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14 julho, 2025

Nova delegação da Embraer visita a Tunísia e dá continuidade às negociações iniciadas em maio

 


*Tunisie Numerique, por Mohsen Tiss - 14/07/2025

A FIPA-Tunísia (Agência de Promoção do Investimento Exterior da Tunísia) anunciou que a fabricante aeronáutica brasileira Embraer, um dos principais atores nos setores de transporte aéreo regional e de defesa, representada por uma delegação de alto nível presidida por Francisco Moraes, Vice-Presidente para a Aviação Comercial na África, foi recebida em 10 de julho de 2025 por Jalel Tebib, Diretor-Geral da entidade.

"Essa visita ocorre na continuidade das negociações iniciadas no mês de maio de 2025 e visa, em particular, examinar os meios para uma implantação direta no território tunisiano e avaliar o potencial da cadeia de fornecimento aeronáutica do país, suscetível de ser integrada à sua cadeia global de suprimentos", destacou a FIPA.

A agência acrescenta ainda que, no contexto dessa dinâmica de cooperação, a FIPA-Tunísia manifesta claramente sua ambição: atrair novos investimentos de referência no setor aeronáutico e reforçar as parcerias.

A Embraer, como empresa aeroespacial de renome mundial com sede no Brasil, ocupa a 3ª posição nos setores da aviação comercial e executiva, atrás da Airbus e da Boeing. 
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Saiba mais:
- Embraer avança na busca de parcerias firmes no Marrocos e na Tunísia

WEG lança estação de recarga mais rápida e potente do Brasil


*LRCA Defense Consulting - 14/07/2025

A WEG apresenta ao mercado a WEMOB® STATION HIGH POWER CHARGING (HPC), uma solução inovadora que atende à crescente demanda por recarga ultrarrápida de alta potência para veículos elétricos leves e pesados. Esta tecnologia é capaz de oferecer potência de até 640 kW e de recarregar até quatro veículos simultaneamente. “A WEMOB® STATION HPC, produto global desenvolvido e fabricado no Brasil, reforça a posição de liderança da WEG na transição energética. Esta solução inovadora eleva os padrões de conveniência aos usuários e a eficiência aos operadores, acelerando a adoção de veículos elétricos”, explica Carlos José Bastos Grillo, Diretor Superintendente de Digital e Sistemas na WEG.

Constituída por dois totens e uma cabine de potência modular, a WEMOB® STATION HPC incorpora as mais recentes tecnologias globais para recarga de veículos elétricos. Com flexibilidade superior na distribuição de energia, a solução permite ajustar a potência por ponto de recarga de forma dinâmica, atingindo até 400 kW em incrementos de 30 kW, 40 kW, 60 kW ou 80 kW. Seu design inteligente gerencia a potência de forma dinâmica, direcionando a energia de maneira eficiente para os veículos conectados. Diferente das estações tradicionais, que geralmente integram os módulos de potência diretamente ao totem, a WEMOB® STATION HPC agrupa esses módulos em blocos, em uma cabine centralizada. Essa abordagem otimiza a entrega de energia, disponibilizando apenas a potência necessária para a recarga de cada veículo. Além disso, eleva a segurança e a confiabilidade, pois a estação identifica e isola falhas de forma autônoma, garantindo a continuidade da operação com alta disponibilidade.

A inovação da estação vai muito além do design físico. A WEMOB® STATION HPC integra a tecnologia WEMOB® DynamicShare AI (Adaptive Intelligence), um algoritmo avançado que otimiza a distribuição de potência em tempo real para cada veículo. Essa inteligência adaptativa especializada permite que a estação ajuste dinamicamente a carga conforme a demanda, maximizando a capacidade de recarga disponível e elevando significativamente a eficiência energética. Na prática, isso significa que, mesmo com múltiplos veículos em processo de recarga, a potência pode ser realocada inteligentemente para atender novos veículos sem comprometer o tempo de recarga dos que já estão conectados.

A WEMOB® STATION HPC destaca-se pela sua versatilidade e interface intuitiva. O totem é configurável para os quatro principais padrões de recarga globais (CCS-1, CCS-2, NACS e CHAdeMO) e incorpora o sistema inteligente de gerenciamento de cabos WEMOB® Cable Manager, que otimiza a organização e o manuseio dos cabos.

Para proporcionar uma experiência visual superior, o equipamento oferece duas opções de tela de alto brilho (32" e 15,6"), ambas com 3000 nits, garantindo excelente legibilidade mesmo sob luz solar direta. A tela WEMOB® AdVision permite a exibição de vídeos, imagens e logotipos, com atualização remota simplificada pelo administrador da estação. Complementando a interface, a sinalização de status é realizada por LEDs coloridos e sinais sonoros, com possibilidade de personalização das cores para alinhar-se à identidade visual do cliente.

Para maximizar a conveniência do usuário, a estação integra a funcionalidade WEMOB® Autocharge. Esta tecnologia permite o reconhecimento automático de veículos previamente cadastrados, eliminando a necessidade de cartões RFID ou aplicativos móveis e simplificando significativamente o processo de recarga.

A conectividade da WEMOB® STATION HPC é altamente flexível, com opções via cabo Ethernet, Wi-Fi ou rede móvel LTE (Dual SIM), e suporte completo ao protocolo OCPP. Para garantir máxima confiabilidade, a estação incorpora redundância nas conexões, assegurando alta disponibilidade e continuidade ininterrupta do serviço. Além disso, o gerenciamento remoto completo — que abrange controle de acesso, diagnósticos e atualizações de software via OTA (Over-the-Air) — otimiza significativamente a eficiência operacional.

Para aprimorar a conveniência do usuário final e expandir as oportunidades de negócio para os operadores de estações, a WEMOB® STATION HPC oferece integração com sistemas de pagamento por cartão, tanto por contato quanto por aproximação. Isso inclui compatibilidade com carteiras digitais como Apple Pay e Google Pay, permitindo a cobrança direta no local, de forma rápida e segura, sem a necessidade de cadastros ou identificação prévia. Essa funcionalidade atende às demandas de diversos perfis de clientes, simplificando significativamente a experiência de recarga para todos os usuários de veículos elétricos.

Equipada com o WEMOB® Silent Mode, a WEMOB® STATION HPC é ideal para instalações em locais com restrições de ruído, como áreas residenciais ou durante a noite, garantindo um processo de recarga com mínimo impacto sonoro no ambiente.

Com todas essas inovações, a WEG reafirma seu compromisso com o futuro da mobilidade elétrica, oferecendo uma solução de recarga ultrarrápida, inteligente e segura para os veículos elétricos desta e das próximas gerações. 

13 julho, 2025

Embraer C-390 Millennium em versão AWACS para a Índia pode ser uma realidade

Imagem meramente ilustrativa

*LRCA Defense Consulting - 13/07/2025

Em matéria publicada em abril de 2023, esta Consultoria, em caráter pioneiro, identificou a possibilidade de a Índia ter interesse numa versão do C-390 Millennium para missões AEW&C (Alerta Aéreo Antecipado e Controle). Na época, repercutindo reportagem da imprensa especializada indiana, foi escrito que "O idrw.org informou saber que a aeronave que for selecionada será usada como uma plataforma para o desenvolvimento de aeronaves de reabastecimento em voo (FRA) e, também, de alerta aéreo antecipado e controle (AEW&C), pois a IAF planeja ter mais plataformas locais para reforçar seus requisitos enquanto a Força Aérea Chinesa (PLAAF) expande sua frota de multiplicadores de força (como são conhecidas as aeronaves AEW&C)".

Posteriormente, em dezembro de 2024, o idrw.org divulgou uma novidade importante: "A Embraer, em seu briefing para a Força Aérea Indiana (IAF) para a licitação de aeronaves de transporte médio (MTA) para 60 transportadores, apresentou uma nova proposta ousada: o C-390M Millennium equipado com hardpoints sob suas asas para transportar sistemas de armas ar-superfície. Essa capacidade, destinada a fornecer capacidades operacionais antiterrestres e anti-navio, pode posicionar o C-390M como uma plataforma versátil e multifuncional, além de suas funções primárias de transporte".

Em junho último, o jornal indiano The Economic Times divulgou que o Ministério da Defesa da Índia estava prestes a analisar um projeto de 10.000 crores de rúpias (cerca de US$ 1,166 bilhão) visando adquirir três aviões espiões avançados (ISTAR) para aprimorar as capacidades de vigilância e aquisição de alvos da Força Aérea Indiana, fornecendo inteligência ar-solo detalhada, o que permitirá ataques precisos contra alvos inimigos. O sistema ISTAR será desenvolvido internamente pelo DRDO, que equipará as aeronaves com sensores e sistemas eletrônicos totalmente nacionais. Esses sistemas de vigilância e direcionamento a bordo já foram desenvolvidos e testados pelo Centro de Sistemas Aerotransportados (CABS) do DRDO.

O C-390 Millennium é uma aeronave multimissão que já possui capacidades para missões de transporte tático, reabastecimento aéreo (como KC-390) e está sendo adaptada para missões ISTAR, incluindo patrulha marítima (Maritime Patrol). Em dezembro de 2024, a Embraer e a Força Aérea Brasileira (FAB) assinaram um acordo para desenvolver uma variante específica do C-390 para missões de Inteligência, Vigilância e Reconhecimento (ISR), chamada C-390 IVR, com foco em patrulha marítima. Essa variante incorpora sistemas avançados de comunicação, sensores e autoproteção, que atendem aos requisitos de missões ISTAR.

C-390 IVR (Embraer)

Portugal está participando do desenvolvimento da nova variante ISR do C-390. Esta versão integrará radar de abertura sintética, sensores eletro-ópticos e infravermelhos, sistemas de comunicação avançados e pontos de fixação externos para carga útil, com uma configuração modular roll-on/roll-off para manter a flexibilidade entre as missões. Esses desenvolvimentos foram anunciados na exposição de defesa LAAD 2025, onde foram formalizados acordos de cooperação entre a Embraer e a Força Aérea Portuguesa.

O Embraer C-390 é uma aeronave de transporte militar tático multimissão que foi projetada principalmente para transportar cargas e tropas, sendo facilmente transformada para a versão de reabastecimento aéreo, a KC-390. Embora não seja uma aeronave dedicada a AEW&C, é possível fazer modificações no projeto original para adaptar a plataforma para essa finalidade.

A transformação do C-390 em uma aeronave de alerta antecipado exigiria a instalação de sistemas de radar e de comunicação especializados, além de outras modificações estruturais e eletrônicas. Essas modificações permitiriam que a aeronave detectasse e monitorasse alvos aéreos, navais e terrestres em uma área ampla e fornecesse informações valiosas para o comando e controle em tempo real. Segundo declarações atribuídas à Embraer, o C-390 Millennium pode ser modificado, interna e externamente, para se adequar às exigências operacionais do usuário. 

Imagem meramente ilustrativa

Em reforço à possibilidade levantada em 2023 e desenvolvida em 2024 e 2025, a matéria do idrw.org abaixo informa que a Embraer teria oferecido à Índia uma versão Sistema de Alerta e Controle Aéreo (AWACS) para o C-390. Confira. 
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Embraer apresenta o C-390M para os requisitos AWACS e MTA da IAF, oferecendo desenvolvimento mais rápido em relação ao ERJ-145 fora de produção

*Indian Defence Research Wing - 13/07/2025

A gigante aeroespacial brasileiro Embraer propôs uma nova abordagem ousada para atender às duas necessidades da Força Aérea Indiana (IAF) — um Sistema de Alerta e Controle Aéreo (AWACS) e uma Aeronave de Transporte Médio (MTA), oferecendo-se para desenvolver em conjunto uma variante AWACS baseada em sua plataforma C-390M Millennium. Esta proposta surge em um momento em que a IAF enfrenta desafios para adquirir aeronaves Embraer ERJ-145 adicionais para seu programa AWACS Netra Mk1A, visto que o ERJ-145 está fora de produção há mais de uma década.

O briefing da Embraer à IAF, conforme relatado pelo idrw.org, destaca o potencial do C-390M para servir como uma plataforma AWACS de próxima geração, equipada com sistemas nativos desenvolvidos pelo Centro de Sistemas Aerotransportados (CABS) da Organização de Pesquisa e Desenvolvimento de Defesa (DRDO). Ao contrário do Netra Mk1, baseado no ERJ-145, que oferece cobertura de radar de 240 graus com alcance de 450 km, o C-390M AWACS poderia incorporar recursos avançados, como um radar AESA (Active Electronically Scanned Array) de 300 graus ou até 360 graus, conjuntos aprimorados de guerra eletrônica e links de dados em tempo real para operações centradas na rede. A maior capacidade de carga útil da plataforma (26 toneladas contra 5,9 toneladas do ERJ-145) e sua maior resistência (até 6 horas sem reabastecimento) a tornam adequada para hospedar sistemas de missão sofisticados, incluindo consoles de operador, radares baseados em nitreto de gálio (GaN) e suítes de autodefesa.

O Embraer C-390M Millennium, uma aeronave de transporte médio bimotor a jato, é um dos principais concorrentes no programa MTA da IAF, que busca de 60 a 80 aeronaves para substituir a antiga frota de Antonov An-32. Projetado para transportar uma carga útil de 26 toneladas em um alcance de 2.815 km, o C-390M é equipado com modernos motores turbofan, um sistema fly-by-wire e um design modular que suporta configurações multifuncionais, incluindo transporte, reabastecimento em voo e inteligência, vigilância, aquisição de alvos e reconhecimento (ISTAR). 

A proposta da Embraer de desenvolver em conjunto uma variante AWACS do C-390M está alinhada à necessidade da IAF por plataformas avançadas de vigilância aérea para combater ameaças regionais da China e do Paquistão, que operam frotas AWACS significativamente maiores.

Situação atual da IAF
A IAF opera atualmente três sistemas AWACS Netra Mk1, baseados em jatos regionais ERJ-145 modificados, que comprovaram sua eficácia operacional em cenários de alto risco, como o ataque aéreo de Balakot em 2019 e a Operação Sindoor em 7 de maio de 2025. Para expandir sua frota de AWACS, a IAF planejou adquirir seis fuselagens ERJ-145 usadas adicionais para o programa Netra Mk1A, que conta com radares AESA baseados em GaN atualizados e conjuntos de missão aprimorados. No entanto, com a produção do ERJ-145 encerrada no início da década de 2010, a obtenção de fuselagens adequadas no mercado secundário global – onde aproximadamente 350 das 700 unidades produzidas permanecem em serviço – apresenta desafios significativos.

A modernização de ERJ-145s usados exige modificações extensas, incluindo a desmontagem e modernização de unidades substituíveis em linha (LRUs), aviônicos e sistemas para atender aos padrões de nível militar. Esse processo é demorado e caro, com preocupações quanto às condições da fuselagem, histórico de manutenção e disponibilidade de peças de reposição. A Embraer, em colaboração com a Adani Defence and Aerospace, foi encarregada de obter essas fuselagens, mas as complexidades da conversão levaram a atrasos no programa Netra Mk1A, estimado em £ 9.000 crore (aproximadamente US$ 1,1 bilhão).

C-390M AWACS: uma alternativa estratégica
A proposta da Embraer para o codesenvolvimento de um AWACS baseado no C-390M aborda esses desafios, alavancando uma plataforma moderna em produção, projetada para adaptabilidade multifuncional. De acordo com fontes do idrw.org, o AWACS do C-390M poderia ser desenvolvido no mesmo prazo da modernização dos ERJ-145, com as seguintes vantagens:

- Integração mais rápida: diferentemente dos ERJ-145 usados, que exigem ampla reconfiguração, o C-390M pode incorporar sistemas AWACS durante a fabricação, agilizando o desenvolvimento e garantindo a conformidade com as especificações da IAF desde o início.

- Recursos avançados: a fuselagem maior do C-390M suporta cargas úteis mais pesadas, permitindo a integração de radares AESA avançados com cobertura potencial de 300–360 graus, maior resistência e compatibilidade com sistemas futuros, como drones lançados do ar ou armas de energia direcionada.

- Eficiência de custo e ciclo de vida: uma nova plataforma evita os desafios de manutenção de fuselagens antigas, oferecendo custos de ciclo de vida mais baixos e maior confiabilidade. O design moderno do C-390M também apoia o impulso da Índia para transferência de tecnologia e produção local no âmbito da iniciativa "Make in India".

Parceria com a Mahindra Defence Systems fortalece a proposta

A parceria da Embraer com a Mahindra Defence Systems, formalizada por meio de um Memorando de Entendimento (MoU) de 2024, fortalece ainda mais sua proposta. O MoU prevê o estabelecimento de uma linha de montagem final do C-390M na Índia, posicionando o país como um polo regional de produção, manutenção, reparo e revisão (MRO) e treinamento. Isso se alinha à iniciativa indiana Aatmanirbhar Bharat, que oferece oportunidades de transferência de tecnologia e fabricação local.

Plataforma C-390M para as funções MTA ou AWACS ainda não foi avaliada pela IAF
A IAF ainda não avaliou formalmente a plataforma C-390M para as funções MTA ou AWACS, gerando incerteza quanto à aceitação da proposta da Embraer. A preferência da IAF pelo ERJ-145 para o Netra Mk1A decorre da comunalidade da frota, visto que já opera cinco variantes do ERJ-145 para transporte VVIP e três para o Netra Mk1, simplificando a logística, o treinamento e a manutenção. No entanto, o desempenho superior do C-390M – oferecendo um alcance de 2.815 km em comparação com os 2.873 km do ERJ-145, um teto de serviço mais alto (36.000 pés contra 37.000 pés) e maior capacidade de carga útil – o torna uma alternativa atraente.

A hesitação da Força Aérea Indiana (IAF) também pode ser influenciada por propostas concorrentes, como o Global 6000 da Bombardier para o Netra Mk1A, que oferece autonomia de 12 horas e maior capacidade de carga útil, mas não possui a mesma frota do ERJ-145. A proposta anterior da Embraer para o Praetor 600, um jato executivo supermédio com o dobro do alcance do ERJ-145 e teto de 45.000 pés, foi rejeitada devido à sua capacidade limitada de carga útil (1,5 toneladas contra 5,9 toneladas do ERJ-145), destacando o foco da IAF em equilibrar custo, capacidade e logística.

Potencial multifuncional do C-390M pode ser decisivo
O potencial multifuncional do C-390M pode ser decisivo, especialmente considerando seu alinhamento com o requisito de MTA da IAF. As avaliações iniciais da IAF favorecem o C-390M em relação a concorrentes como o Lockheed Martin C-130J Super Hercules e o Airbus A400M Atlas devido à sua adaptabilidade para funções como AWACS, MPA e ISTAR. Um acordo de codesenvolvimento com a Embraer também poderia incluir acordos de permuta, com o Brasil expressando interesse em sistemas indianos como o míssil Akash ou o lançador de foguetes Pinaka, fortalecendo os laços bilaterais de defesa. 
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Sobre o portal Indian Defence Research Wing
O idrw.org (Indian Defence Research Wing) é um portal de notícias online lançado em 2006, focado em cobertura detalhada e análise de notícias relacionadas à defesa da Índia. Ele se dedica a reportar sobre as Forças Armadas indianas, incluindo o Exército, a Força Aérea e a Marinha, além de temas como inovações militares, estratégias de aquisição e tecnologias de defesa. O site também aborda questões globais e regionais relacionadas à defesa, com ênfase em projetos indianos, como o desenvolvimento de aeronaves, mísseis e outros sistemas de defesa.

O idrw.org é reconhecido como uma das fontes mais antigas e confiáveis sobre notícias de defesa na Índia, atraindo um público que inclui analistas de defesa, militares e entusiastas. Ele também oferece uma seção chamada “My Take”, onde leitores podem compartilhar opiniões sobre assuntos de segurança e defesa. O portal é conhecido por obter informações de fontes dentro do establishment de defesa indiano, muitas vezes publicando notícias antes da mídia mainstream.

Saiba mais:
- Índia quer aeronaves ISTAR para inteligência ar-solo e aquisição de alvos. Embraer C-390 seria uma opção?

- Embraer C-390 como aeronave de alerta aéreo antecipado AEW&C para a Índia?

Marrocos se aproxima de acordo de US$ 600 milhões para a aeronave militar KC-390 da Embraer

 


*Bladi.net, por Silvano - 11/07/2025

Um passo importante foi dado rumo à aquisição pelo Marrocos da aeronave de transporte militar KC-390 Millennium. Segundo fontes próximas às negociações, o reino entrou em fase avançada de negociações com a Embraer para a aquisição de sua aeronave militar brasileira, como parte de um contrato estimado em mais de US$ 600 milhões, segundo a imprensa brasileira.

Essas negociações ocorrem após a assinatura, por Rabat, de um acordo de cooperação com a Embraer. Além da venda de aeronaves para o Reino do Marrocos, o acordo também inclui suporte logístico, serviços de manutenção e treinamento de pilotos e técnicos marroquinos. Segundo a mídia brasileira, uma possível concretização dessa venda fortaleceria a posição da indústria de defesa brasileira no setor de aviação militar em nível internacional e contribuiria para melhorar a prontidão operacional das Forças Armadas Reais Marroquinas. Essa venda seria uma das maiores já concluídas pela Embraer com um país do continente africano.

Projetado para atender às necessidades estratégicas das Forças Armadas em termos de transporte e intervenção rápida, o KC-390 Millennium se destaca por sua capacidade de transportar veículos de combate pesados com peso superior a 25.500 kg, além de um amplo compartimento de carga que permite o transporte de diversos equipamentos. Esta aeronave também se destaca por sua grande flexibilidade operacional, compatível com os requisitos das guerras modernas e de diversas missões.

O KC-390 Millennium é atualmente utilizado por diversos exércitos ao redor do mundo, incluindo os de países membros da OTAN, como os exércitos português e holandês, que possuem cinco unidades deste modelo cada, bem como o exército húngaro, que possui duas, de acordo com o site do fabricante. Outros países, como Coreia do Sul e Áustria, também utilizam esta aeronave.

A aquisição do KC-390 Millennium deve contribuir para o fortalecimento das capacidades logísticas e aéreas da Royal Air Force (RAF). 
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Saiba mais:
- Embraer aposta no Marrocos: contrato militar, transferência de tecnologia e ecossistema aeronáutico em pauta

- Embraer avança na busca de parcerias firmes no Marrocos e na Tunísia

- Embraer desenvolve sua cadeia de suprimentos no Marrocos

- Marrocos e Brasil constroem pontes militares transatlânticas

 

12 julho, 2025

Produzido pela brasileira IACIT, Sistema Anti-drone SCE 0100 reforça poder de defesa do Exército

 

*LRCA Defense Consulting - 12/07/2025

Em um contexto global marcado por transformações tecnológicas aceleradas e ameaças assimétricas cada vez mais sofisticadas, o Comando de Comunicações e Guerra Eletrônica do Exército (CCOMGEX) segue fortalecendo a capacidade do Exército Brasileiro. No mês de junho, foi realizada, no Forte Marechal Rondon, em Brasília, a entrega e capacitação do novo Sistema Antidrone SCE 0100, tecnologia de ponta integrada ao Projeto SAD/SISFRON, com impacto direto na proteção de tropas e infraestruturas críticas.

A atividade contou com a participação de representantes do 1º Batalhão de Guerra Eletrônica (1º BGE), do Centro de Instrução de Guerra Eletrônica (CIGE), de um engenheiro da Organização Brasileira para o Desenvolvimento Científico e Tecnológico do Controle do Espaço Aéreo (CTCEA), além da equipe técnica da empresa responsável pelo sistema, que conduziu uma apresentação detalhada do equipamento e orientou os militares para sua operação segura e eficaz. 

Tecnologia de defesa contra SARP
Os sistemas antidrone são projetados para neutralizar os Sistemas de Aeronaves Remotamente Pilotadas (SARPs). Um dos principais mecanismos empregados é o bloqueio de radiofrequência (jamming), que interrompe a comunicação entre o drone e seu operador, podendo forçar seu pouso controlado ou retorno automático ao ponto de origem do equipamento. O sistema opera por meio de bloqueadores de radiofrequência de forma precisa e eficaz, garantindo a segurança de áreas sensíveis, instalações militares e tropas em movimento. Essa nova camada de proteção torna-se ainda mais relevante diante do crescente uso de drones em ações cinéticas e não cinéticas.

Ganho em prontidão operacional e resposta imediata
A incorporação do Sistema Antidrone SCE 0100 ao SISFRON representa um avanço significativo para o Exército Brasileiro, reforçando a proteção de estruturas estratégicas, a segurança da tropa e a prontidão tecnológica. Desenvolvido por empresa da Base Industrial de Defesa (BID), o sistema oferece neutralização eficaz e resposta adaptável a ameaças emergentes, inclusive de equipamentos de baixo custo e alta mobilidade. Durante a capacitação, os militares simularam diferentes cenários de interceptação, demonstrando na prática sua eficácia e potencial de integração ao sistema de comando e controle.

O uso de uma solução nacional reforça a autonomia tecnológica do Brasil, fortalece a Base Industrial de Defesa e contribui diretamente para a soberania e segurança do país.

Mais do que equipamentos: conhecimento e preparo

A entrega do Sistema Antidrone também reforça o papel dos Projetos SAD/SISFRON como um vetor de inovação dentro do Portfólio Estratégico do Exército. Mais do que fornecer tecnologia de ponta, os projetos promovem o assessoramento técnico, capacitação especializada e suporte contínuo, garantindo que cada entrega esteja acompanhada de conhecimento aplicado e domínio operacional.  

Sistema antidrones SCE 0100
O sistema antidrones SCE 0100, desenvolvido pela empresa brasileira IACIT, é uma tecnologia avançada voltada para a detecção, identificação e neutralização de drones, com foco em segurança pública, militar e proteção de infraestruturas críticas. Trata-se de uma solução robusta e versátil, adaptada para cenários de alta sensibilidade, com ênfase em precisão, eficácia e integração com sistemas de comando e controle.

Abaixo estão suas principais características, com base nas informações disponíveis:

Capacidade de Interferência (Jamming)
Utiliza tecnologia de bloqueio de sinais de radiofrequência (jammers) para interromper a comunicação entre o drone e seu controlador, neutralizando drones não autorizados.

Faixa de frequência operacional ampla, de 20 MHz a 6 GHz, permitindo atuar contra uma variedade de drones, além de outros dispositivos como IEDs (dispositivos explosivos improvisados) e celulares, dependendo da configuração.

Detecção e Monitoramento
Integra sensores avançados, como radares, câmeras infravermelhas e sensores de radiofrequência, para detectar e identificar drones em um raio de até 14 km.

Capaz de monitorar o espaço aéreo em tempo real, fornecendo dados para centros de comando e controle, como o Centro Integrado de Comando e Controle (CICC) e o Centro de Monitoramento Antidrone.

Neutralização
Permite neutralizar drones a até 2 km de distância, forçando-os a pousar ou interrompendo seu curso sem a necessidade de métodos cinéticos (como destruição física), minimizando danos colaterais.

Pode operar em modo autônomo ou manual, com capacidade de assumir o controle do drone e direcioná-lo para uma zona segura de pouso.

Integração e aplicação

Integrado ao Sistema Integrado de Monitoramento de Fronteira (SISFRON) do Exército Brasileiro, reforçando a defesa de fronteiras e instalações críticas.

Utilizado em eventos de grande porte, como a posse presidencial de 2023 e a Cúpula do G20, além de operações em presídios e segurança pública.

Tecnologia Nacional
Composto por componentes 100% brasileiros, destacando-se como uma solução de tecnologia nacional para contrapor a proliferação de drones em atividades criminosas e ameaças à segurança.

Impacto em Redes Wi-Fi
Estudos indicam que o SCE 0100 pode causar interferência em redes Wi-Fi outdoor, devido à sobreposição de frequências (padrão 802.11), especialmente em cenários urbanos, o que exige planejamento cuidadoso para minimizar impactos em comunicações civis.

Capacitação e uso
Requer treinamento específico para operação, sendo restrito às forças de segurança, como o Exército Brasileiro e a Polícia Penal.

Em 2025, o Exército Brasileiro concluiu a capacitação de militares para operar o sistema, destacando sua precisão e eficácia na proteção de tropas e infraestruturas.

Aplicações práticas

- Segurança Pública: utilizado em presídios para impedir o transporte de itens ilícitos por drones, como em Charqueadas (RS), onde resultou na apreensão de drogas e prisão de criminosos.

- Defesa nacional: reforça a segurança em fronteiras e instalações militares, com destaque para o combate à espionagem aérea na Amazônia.

- Eventos de grande porte: empregado em operações de segurança durante a posse presidencial de Lula em 2023 e na Cúpula do G20 no Rio de Janeiro.

*Com informações do Exército Brasileiro e desta editoria.
 

 

Potencial veto à tecnologia israelense: um terremoto silencioso à espreita da defesa brasileira

Decisão política poderia paralisar projetos estratégicos, impactar custos e comprometer a segurança nacional, alertam especialistas e setor produtivo

 

 
*LRCA Defense Consulting - 11/07/2025

Uma potencial decisão do governo brasileiro de vetar a aquisição de produtos e serviços de empresas israelenses no setor de defesa e tecnologia, motivada por considerações políticas e ideológicas, acende um alerta vermelho na cúpula das Forças Armadas e na indústria de defesa nacional. A medida, se concretizada, não representaria apenas uma mudança de fornecedores, mas um verdadeiro terremoto com potencial para paralisar projetos estratégicos, elevar custos e, em última instância, comprometer a capacidade de defesa e a soberania do Brasil.

A interdependência entre a indústria de defesa brasileira e a tecnologia israelense é profunda e multifacetada, construída ao longo de décadas. Israel é um parceiro-chave não só na venda de equipamentos, mas na transferência de tecnologia e no desenvolvimento conjunto de soluções que são o "cérebro" de algumas das mais importantes plataformas militares do país.

Projetos de ponta ameaçados
Um dos projetos mais emblemáticos que sentiria o impacto direto é o caça F-39 Gripen da Força Aérea Brasileira (FAB). Embora de origem sueca (Saab), o Gripen depende intrinsecamente de tecnologia israelense, incluindo o vital pod de guerra eletrônica da Rafael Advanced Defense Systems. Mais crucial ainda é o papel da AEL Sistemas, subsidiária da israelense Elbit Systems no Brasil. A AEL é a principal contratada para a suíte aviônica do Gripen, responsável por displays avançados, computadores, softwares e o capacete HMD, fundamental para a consciência situacional dos pilotos. "Sem essa tecnologia, a operação plena do Gripen seria inviabilizada", afirma uma fonte ligada ao setor. Há até mesmo discussões internas na FAB sobre a possibilidade de trocar jatos modernos por outros mais antigos, caso o veto se concretize.

O cargueiro KC-390 Millenium, um dos orgulhos da Embraer e com alto potencial de exportação, também seria atingido. Suas suítes de autoproteção e guerra eletrônica, essenciais para a segurança da aeronave em cenários de conflito, são fornecidas pela Elbit Systems.

No Exército, o veículo blindado Guarani, fabricado em parceria com a Iveco, utiliza sistemas de visão e controle de empresas israelenses. A ARES Aeroespacial e Defesa, outra subsidiária da Elbit, integra torres remotamente controladas (UT30BR2) e sistemas de armas (REMAX 4 RCWS) que são cruciais para a capacidade de combate do blindado. A modernização da frota de blindados M113 também é feita com eletrônica e armamentos israelenses.

Além disso, programas vitais como o SISFRON (Sistema Integrado de Monitoramento de Fronteiras), o Link-BR2 (datalink tático para as aeronaves da FAB) e o RDS-Defesa (Rádio Definido por Software para interoperabilidade das Forças Armadas) contam com a participação direta da AEL Sistemas e de tecnologia israelense. Mísseis anticarro Spike (Rafael) e sistemas de defesa antiaérea como o Spyder (Rafael) e o radar ELM-2084 (IAI) equipam as Forças Armadas, e seu suporte e reposição seriam inviabilizados.

Blindado Guarani com torre remotamente controlada e sistemas de armas

Impacto para a indústria brasileira
Um veto total implicaria em muito mais do que apenas a busca por novos fornecedores. A AEL Sistemas e a ARES, por exemplo, empregam milhares de brasileiros e são um polo de excelência em tecnologia de defesa, com intensa transferência de know-how. A paralisação de suas operações ou a desvinculação da tecnologia israelense representaria um duro golpe para a base industrial de defesa do país, que busca autonomia e capacidade de exportação.

"Seria uma decisão tão absurda que paralisaria ou até inviabilizaria alguns dos principais projetos das Forças Armadas e da Indústria de Defesa", destaca um documento interno, listando uma série de projetos afetados: C-390, Gripen, Guarani, M113, mísseis antiaéreos e anticarro, VANT Hermes, Praetor 600 AEW&C, UT30BR2, SISFRON, Link-BR2, E-LynX, RDS-Defesa, Sterna, SIC3MB, e a manutenção e modernização de aeronaves como Super Tucanos, F-5M e AMX.

Displays avançados, computadores, softwares e o capacete HMD, fundamental para a consciência situacional dos pilotos do Gripen
 
Sistema Link-BR: as Forças Armadas brasileiras alcançaram um marco inédito ao integrar, pela primeira vez, sistemas estratégicos de Comunicação, Comando e Controle (C4I) em uma simulação de conflito na Base Aérea de Canoas, no RS.


Custos e alternativas: um desafio gigantesco

A substituição de componentes israelenses não é simples e implicaria em custos e prazos altíssimos. A busca por fornecedores alternativos demandaria reengenharia, certificações complexas e, em muitos casos, o desenvolvimento de novas soluções do zero. Isso se traduziria em atrasos orçamentários, aumento exponencial de despesas e uma potencial defasagem tecnológica das Forças Armadas.

Especialistas alertam que a medida, vista por alguns como puramente "ideológica", teria consequências práticas severas, minando a credibilidade do Brasil como parceiro na área de defesa e comprometendo seu potencial de exportar tecnologia própria, como o Gripen para outros países da América Latina, que teria suas capacidades essenciais inviabilizadas.

Em um cenário de crescentes tensões globais, a fragilização do setor de defesa brasileiro por uma decisão política pode ter ramificações que vão muito além da economia e da diplomacia, afetando diretamente a capacidade do país de proteger seus interesses e sua soberania. A questão agora é se o Brasil está disposto a pagar o alto preço por essa guinada.

11 julho, 2025

Portugal e Índia forjam aliança estratégica para o LUS-222, com forte contribuição brasileira da Akaer

Parceria estratégica entre a EEA Aircraft and Maintenance e a AXISCADES

*LRCA Defense Consulting - 11/07/2025

Em um marco significativo para a indústria aeroespacial global, a EEA Aircraft and Maintenance de Portugal e a gigante indiana AXISCADES selaram uma parceria estratégica no renomado International Paris Air Show de 2025. O acordo visa o desenvolvimento e a comercialização do LUS-222, uma aeronave portuguesa promissora que já conta com a participação fundamental da brasileira Akaer, no vibrante mercado indiano, com planos de expansão para toda a região asiática. 

Esta colaboração não apenas impulsiona a presença global da engenharia aeroespacial portuguesa, mas também fortalece os laços industriais e tecnológicos entre as nações envolvidas, evidenciando o crescente interesse em sinergias internacionais para inovar e expandir mercados.

LUS-222: versatilidade portuguesa com expertise brasileira para demandas globais
O LUS-222, descrito como uma aeronave de "versatilidade, eficiência e adaptabilidade", é um bimotor turboélice de asa alta em desenvolvimento liderado pela EEA Aircraft and Maintenance, S.A., em Portugal, e que conta com a parceria estratégica da brasileira Akaer na fabricação de importantes estruturas. Sua concepção o posiciona de forma única para atender às diversas e crescentes demandas dos setores de aviação civil e militar da Índia. Com capacidade para 19 passageiros ou até 2,5 toneladas de carga, o LUS-222 é projetado para ser robusto e eficiente, incluindo características STOL (Short Take-off and Landing), que permitem operações em pistas curtas e não preparadas. Além disso, seu baixo peso e facilidade de manutenção o tornam uma solução acessível e sustentável.

A aeronave é um fruto do projeto AERO.NEXT PORTUGAL, uma iniciativa que busca fortalecer a cadeia de valor aeronáutica nacional e posicionar Portugal como um centro de decisão na aviação. O projeto conta com a participação de entidades-chave como o AED Cluster Portugal, um pólo de competitividade que reúne mais de 150 entidades portuguesas dos setores Aeronáutico, Espacial e de Defesa. Embora seja a primeira aeronave projetada em Portugal, a colaboração com a Akaer na fabricação de partes cruciais destaca o caráter internacional e inovador do projeto, que agora ganha uma oportunidade significativa de provar seu valor em um dos maiores e mais dinâmicos mercados de aviação do mundo.

Imagem meramente ilustrativa

Índia: um mercado de aviação em ascensão rápida
A escolha da Índia como mercado-alvo é altamente estratégica. O país consolidou-se como o terceiro maior mercado de aviação do mundo em tráfego de passageiros e o terceiro maior mercado de aviação doméstica. As projeções de crescimento são robustas, impulsionadas por investimentos significativos em infraestrutura e iniciativas governamentais como o esquema UDAN, que visa aumentar a conectividade regional. A Boeing, por exemplo, prevê que o sul da Ásia será o mercado de aviação comercial de crescimento mais rápido nas próximas duas décadas.

Os dados confirmam essa pujança: o tamanho do mercado de aviação da Índia é estimado em 14,78 bilhões de USD em 2025, e a expectativa é que atinja 26,08 bilhões de USD até 2030, crescendo a uma impressionante Taxa Composta de Crescimento Anual (CAGR) de 12,03% durante o período de previsão (2025-2030).

AXISCADES: a ponte para o sucesso indiano
A escolha da AXISCADES como parceira estratégica é fundamental para o sucesso do empreendimento. A AXISCADES Technologies Limited, incorporada em 1990, é uma provedora líder de soluções tecnológicas com vasta experiência em engenharia e P&D, atuando em diversos setores, incluindo aeroespacial, defesa e segurança interna. Sua expertise e profundo conhecimento do mercado local oferecem uma plataforma robusta para a comercialização e suporte do LUS-222 na Índia.

A sinergia entre a expertise aeronáutica da EEA Aircraft e a capacidade de engenharia e acesso ao mercado da AXISCADES cria uma base sólida para que o LUS-222 não apenas se estabeleça, mas também prospere no mercado indiano.

Acordo estratégico entre a Akaer e a EEA Aircraft and Maintenance

Contribuição brasileira: a Akaer no coração do projeto LUS-222
A participação brasileira no ambicioso projeto LUS-222 é um ponto de destaque e um testemunho da capacidade tecnológica da indústria de defesa e aeroespacial do Brasil. A Akaer, uma das líderes brasileiras em inovação nas áreas de Defesa e Aeroespacial, foi selecionada pela própria portuguesa EEA Aircraft and Maintenance, S.A., em dezembro de 2024, para a produção de estruturas-chave da aeronave LUS-222.

A empresa brasileira será responsável pela fabricação, em suas instalações em São José dos Campos (SP), da fuselagem, asa completa, estabilizadores horizontais e verticais, e também de todas as superfícies de controle do avião. Esta é a primeira vez que uma empresa brasileira será responsável por fornecer a estrutura total de uma aeronave de transporte regional e de cargas, marcando um avanço significativo para a Base Industrial de Defesa brasileira. A produção está prevista para iniciar em 2025, com o primeiro voo do LUS-222 projetado para 2027. A aeronave inclusive foi apresentada na LAAD Defense & Security 2025, reforçando seu status e avanço no mercado.

Essa parceria reforça o papel da Akaer como uma fornecedora global de alta precisão, capaz de atuar em projetos de complexidade elevada. A Akaer, além de sua colaboração no LUS-222, é reconhecida por desenvolver e fabricar ferramentais de alta precisão e soluções para gigantes da aviação como Saab e Embraer, sendo uma fornecedora Tier 1 para OEMs globais. Sua expertise se estende a programas como o caça supersônico Gripen E/F (F-39) e a aeronave de transporte militar KC-390 Millennium. Recentemente, a Akaer também oficializou um acordo estratégico com a Elbit Systems, expandindo ainda mais sua atuação global e capacitação tecnológica em diversas frentes da indústria de defesa.

A colaboração da Akaer no LUS-222 não apenas consolida sua posição no mercado internacional, mas também sublinha a virtuosidade da parceria entre Portugal e Brasil no setor aeroespacial, onde a excelência tecnológica de ambas as nações converge para a criação de soluções inovadoras e competitivas.

Benefícios mútuos e olhar para o futuro
Esta parceria representa um passo crucial no reforço dos laços industriais e tecnológicos entre Portugal e a Índia, com a notável contribuição brasileira. Para Portugal, significa a expansão de sua presença global no setor aeroespacial, gerando oportunidades de exportação e de desenvolvimento tecnológico. Para a Índia, o acordo pode significar o acesso a uma aeronave adaptável que pode complementar as necessidades de sua frota e infraestrutura aérea, tanto para fins civis (como transporte regional e logística) quanto militares (em missões de vigilância, transporte ou treinamento).

Além do mercado indiano, a colaboração abre caminho para a expansão do LUS-222 no mercado de aviação regional asiático mais amplo, que também apresenta um crescimento notável impulsionado pela conectividade e pelo desenvolvimento econômico. Esta aliança é um testemunho da inovação e da colaboração internacional, prometendo não apenas avanços tecnológicos, mas também um impacto econômico e estratégico duradouro para Portugal e Índia no cenário aeroespacial global, com o Brasil, através de empresas como a Akaer, afirmando-se cada vez mais como um player relevante neste cenário. 
 

Viasat fornecerá conectividade de internet avançada via satélite para a frota Embraer E190 da Aeromexico


*LRCA Defense Consulting - 11/07/2025

A Embraer, a Viasat, e a Aeromexico anunciaram a instalação de conectividade de internet avançada nos jatos E190 da Aeromexico. A instalação ampliará ainda mais a oferta de Wi-Fi rápido para os passageiros voando na frota da companhia aérea. A conectividade via satélite de alta velocidade por meio da rede global de banda Ka da Viasat permitirá que os clientes da Aeromexico assistam filmes, televisão e esportes ao vivo, acessem a internet, enviem e-mails e se conectem às suas redes sociais durante os voos. 

Até o momento, seis jatos E190 da Aeromexico estão equipados com a tecnologia Wi-Fi avançada da Viasat, permitindo que os passageiros tenham acesso à conectividade rápida e confiável. A instalação da solução Wi-Fi de bordo da Viasat nas 28 aeronaves restantes está em andamento. No total, 34 E190s contarão com a conectividade ofertada pela Viasat. 

“Estamos atualizando nossa frota Aeromexico Connect E190 para oferecer uma experiência excepcional aos passageiros em nossas rotas de curta distância. Com o Wi-Fi disponível em todas as nossas aeronaves E190 até 2027, a Aeromexico será a primeira e única companhia aérea na América Latina a oferecer comunicação gratuita com suporte de anúncios em toda a nossa malha aérea. Isso significa que nossos passageiros poderão permanecer conectados para onde quer que voem, com a opção de adquirir pacotes de internet para conectividade aprimorada," afirma Andres Castañeda, Diretor Digital e de Experiência do Cliente & Vice-Presidente Executivo da Aeromexico. 

"À medida que a demanda global por conectividade a bordo dispara – com os passageiros demandando assistir mais filmes e programas durante o voo da mesma forma que fazem em casa – estamos entusiasmados em colaborar com a Aeromexico e a Embraer. Ambas as empresas valorizam um serviço de Wi- rápido, confiável e de alta qualidade, que contribuirão para uma experiência excepcional para os passageiros", afirma Don Buchman, Vice-Presidente Sênior e Gerente Geral de Aviação Comercial da Viasat. 

"A Embraer está trabalhando constantemente para aprimorar a experiência dos passageiros em todas as suas aeronaves. Oferecer serviços de conectividade na frota de E-Jets da Aeromexico é um passo importante para proporcionar ainda mais conforto aos clientes da companhia aérea", diz Carlos Naufel, Presidente e CEO da Embraer Serviços & Suporte. 

A Viasat Amara, a solução de conectividade de bordo de próxima geração selecionada pela Aeromexico, está disponível para todos os operadores de E-Jets globalmente. A Embraer também oferece um amplo leque de soluções projetadas para cada cliente, que apoiam a frota crescente de E-Jets em todo o mundo e oferecem a melhor experiência pós-venda na indústria aeroespacial global. 

10 julho, 2025

Revolução no Espaço: como o Bluetooth está democratizando as comunicações via satélite – e transformando a Defesa

A tecnologia que conecta seus fones de ouvido agora pode conectar dispositivos diretamente ao espaço, com implicações estratégicas  


*LRCA Defense Consulting - 10/07/2025

Por décadas, a comunicação via satélite permaneceu como um território exclusivo de governos e grandes corporações, exigindo investimentos astronômicos que chegavam a centenas de milhões de dólares. Protocolos complexos, satélites gigantescos e antenas terrestres monumentais eram os pilares dessa tecnologia inacessível para a maioria.

Hoje, uma revolução silenciosa está transformando esse cenário: satélites equipados com tecnologia Bluetooth estão democratizando o acesso ao espaço, utilizando a mesma tecnologia que conecta nossos dispositivos cotidianos. Essa democratização não apenas abre portas para inovações civis, mas também apresenta um potencial significativo para aplicações estratégicas de defesa e segurança.

O Ecossistema Bluetooth: uma base gigantesca pronta para o Espaço

Em 2025, estima-se que existam mais de 15 bilhões de dispositivos Bluetooth ativos em todo o mundo. Esse ecossistema massivo de conectividade, já presente na palma de nossas mãos, representa um potencial inexplorado para comunicações espaciais. Mesmo que apenas uma pequena fração — na casa dos milhões — seja direcionada para aplicações espaciais, isso configuraria uma enorme base de clientes em potencial, incluindo usuários civis e militares.

O que são satélites Bluetooth?
Os satélites Bluetooth são pequenas naves espaciais, tipicamente CubeSats ou PocketCubes, equipadas com rádios modificados e antenas especiais. Esses dispositivos são capazes de executar protocolos Bluetooth ou similares em órbita, permitindo comunicação direta entre sensores terrestres e satélites sem depender de infraestrutura complexa ou dispendiosa. Sua natureza de baixo custo e fácil implantação os torna ideais para constelações distribuídas, aumentando a resiliência e a cobertura.

Casos de sucesso: da teoria à realidade
1. AMSAT-EA: pioneiros na Espanha
Em 2021, a AMSAT-EA marcou história ao lançar os satélites GENESIS-L e GENESIS-N, cada um transportando cargas úteis experimentais de comunicação Bluetooth de curto alcance. Durante suas passagens orbitais, conseguiram receber sinais de dispositivos terrestres em breves intervalos, provando a viabilidade do conceito para IoT espacial.

2. Rede Hubble: marco histórico
O dia 2 de maio de 2024 entrou para a história das comunicações espaciais. A startup Hubble Network, de Seattle, anunciou que dois de seus satélites estabeleceram conexões Bluetooth com sucesso a mais de 600 quilômetros de órbita.

Os satélites, lançados em março pela missão Transporter-10 da SpaceX, receberam sinais de um chip Bluetooth padrão de apenas 3,5 mm na Terra — um feito que representa um avanço monumental nas comunicações via satélite de baixo consumo energético e com potencial para diversas aplicações, incluindo as de segurança.

3. Inovação brasileira no horizonte
O Brasil não fica para trás nessa corrida espacial. A empresa SHAMAL SPACE, em colaboração com a Navollo Aerospace, está desenvolvendo cargas úteis de comunicação baseadas em Bluetooth para aplicações comerciais de picossatélites. O projeto é uma variante do picossatélite de comunicações IoT LEPTONSat, já em desenvolvimento e fabricação.

Paralelamente, universidades brasileiras, em parceria com o INPE, têm utilizado Bluetooth para comunicações suborbitais em missões de balão de alta altitude, alcançando altitudes superiores a 35 km.

Aplicações Revolucionárias – incluindo o Setor de Defesa
As possibilidades de uso dessa tecnologia são vastas e promissoras, estendendo-se além do setor civil para o estratégico campo da defesa:

- Agricultura de precisão: monitoramento de culturas em tempo real.

- Monitoramento ambiental: sensores de baixo custo em regiões remotas.

- Educação STEM: projetos espaciais acessíveis para escolas.

- Navegação alternativa: sistemas para zonas com GNSS negado, cruciais em ambientes de guerra eletrônica.

- Rastreamento de ativos: logística em áreas carentes de infraestrutura, incluindo o rastreamento de equipamentos e pessoal em campo.

Aplicações de Defesa e Segurança

- Comunicações táticas de baixo custo: redes ad-hoc de sensores e dispositivos para tropas em campo, permitindo a troca de dados em áreas sem infraestrutura convencional.

- Monitoramento de fronteiras e áreas remotas: sensores distribuídos para detecção de movimentos, intrusões ou mudanças ambientais em locais de difícil acesso, com dados transmitidos via satélite de forma discreta.

- Inteligência, Vigilância e Reconhecimento (ISR): pequenos sensores e drones equipados com Bluetooth podem coletar dados em ambientes hostis e transmiti-los para satélites, que retransmitem para bases ou unidades móveis.

- Resiliência em comunicações: a proliferação de pequenos satélites com Bluetooth cria uma rede mais robusta e difícil de ser desabilitada por ataques, oferecendo redundância para comunicações críticas.

- Logística e gerenciamento de ativos militares: rastreamento de comboios, equipamentos e suprimentos em tempo real, otimizando a cadeia de suprimentos militar.

- Testes de equipamentos e prototipagem rápida: a capacidade de lançar pequenos satélites a baixo custo permite que as forças armadas testem novas tecnologias de comunicação e sensores de forma mais ágil e econômica.

Desafios Técnicos a Superar
Apesar dos avanços, a tecnologia ainda enfrenta obstáculos importantes:
- Alcance e Confiabilidade: ampliar a capacidade de comunicação em LEO (Órbita Terrestre Baixa) para garantir cobertura contínua.

- Interferências Espaciais: mitigar ruído e interferência térmica no ambiente espacial, essenciais para a integridade dos dados, especialmente em operações militares.

- Segurança: implementar protocolos de comunicação e criptografia robustos para proteger dados sensíveis, um requisito fundamental para aplicações de defesa.

- Janelas de Comunicação: gerenciar os breves períodos de contato com satélites em movimento rápido para otimizar a transmissão de dados.

O futuro é agora: democratização do acesso ao Espaço e novas capacidades de Defesa
A revolução do Bluetooth espacial prova que não são mais necessários milhões de dólares para enviar uma carga útil ao espaço ou construir uma rede de sensores satelitais. Com módulos comerciais disponíveis no mercado e engenharia criativa, qualquer smartphone pode se tornar um dispositivo conectado via satélite.

"Estamos entrando em um futuro em que drones, sensores ambientais e dispositivos portáteis se comunicam diretamente com satélites usando tecnologias que já possuímos", destacam especialistas do setor. Essa capacidade, antes restrita a grandes potências, agora se torna acessível a um leque maior de atores, com implicações profundas para a segurança global.

Para educadores, empreendedores, pesquisadores e estrategistas de defesa, a oportunidade de experimentar com tecnologia espacial nunca foi tão acessível. A barreira de entrada, antes intransponível, agora está ao alcance de universidades, startups e até mesmo agências de segurança que buscam soluções inovadoras e de baixo custo.

O céu não é mais o limite — é apenas o começo de uma nova era de conectividade global democratizada, onde a tecnologia que carregamos no bolso pode literalmente nos conectar às estrelas e fortalecer as capacidades de defesa.

Saiba mais:
Shamal & Navollo lançam a LEPTONSat, solução nacional para aplicações de comunicação IoT


*Com informações de Prof. Dr. Lester Faria, AMSAT-EA, Hubble Network, SHAMAL SPACE, Navollo Aerospace e INPE, e análise de potenciais aplicações de defesa para tecnologias de satélites de baixo custo e IoT.

Akaer: tecnologia brasileira de alta precisão impulsiona a aviação e a defesa global

 


*LRCA Defense Consulting - 09/07/2025

A engenharia de alta complexidade tem nome no Brasil: Akaer. Especialista no desenvolvimento e fabricação de ferramentais para os setores aeronáutico e de defesa, a empresa se consolida como referência global em soluções industriais que exigem máxima precisão, eficiência e segurança.

Os chamados ferramentais aeronáuticos (estruturas, dispositivos e equipamentos de altíssima precisão) são essenciais na fabricação e montagem de aeronaves, satélites, veículos militares e sistemas espaciais. Projetados para operar em condições de tolerância extrema e lidar com materiais avançados como fibras de carbono, esses equipamentos permitem transformar peças simples em sofisticados conjuntos aeronáuticos.

Inovação que começa nos detalhes
A Akaer se diferencia pelo desenvolvimento de soluções sob medida para gigantes da aviação, como Saab e Embraer, e pelo uso intensivo de tecnologias digitais de última geração.

Estrutura típica de gabaritos metálicos (jigs), usados para posicionar nervuras
 e superfícies curvadas da fuselagem com precisão que atinge micrômetros

Entre seus destaques estão:

  • Ferramentas de Realidade Virtual: usadas para simular a montagem de aeronaves, reduzindo erros e acelerando a produção.

  • Usinagem CNC de Alta Precisão (5 eixos): essencial para a produção de peças complexas, como rotores e impelidores de turbinas.

  • Plataforma 3DEXPERIENCE da Dassault Systèmes: aplicada na engenharia de estruturas críticas, como a fuselagem do D328eco da alemã Deutsche Aircraft.

  • Simulação Digital: otimização de processos de usinagem e montagem, garantindo máxima eficiência industrial.

  • Ferramental Flexível para Indústria 4.0: estruturas móveis e robôs ajustáveis, ideais para linhas de produção modernas.

  • Sistemas Optrônicos: como o monóculo OLHAR e a câmera OPTO 3UCAM, aplicados em satélites e operações militares.

  • Plataforma de Treinamento Aerotático: simulador brasileiro para treinamento de pilotos e equipes de resgate, que replica o ambiente real de voo.

    Bancada de fixação para sub‑conjuntos, ferramental robusto 
    projetado para facilitar montagem repetitiva com grande estabilidade

Exemplos de alta complexidade no Brasil: Gripen e KC-390
Dois dos maiores programas aeronáuticos do Brasil contam com a expertise da Akaer.

1. Gripen E/F (F-39 no Brasil) – Saab
No projeto do caça supersônico Gripen, a empresa desenvolveu:

  • Gabaritos de montagem para as asas e fuselagem central.

  • Ferramentas de fixação e posicionamento de componentes metálicos e compostos.

  • Moldes para fabricação de peças em fibra de carbono.

  • Dispositivos de inspeção dimensional.
    Esses ferramentais, inclusive, são usados na Suécia para a produção global do caça.

2. KC-390 Millennium – Embraer
Para a aeronave de transporte militar da Embraer, a Akaer produziu:

  • Gabaritos para montagem de fuselagem e grandes subconjuntos como o trem de pouso.

  • Moldes para peças compostas e partes aerodinâmicas.

  • Plataformas industriais de montagem.

  • Ferramentas de inspeção para assegurar tolerâncias rigorosas.

Tecnologia nacional com alcance global
Com foco em manufatura avançada, a Akaer investe em tecnologias como manufatura aditiva e simulação digital, além de programas de capacitação em parceria com instituições como a FATEC.

Seu sucesso em projetos complexos consolida a posição da empresa como uma das principais fornecedoras globais (Tier 1) da indústria aeronáutica e de defesa, com forte atuação no Brasil e no exterior.

Tier 1, no mercado aeronáutico, significa que a Akaer - uma empresa genuinamente brasileira - atua como uma fornecedora de primeiro nível diretamente para os fabricantes de equipamentos originais (OEMs), como Embraer, Saab, Deutsche Aircraft, Turkish Aerospace e outras grandes empresas do setor.

Na Akaer, a inovação nasce no detalhe e transforma a indústria global 

09 julho, 2025

Indonésia e Brasil prontos para colaborar em mísseis e submarinos, diz presidente indonésio

 

*ANTARA - 09/07/2025

O presidente Prabowo Subianto declarou que ele e o presidente brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva concordaram que os dois países colaborariam no desenvolvimento de tecnologia relacionada a mísseis e sistemas submarinos.

Em uma reunião bilateral entre os governos indonésio e brasileiro, liderada pelo presidente Prabowo e pelo presidente Lula, os dois países concordaram em aumentar a cooperação em vários setores, incluindo economia, comércio, agricultura, educação, defesa e indústria de defesa.

Sistemas de mísseis e submarino

"Nossas Forças Armadas têm utilizado extensivamente os equipamentos e produtos de defesa do seu país, e queremos continuar essa cooperação por meio da produção conjunta e da transferência de tecnologia. Também queremos aumentar os exercícios militares conjuntos e a colaboração tecnológica em sistemas de mísseis e submarinos", disse o Presidente Prabowo durante um pronunciamento conjunto com o Presidente Lula no Palácio do Planalto, em Brasília, na quarta-feira (9 de julho).

A coletiva de imprensa conjunta encerrou a visita de Estado do Presidente Prabowo ao Palácio do Planalto, resumindo os resultados do encontro bilateral entre o Presidente Prabowo e o Presidente Lula.

Na declaração conjunta, o Presidente Prabowo também enfatizou que a Indonésia implementará imediatamente o Acordo de Cooperação de Defesa (DCA) entre a Indonésia e o Brasil, que foi ratificado em lei em 30 de setembro de 2024.

Alguns dos equipamentos de defesa fabricados no Brasil atualmente utilizados pela Indonésia incluem o caça tático EMB-314 Super Tucano e o veículo lançador de foguetes Astros II MK6.

Outras cooperações
Não apenas no setor de defesa, o Presidente Prabowo e o Presidente Lula também concordaram em aumentar a cooperação nas áreas de agricultura e segurança alimentar, energia, especialmente a transição para energia limpa, comércio e investimento, especialmente em relação à Agência de Gestão de Investimentos de Danantara (BPI).

A delegação do Governo da República da Indonésia que acompanhou o Presidente Prabowo na reunião bilateral foi composta pelo Ministro Coordenador de Alimentos, Zulkifli Hasan, pelo Ministro de Energia e Recursos Minerais, Bahlil Lahadalia, pelo Ministro do Comércio, Budi Santoso, pelo Ministro do Ensino Superior, Ciência e Tecnologia, Brian Yuliarto, pelo Vice-Ministro das Relações Exteriores, Arrmanatha Christiawan Nasir, pelo Secretário de Gabinete, Teddy Indra Wijaya, e pelo Embaixador da Indonésia no Brasil, Edy Yusup.

Enquanto isso, o Presidente Lula estava acompanhado pelo Ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, pelo Ministro da Agricultura, Carlos Henrique Baqueta Fávaro, pelo Ministro da Educação, Camilo Santana, pelo Ministro do Desenvolvimento e Assistência Social, José Wellington Barroso de Araújo Dias, pela Ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, pelo Assessor da Presidência, Celso Amorim, e pelo Embaixador do Brasil na Indonésia, George Prata. 

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