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01 dezembro, 2025

Mais que uma visita: KC-390 na AMMROC simboliza guinada geopolítica estratégica da Embraer no Oriente Médio

 


*LRCA Defense Consulting - 01/12/2025

A presença do KC-390 Millennium nas instalações da Advanced Military Maintenance Repair & Overhaul Center (AMMROC), em Al Ain, nos Emirados Árabes Unidos, no final de novembro, simboliza a consolidação de uma nova fase da estratégia internacional da Embraer no Oriente Médio. A visita inaugural ao centro de manutenção, logo após a assinatura de memorandos de entendimento durante o Dubai Airshow, reposiciona o cargueiro brasileiro no tabuleiro regional e reforça a aposta da fabricante em transformar o país em um polo de suporte e serviços para o KC-390.​

No evento em Al Ain, representantes de peso da aviação local — como Mahmood Alhameli, CEO do grupo Abu Dhabi Aviation, e Jasem Al Marzouqi, CEO da AMMROC, juntamente com a alta administração e equipes da AMMROC e da Calidus, LLC — foram apresentados à aeronave, sinalizando o interesse do ecossistema de defesa emirático em ampliar a cooperação com a indústria brasileira. Pela Embraer, a visita contou com a presença de Tahar Zaouche, Diretor de Vendas e Desenvolvimento de Negócios para o Oriente Médio e Ásia Central.

Parceria para além da vitrine do airshow 
A cena, com o KC-390 posicionado no coração de um dos principais centros de MRO da região, reforça a narrativa de que a parceria pretende ir além da vitrine do airshow e avançar para negócios concretos em manutenção, treinamento e apoio logístico.​

Os memorandos firmados entre Embraer, AMMROC e GAL (Global Aerospace Logistics) têm como foco central a construção de uma capacidade regional de manutenção, reparo e revisão dedicada ao KC-390 Millennium, incluindo treinamento de pessoal, engenharia de modificações e soluções de suporte ao ciclo de vida. Na prática, o pacote coloca as empresas em rota para oferecer serviços de alta complexidade a operadores atuais e potenciais do cargueiro no Oriente Médio, criando um arcabouço local capaz de reduzir tempos de parada, custos operacionais e dependência de estruturas fora da região.​

A aposta emirática na parceria com a Embraer ocorre em um contexto de disputa acirrada pelo status de hub de carga militar e aviação de defesa no Golfo, em que o KC-390 se apresenta como alternativa moderna aos cargueiros táticos tradicionais. Com capacidade de transportar até 26 toneladas, operar em pistas semipreparadas e executar missões que vão de transporte de tropas ao combate a incêndios, o modelo acumula histórico de alta disponibilidade e taxas de conclusão de missão acima de 90% com forças aéreas que já o utilizam, reforçando o apelo da plataforma junto a potenciais clientes da região.​


Guinada geopolítica estratégica no Oriente Médio
Nos bastidores, a movimentação em Al Ain também reflete uma guinada geopolítica da Embraer: após flertar com um centro de montagem e MRO na Arábia Saudita, a empresa decidiu priorizar os Emirados Árabes Unidos para sediar um futuro “completion center” do C-390, voltado a montagem final, customizações e suporte regional. Essa escolha desloca o eixo da estratégia do cargueiro no Oriente Médio e aprofunda os laços com Abu Dhabi, que passa a ocupar papel central nos planos de expansão do avião brasileiro no mercado de defesa do Golfo.​

Para a região de Al Ain, a cooperação representa, além do prestígio político, a perspectiva de geração de empregos qualificados e transferência de conhecimento em manutenção aeronáutica de alta tecnologia. Ao mesmo tempo, para o Brasil, o movimento consolida o KC-390 como vetor de inserção estratégica no Oriente Médio, ampliando a presença industrial da Embraer e abrindo espaço para novas oportunidades de exportação em um mercado historicamente disputado por grandes fabricantes globais. 

Tecnologia brasileira na linha de frente: CC2 da Embraer ampliam o alcance do SISFRON

 


*LRCA Defense Consulting - 01/12/2025

Os Centros de Comando e Controle Móveis (CC2) da Embraer, recentemente entregues ao Exército Brasileiro no âmbito da Fase 2 do SISFRON, representam um salto qualitativo na capacidade de comando, controle e comunicações das tropas que atuam na faixa de fronteira oeste. Eles combinam mobilidade tática, infraestrutura de TI robusta e integração com sensores e redes do SISFRON, permitindo ao comandante “levar o centro de operações para o terreno”, com consciência situacional em tempo quase real.

Nova etapa para o SISFRON
A entrega das primeiras quatro unidades do Centro de Comando e Controle Móvel (CC2) marca um novo marco na implantação da Fase 2 do Sistema Integrado de Monitoramento de Fronteiras (SISFRON), programa estratégico do Exército Brasileiro dedicado a vigiar os 16,8 mil quilômetros de fronteiras terrestres do país. Ao todo, 15 unidades deverão ser entregues nesta fase, compondo uma malha de centros móveis capazes de apoiar diretamente os comandos na região oeste, área crítica para o combate a crimes transnacionais, contrabando e tráfico de drogas.​

O SISFRON foi concebido não apenas como um “sistema de sensores”, mas como uma arquitetura completa de comando, controle, comunicações, computação e inteligência (C4I), integrando radares, sistemas optrônicos, redes de dados e centros de operações militares. Nesse contexto, os CC2 móveis funcionam como elos essenciais entre o que é detectado na fronteira e a capacidade de transformar dados em decisões rápidas e coordenadas.​

O que são os CC2 móveis
O Centro de Comando e Controle (CC2), na doutrina de comando e controle do Exército, é a estrutura em que o comandante e seu estado‑maior recebem, analisam e difundem informações, planejam operações e emitem ordens. Na versão móvel concebida para o SISFRON, essa estrutura é instalada em viaturas táticas ou abrigos transportáveis, climatizados, com estações de trabalho, servidores, sistemas de visualização e múltiplos meios de comunicação seguros.​

Essas plataformas são projetadas para operar em deslocamento ou após rápida instalação, criando um “posto de comando avançado” próximo à área de interesse. Isso reduz o tempo entre a detecção de um evento na fronteira – por um radar, câmera ou patrulha – e a ação efetiva das tropas, permitindo que o comandante acompanhe o cenário em telas georreferenciadas, atualizadas por diversos sistemas conectados em rede.​

Tecnologia embarcada e comunicações seguras
Os CC2 móveis fornecidos pela Embraer integram rádios táticos de longo, médio e curto alcance, enlaces de dados, comunicações satelitais e redes IP que permitem voz, dados e vídeo, com camadas de segurança compatíveis com os requisitos militares. Em campo, isso significa que o centro móvel pode conversar tanto com um pelotão em patrulha na selva quanto com um comando de brigada ou de área, mantendo o fluxo contínuo de dados e ordens, mesmo em ambientes de difícil infraestrutura civil.​

Além das comunicações, os CC2 reúnem softwares de comando e controle capazes de consolidar informações de sensores do SISFRON, sistemas de rastreamento de tropas e ativos, bancos de dados e inteligência. Esse conjunto permite montar o “quadro situacional comum”, ferramenta vital para decidir onde reforçar patrulhas, qual rota interditar e como coordenar operações com outras agências de segurança na região de fronteira.​

Fase 2: expansão e consolidação do sistema
A Fase 1 do SISFRON teve foco principal no Comando Militar do Oeste, com o projeto‑piloto em Mato Grosso do Sul, e comprovou ganhos operacionais na detecção e repressão a ilícitos transfronteiriços. A Fase 2, que envolve o atual contrato com a Embraer, amplia essa experiência para novos setores da fronteira, com a entrega de dezenas de viaturas táticas de comunicações e múltiplos centros de comando, entre eles os CC2 móveis.​

Segundo informações institucionais, a Embraer já superou a marca de 50 soluções veiculares entregues ao programa, incluindo viaturas de comunicações, centros móveis, postos de comando e outras plataformas especializadas, consolidando seu papel como integradora do SISFRON. Os 15 CC2 desta fase se somam a esse pacote, compondo uma rede distribuída de comando que aumenta a resiliência do sistema frente a ameaças, falhas locais de infraestrutura ou ações de guerra eletrônica.​

Como os CC2 mudam a rotina na fronteira
Na prática, a presença de um CC2 móvel em operação permite que operações de fronteira deixem de depender exclusivamente de centros fixos distantes e ganhosse uma capacidade de “comando à frente”, colada às tropas. Em uma operação conjunta contra rotas do crime, por exemplo, o CC2 pode ser posicionado próximo às principais vias de acesso, conectando em tempo real dados de sensores do SISFRON, patrulhas de cavalaria, unidades de selva e até órgãos civis, como polícia e fiscalização.​

Essa aproximação encurta o ciclo de decisão: alertas de intrusão ou de atividade suspeita captados pelos sensores são rapidamente avaliados e transformados em ordens de bloqueio, interceptação ou acompanhamento, com rastreamento em mapas digitais. Em cenários de Garantia da Lei e da Ordem ou de apoio a outros órgãos, o CC2 oferece ainda condições adequadas para coordenação interagências, planejamento e acompanhamento de incidentes complexos.​

Quadro-resumo: CC2, SISFRON e efeitos principais

Aspecto

Descrição resumida

Função dos CC2 móveis

Centros táticos de comando e controle, em viaturas, que integram dados, comunicações e tomada de decisão. 

Papel no SISFRON

Nós de C2 que conectam sensores, tropas e escalões superiores, transformando dados em ações rápidas. 

Alcance geográfico

Apoio a comandos na faixa de fronteira terrestre, com foco inicial na região oeste do país. 

Quantidade na Fase 2

15 unidades de CC2 móveis previstas, dentro de um pacote mais amplo de viaturas táticas e centros de comando. 

Ganhos operacionais

Maior mobilidade de comando, consciência situacional integrada e melhor coordenação interagências. 

Impacto industrial

Fortalecimento da Embraer como integradora de C4I terrestre e estímulo à Base Industrial de Defesa. 

Impactos para a Base Industrial de Defesa
Além do efeito direto na capacidade operacional, a entrega dos CC2 móveis e de outras viaturas do SISFRON reforça a Base Industrial de Defesa brasileira, ao consolidar a Embraer como integradora de sistemas terrestres complexos. Estudos acadêmicos sobre o SISFRON apontam o programa como um dos vetores de desenvolvimento tecnológico nacional, com potencial de spillover para setores civis em áreas como telecomunicações seguras, integração de sensores e tecnologias de comando e controle.​

O modelo adotado no programa estimula a articulação entre Forças Armadas, indústria e centros de pesquisa, alinhado ao conceito de “hélice tríplice” de inovação em defesa, fortalecendo competências críticas em software, cibersegurança, integração de sistemas e engenharia de sistemas complexos. Nesse cenário, a linha de CC2 móveis e outras soluções veiculares de comando se insere como vitrine tecnológica exportável, somando‑se ao portfólio de produtos de defesa brasileiros com potencial de interesse de outros países com desafios de fronteira semelhantes. 

Nova geração de munições vagantes brasileiras: Modirum | Gespi estreia sistema autônomo e cooperativo

Imagem meramente reptresentativa

*LRCA Defense Consulting - 01/12/2025

A Modirum | Gespi, empresa brasileira de tecnologia em defesa, anunciou para 2026 o lançamento de uma munição vagante autônoma do tipo "switch blade", com alcance de 80 km, autonomia de 40 minutos e velocidade de até 130 km/h. Este sistema inovador, desenvolvido integralmente no Brasil, poderá operar em modo enxame, com controle de dezenas de drones por meio de software de inteligência artificial (IA).

O termo "tipo switch blade" refere-se a um sistema de munição vagante ou drone suicida que é lançado de um tubo compacto, com asas retráteis que se desdobram rapidamente após o lançamento, parecido com a lâmina de um canivete automático que abre por mola. Esta munição pode voar em modo espera sobre uma área designada antes de atacar alvos com alta precisão, sendo controlada remotamente e usada para neutralizar veículos, alvos leves ou pontos estratégicos com mínimo risco para operadores humanos.

Com essa tecnologia, a Modirum | Gespi pretende elevar o padrão da defesa nacional, competindo em um mercado global cada vez mais exigente e tecnológico. O sistema SISU AI, que gerencia os drones de maneira cooperativa, elimina a necessidade de controle humano direto, garantindo maior eficiência, rapidez e precisão nas operações táticas.

O investimento e desenvolvimento refletem a integração da Modirum Defence, especialista em inteligência artificial e sistemas autônomos, com a Gespi, fabricante tradicional latino-americana de munições e produtos estratégicos para as Forças Armadas do Brasil. Juntos, elas ampliam o portfólio para fornecer soluções completas de defesa aérea, terrestre e naval, focadas na segurança e inovação tecnológica nacional.

Além da munição switch blade, a parceria contempla expansão na produção de munições convencionais de alta precisão, como calibres de 155mm, alinhados com padrões da OTAN, reforçando o papel das empresas como fornecedores essenciais no mercado nacional e internacional.

Essa iniciativa posiciona o Brasil na vanguarda do desenvolvimento de sistemas de ataque autônomos e cooperativos, destacando a capacidade tecnológica do país para avançar na era da guerra inteligente com plataformas totalmente brasileiras. 

Stella Tecnologia apresenta munição vagante em evento da Marinha do Brasil

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*LRCA Defense Consulting - 01/12/2025

No fim de novembro de 2025, a empresa brasileira Stella Tecnologia mostrou sua munição vagante de asa fixa durante o “1º Workshop sobre o Emprego de Drones” e o “1º Campeonato de Drones Militares do Corpo de Fuzileiros Navais”, realizados no CIASC pelo Corpo de Fuzileiros Navais da Marinha do Brasil. A munição, uma inovação nacional na área de defesa, é um drone kamikaze pequeno e furtivo, projetado para atacar alvos com alta precisão, mantendo baixa assinatura sonora, radar e térmica, o que dificulta sua detecção por sistemas inimigos.

A Stella Tecnologia é pioneira no Brasil no desenvolvimento dessas munições vagantes, que podem ser lançadas em enxames ou integradas a diferentes plataformas aéreas para missões de reconhecimento e ataque. Durante o evento, o foco foi a demonstração do potencial das munições e drones militares no contexto das novas doutrinas de guerra envolvendo veículos aéreos não tripulados. O workshop e campeonato também promoveram capacitação e inovação, alinhados com a estratégia da Marinha para ampliar seu domínio tecnológico na área de drones táticos.

Um destaque da empresa é o drone Albatroz, que está sendo atualizado para operar a até 12 mil metros de altitude com turbinas 100% nacionais da Aero Concepts, a primeira aplicação dessa tecnologia em drones de médio e grande porte no Brasil. Esse avanço representa um marco na indústria nacional de defesa, mostrando o caminho para futuras versões ainda mais rápidas e versáteis, incluindo versões de munição vagante. A parceria com a Aero Concepts reforça a capacidade tecnológica integrada da indústria brasileira.

A iniciativa da Stella Tecnologia, além de contribuir para a modernização das forças brasileiras, abre espaço para o país se posicionar como fornecedor competitivo na indústria global de drones militares e munições vagantes. O desenvolvimento local reforça a autonomia estratégica e a segurança nacional em um cenário global marcado pelo avanço contínuo das guerras tecnológicas e pela necessidade crescente de sistemas aéreos não tripulados de alta performance. 

Mac Jee e AERO.ID ampliam portfólio de drones com LM-1 Defensor e MQ-25 PTROS

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*LRCA Defense Consulting - 01/12/2025

A Mac Jee Defesa e a AERO.ID deram um novo passo na consolidação do Brasil como player relevante no mercado de sistemas aéreos não tripulados ao avançar simultaneamente em dois projetos complementares: a munição suicida de asa fixa LM-1 Defensor e o drone de vigilância marítima MQ-25 PTROS. 

Os dois sistemas, ainda em fase de desenvolvimento e demonstração, foram concebidos para atender demandas de ataque de precisão e de inteligência, vigilância e reconhecimento (ISR), alinhando-se às lições recentes dos conflitos que têm mostrado o papel central dos drones no campo de batalha.​

O LM-1 Defensor é uma munição suicida de asa fixa projetada para missões de ataque pontual, com alcance aproximado de 70 km, autonomia de até cerca de 93 minutos e capacidade de carga bélica em torno de 3,5 kg, permitindo engajar alvos estratégicos mantendo as tropas lançadoras em segurança. 

Com dimensões compactas e operação modular, o sistema pode ser integrado a viaturas táticas ou plataformas terrestres leves, oferecendo às forças usuárias uma solução de fogo de longo alcance e alta precisão, particularmente adequada a cenários de negação de área, apoio de fogo e operações especiais.​

Voltado mais à vigilância marítima e missões de ISR, mas não restrito a elas, o MQ-25 PTROS surge como um drone de asa fixa com capacidade de decolagem e pouso vertical (VTOL), combinando a eficiência em cruzeiro de uma aeronave convencional com a flexibilidade operacional de um vetor que não depende de pistas. 

Com alcance de até 300 km, autonomia de 12 horas e carga útil de 10 kg, o sistema poderá empregar câmeras dia/noite, sensores infravermelho e outros equipamentos de reconhecimento para patrulhar extensas áreas oceânicas ou terrestres, apoiar o monitoramento de infraestrutura crítica e reforçar a segurança de fronteiras marítimas.​

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Na avaliação de especialistas do setor, a combinação de um drone de vigilância de longo alcance com uma munição suicida própria pode criar um ecossistema integrado de capacidades, em que o MQ-25 PTROS desempenha o papel de “sensor” e o LM-1 Defensor atua como “efetor” no ciclo de combate. 

Ao oferecer soluções que vão da detecção à neutralização de alvos, Mac Jee e AERO.ID fortalecem a autonomia operacional das Forças Armadas brasileiras e ampliam o potencial de exportação de sistemas inteligentes produzidos pela Base Industrial de Defesa nacional.

Saiba mais sobre os drones da Mac Jee & AERO.ID
- Brasil avança em drones de ataque com demonstração do MQ-18 ao Exército Brasileiro 

30 novembro, 2025

Parceria inovadora: i-charging desenvolve carregador sob medida para eVTOL da Eve Air Mobility

 


*LRCA Defense Consulting - 30/11/2025

A i-charging, empresa portuguesa de destaque em tecnologia para mobilidade elétrica, foi escolhida pela Eve Air Mobility para fornecer soluções de carregamento no solo para sua aeronave elétrica de decolagem e pouso vertical (eVTOL). A parceria marca a entrada da i-charging no inovador segmento da Mobilidade Aérea Urbana, fortalecendo o futuro da mobilidade sustentável.

Após um rigoroso processo de seleção, a i-charging se destacou pela excelência tecnológica, confiabilidade comprovada em mercados internacionais e compromisso com a inovação. O carregador desenvolvido para a Eve Air Mobility é resultado da combinação da expertise da i-charging com as demandas específicas do eVTOL, um veículo concebido para revolucionar o transporte urbano.

O equipamento criado mantém os diferenciais da tecnologia i-charging, incluindo eficiência energética, monitoramento remoto, gerenciamento inteligente de carga e conformidade com normas internacionais de segurança e cibersegurança. Projetado do zero, o sistema de carregamento é otimizado para garantir a rápida recarga das aeronaves, além de integrar-se perfeitamente com a infraestrutura aeroportuária moderna, fator crucial para a operação contínua dos eVTOLs.

Pedro Moreira da Silva, CEO da i-charging, ressaltou a importância desse contrato para a empresa: "Esta é uma oportunidade histórica. A confiança da Eve Air Mobility em nossa tecnologia reafirma a qualidade e inovação que entregamos. Estamos determinados a oferecer uma solução tão revolucionária quanto o próprio eVTOL."

Esse avanço demonstra o comprometimento da i-charging em contribuir para uma nova era de transporte urbano, alinhando tecnologia de ponta e sustentabilidade. O contrato inclui fornecimento de equipamentos e suporte técnico durante toda a vida operacional das aeronaves da Eve, consolidando uma parceria estratégica no desenvolvimento da mobilidade elétrica aérea.

Com essa iniciativa, a i-charging reforça seu papel pioneiro e abre caminho para novas soluções elétricas que transformarão o modo como as cidades e regiões se conectam, antecipando o futuro da mobilidade aérea limpa e eficiente. 

Sobre a i-charging
A i-charging é uma empresa portuguesa fundada em 2019, especializada em soluções tecnológicas para o carregamento de veículos elétricos, incluindo veículos leves e pesados. Com forte foco em inovação, a empresa oferece um ecossistema completo que vai além dos carregadores, incluindo ferramentas digitais e serviços para otimizar toda a jornada do consumidor na mobilidade elétrica. A i-charging é reconhecida internacionalmente por seu design premiado e tecnologia avançada, estando presente em mais de 40 países com certificações de segurança e eficiência que atendem aos mercados globais mais exigentes.

A empresa se destaca por um modelo de crescimento acelerado e inovador, que combina hardware e software integrados, e um modelo fabless que permite agilidade e escalabilidade no desenvolvimento de suas soluções. Em 2025, a i-charging foi premiada com o Prêmio PME Inovação COTEC-BPI, que reconhece sua capacidade de transformar conhecimento em crescimento sustentável e competitividade internacional. É considerada uma das startups mais promissoras da Europa no setor de mobilidade elétrica, com investimentos expressivos em pesquisa e desenvolvimento para ampliar seu portfólio tecnológico e inovador.

Com essa base sólida, a i-charging vem ampliando sua atuação no mercado, agora também no segmento de Mobilidade Aérea Urbana, como no caso da parceria com a Eve Air Mobility para fornecer carregadores para aeronaves elétricas de decolagem e pouso vertical (eVTOL), reafirmando seu papel de protagonista na transição para um futuro sustentável em mobilidade. 

Embraer intensifica ofensiva na Europa: KC-390 Millennium chega à Polônia para demonstrações estratégicas

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*LRCA Defense Consulting - 29/11/2025

A Embraer deu início a uma das etapas mais importantes de sua campanha comercial na Europa na manhã deste sábado (29). O demonstrador do cargueiro tático KC-390 Millennium (matrícula PT-ZNG) pousou no Aeroporto Chopin (EPWA), em Varsóvia, marcando o começo de uma série de avaliações visando o contrato de modernização da frota de transporte da Força Aérea Polonesa.

A aeronave, ostentando sua nova identidade visual corporativa, chegou procedente de Sharm el-Sheikh, no Egito, após concluir um giro promocional pelo Oriente Médio. O pouso na capital polonesa não é apenas uma escala técnica, mas um movimento calculado de diplomacia industrial.

Agenda em Varsóvia
Segundo informações de tráfego aéreo e fontes locais, a agenda do KC-390 na Polônia será intensa nos próximos dias:

  • 1º de Dezembro (Domingo): voo de ambientação sobre o território polonês.

  • 2 de Dezembro (Terça-feira): o "Dia D" da visita. Está programado um voo de demonstração oficial entre 09h00 e 09h45 (hora local) para autoridades militares, governamentais e imprensa especializada. O foco será exibir a versatilidade da aeronave, incluindo suas capacidades de transporte logístico e o sistema de reabastecimento em voo (probe-and-drogue).

  • 3 de Dezembro (Quarta-feira): previsão de partida da aeronave.

Contexto estratégico: programa "Drop"
A visita ocorre em um momento crucial. Varsóvia busca renovar sua capacidade de transporte aéreo médio através do programa "Drop", visando substituir veteranos C-130 Hercules e complementar sua frota. A Embraer posiciona o KC-390 como a solução ideal, oferecendo um jato moderno, mais rápido e com maior disponibilidade que os concorrentes turboélices.

Para vencer a concorrência, a fabricante brasileira colocou na mesa uma proposta agressiva de cooperação industrial. A Embraer considera a Polônia um "parceiro estratégico" e as negociações envolvem não apenas a venda das aeronaves, mas a possibilidade de estabelecer uma Linha de Montagem Final (FAL) no país, além de um centro regional de manutenção e treinamento.

"O demonstrador serve como 'cartão de visitas': a nova pintura, a visibilidade pública e o voo demonstrativo são parte de uma campanha de convencimento para que a Polônia feche contrato pelo KC-390," analisam especialistas do setor.

Se concretizado, o acordo traria investimentos significativos e centenas de empregos de alta tecnologia para a Polônia, consolidando o país como um hub da Embraer na Europa Central e fortalecendo a interoperabilidade entre os membros da OTAN que já selecionaram o cargueiro brasileiro, como Portugal, Hungria, Holanda e República Tcheca.

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