A LRCA Defense Consulting é uma entidade sem fins lucrativos que se dedica a produzir e divulgar notícias e análises sobre as Empresas de Defesa. Não somos jornalistas e nem este é um blog jornalístico.
No aeródromo da Fazenda Portobello, estão em curso os testes em voo do ARP Albatroz, a primeira aeronave remotamente pilotada (ARP) projetada para operar a partir de um porta-aviões da Marinha do Brasil. Desenvolvido pela Stella Tecnologia, empresa 100% brasileira, o projeto representa um marco para a defesa nacional e a inovação tecnológica no setor aeronáutico.
O Albatroz é um veículo aéreo não tripulado com capacidade para realizar missões de monitoramento e patrulhamento, podendo permanecer em voo por até 24 horas contínuas. Essa autonomia supera significativamente a dos helicópteros convencionais, que operam por cerca de quatro horas, tornando o Albatroz uma solução estratégica para missões de busca e salvamento, combate à pesca ilegal e monitoramento do território marítimo e da Amazônia Azul. Testes para operação Os primeiros testes realizados focaram na varredura dos sistemas de voo e coleta de dados telemétricos. Já no segundo estágio, as operações no campo têm o objetivo de validar o desempenho da aeronave em condições reais, corrigindo eventuais falhas e implementando melhorias antes de sua integração ao NAM Atlântico, o porta-helicópteros da Marinha.
Durante os testes, a equipe técnica monitora o desempenho do drone à distância, utilizando sistemas avançados de telemetria que permitem conduzir o voo remotamente e em tempo real. A aeronave transmite fotos e vídeos para a base da Marinha, auxiliando na tomada de decisões rápidas, como em operações de salvamento, em que a velocidade é essencial para o sucesso das missões.
Tecnologia brasileira de ponta A Stella Tecnologia, fundada em 2015, é uma empresa no setor de defesa, especializada no desenvolvimento de drones, veículos aéreos não tripulados (VANTs) e outras aeronaves.
O ARP Albatroz, o segundo maior drone fabricado no Brasil, atrás apenas do drone Atobá, também desenvolvido pela Stella Tecnologia, é fruto de um memorando de entendimento entre a Stella e a Marinha do Brasil. O projeto aponta para um futuro de novos produtos que poderão expandir a atuação da Marinha em diversas frentes.
Em 18 de agosto, o Diário Oficial da União publicou um Memorando de Entendimento entre a Diretoria de Aeronáutica da Marinha e a empresa brasileira Stella Tecnologia, com o objetivo de avaliar as características e requisitos técnicos necessários ao desenvolvimento de um Sistema de Aeronave Remotamente Pilotado Embarcado (SARP-E) capaz de operar a partir do Navio-Aeródromo Multipropósito "Atlântico" (NAMAtlântico), navio capitânea da esquadra brasileira.
Albatroz, Atobá e Condor: os três principais drones da Stella Tecnologia A empresa produz três tipos de aeronaves remotamente tripuladas (ARP, VANT), popularmente conhecidos como drones:
Albatroz O
Albatroz é uma plataforma aérea extremamente versátil, com uma
autonomia surpreendente, que pode ser operada a partir de pistas não
preparadas com menos de 150 metros. Foi desenvolvido para atender uma
demanda da Marinha do Brasil, para operações a partir do Navio
Aeródromo Multipropósito Atlântico.
Dados técnicos: MTOW: 500 kg Comprimento: 4 metros Envergadura: 7 metros Motorização: 25 hp Carga-paga: 6 kg Autonomía: 28 horas Alcance do datalink: 250km Decolagem e pouso: 150 metros Possibilidade de embarcar múltiplos sensores.
Drone Albatroz com munição planadora Siopi
Atobá O
ARP Atobá voou em 2020, sendo a maior plataforma aérea desse tipo já
desenvolvida na América Latina, possibilitando o monitoramento de
fronteiras e áreas extensas com sua surpreendente autonomia de 28 horas.
Dados técnicos: MTOW: 500 kg Comprimento: 8 metros Envergadura: 11 metros Motorização: 60 hp Carga-paga: 150 kg Autonomía: 20 horas Alcance do datalink: 250km Decolagem e pouso: 400 metros Possibilidade de embarcar múltiplos sensores.
Drone Atobá com munição planadora Siopi
Condor O
Condor é uma plataforma em desenvolvimento para atender as necessidades
de monitoramento persistente de fronteiras com habilidade de embarcar
múltiplos sensores e subsistemas com até 390 kg por 40 horas. Além
disso, um outro diferencial é o alcance ilimitado do seu datalink
(quando são utilizandas informações satelitais). Quando estiver
operacional, ocupará o lugar do Atobá como a maior plataforma aérea do
tipo já desenvolvida na América Latina.
Dados técnicos: MTOW: 1400 kg Comprimento: 9 metros Envergadura: 15 metros Motorização: 145 hp Carga-paga: 390 kg Autonomía: 40 horas Alcance do datalink: 250km Alcance do datalink satelital: ilimitado Decolagem e pouso: 600 metros Possibilidade de embarcar múltiplos sensores.
A Stella Tecnologia surpreendeu o Setor de Defesa brasileiro e mundial quando, no mês passado, o jornalista e pesquisador de Defesa Roberto Caiafa divulgou que a empresa está preparando seus drones para o emprego de loitering munitions (munições vagantes, vadias ou de vadiagem).
Esse tipo de munição, também conhecida como "drone kamikaze ou suicida", têm a capacidade de rondar durante algum tempo a área que foi identificada como potencial alvo e de atacar apenas quando é encontrado algo compensador. Na maioria dos casos, são pequenas, portáteis e fáceis de lançar, mas a sua maior vantagem é serem difíceis de detetar e poderem ser disparadas à distância.
Essa característica das munições vagantes as difere dos mísseis e foguetes mais tradicionais, pois conseguem operar como pequenas aeronaves em atividades de vigilância e reconhecimento antes de impactar seu objetivo como um míssil ar-terra comum.
Podem ser lançadas a partir de múltiplas plataformas: desde as mais simples, como o ombro de um soldado ou um pequeno morteiro, até outras mais sofisticadas, como viaturas de combate, drones, aviões e navios.
Revolução no Setor de Defesa A Stella Tecnologia - fundada em 2015 para desenvolver aeronaves
não tripuladas de grande porte - desenvolve, fabrica e opera sistemas
aéreos não tripulados para emprego no setor de defesa e em setores
industriais que necessitam de produtos de alto desempenho.
Seus
projetos aeronáuticos utilizam recursos de última geração altamente
configuráveis para atender a uma ampla gama de requisitos operacionais
de missões táticas e estratégicas, com o emprego dos melhores sensores e
subsistemas, escolhidos com isenção, para compor sistemas integrados
de altíssimo desempenho e confiabilidade.
Sistema Aéreo Não Tripulado Atobá - Stella Tecnologia
Percebendo que o mercado necessitava de
armamentos leves para serem embarcados em drones (VANTs, ARP, SARP) e que os armamentos
disponíveis no mercado internacional eram de difícil acesso devido a
questões geopolíticas, a Stella iniciou o desenvolvimento de uma linha de
munições vagantes para serem embarcadas em suas plataformas.
O
primeiro exemplar dessa linha é a
munição planadora Siopi, com uma razão de planeio máxima de
20:1, ou seja: a cada 20 metros de deslocamento, perde 1 metro
de altitude. Desta forma, se lançada a 10.000 metros, ela poderá planar
200 km levando uma cabeça de guerra de 4 kg.
Essa munição tem
uma assinatura acústica praticamente nula, uma assinatura de radar
mínima e uma assinatura térmica também próxima a zero. Desta forma, torna-se
muito difícil de ser detectada.
Para
atingir o alvo com precisão exata, a Stella trabalha em um sistema de guiamento que
utiliza medições inerciais combinadas com visão computacional. Além do
mais, o operador poderá corrigir o curso da munição, ou destruí-la, se assim o desejar, até muito perto do momento da detonação da
carga.
A munição vagante terá um custo de aquisição baixíssimo e poderá também operar por enxame (sworm), pois a empresa está trabalhando em parceria com um importante pesquisador nessa
área.
A ideia é criar um produto barato, eficaz e disruptivo que
permitirá o armamento de pequenos e grandes drones fabricados pela
Stella Tecnologia ou por outras empresas brasileiras ou estrangeiras.
Em contato com a empresa, a LRCA apurou que todos os
seus três modelos de drones de defesa poderão ser utilizados
para o uso desse tipo
de munição.
Com isso, a empresa revoluciona o Setor de Defesa
brasileiro, com reflexos na América do Sul e no mundo, haja vista ser a
primeira fabricante sul-americana de drones a desenvolver tal recurso.
Munição planadora Siopi, da Stella Tecnologia
Atobá, Albatroz e Condor: os três principais drones da Stella Tecnologia A empresa produz três tipos de aeronaves remotamente tripuladas (ARP, VANT), popularmente conhecidos como drones:
Atobá O ARP Atobá voou em 2020, sendo a maior plataforma aérea desse tipo já desenvolvida na América Latina, possibilitando o monitoramento de fronteiras e áreas extensas com sua surpreendente autonomia de 28 horas.
Dados técnicos: MTOW: 500 kg Comprimento: 8 metros Envergadura: 11 metros Motorização: 60 hp Carga-paga: 150 kg Autonomía: 20 horas Alcance do datalink: 250km Decolagem e pouso: 400 metros Possibilidade de embarcar múltiplos sensores.
Drone Atobá com munição planadora Siopi
Albatroz O Albatroz é uma plataforma aérea extremamente versátil, com uma autonomia surpreendente, que pode ser operada a partir de pistas não preparadas com menos de 150 metros. Foi desenvolvido para atender uma demanda da Marinha do Brasil, para operações a partir do Navio
Aeródromo Multipropósito Atlântico.
Dados técnicos: MTOW: 500 kg Comprimento: 4 metros Envergadura: 7 metros Motorização: 25 hp Carga-paga: 6 kg Autonomía: 28 horas Alcance do datalink: 250km Decolagem e pouso: 150 metros Possibilidade de embarcar múltiplos sensores.
Drone Albatroz com munição planadora Siopi
Condor O Condor é uma plataforma em desenvolvimento para atender as necessidades de monitoramento persistente de fronteiras com habilidade de embarcar múltiplos sensores e subsistemas com até 390 kg por 40 horas. Além disso, um outro diferencial é o alcance ilimitado do seu datalink (quando são utilizandas informações satelitais). Quando estiver operacional, ocupará o lugar do Atobá como a maior plataforma aérea do tipo já desenvolvida na América Latina.
Dados técnicos: MTOW: 1400 kg Comprimento: 9 metros Envergadura: 15 metros Motorização: 145 hp Carga-paga: 390 kg Autonomía: 40 horas Alcance do datalink: 250km Alcance do datalink satelital: ilimitado Decolagem e pouso: 600 metros Possibilidade de embarcar múltiplos sensores.
Drone Condor, em desenvolvimento
Interesse do Exército Brasileiro e possibilidade de exportação As munições vagantes receberam, no EB, a designação de Munições Remotamente Pilotadas (MRP), que, à semelhança dos SARP, configura-se como Sistema de Munições Remotamente Pilotadas (SMRP).
O Exército Brasileiro está buscando adotar efetores táticos de combate não tripulados, como munições vagantes e veículos aéreos não tripulados armados (VANTs). A aquisição de munições vagantes está planejada para o curto prazo, enquanto os UAVs de categoria 0, 1, 2 ou 4 armados com capacidade além da linha de visão visual (BVLOS) já começaram a ser adotados.
Em breve, a Stella Tecnologia se reunirá com militares do Exército Brasileiro para apresentar o produto. No entanto, como as vendas para as Forças Armadas nacionais, embora muito importantes, são apenas eventuais e em quantidades limitadas, a empresa está voltada também para a exportação, haja vista que é isto que dará perenidade ao negócio. Neste foco, já há diversos países que demonstraram um grande interesse na munição vagante em desenvolvimento.
A Força Aérea Brasileira (FAB) realizou, nesta sexta-feira (23/09), o primeiro voo de traslado de uma Aeronave Remotamente Pilotada (ARP), a RQ-900 Hermes, de Santa Maria (RS) a Campo Grande (MS). A distância entre os aeródromos de decolagem e pouso é de aproximadamente mil quilômetros. Até então, as missões não tripuladas conduzidas pela Força Aérea, ainda que tivessem grande alcance devido ao controle realizado por satélite, restringiam-se a decolagem e pouso sempre no mesmo aeródromo.
A operação, conduzida pelo Primeiro Esquadrão do Décimo Segundo Grupo de Aviação (1°/12° GAV - Esquadrão Hórus) e sob a égide do Comando de Operações Aeroespaciais (COMAE), revestiu-se de grande complexidade. Isso em virtude das peculiaridades do sistema não tripulado, da suscetibilidade à meteorologia e da necessidade de múltiplas coordenações entre órgãos de controle do espaço aéreo e tripulantes, que revezaram a missão estando baseados em Santa Maria (RS), Brasília (DF) e Campo Grande (MS).
O voo histórico decolou da Base Aérea de Santa Maria (BASM), no Rio Grande do Sul (RS), às 3h05min da manhã. Uma equipe de mantenedores realizou a preparação da aeronave e os tripulantes realizaram o controle com link em linha de visada, isto é, utilizaram uma antena de solo apontada diretamente para a aeronave o que permitiu o comando remoto durante todas as fases da operação.
Na segunda etapa, uma tripulação assumiu o controle do RQ-900 a partir de Brasília (DF), desta vez por link satelital, executando a pilotagem remota até o aeródromo de Campo Grande (MS), localizado a mais de mil quilômetros de distância de Santa Maria (RS).
Já na última fase da operação, antes do início dos procedimentos de descida para pouso em Campo Grande (MS), uma tripulação local assumiu o comando da aeronave, em linha de visada, realizando um pouso suave e com segurança em Campo Grande, a Cidade Morena.
O Comandante do COMAE, Tenente-Brigadeiro do Ar Heraldo Luiz Rodrigues, destacou que o voo representou a consolidação da operação de Aeronave Remotamente Pilotada militar no Brasil, iniciada há pouco mais de uma década, pelo Esquadrão Hórus. “O traslado permitiu a redução de custos e ampliação da capacidade de pronta resposta do RQ-900 na tarefa de Inteligência, Vigilância e Reconhecimento (IVR)”, acrescentou o Oficial-General
Neste sentido, o Comandante do Esquadrão Hórus, Tenente-Coronel Aviador Ricardo Starling Cardoso, ressaltou, com muito orgulho, o feito inédito realizado. “Esse voo entrou para a história como um avanço na operacionalidade da FAB com relação ao emprego de sistemas não tripulados. Demonstrou a capacidade de mobilizar e reposicionar a aeronave para operar a partir de uma nova base de desdobramento e em um curto espaço de tempo”, concluiu.
Esquadrão Hórus O Esquadrão foi criado em 2011, na Base Aérea de Santa Maria, no Rio Grande do Sul, com o objetivo de operar as Aeronaves Remotamente Pilotadas (ARP), como também são chamados os Veículos Aéreos Não-Tripulados (VANT) na Força Aérea Brasileira, realizando missões de Controle Aéreo Avançado, Posto de Comunicações no Ar, Busca e Salvamento em Combate (C-SAR) e Reconhecimento Aéreo.
A operação de uma ARP necessita de sistemas em solo que permitem o controle, a telemetria e a recepção das imagens por meio de um sistema de enlace de dados, sendo as aeronaves comandadas por aviadores com experiência em aviões e helicópteros de combate, além de conhecimentos em missões militares e regras de controle do espaço aéreo.
RQ-900 Hermes Em 2014 o Esquadrão passou a operar as aeronaves RQ-900 Hermes, fabricados pela empresa israelense de eletrônicos de defesa Elbit Systems, um sistema ARP avançado de grande porte, com alta confiabilidade e segurança durante as operações. Com voo totalmente autônomo, possui rápida manobrabilidade, longo alcance e tempo de voo, podendo ser configurado com diferentes versões de carga útil e sensores.
Equipada com o sensor eletro-ótico e térmico DCoMPASS, com câmera colorida de alta definição, sensor de visão infravermelha e iluminador e designador de alvos a laser, essa aeronave possui também o sistema eletro-ótico SkEye, um conjunto de 10 câmeras de alta resolução que permite a vigilância de várias áreas simultaneamente, com transmissão de dados em tempo real. O RQ-900 Hermes voa a mais de 9.000 metros de altura, tem autonomia superior a 30 horas e pode transportar uma carga máxima de 350 kg.
Elbit Systems e AEL Sistemas A Elbit Systems é uma das líderes mundiais no segmento de defesa, atuando em projetos estratégicos das Forças Armadas Brasileiras como Gripen NG, KC-390, Guarani e SISFRON - Sistema Integrado de Monitoramento de Fronteiras por meio de sua controlada brasileira AEL Sistemas, localizada em Porto Alegre (RS). Com tecnologias e conhecimentos avançados, infraestrutura moderna e treinamento sistemático, a AEL produz soluções de ponta, confiáveis e inovadoras, com a qualidade de seus produtos e serviços credenciada internacionalmente.
O sistema de drones da Elbit é usado em muitos outros países além de Israel e Brasil, incluindo Filipinas, Suíça, União Europeia e Canadá.
Na terça-feira (5), em São Pedro da Aldeia (RJ), a Marinha do Brasil realizou a Cerimônia de Ativação do 1º Esquadrão de ARP (Aeronaves Remotamente Pilotadas) – EsqdQE-1. Este evento deu início às operações de um novo tipo de meio para a Força.
A nova Organização Militar do setor operativo, subordinada ao Comando da Força Aeronaval, tem o propósito de contribuir com o processo decisório de planejamento e emprego do Poder Naval por meio da utilização de ARP.
A criação do EsqdQE-1 marca a história da Aviação Naval. A expectativa é que traga significativo aumento na capacidade operacional dos navios da força naval durante missões de inteligência, vigilância e reconhecimento.
Uso das aeronaves remotamente pilotadas O Esquadrão conta com seis modelos de aeronave ScanEagle. Além desses, há também lançadores e recolhedores para operação terrestre e embarcada. Os itens poderão operar no período diurno e noturno em atividades de controle naval do tráfego, inspeção naval, prevenção de ilícitos, pirataria, terrorismo, monitoramento de desastres e operação de socorro e salvaguarda da vida humana no mar.
A 6ª Mostra BID Brasil, Base Industrial de Defesa, um dos principais eventos para a indústria de Defesa e Segurança, contou com o patrocínio da XMobots e exposição de seus produtos, porém o maior destaque estava para o lançamento do sistema Nauru 1000C, o sistema mais completo, refinado e o primeiro desenvolvido na América Latina, para operações altamente estratégicas de vigilância, segurança e monitoramento de fronteiras.
O sistema Nauru 1000C constitui a união de aeronave e equipamentos desenvolvidos com tecnologia de ponta para a indústria de defesa e segurança.
Giovani Amianti, CEO da XMobots, apresenta e explica, neste vídeo, o Sistema Nauru 1000C durante a 6ª Mostra BID Brasil, com a participação do Coronel Saraiva, do Exército Brasileiro, e de Gabriel Porto, Gerente de Desenvolvimento do programa FW150 (que produziu o Nauru 1000C).
Veja mais informações sobre o Sistema Nauru 1000C em: https://www.xmobots.com.br/nauru1000c
A partir do 1º semestre de 2022 o Exército Brasileiro passará a contar um importante aliado em operações de vigilância, segurança e monitoramento de fronteiras. O período será marcado pela entrega de um Sistema de Aeronaves Remotamente Pilotadas (SARP) Categoria 2 (CAT 2 - até 150 Kg), contendo 3 aeronaves remotamente pilotadas de 150 kg equipadas com radares, scanners 3D e um refinado sistema de câmeras com transmissão de vídeo em tempo real.
O sistema, batizado de Nauru 1000C, foi desenvolvido pela fabricante nacional XMobots e está sendo exibido pela primeira vez durante a 6ª Mostra BID Brasil, considerada o maior evento da base industrial de defesa e segurança do Brasil. A mostra ocorre em Brasília entre os dias 07 e 09 de dezembro.
O SARP foi construído na fábrica da XMobots localizada em São Carlos, SP, uma planta de mais de 6 mil metros quadrados considerada o maior polo de desenvolvimento de robôs aéreos da América Latina e o 14º do mundo. São cerca de 170 especialistas, entre eles cerca de 60 engenheiros, focados no desenvolvimento e fabricação de aeronaves não tripuladas e tecnologias como softwares de inteligência de análise, sensores, entre outros.
Por dentro do sistema Nauru 1000C Mais que um drone, o Nauru 1000C é um dos sistemas mais avançados do mundo para missões de segurança e defesa, além de ser o único da América Latina fabricado para este propósito.
Com pouso e decolagem VTOL (Vertical Take-Off and Landing) elétrico, o sistema se utiliza da eficiência de 8 motores com baterias independentes, permitindo a realização de decolagens e pousos verticais automáticos e possibilitando a decolagem e aterrissagem em ambientes críticos e confinados. O drone também possui um tanque de combustível de 50 litros, que garante a longa autonomia de voo (veja tabela de especificações técnicas).
O sistema, cuja “pilotagem” é 100% automática, possui alcance de comunicação de 60 Km e capacidade de payload de 18 kg. Entre as tecnologias embarcadas estão radares e scanner 3D de altíssima precisão, além do sistema Gimbal XSIS (XMobots Stabilized Imaging System), o primeiro gimbal voltado para defesa e segurança produzido no Brasil. Desenvolvido pela XMobots com tecnologia de ponta, o XSIS é composto por uma câmera eletro-óptica com zoom óptico de até 30 vezes; sensor infravermelho termal; sensor telerômetro (designador laser de alvos) e apontador laser.
Giovani Amianti, CEO da XMobots, revela que a tecnologia embarcada no sistema Nauru 1000C representa um avanço sem precedentes na indústria de robótica aérea do Brasil e América Latina, abrindo caminho para diferentes aplicações na área de Inteligência, Vigilância e Reconhecimento. “Foram anos de desenvolvimento, trabalhando incansavelmente para atingir esse estágio de amadurecimento tecnológico. Com o lançamento do Nauru 1000C a XMobots abre as portas para muitos mercados que até então só encontravam este tipo de tecnologia em sistemas fabricados nos EUA, Europa e Ásia, extremamente caros – muito em função dos custos de importação – e carentes de um pós-venda baseado no Brasil”, salienta o executivo.
O sistema ficará exposto na Mostra BID Brasil entre 7 e 9 de dezembro.
Características do Nauru 1000C:
Dimensões: Envergadura 7,7 m | Comprimento 2,9 m | Altura 0,98 m
Peso Máximo à Decolagem (MTOW): 150 kgf
Peso Máximo de Cargas Pagas: 18,0 kgf
Aeronave VTOL: Asa fixa + multirotor
Propulsão híbrida: Combustão e elétrica (monomotor asa fixa, octacóptero multirotor)
Pilotada por satélite. É assim que a Aeronave Remotamente Pilotada (ARP), de modelo RQ-900, da Força Aérea Brasileira (FAB), contribui com imagens exclusivas e, em tempo real, na Operação Samaúma. As decolagens ocorrem do Campo de Provas Brigadeiro Velloso (CPBV), localizado na Serra do Cachimbo, em Novo Progresso (PA), com controle e coordenação tática, de forma remota, do Comando de Operações Aeroespaciais (COMAE), em Brasília (DF).
De acordo com o Chefe do Estado-Maior Conjunto do COMAE, Major-Brigadeiro do Ar Alcides Teixeira Barbacovi, a atividade tem caráter de inteligência e é essencial para a entrega de informação em tempo real. “A ARP tem capacidade de imagear, descobrir e fotografar pontos de desmatamento na Amazônia. E, de Brasília, militares de inteligência do Exército Brasileiro e da Força Aérea Brasileira analisam o conteúdo captado, inclusive, com recurso termal, dando suporte à Operação e aos Comandos Conjuntos e às agências reguladoras e de fiscalização. O sistema aumenta muito oganho operacional das capacidades da aviação de Reconhecimento da FAB”, explica o Oficial-General.
Utilizando sensores, a antena não aponta mais diretamente para a aeronave, mas, sim, para o satélite, que faz a ponte com a ARP. Anteriormente, o voo era feito somente por meio de uma antena que fica no solo, exigindo uma linha de visada com a plataforma. Ou seja, trazia algumas limitações de distância para a operação da aeronave, pois, à medida que a distância entre a ARP e a estação de solo aumenta, a aeronave começa a ficar abaixo do horizonte, interrompendo a linha de visada.
Operação Samaúma
A FAB, juntamente com as Agências reguladoras e de fiscalização, atua em pontos de interesse levantados pelo Comando Conjunto Norte (Belém), Comando Conjunto Centro-Oeste (Campo Grande) e Comando Conjunto Amazônia (Manaus), de modo que, em tempo real, equipes no terreno possam verificar eventual irregularidade.
Apesar do apoio operacional dado pela Força Aérea, quem realiza as apreensões, prisões ou emite multas são as entidades policiais que englobam a Operação, como a Polícia Federal (PF) e a Polícia Militar do estado de Rondônia (PMRO). Além da PF e da PMRO, o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (IBAMA), o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), o Centro Gestor e Operacional do Sistema de Proteção da Amazônia (Censipam) e a Fundação Nacional do Índio (FUNAI) também participam ativamente das ações de prevenção e repressão dentro da Operação.
A FAB está atuando na Operação Samaúma, que foi deflagrada pelo Governo Federal, representado pelo Ministério da Defesa, para combater o desmatamento ilegal e os incêndios florestais nas terras indígenas e nas unidades federais de conservação ambiental, na região norte do País. A Operação é um esforço conjunto das Forças Armadas, órgãos e entidades de proteção ambiental, além de agências e instituições policiais. Na missão, a FAB é responsável por dar todo o suporte de inteligência, vigilância e reconhecimento, no fornecimento de imagens aéreas, por meio do emprego das aeronaves RQ-900, P-3 AM Orion, R-99, A-1 e H-60 Black Hawk.
Foto: Suboficial Nery e Sargento Rezende / CECOMSAER