Pesquisar este portal

22 outubro, 2024

Avança o projeto brasileiro para desenvolver tecnologia hipersônica


*Agência Força Aérea - 21/10/2024

O Departamento de Ciência e Tecnologia Aeroespacial (DCTA), localizado em São José dos Campos (SP), deu um passo crucial no desenvolvimento de tecnologias espaciais ao iniciar os trabalhos do Projeto RATO-14X (do inglês Rocket Assisted Take-Off),  que significa decolagem assistida por foguete para o 14-X, focado em veículos hipersônicos e lançadores espaciais.

Financiado pelo Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), pela Financiadora de Estudos e Projetos (FINEP) e pelo Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (FNDCT), o projeto busca impulsionar a inovação no Setor Aeroespacial Brasileiro. Seu principal objetivo é desenvolver um sistema de decolagem assistida por foguetes para veículos hipersônicos.

No evento de lançamento do Projeto, realizado no dia 15/10, foram discutidos planos detalhados, como documentos de engenharia de sistemas e a Estrutura Analítica do Projeto, elementos fundamentais para o sucesso da iniciativa. A reunião contou com a participação de empresas e Instituições de Ciência e Tecnologia (ICTs) do DCTA, incluindo o Instituto de Estudos Avançados (IEAv), o Instituto de Aeronáutica e Espaço (IAE) e o Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA).

O RATO-14X tem como meta aumentar a eficiência dos veículos hipersônicos e dos processos de satelitização, marcando um avanço significativo para consolidar o Brasil como um dos líderes globais em tecnologia hipersônica.

Na reunião inicial, ocorrida em 07/10, estiveram presentes executivos da Mac Jee, empresa parceira no desenvolvimento da tecnologia, além de autoridades do DCTA, IAE e IEAv. Na ocasião, o Diretor-Geral do DCTA, Tenente-Brigadeiro do Ar Maurício Augusto Silveira de Medeiros, destacou a importância da colaboração entre governo, indústria e academia. “O modelo de Tríplice Hélice - governo, indústria e academia - é fundamental para o desenvolvimento de soluções inovadoras que atendam às necessidades do país”, afirmou.

O sistema RATO-14X tem o potencial de impulsionar significativamente a indústria nacional, estreitando os laços entre a Força Aérea Brasileira (FAB) e o setor industrial do país. O Diretor do IAE, Brigadeiro do Ar Frederico Casarino, ressaltou a sinergia do projeto com o VLM-AT (Autonomia Tecnológica), que visa aumentar a autonomia tecnológica do Brasil. O Diretor do IEAv, Coronel-Aviador Charlon Goes Cunha, reforçou o objetivo de alcançar a independência tecnológica nacional.

Os representantes da Mac Jee, Simon Pierre Jeannot (Presidente) e Alessandra Stefani (CEO), reafirmaram o compromisso da empresa com o sucesso do projeto e seu impacto positivo no avanço tecnológico do Brasil.

O Projeto RATO-14X reforça o compromisso do DCTA com a pesquisa científica e o desenvolvimento de tecnologias avançadas, que fortalecem o setor aeroespacial brasileiro e são benefícios diretos para a sociedade. Com investimentos em iniciativas como essa, o Brasil se posiciona de maneira competitiva no mercado aeroespacial, contribuindo para o crescimento econômico e tecnológico do país.

Eve Air Mobility, da Embraer, apresenta o Eve TechCare na MRO Europe


*LRCA Defense Consulting - 22/10/2024

A Eve Air Mobility anunciou hoje na MRO Europe em Barcelona o lançamento de seu portfólio de serviços de pós-venda totalmente integrados para operações de Mobilidade Aérea Urbana (UAM) eficientes e seguras. A Eve TechCare é um conjunto pioneiro de soluções tudo-em-um projetado para agilizar as operações de aeronaves elétricas de decolagem e pouso vertical (eVTOL) ao fornecer os serviços mais abrangentes do setor, suporte especializado ao cliente e soluções operacionais de ponta.

“Na Eve, nosso foco vai além do desenvolvimento e da produção de um eVTOL; adotamos uma abordagem holística ao mercado, criando um conjunto de soluções para abordar os aspectos necessários que transformarão a mobilidade aérea urbana em realidade. Com a Eve TechCare, garantiremos a melhor disponibilidade operacional de aeronaves para nossos clientes, ao mesmo tempo em que otimizamos os custos operacionais”, disse Johann Bordais, CEO da Eve. “Nosso objetivo é oferecer aos nossos clientes tudo o que eles precisam desde o momento em que recebem suas aeronaves em diante.”

Apoiada pelos 55 anos de história da Embraer e pela expertise na indústria aeroespacial, a Eve TechCare oferece uma maneira única de atender clientes com uma pegada global e presença local. O portfólio de pós-venda consiste em suporte técnico e soluções, serviços de MRO, peças e soluções de bateria, bem como serviços de treinamento e soluções de operação de voo, que os operadores acessarão por meio de uma plataforma digital.  

“Nosso portfólio é projetado para eficiência operacional e segurança com uma abordagem única centrada no cliente. Desenvolvemos essas soluções com base em nossa expertise aeroespacial e diversas interações com clientes e parceiros. O resultado é uma oferta inédita que manterá os eVTOLs de nossos clientes voando a uma alta taxa de disponibilidade”, acrescentou Luiz Mauad, vice-presidente de Atendimento ao Cliente da Eve. “Estamos entusiasmados com esta nova fase no atendimento ao cliente na Eve, que nos permitirá discutir nossos pacotes de serviços com nossos clientes e recomendar as melhores soluções para suas operações.”

As soluções de serviço e suporte da Eve TechCare cobrirão todos os aspectos operacionais necessários para garantir a operação diária do eVTOL. Isso inclui acesso a um centro de atendimento ao cliente 24 horas por dia, 7 dias por semana, treinamento de pilotos e mecânicos, entrada em suporte de serviço, publicações técnicas e operacionais, serviços de materiais e baterias, monitoramento da saúde da aeronave e serviços de MRO. A Eve oferecerá uma abordagem de nível de suporte diferente para garantir que cada cliente possa se beneficiar de nossas soluções de acordo com suas necessidades, garantindo eficiência e lucratividade.

A Eve ostenta o maior backlog do setor com cartas de intenção para 2.900 aeronaves eVTOL, representando um potencial de US$ 14,5 bilhões em receita em 30 clientes em 13 países. Além da aeronave, a Eve garantiu contratos não vinculativos com 14 desses clientes para serviços e operações – com aproximadamente 1.100 de nossos eVTOL – representando uma receita potencial de US$ 1,2 bilhão durante os primeiros cinco anos de operação.

Em relação ao desenvolvimento do programa eVTOL, a Eve montou com sucesso seu primeiro protótipo em escala real e concluiu a seleção de fornecedores primários para a aeronave. A empresa está avançando no estágio atual do desenvolvimento do eVTOL, que envolve uma série de testes abrangentes com o protótipo com o objetivo de avaliar todos os aspectos da operação e desempenho da aeronave, desde as capacidades de voo até os recursos de segurança.

21 outubro, 2024

Indústria de Defesa: uma nova fronteira para o Polo Industrial de Manaus


*Capital Amazônico, por André Ricardo Costa - 21/10/2024

Quais os maiores eventos da economia amazonense nas últimas três décadas? Arrisco resposta: O estabelecimento dos três portos privados, a vinda das duas gigantes coreanas de eletrônicos, o gasoduto e a verticalização no setor de Duas Rodas. Em quais áreas podemos repetir esses sucessos? Vejo três: A Bioeconomia, o Plano Amazonense de Logística de Transportes (PALT) e o Comitê da Indústria de Defesa da Amazônia (Condefesa).

A Bioeconomia parece não atentar para os fatores institucionais e de produção. O PALT ainda não tem recebido a merecida atenção dos líderes governamentais. O Condefesa Amazônia se mostra então como o mais imediato. Há referência e estruturas prontas. E proatividade dos principais atores.

A oportunidade vem da Estratégia Nacional de Defesa, enunciada pelo Decreto 6.703/08, e do programa Complexo Industrial de Defesa, sob liderança conjunta do Ministério da Defesa e Ministério de Ciência e Tecnologia. São iniciativas para que a indústria brasileira se insira num mercado global de aproximadamente US$ 570 bilhões.

Obviamente o primeiro caminho é o fornecimento de materiais e equipamentos às estruturas oficiais de segurança e defesa, que no Brasil chega a R$ 175 bilhões. Acrescenta-se a segunda oportunidade de ganho, o mercado civil de segurança, e o potencial alcança R$ 307 bilhões. E o nível de exportações ainda é de R$ 27 bilhões. Muito a conquistar.

Esses dados são da Federação das Indústrias de Santa Catarina – FIESC, cujo líder também preside o Condefesa nacional, conselho temático da Confederação Nacional da Indústria – CNI, ao lado de Antônio Silva, presidente da FIEAM, que agora institui o Condefesa Amazônia, junto ao presidente do CIEAM, Luiz Augusto Rocha. A união entre as instituições acadêmicas, de defesa e industriais norteiam a iniciativa nos âmbitos nacional e local.

A iniciativa é auspiciosa pelos precedentes históricos e a realidade atual do Polo Industrial de Manaus (PIM) em suas virtudes e lacunas. Os precedentes remetem a extraordinários progressos sociais ocasionados pela disseminação de produtos e serviços inicialmente pensados para fins militares. Internet, processadores e equipamentos de proteção individual, estes hoje usados mais largamente em situações de proteção e resgate, como combate a incêndios, que para situações de combate. Pela demanda militar, os EUA multiplicaram por quase 25 a produção anual de aviões de 1939 a 1945.

Estabelecido na Amazônia, o Condefesa pode ser o vetor do que há muito se espera para aproveitar as complementaridades entre os subsetores do tão diversificado PIM, e os institutos de pesquisa. Imagino, por exemplo, a demanda militar requerendo que os painéis e instrumentação digital das embarcações e motocicletas sejam projetados e produzidos no PIM. E nova força de adensamento das cadeias produtivas, ‘n’ situações em que descobre aplicações vantajosas de um material e se provê a plena produção no PIM.

Em poucos anos parte do faturamento do PIM será associada à Indústria de Defesa e Segurança. Mais que isso, o Condefesa Amazônia pode avançar para aspectos intangíveis. A colaboração militar para a economia vai além das licitações e certificações. Inúmeros métodos de gestão têm origens nas aplicações militares, como 6 sigma, matriz de Eisenhower e Teoria dos Jogos. E o principal recurso, aquele que não se calcula, em Manaus o Exército cultiva na escola que pode estar entre as melhores do mundo. Este recurso indo ao PIM, poderemos dizer que o Vale do Silício é aqui. 

*André Ricardo Costa é doutor em Administração pela Universidade de São Paulo e professor da Universidade Federal do Amazonas.

CBC Global Ammunition é proeminente em um mercado que valerá US$ 33,1 bilhões em 2028, com um CAGR de 3,4%

 


*openPR - 18/10/2024

A indústria de munições é dominada por alguns participantes importantes, como Northrop Grumman Corporation (EUA), CBC Global Ammunition (Brasil), BAE Systems (Reino Unido), Thales Group (França) e General Dynamics Corporation (EUA), Nammo AS (Noruega), entre outros.

O tamanho da indústria global de munições está projetado para crescer de US$ 28,0 bilhões em 2023 para US$ 33,1 bilhões em 2028, a uma taxa de crescimento anual composta (CAGR) de 3,4% de 2023 a 2028. 

Fatores como o aumento das tensões geopolíticas, crescimento nas despesas militares e transferência de armas, mudança na natureza da guerra, programas de modernização realizados por forças militares, militarização das forças policiais e aumento do tráfico de drogas globalmente são fatores determinantes que auxiliam o crescimento da indústria de munição. Além de seu uso em forças de defesa, a munição também vê crescente importância em aplicações comerciais e civis, como autodefesa, esportiva, caça, entre outras.

Com base no calibre, a indústria de munições foi segmentada em pequena, média, grande e outras. Estima-se que o segmento de pequeno calibre tenha a maior participação de mercado. A popularidade generalizada de armas de fogo com câmara em pequenos calibres entre proprietários civis de armas, agências de segurança pública e forças militares garante uma demanda consistente e substancial para o segmento de pequeno calibre do mercado.

O segmento de propelentes deve crescer no maior CAGR durante o período previsto. Os propelentes estão prontos para um crescimento significativo na indústria de munições de projéteis de artilharia devido aos avanços tecnológicos, estratégias militares em evolução e à demanda por desempenho aprimorado.

A região da Ásia-Pacífico deve deter a maior parcela, principalmente devido ao aumento de ataques terroristas e conflitos transfronteiriços na área. Novas munições estão sendo fornecidas às forças armadas de muitas nações da Ásia-Pacífico como parte de iniciativas de modernização militar. Uma maior demanda por munição foi causada por iniciativas de atualização de munição focadas em várias nações, incluindo China e Índia.

Voo da Azul marca reinício das operações no Aeroporto Salgado Filho em Porto Alegre


*LRCA Defense Consulting - 21/10/2024

Hoje (21), o Salgado Filho, aeroporto internacional de Porto Alegre, reiniciou suas atividades após mais de cinco meses paralisado devido à maior enchente que já atingiu o Rio Grande do Sul.

Nesse período, mais de mil pessoas, inclusive voluntários do Agro (no início), trabalharam dia e noite para que o aeroporto pudesse sediar pousos e decolagens a partir de hoje.

Além de todos os fundamentais benefícios à comunidade, aos serviços públicos e ao setor empresarial de maneira geral, o fato é muito relevante para as Indústrias de Defesa sediadas no RS, haja vista que traz de volta as facilidades logísticas de antes.

Para ilustrar o evento, esta Consultoria traz o simbólico depoimento de John Rodgerson, CEO da Azul Linhas Aéreas Brasileiras, publicado em uma mídia social:

"Hoje é um dia muito especial, não só para mim, mas para todos da Azul Linhas Aéreas Brasileiras!

Estive a bordo do primeiro voo que pousou no Aeroporto Salgado Filho, marcando o retorno das nossas operações no aeroporto após seis meses de fechamento.

O voo AD2603, que partiu de Viracopos às 6h30 e pousou em Porto Alegre às 7h54, com uma numeração que homenageia o aniversário da capital gaúcha, 26 de março, simboliza muito mais do que a reabertura de um aeroporto. Ele representa a resiliência e a capacidade de recuperação do povo gaúcho, que superou desafios e mostrou força para se reerguer após as enchentes devastadoras que atingiram a região.

Para a Azul, esse momento é particularmente simbólico. Foi em Porto Alegre que realizamos nosso primeiro voo, há 15 anos, e, desde então, crescemos lado a lado com esse estado que sempre nos acolheu tão bem. Hoje, com a maior malha aérea no Rio Grande do Sul e mais de 57 mil assentos semanais, estamos prontos para reconectar o estado ao Brasil e ao mundo. Nosso objetivo é continuar ampliando essas conexões e contribuindo ativamente para a retomada econômica da região.

A Azul sempre teve um compromisso forte com as comunidades onde opera, e a retomada dos voos no Salgado Filho é mais um passo nessa jornada. Com 60 pousos e decolagens diárias, vamos impulsionar a economia local, fortalecer o turismo e, acima de tudo, seguir fazendo parte da história do Rio Grande do Sul. Estamos prontos para novos voos!"

Além de o número do voo celebrar o aniversário de Porto Alegre, 26 de março, ele foi operado por uma dupla de gaúchos: o comandante Carlos Coster e o copiloto Henrique Schneider, representando com orgulho as raízes do Rio Grande do Sul.

20 outubro, 2024

Projeto RATO-14X tem primeira reunião na sede da Mac Jee


*LRCA Defense Consulting - 20/10/2024

No dia 15 deste mês, na fábrica da Mac Jee em São José dos Campos, foi dado início oficialmente ao desenvolvimento do Projeto RATO-14X com a primeira reunião das equipes da Financiadora de Estudos e Projetos (FINEP ), do Instituto de Aeronáutica e Espaço (IAE), do Instituto de Estudos Avançados (IEAv), do Instituto Tecnológico de Aeronáutica - ITA e da CLC - Castro Leite Consultoria, juntamente com os engenheiros da Mac Jee.


O RATO-14X será o sistema responsável por impulsionar a aeronave hipersônica 14-X, da Força Aérea Brasileira (FAB), até as condições ideais de voo, garantindo uma operação segura e precisa. 
 
Este projeto faz parte do Programa de Propulsão Hipersônica (PROPHIPER), que tem como objetivo posicionar o Brasil na vanguarda da tecnologia aeroespacial, com o desenvolvimento de veículos hipersônicos equipados com motores Scramjet. 

Por que a caça é importante: como os caçadores mantêm as economias prósperas e previnem catástrofes ambientais

- A matéria permite entender os motivos de a Taurus dar tanta importância à caça nos EUA, a ponto de ter criado a marca Taurus Hunt, voltada para seus revólveres e rifles a ela destinados.
- Adaptando para a realidade do Brasil, basta trocar "veados-de-cauda-branca" por javaporcos.


*Aol, Stacker Media, por Chade Chriestenson - 16/10/2024

Acredite ou não, se a caça fosse uma empresa, seria uma gigante da Fortune 500. Em 2020, caçadores e atiradores esportivos injetaram incríveis US $ 149 bilhões na economia dos EUA. Isso não é troco — é o suficiente para tornar a caça a 52ª maior empresa em vendas no varejo se estivesse listada na Fortune 500, relata a LandTrust. Esse dinheiro foi gasto em equipamentos como espingardas e munição, despesas relacionadas a viagens como hospedagem e transporte, licenças, arrendamentos e muito mais.

Mas não se trata apenas de vendas. Esta indústria sustenta quase 970.000 empregos em todo o país. Para colocar isso em perspectiva, se a caça fosse um empregador, seria o terceiro maior empregador do setor privado nos EUA. Esses empregos criaram mais de US$ 45 bilhões em salários e renda somente em 2020.

A importância da caça em terras privadas

Um relatório recente da National Deer Association revelou que uma média de 88% das colheitas de veados-de-cauda-branca do estado ocorrem em terras privadas. Essa estatística ressalta o papel crítico que os proprietários de terras privadas desempenham na gestão e conservação da vida selvagem. Em estados como o Texas, onde 99% das terras são de propriedade privada, o acesso a terras privadas é essencial para o gerenciamento eficaz da população de veados.

A dependência de terras privadas para caça varia de acordo com a região. No Sudeste, 93% das capturas de veados ocorrem em terras privadas, enquanto no Centro-Oeste e Nordeste, os números são 91% e 81%, respectivamente. Isso destaca a necessidade de proprietários de terras privadas permitirem acesso público para caça, especialmente em estados com terras públicas limitadas.

O efeito cascata: do local ao nacional

O impacto econômico da caça não é sentido apenas em nível nacional — ele também se espalha para as economias locais, impactando fortemente tanto os estados tradicionalmente liberais quanto os conservadores. Aqui estão alguns exemplos de um relatório recente da Sportsmen's Alliance :

- Oklahoma: a caça contribui com cerca de US$ 1,25 bilhão para a economia do estado, gerando 8.640 empregos e US$ 369 milhões em renda trabalhista.

- Nova York: 865.000 caçadores geraram US$ 265 milhões em impostos estaduais e locais e contribuíram com US$ 2 bilhões para o PIB do estado.

- Califórnia: mesmo neste estado que normalmente não é associado à caça, 1,5 milhão de atiradores gastaram US$ 1,2 bilhão e pagaram US$ 154 milhões em impostos estaduais e locais.

- Texas: o estado da Estrela Solitária recebe uma contribuição econômica de mais de US$ 5 bilhões de caçadores e atiradores combinados.

Mais do que apenas dinheiro: esforços de conservação

Aqui está algo que pode surpreendê-lo: os caçadores são alguns dos maiores contribuintes para os esforços de conservação nos EUA. Em 2017, mais de 15 milhões de americanos compraram uma licença de caça, gerando mais de US$ 500 milhões em receita para a conservação .

Este não é um fenômeno novo. Por mais de 80 anos, os caçadores têm sido os principais financiadores da conservação por meio de taxas de licença e impostos sobre equipamentos de caça. Esse dinheiro vai diretamente para a proteção de habitats de vida selvagem, gerenciamento de populações animais e garantia da sustentabilidade de nossos recursos naturais.

O dilema do veado: quando as populações não são controladas
O que acontece quando não administramos nossas populações de vida selvagem, particularmente veados? Pode parecer contraintuitivo, mas a caça na verdade desempenha um papel crucial em manter as populações de veados sob controle — e as consequências de não fazer isso podem ser custosas. Sem o gerenciamento adequado, os danos relacionados aos veados sozinhos podem custar até US$ 2 bilhões anualmente. Veja como isso se divide:

- Acidentes de trânsito: de julho de 2014 a junho de 2015, houve cerca de 1,25 milhão de colisões entre veados e veículos, custando mais de US$ 5,15 bilhões. Somente em Wisconsin, entre 15.000 e 19.000 colisões com veados ocorrem anualmente.

- Danos agrícolas: em 2011, os veados causaram mais de US$ 600 milhões em danos às plantações. Estados como Kansas e Iowa, que são fortemente dependentes da agricultura, foram atingidos particularmente.

- Impacto na indústria madeireira: no mesmo ano, os veados foram responsáveis ​​por US$ 1,6 bilhão em danos à indústria madeireira, afetando economias locais e regionais em lugares como o norte de Wisconsin e Minnesota.

- Danos residenciais: nem mesmo nossos quintais estão seguros — veados causaram mais de US$ 500.000 em danos a paisagens residenciais em 2011.

Além dos cifrões: impactos ecológicos e na saúde
Os custos da superpopulação de veados vão além de apenas dólares e centavos. Quando as populações de veados crescem descontroladamente, o pastoreio excessivo se torna um problema sério, afetando a regeneração da floresta e biodiversidade. Isso não é ruim apenas para o meio ambiente — pode ter um efeito cascata em indústrias que dependem de florestas saudáveis, desde madeira até turismo. Estados como Minnesota e Wisconsin, com suas florestas densas e ecossistemas diversos, são alguns dos mais vulneráveis ​​a problemas de superpopulação.

Também há preocupações com a saúde a serem consideradas. A superpopulação pode aumentar a disseminação de doenças entre a vida selvagem e até mesmo levar a mais conflitos entre humanos e animais selvagens, aumentando potencialmente o risco de transmissão de doenças para humanos. Sem caçadores, os estados precisariam encontrar métodos alternativos, muitas vezes mais caros, de controle populacional, como programas de esterilização, abate por atiradores profissionais ou até mesmo realocação de animais — uma prática repleta de desafios logísticos e éticos.

O ganha-ganha da caça regulamentada
A beleza da caça regulamentada é que ela cria uma situação vantajosa para todos:

1. Oferece oportunidades recreativas para milhões de americanos.

2. Garante que as populações de vida selvagem permaneçam saudáveis ​​e equilibradas.

3. Apoia economias rurais que muitas vezes enfrentam dificuldades com outras formas de desenvolvimento econômico.

4. Financia esforços de conservação que beneficiam toda a vida selvagem, não apenas as espécies de caça.

Sem a caça regulamentada, grande parte da qual ocorre em terras privadas, o custo do manejo da caça selvagem seria transferido para agências estaduais e contribuintes, resultando em custos mais altos e menos recursos para outros esforços de conservação.

Considere o caso da caça de veados sozinha. Ela contribui com mais de US$ 23 bilhões para a economia dos EUA a cada ano e desempenha um papel crítico no gerenciamento das populações de veados. Sem caçadores de veados, as agências estaduais enfrentariam uma batalha árdua tentando controlar as populações, levando a maiores incidências de doenças, fome e destruição de habitat.

A linha de fundo

Seja você um caçador ou nunca tenha pego um rifle na vida, o impacto econômico da caça o afeta. Dos empregos que cria aos esforços de conservação que financia, dos acidentes de carro que previne às florestas que ajuda a proteger, a caça desempenha um papel crucial em nossa economia e em nosso ecossistema.

Então, da próxima vez que você vir um caçador com seu colete laranja, lembre-se: eles não estão apenas perseguindo um hobby. Eles estão contribuindo para uma indústria multibilionária que apoia empregos, financia a conservação e ajuda a gerenciar nossas populações de vida selvagem. E, ao fazer isso, eles estão ajudando a manter nossas florestas saudáveis, nossas estradas mais seguras e nossa economia mais forte.

No grande esquema das coisas, a caça é muito mais do que ensacar um troféu. É sobre manter um equilíbrio delicado — entre as necessidades humanas e as populações de vida selvagem, entre a conservação e a utilização dos recursos naturais. E, como os números mostram, é um equilíbrio que afeta a todos nós, quer percebamos ou não.

Esta história foi produzida pela LandTrust e revisada e distribuída pela Stacker Media. 

---xxx---

Leitura recomendada:
- Na Shot Show 2024, Taurus lança seu primeiro rifle de ferrolho: o Taurus Expedition .308 Win

- Taurus lança a Hunt, uma coleção inovadora de revólveres voltada para a caça nos EUA



19 outubro, 2024

Helicóptero não consegue interceptar drone inimigo. Missão típica para um Super Tucano?


*LRCA Defense Consulting - 19/10/2024

Esta Consultoria tem repetidamente insistido que a aeronave Embraer A-29 Super Tucano pode vir a se tornar a mais eficaz arma antidrone ar-ar da atualidade, como foi descrito na matéria "Antidrone: enquanto Ucrânia e Rússia improvisam o Yak-52, Super Tucano poderá ser a grande arma para a missão".

Hoje, o portal Defence Blog divulgou reportagem, assinada por Dylan Malyasov, que mostra um helicóptero Apache israelense tentando, sem sucesso, interceptar um drone do Líbano que entrou no espaço aéreo israelense e chegou a Cesareia, onde explodiu perto da residência do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu. Veja trechos da matéria.

"As Forças de Defesa de Israel (IDF) relataram que o drone foi um dos três lançados do Líbano, com os outros dois sendo interceptados e destruídos com sucesso.

Imagens circulando nas redes sociais mostram o helicóptero AH-64 Apache em perseguição ao drone hostil sobre Akko, no noroeste de Israel. Apesar dos esforços do helicóptero, o drone evitou a interceptação e continuou sua trajetória de voo, atingindo uma estrutura em Cesareia. Nenhum ferimento foi relatado, mas o incidente levantou sérias preocupações sobre a eficácia das medidas de defesa aérea de Israel .

Após o ataque, alarmes foram disparados na base de Glilot, perto de Herzliya, uma instalação conjunta usada pelo serviço de inteligência de Israel, Mossad, e unidades de inteligência cibernética militar. Em resposta, os militares israelenses declararam que não havia possibilidade de mais infiltrações de drones naquele momento, apesar das preocupações iniciais.

A polícia israelense confirmou que forças de segurança foram mobilizadas pesadamente ao redor de Cesareia após o impacto. Eles conduziram buscas completas na área em busca de possíveis restos explosivos, enquanto estradas de acesso perto da residência de Netanyahu foram fechadas como precaução. Barreiras de segurança e postos de guarda foram estabelecidos ao redor da residência do primeiro-ministro, com serviços de emergência de prontidão.

Um dos drones envolvidos, identificado como Sayyad 107, foi ligado ao Hezbollah. De acordo com fontes de segurança israelenses, o tamanho pequeno do drone e a baixa assinatura de radar o tornam particularmente difícil de detectar. O Sayyad 107 pode mudar de altitude e direção com frequência, tornando a interceptação desafiadora. Esse tipo de drone também foi supostamente envolvido em um ataque anterior a uma base de treinamento da Brigada Golani em Binyamina, ao sul de Haifa."

O versátil Super Tucano na caça a drones
Para a guerra aérea aos temíveis drones, os muito velozes caças supersônicos ou os pesados, lentos e pouco manobráveis (relativamente) helicópteros de ataque parecem não ser as soluções mais adequadas, como mostraram os insucessos do uso anterior de aeronaves F-16 e o atual uso de um helicóptero Apache contra drones que, apesar de lentos, voam a baixa altura e possuem capacidade de esquiva.

Nos meios militares de vários países já se comenta que o moderno e versátil avião a hélice de ataque leve Embraer A-29 Super Tucano seria uma solução ideal para operações antidrones, pois é extremamente manobrável, rápido, versátil e muito bem equipado com aviônicos avançados, sensores eletro-ópticos e infravermelhos, sendo capaz de transportar uma grande variedade de armas, incluindo metralhadoras, foguetes e munições guiadas com precisão. Seu design é extremamente resistente, permitindo operar de qualquer lugar. Além disso, é reconhecidamente experimentado em combate, e com muito sucesso.

A aeronave possui velocidade máxima de 520 km/h, rápida o suficiente para oferecer uma pronta resposta a alvos aéreos como helicópteros, pequenos aviões e drones detectados pelos radares terrestres ou por outros meios. Sua velocidade de estol é de 148 km/h, permitindo-lhe combater drones que naveguem próximo desta velocidade, mesmo em baixas altitudes, haja vista poderem realizar manobras que lhe permitiriam atacar de ângulos e maneiras que seriam muito difíceis a um caça supersônico ou a um helicóptero.


Drone FPV ucraniano destrói o T-90M, tanque de batalha principal mais moderno da Rússia

Tais ataques reforçam a mensagem de que veículos blindados, apesar de sua proteção, estão longe de ser invulneráveis ​​em uma guerra onde a tecnologia de drones desempenha um papel cada vez mais importante

Um drone FPV ucraniano destrói um tanque de batalha principal russo T-90M. (Fonte da imagem: MoD ucraniano)

*Army Recognition - 18/10/2024

Em 18 de outubro, um vídeo circulou nas mídias sociais mostrando a destruição de um tanque russo T-90M "Breakthrough" por um drone ucraniano FPV (First-Person View). Este evento amplamente compartilhado mais uma vez destaca a crescente importância dos drones no conflito da Ucrânia, bem como a vulnerabilidade de veículos blindados a esses sistemas aéreos cada vez mais sofisticados.

O T-90M "Breakthrough": um tanque moderno em destaque
O T-90M "Breakthrough" é um dos tanques de batalha principais mais avançados da Rússia, projetado para atender aos requisitos de guerra modernos. Ele é equipado com um canhão de 125 mm como arma primária, complementado por uma metralhadora coaxial PKT de 7,62 mm e uma metralhadora NSVT de 12,7 mm. Este arsenal permite que o tanque ataque alvos blindados e não blindados, ao mesmo tempo em que oferece capacidades anti-infantaria. O T-90M também apresenta blindagem sofisticada, incluindo blindagem padrão e blindagem reativa explosiva Relikt projetada para reduzir o impacto de munições antitanque. Além disso, o tanque tem uma rede de metal anti-RPG e blindagem de barra, visando aumentar a proteção contra armas antitanque portáteis.

Pesando 46.500 kg, o T-90M é robusto, mas mantém notável mobilidade, com uma velocidade máxima de 60 km/h. Este tanque russo é projetado para operar efetivamente em vários terrenos e condições climáticas, com um alcance operacional de 550 km. Com um sistema de proteção nuclear, biológica e química (NBC), um sistema de detecção e supressão de incêndio, uma lâmina de escavadeira montada na frente e um kit de vadeamento em águas profundas, o T-90M é capaz de sobreviver em ambientes hostis e cruzar obstáculos difíceis.

O tanque é operado por uma tripulação de três: o comandante, o motorista e o artilheiro. Suas dimensões imponentes, com um comprimento de 6,68 metros, uma largura de 3,78 metros e uma altura de 2,23 metros, mostram que é um veículo pesado, mas mantém uma agilidade relativa graças ao seu moderno sistema de controle de fogo e sistema de proteção ativa, projetado para interceptar e neutralizar projéteis inimigos antes que atinjam o tanque. O T-90M representa, portanto, uma grande evolução tecnológica em comparação com as versões anteriores, incorporando sistemas de combate modernos e oferecendo proteção aprimorada contra uma ampla gama de ameaças.

Entretanto, apesar de sua modernidade e proteção, este tanque foi alvo de um drone ucraniano, marcando mais uma falha das forças russas em proteger seu equipamento pesado contra a ameaça aérea.

O T-90M "Breakthrough" é um dos tanques de batalha principais mais avançados da Rússia. (Fonte da imagem: Vitaly Kuzmin)

O papel dos drones FPV na guerra da Ucrânia
Drones FPV, equipados com câmeras que permitem que os operadores os controlem remotamente em tempo real, provaram ser armas formidáveis ​​no conflito da Ucrânia. Embora seu alcance e carga útil sejam limitados, eles são capazes de atingir alvos com grande precisão, como demonstrado por este ataque ao T-90M .

O uso desses drones permite que as forças ucranianas superem desvantagens relacionadas a equipamentos pesados, atacando alvos específicos com cargas explosivas, tornando até os tanques mais modernos vulneráveis ​​a ataques aéreos rápidos e imprevisíveis.

A relação custo-destruição de tais equipamentos é muito favorável, o que levou exércitos ao redor do mundo a reconsiderar a produção e o uso de drones FPV. A França e os Estados Unidos fizeram progressos significativos nessa área recentemente, revelando novos UAVs que em breve serão enviados para a Ucrânia.

O impacto das perdas de tanques russos

A perda de tanques russos, particularmente modelos avançados como o T-90M, destaca as dificuldades enfrentadas pelas forças armadas russas. Tais ataques reforçam a mensagem de que veículos blindados, apesar de sua proteção, estão longe de ser invulneráveis ​​em uma guerra onde a tecnologia de drones desempenha um papel cada vez mais importante.

O custo do T-90M também é um fator a ser considerado: esses tanques representam um investimento significativo para os militares russos, e sua perda afeta não apenas o moral das tropas, mas também a capacidade operacional de longo prazo.

Visão de um drone FPV antes do ataque ao tanque russo T-90M. (Fonte da imagem: MoD ucraniano)

Conclusão
A destruição do T-90M "Breakthrough" por um drone FPV ucraniano é outro exemplo marcante do conflito em evolução na Ucrânia, onde a tecnologia de drones está remodelando as estratégias militares tradicionais. Este ataque ressalta a importância da adaptação militar a essas novas ameaças e reforça o papel dos drones como um componente-chave das futuras operações militares. O sucesso desta operação também destaca os desafios que a Rússia enfrenta para manter suas forças blindadas seguras dos ataques implacáveis ​​dos drones ucranianos.




 

Parceria tecnológica entre Taurus e UFSC visa o desenvolvimento de ligas e novas tecnologias em materiais

 

*LRCA Defense Consulting - 19/10/2024

Na semana passada, a Taurus recebeu integrantes da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), incluindo professores, coordenadores e pesquisadores do Laboratório de Materiais da universidade. 

A visita faz parte dos projetos "Desenvolvimento de ligas sinterizadas e processos de tratamento de superfícies para a indústria de defesa" e "Novas Tecnologias em Materiais", realizados em parceria com a UFSC, onde os participantes discutiram os avanços nas pesquisas. 

Com o Centro Integrado de Tecnologia e Engenharia Brasil/Estados Unidos (CITE), que conta com mais de 250 engenheiros, a Taurus investe fortemente em pesquisa e desenvolvimento, avançando de forma exponencial em inovações de produtos, processos e novos materiais, adicionando ao portfólio produtos cada vez mais competitivos, inéditos e alinhados com o desenvolvimento de novas tecnologias e, consequentemente, ao desejo dos consumidores.

Nos últimos anos, além da UFSC, a Taurus tem estabelecido parcerias com universidades e institutos de pesquisa, tais como a Unisinos e a Universidade de Caxias do Sul, buscando soluções tecnológicas avançadas que possam viabilizar novos e diferenciados produtos, alguns deles com utilizações que vão além da Indústria de Defesa.

Com isso, ganha a academia por incentivar e estimular seus discentes e docentes à pesquisa e à descoberta de tais soluções inovadoras, ganha a empresa por poder contar com novos e tecnológicos produtos, e ganha também o País por fomentar a indústria e a pesquisa acadêmica, além de gerar mais divisas, empregos e economia de custos.

Para além da Indústria de Defesa
Algumas das inovações tecnológicas desenvolvidas pela Taurus e seus parceiros têm aplicabilidades que ultrapassam a Indústria de Defesa e se situam em outras áreas do setor produtivo, também de total interesse para o Brasil.

Um exemplo mais recente, além de ligas com grafeno e nióbio, é a utilização da tecnologia Metal Injection Molding (M.I.M.) para a produção de peças com os diferenciais desta tecnologia de alta performance, que permite a produção de produtos de geometria complexa, com alta precisão, baixo custo e em grande escala, com aplicações em variados segmentos no Brasil e no exterior, tais como componentes automotivos, aeroespacial, defesa, eletrônicos, bens de consumo, ortodontia, instrumentos médicos, entre outros. 

Esta tecnologia foi exposta na semana passada na Mercopar 2024, onde a Taurus MIM esteve presente em caráter pioneiro, como mostram as "Leituras recomendadas" no final da matéria.






Leituras recomendadas:
- Taurus MIM está na Mercopar 2024, maior feira de Inovação e Negócios da América Latina 

- Taurus MIM: nasce uma nova e promissora indústria gaúcha


Primeiras imagens do satélite VCUB1: a câmera é da Opto Space & Defense, empresa do Grupo Akaer


*LRCA Defense Consulting - 19/10/2024

A Akaer, empresa brasileira líder em inovação nas áreas de Defesa e Aeroespacial, celebra a captura das primeiras imagens pelo satélite VCUB1, marcando um avanço significativo para o Programa Espacial Brasileiro.

Desenvolvida pela Opto Space & Defense, empresa do Grupo Akaer, a câmera OPTO 3UCAM foi fundamental para garantir a qualidade das imagens registradas, confirmando a parceria de sucesso do projeto liderado pela Visiona.

Com a conclusão da fase de calibração da câmera, as imagens captadas evidenciam a alta precisão do VCUB1, que é o primeiro satélite de alto desempenho inteiramente projetado pela indústria nacional.

“A Akaer se consolidou como uma empresa de vanguarda, sempre à frente das inovações e do desenvolvimento tecnológico. A participação no projeto VCUB1 é mais um exemplo do compromisso da empresa em fornecer soluções avançadas que impulsionam a autonomia do Brasil no espaço”, afirmou Cesar Silva, CEO da Akaer.

Tecnologia e Precisão

A OPTO 3UCAM, é a primeira câmera reflexiva projetada e produzida no Brasil. Com capacidade para fazer imagens da superfície terrestre em alta definição, pode identificar do espaço objetos com pelo menos 3,5 metros, cobrindo uma faixa de varredura de 14 km.

Equipada com um sistema óptico composto por três espelhos e sensores Push-Broom com tecnologia de Integração de Tempo de Atraso (TDI), a OPTO 3UCAM utiliza um conjunto de sensores de alta frequência para compensar o movimento do satélite, garantindo imagens de alta qualidade.

"A E3UCAM foi desenvolvida para o mercado New Space, sendo concebida dentro de um conceito de família de câmeras, flexibilizando a carga útil do satélite com a composição de várias câmeras, ampliando assim, a quantidade de bandas ou a faixa de varredura terrestre. Essa flexibilidade é um importante diferencial, pois a arquitetura óptica pode ser escalada para diferentes plataformas de nanossatélites", afirmou Claudio Carvas, diretor executivo da Opto Space & Defense.

Parcerias Estratégicas
O satélite VCUB1, lançado em abril de 2023, foi projetado pela Visiona, uma joint-venture entre Embraer e Telebras, com o objetivo de validar novas tecnologias espaciais desenvolvidas no Brasil.

Além da câmera OPTO 3UCAM, o satélite conta com sistemas de comunicação avançados e software embarcado 100% nacional.

Com a alta resolução as imagens geradas pelo satélite podem ser utilizadas em diversas aplicações críticas para o Brasil, como monitoramento ambiental, combate a queimadas, gestão de desastres naturais e desenvolvimento da agricultura.

WEG fornece pacote elétrico para estação de tratamento de água no México


*LRCA Defense Consulting - 19/10/2024

A WEG, por meio do suporte comercial e fabril de sua equipe no México, forneceu para a LATINOAMERICANA AGUA Y MEDIO AMBIENTE, uma empresa EPC dedicada à engenharia e construção dos setores energéticos e industrial, um pacote elétrico de grande porte que faz parte da estação de tratamento de água de Madín II, localizada na Zona Metropolitana do Vale do México (ZMVM).

Nas últimas décadas, o México foi afetado por condições de seca inéditas, o que motivou o setor público a desenvolver ações em diversos pontos do país para fortalecer o acesso da população à água potável de qualidade.

Para reforçar o abastecimento de água potável na ZMVM, foi inaugurada a estação Madín II, uma obra com capacidade de tratar 500 litros por segundo (l/s), beneficiando aproximadamente 155 mil habitantes. A planta conta com tecnologias de última geração, tornando-se uma das mais modernas da América Latina.

Os produtos fornecidos pela WEG incluem Centros de Controle de Motores (CCMs), painéis de controle e distribuição de energia, painéis de Inversores de Frequência, bancos de capacitores e uma subestação de energia. Esse pacote faz parte de um sistema elétrico e operacional para os sistemas de bombeamento da estação de tratamento de água, que é totalmente operável de forma remota – um grande benefício que os equipamentos da WEG oferecem ao usuário.

O setor de água é um dos mais importantes no México, e para a WEG, que possui uma ampla gama de produtos para o setor de água e saneamento, o fornecimento desses produtos reforça a participação da empresa na transição energética para um mundo mais eficiente e sustentável.

18 outubro, 2024

Embraer registra aumento de 33% nas entregas em relação a 2023 e carteira de pedidos é recorde com US$ 22,7 bilhões


*LRCA Defense Consulting - 18/10/2024

A Embraer divulgou, no final da tarde de hoje, números robustos relativos ao terceiro trimestre de 2024. Os principais destaques são:
- Entrega de 57 aeronaves no 3T24 contra 43 há um ano
- Duas aeronaves C-390 Millennium entregues durante o trimestre e 6 a 12 encomendas de A-29 Super Tucanos
- Primeira aeronave E2 entregue à LOT Polish Airlines
- US$ 22,7 bilhões em carteira de pedidos em toda a empresa, um aumento de mais de 25% ao ano e no nível mais alto dos últimos 9 anos
- O backlog de Defesa e Segurança aumentou quase 70%

A Embraer entregou um total de 57 jatos no 3T24 – um aumento de 33% em relação ao mesmo período do ano passado (yoy) e 24% em relação ao trimestre anterior (qoq). A aviação comercial entregou 16 jatos e a aviação executiva entregou outros 41 jatos. Enquanto isso, a Defesa & Segurança entregou 2 aeronaves C-390 Millennium durante o trimestre – a primeira aeronave para a Hungria e a sétima para o Brasil.

O backlog de toda a empresa atingiu US$ 22,7 bilhões no 3T24 (ou mais de 25% a mais que no ano anterior e quase 10% a mais que no trimestre anterior) – em um nível mais alto em 9 anos. Defesa e Segurança registraram o maior aumento no backlog (+US$ 1,5 bilhão), seguido por Serviços e Suporte (+US$ 367 milhões), enquanto Aviação Executiva e Comercial registraram reduções marginais (-US$ 184 milhões e -US$ 168 milhões, respectivamente).

Destaques da aviação executiva
Em Executive Jets, as entregas atingiram 41 unidades e aumentaram mais de 45% yoy e mais de 50% qoq. O backlog da unidade de negócios atingiu US$ 4,4 bilhões durante o trimestre, 3% maior anualmente, mas 4% menor sequencialmente.

O declínio nominal no backlog em relação ao seu pico histórico pode ser explicado pelo crescimento mais forte (maiores entregas) e um período sazonalmente mais lento nas vendas devido ao verão no hemisfério norte.

Os jatos de médio e super-médio porte Praetor 500 e Praetor 600 representaram quase metade das entregas do segmento (19 jatos) impulsionadas pelo momento positivo para esta família de aeronaves. Enquanto isso, o Phenom 300, a aeronave mais vendida em sua categoria por 12 anos consecutivos no mundo, foi mais uma vez o de melhor desempenho (18 jatos) durante o trimestre.

Destaques da aviação comercial
Na Aviação Comercial, as entregas atingiram 16 jatos (sustentados por 12 unidades da família E2 e 4 da E1) durante o período, um aumento de mais de 5% a/a. O destaque foi a entrega da primeira aeronave E2 sob um contrato assinado com um arrendador para fornecer a LOT Polish Airlines – o acordo inclui mais dois jatos antes do final do ano. Além disso, a Virgin Australia fez um pedido firme de oito aeronaves narrowbody pequenas E190-E2 durante o trimestre. Consequentemente, a carteira de pedidos do segmento atingiu US$ 11,1 bilhões no 3T24, quase 30% maior a/a e marginalmente menor a/a.

Destaques de Defesa e Segurança
Em Defesa e Segurança, a Força Aérea Húngara recebeu seu primeiro C-390 Millennium, e a Força Aérea Brasileira recebeu sua sétima unidade. Um novo contrato firme para a aquisição de nove aeronaves C-390 foi assinado com a Holanda e a Áustria, e anunciado no Farnborough International Airshow (FIA). O momento positivo foi transferido para o A-29 Super Tucano, com contratos de vendas assinados com o Paraguai e o Uruguai. O backlog do segmento atingiu US$ 3,6 bilhões, um aumento de cerca de US$ 1,5 bilhão ou cerca de 70% tanto no trimestre quanto no ano.

Destaques de serviços e suporte
O backlog de Serviços e Suporte atingiu US$ 3,5 bilhões, um aumento de mais de 25% yoy e mais de 10% qoq. A empresa anunciou no terceiro trimestre a expansão de sua rede de suporte ao cliente na região Ásia-Pacífico por meio de parcerias com a SIA Engineering Corporation e a Fokker Services Asia, e nos Estados Unidos com investimento direto em novas instalações no Texas.


Visiona, JV da Embraer, divulga as primeiras imagens captadas pelo satélite VCUB1 e confirma o sucesso da missão


*LRCA Defense Consulting - 18/10/2024

A Visiona, joint-venture entre a Embraer e a Telebras, apresentou as primeiras imagens coletadas pelo VCUB1, primeiro satélite de alto desempenho projetado pela indústria nacional e com isso conclui a avaliação operacional do satélite. 

“Os satélites desempenham papel fundamental em todo o mundo e no Brasil. O VCUB1 pode ser utilizado para questões que são centrais ao País como a proteção ambiental, a resposta a desastres naturais, o combate às queimadas ou ainda o desenvolvimento da agricultura”, afirma João Paulo Rodrigues Campos, CEO da Visiona. “Além da geração de novas oportunidades de negócios, ampliação da infraestrutura espacial brasileira e geração de empregos”. 

Pesando apenas 12 kg, o VCUB1 está equipado com uma câmera de alta resolução e com um avançado sistema de comunicações. O VCUB1 também é o primeiro satélite com software embarcado 100% desenvolvido no Brasil, o que se traduz na autonomia completa no projeto. O sucesso da missão comprova a capacidade da Visiona em desenvolver soluções capazes de endereçar grandes desafios do Programa Espacial Brasileiro.

Após o lançamento em 2023, o primeiro ano da vida do satélite foi dedicado ao desenvolvimento e amadurecimento de sistemas. Após esse período, passou-se à calibração da sofisticada câmera para que as primeiras imagens fossem coletadas e divulgadas.

O VCUB1 foi concebido originalmente para validar os sistemas de navegação e de controle desenvolvidos pela Visiona, tecnologias até então não dominadas pelo país. “O domínio do software embarcado é o que nos dá liberdade para integrar ou substituir qualquer componente, concedendo total liberdade ao projeto. Entramos num seleto grupo de empresas no mundo capazes de projetar integralmente satélites”, afirma Himilcon Carvalho, Diretor de Tecnologia Espacial da Visiona. “As imagens, por sua vez, confirmam o desempenho dos sistemas desenvolvidos, que devem agora equipar os próximos projetos da empresa”. 

O projeto, liderado pela Visiona, contou com a participação de diversas empresas e Institutos de Ciência e Tecnologias brasileiros como a OPTO Space & Defense, responsável pelo projeto e construção da câmera, a AMS Kepler, a Metalcard, a Orbital Engenharia, a Embrapii, por meio de sua unidade ISI Embarcados SENAI-SC, o Instituto de Aeronáutica e Espaço da Força Aérea e o INPE.  Além disso, contribuíram no desenvolvimento a Agência Espacial Brasileira, Embrapa, CPRM, CEMADEN, UFSC, ITA, Governo de Santa Catarina, CENSIPAM, IICA, Prefeitura de São José dos Campos, Naturantins, Transpetro e o IBAMA.

Sobre a Visiona
Criada em 2012, a Visiona Tecnologia Espacial é uma joint-venture entre a Embraer Defesa & Segurança e a Telebras. Voltada para a integração de sistemas espaciais e à prestação de serviços baseados em satélites, a companhia atende aos objetivos do Programa Espacial Brasileiro e a demandas de mercado.

A Visiona foi a responsável pelo Programa do Satélite Geoestacionário de Defesa e Comunicações Estratégicas, o SGDC1, lançado em 2017. Em 2023, a empresa lançou o VCUB1, o primeiro nanossatélite de observação da terra e coleta de dados projetado por uma empresa no Brasil. Atualmente a Visiona lidera o projeto do satélite SatVHR de observação da Terra de altíssima resolução, apoiado pela FINEP e com ampla participação de empresas e ICTs brasileiras.

A Visiona também fornece produtos e serviços de Sensoriamento Remoto e Telecomunicações por satélite, bem como Aerolevantamento SAR nas Bandas X e P, sempre buscando a vanguarda tecnológica. Nesse mercado, a Visiona já realizou mais de 100 projetos em diversos setores como o de agricultura, óleo e gás, serviços financeiros, utilidades, meio ambiente e defesa.

A-29 Super Tucano ganha popularidade entre as forças aéreas com versatilidade e preço acessível

 

*DaxStreet, por Dana Phio - 17/10/2024

O A-29 Super Tucano, uma aeronave relativamente desconhecida até recentemente, vem silenciosamente ganhando força entre aviadores militares em todo o mundo. Apesar de sua história relativamente curta de apenas duas décadas, este turboélice de fabricação brasileira provou sua versatilidade em várias funções, de missões de ataque a patrulha de fronteira e treinamento.

Seu desempenho impressionante e preço acessível o tornaram uma escolha popular para forças aéreas ao redor do mundo. Alimentado por um único  motor Pratt & Whitney , o Super Tucano pode atingir velocidades de até 370 mph e tem um alcance de mais de 800 milhas. Sua construção robusta e aviônica avançada o tornam uma plataforma confiável e capaz para uma variedade de missões.

Embora o Super Tucano possa não ser tão conhecido quanto alguns de seus equivalentes maiores e mais potentes, sua combinação única de capacidades e preço acessível lhe rendeu um lugar entre as aeronaves militares mais respeitadas do mundo.

Uma frota de três aviões A-29 Super Tucano, originalmente comprada por uma organização que mais tarde abandonou seus planos, encontrou um novo lar na Escola de Pilotos de Teste da Força Aérea dos Estados Unidos.

Os aviões, que chegaram à Edwards Air Force Base na Califórnia na semana passada, se juntarão à frota de treinadores existente da escola. Isso representa um marco significativo para a escola, pois é a primeira vez em três décadas que ela recebe aeronaves recém-designadas.

Os A-29 Super Tucanos são ideais para treinamento de pilotos devido à sua aviônica moderna, capacidade de transportar uma variedade de cargas úteis em pilones de asas e design exclusivo da fuselagem, que permite testes de rotação.

Essas capacidades permitirão que a escola experimente vários sensores e armas multidomínio, reduzindo potencialmente a dependência dos antigos aviões T-38 e F-16 atualmente em uso.

Espera-se que a implantação dos A-29 Super Tucanos na Escola de Pilotos de Teste da Força Aérea dos Estados Unidos melhore ainda mais a reputação do avião. Até o momento, a Embraer relata que todos os A-29 Super Tucanos atualmente voando registraram um total de 550.000 horas de voo, incluindo mais de 60.000 horas de voo durante missões de combate.

Postagem em destaque