.​

O modelo adotado no programa estimula a articulação entre Forças Armadas, indústria e centros de pesquisa, alinhado ao conceito de “hélice tríplice” de inovação em defesa, fortalecendo competências críticas em software, cibersegurança, integração de sistemas e engenharia de sistemas complexos. Nesse cenário, a linha de CC2 móveis e outras soluções veiculares de comando se insere como vitrine tecnológica exportável, somando‑se ao portfólio de produtos de defesa brasileiros com potencial de interesse de outros países com desafios de fronteira semelhantes. 

Nova geração de munições vagantes brasileiras: Modirum | Gespi estreia sistema autônomo e cooperativo

Imagem meramente reptresentativa

*LRCA Defense Consulting - 01/12/2025

A Modirum | Gespi, empresa brasileira de tecnologia em defesa, anunciou para 2026 o lançamento de uma munição vagante autônoma do tipo "switch blade", com alcance de 80 km, autonomia de 40 minutos e velocidade de até 130 km/h. Este sistema inovador, desenvolvido integralmente no Brasil, poderá operar em modo enxame, com controle de dezenas de drones por meio de software de inteligência artificial (IA).

O termo "tipo switch blade" refere-se a um sistema de munição vagante ou drone suicida que é lançado de um tubo compacto, com asas retráteis que se desdobram rapidamente após o lançamento, parecido com a lâmina de um canivete automático que abre por mola. Esta munição pode voar em modo espera sobre uma área designada antes de atacar alvos com alta precisão, sendo controlada remotamente e usada para neutralizar veículos, alvos leves ou pontos estratégicos com mínimo risco para operadores humanos.

Com essa tecnologia, a Modirum | Gespi pretende elevar o padrão da defesa nacional, competindo em um mercado global cada vez mais exigente e tecnológico. O sistema SISU AI, que gerencia os drones de maneira cooperativa, elimina a necessidade de controle humano direto, garantindo maior eficiência, rapidez e precisão nas operações táticas.

O investimento e desenvolvimento refletem a integração da Modirum Defence, especialista em inteligência artificial e sistemas autônomos, com a Gespi, fabricante tradicional latino-americana de munições e produtos estratégicos para as Forças Armadas do Brasil. Juntos, elas ampliam o portfólio para fornecer soluções completas de defesa aérea, terrestre e naval, focadas na segurança e inovação tecnológica nacional.

Além da munição switch blade, a parceria contempla expansão na produção de munições convencionais de alta precisão, como calibres de 155mm, alinhados com padrões da OTAN, reforçando o papel das empresas como fornecedores essenciais no mercado nacional e internacional.

Essa iniciativa posiciona o Brasil na vanguarda do desenvolvimento de sistemas de ataque autônomos e cooperativos, destacando a capacidade tecnológica do país para avançar na era da guerra inteligente com plataformas totalmente brasileiras. 

Stella Tecnologia apresenta munição vagante em evento da Marinha do Brasil

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*LRCA Defense Consulting - 01/12/2025

No fim de novembro de 2025, a empresa brasileira Stella Tecnologia mostrou sua munição vagante de asa fixa durante o “1º Workshop sobre o Emprego de Drones” e o “1º Campeonato de Drones Militares do Corpo de Fuzileiros Navais”, realizados no CIASC pelo Corpo de Fuzileiros Navais da Marinha do Brasil. A munição, uma inovação nacional na área de defesa, é um drone kamikaze pequeno e furtivo, projetado para atacar alvos com alta precisão, mantendo baixa assinatura sonora, radar e térmica, o que dificulta sua detecção por sistemas inimigos.

A Stella Tecnologia é pioneira no Brasil no desenvolvimento dessas munições vagantes, que podem ser lançadas em enxames ou integradas a diferentes plataformas aéreas para missões de reconhecimento e ataque. Durante o evento, o foco foi a demonstração do potencial das munições e drones militares no contexto das novas doutrinas de guerra envolvendo veículos aéreos não tripulados. O workshop e campeonato também promoveram capacitação e inovação, alinhados com a estratégia da Marinha para ampliar seu domínio tecnológico na área de drones táticos.

Um destaque da empresa é o drone Albatroz, que está sendo atualizado para operar a até 12 mil metros de altitude com turbinas 100% nacionais da Aero Concepts, a primeira aplicação dessa tecnologia em drones de médio e grande porte no Brasil. Esse avanço representa um marco na indústria nacional de defesa, mostrando o caminho para futuras versões ainda mais rápidas e versáteis, incluindo versões de munição vagante. A parceria com a Aero Concepts reforça a capacidade tecnológica integrada da indústria brasileira.

A iniciativa da Stella Tecnologia, além de contribuir para a modernização das forças brasileiras, abre espaço para o país se posicionar como fornecedor competitivo na indústria global de drones militares e munições vagantes. O desenvolvimento local reforça a autonomia estratégica e a segurança nacional em um cenário global marcado pelo avanço contínuo das guerras tecnológicas e pela necessidade crescente de sistemas aéreos não tripulados de alta performance. 

Mac Jee e AERO.ID ampliam portfólio de drones com LM-1 Defensor e MQ-25 PTROS

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*LRCA Defense Consulting - 01/12/2025

A Mac Jee Defesa e a AERO.ID deram um novo passo na consolidação do Brasil como player relevante no mercado de sistemas aéreos não tripulados ao avançar simultaneamente em dois projetos complementares: a munição suicida de asa fixa LM-1 Defensor e o drone de vigilância marítima MQ-25 PTROS. 

Os dois sistemas, ainda em fase de desenvolvimento e demonstração, foram concebidos para atender demandas de ataque de precisão e de inteligência, vigilância e reconhecimento (ISR), alinhando-se às lições recentes dos conflitos que têm mostrado o papel central dos drones no campo de batalha.​

O LM-1 Defensor é uma munição suicida de asa fixa projetada para missões de ataque pontual, com alcance aproximado de 70 km, autonomia de até cerca de 93 minutos e capacidade de carga bélica em torno de 3,5 kg, permitindo engajar alvos estratégicos mantendo as tropas lançadoras em segurança. 

Com dimensões compactas e operação modular, o sistema pode ser integrado a viaturas táticas ou plataformas terrestres leves, oferecendo às forças usuárias uma solução de fogo de longo alcance e alta precisão, particularmente adequada a cenários de negação de área, apoio de fogo e operações especiais.​

Voltado mais à vigilância marítima e missões de ISR, mas não restrito a elas, o MQ-25 PTROS surge como um drone de asa fixa com capacidade de decolagem e pouso vertical (VTOL), combinando a eficiência em cruzeiro de uma aeronave convencional com a flexibilidade operacional de um vetor que não depende de pistas. 

Com alcance de até 300 km, autonomia de 12 horas e carga útil de 10 kg, o sistema poderá empregar câmeras dia/noite, sensores infravermelho e outros equipamentos de reconhecimento para patrulhar extensas áreas oceânicas ou terrestres, apoiar o monitoramento de infraestrutura crítica e reforçar a segurança de fronteiras marítimas.​

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Na avaliação de especialistas do setor, a combinação de um drone de vigilância de longo alcance com uma munição suicida própria pode criar um ecossistema integrado de capacidades, em que o MQ-25 PTROS desempenha o papel de “sensor” e o LM-1 Defensor atua como “efetor” no ciclo de combate. 

Ao oferecer soluções que vão da detecção à neutralização de alvos, Mac Jee e AERO.ID fortalecem a autonomia operacional das Forças Armadas brasileiras e ampliam o potencial de exportação de sistemas inteligentes produzidos pela Base Industrial de Defesa nacional.

Saiba mais sobre os drones da Mac Jee & AERO.ID
- Brasil avança em drones de ataque com demonstração do MQ-18 ao Exército Brasileiro 

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