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23 julho, 2025

Tarifa de 50% sobre aviões da Embraer pode desencadear crise no setor aéreo regional dos EUA

Taxação ameaça dependência crucial, elevando custos e prejudicando a conectividade nacional nos EUA



*LRCA Defense Consulting - 23/07/2025

A iminente imposição de uma tarifa de 50% sobre os aviões da Embraer pelos Estados Unidos, com previsão de entrada em vigor em agosto, pode desencadear uma série de consequências negativas profundas para o próprio mercado norte-americano, indo muito além do impacto direto na fabricante brasileira. Especialistas e dados de mercado apontam para um cenário de perdas significativas para companhias aéreas regionais, a cadeia de suprimentos dos EUA e até mesmo para as relações comerciais bilaterais, contrariando o que se poderia esperar de uma medida protecionista.

Dependência crítica das companhias aéreas regionais dos EUA: um cenário sem alternativas
A Embraer não é apenas uma fornecedora, mas uma peça fundamental na estrutura da aviação regional dos EUA. Os modelos E170 e E175 da Embraer representam aproximadamente metade dos 1.367 jatos regionais operados pelas principais companhias aéreas americanas, como Alaska Airlines, American Airlines, Delta Air Lines e United Airlines. A aeronave E175, em particular, detém uma impressionante fatia de 86% do mercado de pedidos líquidos no segmento de até 90 assentos nos Estados Unidos.

Companhias como SkyWest Airlines (a maior operadora global de jatos Embraer, com 36.907 voos programados em novembro último), Republic Airways e Envoy Air dependem fortemente da frota da Embraer para suas operações. A ausência de concorrentes viáveis nesse nicho de mercado agrava a situação. O E175 é atualmente o único avião produzido em seu segmento, e a versão mais recente, o E175-E2, é considerada muito grande para as cláusulas de escopo dos contratos de pilotos dos EUA, tornando-o inviável para as companhias aéreas americanas.

Isso significa que as companhias aéreas dos EUA não têm alternativas prontas para substituir os jatos da Embraer. A imposição da tarifa tornaria as entregas de aeronaves "inviáveis", adicionando cerca de US$ 9 milhões ao custo de cada avião exportado para os EUA. Esse custo adicional, que poderia totalizar US$ 3,6 bilhões até 2030, seria repassado às companhias aéreas, elevando significativamente seus custos operacionais. Isso poderia levar a:

- Aumento dos preços das passagens: para compensar os custos mais altos, as companhias aéreas provavelmente aumentariam os preços das passagens, impactando diretamente os consumidores americanos.

- Redução da conectividade: com aeronaves mais caras e menos acessíveis, as companhias aéreas regionais podem ser forçadas a reduzir a frequência de voos ou até mesmo cortar rotas para comunidades menores, prejudicando a conectividade aérea em diversas regiões dos EUA, especialmente aquelas que dependem exclusivamente de voos regionais.

- Dificuldade na renovação da frota: a renovação da frota se tornaria proibitiva, levando ao envelhecimento das aeronaves e potenciais problemas de manutenção e eficiência, comprometendo a segurança e a modernidade da aviação regional.

Impacto na cadeia de suprimentos dos EUA e perda de empregos
Embora a Embraer seja uma empresa brasileira, ela possui uma presença significativa e integrada na economia dos EUA. A empresa tem uma presença "tributável" em 31 estados e opera 12 instalações, incluindo fábricas de montagem final para jatos executivos na Flórida e centros de manutenção, reparo e revisão (MRO). A Embraer também compra componentes de fornecedores americanos e exporta peças para o Brasil.

O CEO da Embraer, Francisco Gomes Neto, alertou que as tarifas prejudicariam os fornecedores americanos de componentes essenciais, como motores e aviônicos. Uma redução nas vendas de aeronaves da Embraer para os EUA significaria uma diminuição nos pedidos para esses fornecedores, o que poderia resultar em:

- Perda de empregos: demissões em empresas americanas que fazem parte da cadeia de suprimentos da Embraer, afetando trabalhadores de alta qualificação no setor aeroespacial.

- Desestabilização da cadeia: interrupção de redes de suprimentos estabelecidas e eficientes, forçando as empresas a buscar alternativas mais caras ou menos eficientes, o que pode comprometer a competitividade.

- Redução de investimentos: a incerteza gerada pelas tarifas pode desestimular investimentos futuros no setor aeroespacial dos EUA, impactando a inovação e o crescimento.

Risco de retaliação e guerra comercial
A ameaça de tarifas já provocou uma resposta do Brasil. O presidente brasileiro, Luiz Inácio Lula da Silva, afirmou que o Brasil imporia tarifas retaliatórias se os EUA prosseguissem com a medida. Essa ação poderia escalar para uma guerra comercial, semelhante à que ocorreu entre os EUA e a China, impactando diversos setores da economia norte-americana.

A retaliação brasileira poderia afetar diversos setores da economia dos EUA, com grupos empresariais brasileiros já expressando preocupação com o aumento dos custos de equipamentos importados dos EUA. Uma guerra comercial prejudicaria as relações comerciais históricas entre os dois países e a credibilidade dos EUA como parceiro comercial confiável, além de potencialmente expor outros setores da economia a riscos de tarifação.

Impacto financeiro na Embraer e repercussões amplas
Analistas estimam que a tarifa de 50% poderia reduzir o lucro operacional anualizado da Embraer em até 41% e afetar a margem EBIT entre 0,7% e 0,9%. O CEO da Embraer, Francisco Gomes Neto, comparou o potencial impacto das tarifas à crise enfrentada durante a pandemia de COVID-19, destacando a gravidade da situação.

Apesar da robusta carteira de pedidos da Embraer, que somava US$ 29,7 bilhões ao final do segundo trimestre de 2025, e da desvalorização do real brasileiro em relação ao dólar (que favorece a empresa com receitas em dólar e custos em reais), o impacto negativo de uma tarifa de tal magnitude provavelmente superaria qualquer benefício cambial, forçando a Embraer a reconsiderar sua estratégia de mercado e investimentos.

Um tiro no próprio pé?
Em suma, a imposição de uma tarifa de 50% sobre os aviões da Embraer não seria uma medida isolada, mas uma ação com potencial para causar danos colaterais extensos. Ela representa um risco significativo para a estabilidade e a eficiência do setor de aviação regional dos EUA, a saúde de sua cadeia de suprimentos e suas relações comerciais internacionais. As consequências seriam sentidas por companhias aéreas, trabalhadores, fornecedores e, em última instância, pelos próprios consumidores americanos, que arcariam com passagens mais caras e menos opções de voo.

A medida, concebida para proteger interesses domésticos, pode, paradoxalmente, enfraquecer um setor vital da economia dos EUA, revelando a complexidade e as armadilhas das políticas comerciais unilaterais em um cenário econômico globalizado.

A urgência da negociação: evitando um cenário "perde-perde"
Diante das severas consequências projetadas para ambos os lados, a necessidade de negociação entre Brasil e Estados Unidos torna-se imperativa. A imposição unilateral de tarifas, como a proposta de 50% sobre os aviões da Embraer, cria um cenário de "perde-perde" que prejudica não apenas a indústria aeroespacial, mas também a economia mais ampla e as relações diplomáticas.

O próprio CEO da Embraer, Francisco Gomes Neto, descreveu a situação como "lose-lose" (perde-perde), enfatizando que as tarifas não só tornariam as exportações inviáveis para a Embraer, mas também afetariam os fornecedores americanos e as companhias aéreas dos EUA que dependem de seus produtos. A história recente de disputas comerciais globais demonstra que a escalada de tarifas raramente resulta em ganhos líquidos para qualquer das partes, levando a retaliações que desorganizam cadeias de valor e elevam custos para consumidores e empresas.

A busca por uma solução diplomática é o caminho mais sensato. Isso poderia envolver discussões sobre cotas, isenções específicas ou acordos de longo prazo que garantam a competitividade da Embraer no mercado americano sem desestabilizar o setor aéreo regional dos EUA. A cooperação, em vez do confronto, permitiria que ambos os países preservassem os benefícios de uma relação comercial robusta e evitassem os custos de uma guerra tarifária que ninguém pode se dar ao luxo de perder.

23 julho, 2024

American Airlines encomenda 180 motores CF34 para equipar a nova frota Embraer 175


*LRCA Defense Consulting - 23/07/2024

A GE Aerospace anunciou hoje, durante o Farnborough Airshow, que a American Airlines finalizou um pedido de 180 motores CF34-8E, além de peças de reposição para equipar sua frota de 90 novos jatos regionais Embraer 175.

"O motor CF34 tem um longo histórico de sucesso com a American Airlines e estamos gratos que a equipe da American esteja depositando sua confiança em nós novamente", disse Russell Stokes, Presidente e CEO, Commercial Engines and Services, GE Aerospace. "Este pedido, juntamente com os acordos de CFM anunciados nesta primavera com a American, destacam nosso sucesso contínuo em fornecer aos nossos clientes produtos e serviços líderes do setor."

Mais de 7.500 motores CF34 estão em serviço com mais de 900 operadores de jatos regionais e executivos globalmente. O CF34-8E acumulou mais de 40 milhões de horas de voo e 29 milhões de ciclos desde que entrou em serviço no Embraer E170/175 em 2004. Hoje, a linha de motores CF34, que inclui os modelos -3, -8 e -10, equipa mais de 2.500 aeronaves comerciais regionais.

"A confiabilidade e o desempenho do motor CF34 têm sido essenciais para o nosso sucesso por muitos anos", disse o CFO da American, Devon May. "Estamos ansiosos para continuar nossa forte parceria com a GE Aerospace enquanto investimos na modernização e fortalecimento de nossa frota doméstica e regional."

A GE Aerospace entregou quase 11.000 motores CF34 e a linha tem um histórico de confiabilidade e durabilidade excepcionais, com uma taxa de confiabilidade de despacho de 99,97% (12 meses consecutivos). Todos os motores CF34 (como todos os motores GE Aerospace) podem operar com misturas de combustível SAF aprovadas hoje.

05 maio, 2024

Embraer deve fechar venda de dois C-390 para o Uzbequistão e até 30 E175 para os EUA


*LRCA Defense Consulting - 05/05/2024

O Comitê de Financiamento e Garantia das Exportações - Cofig, Uma entidade integrante do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, em sua 192ª Reunião Ordinária, realizada em 25 de abril de 2024, aprovou pedido de cobertura do Seguro de Crédito à Exportação (SCE), ao amparo do Fundo de Garantia à Exportação, de operações de exportação de aeronaves da Embraer destinadas aos Estados Unidos e ao Uzbequistão. O uso do SCE, ferramenta gerida pelo MDIC, garante maior nível de segurança aos exportadores brasileiros, gera empregos, renda e fomenta o desenvolvimento tecnológico de nosso país.

Segundo publicou o jornalista Roberto Caiafa em seu perfil no X, seriam duas aeronaves militares multimissão C-390 Millennium para o Uzbequistão e até 30 aeronaves comerciais E175 para um cliente dos Estados Unidos.

10 abril, 2024

Embraer e Horizon Air assinam acordo para Programa de Planejamento Colaborativo de Estoques


*LRCA Defense Consulting - 10/04/2024

A Embraer e a Horizon Air assinaram um contrato para o Programa de Planejamento Colaborativo de Estoques da Embraer (ECIP, na sigla em inglês). O ECIP é uma plataforma customizada de gerenciamento de fluxo das peças de reposição, projetada para apoiar os clientes na redução de custos operacionais, por meio da otimização de níveis de estoque.  

O acordo garante suporte aos 41 jatos E175 da frota da Horizon Air que operam no hub da companhia aérea em Portland (Oregon), nos EUA, com a bandeira da Alaska Airlines. O contrato também inclui os nove E175 a serem entregues pela Embraer para a Horizon Air, totalizando a cobertura para 50 aviões.  

“Estamos muito satisfeitos em dar às boas-vindas à Horizon Air ao Programa de Planejamento Colaborativo de Estoques da Embraer. O ECIP foi criado para apoiar nossos clientes, dando suporte aos ganhos de eficiência e à redução dos custos de estoque em todas as operações. Isso é ainda mais importante para companhias aéreas como a Horizon Air, que combinam grandes frotas e rápido crescimento”, afirma Carlos Naufel, Presidente e CEO da Embraer Serviços & Suporte.

O ECIP oferece múltiplas vantagens aos clientes. Primeiramente, a maior parte do investimento em estoques é feita pela Embraer, diminuindo substancialmente o investimento realizado pelas companhias aéreas. Além disso, a fixação anual de preços para cada peça permite que os clientes equilibrem os custos com mais precisão, com níveis de desempenho garantidos pela Embraer Serviços & Suporte.

A operação do ECIP é data driven, com recomendações semanais baseadas no uso do cliente e nos dados de nível de estoque, que são criados utilizando software avançado e a experiência do Embraer Planning compartilhada de forma colaborativa. Por fim, todas as companhias aéreas que participam do ECIP podem contar com a experiência em gestão de serviços de materiais da Embraer e uma rede logística global com o melhor desempenho do mercado. 

04 março, 2024

American Airlines faz pedido inédito de até 133 aeronaves Embraer


*LRCA Defense Consulting - 04/03/2023

A Embraer garantiu um grande pedido de 133 aeronaves da American Airlines Group Inc.  para atender à demanda doméstica nos Estados Unidos. A American fez um pedido firme à Embraer de 90 E175, com direitos de compra para 43 jatos adicionais. A aeronave será entregue com 76 assentos na configuração padrão de classe dupla da American. O negócio, com todos os direitos de compra exercidos, vale mais de US$ 7 bilhões a preço de tabela, e os pedidos firmes serão incluídos na carteira de pedidos da Embraer no 1T24. 

O E175 é uma das aeronaves mais populares da região, com 837 aeronaves vendidas (incluindo o pedido firme de hoje de 90) e 88% de participação de mercado desde 2013. 

“Na última década, investimos pesadamente para modernizar e simplificar nossa frota, que é a maior e mais jovem entre as operadoras da rede dos EUA”, disse o CEO da American, Robert Isom. “Esses pedidos continuarão a abastecer nossa frota com aeronaves mais novas e mais eficientes para que possamos continuar a oferecer a melhor rede e confiabilidade operacional recorde para nossos clientes.” 

A American está focada em trazer aeronaves regionais maiores de duas classes para sua frota, o que continuará a impulsionar a conectividade de mercados menores para o resto da rede global da companhia aérea. A American espera aposentar todos os seus jatos regionais de classe única de 50 assentos até o final da década e continuará a atender mercados de pequeno e médio porte com jatos regionais maiores. 

Espera-se que os jatos regionais de classe dupla componham a frota regional da American assim que as entregas dos novos Embraer E175 forem concluídas. 

Arjan Meijer, Presidente e CEO da Embraer Aviação Comercial, disse: “O E175 é verdadeiramente a espinha dorsal da rede de aviação dos EUA, conectando todos os cantos do país. Um dos programas de aeronaves de maior sucesso do mundo, o E175 foi atualizado com uma série de modificações que melhoraram o consumo de combustível em 6,5%. Esta aeronave moderna, confortável, confiável e eficiente continua a fornecer a conectividade da qual os EUA dependem dia após dia. Isso representa o maior pedido único de E175 da American e agradecemos à American por sua confiança contínua em nossos produtos e pessoas.”
 

20 junho, 2023

Embraer vende 7 jatos para American Airlines e recebe pedido firme da Binter para mais 6


 *MarketWatch - 20/06/2023

A Embraer informou nesta terça-feira (20) que assinou um pedido firme com a American Airlines para vender sete novos jatos E175 para a companhia norte-americana e que a espanhola Binter fez um pedido firme para seis jatos E195-E2.

A fabricante brasileira de aeronaves anunciou as vendas do Paris Air Show em Le Bourget, na França, onde empresas aeroespaciais e companhias aéreas frequentemente apresentam novos produtos e assinam contratos de venda.

As aeronaves compradas pela American têm um preço de tabela de US$ 403,4 milhões, e a venda para a Binter tem um preço de tabela de US$ 504,7 milhões, informou a Embraer. Os fabricantes de aeronaves geralmente oferecem descontos aos compradores, de modo que o preço de tabela pode ser mais um indicador do que o valor real de um contrato.

A Embraer disse que espera iniciar as entregas dos E175 para a American no quarto trimestre deste ano, enquanto a Binter está programada para começar a receber seus E195-E2 no segundo semestre do ano que vem.

13 maio, 2023

Embraer: há um novo operador de E-Jet na Índia


*LRCA Defense Consulting - 13/05/2023

A Star Air estreou hoje o seu Embraer E-175 na rota BLR (Aeroporto Internacional Kempegowda - Bangalore) - HYD (Aeroporto Internacional Rajiv Gandhi - Hyderabad) - JGA (Aeroporto de Jamnagar) - BLR.

O E175 tem 12 assentos na Classe Executiva e 64 na Classe Econômica.

Com a estreia, a Star Air passou a ser a única companhia aérea com um produto de classe premium para melhorar ainda mais a conectividade regional na Índia.

Star Air
A Star Air lançou operações domésticas de passageiros em 2019 usando um único EMB-145LR. Desde então, expandiu para cinco aeronaves Embraer – quatro E145LRs e um EMB-145LI. A companhia aérea voa para 18 destinos na Índia.

No Farnborough Air Show de 2022, a companhia aérea sinalizou seus planos de crescimento ao assinar uma carta de intenção firme para alugar um par de E175 da Nordic. No início de janeiro, a Star Air também confirmou por meio de canais de mídia social que levaria mais dois E175. A operadora opera principalmente no sul e leste do país.

A Índia é um mercado onde a conectividade regional, por meio do esquema UDAN, está na vanguarda das prioridades da aviação nacional. A Star Air é uma companhia aérea regional que se orgulha do Connecting Real India. A referência à Real India está de acordo com o foco da Star Air em melhorar a conectividade regional e a acessibilidade a viagens aéreas em áreas carentes, incluindo cidades de Nível 2 e Nível 3 em toda a Índia.

Assim, a Star Air terá quatro aeronaves Embraer E175 em sua frota para atender a iniciativa Connecting Real India, além dos cinco E-145.



20 março, 2023

Por que o E-Jet da Embraer é a aeronave certa para a Ásia


*Simple Flying, por Michaell Doran - 18/03/2023

Nos próximos 20 anos, a Airbus prevê que o mundo precisará de cerca de 39.500 novos aviões, sendo 80% de fuselagem estreita de corredor único. O OEM acrescenta que 46% desses 31.600 narrowbodies são direcionados para as companhias aéreas da Ásia-Pacífico e da China, impulsionados principalmente pela necessidade de maior conectividade na região.

Na América do Norte e na Europa, os jatos regionais desempenham um papel significativo, mas na APAC, seu uso não se desenvolveu da mesma forma, com a maior parte dessa conectividade operada por jatos maiores ou turboélices menores. Para descobrir por que isso acontece e por que é hora de mudar, a Simple Flying conversou com o vice-presidente da Embraer Aviação Comercial APAC, Raul Villaron, no Avalon Airshow da Austrália, em Melbourne.


Por que a Ásia é diferente?
Quando perguntado por que a Ásia difere de outras partes do mundo, ele apontou que grande parte do crescimento na região veio de operadoras de baixo custo. Villaron disse que as transportadoras de baixo custo (LCCs) normalmente se concentram em um único tipo de frota com a maior aeronave que podem preencher em sua busca pelo menor custo por assento.

Isso contrasta com o modelo da Embraer de fornecer uma aeronave com o menor custo de viagem sob pena de ter um custo de assento mais alto, embora os jatos E2 de nova geração estejam mudando essa proposta.

A Embraer projetou o E2 como um verdadeiro divisor de águas, incorporando uma nova asa, sistema fly-by-wire, fuselagem atualizada, novo trem de pouso e um novo motor. Essa combinação de novas tecnologias gerou eficiências além dos motores, o que Villaron diz resultar em um ganho de 30% nos custos de viagem com apenas 1% de diferença no custo do assento.

Apontando para o recente pedido da Scoot, subsidiária de baixo custo da Singapore Airlines, para nove E190-E2s, ele diz que isso torna o E2 uma aeronave mais atraente para a região.

"Isso abre as portas, não só com a Scoot, mas com todas as companhias aéreas do Sudeste Asiático, que com o Sul da Ásia foi o mercado mais difícil de penetrarmos. Japão e Austrália continuam sendo mercados importantes para a Embraer, mas agora estamos abrindo no Sudeste e no sul da Ásia também."

A Scoot espera que seu primeiro E190-E2 chegue em 2024, com o equilíbrio apresentado até o final de 2025. A companhia aérea disse que seria configurado em classe única, acomodando 112 passageiros e operando voos de curta e média distância de até cinco horas. Com um alcance de 2.850 milhas náuticas (5.278 quilômetros), servirá rotas mais finas para destinos não metropolitanos de Cingapura.

Enorme potencial no Vietnã
A Embraer também vê um enorme potencial no Vietnã, principalmente em aeroportos tradicionalmente atendidos apenas por turboélices, muitas vezes devido às limitações das pistas. Villaron conta ao Simple Flying sobre um exemplo em Côn Ðao, um popular destino de férias no sul do Vietnã, onde a Bamboo Airways usa um E190.


"A razão pela qual eles não podem receber aeronaves maiores é porque a resistência do pavimento deste aeroporto não é boa o suficiente para aviões mais pesados, o que não é um caso específico de Côn Ðao, pois vários aeroportos na Ásia são assim. Então, as pessoas que voam de Hanói precisavam ir para a cidade de Ho Chi Minh e conectar com um turboélice, mas agora a Bamboo está voando direto para Côn Ðao usando E-Jets."

O outro fator que torna o Vietnã um mercado atraente para a Embraer é sua localização central no Sudeste Asiático, colocando-o dentro de duas a três horas de voo para muitos destinos internacionais populares. Como mostra o gráfico, o alcance dos E2s coloca a maior parte da Ásia ao alcance, estendendo-se até o sul de Perth, a oeste de Delhi, a leste das Filipinas e ao norte de Xangai.


A Índia é um mercado onde a conectividade regional, por meio do esquema UDAN, está na vanguarda das prioridades da aviação nacional. Em fevereiro, a companhia aérea regional Star Air, que se orgulha de Connecting Real India, recebeu seu primeiro jato E175LR, com mais três a seguir. A referência à Real India está de acordo com o foco da Star Air em melhorar a conectividade regional e a acessibilidade a viagens aéreas em áreas carentes, incluindo cidades de Nível 2 e Nível 3 em toda a Índia.


Além da resistência do pavimento, a conexão de aeroportos regionais muitas vezes pode trazer limitações de pistas mais curtas, muitas vezes deixando essas rotas acessíveis apenas por turboélices. Villaron destaca que o E2 "pode ​​levá-lo a lugares que nenhuma outra aeronave maior pode" por causa de seu desempenho superior. Um E195-E2 pode decolar usando 1.300 metros (4.281 pés) e é a maior aeronave que pode voar para o Aeroporto London City.

Mais perto de casa

Com as raízes da Embraer firmemente plantadas no Brasil, não surpreende que a Azul Linhas Aéreas seja um de seus melhores clientes, operando mais de 100 aeronaves Embraer em rotas domésticas e internacionais. Vindo do Brasil, Villaron conta que quando a Azul começou, ela evitou os mercados dominados pelas duas maiores operadoras, GOL e TAM, e começou a voar E-Jets para lugares onde ninguém mais ia. Ele diz que agora a Azul tem 30% do mercado e que em 85% de suas rotas é a única operadora.


A eficiência de combustível e as reduções de emissões certamente estão em primeiro plano nas decisões de compra de aeronaves, e este é outro elemento em que Villaron identifica os pontos fortes do E2.

"O E2 queima 17,3% menos combustível do que o E1. Quando você compara o E195-E2 com o E195-E1, é 24% menor porque é por assento, mas em uma comparação direta, o E2 tem uma queima de combustível 17,3% menor."

Em julho do ano passado, a Embraer e a fabricante de motores Pratt & Whitney testaram com sucesso um E195-E2 com combustível de aviação 100% sustentável (SAF). Enquanto o SAF combinado traz reduções de emissões de cerca de 25%, usando 100% de SAF aumenta esse ganho para 85%, um passo significativo no caminho de voo para a aviação de emissão zero até 2050.

Construindo uma pegada asiática
Grande parte da decisão de compra é sobre como o OEM apoiará o operador, o que a Embraer está ciente à medida que desenvolve seu mercado na APAC. Estabelecer uma nova marca contra concorrentes arraigados nunca é fácil, e Villaron diz que este é um dos maiores desafios que a Embraer enfrenta na região.


No entanto, ele acredita que a maré está mudando e que os sucessos recentes estão construindo o perfil da marca.

"Com esta nova onda de positividade para a Embraer, temos oportunidades de investir em nossa presença e aumentar nossa presença na região. Já temos a Singapore Airlines Engineering Filipinas como centro de serviço autorizado de E-Jets na Ásia, e temos um E -Simulador de jato na Austrália.

“Isso ajuda os clientes a se sentirem confortáveis ​​paEra embarcar na aeronave, pois sabem que o suporte e o treinamento estão aqui na região”.

A Ansett Aviation Training nasceu da extinta companhia aérea australiana Ansett Airways e é o maior centro independente de treinamento em simuladores do hemisfério sul. Possui treze simuladores full-flight em diversas localidades, incluindo o simulador Embraer E190 em Brisbane. Suas instalações são usadas por mais de 80 companhias aéreas e operadores de aeronaves para qualificações de piloto, treinamento recorrente e cursos de aviação associados.

19 fevereiro, 2023

Star Air da Índia recebe seu primeiro Embraer E175

Nas duas fotos, a primeira de quatro aeronaves da família E175 da Star Air pousa na Índia

*ch-aviation - 17/02/2023

A Star Air (Índia) recebeu a primeira de quatro aeronaves da família E175 para as quais assinou arrendamentos no 2º semestre de 2022. A companhia aérea fez o anúncio por meio de suas contas de mídia social em 8 de fevereiro de 2023. A aeronave está registrada como OY-YEE. Construído em 2019, o OY-YEE voou para Belavia antes de ser armazenado em novembro de 2021. A aeronave vai para a Star Air (Índia) em um arrendamento da Nordic Aviation Capital .

A Star Air lançou operações domésticas de passageiros em 2019 usando um único EMB-145LR. Desde então, expandiu para cinco aeronaves Embraer – quatro E145LRs e um EMB-145LI. A companhia aérea voa para 18 destinos na Índia.

No Farnborough Air Show de 2022, a companhia aérea sinalizou seus planos de crescimento ao assinar uma carta de intenção firme para alugar um par de E175 da Nordic. O OY-YEE foi transportado para a Índia esta semana e um porta-voz da Star Air (Índia) disse à ch-aviation que a aeronave será agora registrada novamente.

No início de janeiro, a Star Air também confirmou por meio de canais de mídia social que levaria mais dois E175. A operadora opera principalmente no sul e leste da Índia. A Star Air não divulgou em quais rotas o jato voará, nem quando entrará em serviço.


29 julho, 2022

Indiana Star Air expandirá conectividade regional e adiciona duas aeronaves Embraer E175


*Business Standard - 22/07/2022

Em seu esforço para fortalecer a conectividade regional da Índia, a Star Air, empresa de aviação do Sanjay Ghodawat Group, anunciou que a transportadora regional assinou uma Carta de Intenção (LoI) para duas aeronaves Embraer E175 com a Nordic Aviation Capital (NAC), uma das maiores locadoras de aeronaves regionais do mundo. O mesmo foi anunciado durante um evento de imprensa organizado pela Embraer no Farnborough International Airshow, Reino Unido, na presença de altos funcionários da Embraer e da Star Air.

Com potencial inigualável, os setores regionais da Índia são um dos mercados de aviação que mais crescem no mundo. A Star Air está se esforçando para estabelecer uma frota de aeronaves da Embraer que melhorará a conectividade regional. Oferecendo a capacidade certa a tarifas acessíveis, a Star Air se compromete a apoiar a crescente demanda em toda a Índia enquanto a companhia aérea se prepara para os planos do Ministério da Aviação Civil de construir 100 aeroportos.

Ansiosa para receber o E175 nos céus indianos
O E175 não tem assentos no meio e oferece o melhor espaço para as pernas da classe com disposição confortável dos assentos. Com um alcance de voo de 2.200 milhas náuticas, a Star Air está configurada para voar mais, mais rápido e mais suavemente. Atualmente operando em 18 destinos na Índia, a companhia aérea está preparada para crescer e expandir sua presença regional.

"Depois de testemunhar uma forte recuperação nas viagens aéreas, estamos entusiasmados em fazer parceria com a Embraer, pois buscamos constantemente Conectar a Real Índia e tornar as viagens confiáveis ​​e acessíveis. A aeronave E175 não apenas adicionará flexibilidade e eficiência à nossa rede, mas também fortalecerá nosso relacionamento com os clientes, pois proporcionamos a eles uma experiência de voo incomparável", disse Shrenik Ghodawat, Diretor - Star Air.

Como parte do comunicado, a Star Air também anunciou que, dependendo da assinatura do contrato de arrendamento, a companhia aérea está confiante em iniciar as operações do E175 até novembro de 2022. Atualmente, a companhia aérea opera voos regulares usando seus cinco ERJ-145 para conectar 18 destinos indianos que incluem Ahmedabad, Ajmer (Kishangarh), Bengaluru, Belagavi, Delhi (Hindon), Hubballi, Indore, Jodhpur, Kalaburagi, Mumbai, Nashik, Surat, Tirupati, Jamnagar, Hyderabad, Nagpur, Bhuj e Bidar.

Sanjay Ghodawat Group (SGG) é um importante conglomerado de negócios indiano que está presente em várias empresas de negócios de alto valor. Aviação, Produtos de Consumo, Educação, Energia, Mineração, Realty, Varejo e Têxtil são alguns de seus principais domínios de negócios. A SGG foi fundada em 1993 e desde então tem testemunhado um crescimento impressionante sob a administração de seu Fundador e Presidente – Sr. Sanjay Ghodawat. Tem uma forte base de milhões de clientes em todo o mundo, uma força de funcionários de mais de 10.000 e uma base de alunos de mais de 16.000. A SGG está avançando com muito vigor e trazendo mudanças significativas na vida das pessoas com sua ampla gama de produtos e serviços de alta qualidade.

15 junho, 2022

Austríaca People's está considerando a substituição do Embraer 170 por modelo mais novo


*Aero Telegraph - 10/06/2022

A empresa austríaca People's Group está considerando a substituição do Embraer 170, que agora está com mais de quinze anos. No entanto, como foi totalmente reformulado há dois nos, está quase como novo”, diz o membro do conselho do Grupo, Thomas Krutzler. "Mas logicamente você tem que pensar em um modelo sucessor."

Neste momento, ele descarta a possibilidade de que o jato sucessor seja outra coisa que não um Embraer.

Nos próximos meses, será feita uma avaliação sobre se a companhia aérea People's mudará para o Embraer E175. A companhia aérea regional austríaca com sede em Altenrhein já queria comprar jatos E2. Mas então ela reduziu a frota para uma aeronave em vez de modernizá-la e expandir para três jatos.

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