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10 dezembro, 2024

Eslováquia indica o Embraer C-390 Millennium como a melhor opção para sua futura aeronave de transporte militar


*LRCA Defense Consulting - 10/12/2024

O Ministério da Defesa da Eslováquia assinou hoje uma Carta de Intenções com o Ministério da Defesa do Brasil, abrindo caminho para uma cooperação industrial mais profunda entre os dois países. Durante esta visita ao Brasil, o Ministro da Defesa da Eslováquia reconheceu que o Embraer C-390 é a opção que melhor se adapta às futuras necessidades de transporte militar da Eslováquia. 

Também foi mencionada a importância dos países vizinhos que já adquiriram o C-390, permitindo sinergias em termos de treinamento, logística e cooperação nas capacidades futuras e crescimento de suas frotas. O Ministério da Defesa da Eslováquia iniciará os passos formais para a compra de três C-390s em janeiro de 2025.

“O C-390 é atualmente a melhor aeronave em sua categoria devido à sua eficiência de custo, versatilidade e confiabilidade, sendo capaz de executar as missões mais exigentes a qualquer hora, em qualquer lugar. Estamos confiantes de que o C-390 é a aeronave mais adequada para atender às necessidades da Força Aérea Eslovaca”, disse Bosco da Costa Junior, Presidente e CEO da Embraer Defesa & Segurança.

O transporte aéreo multimissão C-390 Millennium da Embraer está rapidamente se tornando a aeronave de escolha entre os membros da UE/OTAN (Organização do Tratado do Atlântico Norte) e seus aliados na Europa, contribuindo para a modernização de suas forças armadas, ao mesmo tempo em que adiciona novas capacidades e aprimora a interoperabilidade com as forças aliadas. O C-390 já está em operação com Portugal e Hungria e já foi encomendado pela Holanda, Áustria e República Tcheca, além da Suécia, que recentemente selecionou a aeronave. Brasil e Coreia do Sul completam a crescente lista de nações que optaram pelo C-390.

Desde que entrou em serviço na Força Aérea Brasileira em 2019 e na Força Aérea Portuguesa em 2023, a frota em operação acumula mais de 15.500 horas de voo, com taxa de capacidade de missão de 93% e taxas de conclusão de missão acima de 99%, demonstrando produtividade excepcional na categoria.

Veículo hipersônico RATO-14X será um "game changer" aeroespacial para o Brasil


*LRCA Defense Consulting - 10/12/2024

O RATO-14X tem como meta aumentar a eficiência dos veículos hipersônicos e dos processos de satelitização, marcando um avanço significativo para consolidar o Brasil como um dos líderes globais em tecnologia hipersônica.

Financiado pelo Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), pela Financiadora de Estudos e Projetos (FINEP) e pelo Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (FNDCT), o projeto busca impulsionar a inovação no Setor Aeroespacial Brasileiro. Seu principal objetivo é desenvolver um sistema de decolagem assistida por foguetes para veículos hipersônicos.

O foguete aeroespacial em desenvolvimento visa transportar o veículo hipersônico 14-X até a atmosfera, a uma altura de 30 quilômetros da terra na velocidade de 10.720 km/h, dez vezes superior à do som, também conhecida como Mach 10.

Concepção artística do 14-X em órbita

Para que o 14-X inicie sua viagem de forma autônoma, seu motor, do tipo scramjet, precisa de uma velocidade mínima para ser acionado. Ele será acoplado ao foguete, que proporcionará a velocidade e a altitude necessárias e, neste momento, ele será liberado para concluir sua trajetória planejada. Daí o nome “Rocket Assisted Take Off” (RATO) ou, em português, decolagem assistida por foguete. “Este projeto é um divisor de águas, pois as tecnologias que vamos aportar na sua construção vão contribuir para reduzir a dependência tecnológica do Brasil no setor aeroespacial em relação a outros países”, explica o diretor de Engenharia da Mac Jee, Danilo Miranda.

A Mac Jee também selou parceria com o Instituto de Estudos Avançados (IEAv), o Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA) e o Instituto de Aeronáutica e Espaço (IAE), todos ligados ao Comando da Aeronáutica – COMAer, além de cooperação industrial com a Castro Leite Consultoria (CLC) e diversos fornecedores do ecossistema aeroespacial de São José dos Campos e região. “Contamos com um time com vasta experiência em projetos de satélites, aeronaves, mísseis e sistemas de defesa, tanto em empresas nacionais quanto internacionais. Temos a capacidade técnica e operacional para liderar este projeto inovador”, conta Miranda.

Mais de 500 profissionais estarão envolvidos desde o detalhamento dos requisitos técnicos até o lançamento do foguete, previsto para o final de 2027, no Centro Espacial de Alcântara, no Maranhão.

Assista e entenda os detalhes do RATO-14X, projeto que está em pleno desenvolvimento pela Mac Jee e seus parceiros Financiadora de Estudos e Projetos (FINEP), Instituto de Aeronáutica e Espaço (IAE), Instituto de Estudos Avançados (IEAv), Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA) e Castro Leite Consultoria (CLC).

 

Embraer C-390 Millenium de dois países da OTAN terão suítes de autoproteção EW e DIRCM da Elbit Systems


*LRCA Defense Consulting - 10/12/2024

A Elbit Systems Ltd. anunciou hoje que recebeu dois contratos com um valor agregado de aproximadamente US$ 175 milhões para o fornecimento de suítes de autoproteção EW (guerra eletrônica) e DIRCM (contramedidas infravermelhas direcionadas) para um país europeu da OTAN. Os contratos serão executados ao longo de um período de cinco anos. 

Sob os contratos, a Elbit Systems entregará seus Self-Protection Suites para instalação nas aeronaves Embraer C-390 Millenium e helicópteros Airbus H225M do país. Além disso, o contrato C-390 inclui um acordo com outro país europeu, prevendo a entrega do Advanced EW suite para instalação em sua aeronave Embraer C-390 Millenium. 

O EW e o DIRCM Self-Protection Suite de última geração, a serem instalados em ambas as plataformas, fornecem capacidades de defesa aprimoradas ao detectar, analisar e combater autonomamente uma ampla gama de ameaças. O conjunto inclui o avançado Digital Radar Warning Receiver da Elbit Systems, o IR Missile Warning System (MWS), o Laser Warning System (LWS), o Countermeasure Dispenser System (CMDS) e o MUSIC™ family DIRCM System.

Além disso, como parte do contrato do C-390, a Elbit Systems fornecerá seu SPEAR Advanced ECM (AECM) Pod, que pode ser facilmente instalado e transferido entre aeronaves na linha de voo. 

“Com nossos EW Self-Protection Suites instalados em mais de 30 tipos de aeronaves e implantados em vários países, incluindo vários membros da OTAN, a Elbit Systems é reconhecida como líder global em Guerra Eletrônica e tecnologia DIRCM.” disse Oren Sabag, Gerente Geral da Elbit Systems ISTAR & EW. “Esses novos contratos reforçam ainda mais nossa posição global na área de Self-Protection Suites aerotransportadas.” Ele acrescentou: “Nosso design modular avançado permite atualizações contínuas, garantindo a adaptação às ameaças em evolução e fornecendo uma resposta rápida para aumentar a segurança das tripulações aéreas e das plataformas.”

Embraer recebe Grau de Investimento pleno pela 3ª principal agência de rating

Depois de S&P e Fitch, Moody’s eleva nota da empresa com base em melhoria contínua de métricas de crédito, política financeira e liquidez 


*LRCA Defense Consulting - 10/12/2024

A Embraer recebeu uma nota adicional de Grau de Investimento, desta vez da Moody’s. A agência de classificação de risco elevou de Ba1 para Baa3 a nota de crédito da empresa, com perspectiva positiva. Essa é a terceira agência a conceder a classificação à Embraer este ano, depois de S&P Global Ratings, em fevereiro, e Fitch Ratings, em setembro. 

Em seu relatório, a Moody’s destaca a melhoria contínua das métricas de crédito, política financeira e liquidez como razões para a conquista do Grau de Investimento pela companhia. Esses fatores se relacionam com a recuperação gradual nas entregas, backlog em crescimento e com o desempenho operacional. Adicionalmente, a redução da dívida, impulsionada pela forte geração de fluxo de caixa livre, fortaleceu a posição da empresa. 

“Nosso foco em eficiência e na disciplina financeira são diferenciais importantes, em paralelo a nosso portifólio moderno e competitivo. Esses atributos garantem o sucesso da nossa estratégia e o crescimento sustentável do negócio, além do forte engajamento de nossos colaboradores”, diz o CFO da Embraer, Antonio Carlos Garcia. 

Líder na fabricação de jatos comerciais com até 150 assentos e maior exportadora de alta tecnologia do Brasil, a empresa está bem posicionada em todos os seus segmentos – Aviação Comercial, Aviação Executiva, Defesa & Segurança e Serviços & Suporte. Com uma carteira de pedidos em seu nível mais alto em nove anos, somando US$ 22,7 bilhões no terceiro trimestre, a Embraer tem projeção de encerrar 2024 com receita entre US$ 6,0 bilhões e US$ 6,4 bilhões e margem EBIT ajustada entre 9,0% e 10,0%.

Governo anuncia ações para reduzir dependência financeira de estatais. IMBEL pode ser beneficiada


*Agência Brasil, por Lucas Pordeus León - 09/12/2024

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva assinou, nesta segunda-feira (9), três decretos com objetivo de reestruturar a governança das empresas estatais brasileiras e seus modelos de negócios. Além de aumentar a produtividade e a eficiência das companhias, o governo espera reduzir a dependência financeira de parte das estatais em relação ao orçamento federal.

Os documentos foram assinados após reunião ministerial no Palácio do Planalto, em Brasília, e devem ser publicados no Diário Oficial da União desta terça-feira (10). A ministra da Gestão e Inovação em Serviços Públicos, Esther Dweck (foto), explicou que os decretos foram construídos para modernizar a gestão das estatais.

“O foco, obviamente, são as empresas que estão com alguma questão financeira, também discutindo empresas dependentes do orçamento. A nossa preocupação maior é justamente melhorar a capacidade dessas empresas de gerar valor para a sociedade brasileira, aumentar a sua sustentabilidade financeira e poder pensar a remodelagem dos modelos de negócios”, afirmou.

O Brasil possui 44 estatais com controle da União. Em 2023, elas geraram 5,75% do Produto Interno Bruto (PIB), com lucro somado de R$ 197,8 bilhões, sendo R$ 128,1 bilhões distribuídos aos acionistas.

Esther Dweck destacou que o governo avalia, no curto prazo, alterações no modelo de negócios de, ao menos, 15 estatais com objetivo de reduzir a dependência delas do Tesouro Nacional. Por outro lado, a ministra ponderou que nem todas as companhias podem ser financeiramente independentes do Estado.

“Nem todas as empresas vão se tornar independentes. A própria Ebserh [Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares], que foi uma empresa [criada] para gerir os hospitais universitários no Brasil, não tem disponibilidade para se tornar independente. Não é isso. Mas a própria Ebserh, assim como a Conab [Companhia Nacional de Abastecimento], a Codevasf [Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba], pode aumentar a sua receita”, afirmou.

Modelos de negócios
Um dos decretos prevê a criação do Programa de Governança e Modernização das Estatais (Inova). Coordenado pelo Ministério da Gestão e Inovação em Serviços Públicos (MGI) e com a participação das estatais e dos ministérios a elas vinculados, o programa deve ajudar as empresas a encontrarem novos modelos de negócios.

“A gente faz um acordo de cooperação técnica com a empresa e com o ministério supervisor daquela empresa para uma consultoria para pensar uma remodelagem de negócio”, disse a ministra.

A secretária de Coordenação e Governança das Empresas Estatais (Sest), Elisa Vieira Leonel, citou o caso dos Correios, que já tem um mapeamento de serviços que trariam novas receitas.

“Trariam receitas para suportar o custo de universalização dos Correios. [Esses mapeamentos] foram interrompidos no processo de privatização, quando a empresa esteve no programa de desestatização. Então, a ideia é que a gente volte a olhar para esses negócios em potencial”, destacou Elisa.

Imbel e Ceitec

A ministra Esther Dweck citou ainda o caso da Indústria de Material Bélico do Brasil (Imbel), que, pelo fato de ser dependente do Tesouro, não pode realizar contratos para ajudá-la a se tornar financeiramente independente.

“A empresa fala que se conseguir ter dinheiro para os insumos, com um contrato de R$ 300 milhões, ela pode gerar uma receita de R$ 2,5 bilhões. Então, ela não consegue sair da dependência pelo fato de ser dependente”, destacou Esther.

Outra empresa que o governo tem discutido o modelo de negócios é a Ceitec, a estatal de semicondutores que chegou a ser colocada para liquidação no governo anterior, mas foi retomada no atual governo Lula.

“Ela também é uma dessas empresas com potencial enorme de receita, mas limitada por ser dependente do Tesouro. Portanto, com uma dificuldade de insumos e investimentos para poder sair da sua condição de dependência”, disse Esther.

De acordo com o decreto, o programa Inova deve desenhar medidas que busquem o desenvolvimento nacional sustentável e a redução das desigualdades sociais e regionais; a eficiência econômica e a competitividade; o aumento da produtividade, a soberania nacional; o fortalecimento da pesquisa e inovação; e a qualidade na prestação dos serviços públicos.

O programa também prevê a contratação de instituições de ensino e pesquisa para apoiar as estatais, além de planejamento e execução de ações para aperfeiçoamento técnico dos gestores e servidores das companhias, entre outras medidas para aprimorar a governança das estatais.

Sisest
Outro decreto assinado pelo presidente Lula prevê a criação do Sistema de Coordenação da Governança e da Supervisão Ministerial das Empresas Estatais Federais (Sisest), que deve ser formado pelos 16 ministérios que supervisionam as estatais brasileiras.

“Com o Sisest, o governo terá uma visão integrada das operações das estatais, que permitirá identificar rapidamente oportunidades de melhoria”, argumentou o MGI.

O sistema deve criar uma rede colaborativa para desenvolver padrões de qualidade e de racionalidade na supervisão ministerial da governança das estatais, com ações e políticas para aprimorar a gestão das empresas e monitorar o cumprimento dos objetivos estabelecidos nos atos de constituição das empresas estatais.

O terceiro decreto assinado pelo presidente Lula reestrutura a atual Comissão Interministerial de Governança Corporativa e de Administração de Participações Societárias da União (CGPAR), que fixa diretrizes para atuação das empresas federais.

“A Lei das Estatais de 2016 tornou obsoletas algumas disposições do decreto que criou a CGPAR em 2007, incluindo a composição da comissão, que não mais se alinha à atual estrutura ministerial”, explicou a pasta da Gestão e Inovação.

Composta por representantes do MGI, do Ministério da Fazenda e da Casa Civil, a nova comissão deve, entre outras atribuições, aprovar as diretrizes e as estratégias relativas à participação acionária da União nas empresas estatais; manifestar-se sobre aquisição e venda de participações da União, além de estabelecer diretrizes gerais para negociação de acordos coletivos de trabalho, remunerações de administradores e distribuição de dividendos. 

Confira aqui os Decretos com data de ontem e hoje publicados no DOU:
- Nº 12.301: aprovação de diretrizes e de estratégias relativas à governança corporativa nas empresas estatais federais e à administração das participações societárias da União.

- Nº 12.302: institui o Sistema de Coordenação da Governança e da Supervisão Ministerial das Empresas Estatais Federais.

- Nº 12.303: institui o Programa de Governança e Modernização das Empresas Estatais - Inova.

08 dezembro, 2024

Munição de festim para treinamento pode estar a caminho do fim


*Shephard Media, por Scott Gourley - 29/10/2024

Munição de festim ainda tem um papel a desempenhar no treinamento de armas leves – ou melhor, os efeitos que ela cria têm. Uma nova alternativa eletrônica visa fornecer o mesmo nível de realismo, mas sem o fardo logístico ou desgaste da arma.

A Green Ammo, sediada na Noruega, aproveitou a Reunião Anual da AUSA em meados de outubro para exibir o design 'Electronic Blanks' (Festim Eletrônico) da empresa, que segundo ela está desfrutando de crescimento recente em vários mercados importantes...

De acordo com Curt Belden, diretor de operações da Green Ammo US, o conceito oferece uma série de benefícios táticos, logísticos e ambientais.

'Green Ammo é um kit drop-in que é basicamente um sistema de "substituição em branco", ele explicou. 'Mas ele realmente faz muito mais do que isso. Com a M4 [carabina], tudo o que o combatente tem que fazer é retirar seu grupo de ferrolho, sua alça de carregamento e coronha, e substituí-los por nosso ferrolho eletrônico, alça de carregamento e coronha. Nosso carregador age como um carregador de 30 cartuchos, mas também oferece recuo para o sistema.'

Como o sistema funciona? Uma unidade de medição inercial dentro do grupo de substituição do transportador de ferrolho rastreia a arma nos eixos X, Y e Z, capturando tudo o que acontece três segundos antes do disparo, no evento de disparo e, em seguida, três segundos após o disparo. "Isso é importante para o treinamento porque diz o que você está fazendo com sua arma entre os disparos e quão rápido você está readquirindo o alvo", disse Belden.

Mudando para preocupações ambientais e logísticas, ele continuou: 'Os tradicionais festins são muito, muito sujos. Então eles danificam sua arma. Toda vez que você está treinando, você está danificando a utilidade de sua arma. E você também está perdendo tempo crítico de treinamento, porque seus soldados têm que limpar suas armas depois.'

Com a Green Ammo, de acordo com a empresa, o ciclo de vida da arma é aumentado, assim como a quantidade de tempo de treinamento disponível para os soldados. "Também há benefícios de custo, porque os festins são muito, muito caros", observou Belden. "Este sistema se pagará apenas com a economia dos festins. E você pode treinar em qualquer lugar. Você não precisa assinar os festins. Você não precisa ir para uma área de treinamento ou para um campo de tiro ou algo assim. Você pode transformar seu quartel no campo de tiro."

Ele resumiu: 'Isso lhe dá a habilidade de treinar enquanto luta, e isso é muito, muito importante... Por exemplo, se você tem treinamento específico para a operação, isso lhe dá a habilidade de repetir essa operação várias vezes. Também treina suas habilidades de manuseio de armas; sua forma, ajuste e função em sua arma. Você não está lidando com uma arma substituta. Você não está lidando com uma arma de treinamento ou qualquer outra coisa nesse sentido. Você está lidando com sua arma. E você está aprendendo a lutar.'

Além das entregas para a Noruega, Belden disse que quantidades não especificadas do sistema estão começando a ser enviadas para o Exército dos EUA e a USAF.

"E atualmente estamos trabalhando com os franceses e os ucranianos para adotar em seus sistemas de treinamento também", disse ele.

 

Chefe do Estado-Maior do Exército Indiano inspeciona a submetralhadora JD Taurus T9


*LRCA Defense Consulting - 08/12/2024

O General Upendra Dwivedi, Chefe do Estado-Maior do Exército Indiano (COAS), visitou ontem o Comando do Norte, sediado em Udhampur, para revisar sua preparação operacional e presidir discussões visando aumentar ainda mais a capacidade conjunta entre o Exército, Força Aérea, Marinha e Polícia de Fronteira Indo-Tibetana (ITBP). O evento contou com a presença de Oficiais seniores de todas estas instituições.

O General Upendra também inspecionou as últimas armas, equipamentos e outros ativos logísticos de última geração introduzidos, entre os quais a submetralhadora JD Taurus T9 adquirida neste ano.

No final do evento, o COAS elogiou todos os integrantes do Comando do Norte por seu profissionalismo e pelas iniciativas tomadas para alcançar sinergia nas operações.

JD Taurus, joint venture entre a Taurus e a Jindal Defence
Segundo as últimas informações divulgadas pela Taurus Armas, com a fábrica indiana em operação, as vendas no mercado civil local estão sendo realizadas e a empresa está participando de licitações. 

No 3T24, o resultado de equivalência patrimonial da JD Taurus respondeu por quase 10% do resultado da Companhia no período. 

A empresa está participando de licitações com forças paramilitares e polícias estaduais para a pistola TS9, a submetralhadora T9, os fuzis T4 e T10, que devem ser concluídas no 1º semestre de 2025 e, em conjunto, superam a demanda de 20 mil unidades. 

Entre novembro e dezembro de 2024, foram entregues as 550 submetralhadoras JD Taurus T9, produzidas localmente na Índia com kits de peças enviados do Brasil, contratadas pelo Comando do Norte do Exército Indiano. 

Segue ainda o processo referente à megalicitação de 425 mil fuzis para o Exército indiano, com a Taurus qualificada para a etapa de teste de performance, no norte da Índia, que está ocorrendo em dezembro, com excelentes perspectivas. Concluída esta, o resultado final deverá ser divulgado, com a designação da empresa vencedora ou das duas vencedoras.

Submetralhadora JD Taurus T9
A Submetralhadora JD Taurus T9 é uma arma de fogo de última geração que foi projetada para forças de segurança e militares que procuram uma submetralhadora que ofereça alto desempenho, precisão, potência e confiabilidade excepcionais.

A arma possui um comprimento de cano de 5,5" e um calibre 9X19, proporcionando exatidão e precisão incomparáveis. Seu comprimento total mede 22,8" (com coronha estendida) e 19,7" (com coronha retraída) e pesa apenas 5,3 libras (sem carregador), tornando-a leve e fácil de manusear.

A Submetralhadora JD Taurus T9 possui um seletor de tiro que permite modos de disparo seguros, semiautomáticos e automáticos, dando aos atiradores a versatilidade necessária para lidar com qualquer situação. Seu carregador pode conter até 32 tiros, proporcionando amplo poder de fogo quando é mais necessário.

Fabricadas em alumínio anodizado rígido 7075 T6, as partes superior e inferior são construídas para durar. A seção superior possui um trilho superior plano (Mil STD 1913), tornando-o compatível com uma ampla gama de miras. Enquanto isso, o acabamento Cerakote preto fosco garante que a arma seja durável e elegante.

A Submetralhadora automática JD Taurus T9 também é equipada com coronha retrátil que pode ser ajustada em seis posições diferentes, proporcionando ao atirador o conforto e o controle necessários para atingir seus objetivos.

07 dezembro, 2024

Taurus celebra 85 anos com tecnologia, inovação e lançamentos de armas comemorativas


*LRCA Defense Consulting - 07/12/2024

A Taurus, Empresa Estratégica de Defesa e maior vendedora de armas leves do mundo, celebra seus 85 anos em 2024, com uma trajetória rica em história, valores e conquistas. Desde a antiguidade, o touro simboliza força e vigor, qualidades que representam a Taurus por meio de sua resiliência, inovação e sucesso. 

A Taurus integra um seleto grupo de empresas brasileiras com uma trajetória significativa que a fez ganhar relevância global. Para registrar esse marco e prestar uma homenagem aos seus clientes, a Taurus lança quatro armas em edição especial limitada. 

Os modelos comemorativos representam momentos decisivos da história da Taurus e da evolução das armas de fogo: da herança dos revólveres Single Action à inovação das pistolas de 3ª geração com a tecnologia do grafeno.  

Com apenas mil unidades produzidas entre os quatro modelos da coleção, as armas contam com gravações alusivas aos 85 anos e numeração da série limitada. São acondicionados em embalagem em madeira, que acompanha placa metálica, igualmente numerada. 

Confira abaixo mais informações sobre os lançamentos:

Revólver Taurus Imperador

120 unidades produzidas

Com mais de 150 anos de história, esta plataforma simboliza o auge dos Single Action, um ícone do Velho Oeste. Ele revolucionou o mundo das armas de fogo, influenciando gerações futuras de armamentos. Nesta edição especial do Imperador, a Taurus combina o design clássico com modernas técnicas de fabricação, resultando em uma peça que honra o passado e atende às exigências de performance e segurança do presente. É um revólver em calibre .38 SPL, com capacidade de 6 disparos, e cano de 4,75”. É produzido em Aço Carbono, com acabamento em Cerakote® Graphite Black e empunhadura em madeira. 

Revólver Taurus 85

120 unidades produzidas

O tradicional Taurus 85, uma referência no mercado brasileiro, celebra a evolução dos revólveres para o sistema de dupla ação e representa a excelência da empresa na fabricação de revólveres. A versão alusiva aos 85 anos da Taurus apresenta coronha clássica em madeira, inspirada nos modelos compactos da década de 50 que consolidaram o prestígio dos revólveres de SA/DA. No calibre .38 SPL e capacidade de 5 disparos, possui cano de 2” e mira fixa. É um revólver em Aço Carbono com acabamento alto brilho.

Pistola Taurus 59S

200 unidades produzidas

A pistola 59S exalta a era das “metálicas” de alta capacidade, que dominaram o século XX, marcando a 1ª geração de pistolas. Remete também ao início da produção de pistolas pela Taurus, com uma consagrada plataforma de múltiplas aplicações, que possibilitou à empresa conquistar sua posição entre as maiores fabricantes de pistolas do mundo. 

A edição especial da pistola 59S é no calibre .380 ACP, com capacidade de 19 + 1 disparos, em Aço Inox com acabamento Fosco e punho com placa de madeira. Possui cano de 5,1”, trilho Picatinny MIL – STD 1913 para montagem de acessórios, miras fixas e sistema de 3 pontos.

Pistola Taurus GX4 Carry Graphene T.O.R.O. .38TPC

560 unidades produzidas

A Taurus criou o primeiro calibre brasileiro da história, inédito mundialmente: o .38 TPC (Taurus Pistol Caliber) e a 3ª geração de pistolas, incorporando o uso revolucionário do grafeno, resultado de anos de pesquisa & desenvolvimento. Com a plataforma mais premiada nos Estados Unidos, a GX4 Carry Graphene T.OR.O. .38 TPC foi projetada para atender às exigências do século XXI, reafirmando o pioneirismo da Taurus e sua capacidade tecnológica. 

Em Aço Carbono com acabamento em Cerakote® Graphene, a GX4 Carry é uma subcompacta de alta capacidade, com carregador de 15 disparos, cano de 3,7” revestido com DLC (Diamond Like Carbon) e trilho Picatinny para acoplamento de acessórios. É equipada com o inovador e exclusivo Taurus Optic Ready Option (T.O.R.O.), sistema intercambiável de placas adaptadoras, possibilitando ao consumidor instalar a maioria das miras ópticas disponíveis no mercado, sem a necessidade de customizações. 

Assim como outros modelos da série GX4, a edição comemorativa vem com backstraps intercambiáveis, para melhor ajuste de empunhadura, de acordo com o tamanho da mão do atirador.

Os lançamentos estão sendo comercializados desde o início de dezembro exclusivamente nas lojas revendedoras. 

Logotipo comemorativo
A Taurus desenvolveu um logotipo especial com uma simbologia marcante em comemoração aos 85 anos da marca. O número “8” é inspirado na visão frontal da arma Imperador, enquanto o número “5” remete ao formato lateral da GX4 Carry. Essas duas armas, que integram a coleção comemorativa, representam a trajetória e a evolução de uma empresa octogenária.

Tecnologia, pesquisa e ESG Taurus
Nos últimos anos, a Taurus tem se destacado por grandes avanços, marcando uma jornada de transformação e modernização. A partir da nova gestão, as áreas de engenharia da Taurus no Brasil e nos Estados Unidos foram unificadas. Assim, foi criado o Centro Integrado de Tecnologia e Engenharia Brasil / Estados Unidos, o CITE, que conta com mais de 250 engenheiros, atuando na busca pelas mais avançadas soluções tecnológicas, com parcerias estratégicas com Universidades, laboratórios e institutos de pesquisa. 

A nova fase da empresa foi impulsionada por investimentos contínuos em tecnologia, pela implementação de processos mais sustentáveis e pelo desenvolvimento de novos materiais e equipamentos, interconectados ao conceito da Indústria 4.0.  

Como resultado destas iniciativas, há a entrega de produtos disruptivos para o mercado, como as pistolas da série Graphene, as primeiras armas do mundo com a revolucionária tecnologia Grafeno, que aumentam expressivamente a resistência e a durabilidade do produto, marcando a 3ª geração de pistolas. A Taurus também está conduzindo pesquisas avançadas sobre o Nióbio, objetivando a melhoria das características mecânicas e metalúrgicas de componentes de armamentos. Estes investimentos contínuos da Taurus em tecnologias de ponta não apenas agregam valor aos seus produtos, mas também ao Brasil, que possui 95 % das reservas de Nióbio e 75% das reservas de Grafeno do mundo. 

Outro grande exemplo de inovação é o desenvolvimento do primeiro calibre brasileiro da história, o .38 TPC – Taurus Pistol Caliber, que demonstra toda capacidade tecnológica da empresa.

Paralelamente, a Taurus mantém um firme compromisso com a capacitação de seus colaboradores, promovendo um ambiente de crescimento pessoal e profissional que é parte essencial de sua visão ESG. Esse tripé – inovação tecnológica, valorização humana e ambiente colaborativo – sustenta a estratégia da Taurus para o futuro, consolidando sua relevância no cenário mundial. 

“Chegar aos 85 anos é um feito notável e motivo de orgulho para a Taurus e todos os que compartilham essa trajetória. A Taurus celebra essa marca histórica com respeito ao passado e olhos no futuro, mostrando que tradição, robustez, tecnologia e inovação podem caminhar lado a lado”, afirma Salesio Nuhs, CEO Global da Taurus.

Radar Embraer M200 Multimissão: primeiro passo para a defesa antiaérea brasileira de média altura


*LRCA Defense Consulting - 07/12/2024

O Brasil é um dos 10 países no mundo que detém o conhecimento e a tecnologia de construção de radares.

Durante a 8ª Mostra BID Brasil, Feira Nacional de Defesa e Segurança realizada em Brasília de 03 a 05 de dezembro, a Embraer assinou um contrato com a Financiadora de Estudos e Projetos (Finep), no valor de R$ 147 milhões, para a conclusão das novas tecnologias que serão utilizadas no radar SABER M200 Multimissão. 

O nome SABER é uma sigla para Sistema de Acompanhamento de alvos aéreos Baseado em Emissão de Radiofrequência. O equipamento é desenvolvido pela Bradar/Embraer e pelo Centro Tecnológico do Exército.

A Bradar é uma empresa privada com foco em desenvolvimento de projetos e produtos de alta tecnologia em radares de defesa, segurança e vigilância, atuando também em sensoriamento remoto para mapeamento e monitoramento. Desde maio de 2011, a Bradar passou a integrar o grupo Embraer Defesa e Segurança, adotando os mesmos padrões de excelência empresarial que transformaram a Embraer em uma empresa líder na indústria aeroespacial mundial.

O radar SABER M200 Multimissão faz parte do Planejamento Estratégico do Exército e da Embraer e conta com o apoio do governo brasileiro para o desenvolvimento de tecnologias de radares AESA (Active Electronically Scanned Array ou varredura eletrônica ativa) genuinamente nacionais e independentes, para o seu emprego das Forças Armadas nacionais e também para a exportação.

Esse radar representa a continuidade de uma longa tradição de apoio ao desenvolvimento de uma família de radares pelo Exército Brasileiro.

Sistema de Defesa Antiaérea de Média Altura
O Radar M200 Multimissão será um instrumento fundamental para o Brasil dispor de um Sistema de Defesa Antiaérea de Média Altura, essencial para fortalecer a capacidade de dissuasão do País.

O equipamento tático é transportável por plataformas terrestres e aéreas, como as aeronaves C-390 e C-130, sendo otimizado para defesa aérea de média altura, para vigilância e alerta aéreo antecipado com a identificação amigo ou inimigo (IFF), e para controle de tráfego aéreo militar. 

O SABER M200 Multimissão ampliará as capacidades operacionais com objetivo de garantir a prontidão para os futuros sistemas de defesa aérea de média altura a serem empregados pelas Forças Armadas brasileiras, tais como os sistemas de mísseis que o Brasil está estudando a aquisição, constituindo-se assim no primeiro passo prático para preencher essa grave lacuna na defesa aérea do País.

Informações divulgadas pela Embraer em seu portal na Internet:


Diferenças entre os radares SABER M200 Vigilante e o SABER M200 Multimissão

SABER M200 Vigilante - Radar de banda S com varredura azimutal totalmente eletrônica (matriz de fase ativa) com alcance de até 200 km. Em formato de contêiner, pode ser transportado ou operado em caminhões 6x6. Além disso, possui gerador de energia integrado, o que facilita o seu transporte, seja por via terrestre ou seja por via aérea.

O equipamento utiliza tecnologia avançada e nacional de processamento de sinais para detectar e rastrear posições, trajetórias de aeronaves e classificar os alvos aéreos (amigo/inimigo), o que garante maior autonomia da força terrestre em relação aos seus sistemas de defesa antiaérea. O radar garante uma cobertura de 360° por meio de quatro conjuntos de antenas fixas, cada conjunto cobrindo um setor de 100°, com algum recobrimento entre eles.

Entretanto, a detecção por si só, embora seja muito importante, não é suficiente sem a integração com interceptadores capazes de neutralizar esses alvos, e é aí que entra seu irmão maior multimissão.

SABER M200 Multimissão - A versão maior, mais robusta e com mais finalidades é um radar AESA multimissão Banda S, tridimensional, tipo phased array com varredura 100% eletrônica em azimute e elevação, de médio alcance, instalado em um contêiner de 20 pés. Diferente do seu irmão menor Vigilante, o Multimissão é capaz de guiar sistemas de defesa antiaérea de média altura em um raio de 400 km~500 km. Pode ser transportado ou operado em caminhões 8x8 ou somente transportado em aeronaves C-390 ou C-130.

SABER S200R - Este radar secundário (IFF), com alcance de até 400 km, visa o controle de tráfego aéreo militar, estando presente nas duas versões do SABER M200. Sua antena monopulso, encurtada para a largura do contêiner, é empurrada para cima através de uma abertura no teto onde gira continuamente.

SABER: uma família de radares totalmente nacionais (2023 - Fonte: Oficina de Guerra)

06 dezembro, 2024

Jato HÜRJET, projeto da turca TAI com participação da brasileira Akaer, avança na Espanha


*LinkedIn, por Ibrahim Sünnetci, da Revista Defense Turkey - 05/11/2024

O (novo jato turco) HÜRJET reforça sua posição de liderança ao se destacar de seus concorrentes com seu custo de aquisição e superioridade técnica, bem como sua ampla opção de participação na indústria, na licitação aberta no âmbito da necessidade do Comando das Forças Aéreas e Espaciais da Espanha de um jato de treinamento avançado (AJT) de nova geração.

No dia 4 de dezembro de 2024, de acordo com a notícia no site da Infodefensa.com, o Comandante das Forças Aéreas e Espaciais Espanholas (JEMAE), General Francisco Braco CARBO, em declaração que deu recentemente aos membros da imprensa em Madrid, capital de Espanha, sublinhou que o foco das negociações no âmbito do projeto é o feedback a obter da aquisição, e disse: "Vamos comprar um avião de treino, mas o que vamos receber em troca? É disso que se trata as negociações", disse ele.

O principal objetivo do projeto é a compra de um avião de treinamento a jato avançado, no qual as empresas espanholas da indústria de defesa terão uma participação significativa, de acordo com a política do Ministério da Defesa espanhol de apoiar os programas locais da indústria de defesa. Nesse contexto, o HÜRJET, desenvolvido pela empresa turca TAI, é considerado um dos candidatos de destaque.

O Ministério da Defesa espanhol e as Forças Aéreas e Espaciais querem evitar um modelo de "arrendamento" que criaria uma alta dependência do fabricante para manutenção ou atualizações de componentes.

O General CARBO expressou a importância da propriedade e da gestão independente da aeronave: "Nosso objetivo é ter uma aeronave independente que possamos tocar por nós mesmos".

O General CARBO afirmou que entre os candidatos, além do HÜRJET da TAI, eles também avaliaram o KAI T-50 e a solução M-346 da Leonardo da Coréia, mas as negociações se concentraram principalmente nos benefícios industriais e econômicos a serem obtidos com a aquisição.

De fato, com esta afirmação, acho que se conclui que o T-7, que é o concorrente mais sério da HÜRJET em termos técnicos, não é levado em consideração. Esta situação pode dever-se à participação da indústria e aos requisitos locais de produção/montagem.

Falando sobre o HÜRJET, o General CARBO confirmou que a TAI trouxe a aeronave para a Espanha e a apresentou à Força Aérea e Espacial Espanhola, e que essa questão também foi discutida durante a visita do presidente turco Recep Tayyip Erdogan a Madri em junho passado. O General CARBO concluiu: "A HÜRJET está em uma boa posição, não nego isso, mas existem algumas condições. No momento, estamos avaliando essas condições."

Anteriormente, cobri a licitação das Forças Aéreas e Espaciais Espanholas (SASF / JEMAE) para a aeronave de treinamento a jato de evolução acima mencionada e os desenvolvimentos relacionados ao HÜRJET em minhas notícias publicadas nas edições 132 e 134 da Revista Defense Turkey.

05 dezembro, 2024

Akaer é selecionada para produzir estruturas da aeronave portuguesa LUS-222


*LRCA Defense Consulting - 05/12/2024

A Akaer, empresa brasileira líder em inovação nas áreas de Defesa e Aeroespacial, foi selecionada pela portuguesa EEA Aircraft and Maintenance, S.A. para produzir as estruturas da aeronave LUS-222.

A Akaer será responsável pela fabricação, no Brasil, da fuselagem, asa completa, estabilizadores horizontais e verticais e também de todas as superfícies de controle do avião.

O LUS-222 é uma aeronave regional leve, desenvolvida para usos civis e militares, para o mercado global. O Programa LUS-222 é liderado pela EEA Aircraft and Maintenance e tem a participação de várias empresas do ecossistema aeronáutico português, com apoio da Força Aérea do país e do Governo de Portugal.

A Akaer será a primeira empresa brasileira a fornecer a estrutura total de uma aeronave de transporte regional e de cargas. A produção acontecerá em São José dos Campos (SP) a partir do primeiro trimestre de 2025. O primeiro voo do LUS-222 está previsto para 2027.

“Estamos muito satisfeitos de ter sido possível criar esta parceria com a Akaer para a fabricação das aeroestruturas da aeronave LUS-222. Portugal e o Brasil têm um percurso de parceria muito bem-sucedido no setor aeronáutico, desde logo e com destaque, para o Programa KC-390, em que a indústria brasileira, envolvendo parceiros de Portugal, desenvolveu uma aeronave que foi integrada pela Força Aérea Portuguesa, pelo que talvez possamos agora replicar, no sentido inverso, com a aeronave LUS-222, liderada pela EEA Aircraft and Maintenance, tendo como parceiro a Akaer e quem sabe, no futuro, tendo como utilizadores finais a Força Aérea Brasileira e outros operadores civis do enorme País que é o Brasil”, disse Miguel Braga, Presidente do Conselho de Administração da EEA Aircraft and Maintenance.

“Estamos orgulhosos de fazer parte deste projeto. É uma conquista significativa que ressalta a capacidade técnica da Akaer de desenvolver e fornecer estruturas aeronáuticas completas e integração de sistemas, o que fortalece nossa posição relevante de Tier 1 global”, afirmou Cesar Silva, CEO da empresa.

A aeronave
O LUS-222 é um bimotor de asa alta com porta de carga traseira. Tem capacidade para transportar 19 passageiros ou até 2.000 kg de carga, podendo atuar em missões militares, de busca e salvamento, transporte e também na aviação regional.

Sua capacidade de operar em pistas curtas e não pavimentadas faz com que seja ideal para regiões remotas e de difícil acesso, oferecendo uma solução eficiente para diversos tipos de operações.

O avião possui alcance de mais de 2.000 km e pode atingir uma velocidade de até 370 km/h.

Akaer
Com 32 anos de atuação, a Akaer acumula mais de 10 milhões de horas de engenharia dedicadas ao desenvolvimento e produção de sistemas e estruturas de aeronaves, participando ativamente de mais de 50 projetos mundialmente reconhecidos – entre eles, o cargueiro KC-390, da Embraer, o caça Gripen E, em parceria com a Saab, e o supersônico Hürjet, lançado pela TAI (Turkish Aerospace Industry).

Recentemente, alcançou um feito inédito ao tornar-se a primeira empresa brasileira a conquistar o status de Fornecedora Global de Nível 1 (Tier 1).

EEA Aircraft and Maintenance

Fundada em 2021, a EEA Aircraft and Maintenance, S.A. é a primeira OEM (Original Equipment Manufacturer) aeronáutica de Portugal. Lidera o desenvolvimento do programa LUS-222, primeira aeronave desenvolvida, industrializada e comercializada em Portugal, sendo responsável pela linha de montagem final para fabricação da aeronave.

O programa LUS-222 é criado após um longo e bem-sucedido histórico dos acionistas no setor aeronáutico, em particular do CEiiA (Centro de Engenharia e Desenvolvimento de Produtos), que, como parceiro de engenharia, já acumulou até hoje mais de 700 mil horas no Programa KC-390, da Embraer.

 

Atech, da Embraer, e AMAZUL (Amazônia Azul Tecnologias de Defesa) assinam acordo

 
*LRCA Defense Consulting - 05/12/2024

A Atech, empresa do grupo Embraer, e AMAZUL (Amazônia Azul Tecnologias de Defesa) assinaram um Memorando de Entendimento (MoU) para celebrarem acordos de cooperação científica e técnica, além de troca de informações nas áreas de atuação de interesse comum das empresas.

O acordo foi assinado entre o Diretor-Presidente da AMAZUL, Newton de Almeida Costa Neto, o CEO da Atech, Rodrigo Persico, e outros executivos das empresas durante a 8ª Mostra BID Brasil, ocorrida nessa semana, no Centro de Convenções Ulysses Guimarães, em Brasília – DF.

A AMAZUL, empresa pública federal vinculada ao Ministério da Defesa, tem como missão atuar no desenvolvimento de tecnologias para a Defesa Nacional, especialmente no setor naval e de submarinos, garantindo a segurança energética.

Esse MoU reforça a expertise da ATECH para desenvolver soluções e potenciais oportunidades a partir do conhecimento adquirido pela empresa ao longo de mais de 12 anos de experiência no desenvolvimento do programa LABGENE (Laboratório de Geração de Energia Nucleo-elétrica), no qual é responsável pelo desenvolvimento de todos os sistemas de monitoramento, controle e proteção, atuando também na integração dos sistemas de instrumentação e nos sistemas auxiliares que vão operar na unidade.

O Acordo tem um prazo de vigência de cinco anos a partir da assinatura, podendo ser prorrogado pelo mesmo período.

WEG fornece transformadores para 19 novas unidades da rede de supermercado Komprão Koch Atacadista


*LRCA Defense Consulting - 05/12/2024

O Grupo Koch, atualmente com 75 unidades em operação sob a bandeira Koch Hipermercado para o varejo e Komprão Koch Atacadista para o atacado, destaca-se como a rede de supermercados que mais cresce no estado de Santa Catarina. Comprometido em promover o abastecimento para a população local, o grupo se dedica a oferecer produtos de qualidade aliados à economia, em instalações que proporcionam praticidade e conforto para seus consumidores.

Em resposta à crescente expansão e abertura de novos supermercados, a WEG forneceu transformadores tipo secos que alimentarão as lojas em 2024 e também fornecerá para as novas lojas que serão inauguradas em 2025.

Os transformadores secos são ideais para aplicação neste tipo de empreendimento, pois proporcionam uma série de benefícios significativos, desde segurança, redução de custos operacionais a longo prazo, até sistema de proteção simplificado e são ecologicamente corretos, pois não possuem fluídos isolantes com potencial de impacto ambiental ou emissão de gases tóxicos.

Com isso a WEG reafirma seu compromisso em oferecer soluções de alta qualidade e com eficiência energética, contribuindo com o crescimento do Grupo Koch e com o fortalecimento da infraestrutura do setor supermercadista.

Albatroz: drone militar da Stella Teconologia, com turbina 100% nacional da Aero Concepts, poderá realizar missões a 40.000 pés


*LRCA Defense Consulting - 05/12/2024

A nova versão do Albatroz, drone de perfil militar desenvolvido pela Stella Tecnologia, terá capacidade para realizar missões a 40.000 pés de altitude (cerca de 12.000 metros).

A informação é do fundador e CEO da fabricante, Gilberto Buffara, que participa nesta semana da Mostra BID Brasil, em Brasília.

Originalmente equipado com motor a combustão, o Albatroz ganhou um protótipo com turbinas desenvolvidas com tecnologia 100% nacional pela Aero Concepts, parceira da Stella Tecnologia no projeto.

A nova configuração permitirá à aeronave alcançar uma velocidade de 250 km/h em missões críticas que demandam alta performance e alcance.

“Ele poderá voar em altitudes superiores à do Monte Everest [montanha mais alta do mundo, localizada no Himalaia, com 8.849 metros de altura]”, disse Buffara.

O Albatroz é um dos destaques da Mostra BID Brasil, que acontece até sexta-feira (6) no Centro de Convenções Ulysses Guimarães. A aeronave está exposta no estande da Aero Concepts, fabricante da turbina (Ala Sul, S41 e S43).

Nesta terça-feira (3), o ministro da Defesa, José Múcio Monteiro, esteve no espaço e conheceu detalhes do projeto.

Presidente da Aero Concepts, Alexandre Roma; Ministro da Defesa, José Múcio; e Gilberto Buffara, CEO da Stella Tecnologia

Versatilidade
O Albatroz, desenvolvido pela Stella Tecnologia, tem a finalidade de transportar sensores, radares e pequenos mísseis, tanto para aplicações tipicamente militares, como para missões de natureza civil.

Com 4 metros de comprimento e 7 de envergadura, ele se destaca por sua versatilidade. Pode ser operado em pistas com menos de 150 metros de extensão, incluindo embarcações, transportando cargas entre 6kg e 50kg - seu peso máximo de decolagem (MTOW) é de 200kg.

“O Albatroz foi projetado para executar missões a partir do Navio-Aeródromo Multipropósito Atlântico, seguindo especificações da Marinha do Brasil [que receberá o primeiro protótipo]”, afirmou o CEO da Stella Tecnologia.

“A configuração da aeronave permite, por exemplo, a inspeção de longas faixas marítimas e terrestres. E com uma plataforma de voo pequena, de fácil operação e transporte”, ressaltou, lembrando que o drone militar conta com sensores de topografia.

Novo Albatroz
A nova versão da aeronave foi possível graças à parceria da Stella Tecnologia com a Aero Concepts, anunciada em abril deste ano durante a FIDAE, feira internacional realizada no Chile.

É a primeira vez que turbinas desenvolvidas 100% no Brasil são aplicadas em plataformas de voo como drones de médio e grande porte, um marco na indústria nacional de Defesa.

“São turbinas de 500 newtons. Essa tecnologia já foi usada em mísseis brasileiros, mas ainda não havia sido aplicada em uma aeronave não tripulada”, afirmou Buffara.

“Para essa nova configuração, foi necessário recalcular, por exemplo, o consumo do motor. A turbina é mais leve e mais potente, mas tem um consumo de energia mais alto que o motor a combustão. O controle de temperatura da aeronave também foi adaptado para essa versão.”

Próximas etapas: certificação e outras aplicações militares
A próxima etapa do projeto é a certificação junto à ANAC (Agência Nacional de Aviação Civil). A expectativa é que os testes em voo aconteçam no início de 2025.

“Como já recebemos autorização para testes com o motor a combustão, creio que será mais rápido o processo. É a mesma aeronave. Só mudou o sistema de propulsão”, disse o CEO da Stella Tecnologia.

“Esta nova versão do Albatroz é também uma plataforma de testes. A partir dela, vamos lançar outras aeronaves com aplicações diversas, inclusive munição vagante [também conhecida como drone suicida ou kamikase]”, acrescentou.

“Com essa mesma turbina, conseguiremos desenvolver versões capazes de voar a até 700 km/h.”

O Albatroz é o segundo maior VANT (Veículo Aéreo Não Tripulado) de grande porte fabricado no Brasil. O primeiro é o Atobá, também desenvolvido pela Stella Tecnologia, com 8 metros de comprimento, 11 metros de envergadura e peso máximo de decolagem (MTOW) de 500kg - por suas características, exige pistas de pouso maiores, com 400 metros de extensão.

Stella Tecnologia
Fundada em 2015, em Duque de Caxias (RJ), a Stella Tecnologia desenvolve aeronaves não tripuladas de grande porte para usos civis e militares.

Seus projetos aeronáuticos utilizam recursos de última geração altamente configuráveis para atender a uma ampla gama de requisitos operacionais de missões táticas e estratégicas, com o emprego dos melhores sensores e subsistemas, escolhidos com isenção, para compor sistemas integrados de altíssimo desempenho e confiabilidade.

Aero Concepts
A Aero Concepts é uma Empresa Estratégica de Defesa (EED) que atua no mercado de projetos, consultorias e serviços em turbomáquinas aplicadas à geração de energia com plantas térmicas, projetos de sistemas de controle e de bancos de ensaios para os setores industrial e aeroespacial, além de ser fabricante e fornecedora de tecnologia de turbinas para Veículos Aéreos Não Tripulados (VANTs).

É parceira oficial de desenvolvimento e fabricação de turbinas aplicadas a sistemas propulsivos para a FAB (Força Aérea Brasileira).

No campo da propulsão sólida para foguetes e propulsores, a Aero Concepts possui parceria com o grupo Klumpen trabalhando no desenvolvimento, teste e produção dos foguetes, boosters, cabeças de guerra e mísseis.

Fundada em janeiro de 2016, possui unidades em Ribeirão Preto e São José dos Campos, no Estado de São Paulo.
 

04 dezembro, 2024

SIATT e CENSIPAN firmam acordo para desenvolver sistema de comunicações eficaz para a região amazônica


*LRCA Defense Consulting - 04/12/2024

A SIATT e o Centro Gestor e Operacional do Sistema de Proteção da Amazônia (CENSIPAM) firmaram parceria para desenvolver um sistema de comunicação eficaz para agentes que atuem em operações nas regiões amazônicas.

O Protocolo de Intenções foi assinado por Rogério Salvador, Diretor-Presidente da SIATT, e Rafael Pinto Costa, Diretor-geral do CENSIPAM, em cerimônia realizada na 8ª Mostra BID Brasil, em Brasília (DF).

Desenvolvido em parceria com a SIATT, o sistema de comunicações seguras integra o smartphone ultra-seguro KATIM X3M da EDGE e o software de comando e controle e link SATCOM da SIATT, com rádios da Indústria de Material Bélico do Brasil (IMBEL).

SICS - Sistema Integrado para Comunicações Seguras
O SICS - Sistema Integrado para Comunicações Seguras, é uma inovadora solução tecnológica desenvolvida pela SIATT e seus parceiros para proteção ambiental, defesa e segurança de regiões estratégicas, como a Amazônia Legal e a Amazônia Azul, que está sendo apresentado na Mostra BID Brasil,de 3 a 5 de dezembro no Centro de Convenções Ulysses Guimarães, em Brasília (DF).

O SICS, desenvolvido em parceria com a KATIM, empresa do Grupo EDGE, e a estatal brasileira IMBEL, consiste em um conjunto completo de ferramentas para coleta, disseminação e proteção de dados.

"A parceria com a KATIM e a IMBEL foi fundamental para o desenvolvimento do SICS. Juntos, estamos criando uma solução completa e robusta, que oferecerá aos nossos clientes a confiança e a segurança necessárias para operar em ambientes complexos e remotos. O SICS alia tecnologia de ponta e robustez, garantindo a eficiência e eficácia das operações mesmo em condições adversas", disse o CEO da SIATT, Rogerio Salvador.

O novo sistema está sendo desenvolvido para atender às necessidades de áreas consideradas críticas, como fronteiras secas, zonas costeiras, territórios ambientais de grande importância e locais remotos sem cobertura de rede. O SICS oferece um ambiente integrado de comunicação e segurança, essencial para o planejamento e a coordenação de ações de entidades públicas de defesa, segurança e proteção.

“O SICS representa um passo importante na estratégia de diversificação da SIATT, posicionando-a também como fornecedora de soluções completas e inovadoras para segurança territorial”, ressalta Salvador.

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